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ASPECTOS FILÓSOFICOS, SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

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São Carlos 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDREIA DE FATIMA SANTINON 
LUCILUA GRANJA BATISTA 
MARIA ALAIDE LOPES DE JESUS 
MARIA ISABEL ALVES LIMA 
MÔNICA MOREIRA MINETTO 
SIMONE APARECIDA CARRERI VERGAMINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
PEDAGOGIA LICENCIATURA 
 
ASPECTOS FILÓSOFICOS, SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS E 
PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
 
São Carlos 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS FILÓSOFICOS, SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS E 
PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
 
Trabalho de produção de texto interdisciplinar em grupo, 
apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como 
requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas 
disciplinas integradoras do 3º semestre. 
 
Orientador: Prof. Marcio Gutuzo Saviani 
 Natália Gomes dos Santos 
 Mari Clair Moro Nascimento 
 Marcia Bastos de Almeida 
 Patricia Alzira Proscêncio 
 Luciane Batistela Bianchini 
 Renata de S. F. Bastos de Almeida 
ANDREIA DE FATIMA SANTINON 
LUCILUA GRANJA BATISTA 
MARIA ALAIDE LOPES DE JESUS 
MARIA ISABEL ALVES LIMA 
MÔNICA MOREIRA MINETTO 
SIMONE APARECIDA CARRERI VERGAMINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 3 
 
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 5 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 11 
 
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA....................................................................12
 3 
1 INTRODUÇÃO 
Ao analisarmos as diferentes mudanças e seu processo de 
desenvolvimento da concepção da infância, podemos destacar que historicamente, 
essa visão hoje é algo construído ao longo dos anos. 
 
Antigamente algumas atitudes consideradas normais, hoje pareceriam 
absurdas, assim podemos observar contrastes em relação ao sentimento de infância. 
 
A humanidade nem sempre viu a criança como um ser em particular, e 
por muito tempo a tratou como “ um adulto miniatura ”. Segundo Áries: o sentimento de 
infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças, corresponde sim, à 
consciência da particularidade infantil, que distingue essencialmente a criança do 
adulto. (Áries, 1978: 99). 
 
Então o que é o sentimento de infância? Podemos dizer que é algo que 
caracteriza a criança, seu modo de agir, pensar, que o faz diferente do adulto. 
 
Nesse trabalho, apresentaremos essas evidentes distorções em 
relação ao desenvolvimento infantil, que nos mostra a precarização da higiene e saúde 
e o alto índice de mortalidade infantil que perdurou até o século XII, que por influência e 
condutas da Igreja Católica inicia-se a transformação da relação criança/infância. 
 
A responsabilização dos pais em relação ao futuro da criança, à partir 
dai, incita o planejamento do nascimento, já que a criança é notada como indivíduo, 
com seu mundo e assim surge a instituição escolar, cujo o intuito é disseminar a 
concepção que a infância é o período de se moldar e cuidar, assim considerar como 
um ser competente. 
 
É de grande importância abordar também a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação, que ressalta a educação infantil como a primeira etapa de educação 
básica. A criação do Conselho da Criança e do Adolescente e o Plano Nacional de 
Educação, onde em conformidade estabelece metas e melhorias na educação infantil. 
 
 4 
Tendo em vista as concepções observadas durante esse estudo, 
partiremos para observação da organização dos espaços dedicados à criança na 
Instituição para investigar como essa Instituição concebe a criança e seu papel na 
sociedade. 
Os diferentes aspectos observados nessas instituições obedecem em 
grande parte aos parâmetros Nacionais de qualidade para as Instituições de Educação 
Infantil, tendo em destaque a formação das crianças como um ser social ativo e 
presente na sociedade a qual faz parte. A criança é tido como um ser capaz, que tem 
suas especificidades físicas e intelectuais e que precisa de cuidados. 
 
A Instituição nesse sentido é o espaço em que as criança recebe 
cuidados, também é o lugar em que os desafios para sua vida ativa são 
proporcionados, possibilitando um ensino significativo, reflexivo e crítico para essa faixa 
etária. 
 
 
 
 
 5 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 COMO SE CONSTRÓI HISTORICAMENTE A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA? 
Antigamente as crianças eram vista como seres inferiores, que não 
tinha necessidade de ser trabalhadas, estudadas e até mesmo compreendidas, 
serviam apenas para figura políticas, eram visto como adultos, não tinham carinho 
nem mesmo da própria família, aos poucos as crianças começaram a ser percebidas 
por estudiosos no final da idade média, logo no século XVIII as coisas já melhoraram , 
as crianças já estavam podendo ser realmente crianças se comportar com tal, a 
sociedade passou a separar as crianças dos adultos, e logo veio as primeiras escolas, 
aonde as crianças começaram a ganhar uma infância com varias descobertas, onde 
aprendem a ter autonomia e personalidade própria. 
 
Segundo Brasil, a criança, como todo ser humano, é um sujeito social e 
histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, 
com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. [...] As crianças 
possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam 
o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo com 
as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam 
seu esforço para compreender o mundo em que vivem as relações contraditórias que 
presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão 
submetidas e seus anseios e desejos (BRASIL, 1998, p. 21). 
 
