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Estudo de caso BMCS - ESTUDANTE - OK

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Alunas: Giovanna Fernandes da Silva, Rúbia Souza Santos, Sara Teixeira Souza
Data: 09/11/2022
Disciplina: Bases Moleculares e Celulares da Saúde
Docente: Sandro Silva 
Trabalho: Estudo de caso
ESTUDO DE CASO: VIVENDO NA PELE
De uma família de mulheres destemidas e fortes, Regyna morava com seus pais e 8 irmãs (Robertha, Rosy, Ruthy, Rosa, Rosangella, Rosalina, Ritha e Rosanna) na região do sertão baiano, próximo a uma comunidade quilombola, onde desde menina aprendeu o poder da natureza e das plantas. 
Aos 16 anos saiu do sertão, onde sempre viveu, para morar em Feira de Santana, pois casou-se com José, um caixeiro viajante, alto, charmoso e muito gentil, o qual se apaixonou perdidamente. Viviam em uma casa simples, de três cômodos, feita de pau a pique e chão batido com seus filhos. Tiveram 5 filhos que brincavam livres na rua, e todos os dias no fim da tarde tomavam banho em um córrego perto de onde moravam.
Seus filhos eram seu orgulho. Destes, gestação de Sandra sua filha caçula, foi a mais difícil e complicada de todas, pois além de náuseas intensas e frequentes, apresentou cansaço excessivo, dores fortes e frequentes ao urinar e foi a gestação que mais ganhou peso, nesse período seu esposo a chamava de buchudinha mais linda desse mundo.
Três anos após o nascimento de Sandra, José começou a apresentar dores fortes nas costas na região dos “quartos”, como sempre dizia, as quais sempre as tratavam com um chá feito por sua esposa. Além das dores nas costas sentidas por José que o acompanhou por muito tempo, outra queixa recorrente era o aparecimento de feridas, que segundo ele era genético pois sua família toda apresentava feridas após picadas por insetos, que coçava muito, parecendo uma espécie de alergia, segundo ele. Sua esposa as tratava com um tipo de emplastro que aprendeu quando menina na comunidade quilombola feito de malmequer e erva-de-cobra.
Logo as dores ficaram mais fortes e frequentes, e com isso foi internado no Hospital Geral Clériston Andrade na noite de 08 de maio de 2012 onde 10 dias após veio a falecer de complicações renais, deixando a família desolada. 
Dona Regina depois da morte de seu esposo nunca mais foi a mesma, passou a não se alimentar ou dormir direito, passou a ter um olhar perdido e a não encontrar alegria nas simples coisas da vida como sempre fazia. 
A vida passou e a tragédia continuou rondando sua família. Dos 5 filhos, 4 morreram de complicações renais ou cardíacas ainda jovens. Somente Carlos, o mais velho, ficou para cuidar de dona Regyna, que viveu até aos 73 anos. No fim de sua vida a senhora sentia dores no peito, já não tinha a visão do olho esquerdo, não andava mais, ficando prostrada em cima de uma cama e se negava a ir ao hospital, ou tomar remédios receitados em tratamentos recomendados pela equipe médica, pois dizia que “remédio de farmácia ou hospital não curam, o poder está na força da natureza”.
A vida dos dois era ali, no seu mundinho, mas em uma das poucas vezes que conseguiu tirar a mãe de casa e levá-la para atendimento médico, Carlos conheceu a recepcionista do hospital, Jussara. Se encantou e não perdeu tempo, foi logo pedindo sua mão, e felizes logo casaram e tiveram um filho, Carlos Júnior, que nasceu saudável, mas que aos 3 anos de idade precisou passar por uma correção cirúrgica de criptorquidia à esquerda.
Juninho, como era chamado, teve uma infância tranquila, porém sempre foi muito tímido. Por volta dos 15 anos começou a apresentar dores fortes no membro inferior esquerdo. Aos 17, foi levado por seus pais para uma consulta em uma clínica com o objetivo de tratar uma infecção persistente no mesmo membro. Ele sempre teve bons hábitos familiares, herdados de sua avó Regyna porém não tinha aptidão para praticar esportes, não demonstrando interesse por atividades sociais comuns para a idade, talvez por sua timidez ou vergonha pois possuía os mamilos mais ressaltados o que o levou a uma ginecomastia.
Com o tempo, Juninho foi ficando mais triste, com humor deprimido e pessimista, como dizia sua mãe: você está parecido com sua avó Regyna no fim da vida, resmungão e preguiçoso. Seu pai o levou escondido de Jussara para uma benzedeira para tirar o mal olhado e encosto. Porém o menino continuou triste e passou a relatar cansaço frequente que fez com o seu rendimento escolar caísse, apresentando sinais de dislexia.
