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metodos_e_medidas_de_posicionamento_geodesicos_gnss

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Brasília-DF. 
Métodos e Medidas de PosicionaMento 
Geodésico Gnss
Elaboração
Prof. Ms. Márcio Felisberto da Silva
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
UNIDADE I
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES ................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE POSICIONAMENTO GNSS ........................................................ 9
UNIDADE II
REDES DE REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 25
CAPÍTULO 1
NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS (3A EDIÇÃO 
INCRA/2014) ................................................................................................................... 25
CAPÍTULO 2
REDES DE MONITORAMENTO .................................................................................................. 37
CAPÍTULO 3
REDES ATIVAS DE MONITORAMENTO RBMC (IBGE) E RIBAC (INCRA) ......................................... 43
CAPÍTULO 4
RBMC-IP – REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DOS SISTEMAS GNSS EM TEMPO 
REAL ...................................................................................................................................... 51
CAPÍTULO 5
RIBAC – INCRA ...................................................................................................................... 55
CAPÍTULO 6
INTRODUÇÃO AO PROGRID, PROCESSAMENTO PPP E AJUSTAMENTO DE REDE GNSS ................ 58
UNIDADE III
PROCESSAMENTO DOS DADOS ........................................................................................................... 62
CAPÍTULO 1
PROCESSAMENTO PPP ........................................................................................................... 62
UNIDADE IV
POSICIONAMENTO GNSS .................................................................................................................... 74
CAPITULO 1
MÉTODOS DE POSICIONAMENTO GNSS .................................................................................. 74
4
CAPÍTULO 2
FONTES DE ERROS E PROCESSAMENTO DE SINAL .................................................................... 78
PARA (NÃO) FINALIZAR ..................................................................................................................... 89
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 96
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da 
área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que 
busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica 
impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
9
UNIDADE ICONSTELAÇÃO DE 
SATÉLITES
CAPÍTULO 1
Introdução aos sistemas de 
posicionamento GNSS
Aos olhos de um simples observador, que se pega contemplando as constelações do 
firmamento, é possível que este consiga ver e imaginar apenas os astros luminosos, e 
certamente não terá uma visão integral do que mais existe no espaço que nos rodeia.
Dentre os diversos elementos presentes no espaço 24 horas por dia, estão algumas 
constelações de satélites artificiais orbitando a terra, a serviço de nos fornecer dados 
das mais diversas ordens e para as mais variadas finalidades, tais como a de uso 
militar, agricultura, monitoramento ambiental, clima, localização, navegação, aviação, 
comunicação, posicionamento diversos entre outros fins.
A esta constelação de satélites damos o nome de GNSS (Sistema Global de Navegação 
via Satélite), o qual é composto pelos sistemas GPS, GALILEO, GLONASS, BEIDOU/
COMPASS e NNSS-TRANSIT estando este último já desativado.
O sistema GNSS é utilizado para determinar a posição de um receptor em algum lugar 
na terra, no mar ou no espaço por meio de constelação de vários satélites artificiais, 
conforme pontuado anteriormente. 
Determinar a posição do receptor (ou seja, latitude, longitude e altura) baseia-se na 
distância calculada a partir de vários satélites. Cada satélite transmite continuamente 
uma mensagem de navegação, sendo que, normalmente três satélites são suficientes 
para determinar a longitude, latitude e a altura, embora o convencional sejam quatro 
satélites.
A formação desse conjunto de satélites iniciou-se a partir do lançamento do 
satélite Russo Sputnik I no ano de 1957 e que posteriormente se desencadeou no 
desenvolvimento e operacionalização do sistema GLONASS. 
10
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Logo após, em 1958, os Estados Unidos da América lançou o satélite Vanguard e a partir 
desse momento deu-se inicio ao desenvolvimento do sistema NAVSTAR (Navigation 
Satellite whith Timing and Ranging).
Nove anos após o lançamento do Vanguard, um sistema de navegação que até então 
era utilizado apenas pela marinha americana, foi disponibilizado para uso civil, o qual 
era denominado de NNSS (Navy Navigation Satellite System) e também era conhecido 
pelo nome de Transit.
Entre os anos 1973 e1988 desenvolveram estudos, desenho e a construção do primeiro 
bloco de satélites do sistema GPS – Global Positioning System. Esse sistema foi 
desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos com a precisão de obter 
a posição, velocidade e horário de um determinado ponto sobre a superfície da Terra.
O sistema GALILEO por sua vez, surgiu a partir das restrições impostas pelos Estados 
Unidos aos demais países quanto a participação no desenvolvimento do sistema GPS. 
Dessa forma, em 1999 a União Europeia sugeriu que fosse desenvolvido um sistema 
próprio e independente, aberto a participação de demais países, compatível com o 
sistema GPS e com o sistema GLONASS, independente e controlado por civis.
Em setembro de 2015, dois novos satélites foram lançados, o Alba e o Oriana. 
Atualmente, o GALILEO possui 10 satélites em órbitas, um terço de sua constelação, 
mas até 2020 pretende estar com uma rede completa de 30 satélites em órbita.
O sistema BEIDOU que também é conhecido como COMPASS, começou a ser 
desenvolvido em 1983, tendo seu primeiro satélite lançado no ano de 2000. O ultimo 
lançamento foi em março de 2015.
Figura 1. Lançamento satélite em março de 2015.
Fonte: <www.beidou.gov.cn>.
11
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
O sistema BEIDOU de navegação por satélite é um sistema de navegação global por 
satélite da China, que foi desenvolvido com o intuito de manter a independência e 
manter a iniciativa e o poder de decisão nas próprias mãos. Objetiva-se equacionar o 
sistema de forma a ser aberto, compatível, estável e com uma tecnologia de confiança 
a fim de oferecer um serviço global, acelerando o desenvolvimento da indústria de 
navegação por satélite, ampliando o leque de possibilidades dentro do setor econômico 
e social do país.
Assim como o GPS, o sistema BEIDOU é composto de três segmentos: o espacial, de 
controle e o de usuário. O segmento espacial contém 5 satélites geoestacionários e 30 
satélites de órbita não geoestacionários. O segmento de controle é composto de uma 
série de estações. E o segmento usuário inclui terminais de sistema BEIDOU, bem como 
outros compatíveis com os outros sistemas de navegação por satélite.
Sistema GLONASS
O desenvolvimento do sistema GLONASS originou-se na União Soviética no ano 
de 1976. Os lançamentos de foguetes iniciaram em 12 de outubro de 1982 até que a 
constelação foi concluída em 1995. 
Durante a década de 1990, o sistema passou por um declínio até que em 2001, no 
governo de Vladimir Putin, o sistema foi restaurado e declarado como prioridade tendo 
o financiamento do programa espacial aumentado de forma bastante considerável. 
Segundo informações oficiais da Rússia, o sistema GLONASS é o programa mais caro 
da Agência Espacial Federal Russa, consumindo um terço do seu orçamento em 2010.
Até o no de 2010, o sistema GLONASS já tinha alcançado uma cobertura de 100% 
do território da Rússia e em outubro de 2011, a constelação orbital de 24 satélites foi 
ampliada, permitindo uma cobertura global completa. 
A arquitetura dos satélites GLONASS foi submetida a várias atualizações e redesenhamentos 
desenvolvendo dessa forma a versão mais recente conhecida como o GLONASS-K.
O programa GLONASS, como já mencionado, está entre as prioridades da política 
do Governo russo, cabe ressaltar que as metas para 2002-2011 foram alcançadas, 
demonstrando um desempenho de avanços semelhante ao sistema GPS.
Um novo programa GLONASS para os anos de 2012 a 2020 já foi aprovado em março 
de 2012. Dentre as suas principais metas estão a continuidade, modernização e 
ampliação do uso nas mais diversas finalidades, bem como tornar o sistema GLONASS 
um elemento essencial ao GNSS.
https://en.wikipedia.org/wiki/Satellite_constellation
https://en.wikipedia.org/wiki/Russian_Federal_Space_Agency
https://en.wikipedia.org/wiki/Geography_of_Russia
12
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Figura 2. Símbolo do sistema GLONASS.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
O programa conta atualmente com 28 satélites em órbita, sendo 26 GLONAS-M e 2 
GLONAS-K.
As várias versões do GLONASS são:
GLONASS - lançado em 1982, esses satélites tinham a intenção de trabalhar com o 
posicionamento, distância, tempo e medição de velocidade em qualquer lugar do mundo, 
sob o controle de militares e organizações oficiais.
GLONASS-M - lançado em 2003 com o intuito de adicionar o segundo código para 
uso civil.
Figura 3. Satélite modelo GLONASS-M.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
GLONASS-K - começou em 2011 possuindo mais três tipos: K1, K2 e KM para pesquisa. 
Adicionando nessa fase, a terceira frequência para uso civil.
Figura 4. Satélite modelo GLONASS-K.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
http://www.glonass-iac.ru
http://www.glonass-iac.ru
http://www.glonass-iac.ru
13
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
GLONASS-K2 - será lançado depois de 2015 (atualmente em fase de projeto).
GLONASS-KM - será lançado depois de 2025 (atualmente em fase de investigação).
A estrutura do sistema GLONASS é composta por:
 » Uma constelação de satélites distribuídos em três planos orbitais.
 » O Centro de Sistema de Controle (SSC) localizado na Krasnoznamensk.
 » Duas estações de uplink.
 » Um Relógio Central localizado no Schelkovo (próximo a cidade de Moscou).
 » Uma rede de monitoramento e quatro estações de medição (MS).
 » Cinco Telemetria, Rastreamento e Controle de estações (TT & C).
A infraestrutura do sistema GLONASS está organizado em dois segmentos, sendo eles: 
o segmento espacial e o segmento terrestre, complementando o terceiro segmento a 
partir dos receptores dos usuários, que compõem o segmento de usuário.
