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Contextos sobre a História Medieval

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Centro Universitário La Salle do Rio de Janeiro
Faculdade de História
Professor: Sérgio Câmara
Carlos Mariano Freire
Contextos sobre a história medieval
São Gonçalo
2020
Resumo
	Este trabalho visa expor outras formas de pensamento sobre o período da Idade Média, mediante a fatos relatados através de pesquisas e opiniões formuladas pela exploração, observação e reavaliação da história. 
	Podemos citar Le Goff, um dos mais ilustres estudiosos da idade média na atualidade, mas sem deixar de lado outros autores tão importantes – cujas fontes estão na referência bibliográfica. A partir desses estudos, é possível compreender os avanços sociais e culturais durante deste período e como o pensamento filosófico contribuiu para a intelectualidade e os avanços educacionais e econômicos. Observamos uma série de altos e baixos com erros e acertos causados por novidades que sugiram durante esta época, tal como a monasticismo colaborou para a cultura dentro da sociedade, e a fé trouxe uma visão social e econômica autentica e forte, fomentando o surgimento de cidades e centros acadêmicos.
	Por fim, com essa nova forma de pensar a idade média, examinando aspectos nublados pelo rótulo de idade das trevas, aspectos que a demonstram como uma idade de novidades, aprimoramentos sociais e ênfase na educação religiosa e civil.
Resumen
Este trabajo tiene como objetivo exponer otras formas de pensar sobre la Edad Media, a través de hechos relatados a través de investigaciones y opiniones formuladas a partir de la exploración, observación y reevaluación de la historia.
Podemos citar a Le Goff, uno de los estudiosos más ilustres de la Edad Media en la actualidad, pero sin dejar de lado a otros autores importantes, cuyas fuentes están en la referencia bibliográfica. A partir de estos estudios es posible comprender los avances sociales y culturales durante este período y cómo el pensamiento filosófico contribuyó a la intelectualidad y los avances educativos y económicos. Observamos una serie de altibajos con errores y aciertos provocados por noticias que sugerían durante este tiempo, como el monaquismo colaboraba por la cultura dentro de la sociedad, y la fe traía una auténtica y fuerte visión social y económica, propiciando el surgimiento de las ciudades. y centros académicos.
Finalmente, con esta nueva forma de pensar la Edad Media, se examinan aspectos empañados por la etiqueta de la Edad Media, aspectos que la demuestran como una época de novedades, mejoras sociales y un énfasis en la educación religiosa y civil.
Résumé
Ce travail vise à exposer d'autres manières de penser le Moyen Âge, à travers des faits rapportés à travers des recherches et des opinions formulées par l'exploration, l'observation et la réévaluation de l'histoire.
On peut citer Le Goff, l'un des plus illustres savants du Moyen Âge aujourd'hui, mais sans oublier d'autres auteurs importants - dont les sources sont dans la référence bibliographique. À partir de ces études, il est possible de comprendre les progrès sociaux et culturels de cette période et comment la pensée philosophique a contribué à l'intellectualité et aux progrès éducatifs et économiques. Nous avons observé une série de hauts et de bas avec des erreurs et des succès provoqués par des nouvelles qu'ils suggéraient à cette époque, comme le monachisme collaborait pour la culture au sein de la société, et la foi apportait une vision sociale et économique authentique et forte, encourageant l'émergence des villes. et les centres universitaires.
Enfin, avec cette nouvelle façon de penser le Moyen Âge, en examinant des aspects obscurcis par l'étiquette Dark Ages, des aspects qui le démontrent comme une ère de nouveautés, d'améliorations sociales et d'un accent sur l'éducation religieuse et civile.
Abstract
	This work seeks to expose other ways of thinking about the period of Middle Ages, by means of facts reported through researches and opinions formulated by exploration, observation and revaluation of history.
