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AV1 - DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - 2020 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ - PÓLO PARANGABA 
ENDEREÇO: AVENIDA DA LIBERDADE, 956 - JÓQUEI CLUBE FORTALEZA/CE. 
ALUNO: MÁRIO SÉRGIO BERNARDO DE SOUZA 
MATRÍCULA: 201703285743 
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
PROFESSOR: JOSÉ JACKSON NUNES AGOSTINHO. 
 
AV1 – AVALIAÇÃO 2020.2 
 
01. (2,0 pontos) - Astrogildo trabalhou na construtora “O Prédio Cai S.A.” como pedreiro por três anos, 
findos os quais foi dispensado por justa causa sob a alegação de que estava desviando sacos de cimento 
da obra e vendendo esse material a terceiros. Inconformado, ajuizou reclamação trabalhista postulando 
horas extras e a anulação da justa causa, com o conseqüente pagamento das verbas como se a dispensa 
tivesse sido feita sem justa causa. Distribuída a demanda em 31/01/2019, foi designada audiência para o 
dia 12/05/2019. Na hora designada as partes foram apregoadas e sentaram-se à mesa de audiências. O 
juiz indagou do preposto qual era a sua relação com a construtora, tendo ele dito que era um 
terceirizado da 2 empresa que cuidava da parte de limpeza e conservação. O juiz pediu a CTPS do 
preposto, constatando que ela fora assinada pela empresa Somos Todos Unidos Serviços Terceirizados 
Ltda. Com essa informação, o advogado de Astrogildo requereu a aplicação da revelia, porque a 
empresa era uma sociedade anônima e não estaria regularmente representada por um empregado. 
Diante da situação retratada e do comando legal vigente, responda às indagações a seguir. 
A)- Caso Astrogildo faltasse à audiência UNA o que aconteceria com a ação? Justifique a sua resposta 
dizendo o porquê. 
RESPOSTA. A nossa CLT estabelece um ritual dinâmico e pedagógico nas audiências com o 
objetivo de aferir o direito no campo do trabalho. São passos que acontecem na audiência 
trabalhista, como inicialmente, a busca pela conciliação entre as partes. Não havendo esta 
conciliação inicial, é realizada a instrução, onde serão ouvidas as partes, ora, se, a essa altura, 
no caso concreto, o reclamante Astrogildo faltasse a referida audiência, da qual ele foi o autor 
provocador do processo, através de seu representante constituído, com base na legislação 
trabalhista, o não-comparecimento do provocador (reclamante) perderia o direito de rever sua 
razão, nas conseqüências do seu ato falho, importaria no arquivamento da reclamação e o 
pagamento das custas processuais. A maior crítica que sofre hoje em dia o sistema judiciário, é 
sua lentidão e a burocracia dos tramites processuais, para se chegar a realização de uma 
audiência são investidos muito trabalho e o envolvimento de muitas pessoas, nesse sentido, 
para se evitar também, essas ausências, mesmo que possam estas prejudicar o direito do 
trabalhador, a legislação é taxativa em punir os faltosos, no caso concreto, o reclamante 
Astrogildo. 
B)- Astrogildo, impossibilitado de comparecer à audiência UNA, teria ele algum procedimento legal a 
adotar? Justifique a sua resposta dizendo qual seria esse procedimento. 
RESPOSTA: Sim, tendo sido esta impossibilidade de comparecer a audiência, motivos 
justos e legalmente justificáveis, e também aceitos pelo magistrado, o reclamante 
Astrogildo, não pagará as custas processuais e terá direito de iniciar uma nova 
reclamação, no prazo de 15 dias. 
 