Segmento Espacial
As principais funções do segmento espacial são transmitir os sinais de radionavegação, 
armazenar e retransmitir a mensagem de navegação enviada pelo Segmento de Controle. 
O segmento espacial do sistema GLONASS é composto de um numero de 28 satélites 
operacionais, distribuídos em três planos orbitais. Os satélites operam em uma órbita 
circular com uma altitude de 19.100 km e uma inclinação de 64,8 graus, onde cada 
satélite completa a órbita em aproximadamente 11 horas e 15 minutos.
Segmento de Controle
O Segmento de Controle, ou Sistema de Controle Operacional, é o responsável pelo 
bom funcionamento do sistema GLONASS. Ele é composto por: 
 » Um Centro de Sistema de Controle (SSC). 
 » Uma rede de cinco Telemetrias. 
 » Centros de Rastreamento e Comando (TT & C). 
 » Um Relógio Central. 
 » Três estações de upload (UL). 
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_Space_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_Ground_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_User_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_Space_Segment
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
14
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
 » Duas Estações Variando de laser do satélite (SLR). 
 » Uma rede de monitoração e medição de Estações (MS). 
Além de toda essa estruturação distribuída ao logo do território Russo, outras seis 
estações de monitoramento e medição adicionais estão previstas para começar a operar 
em breve. 
O segmento conta ainda com um sistema de sincronização de todos os processos do 
sistema GLONASS, funcionando a partir de um relógio atômico de hidrogênio de alta 
precisão. Esse sistema é muito importante para a operacionalidade do sistema de 
forma apropriada.
Segmento de Usuário
O Segmento de Usuário representa os equipamentos receptores localizados na superfície 
terrestre que permitem rastrear os satélites do sistema GLONASS. É convencionado 
que para receber um posicionamento da forma mais adequado, é necessário que um 
receptor receba o sinal de quatro satélites: três para obter as coordenadas da posição e 
o quarto para determinar o tempo.
Embora a constelação do sistema GLONASS esteja se aproximando de uma cobertura 
global, sua comercializaçãoe especialmente o desenvolvimento do segmento de 
usuários, deixa um pouco a desejar se comparando com o sistema norte-americano 
GPS. Dessa forma, para melhorar a situação, o governo Russo tem promovido de forma 
ativa o uso e abertura do sistema GLONASS para o uso civil. 
O governo tem forçado todos os fabricantes de automóveis na Rússia a produzir carros 
equipados com o sistema GLONASS, bem como desde fevereiro de 2011, todos os 
automóveis de passageiros, veículos de transporte e os veículos que transportam materiais 
perigosos são obrigados a usar navegadores equipada com o sistema GLONASS.
Além disso, os esforços da Rússia para melhorar a precisão do sistema GLONASS já 
surte resultados, haja vista várias empresas de eletrônicos já anunciarem o lançamento 
de novos receptores com suporte total às inovações do GLONASS.
Sistema GALILEO
GALILEO é um sistema de navegação global por satélite desenvolvido pela Europa, o 
qual visa oferecer um serviço de posicionamento global altamente preciso sob o controle 
civil. Ele é compatível com o sistema GPS e o sistema GLONASS. 
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
http://www.navipedia.net/index.php/GLONASS_General_Introduction
15
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Em 21 de outubro de 2011 foram lançados os primeiros dois dos quatro satélites 
operacionais. No ano seguinte, outros dois satélites foram lançados, em 12 de Outubro 
de 2012. E após ocorreu uma sucessão de lançamentos até o último ocorrido no dia 11 
de setembro de 2015, que na ocasião foram lançados mais dois satélites.
 » Segmento Espacial: O Segmento Espacial do sistema GALILEO, 
pretende concluir uma constelação total de 30 satélites em uma Órbita 
Média (MEO).
 » Segmento de Controle: Este segmento conta com um conjunto 
de diversas estações distribuídas globalmente, afim de dar apoio a 
determinação de órbitas e sincronização de tempo. Essas estações 
irão proporcionar dados para outras duas estações, uma responsável 
pelos dados de navegação e outro pela manutenção física do sistema. É 
importante ressaltar que esse segmento é considerado o coração de todo o 
sistema GALILEO.
Quadro 1. Status da Constelação do Sistema GALILEO.
Satélites
Nome 
Missão
Data
Lançamento
Nome 
Satélite
Status
Sat – 14 ------------------- ------------------- -------------------
Em curso
Sat – 13 ------------------- ------------------- -------------------
Sat – 12 ------------------- ------------------- -------------------
Sat – 11 ------------------- ------------------- -------------------
Sat – 10 Galileo Sat
9 e 10
11.09.2015
GSAT0206 Lançamento
RecenteSat – 09 GSAT0205
Sat – 08 Galileo Sat
7 e 8
28.03.2015
GSAT-204
Em Operação
Sat – 07 GSAT-203
Sat – 06 Galileo Sat
5 e 6
22.08.2014
GSAT-202
Em Operação
Sat – 05 GSAT-201
Sat – 04
IOV – 2 12.10.2012
GSAT-104
Sat – 03 GSAT-103
Sat – 02
IOV – 1 21.10.2011
GSAT-102
Sat – 01 GSAT-101
GIOV-B ------------------- 27.04.2008 ------------------- Desativado
GIOV-A ------------------- 28.12.2005 ------------------- Desativado
Fonte: <www.esa.int>.
 » Segmento de Usuário: Conforme observado nas características dos 
segmentos de usuário dos demais sistemas que já estudamos, notamos 
que é comum a definição apontada para uma diversidade de equipamentos 
receptores civis e militares que recebem o sinal emitido pela constelação de 
16
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Satélites. Para o sistema GALILEO, não é diferente, haja vista o segmento 
de usuário abranger o uso do produto final a partir das mais variadas 
especificações de receptores. 
Sistema GPS
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema de navegação dos Estados 
Unidos da América, com base no espaço, fornecendo confiável serviço de posicionamento, 
navegação e cronometria aos usuários civis, de forma livre e desimpedida para todo 
o mundo. 
A partir de um receptor GPS, o sistema irá fornecer a localização e a hora exata em 
qualquer tempo, do dia ou da noite, em qualquer lugar do mundo sem limites para um 
número de usuários simultâneos.
O sistema GPS consiste em três segmentos: os satélites que orbitam a Terra (espacial), 
monitoramento (controle) de solo e das estações de controle e dos receptores (usuários) 
de GPS pertencentes a usuários. 
A partir do espaço, os satélites do sistema GPS transmitem sinais que são recebidos 
e identificados por receptores GPS em superfície. Estes por sua vez, recebem as 
coordenadas tridimensionais de latitude, longitude e altitude, e o tempo preciso local.
O sistema GPS está agora disponível para todos no mercado de pequenos receptores 
GPS portáteis. Com estes receptores, os usuários podem determinar com precisão a 
sua localização e facilmente navegar para o local onde se deseja ir, seja a pé, dirigindo, 
voando ou navegando. 
O sistema GPS é essencial em todos os sistemas de transporte do mundo, o qual oferece 
suporte para a navegação por ar, terra e mar, conforme já mencionado. 
Os serviços de emergência e assistência em catástrofes, também são bastante 
dependentes do sistema GPS para localização e determinação do tempo de coordenação 
das missões para salvar vidas.
Atividades cotidianas, como serviços de banco, telefonia celular e até mesmo redes de 
distribuição de energia, ganham no quesito de eficiência, haja vista à precisão fornecida 
pelo GPS. 
Os agricultores, topógrafos, geógrafos, geólogos, cartógrafos, geodésicos entre outros 
inúmeros usuários passam a trabalhar com mais eficiência, segurança, com mais 
economia e com mais precisão, graças aos sinais de GPS acessíveis de forma gratuita.
17
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Os satélites GPS voam em órbita terrestre média (MEO) a uma altitude de cerca de 
20,200 km (12.550 milhas). Cada satélite orbita a Terra duas vezes por dia.
Figura 5. Modelo esquemático dos planos de órbitas do sistema GPS.
Fonte: <www.gps.gov>.
Quanto ao arranjo dos satélites da constelação GPS, estes são dispostos em seis planos 
orbitais igualmente espaçados em torno da Terra. 
A constelação de GPS é uma mistura de antigos e novos satélites composta por 
GPS do Bloco IIA (2a geração, Advanced), do Bloco IIR (Reposição), do Bloco IIR 
(M) (modernizada), do Bloco IIF (Siga-on ) e do BLOCO GPS III, conforme figuras 
a seguir.
Para simplificar nosso entendimento acerca dos blocos de satélites, é importante 
salientar o quanto o projeto de satélites GPS evoluiu com o tempo. Cada geração de 
satélites com características semelhantes é chamada de bloco. Dessa forma, vamos 
observar uma breve descrição dos diferentes blocos de GPS:
 » Bloco I: Onze satélites deste tipo foram lançados entre 1978 e 1985. A 
Disponibilidade Seletiva (S/A) não foi implementada e seu peso médio 
era de 845 kg. A vida média prevista era de 4,5 anos, embora alguns 
deles tenham durado até 10. Eles foram capazes de dar serviço de 
posicionamento por 3 ou 4 dias sem nenhum contato com o centro de 
controle.
 » Bloco II e IIA: São satélites operacionais que consistem em 28 satélites 
no total, lançados a partir de 1989 e muitos estão ainda em operação. 
Eles pesam cerca de 1.500 kg e tem uma vida média prevista de 7,5 anos. 
Desde 1990, uma versão melhorada foi usada, denominado Bloco IIA 
18
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
(avançado), com capacidade de comunicação mútua. Eles são capazes de 
fornecer o serviço de posicionamento por 180 dias sem nenhum contato 
com o segmento de controle. No entanto, no modo de funcionamento 
normal, eles se comunicam diariamente.
 » Bloco IIR: São satélites operacionais em substituição aos anteriores, 
a partir de 1997. Estes satélites estão sendo utilizados como peças de 
reposição para o Bloco II. Esse Bloco IIR é formado por um conjunto 
de 20 satélites, embora possa ser aumentada para mais 6 unidades. 