	We can quote Le Goff, one of the most illustrious scholars on Middle Ages at present, but without leaving aside other important authors – whose sources are in the bibliographic notes. From these studies, it is possible to understand the social and cultural advances of this period and how the philosophical thought contributed to the intellectuality and to the advance of education and economy. We observe a series of highs and lows with rights and wrongs caused by novelties that arose during this epoch, like how monasticism collaborated to the culture of that society, and faith brought an authentic and strong social and economic vision, fomenting the emergence of cities and academic centers.
	Ultimately, with that new way of thinking the Middle Ages, examining aspects that have been clouded by the label of dark age, aspects that as an age of novelties, social improvements and emphasis on the religious and civil education.
A Visão sobre a História
Os medievais, seguindo a compreensão teleológica da História, entendem que o movimento histórico segue uma linearidade, tendo começo, meio e fim. Nesse sentindo, a visão medieval da história difere de compreensões como aqueles presentes no mundo oriental em que se pensa o tempo em uma circularidade, perfazendo uma espécie de eterno retorno. Presente na mentalidade medieval é a noção de um evento escatológico, um retorno de Cristo, que aconteceria no fim da História, trazendo consequentemente o estabelecimento de um “Reino de Deus”. Sendo assim, a História aparece como um curso que se move para um fim, um “thelos”, um objetivo, que é a volta de Cristo e a instauração do Reino dos Céus (BARROS, 2013). 
No entanto, embora o tempo histórico seja concebido como uma linearidade, é possível encontrar uma concepção circular do tempo naquilo que o estudioso das religiões Mircea Eliade (1957), chama de “tempo sagrado”, que transcorre numa lógica diferente da temporalidade pública e datável. Esse tempo funciona também como um eterno retorno, já que ele faz repetir os acontecimentos do tempo primordial. Exemplo disso pode ser encontrado no ano litúrgico, no qual o natal, a quaresma, o Pentecoste e outros momentos de celebração funciona como uma repetição dos acontecimentos históricos fundadores do Cristianismo. Outro exemplo pode ser encontrado na eucaristia, na qual o sacrifício de Cristo é, por assim dizer, revivido. Nesse sentido, por meio dos ritos católicos, a história, conforme a mentalidade medieval, se repete.
O mosteiro: simbolismo e representação
	O mosteiro é o grande anfitrião na idade média, se não o mais importante centro de educação, com bases religiosas, mas também núcleo de educação em geral, um dos mais importantes locais do desenvolvimento durante a idade média.
	Os mosteiros resguardavam os serviços educacionais aos seus noviços, que ali aprendiam a ler e escrever, atividade então pouco executada na sociedade medieval, que por sinal, gerava altos custos a quem pudesse pagar por elas. É interessante relatar que numa época em que apenas a nobreza tinha acesso à educação, os mosteiros privilegiavam os membros de suas ordens dando acesso ao conhecimento, mantendo em suas dependências bibliotecas e escolas. Grande parte da nobreza também utilizava dessas dependências para a educação da corte, pois em geral além dos mosteiros as catedrais também mantinham algum tipo de sistema educacional para os nobres de suas regiões.