Seus pais, na tentativa de melhorar o ânimo do filho, o presentearam com um cachorro da raça cocker spaniel que Juninho deu o nome de Bingo. Bingo era na verdade Bily, um cão alegre e saudável, de 2 anos, que foi doado por um vizinho da família que trabalhava como palhaço na região. Ao divertido cachorro foi atribuído o papel de alegrar o ambiente e melhorar os ânimos, porém a família não obteve o resultado esperado. Com o tempo, mudança do ambiente, mudança do nome e principalmente da alimentação, além também do desânimo do garoto, Bingo passou a apresentar coceira intensa na pele — principalmente na cabeça, patas dianteiras, olhos, barriga e rabo além de problemas gastrointestinais e dificuldades para respirar, Bingo parecia rejeitar a nova ração, mas ainda assim se alimentava. O palhaço “Alegria“, antigo dono, foi visitar o cão, cobrindo-o de carinhos e matando a saudade. Nesta visita, “Alegria” aproveitou para recomendar que voltassem a utilizar a antiga ração para alimentação do animal. Isso melhorou rapidamente os sintomas apresentados por Bingo. Juninho com o passar do tempo, mesmo sentindo muita fome foi perdendo peso de forma repentina, sentindo muita sede e muita vontade de ir ao banheiro. Sua mãe percebeu com o tempo escurecimento de dobras, principalmente das axilas e do pescoço e o fez tomar banho com bucha vegetal e sabão de coco, mas nada resolveu. Em alguns momentos Juninho gritava para que tirassem as formigas de sua perna, além de queixar-se de dormência, dor e sensação de agulhadas nos pés, o que levou a Jussara a suspeitar que o filho estava usando drogas ilícitas ou álcool e o proibiu de encontrar o seu único amigo Pedro, acreditando que este pudesse ser má influência. 
Com a permanência desses sintomas, Juninho foi internado e recebeu um relatório de alta, que guardou como se fosse um amuleto para que nunca mais passasse por uma situação semelhante. Anos depois, já na faculdade, estudando um certo dia para disciplina de Bases Moleculares e Celulares da Saúde, encontrou no baú, perto dos livros, o tal relatório. Ao ler pode perceber como a sintomatologia apresentada por ele estava diretamente associada aos mecanismos metabólicos que envolvem as células. Ao lembrar de sua história familiar começou a compreender o quão importante é o conhecimento das estruturas celulares e seu funcionamento para a saúde e como ela é alterada nas doenças. Surpreendido pelo que tinha descoberto correu para sua mãe a fim de explicar tudo que tinha aprendido. 
 	Você como membro de uma equipe interprofissional de saúde deve analisar as situações clínicas apresentadas e suas consequências na vida de Juninho e demais participantes deste caso.
 RESPOSTA DO ESTUDO DE CASO
Condições de risco, pois os filhos brincavam no córrego todos os dias, correndo risco de desenvolver doenças como gastroenterite e infecções. Casa de pau a pique que favorece a proliferação de insetos principalmente o barbeiro.
Durante a gestação de Sandra ela (Dona Regina) pode ter apresentado diabete gestacional (devido às náuseas intensas, cansaço excessivo, e ganho de peso), e por conta da infecção urinaria (dores fortes e frequentes ao urinar).
 Seu José apresentava dores nas costas o que pode ser sugestão de dor renal, ele devia ter procurado intervenção médica mais foi tratando com chá em casa o que levou ao agravamento dos sintomas e morte por complicações renais que poderia ser por caso de diabetes mellitus, ou por conta de falta de exercício físico e beber água corretamente dentre muitos outros fatores que poderiam causar as complicações renais de seu José.
 Após a morte de seu esposo Dona Regina começou a apresentar sinais de depressão(passou a não se alimentar direito e a não dormir direito, ter um olhar perdido e não encontrar alegria nas coisas simples da vida), quatro filhos morreu de complicações renais ou cardíacas o que pode ser problema renal genético e o cardíaco pode ser por conta de picadas do inseto barbeiro por conta das condições de vida em que viviam ou como citado anteriormente, um problema de ordem genética.
 No fim de sua vida Dona Regina apresentava dores no peito, perda da visão do olho esquerdo, não andava mais e só ficava prostrada em uma cama o que pode ser sugestivo também de diabetes e como ela se recusava a ir ao médico não teve um diagnóstico.
 Juninho o neto de Dona Regina apresentou dores fortes no membro inferior esquerdo e infecção no mesmo membro, possuía sedentarismo e sinais de depressão, apresentava também ginecomastia, começou a apresentar cansaço frequente, mesmo sentindo muita fome tinha perda de peso rápida, sentia muita sede e vontade de ir ao banheiro, escurecimento das dobras principalmente das axilas e pescoço, dormência sendo estes todos os sinais sugestivos de diabetes com muito tempo, sem ir ao médico e sem o diagnostico e tratamento adequado.
 O cachorro que foi adquirido para animar o garoto, pela falta de animação alimentação adequada Bingo começou a apresentar problemas gastrointestinais e dificuldades para respirar, o que melhorou com a visita do antigo dono e mudança de alimentação.
 Diante de todo caso analisado vimos a importância da prevenção, de exames periódicos que ajuda a identificar doenças de forma precoce a importância de bons hábitos alimentares, exercícios físicos e uma equipe multidisciplinar para acompanhamento.

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