Buscar

CASO-OPERACAO-BRANCA-DE-NEVE

Prévia do material em texto

Prof. Roberto Ferreira
2
AOP 03 – TIPOS DE ARGUMENTOS – UTILIZAÇÃO DOS ARGUMENTOS JURÍDICOS: FALÁCIA, JURÍDICO ARISTOTÉLICO, ANALOGIA e AUTORIDADE.
Operação Branca de Neve: Madrasta Presa por Envenenar
e Matar Enteada
Por dois meses, ela teria aplicado doses diárias de veneno à criança, que foi internada nove vezes até morrer, em Cuiabá.
Uma mulher de 42 (quarenta e dois) anos foi presa nesta segunda-feira (9), em Cuiabá, acusada de matar a enteada, de 11 (onze) anos, por envenenamento. As investigações apontaram para um crime premeditado cuja suspeita aplicou o veneno em doses diárias durante dois meses, entre abril e junho de 2019.
A operação que levou a madrasta à prisão ganhou o nome de Branca de Neve porque a história lembra a fábula infantil, cuja personagem principal é envenenada pela madrasta com uma maçã.
Consoante informações da Polícia Judiciária Civil, Mirella Chue de Oliveira, 11 (onze) anos, morreu no dia 14 (quatorze) de junho de 2019. Ela deu entrada em um hospital particular de Cuiabá já sem vida. A princípio, a causa da morte foi dada como indeterminada.
Inicialmente, houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois havia inchaço no órgão genital da menina, mas o abuso foi descartado durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML) e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
O laudo, a introito, apontou morte por causa indeterminada, mas a Politec colheu materiais para exames complementares. Nos exames, realizados pelo laboratório Forense, mediante Pesquisa Toxicológica Geral, foram detectados no sangue da vítima duas substâncias, uma delas veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda seguida de morte.
“Essa substância não é encontrada em medicamentos e, portanto, sua ingestão por humanos somente pode ocorrer de forma criminosa. Os sintomas da sua ingestão são: visão borrada, tosse, vômito, cólica, diarreia, tremores, confusão mental, convulsões, etc.”, disseram os delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi, ambos conduzem os inquéritos.
As investigações da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), de Cuiabá, apontaram a autoria do crime para a madrasta e a maneira como era feito o envenenamento.
“Notamos que a menina era envenenada a conta-gotas, ou seja, ela ia dando um pouquinho do veneno, para não aparecer. Porque chega no hospital, a criança está passando mal, morre de causa indeterminada, por alguma infecção, pneumonia, meningite, como muitas vezes suspeitaram”, salientaram os peritos Antônio dos Santos e Josimar de Oliveira.
Os delegados informaram que todas as vezes que a menina passava mal era socorrida e levada ao hospital. Lá, ficava internada três a sete dias e melhorava, em razão de ter cessada a administração do veneno. Mas, ao retornar para casa, voltava a adoecer. O sofrimento durou cerca de dois meses, período em que a menina foi internada por nove vezes em hospitais particulares.
Na última vez que foi para o hospital, a menina chegou já em óbito. Por conta disso, o hospital não quis declarar o óbito, mas suspeitava de ser meningite. Nessa ocasião, foi acionada a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) que, diante de falta de evidências sobre morte violenta, requisitou vários exames por precaução. Em um desses exames periciais, foi detectada a substância venenosa no sangue da menina.
Herança de oitocentos mil reais
O caso foi encaminhado à Deddica, que procedeu com toda a investigação, descobrindo o plano de envenenando, por conta de uma grande herança que a menina tinha recebido, ao nascer, fruto de uma indenização pela morte de sua mãe, durante parto dela em um hospital, na capital, por erro médico.
A ação foi movida pelos avós maternos da criança, que ingressaram na Justiça pela indenização, e em 2019, após 10 (dez) anos, foi encerrado o processo, com causa ganha à família, de oitocentos mil reais, incluindo os descontos de honorários advocatícios.
Parte do dinheiro ficaria depositado em uma conta para a menina movimentar somente em idade adulta. A Justiça autorizou que fosse usada uma pequena parte do dinheiro para despesas da criança, mas a maior quantia ficaria em depósito para uso após a maioridade, aos 24 (vinte e quatro) anos.
O pagamento da ação iniciou-se em 2019. Até 2018, a menina era criada pelos avós paternos. Em 2017, a avó morreu e, no ano seguinte (2018), o avô também faleceu, passando a garota a ser criada, naquele mesmo ano, pelo pai e pela madrasta. A partir daí, segundo a Polícia Civil, iniciou-se o plano da mulher para matar a criança com o objetivo de ter acesso ao dinheiro.
“Mas quem era responsável mesmo era a madrasta e ela quem gerenciava os cuidados com a menina”, afirmaram os delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi.
A mulher, que não teve o nome divulgado ainda, foi ouvida após a morte da menina e contou que convive com o pai da vítima desde que ela tinha dois anos de idade e que se considerava mãe dela. Ela declarou que a enteada começou a ficar doente em 17 (dezessete) de abril de 2019, apresentando dor de cabeça, tontura, dor abdominal e vômito.
A suspeita  foi levada para a sede da Deddica, em Cuiabá.
Disponível em:
https://olivre.com.br/operacao-branca-de-neve-madrasta-e-presa-por-envenenar-e-matar-enteada. Adaptado.
ATIVIDADE A SE REALIZAR:
Após a leitura do texto supracitado, das aulas ministradas sobre Tipos de Argumentação Jurídica, materiais didáticos e slides disponíveis em seu blog:
Desenvolva, conforme explicado, DOIS ARGUMENTOS à sua escolha, utilizando as informações do texto (transcrito ou narrado com suas próprias ideias) e justifique com base nestes mesmos fatos os argumentos selecionados.
Obs.: lembre-se de destacar em azul o que considera verdadeiro e em vermelho, caso o tenha, o que considera uma especulação (falácia).
Considere os preâmbulos:
Premissas (duas ou três, em média).
Silogismo.
A atividade será feita neste mesmo documento, após a linha abaixo.
 