	É através dos mosteiros que aos poucos a sociedade medieval vai transformando-se numa nova forma de sociedade partir da ótica da fé cristã. Conforme estes mosteiros se expandem pelo interior da Europa, as comunidades rurais vão lentamente conhecendo os valores cristãos e se adaptando as novas condutas éticas que os monges trazem consigo. É verdade que os mosteiros surgiram pobres e de pessoas humildes. Mas ao longo do tempo garantiram de ser adaptarem a grandes centros econômicos, políticos e educacionais, pois eles reuniam muitas propriedades, sobretudo terras, bens móveis e relíquias. Garantiramaos seus administradores, intitulados monsenhores e abades uma influência em vastas extensões territoriais e mantinham as maiores bibliotecas do mundo ocidental (na idade média) arquivando infinidades de livros de muitos gêneros. Os mosteiros também mantinham trabalhos como o de copista, para arquivar essas obras [visto que a prensa de Gutenberg ainda não havia sido inventada], assim o mosteiro preservava a intelectualidade e a repassava aos seus membros. (LE GOFF, 1995 – citado por DIEL, 2017)
A tematização do macabro 
A tematização em torno do macabro teve sua origem na Baixa Idade Média, estando presente na literatura e nas imagens simbólicas construídas nesse período. A questão sobre o macabro está relacionada com as significações elaboradas pela mentalidade medieval em torno do sentido da morte. Embora a mentalidade católica (cristã), pense a morte como uma passagem do domínio terreno para o domínio espiritual, na constituição do macabro há uma valorização do presente real, com uma valorização do mundo empírico. Com essa ênfase na concretude experiencial, tem-se, por consequência, um interesse maior no corpo material. Em relação com a morte, desenvolve-se um olhar obcecado no que diz respeito à decomposição dos cadáveres. Tal olhar relaciona-se também com a fome e as epidemias, características da época, o que levava a um interesse sobre a deterioração do corpo (SCHIMITT, 2014).
É no contexto dessa valorização da decomposição dos cadáveres e de temas relativos à morte, que surgem as danças macabras. Surgem, nesse período, pinturas que retratavam um desfile de personagens mortos, mostrados como corpos em processo de putrefação. E é em relação a esses retratos, que se constituem as chamadas “dança dos mortos”. Nessas danças, uma pessoa ou um grupo de pessoa representava os mortos, ou ainda a própria morte, que desfilavam convidando os vivos para uma dança fatal. As danças macabras funcionavam como um sintoma de uma época dominada pela morte, pela fome, pela epidemia e pela peste. Tal representação revela ainda uma ênfase na realidade concreta e material em contraste com a ênfase religiosa católica no domínio celestial e espiritual (SCHIMITT, 2017).
A Contribuição dos Intelectuais
	Os intelectuais da idade média sem dúvida deixaram grandes contribuições para o desenvolvimento do mundo medieval, e pós-medieval. Podemos citar exemplos como Pedro Abelardo, que contribuiu com o método escolástico. Ele dedicou grande parte dos seus estudos à lógica, e escreveu o Manual de lógica para principiante. Abelardo afirmava a necessidade de uma linguagem para a ciência, como o único propósito da linguagem era trazer significado às coisas.
	Seguindo o método escolástico de Abelardo, São Tomás de Aquino buscou conciliar a teologia cristã com a filosofia de Aristóteles. Desse modo, Aquino foi capaz de harmonizar a fé com a razão. 
	Em oposição a São Tomás de Aquino podemos citar João Duns Escoto e Guilherme de Ockham. Eles pensavam contrapartida à escolástica tradicional e influenciaram sua forma se avaliar, num conceito de conhecimento abstrato e conhecimento intuitivo, que negava uma certeza absoluta dos fatos, mas explorava experimento científico.
Glossário da Idade média
Direito Consuetudinário: É o direito que surge naturalmente dos costumes locais de uma determinada sociedade, que evoluindo desses costumes e crenças refletem na conduta moral de determinado grupo, assim tornando-se a lei.
Talha: Uma forma de tributo em troca do uso das terras do senhor feudal, nobre, pelos seus súditos. Teve origem de tradições germânicas. Devido à grande extensão desses feudos na idade média havia variação de como esses acordos de usos e pagamentos eram exercidos.
Vassalo: Servo que tinha certo direito dado pelo Senhor Feudal para exercer atividades em terras arrendadas. Este não era o dono das terras, mas recebi a incumbência do Senhor para trabalhar nela, através do emprego de camponeses que o serviriam.
Clero: Parcela da população ligada aos trabalhos religiosos da igreja. Na idade média a igreja era culturalmente dividia em grega e latina. Neste contexto haviam hierarquias diferentes dependendo da região, entretanto, num amplo espectro pode-se dividir o clero como alto e baixo. No alto clero estavam os bispos, arcebispos, papas e patriarcas, de acordo com a tradição. No baixo clero estávamos monges e freiras ligadas às diversas ordens religiosas e os diáconos e padres, que faziam parte do clero ordenado.