Assim como qualquer ser humano as crianças também têm suas 
vontades próprias, seus desejos e todo direito de viver em sociedade, viver como 
criança, brincar e descobrir um mundo colorido e cheio de descoberta. 
A concepção de infância se constituiu quando descobriu sentimento, quando viu que 
eram seres de amor e inocência, que precisam de muito amor e muito cuidado, essa 
concepção veio quando as crianças mostraram a sua inteligência o seu amor puro e 
verdadeiro. 
 
 6 
2.1.1 QUAIS AS INFLUÊNCIAS DESSA CONCEPÇÃO NA ELABORAÇÃO DAS 
POLÍTICAS .EDUCACIONAIS?. 
A concepção de infância que possuímos hoje foi uma invenção da 
modernidade, sendo constituída historicamente pelas condições socioculturais 
determinadas. 
 
Partindo desse princípio, podemos considerar que a infância muda com 
o tempo e com os diferentes contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo 
com as peculiaridades individuais. Portanto, as crianças de hoje não são iguais às dos 
anos passados, nem serão as mesmas que virão nos próximos anos. 
 
Até o século XII, as condições gerais de higiene e saúde eram muito 
precárias, o que tornava o índice de mortalidade infantil muito alto. 
 
A relação criança/infância foi se transformando a partir da difusão de 
novos pensamentos e condutas da Igreja Católica. Estas novas condutas fizeram com 
que surgissem novos modelos familiares que ressaltavam a importância do laço de 
sangue. 
 
Essa transformação implicou em se planejar os nascimentos, pois, os 
pais passaram a se sentir responsáveis pelo futuro da criança, à percepção da criança 
como indivíduo, caracterizando-a com um mundo próprio e favoreceu o surgimento da 
instituição escolar. 
 
Desta forma, a sociedade passou a criar instituições específicas para 
as crianças, dentre elasa escola junto com a idéia de que a infância é um período da 
vida que precisa ser cuidada e moldada. 
 
Nas concepções atuais, elas são consideradas como ser histórico-
social, condicionadas por vários fatores, seja eles sociais, econômicos, culturais, ou até 
mesmo político. 
 
A criança é considerada um ser competente, tem suas necessidades, 
 7 
seu modo de pensar e agir, modos que lhe são próprios. No entanto, as 
representações de infância variam conforme a colocação da criança na família, na 
classe social, a questão de gênero, etnia, grupo etário, na sociedade em geral. 
 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) 
ressalta inicialmente sobre a importância do atendimento institucional à criança 
pequena, abordadando as diversas concepções a respeito de sua real finalidade social, 
antes voltada ao atendimento exclusivamente às crianças de baixa renda como 
estratégia para combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência das 
crianças. 
 
No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional nº 9394/96, que ressaltou a importância da educação infantil tornando-a 
primeira etapa da educação básica. 
 
Houve também a criação do Conselho da Criança e do Adolescente, no 
ano 1990.Torna-se relevante citar também o Plano Nacional de Educação (PNE), que 
em consonância com os princípios da Educação para Todos, estabelece metas 
relevantes de expansão e de melhoria da qualidade da educação infantil. 
 
 
2.2 COMO ESSE CONCEITO SE REFLETE NA BNCC? 
. 
Na década de 1980 no Brasil, foi usado a expressão educação “pré-
escolar”, entendia-se que a Educação Infantil era uma etapa anterior. 
 
A partir da modificação na LDB/2006, que antecipou o acesso ao 
Ensino Fundamental para os 6 anos de idade, a Educação Infantil passou a atendeu a 
faixa etária de 0 a 5 anos. 
 
A Educação Infantil é a primeira etapa do processo educacional, é a 
primeira separação da criança dos seus vínculos familiares para uma socialização 
estruturada. 
 
A Educação Infantil tem o objetivo de educar e cuidar, o cuidar é algo 
 8 
que não pode ser separado do processo educativo, principalmente no caso da faixa 
etária dos bebês, que é muito importante esse cuidado para a socialização, autonomia 
e comunicação da criança. 
 
A instituição escolar e a família tem que trabalhar em conjunto, para 
que haja uma melhor conexão entre as realidades de cada criança. 
 
De acordo com as DCNEI, em artigo 9º, os eixos estruturantes das 
práticas pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e as 
brincadeiras, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de 
conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, 
o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. 
 
As propostas da Educação Básica pela BNCC, asseguram seis direitos 
de aprendizagem e desenvolvimento, na Educação Infantil, são eles: CONVIVER, 
BRINCAR, PARTICIPAR, EXPLORAR, EXPRESSAR E CONHECER-SE. 
 
É preciso trabalhar todas essas experiências, para que a criança possa 
desenvolver-se. Para que a criança conheça a si próprio tem que haver a 
intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, o educador 
tem que propor experiências para que permitam que às crianças conheçam a si 
próprio. 
O trabalho do educador é garantir a pluralidade de situações para que 
haja um desenvolvimento pleno da criança. 
 