Eles pesam aproximadamente 2.000 kg e têm uma vida útil média de 
10 anos.Estes satélites podem determinar suas órbitas e calcular a sua 
própria mensagem de navegação autônoma. Eles têm a capacidade de 
medir distâncias entre si e transmitir dados para outros satélites ou para 
o segmento de controle. Esses satélites são capazes de operar cerca de 
meio ano sem qualquer apoio do Segmento de Controle e sem degradação 
na precisão das efemérides.
 » Bloco IIR-M: São satélites modernizados, onde incluem um novo sinal 
militar e o mais robusto sinal L2C civil. O primeiro satélite deste bloco foi 
lançado no dia 26 de setembro de 2005.
 » Bloco IIF: O primeiro satélite (SVN62) foi lançado no dia 28 de maio de 
2010. Estes satélites incluem o terceiro sinal civil na banda L5. Sua vida 
útil média é de cerca de 10 anos.
 » Bloco III: A nova geração de satélites GPS introduz melhorias significativas 
nas capacidades de navegação. Eles fornecem o quarto sinal civil na banda 
L1 (L1C). O primeiro lançamento está previsto a partir de 2017.
Figura 6: Satélites Bloco II e IIA.
Fonte: <www.gps.gov>.
19
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Figura 7: Satélites Bloco II R.
Fonte: <www.gps.gov>.
Figura 8: Satélites Bloco II R-M.
Fonte: <www.gps.gov>.
Figura 9: Satélites Bloco II F.
Fonte: <www.gps.gov>.
20
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Figura 10: Satélites Bloco III.
Fonte: <www.gps.gov>.
A política dos Estados Unidos para manter a liderança no serviço de sistemas de 
navegação por satélite possui metas para atender a crescente demanda por melhoria 
do desempenho dos serviços de GPS, bem como para manter a competitividade com os 
sistemas de navegação por satélites internacionais.
Figura 11. Metas para desenvolvimento e modernização do sistema GPS.
Fonte: <www.gps.gov>.
Segmentos do Sistema GPS
Como já fora visto, o Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema de 
propriedade norte-americana, disponibilizado a uma gama de usuários. Este sistema é 
composto por três segmentos: o segmento espacial, o segmento de controle e o segmento 
do usuário. 
Espacial
Neste segmento inclui os satélites e os foguetes Delta que lançam satélites a partir de 
Cabo Canaveral, na Flórida. 
21
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Os satélites GPS (mínimo de vinte e quatro satélites) voam em órbitas circulares (seis 
planos orbitais) a uma altitude de 10.900 milhas náuticas ou 20.200 km e com um 
período de 12 horas. 
As órbitas são inclinadas em relação a linha do equador, em 55º para garantir a cobertura 
das regiões polares.
Alimentado por células solares, os satélites mantém uma orientação constante a fim de 
apontar os seus painéis solares em direção ao sol e sua antena para a Terra. Cada um 
dos satélites, posicionados seus planos orbitais, circula a Terra duas vezes por dia.
Os satélites são compostos por:
 » Painéis solares - Cada satélite está equipado com painéis solares. 
Estes painéis captam a energia do sol, que fornece energia para o satélite 
durante toda a sua vida.
 » Componentes externos – Esses componentes tais como antenas. O 
exterior de um satélite GPS tem uma variedade de antenas. Os sinais 
gerados pelo transmissor de rádio são enviados para os receptores GPS 
por meio da antena G-banda. Outro componente é o transmissor de 
rádio, o que gera o sinal. Cada um dos satélites 32 transmite o seu próprio 
código único no sinal.
 » Componentes internos - Compreende os relógios atômicos e os 
transmissores de rádio. Cada satélite contém quatro relógios atômicos. 
Estes relógios são precisos, pelo menos, um bilionésimo de um segundo 
ou um nanossegundo. Uma imprecisão relógio atômico de 1 / 100th de 
um segundo se traduziria em uma medida (ou que varia) de erro de 1.860 
milhas para o receptor GPS.
Controle
É o segmento responsável por controlar o todo sistema, incluindo a implantação 
e manutenção do mesmo, rastreamento dos satélites em suas órbitas, bem como os 
parâmetros do relógio. Monitoramento de dados auxiliares e envio de mensagem de 
dados para os satélites. 
O segmento de controle também é responsável pela criptografia de dados e proteção 
contra o serviço de usuários não autorizados e está estruturado em uma estação principal 
(mestre/master), estação de monitoramento e um grupo de antenas terrestres.
22
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Figura 12. Estruturação do Segmento de Controle do sistema.
Fonte: <www.gps.gov>.
A estação de controle mestre, localizado na Base Aérea de Schriever no Colorado, é 
responsável pela gestão global dos sítios de monitoramento e de transmissão remotas, 
calculando não só posição, mas também a velocidade, ascensão direita e parâmetros de 
declinação para eventual envio de satélites GPS.
As estações de monitoramento consistem em seis estações localizadas na Base de Dados 
de Schriever Força Aérea no Colorado, em Cabo Canaveral na Flórida, no Havaí, na Ilha 
de Ascensão no Oceano Atlântico, em Diego Garcia no Oceano Índico e em Kwajalein 
Ilha no Pacífico Sul. 
Outras seis estações de monitoramento adicionais foram adicionados a partir de 2005, 
sendo elas na Argentina, no Bahrein, no Reino Unido, no Equador, em Washington e na 
Austrália. Cada uma das estações de monitoramento verifica a altitude exata, a posição, 
a velocidade e a integridade geral dos satélites em órbita. 
O segmento de controle utiliza medições recolhidas pelas estações de monitoramento 
para predizer o comportamento da órbita de cada satélite e seu respectivo relógio. 
Este segmento também assegura que as órbitas dos satélites GPS e seus relógios 
permaneçam dentro de limites aceitáveis. 
Uma estação pode localizar até 11 satélites de cada vez. Este check-up é realizado duas 
vezes por dia, por cada estação, quando os satélites completam as suas viagens em 
torno da Terra. 
As variações observadas, como as causadas pela gravidade da lua, do sol e da pressão da 
radiação solar, são passadas junto à estação de controle mestre.
As antenas terrestres desempenham o papel de monitorar e rastrear os satélites de 
horizonte a horizonte. Eles também transmitem informações corretivas aos satélites de 
forma individualizada.
23
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Usuário
No que diz respeito ao segmento de usuário inclui equipamentos militares e civis que 
recebem os sinais GPS. Os equipamentos militares receptores do sinal GPS são os 
integrados em equipamentos de caças, bombardeiros, tanques, helicópteros, navios, 
submarinos, tanques, jipes e soldados. 
Além das atividades básicas de navegação, aplicações militares, o sistema GPS possibilita 
a designação de alvos, o apoio aéreo aproximado e as armas “inteligentes”.
Com o aumento da popularidade de receptores GPS ao longo dos últimos anos, a 
comunidade civil passou a utilizar o sistema GPS de forma ampla e diversificada.
Os sistemas de rastreamento GPS são usados para encaminhar e monitorar entrega por 
vans e veículos de emergência. 
Na agricultura de precisão, o GPS é usado para orientar com precisão máquinas agrícolas 
empregadas na lavoura, no plantio, adubação e a colheita. 
Nos smartphones com o recurso de mapa de navegação GPS ou aplicações similares. 
As previsões para a aviação prometem ser revolucionárias. Como as viagens aéreas 
quase dobrou no século XXI, o GPS pode representar uma pedra angular do futuro 
sistema de gestão do tráfego aéreo (ATM) que irá manter elevados níveis de segurança, 
além de reduzir os atrasos e aumentar a capacidade das vias aéreas. 
Para promover este futuro sistema de ATM, o objetivo é estabelecer e manter uma 
capacidade de navegação baseada em satélite para todas as fases do voo.
Estrutura do Sinal no Sistema GPS
 » Este código L1 do GPS (1575,42 MHz) voltou a ser a banda mais importante 
para fins de navegação. A maioria das aplicações no mundo hoje em 
dia é baseada nos sinais transmitidos nessa frequência. Três sinais são 
transmitidos no momento por GPS em L1: Código C / A, o código P (Y) e 
M-Code. No futuro, um novo sinal civil adicional, conhecido como L1C, 
também será transmitido. 
O sinalde código C / A foi pensado principalmente para aquisição do código P (ou Y) e 
tornou-se hoje o sinal mais importante para aplicações. O código P é o sinal de precisão 
e é codificado pelo código de precisão. 
Além disso, o código Y é usado em lugar do código P sempre que o modo de funcionamento 
do Antifalsificação (A / S) é ativado.
24
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
O sinal militar modernizado (M-Code) é projetado exclusivamente para uso de fins 
militares e destina-se na eventual substituição do código P (Y). Esse sinal (M-Code) 
fornece melhor resistência do que o sinal P (Y), com um poder bem maior sem 
interferência com código C / A ou P (Y). Além disso, o M-Code prevê a aquisição de 
sinal mais robusto do que é conseguido hoje, além de oferecer uma melhor segurança 
em termos de exclusividade, autenticação e de confidencialidade, juntamente com a 
distribuição de chaves aerodinâmicas. Em outros aspectos, o sinal M-Code, é possível 
explicar que, fornece um desempenho com mais flexibilidade e bem melhor que o 
código P (Y). 
O sinal de L1 Civil (L1C), é constituído por dois componentes principais; um denominado 
L1 Cp, para representar o sinal piloto e outro L1 Cd, para os canais de dados. Este sinal 
é espalhado por um código que varia e é modulado por uma mensagem de dados.
 » O código L2 do GPS está transmitindo na banda L2 (1227,60 MHz) um 
sinal civil modernizado conhecido como L2C juntamente com o P (Y) e 
o Código M-Code. Como podemos observar, o código P (Y) e o M-código 
já foram explanados nos parágrafos anteriores e as propriedades e 
parâmetros são semelhantes às da banda L1. Além disso, para o Bloco 
IIR-M, IIF, e blocos subsequentes, existem dois códigos adicionais que 
vão ser transmitidos. Eles são o L2 moderado (L2 CM) e o código L2 
Longa Civil (L2 CL).