http://portal.estacio.br/
C)- E se o Reclamado faltasse à audiência, qual a consequência legal sofrida pela parte? Justifique a sua 
resposta explicando no que consiste essa consequência. 
RESPOSTA. A reforma trabalhista, não mudou a consequência sofrida à reclamada pela falta na 
audiência de reclamada trabalhista, sua ausência na audiência inaugural implica em revelia. 
Nota-se que no processo do trabalho, para a reclamada, não comparecer à audiência é se 
tornar revel e colher as conseqüências da falta como possíveis de ser aplicados: Presunção da 
veracidade dos fatos alegados pelo autor; Julgamento antecipado do mérito; e Contagem 
dos prazos processuais com início diferenciado. 
D)- Na qualidade de advogado(a) da Construtora, que argumentação jurídica você apresentaria em 
relação ao requerimento do autor quanto à Revelia? Justifique sua resposta explicando a sua 
argumentação. 
RESPOSTA. Entre outras modificações na nova CLT, no tocante a reclamada e sua ausência na 
audiência, foi a possibilidade de aceite da defesa e dos documentos caso o advogado compareça 
à audiência e o preposto da empresa não, ou um ou outro Entretanto, não seria o caso de o 
advogado junta a defesa e os documentos pela internet, mas não comparece à audiência, eles 
não devem ser aceitos pelo juiz., mas o ponto de defesa da parte reclamada, é que o preposto 
não precisa ser empregado da empresa, conforme preceitua a lei do trabalho. 
02. (2,0 pontos) - João da Silva, um ano e meio após ser dispensado, ajuizou ação trabalhista em face do 
empregador, pretendendo horas extras. No dia da audiência, ele, injustificadamente, não compareceu. 
Um ano depois dessa data, Rafael ajuizou nova ação, requerendo o mesmo pedido, ou seja, horas 
extras. A audiência foi designada para dois meses depois. Novamente, de forma injustificada, Rafael não 
compareceu. Quinze dias após, ele ajuizou, mais uma vez, a mesma ação. Diante disso, na qualidade de 
advogado(a) da ré, responda aos itens a seguir. 
A)- Além de apresentar defesa quanto ao mérito propriamente dito do pedido, o que você deverá alegar 
na melhor defesa de seu cliente? Justifique. 
RESPOSTA. A defesa deve se concentrar na aplicação do instituto processual da perempção no 
Processo do Trabalho. Deve alegar com base nos termos da CLT, ou seja, Rafael sofrerá a 
pena de perda do direito de reclamar na Justiça do Trabalho, pelo prazo de 6 meses, de 
reclamante que, por duas vezes seguidas, deu causa ao arquivamento, porém, sua terceira 
tentativa deverá cumprir o prazo de 6 meses pelo não comparecimento à audiência inaugural 
da reclamação trabalhista. 
B)- Vamos imaginar que no ajuizamento da terceira ação, além do pedido de horas extras, João da Silva 
requereu o 13º salário que lembrou não ter recebido. Sem adentrar no mérito, o Reclamante teria 
sucesso quanto a esse pedido? Sim ou Não? Agora justifique a sua resposta. 
RESPOSTA. Sim, João teria seu pedido aceito, ou seja, o direito para que fosse incluído, o pedido 
do direito do 13º, haja vista, não ter recebido. Esse procedimento, é conhecido no seu termo 
de “Extra Petita” significa aquilo fora da petição, aquilo que extrapola o pedido inicial. Assim, 
qualquer decisão judicial, via sentença, que extrapole os limites iniciais do pedido, são 
consideradas decisões extra petita. Serão levadas a juízo para que junto com o pedido inicial 
sejam motivos de discussão. 
https://blog.sajadv.com.br/contagem-prazos-processuais/
C)- Indique o fenômeno jurídico processual ocorrido a partir do arquivamento da segunda ação e 
esclareça se é possível o ajuizamento da terceira ação na forma realizada. Justifique como se dá, no 
processo do trabalho, esse fenômeno jurídico processual. 
RESPOSTA. O fenômeno jurídico que poderá ocorrer, pelo arquivamento consecutivo de dois 
processo do trabalho pela falta na audiência em que o reclamante faltou, é o instituto 
processual da perempção no Processo do Trabalho. No processo do trabalho, é possível sim, 
um ajuizamento da 3ª ação, no entanto, deverá ser observado, um prazo suspensivo de 6 
meses a ser cumprido pelo reclamante das ações arquivadas, e sem poder ajuizar a mesma 
ação em decorrência de sua conduta omissiva. 
03. (2,0 pontos) - Marigébio da Luz, empregado da Panificadora Miolo Ltda., insatisfeito com o trabalho, 
procurou seu empregador pedindo para ser mandado embora. O empregador aceitou a proposta, desde 
que tudo fosse realizado por intermédio de um acordo na Justiça do Trabalho, motivo pelo qual foi 
elaborada ação trabalhista pedindo verbas rescisórias. No dia da audiência, as partes disseram que se 
conciliaram, mas o juiz, ao indagar Marigébio,compreendeu o que estava ocorrendo e decidiu não 
homologar o acordo. Inconformado, o advogado da Reclamada “José Precisa Estudar” protestou no 
termo de audiência o ato do Magistrado e ingressou com mandado de segurança perante o TRT. Diante 
do exposto, responda: 
A)- Considerando ser a conciliação um Princípio do Direito Processual do Trabalho, pode o magistrado se 
recusar a homologar o acordo? Justifique a sua resposta de modo a explica-la. 
RESPOSTA. Sim, pelo princípio da busca da verdade real, O que o juiz busca no processo é 
a verdade dos fatos, e não a verdade meramente formal ou documental o que se assemelha 
com o princípio da primazia da realidade. O Juiz tem o entendimento que ali na relação entre 
as parte houve indícios visíveis de manipulação de uma parte em relação a outra, desse 
modo, o juiz tem o dever com a verdade e puni-los com a não homologação do acordo, ou 
seja, negando as partes acordos obscuros antecipados sem anuência da justiça, onde a 
audiência real, não passou de um faz de conta. 
 