É preciso acompanhar as práticas de cada criança e de todo grupo, 
como as conquistas, avanços, possibilidades e aprendizagens e isso tudo tem que ser 
registrado como relatórios, portifólios, fotos etc… 
 
A organização curricular da Educação Infantil na BNCC está 
estruturada em cinco campos de experiências, através deles são definidos objetivos de 
aprendizagem e desenvolvimento em todas as faixas etárias da Educação Infantil, são 
eles: 
O eu, o outro e o nós; 
 9 
Corpo, gestos e movimentos; 
Traços, sons, cores e formas; 
Escuta, fala, pensamento e imaginação. 
 
Todos esses campos de experiências são trabalhos diferentemente em 
todas as faixas etárias da Educação Infantil. 
 
A BNCC foi criada para combater as desigualdades educacionais e 
promover a equidade de ensino, garantindo que todas as instituições trabalhem as 
mesmas habilidades necessárias para o aluno atuar no mundo contemporâneo. É um 
documento que indica o que ensinar e não como ensinar. Até 2020 todas as escolas 
terão que rever seus currículos e adaptá-los às diretrizes. 
 
 
 
 
 10 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A criança faz parte de uma família que está inserida em uma sociedade 
e como qualquer ser humano tem vontade própria, desejos e todo direito de viver em 
sociedade, brincar, vivenciar um mundo cheio de descobertas e precisam de muito 
amor e cuidados. 
 
A Educação Infantil é a primeira etapa do processo educacional, é a 
separação da criança dos seus vínculos familiares para uma socialização estruturada 
que tem o objetivo de educar e cuidar. 
 
Na escola é preciso acompanhar as práticas de cada criança e de todo 
grupo, é preciso trabalhar todas as experiências, para que a mesma possa 
desenvolver-se, conhecer a si própria e tem que haver também a intencionalidade 
educativa às práticas pedagógicas, sendo que o educador tem que propor essas 
experiências. 
 
No Brasil temos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 
9394/96, que ressaltou a importância da educação infantil tornando-a primeira etapa da 
educação básica. 
 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) 
ressalta sobre a importância do atendimento institucional à criança pequena, 
abordando as diversas concepções a respeito de sua real finalidade social, antes 
voltada exclusivamente às crianças de baixa renda como estratégia para combater a 
pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência. 
 
E também a criação do Conselho da Criança e do Adolescente no ano 
1990, e torna-se relevante citar também o Plano Nacional de Educação (PNE), que em 
concordância com os princípios da Educação para Todos, estabelece metas relevantes 
de expansão e de melhoria da qualidade da educação infantil. 
 
 
 11 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro. LTC,1978 
 
FRABBONI, Franco. A Escola Infantil entre a cultura da Infância e a ciência pedagógica 
e didática. In:ZABALZA, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre. 
Artmed,1998. 
 
KRAMER, Sônia. A Política do Pré-escolar no Brasil: A arte do disfarce. 7ª edição. São 
Paulo: CORTEZ, 2003. 
 
LOUREIRO, Stefânie Arca Garrido. Alfabetização: uma perspectiva humanista e 
progressista. Belo Horizonte. Autêntica, 2005. 
 
OLIVEIRA, Zilma Rams de Oliveira. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São 
Paulo: CORTEZ, 2005. 
 
NIEHUES, M. R.; COSTA, M. de O. Concepções de infância ao longo da história. 
Rev. Técnico Científica (IFSC), v. 3, n. 1 (2012). p. 284-289. Disponível em: 
https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/download/420/342. Acesso em: 20 de 
out. 2018. 
 
LUSTIG, A. L.; CARLOS, R. B.; MENDES, R. P.; OLIVEIRA, M. I. de. Criança e 
infância: contexto histórico social. In: ANAIS... IV Seminário de Grupos de Pesquisa 
Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Crianças e Infâncias (GRUPECI),Universidade 
Federal de Goiás. Disponível em: http://www.grupeci.fe.ufg.br/up/693/o/TR18.1.pdf. 
Acesso em: 20 de out. de 2018. 
 
Referencial curricular nacional para a educação infantil/ Ministério da Educação e do 
Desporto, Secretária de Educação Fundamental, - Brasília: MEC/SEF,1998. Vol.1. 
Autora: Angela da Silva Soares. 
 
Fonte: 
 
http://www.artigonal.com/educação-infantil-artigos/concepcao-de-infancia-e-educacao-
infantil-1080579.htm 
 
http://www.grupeci.fe.ufg.br/up/693/o/TR18.1.pdf 
 
http://www.artigonal.com/educa%C3%A7%C3%A3o-infantil-artigos/concepcao-de-infancia-e-educacao-infantil-1080579.htmlhttp://www.artigonal.com/educa%C3%A7%C3%A3o-infantil-artigos/concepcao-de-infancia-e-educacao-infantil-1080579.html
http://www.grupeci.fe.ufg.br/up/693/o/TR18.1.pdf

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