 » O código L5 do GPS (1176,45 MHz) foi transmitido pela primeira vez a 
bordo de satélites IIF e seu desenvolvimento busca sobretudo atender a 
demanda do segmento aéreo. Em comparação com L1 C/A e L2, estas são 
algumas das mudanças em L5:
 » Melhoria da estrutura do sinal para um melhor desempenho;
 » Maior potência transmitida do sinal L1 / L2 (~ 3 dB, ou 2 × tão poderoso);
 » Maior largura de banda, onde oferece 10 × ganho de processamento, 
fornece mais nítida autocorrelação (em termos absolutos, não em relação 
ao tempo de duração) e requer uma taxa de amostragem maior no receptor;
 » Códigos mais de espalhamento (10 × maiores do que C / A);
 » Usa a banda Aeronáutica Radionavigation Serviços.
https://en.wikipedia.org/wiki/Processing_gain
25
UNIDADE IIREDES DE REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 1
Norma Técnica para 
Georreferenciamento de Imóveis Rurais 
(3a Edição INCRA/2014)
O Georreferenciamento é a descrição dos limites de um imóvel rural por um profissional 
credenciado contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis 
rurais georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional 
fixada pelo Incra e apresentadas neste capítulo. 
A Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais que já está em sua 
terceira edição publicada em 2013, traz em seu conteúdo todas as condições que se 
exigem para a execução dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais.
De início, a referida Norma já fixa de forma pontual a necessidade de se seguir o que 
dispõe a Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, em seus artigos 176 e 225, os quais 
trazem os seguintes textos:
Art. 176...
§ 3o Nos casos de desmembramento, parcelamento ou remembramento 
de imóveis rurais, a identificação prevista na alínea a do item 3 do inciso 
II do § 1o será obtida a partir de memorial descritivo, assinado por 
profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade 
Técnica - ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos 
limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico 
Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA, garantida 
a isenção de custos financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja 
somatória da área não exceda a quatro módulos fiscais. (Parágrafo 
acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001) 
26
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
§ 4o A identificação de que trata o § 3o tornar-se-á obrigatória para 
efetivação de registro, em qualquer situação de transferência de imóvel 
rural, nos prazos fixados por ato do Poder Executivo. (Parágrafo 
acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001).
Art. 225...
§ 3o Nos autos judiciais que versem sobre imóveis rurais, a localização, 
os limites e as confrontações serão obtidos a partir de memorial 
descritivo assinado por profissional habilitado e com a devida Anotação 
de Responsabilidade Técnica - ART, contendo as coordenadas dos 
vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas 
ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada 
pelo INCRA, garantida a isenção de custos financeiros aos proprietários 
de imóveis rurais cuja somatória da área não exceda a quatro módulos 
fiscais. (Parágrafo acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001)”.
A lei foi elaborada em substituição a um decreto de 1969 que foi revogado e dessa forma, 
quatro anos depois, foi publicado o novo texto legal em questão Lei no 6.015 que, como 
já mencionado, versa sobre o registro de imóveis.
No ano de 2001, uma nova lei foi criada para alterar alguns temas da Lei no 6.015. Essa 
lei é a no 10.267/2001, a qual representa grande importância pelo fato de atuar, entre 
outras coisas, como elemento unificador do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais e o 
Registro de Imóveis.
Além da legislação na qual foi apresentada, a Norma Técnica para Georreferenciamento 
de Imóveis Rurais ainda determina que tanto as terras públicas quanto privadas 
devem seguir esta normativa de forma indistinta e sua aplicação está condicionada às 
especificações dos seguintes documentos: 
 » Manual Técnico de Limites e Confrontações, publicado pelo INCRA. 
 » Manual Técnico de Posicionamento, publicado pelo INCRA. 
Durante toda a rotina de trabalho do profissional que está realizando o georreferenciamento 
de imóveis rurais, deve se levar em consideração de forma determinante, a aplicação 
das informações contidas nos manuais acima colocados, no que consta quando citados 
nessa Norma.
Quando aos procedimentos referentes ao trabalho com GNSS, é imprescindível que se 
atente aos conteúdos do manual técnico de Posicionamento.
27
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Normas e resoluções do IBGE sobre o Sistema 
Geodésico Brasileiro - SGB
O desenvolvimento do Sistema Geodésico Brasileiro - SGB, composto pelas redes 
altimétrica, planimétrica e gravimétrica pode ser dividido em duas fases distintas: uma 
anterior e outra posterior ao advento da tecnologia de observação de satélites artificiais 
com fins de posicionamento. No Brasil, essa tecnologia possibilitou, por exemplo, a 
expansão do SGB na região amazônica, permitindo o estabelecimento do arcabouço de 
apoio ao mapeamento sistemático daquela área.
Inicialmente, na década de 70, eram observados os satélites do Sistema TRANSIT. Em 
fins da década de 80, o IBGE, por meio do seu Departamento de Geodésia, criou o 
projeto GPS com o intuito de estabelecer metodologias que possibilitassem o uso pleno 
da tecnologia do Sistema NAVSTAR/GPS, que se apresentava como uma evolução dos 
métodos de posicionamento geodésico até então usados, mostrando-se amplamente 
superior nos quesitos rapidez e economia de recursos humanos e financeiros.
Rede Planimétrica
O início dos primeiros levantamentos geodésicos no Brasil foram realizados em 
outubro de 1939 pelo então Conselho Nacional de Geografia (CNG). O objetivo desses 
levantamentos era determinar coordenadas astronômicas em cidades e vilas para a 
atualização da Carta do Brasil ao Milionésimo de 1922. Em 1944, foi medida a primeira 
base geodésica nas proximidades de Goiânia, iniciava-se o estabelecimento sistemático 
do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) em sua componenteplanimétrica, pelas 
medições de latitudes e longitudes materializados por um conjunto de pontos (pilares, 
marcos ou chapas) situados sobre a superfície terrestre pelo método da triangulação e 
densificado pelo método de poligonação. Tais métodos, denominados de “clássicos”, 
foram aplicados até meados da década de 90 e os equipamentos utilizados eram os 
teodolitos e medidores eletrônicos de distâncias.
Concomitantemente, na década de 70, iniciaram-se as operações de rastreio de satélites 
artificiais do sistema Navy Navigation Satellite System (NNSS) da Marinha Americana, 
também conhecido por sistema TRANSIT. Esta metodologia foi inicialmente aplicada 
no estabelecimento de estações geodésicas na Amazônia, nos quais os métodos clássicos 
eram impraticáveis devido às dificuldades impostas pelas características da região.
No ano de 1991, o IBGE adquiriu quatro receptores do Global Positioning System 
(GPS) e começou a utilizar a tecnologia GPS na densificação dos marcos planimétricos 
do Sistema Geodésico Brasileiro. Teve início, assim, a era GPS no IBGE, que prevalece 
28
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
até os dias de hoje. A primeira campanha ocorreu no início de 1991, inserida em um 
projeto de âmbito mundial conhecido como GPS for IERS and Geodinamics (GIG91).
A operacionalização da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo do Sistema 
GPS) em 1996 implantou o conceito de redes ‹ativas› por meio do monitoramento 
(rastreio) contínuo de satélites do Sistema GPS. Diariamente, todos os dados coletados 
nas estações da RBMC são transferidos automaticamente e disponibilizados aos 
usuários em formato RINEX.
O Projeto Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS) tem a 
participação de países da América Latina e Caribe. No contexto deste projeto foram 
estabelecidas 2 redes de referência para o continente, uma estabelecida em 1995 e outra 
em 2000. A partir destas redes, de precisão científica, serão apoiadas as redes nacionais 
americanas.
No Workshop do Grupo de Trabalho I - Sistema de Referência, realizado em agosto 
de 2006, foram estabelecidos 5 «Centros de Análises» com o objetivo de processar, 
comparar e combinar os dados GPS das estações permanentes localizadas nos países 
da América Latina e Caribe. O trabalho realizado por estes centros visa à manutenção 
da Rede de Referência SIRGAS e a integração desta com a Rede Global do International 
GNSS Service (IGS).
Rede Altimétrica
Em 13 de Outubro de 1945, a Seção de Nivelamento (SNi) iniciava os trabalhos de 
Nivelamento Geométrico de Alta Precisão, dando início ao estabelecimento da Rede 
Altimétrica do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). No Distrito de Cocal, Município de 
Urussanga, Santa Catarina, onde está localizada a Referência de Nível RN 1-A, a equipe 
integrada pelos Engenheiros Honório Beserra - Chefe da SNi -, José Clóvis Mota de 
Alencar, Péricles Sales Freire e Guarany Cabral de Lavôr efetuou a operação inicial de 
nivelamento geométrico no IBGE.
No mês de dezembro de 1946, foi efetuada a conexão com a Estação Maregráfica de Torres, 
Rio Grande do Sul, permitindo, assim, o cálculo das altitudes das Referências de Nível já 
implantadas. Concretizava-se, assim, o objetivo do Professor Allyrio de Mattos de dotar 
o Brasil de uma estrutura altimétrica fundamental, destinada a apoiar o mapeamento 
e servir de suporte às grandes obras de engenharia, sendo de vital importância para 
projetos de saneamento básico, irrigação, estradas e telecomunicações.
Em 1958, quando a Rede Altimétrica contava com mais de 30.000 quilômetros de linhas 
de nivelamento, o Datum de Torres foi substituído pelo Datum de Imbituba, definido 
29
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
pela estação maregráfica do porto da cidade de mesmo nome, em Santa Catarina. Tal 
substituição ensejou uma sensível melhoria de definição do sistema de altitudes, uma 
vez que a estação de Imbituba contava na época com nove anos de observações, bem 
mais que o alcançado pela estação de Torres.
