Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAPÍTULO 3 Práticas de avaliação institucional em educação A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: 3 Interpretar os resultados das avaliações de sistema da educação básica. 3 Identificar os níveis de desempenho correspondente aos resultados da Prova Brasil/SAEB da sua escola. 3 Identificar possíveis fragilidades no processo educativo da sua escola. 3 Comparar as finalidades dos Sistemas de Avaliação Institucional com os objetivos previstos no PPP na sua escola. 3 Elaborar um esboço de proposta para avaliação interna a partir dos dados coletados na sua comunidade escolar. 3 Propor a utilização das avaliações de sistema como recurso pedagógico para o professor. 74 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas 75 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 É parte das atribuições do supervisor escolar organizar, sintetizar e divulgar os resultados das avaliações de sistema na escola. contextualização No capítulo anterior você refletiu sobre alguns conceitos de avaliação e aprendeu um pouco mais sobre como se desenvolvem os processos de avaliação institucional na educação brasileira. Distinguiu as diferenças entre as avaliações da instituição e avaliações de sistemas e, certamente, identificou as concepções e as práticas das avaliações institucionais na sua escola. Neste capítulo você irá identificar os pressupostos das avaliações de sistemas da educação básica a partir da leitura dos resultados do desempenho da sua escola. Com isso você será capaz de elaborar um relatório pedagógico apontando as dificuldades reais presentes no seu contexto escolar. Ainda neste capítulo você vai refletir sobre os critérios e indicadores das avaliações institucionais internas, entender como sua articulação com os resultados das avaliações de sistemas podem se transformar numa importante alternativa pedagógica para a melhoria da qualidade da aprendizagem. Durante nossas reflexões você será desafiado a desenvolver atividades contemplando a sua realidade escolar. Dessa forma, você irá compreender como ações simples do supervisor escolar podem contribuir para a melhoria da aprendizagem dos alunos. Ao final deste estudo você será capaz de elaborar um esboço de proposta para autoavaliação da sua escola e uma proposta pedagógica utilizando questões das avaliações de sistema, para ser desenvolvida na sua escola. os resultados das avaliações de sistemas como subsídio à ação suPervisora de Qualidade Com o propósito de articular nossas discussões teóricas à realidade das escolas, acompanhamos, mais uma vez, a atuação da supervisora D. Ana. No capítulo anterior você aprendeu que as atribuições do supervisor escolar variam conforme o sistema de educação ao qual se refere. Na escola em que D. Ana trabalha, por exemplo, seu cargo de supervisora escolar foi substituído pelo de assistente técnico pedagógico. Assim, entre as atribuições previstas para seu novo cargo, D. Ana deve auxiliar na coleta de dados da escola e ajudar na elaboração do planejamento pedagógico. 76 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Pensando em como poderia contribuir para o planejamento pedagógico do próximo ano letivo, D. Ana decidiu elaborar um relatório sintetizando os resultados das últimas avaliações do Saeb e Prova Brasil. Seu objetivo foi identificar os pontos frágeis do aprendizado dos alunos, para que os professores pudessem planejar ações voltadas à melhoria da qualidade deste processo. Perceba que D. Ana pretende realizar um diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem da sua escola, a partir dos resultados das avaliações externas. D. Ana focalizou inicialmente o Ensino Fundamental e iniciou a coleta dos dados. Acompanhe passo a passo o caminho que D. Ana percorreu para coletar as informações necessárias ao seu relatório. O Primeiro passo foi identificar os últimos resultados do desempenho da sua escola nas avaliações do Saeb/Prova Brasil, divulgados pelo INEP. Para isso D. Ana acessou: <http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-saeb/resultados>. Neste site ela encontrou um link para os resultados do Saeb/Prova Brasil das escolas, estados e municípios do ano de 2011 e de anos anteriores. Veja os resultados encontrados por D. Ana no quadro a seguir: Quadro 4 - Resultados do Saeb/Prova Brasil - 2011 da escola da D. Ana Fonte: Disponível em: <http://portal.inep.gov.br>. Acesso em: 08 out. 2012. Segundo passo: ainda no mesmo site, D. Ana seguiu o link Escala de Proficiência do SAEB e consultou os documentos que descrevem a escala de desempenho de Língua Portuguesa e Matemática, no qual foi possível identificar o nível de proficiência da sua escola. 