Feudo: originária da expressão arcaica feos, antes era um bem doado de um nobre ao outro. O feudo passa a referir-se a uma concessão de uso de terras de um Senhor feudal, normalmente um Rei, a um outro nobre que detinha este direito como uma confiança do seu suserano. Normalmente uma forma de pagamento pela prestação de serviços militares.
Hagiografia: Estudo detalhada sobre a vida e o testemunho de conduta dos santos. A igreja utilizava, sobretudo no ocidente as características que considerava apropriadas para apresentar bons exemplos aos leigos. A Hagiografia também contribuiu para aproximação do trabalho pastoral junto as comunidades (vilarejos, tribos, etc.) formadas na sociedade medieval.
Relíquia: Restos mortais de santos. Objetos pertencentes aos santos, objetos do tempo de Jesus Cristo que tiveram significado sagrado ou religioso para a igreja. Lascas da madeira da cruz, pregos da perfuração de Jesus. Vestes sagradas de santos, o lençol (santo sudário) que envolveu o corpo de Jesus. Supostos milagres atribuídos aos santos. Hóstias e vinho que se transformaram em carne e sangue, etc.
Peste Negra: termo usado para se referir a doença que causou uma das maiores epidemias vistas pela humanidade durante a idade média, em toda Europa, norte africano e oriente.
Referência Bibliográfica
VIEIRA, Judith Costa. Direito consuetudinário: distinções e implicações no campo jurídico, 2006: http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/manaus/estado_dir_povos_judith_costa_vieira.pdf 
SOUSA, Rainer Gonçalves. "As obrigações feudais"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/as-obrigacoes-feudais.htm. 
BATISTA, Alfredo. Processos de trabalho da manufatura à maquinaria moderna, 2013: https://www.scielo.br/pdf/sssoc/n118/a02n118.pdf 
PAIS, Marco Antônio de Oliveira. Considerações em torno do conceito feudalismo: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaclio/article/download/24675/19949 
DA SILVA, Andréia Cristina Lopes Frazão. Hagiografia Medieval: Propostas para estudos em perspectiva comparada, 2015: https://www.revistafenix.pro.br/PDF35/Artigo_03_Secao_Livre_Andreia_Cristina_Lopes_Frazao_da_Silva_Fenix_Jan_Jun_2015.pdf 
DIEL, Paulo Fernando. As escolas dos mosteiros medievais: dinâmica social, didática e pedagogia, 2017: http://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/download/edu.2017.213.14/6343 
NASCIMENTO, Renata Cristina de Sousa. As relíquias cristãs e a apropriação simbólica da território. 2017: https://revistas.ufg.br/Opsis/article/download/47391/25524 
ELIADE, Mircea. O sagrado e o Profano. A essência das religiões. 
SCHMITT, Juliana. O estudo das Danças Macabras medievais: entre o visível, o oculto e o destruído, 2017: http://www.museupatrimonio.fau.usp.br/wp-content/uploads/2017/09/15-ARA3-Danc%CC%A7as.pdf 
BARROS, José d’Assunção. Ler História. https://journals.openedition.org/lerhistoria/498 
SCHMITT, Juliana Luiza de Melo. Repercussões do macabro no romantismo brasileiro, 2014: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-29042015-181522/publico/2014_JulianaLuizaDeMeloSchmitt_VCorr.pdf 
LECLERC, Gesuína de Fátima Elias. Os intelectuais na Idade Média, 2012: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38663/20194 
AQUINO, Tomás. Summa theologiae, 1273.
Glossário de conceitos e Termos referentes ao período de transição da Idade Medieval para a Idade Moderna, 2017: https://www.passeidireto.com/arquivo/39195664/glossario-de-conceitos-e-termos-referentes-ao-periodo-de-transicao-da-idade-medi

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