Ajustamentos da RAAP
A Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) 
passou por diversos processos de ajustamento manuais das observações de nivelamento 
(1948, 1952, 1959, 1962, 1963, 1966, 1970 e 1975), conforme seu desenvolvimento e as 
ferramentas de cálculos disponíveis a cada época. O último ajustamento, denominado 
Ajustamento Altimétrico Global Preliminar (AAGP), foi finalizado em 1993 e corrigiu 
alguns problemas dos ajustamentos anteriores, como a aplicação da redução 
pseudo-ortométrica, que trata apenas do efeito do não paralelismo das superfícies 
equipotenciais do campo da gravidade normal. Contudo, devido à limitação dos 
programas, o AAGP foi realizado de forma a particionar a RAAP em vários macrocircuitos 
(MMCC) e ajustamentos independentes.
Somente no início de 2005, foi possível iniciar o processo que levou ao ajustamento 
simultâneo, concluído em maio e disponibilizado em 20 de junho deste ano. 
A organização e a preparação de todos os dados da RAAP, observações e memoriais 
descritivos, demandaram a geração de programas específicos de crítica dos dados, 
no qual foram identificadas e corrigidas as inconsistências encontradas. Assim, foi 
possível incluir estações que anteriormente receberam valores preliminares e cerca 
de 12.000 que ainda não haviam sido calculadas. Também foram identificadas áreas 
que precisam de novas medições, confirmada a necessidade de manutenção de várias 
estações geodésicas existentes e construção de novas.
Para o cálculo do ajustamento foi utilizado o software canadense denominado GHOST 
(Geodetic adjustment using Helmert blocking Of Space and Terrestrial data), que 
permite o ajustamento simultâneo de grandes redes geodésicas. Neste ajustamento 
foram incluídas todas as RRNN medidas e não calculadas, antes e depois do AAGP, e 
as RRNN pertencentes aos “ramais” das linhas de nivelamento. Como resultado, foram 
disponibilizadas altitudes ajustadas de aproximadamente 69000 RRNN, juntamente 
com seus respectivos desvios-padrão, propagados desde a origem da Rede, no marégrafo 
de Imbituba/SC.
Com a impossibilidade de estabelecimento de Referências de Nível no entorno do baixo 
Rio Amazonas, a pequena porção da Rede Altimétrica existente no estado do Amapá 
não pode ser conectada a Imbituba, levando a utilização do nível médio do mar no 
Porto de Santana entre 1957 e 1958, originando o Datum Santana.
30
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
É importante ressaltar que a introdução de novas observações, a metodologia utilizada e 
as inconsistências corrigidas ocasionaram mudanças nas altitudes das antigas estações.
Rede Gravimétrica xz
A informação gravimétrica reveste-se de primordial importância em diversas áreas 
das ciências da Terra, como, por exemplo, na Geodésia (estudo da forma -geoide- e 
dimensões da Terra), na geologia (investigação de estruturas geológicas) e na geofísica 
(prospecção mineral).
Em 1956, o IBGE iniciou um programa visando o estabelecimento do datum (sistema 
geodésico de referência) horizontal para o Brasil. Durante o projeto, foram determinadas 
mais de 2.000 estações gravimétricas em torno do VT Chuá, ponto origem, situado 
em Minas Gerais. Com o término dos trabalhos, o IBGE executou diversos outros 
levantamentos gravimétricos em conjunto com universidades e institutos de pesquisa.
Contudo, a gravimetria somente adquiriu um caráter sistemático a partir de 1990, 
quando o IBGE estabeleceu estações gravimétricas visando recobrir os grandes vazios 
de informação de aceleração da gravidade que existem, especialmente nas regiões 
norte, centro-oeste e nordeste do Brasil. Desde então, mais de 26.000 estações foram 
estabelecidas nestas regiões.
Com a tecnologia GPS, a determinação do geoide reveste-se de grande importância no 
posicionamento vertical. Apesar do GPS ser um sistema tridimensional, as altitudes 
fornecidas por ele estão em um sistema altimétrico diferente daquele em que estão 
as obtidas pelos métodos clássicos de nivelamento(geométrico, trigonométrico e 
barométrico). Isso faz com que as altitudes GPS não possam ser diretamente comparadas 
com as altitudes e mapas fornecidos pelo IBGE e outros institutos brasileiros. O mapa 
geoidal representa a conversão entre os dois sistemas de altitude. Para que essa 
tecnologia GPS seja plenamente aproveitada, proporcionando economia de tempo e 
recursos, necessita-se de um mapa geoidal cada vez mais preciso, já que a precisão da 
transformação é função da precisão na determinação do geoide.
O IBGE, em convênio de cooperação científica com a Escola Politécnica da USP, 
mantém um projeto cujo objetivo é a determinação e o constante refinamento do mapa 
de ondulações geoidais brasileiro. Neste sentido, tem disponibilizado versões cada vez 
mais precisas e atualizadas do mapa geoidal, sendo a última versão o MAPGEO2004.
A determinação de altitudes científicas (ortométricas, normais etc), requer de 
informação gravimétrica para sua determinação. Assim sendo, desde 2006 campanhas 
de levantamentos gravimétricos vêm sendo executadas sobre as linhas principais de 
31
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
nivelamento, com a finalidade de auxiliar no cálculo destas altitudes e facilitar a conexão 
da Rede Altimétrica Brasileira com as Redes dos países vizinhos.
Redes Estaduais GPS
Com as demandas cada vez maiores da sociedade para a utilização do GPS como 
ferramenta, as redes GPS estaduais procuram suprir essas demandas atuais que tendem 
a crescer cada vez mais ampliadas devido à utilização das técnicas de posicionamento 
por satélites artificiais. Como exemplo dessas necessidades da sociedade, podemos 
citar a Lei no 10.267/2001 estabelecida pelo INCRA, visando georreferenciar todas as 
propriedades rurais existentes no país, tendo como referência o Sistema Geodésico 
Brasileiro - SGB.
Pretende-se, ao estabelecê-las, que todas as Unidades da Federação possuam uma rede 
altamente precisa e conectada entre si, tendo como referência a Rede Brasileira de 
Monitoramento Contínuo (RBMC) como mostra a figura a seguir, a qual é a principal 
estrutura geodésica no território nacional.
Figura 13. Rede RBMC.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
32
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Até dezembro de 2006 foram estabelecidas 13 redes GPS estaduais (abrangendo 18 
estados) são eles: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, 
Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Acre e 
a rede Nordeste. A rede Nordeste foi um caso a parte, pois foi estabelecida em uma única 
campanha de medição contemplando os estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, 
Paraíba e Rio Grande do Norte.
A localização de cada marco é previamente escolhida juntamente com representantes 
de instituições federais, estaduais e municipais de forma a zelar pela integridade física 
do marco, isto é, evitar abalos que possam interferir nas coordenadas ou até mesmo a 
sua destruição. Em muitos casos, os marcos ficam em instituições de ensino.
A implantação de uma rede geodésica estadual vem a colaborar na elaboração dos 
seguintes produtos e informações:
 » Confecção de mapas e cartas;
 » Referência para obras de engenharia tais como: construção e pavimentação 
de rodovias e estradas, construção de pontes, viadutos e túneis;
 » Demarcação de unidades estaduais, unidades municipais, áreas indígenas, 
áreas de proteção ambiental;
 » Regulamentação fundiária;
 » Transmissão de energia;
 » Abastecimento de água etc.
Portanto, o IBGE de 1939 até a presente data, tem acompanhado todo o desenvolvimento 
das instalações das redes de monitoramento, no sentido de dotar o país de uma estrutura 
planimétrica compatível com o nível de precisão proporcionado pela tecnologia atual.
Banco de Dados Geodésicos
O BDG reúne informações formando assim um conjunto que é composto de estações 
geodésicas, na qual a sua posição tem como a finalidade de ser referência das atividades 
de mapeamento em todo o território nacional. Além disso, esse Banco de Dados agrega 
a rede altimétrica, com o início das atividades em 1945, tinha o objetivo de proporcionar 
aos usuários altimetria com alta precisão e com abrangência nacional. Atualmente, no 
território nacional estão disponíveis, aproximadamente, 65 mil referências de níveis 
espalhadas principalmente ao longo das rodovias.
33
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Informações disponíveis no BDG
Estão disponíveis as seguintes informações no BDG nos sistemas SAD69 e SIRGAS2000, 
no qual destacamos as seguintes: 
 » Coordenadas geodésicas de alta precisão.
 » Coordenadas geodésicas de precisão.
 » Coordenadas UTM.
 » Altitude de precisão.
 » Altitude de alta precisão.
 » Descritivo de localização e acesso.
 » Informações sobre a situação física dos marcos.
 » Informações de municípios.
 » Valor da aceleração da gravidade, anomalias etc.
Reúne informações de estações de referência, com os seus respectivos valores de 
coordenadas e dados auxiliares, que constituem o Sistema Geodésico Brasileiro – SGB.
A sua materialização se efetiva por meio dos conjuntos de estações, que constituem 
as redes:
 » Altimétrica: Referência de Nível – RN.
 » Planimétrica: Estação de satélite GPS e DOPPLER.
 » Estação de Poligonal – EP.
 » Vértice de Triangulação – VT.
 » Gravimétrica: Estação Gravimétrica – EG.
Para ter acesso ao banco de dados geodésico
Acesso: Banco de Dados Geodésicos/Banco de Dados Geodésicos – Modo Textual/
Opções de consulta:
1ª Passo: Informe o número da estação (ou estações, separadas por vírgula) e clique 
no botão “OK”. 
34
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Figura 14. Consulta BDG. Parte superior do formulário.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
2ª Passo: Selecione o tipo de estação e UF desejada;
Figura 15. Consulta BDG. Parte média do formulário.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
3ª Passo: Área de interesse (enquadramento geográfico).