B)- No processo do Trabalho, no rito ordinário, assim como nos demais ritos tem-se o Princípio da 
Conciliação. Pois bem: Considerando que o processo em referência tramita pelo rito ordinário em quais 
momentos se faz obrigatória a conciliação? 
RESPOSTA. Faz obrigatório durante abertura da audiência inaugural, o juiz propor uma 
conciliação, que se atendido, será lavrada a termo o acordo, se não, outro momento se faz 
obrigatório a oportunidade de conciliação entre as partes, dar-se após o encerramento da fase 
de instrução, onde as mesmas poderão apresentar suas razões finais, terminada as falas e 
suas razões, o juiz retornará com a proposta de conciliação. Então vê-se que a 
obrigatoriedade de conciliação pelo magistrado dar-se em dois momentos, o da audiência 
inaugural e o da instrução. 
 
C)- Em caso de negativa de homologação do acordo firmado entre as partes, pelo Magistrado, é possível 
a interposição de Mandado de Segurança no TRT? Sim ou não? Justifique a sua resposta dizendo o 
porquê. 
RESPOSTA. Sim, a constituição de 1988, conhecida como Constituição cidadã que 
instituiu o mandado de segurança com o objetivo de conceder aos cidadãos brasileiros, este 
instrumentos para proteger direito líquido e certo, que não podem ser protegidos por outros 
institutos como o "habeas corpus" ou "habeas data", no tocante ao responsável pela ilegalidade 
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público. O direito de recorrer não se esgota. O Mandato de Segurança, na 
atualmente, tornou-se um complicador da vida dos jurisdicionados. Ele é uma espécie de motor 
que impulsiona o caráter revisor dos atos praticados pela magistratura. 
04. (2,0 pontos) - A sociedade empresária Tomara que não quebre Ltda., empresa de pequeno porte, 
teve contra si ajuizada uma reclamação trabalhista, na qual João Clemêncio, um de suas ex-empregados, 
postula o pagamento de horas extras e demais verbas rescisórias, cujo valor da causa liquido e 
determinado, importava em R$ 20.000,00. Para a audiência, a Reclamada enviou como preposto 
Deocleciano, empregado que foi contratado para substituir João Clemêncio e que não tinha CTPS 
anotada. O advogado da reclamante protestou contra tal fato, requerendo a aplicação da revelia e pena 
de confissão, mas, o Juiz indeferiu o protesto dando continuidade à audiência. Não havendo acordo 
entre as partes, iniciou-se a instrução. O Reclamante apresentou 02 testemunhas que foram ouvidas, 
contudo, as testemunhas das Reclamada não compareceram. Nessa ocasião o advogado da empresa 
requereu ao Juiz o adiatamento da audiência para a ouvida de suas testemunhas em outra data o que 
foi deferido. Diante do exposto, responda: 
A)- Segundo a sistemática atual da CLT, o indeferimento do protesto do advogado quanto a aplicação da 
pena de confissão pelo Magistrado foi correta? Justifique e fundamente sua resposta explicando-a. 
RESPOSTA. Sim, foi correto o indeferimento do pedido da parte contrária, haja vista, que o 
preposto representante da reclamada, não precisa de mais nada, a não ser conhecimentos dos 
fatos, para propor uma defesa oral ou até mesmo aceitar uma conciliação, isso porque tem 
autorização/procuração para decidi pela empresa. Esse mecanismo faz parte da modernização 
trabalhista, o que no passado, era uma celeuma o aceite por parte da justiça essa representação. 
Sobre o preposto, ele não precisa ser empregado da parte. 
B)- E quanto ao deferimento pelo Magistrado do adiamento da audiência para a oitiva das testemunhas 
da Reclamada em outra data, foi uma decisão acertada? Justifique e fundamente sua resposta 
explicando o porquê. 
RESPOSTA. No Direito Processual do Trabalho, a palavra DEPENDE, responde determinadas 
questões, quando a mesma abre circunstância e situações diferentes de ver e analisar um fato. 
Ou seja, o deferimento foi acertado em que pese que o magistrado, ainda não tinha os elementos 
(prova documental ou pericial existente e suficiente necessário para ajuizar uma decisão, pois, na 
maioria das vezes, a prova testemunhal constitui o principal e único fundamento da decisão que 
julga a reclamação trabalhista. Noutra visão, deferir para outra data a oitivas das testemunhas foi 
um equívoco, haja vista, haver consenso de que a prova testemunhal é o mais frágil dos meios, 
em muitos casos não há forma alternativa de apuração da verdade. Nesse sentido, a 
subjetividade do juízo é quem prevalece, e se o mesmo optou para deferir uma outra data, sua 
decisão foi acertada. 
 