77 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Veja o que D. Ana encontrou: Conforme os pressupostos descritos nestes documentos, no que se refere ao desempenho dos alunos no Ensino Fundamental, sua escola encontra-se classificada entre os níveis 3 e 5 em ambas as áreas avaliadas. Para ter melhor clareza da situação da escola, D. Ana identificou as habilidades previstas para os alunos conforme nível de proficiência atingido. Observe nos quadros 2 e 3 as informações apuradas: Quadro 5 - Síntese das referências do SAEB para o desempenho em Língua Portuguesa no Ensino Fundamental Níveis de Desempenho dos alunos em Leitura O que os alunos conseguem fazer nesse nível Séries iniciais: classificada no nível 3 Considerando que para atingir o nível 3 os alunos já dominam as habilidades de: • localizar informação (exemplo: o personagem principal, local e tempo da narrativa); • identificar o efeito de sentido decorrente da utilização de recur- sos gráficos (exemplo: letras maiúsculas chamando a atenção em um cartaz); e identificar o tema, em um texto simples e curto. • localizar informações explícitas em textos narrativos curtos, informativos e anúncios; • identificar o tema de um texto; • localizar elementos como o personagem principal; • estabelecer relação entre partes do texto: personagem e ação; ação e tempo; ação e lugar; • localizar informação explícita. Exemplo: identificando, dentre vários personagens, o principal, e, em situações mais comple- xas, a partir de seleção e comparação de partes do texto; • identificar o tema de um texto; • inferem informação em texto verbal (características do persona- gem) e não verbal (tirinha); • interpretar pequenas matérias de jornal, trechos de enciclopé- dia, poemas longos e prosa poética; • identificar o conflito gerador e finalidade do texto. • interpretar, a partir de inferência, texto não verbal (tirinha) de maior complexidade temática; • identificar o tema a partir de características que tratam de senti- mentos do personagem principal; 78 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Séries finais: classificada no nível 5 Além das habilidades descritas acima, no nível 5 os alunos ainda: • identificam o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação (reticências); • inferem a finalidade do texto; • distinguem um fato da opinião relativa a este fato, numa narrativa com narrador personagem; • distinguem o sentido metafórico do literal de uma expressão; • reconhecem efeitos de ironia ou humor em textos variados; • identificam a relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial ou conjunção comparativa; • interpretam texto com apoio de material gráfico; • localizam a informação principal. Os alunos do 9º ano ainda: • inferem o sentido de uma palavra ou expressão; • estabelecem relação causa/consequência entre partes e elemen- tos do texto; • identificam o tema detextos narrativos, argumentativos e poéti- cos de conteúdo complexo; • identificam a tese e os argumentos que a defendem em textos argumentativos; • reconhecem o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão. Fonte: Documento de Disponível em: <http://download.inep.gov.br/ educacao_basica/prova_brasil_saeb/escala/2011/escala_desempenho_ portugues_fundamental.pdf>. Acesso em: 08 out. 2012. • reconhecer elementos que compõem uma narrativa com temá- tica e vocabulário complexos; • identificar, dentre os elementos da narrativa que contém discur- so direto, o narrador observador; • selecionar entre informações explícitas e implícitas as corres- pondentes a um personagem; • localizar informação em texto informativo, com estrutura e vocabulário complexos; • inferir a informação que provoca efeito de humor no texto; • interpretar texto verbal, cujo significado é construído com o apoio de imagens, inferindo informação; • identificar o significado de uma expressão em texto informativo; • inferir o sentido de uma expressão metafórica e o efeito de sentido de uma onomatopeia; • interpretar história em quadrinho a partir de inferências sobre a fala da personagem, identificando o desfecho do conflito; • estabelecer relações entre as partes de um texto, identi- ficando substituições pronominais que contribuem para a coesão do texto. 79 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Quadro 6 - Síntese das referências do SAEB para o desempenho em Matemática no Ensino Fundamental O que os alunos conseguem fazer nesse nível Considerando que para atingir o nível 4 os alunos já devem domi- nar as habilidades de: • somar e subtrair números decimais; • fazer adição com reserva; • multiplicar e dividir com dois algarismos; • trabalhar com frações; • resolvem problemas de cálculo de área com base na contagem das unidades de uma malha quadriculada e, apoiados em repre- sentações gráficas, reconhecem a quarta parte de um todo; • reconhecer o valor posicional dos algarismos em números naturais; • ler informações e dados apresentados em gráfico de coluna; • interpretar mapa que representa um itinerário. • calcular resultado de uma adição com números