 » Selecione o tipo de estação;
 » Insira o formato e valores das coordenadas manualmente, ou clique em 
dois pontos da área do mapa;
 » Clique em OK.
Figura 16. Consulta BDG. Parte inferior do formulário.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
35
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
No formato grau, minuto e segundo, informar latitude e longitude separados 
por espaço e com sinal.
Modelo de Ondulação Geoidal
Com o uso cada vez maior do Sistemas de Navegação Global por Satélite (GNSS) para o 
posicionamento, principalmente na obtenção de altitudes, associado às novas informações 
geodésicas e modelos de geopotencial e de terreno disponíveis recentemente, identificou-se 
a necessidade de atualização do modelo de ondulações geoidais, possibilitando a conversão 
de altitudes geométricas ou elipsoidais (referidas ao elipsoide) em ortométricas (referidas 
ao nível médio do mar - NMM) com uma melhor confiabilidade. É com este objetivo que 
o MAPGEO2010, assim como os modelos anteriores (MAPGEO92 e MAPGEO2004), foi 
concebido e produzido conjuntamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), pela Coordenação de Geodésia (CGED), e pela Escola Politécnica da Universidade 
de São Paulo – EPUSP. O modelo MAPGEO2010 foi calculado com uma resolução de 
5’ de arco, e o Sistema de Interpolação de Ondulações Geoidais foi atualizado. Através 
deste sistema, os usuários podem obter a ondulação geoidal em um ponto, ou conjunto 
de pontos, em coordenadas SIRGAS2000.
Figura 17. O Modelo MAPGEO2010 em SIRGAS2000.
Fonte: IBGE.
36
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Para converter a altitude geométrica ou elipsoidal (h), obtida pela GNSS, em altitude 
ortométrica (H), utiliza-se a equação:
H = h – N.
Onde N é a ondulação geoidal fornecida pelo programa, dentro da convenção que 
considera o geoide acima do elipsoide se a altura geoidal tiver valor positivo e abaixo 
em caso contrário.
Figura 18. Equação para conversão.
Fonte: IBGE.
37
CAPÍTULO 2
Redes de monitoramento
Desde as eras mais remotas da espécie humana os indivíduos migram em busca de 
mais recursos. Mesmo após os grupos sefixarem a uma região esse fenômeno persistiu. 
Tal fenômeno associado às novas atividades desenvolvidas coexiste a necessidade de 
se saber a localização, quer do homem ou das demais coisas, sejam elas objetos ou 
informações, contidos no espaço terrestre ou fora dele.
A Geodésia está intimamente ligada a essa necessidade da nossa espécie. Ela foi capital 
em muitos processos de desenvolvimento e continua sendo na atualidade; pelo que 
podemos observar, cada vez mais. Foi importante, por exemplo, nos descobrimentos 
portugueses, no desenvolvimento do cadastro, na corrida espacial e é hoje importante 
nas telecomunicações, na agricultura e nas questões ambientais. No caso brasileiro 
ela é uma peça chave mais uma vez: na questão do gerenciamento do território e no 
encaminhamento para uma solução dos problemas fundiários que assolam este País 
por centenas de anos.
Com o desenvolvimento da Geodésia vieram os sistemas de posicionamento por 
satélite, entre os quais temos hoje, como o mais conhecido e empregado, o Sistema de 
Posicionamento Global ou GPS. Sobreveio também um novo conceito de se produzir 
Geodésia, mais difundida no cotidiano das pessoas, por conta principalmente desses 
sistemas de posicionamento hora em expansão.
Já não falamos mais em termos de GPS ou do GLONASS somente, falamos em GALILEO 
também, que em um futuro próximo se integrará ao conceito de Global Navigation 
Satellite System (GNSS).
Para termos uma simples noção da difusão dos sistemas de posicionamento na era 
da globalização basta uma pesquisa com a sigla GPS pela internet. Essa utilidade 
geodésica norte-americana se entranhou de tal forma nas atividades humanas que, se 
alguém “desligar a chave” poderá causar sérios problemas em todo o planeta, pois ela é 
referência de posição e tempo para boa parte da navegação, das telecomunicações, das 
operações logísticas militares e civis entre muitas outras atividades.
Mudaram também os conceitos de se produzir Geodésia, no sentido das redes de 
pontos de referência, ou dos vértices geodésicos. Há aproximadamente 15 anos vemos 
o desenvolvimento de uma nova forma de se determinar pontos geodésicos com a 
tecnologia de posicionamento por satélites. Temos um novo conceito conhecido como 
redes ativas.
38
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
A Geodésia está intimamente ligada à necessidade inerente de localização da 
espécie humana.
Rede ativa
Basicamente, uma rede ativa é um conjunto de pontos de coordenadas precisamente 
determinadas em um sistema de referência geodésico. Instalados sobre esses pontos 
conhecidos, operam receptores de sinais de satélite de posicionamento com sistemas 
de comunicação de dados. A operação pode se dar por um período ou continuamente, 
gerenciada por um centro operacional responsável por manter o sistema e divulgar os 
dados via rede.
Existem as redes ativas que produzem dados para após o processamento, ou seja, o 
usuário realiza a sua coleta de dados e depois obtém os dados da rede ativa e processa 
os seus em conjunto. Há ainda redes com capacidade para tempo real (RTK), ou seja, 
numa determinada área de ação, menor que a anterior, o usuário com receptor integrado 
ao sistema de telemetria, recebe dados do sistema ativo e obtém um posicionamento 
em tempo real mais preciso do que aquele conseguido pelo método absoluto.
Algumas conforme o objetivo, podem também divulgar correções DGPS para navegação 
mais precisa em tempo real.
As redes que se destinam a proporcionar precisão a uma gama mais ampla de usuários 
devem ser realizadas com monumentos estáveis, geralmente pilares próprios com fundação, 
construídos em locais mais protegidos e com adequada visibilidade para a constelação.
Os pontos devem ser monitorados para que seja assegurado que o vértice não alterou a 
sua posição ou para acompanhar as alterações .
Para exemplificar tal necessidade podemos tomar o caso de num dos vértices da rede 
do Ordnance Survey do Reino Unido que, instalado em um farol e após um período de 
chuvas intensas sofreu um deslocamento devido à movimentação da encosta. Por causa 
do monitoramento diário este evento foi detectado e os usuários informados.
Os receptores instalados devem possuir pelo menos a capacidade de armazenar dados 
com dupla frequência, para que possam proporcionar melhor aproveitamento e um 
raio de ação mais amplo.
Existem redes mantidas por instituição pública ou por privada, rede regional ou 
mundial, tal como é o caso da rede do International GNSS Service IGS.
39
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Figura 19: Rede International GNSS Service IGS.
Fonte <www.igscb.jpl.nasa.gov>.
Figura 20. Rede do Nacional Geodetic Survey NGS.
Fonte <www.ngs.noaa.gov>.
Podemos verificar pela legenda da figura acima que a rede do NGS é composta por 
sub-redes de várias instituições, conferindo maior abrangência e racionalização de 
recursos. Para que isso seja mais eficiente as estações devem possuir uma padronização 
mínima.
Também contamos com uma estrutura geodésica deste gênero no Brasil, que vem sendo 
mantida e ampliada pelo IBGE, desde 1994, em parceria com diversas instituições 
http://www.igscb.jpl.nasa.gov/
http://www.ngs.noaa.gov/
40
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
brasileiras, inclusive a Universidade de São Paulo. A Rede Brasileira de Monitoramento 
Contínuo (RBMC) tem sido empregada desde então para diversos fins de posicionamento. 
Embora muitos usuários ainda não tenham se habituado ao seu uso, ele vem aumentando 
e tende a crescer cada vez mais.
Figura 21. Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo.
Fonte <www.ibge.gov.br>.
Paralelamente à RBMC, temos outras redes ativas mantidas por Órgãos Públicos 
como o INCRA e a Marinha ou por entidades particulares, tal como empresas que 
comercializam equipamentos. As características dessas redes podem diferir daquela da 
RBMC, por exemplo, a do INCRA, denominada Rede INCRA de Bases Comunitárias 
RIBaC, emprega receptores com uma frequência, mas o órgão pretende melhor 
adequá-la aos conceitos necessários.
Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que o vértice 
estabelecido para a estação ativa, deva fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro 
(SGB). Sem este princípio básico a utilização é limitada e os valores determinados 
exclusivamente a partir dela não possuem as características necessárias a atividade 
como por o georreferenciamento de imóveis rurais, por exemplo.
Desde 1994, o IBGE mantém a RBMC, utilizada pelos usuários para diversos 
fins. As estações da RBMC e de outras redes homologadas estruturam o 
georreferenciamento no Brasil.
http://www.ibge.gov.br/
41
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Portanto, as entidades que mantêm estações ativas vêm procurando homologá-las junto 
ao IBGE, o que requer que seja realizado um projeto adequado. Para tanto, o instituto 
disponibiliza normas em seu site.
Homologada a estação geodésica, esta se equipara a uma obra pública, nos termos do 
Decreto Lei no 243, de 28 de fevereiro de 1967, capítulo VII: Dos Marcos, Pilares e 
Sinais Geodésicos; artigo 13o, devendo ser de livre acesso e estando “protegido por Lei 
(Código Penal e demais leis civis de proteção aos bens do patrimônio público).”
Os dados da RBMC podem ser obtidos pelo site do IBGE <www.ibge.gov.br/geodésia>, 
no qual estão os acessos aos diversos serviços e dados, dentre eles o banco de dados da 
RBMC. Basta cadastrar um e-mail para ter acesso gratuito.
Os dados são dispostos em um formato padrão que é aceito pelos programas de 
processamento de várias marcas do mercado e são compostos por arquivos no formato 
RINEX, com duração de aproximadamente 24 horas e taxa de aquisição de 15 segundos. 