1
 
Prof. Roberto Ferreira
 
AOP 03 
–
 
TIPOS DE ARGUMENTOS 
–
 
UTILIZAÇÃO DOS ARGUMENTOS
 
JURÍDICOS: FALÁCIA, JURÍDICO ARISTOTÉLICO, ANALOGIA e 
AUTORIDADE.
 
 
Operação Branca 
d
e 
Neve
: Madrasta Presa 
p
or Envenenar
 
e
 
Matar 
E
nteada
 
 
Por dois meses, ela teria 
aplicado 
doses diárias de veneno à criança, 
que foi internada nove vezes até 
morrer
,
 
em Cuiabá
.
 
Uma mulher de 42
 
(quarenta e dois)
 
anos foi presa nesta segunda
-
feira 
(9), em Cuiabá, acusada de matar a 
enteada, de 11 
(o
nze) 
anos, por envenenamento. As investigações 
apontaram 
para um
 
crime 
premeditado
 
cuja
 
suspeita aplicou o veneno em 
doses diárias durante dois meses, entre abril e junho de 2019.
 
A operação que levou a madrasta à prisão ganhou o nome de 
Branca de 
Neve
 
porque a história lembra a fábula infantil, cuja personagem p
rincipal 
é envenenada pela madrasta com uma maçã.
 
Consoante
 
informações da Polícia 
J
udiciária Civil, Mirella 
Chue de Oliveira, 
11 
(on
ze) 
anos, morreu no dia 14
 
(quator
ze)
 
de junho de 2019. Ela deu 
entrada em um hospital particular de Cuiabá já sem vida. A 
princípio, a 
causa da morte foi dada como indeterminada.
 
Inicialmente
,
 
houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois 
havia inchaço no órgão genital da menina, mas o abuso foi descartado 
durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML) 
e da Perícia Oficial 
e Identificação Técnica (Politec).
 
O 
laudo
, a 
introito
, apontou morte por causa indeterminada, mas a Politec 
colheu materiais para exames complementares. Nos exames, realizados 
pelo laboratório Forense, mediante Pesquisa Toxicológica 
Geral, foram 
detectados no sangue da vítima duas substâncias, uma delas veneno que 
provoca intoxicação crônica ou aguda 
seguida de
 
morte.
 
 
 
1 Prof. Roberto Ferreira 
AOP 03 – TIPOS DE ARGUMENTOS – UTILIZAÇÃO DOS ARGUMENTOS 
JURÍDICOS: FALÁCIA, JURÍDICO ARISTOTÉLICO, ANALOGIA e 
AUTORIDADE. 
 
Operação Brancade Neve: Madrasta Presa por Envenenar 
e Matar Enteada 
 
Por dois meses, ela teria aplicado 
doses diárias de veneno à criança, 
que foi internada nove vezes até 
morrer, em Cuiabá. 
Uma mulher de 42 (quarenta e dois) 
anos foi presa nesta segunda-feira 
(9), em Cuiabá, acusada de matar a 
enteada, de 11 (onze) anos, por envenenamento. As investigações 
apontaram para um crime premeditado cuja suspeita aplicou o veneno em 
doses diárias durante dois meses, entre abril e junho de 2019. 
A operação que levou a madrasta à prisão ganhou o nome de Branca de 
Neve porque a história lembra a fábula infantil, cuja personagem principal 
é envenenada pela madrasta com uma maçã. 
Consoante informações da Polícia Judiciária Civil, Mirella Chue de Oliveira, 
11 (onze) anos, morreu no dia 14 (quatorze) de junho de 2019. Ela deu 
entrada em um hospital particular de Cuiabá já sem vida. A princípio, a 
causa da morte foi dada como indeterminada. 
Inicialmente, houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois 
havia inchaço no órgão genital da menina, mas o abuso foi descartado 
durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML) e da Perícia Oficial 
e Identificação Técnica (Politec). 
O laudo, a introito, apontou morte por causa indeterminada, mas a Politec 
colheu materiais para exames complementares. Nos exames, realizados 
pelo laboratório Forense, mediante Pesquisa Toxicológica Geral, foram 
detectados no sangue da vítima duas substâncias, uma delas veneno que 
provoca intoxicação crônica ou aguda seguida de morte.

Continue navegando