05. (2,0 pontos) - Adamastor Eulálio é empregado da empresa “Se Piorar Quebra”, exercendo a função 
de gerente de produção e percebendo mensalmente a importância 5 salarial de R$ 10.300,00 (dez mil e 
trezentos reais). Demitido em 10 de dezembro de 2017, Adamastor procurou Vossa Senhoria para 
ingressar com Ação Trabalhista tendo em vista não ter recebido seus direitos rescisórios. Na qualidade 
de advogado(a) Vossa Senhoria ajuizou ação perante a Justiça do Trabalho de Fortaleza/CE (distribuído 
para a 5ª Vara) requerendo a Justiça Gratuita para o demandante, tendo em vista contar com 
procuração específica para esse fim. A referida ação, versava sobre pedidos de aviso prévio indenizado, 
férias, 13º salário, horas extras e multas dos artigos 467 e 477 da CLT, requerendo se ao magistrado a 
apuração de valores a posteriori. Diante das reformas trazidas pela Lei 13.467/2017, analise e responda: 
A)- O indeferimento da justiça gratuita pelo MM. Juiz da 5ª Vara do Trabalho de Fortaleza/CE, 
considerando que atualmente o teto dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social é de R$ 
5.645,80 está em conformidade com as determinações da nova Legislação? Justifique e fundamente sua 
resposta. 
RESPOSTA. Sim, o indeferimento segue as determinações da nova legislação, pois o salário a que 
fez jus Adamastor Eulálio, quando empregado da empresa “Se Piorar Quebra” era superior ao 
teto estabelecido em lei para que se conceda tal benefício. Mesmo que seu advogado tenha 
reunido documento, como autodeclaração ou declaração de seu procurador, dificilmente provará 
sua hipossuficiência de fato, a não ser, por um caso acontecimento excepcional de extrema 
seriedade, no entanto, a primeira vista, baseado na legislação vigente todo juízo se prontificará 
em negar o benefício. 
B)- O MM Juiz da 5ª Vara do Trabalho decidiu pela extinção, sem julgamento do mérito, de todos os 
pedidos constantes na inicial (aviso prévio indenizado, férias, 13º salário, horas extras e multas dos 
artigos 467 e 477 da CLT). Essa decisão está de acordo com as novas determinações previstas na CLT? 
Justifique e fundamente sua resposta. 
RESPOSTA. Não foi de acordo com a CLT vigente, pois, as novas determinações previstas na CLT, 
no caso concreto de um gerente de produção, o mesmo não faz jus a horas extras devido as 
regalias do cargo que ocupa,entretanto, os demais direito indenizatórios estão garantidos por lei. 
Neste caso a decisão pela extinção, sem julgamento do mérito foi arbitrária e inconseqüente.

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