Além disso, podem ser facilmente escolhidos por estação e por dia. Como existem 
problemas com uma ou outra estação, quando isso ocorre são emitidos avisos, para que 
o usuário possa ter previamente melhor capacidade de programação.
As estações ativas homologadas pelo IBGE apresentam procedimentos semelhantes 
quanto aodescarregamento dos dados. Uma diferença, contudo, consiste na disposição 
de dados por períodos de uma hora o que requer a concatenação de arquivos para as 
observações que envolvem vetores com distâncias maiores ou mais precisas, bem como 
o acesso aos dados em algum caso.
Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que 
o vértice para a estação ativa deve fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro.
A RBMC constitui uma estrutura geodésica eficiente e abrangente cuja utilidade 
não se resume somente ao posicionamento. Os dados produzidos por suas estações 
são importantes em outras áreas do conhecimento, como, por exemplo, em estudos 
relativos a atmosfera.
No momento atual do Brasil, o seu papel é chave, frente à vigência da Lei no 10.267, de 28 
de agosto de 2001, e demais documentos legais pertinentes. Embora possamos contar 
com as Redes Geodésicas Estaduais, as estações ativas da RBMC e demais estações 
homologadas proporcionam um importante arcabouço para o georreferenciamento.
Alguns representantes dos setores que envolvem a questão do cadastro no Brasil 
chegam a alegar que não estamos preparados para desenvolvê-lo, pois teríamos ainda 
42
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
deficiência no aspecto de uma disponibilidade suficiente de pontos geodésicos em todo 
o território nacional. Realmente, temos ainda necessidade de desenvolver o SGB em 
termos de uma realização mais abrangente e na escala adequada ao tamanho do País. 
Basta ver o exemplo dos Estados Unidos, o país tem dimensões próximas ao Brasil em 
termos de território, porém com um desenvolvimento mais antigo em Geodésia e com 
maior organização e aporte de recursos; possui, portanto, maior quantidade de pontos 
de referência, isto só para falar em termos de rede ativa.
Entretanto, afirmar que a viabilidade de nosso cadastro de imóveis rurais é comprometida 
pela falta de apoio geodésico não reflete a nossa realidade, pois temos uma rede 
ativa que – embora ainda pequena – é, minimamente, suficiente para viabilizar este 
georreferenciamento.
Faz-se necessário, entretanto, proporcionar aos profissionais acesso aos equipamentos 
adequados e, sobretudo, uma melhor capacitação frente à alteração do paradigma que 
nos trouxeram a evolução da ciência e das leis; mesmo porque não é simplesmente o 
acesso ao equipamento que o capacita para a elaboração do georreferenciamento de 
imóveis rurais.
O acesso aos equipamentos pode ser dado por meio de linhas especiais de crédito e os 
bens adquiridos serão pagos pelos serviços prestados pelo profissional.
Uma parcela dos profissionais, percebendo antes a evolução, já procurou se adequar 
mediante cursos de pós-graduação e o País conta com vários cursos de engenharias de 
agrimensura e de cartografia em instituições públicas.
Aqueles que adquiriram conhecimento e investiram seu capital da forma adequada 
estão capacitados a produzir levantamentos em qualquer parte do País, contando 
somente com as redes Estaduais e a RBMC.
Com a evolução do GNSS em andamento é provável que tenhamos acesso a equipamento 
de dupla frequência com menor custo.
Avaliando o que tem ocorrido no mundo nas últimas seis décadas, falando principalmente 
em termos de Geodésia, o observador percebe que será cada vez maior a difusão do uso 
desses sistemas de posicionamento e, com eles, as redes ativas. Talvez em pouco tempo 
possamos contar no Brasil com um sistema mais abrangente, combinando as redes 
ativas em operação, modernizando e ampliando as redes públicas existentes.
43
CAPÍTULO 3
Redes ativas de monitoramento RBMC 
(IBGE) e RIBAC (INCRA)
Sobre a RBMC
A utilização da tecnologia GNSS (Global Navigation Satellite System) provocou uma 
verdadeira revolução nas atividades de navegação e posicionamento. Os trabalhos 
geodésicos e topográficos passaram a ser realizados de forma mais rápida, precisa e 
econômica. À medida que as técnicas de posicionamento evoluem, diversas aplicações 
em tempo real e pós-processado têm surgido, tornando o papel da RBMC cada vez 
mais amplo.
O RBMC aplica-se: 
 » Suporte a posicionamento relativos GPS em geral.
 » Mapeamento sistemático, topográfico e cadastral.
 » Delimitação de áreas (político-administrativas, ambientais, entre outros.
 » Uso da Terra (Reforma agrária, agricultura com maior precisão).
 » Suporte a estudos de climatologia e meteorologia.
 » Integração às redes mundiais.
Nas aplicações geodésicas e topográficas do GNSS estão implícitas a utilização do 
método relativo, isto é, ao menos uma estação de coordenadas conhecidas é também 
ocupada, simultaneamente, à ocupação dos pontos desejados. As estações da RBMC 
desempenham justamente o papel do ponto de coordenadas conhecidas pertencentes 
ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), eliminando a necessidade de que o usuário 
imobilize um receptor em um ponto que, muitas vezes, oferece grandes dificuldades 
de acesso. Além disso, os receptores que equipam as estações da RBMC são de alto 
desempenho, proporcionando observações de grande qualidade e confiabilidade.
Caracterização
As estações da RBMC são materializadas pelos pinos de centragem forçada, especialmente 
projetados, e cravados em pilares estáveis. A maioria dos receptores da rede possui a 
capacidade de rastrear satélites GPS e GLONASS, enquanto alguns rastreiam apenas 
44
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
GPS. Esses receptores coletam e armazenam continuamente as observações do código 
e da fase das ondas portadoras transmitidas pelos satélites das constelações GPS 
ou GLONASS.
Cada estação possui um receptor e antena geodésica, conexão de Internet e fornecimento 
constante de energia elétrica que possibilita a operação contínua da estação.
As coordenadas das estações da RBMC são outro componente importante na 
composição dos resultados finais dos levantamentos referenciados. Nesse aspecto, 
a grande vantagem da RBMC é que todas as suas estações fazem parte da Rede de 
Referência SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas), 
cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando-se como 
uma das redes mais precisas do mundo. Outro papel importante da RBMC é que suas 
observações vêm contribuindo, desde 1997, para a densificação regional da rede do IGS 
– International GPS Service for Geodynamics –, garantindo uma melhor precisão dos 
produtos do IGS – tais como órbitas precisas – sobre o território brasileiro.
Com a modernização das tecnologias e a transmissão de dados em tempo 
real torna-se uma alternativa para a redução do tempo de serviço em campo, 
justamente pelo fato da utilização da internet.
Operação
A operação das estações da RBMC é totalmente automatizada. As observações são 
organizadas, ainda na memória do receptor, em arquivos diários, correspondendo a 
sessões iniciando às 00h 01min e encerrando às 24h 00min (tempo universal), com 
intervalo de rastreio de 15 seg.
Com o encerramento de uma sessão, os arquivos com as respectivas observações 
produzidas são transferidos do receptor para o Centro de Controle da Rede Brasileira 
de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - RBMC - Kátia Duarte Pereira, na 
Coordenação de Geodésia (Rio de Janeiro-RJ). A partir deste ponto são gerados novos 
arquivos em formato padrão RINEX2, a partir deste ponto é realizado um controle 
de qualidade das observações. Em seguida os arquivos de dados RINEX2 e as órbitas 
transmitidas são compactados e disponibilizados na área de download do portal do IBGE.
Mesmo com a tecnologia avançando para melhorar os trabalhos, ainda ocorrem, algumas 
perdas de dados devido a problemas de conexão de Internet e de falta de energia quando 
acontecem logo são imediatamente comunicados pelo Twitter da RBMC <http://
twitter.com/IBGE_RBMC> e na página de informações <http://www.ibge.gov.br/home/
geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_inf.php>. 
45
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Os dados são recuperados, na medida do possível, assim que a situação é normalizada. 
Devido à limitaçãode memória em alguns receptores, os dados podem ser perdidos. 
Diante disso, antes de realizar um levantamento, recomendamos verificar a situação da 
estação que será utilizada pelos canais fornecidos.
As vantagens da RBMC podem ser classificadas em três principais vertentes:
 » Custos – os usuários não ocupam as estações constituintes (redes ativas), 
na qual o usuário usará apenas o receptor de sinais GPS para a execução 
dos levantamentos de campo, uma vez que os dados relacionados a RBMC 
são fornecidos pelo IBGE.
 » Precisão – no que diz respeito a precisão pode-se destacar a possibilidade 
de alcance e agilidade, mesmo com o sistema que não está completamente 
implementado, estabelecem-se rapidamente posições com erros de 2 ppm.
 » Aplicabilidade – em boa parte do mundo vários pesquisadores e 
usuários estão desenvolvendo novas aplicações do sistema. A rede torna-se 
aplicável a todos que desejam informações de posicionamento estático 
ou cinemático como por exemplo: Mapeamentos.
Podemos concluir que a RBMC constitui uma estrutura de referência nacional com mais 
precisão, integrando diversas estruturas globais, com uma referência que é a utilização 
do novo sistema de coordenadas SIRGAS 2000.
Estações
Figura 22. Rede brasileira de monitoramento contínuo. Estações estabelecidas (coordenadas aproximadas).
Fonte: IBGE.
46
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Quadro 2. Estações ativadas da RBMC.
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Afogados da Ingazeira PE PEAF 93318 -07º 46’ -37º 38’
Alegrete RS RSAL 94048 -29º 47’ -55º 46’
Altamira PA PAAT 99510 -3º 12’ -52º 10’
Aracaju - São Cristóvão SE SEAJ 93314 -10º 55’ -37º 06’
Araçatuba SP SPAR 99540 -21º 11’ -50º 26’
Arapiraca AL ALAR 93237 -9º 44’ -36º 39’
Araquari SC SCAQ 96171 -26º 23’ -48º 44’
Bacabal MA MABB 96561 -04º 14’ -44º 49’
Balsas MA MABS 96551 -7º 32’ -46º 2’
Barra do Garças MT MTBA 93965 -15º 53’ -52º 15’
Barreiras BA BABR 93260 -12º 9’ -44º 59’
Belém PA BELE 93620 -1º 24’ -48º 27’
Belém INPE PA BEPA 95011 -01º 27’ -48º 26’
Belo Horizonte MG MGBH 93922 -19º 56’ -43º 55’
Boa Vista RR BOAV 93910 2º 50’ -60º 42’
Bom Jesus da Lapa BA BOMJ 93030 -13º 15’ -43º 25’
Botucatu SP SPBO 99537 -22º 51’ -48º 26’
Brasília DF BRAZ 91200 -15º 56’ -47º 52’
Cachoeira Paulista SP CHPI 93920 -22º 41’ -44º 59’
Campina Grande PB PBCG 92447 -7º 12’ -35º 54’
Campinas - UNICAMP SP SPC1 96181 -22º 49’ -47º 04’
Campo Grande MS MSCG 93956 -20º 26’ -54º 32’
Campos dos Goytacazes RJ RJCG 93963 -21º 45’ -41º 19’
Cananéia SP NEIA 91716 -25º 1’ -47º 55’
Canarana MT MTCN 96144 -13º 33’ -52º 16’
Cascavel PR PRCV 96165 -24º 58’ -53º 28’
Cerro Largo RS RSCL 94053 -28º 09’ -54º 45’
Chapecó SC SCCH 94026 -27º 8’ -52º 35’
Coari AM AMCO 96170 -4º 52’ -65º 20’
Coari UEA AM COAM 96163 -04º 05’ -63º 08’
Colider MT MTCO 96040 -10º 48’ -55º 27’
Colorado d’Oeste RO ROCD 96047 -13º 7’ -60º 33’
Corrente PI PICR 96559 -10º 26’ -45º 10’
Corumbá MS MSCO 96174 -19º 00’ -57º 38’
Crato CE CRAT 92300 -7º 14’ -39º 24’
Cruzeiro do Sul AC CRUZ 93912 -7º 36’ -72º 40’
Cuiabá MT CUIB 92583 -15º 33’ -56º 4’
47
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Curitiba PR UFPR 93970 -25º 26’ -49º 13’
Dourados - UFGD MS MSDR 92859 -22º 12’ -54º 56’
Dracena SP SPDR 99586 -21º 27’ -51º 33’
Fernandópolis SP SPFE 99596 -20º 16’ -50º 14’
Floriano PI PIFL 96562 -06º 47’ -43º 02’
Florianópolis SC SCFL 91852 -27º 36’ -48º 31’
Fortaleza CE BRFT 93793 -3º 52’ -38º 25’
Fortaleza CE CEEU 92450 -3º 52’ -38º 25’
Fortaleza CE CEFT 92448 -3º 42’ -38º 28’
Franca SP SPFR 99538 -20º 31’ -47º 23’
Goiânia GO GOGY 92860 -16º 40’ -49º 15’
Gov. Valadares - Rede CEMIG MG GVA1 96178 -18º 51’ -41º 57’
Guajará-Mirim RO ROGM 93980 -10º 47’ -65º 20’
Guarapuava PR PRGU 96049 -25º 23’ -51º 29’
Gurupi TO TOGU 93241 -11º 44’ -49º 2’
Ilha Solteira SP ILHA 96037 -20º 26’ -51º 21’
Ilhéus BA BAIL 93313 -14º 48’ -39º 10’
Imbituba SC IMBT 94024 -28º 14’ -48º 39’
Imperatriz MA IMPZ 92165 -5º 29’ -47º 29’
Inconfidentes MG MGIN 93940 -22º 19’ -46º 20’
Irecê BA BAIR 93259 -11º 18’ -41º 52’
Itacoatiara AM ITAM 96164 -03º 08’ -58º 26’
Itaituba PA PAIT 99530 -4º 17’ -56º 2’
Jaboticabal SP SPJA 99539 -21º 14’ -48º 17’
Jaíba MG JAMG 99599 -15º 21’ -43º 46’
Jataí GO GOJA 93959 -17º 53’ -51º 44’
Ji-Paraná RO ROJI 93964 -10º 52’ -61º 58’
João Pessoa PB PBJP 96557 -07º 08’ -34º 52’
Juína IFMT MT MTJI 96128 -11º 26’ -58º 43’
Lages SC SCLA 94025 -27º 48’ -50º 18’
Laranjal do Jari AP APLJ 96179 -00º 49’ -52º 30’
Lins - UNILINS SP SPLI 99587 -21º 40’ -49º 44’
Macapá AP MAPA 93630 0º 05’ -51º 06’
Manaus AM NAUS 93770 -3º 1’ -60º 3’
Manaus - UEA AM AMUA 96131 -03º 06’ -60º 01’
Marabá PA MABA 93914 -5º 21’ -49º 7’
Maringá PR PRMA 96048 -23º 25’ -51º 56’
Montes Claros - Rede CEMIG MG MCL1 96177 -16º 43’ -43º 53’
48
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Montes Claros - CODEVASF MG MGMC 93947 -16º 43’ -43º 51’
Mossoró RN RNMO 92449 -5º 12’ -37º 20’
Natal RN RNNA 96500 -5º 50’ -35º 12’
Ourinhos SP OURI 96039 -22º 57’ -49º 54’
Palmas TO TOPL 93240 -10º 10’ -48º 20’
Parintins AM AMPR 95012 -02º 38’ -56º 44’
Pau dos Ferros RN RNPF 96558 -06º 08’ -38º 12’
Pelotas RS RSPE 96172 -31º 48’ -52º 25’
Petrolina PE PEPE 93238 -9º 23’ -40º 30’
Piracicaba SP SPPI 99588 -22º 42’ -47º 37’
Porto Alegre RS POAL 91850 -30º 4’ -51º 7’
Porto Velho RO POVE 93780 -8º 43’ -63º 54’
Pres. Prudente SP PPTE 93900 -22º 7’ -51º 25’
Recife PE RECF 93110 -8º 3’ -34º 58’
Rio Branco AC RIOB 93911 -9º 58’ -67º 48’
Rio de Janeiro - ON RJ ONRJ 93921 -22º 54’ -43º 13’
Rio de Janeiro - IBGE RJ RIOD 91720 -22º 49’ -43º 18’
Rio Paranaíba MG MGRP 96111 -19º 13’ -46º 08’
Rosana SP ROSA 96041 -22º 31’ -52º 57’
Salvador - Porto BA SSA1 93236 -12º 59’ -38º 31’
Salvador - INCRA BA SAVO 93235 -12º 56’ -38º 26’
Santa Maria RS SMAR 92013 -29º 43’ -53º 43’
Santana AP APSA 96100 -0º 3’ -51º 10’
São Carlos SP EESC 99560 -22º 0’ -47º 54’
São Félix do Araguaia MT MTSF 96050 -11º 37’ -50º 40’
São Gabriel da Cachoeira AM SAGA 93913 -0º 09’ -67º 3’
São José do Rio Preto SP SJRP 96042 -20º 47’ -49º 22’
São José dos Campos SP SJSP 91537 -23º 12’ -45º 52’
São Luís MA SALU 93950 -2º 36’ -44º 13’
São Paulo SP POLI 93800 -23º 33’ -46º 44’
São Raimundo Nonato PI PISR 96521 -9º 02’ -42º 42’
Sobral CE CESB 96560 -03º 41’ -40º 20’
Sorocaba SP SPSO 99589 -23º 29’ -47º 25’
Sorriso MT MTSR 96143 -12º 33’ -55º 44’
Tefé AM AMTE 96173 -03º 21’ -64º 42’
Teixeira de Freitas BA BATF 93244 -17º 33’ -39º 45’
Teresina PI PITN 96552 -05º 06’ -42º 48’
Tupã SP SPTU 99590 -21º 56’ -50º 30’
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REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Ubatuba (Marégrafo) SP UBA1 99550 -23º 30’ -45º 7’
Uberlândia - UFU MG MGUB 93930 -18º 55’ -48º 15’
Uberlândia - Rede CEMIG MG UBE1 96176 -18º 53’ -48º 19’
Varginha - Rede CEMIG MG MGV1 96175 -21º 33’ -45º 26’
Viçosa MG VICO 91696 -20º 46’ -42º 52’
Vila Bela da Santíssima Trindade MT MTVB 96141 -15º 00’ -59º 57’
Vitória ES CEFE 93960 -20º 19’ -40º 19’
Vitória da Conquista BA BAVC 93245 -14º 53’ -40º 48’
Fonte: IBGE.
Quadro 3. Estações desativadas ou substituídas.
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox. Longitude aprox.
Campinas SP SPCA 99520 -22º 48’ -47º 3’
Curitiba PR PARA 91105 -25º 26’ -49º 13’
Dourados MS MSDO 93957 -22º 13’ -54º 48’
Fortaleza CE FORT 92009 -3º 52’ -38º 25’
Gov. Valadares MG GVAL 91932 -18º 51’ -41º 57’
Humaitá AM AMHU 93990 -7º 30’ -63º 02’
Juína MT MTJU 96142 -11º 25’ -58º 46’
Manaus AM MANA 91300 -3º 6’ -60º 3’
Montes Claros - CEMIG MG MCLA 91929 -16º 43’ -43º 53’
Presidente Prudente SP UEPP 91559 -22º 7’ -51º 24’
Salvador BA SALV 93111 -13º 0’ -38º 30’
Santarém PA PAST 95010 -2º 30’ -54º 43’
Ubatuba SP UBAT 91902 -23º 30’ -45º 7’
Uberlândia - CEMIG MG UBER 91909 -18º 53’ -48º 19’
Varginha MG VARG 91930 -21º 32’ -45º 26’
Varginha - CEMIG MG MGVA 96140

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