de três algaris- mos, com apoio de material dourado planificado; • localizar informação em mapas desenhados em malha quadricu- lada; • reconhecer a escrita por extenso de números naturais e a sua composição e decomposição em dezenas e unidades, conside- rando o seu valor posicional na base decimal; • resolver problemas relacionando diferentes unidades de uma mesma medida para cálculo de intervalos (dias, semanas, horas e minutos). No nível 4 os alunos devem ainda: • Ler informações e dados apresentados em tabela; • reconhecer a regra de formação de uma sequência numérica e dão continuidade a ela; • resolver problemas envolvendo subtração, estabelecendo rela- ção entre diferentes unidades monetárias; • resolver situação-problema envolvendo: a ideia de porcentagem; • diferentes significados da adição e subtração; adição de núme- ros racionais na forma decimal; • identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas planificações. Níveis de Desempenho dos alunos em Matemática Séries iniciais: classificada no nível 4 80 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Os alunos do 5º e 9º anos, além das habilidades já descritas: • identificam a localização/movimentação de objeto em mapas, desenhado em malha quadriculada; • reconhecem e utilizam as regras do sistema de numeração de- cimal, tais como agrupamentos e trocas na base 10 e o princípio do valor posicional; • calculam o resultado de uma adição por meio de uma técnica operatória; • leem informações e dados apresentados em tabelas; • resolvem problema envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas; • resolvem problemas: utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro; estabelecendo trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em função dos seus valores; • com números racionais expressos na forma decimal, envolvendo diferentes significados da adição ou subtração; • reconhecem a composição e decomposição de números naturais, na forma polinomial; • identificam a divisão como a operação que resolve uma dada situação-problema; • identificam a localização de números racionais na reta numérica. Os alunos do 9º ano ainda: • identificam a localização/movimentação de objeto em mapas e outras representações gráficas; • leem informações e dados apresentados em gráficos de colunas; • conseguem localizar dados em tabelas de múltiplas entradas; • associam informações apresentadas em listas ou tabelas ao gráfico que as representam e vice-versa; • identificam propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas planificações; • resolvem problemas envolvendo noções de porcentagem. Séries finais: classificada no nível 5 Fonte: Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_ basica/prova_brasil_saeb/escala/2011/escala_desempenho_ matematica_fundamental.pdf>. Acesso em: 08 out. 2012. 81 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 O Terceiro e último passo foi agregar todas as informações em um único documento para expor aos professores no encontro de formação. Neste encontro, que durou cerca de quatro horas, D. Ana divulgou o relatório aos professores, que revelaram não ter se surpreendido com os resultados, pois sabiam das dificuldades dos seus alunos na leitura e interpretação de textos. Durante a discussão, na tentativa de encontrar respostas para esta dificuldade, os professores concordaram, entre si, que o fato pode estar associado à falta de estrutura da escola, à quantidade excessiva de alunos por turma, à ausência da participação dos pais nos deveres de casa dos alunos, à falta de incentivo à leitura por parte das famílias, ao tempo excessivo dedicado à televisão ou à internet e à falta de compromisso e vontade do próprio aluno. Veja que em nenhum momento os professores avaliam sua participação no processo educativo e buscam respostas para além da relação professor-aluno. Esta é uma atitude comum, afinal, desconstruir um conceito já estabelecido é uma tarefa delicada, que exige constante reflexão e diálogo. Como nos alerta Freire (1980, p. 35): O que mais custa a um homem saber, de maneira clara, é a sua própria vida, tal como está feita por tradição e rotina de atos inconscientes. Para vencer a tradição e a rotina, o melhor procedimento prático não se encontra nas ideias e nos conhecimentos exteriores e distantes, mas no questionamento da tradição por aqueles que se conformam com ela, no questionamento da rotina em que vivem... Os resultados das avaliações de sistemas indicando os níveis de aprendizagem em que se encontram os alunos fornecem pistas importantes para a escola. Porém, não podem ser considerados de forma isolada ou como retrato fiel de uma realidade. É necessário considerar os resultados das avaliações individuais realizadas pelos professores e os objetivos previstos no planejamento pedagógico. Concluída esta parte da discussão, D. Ana distribuiu os boletins dos professores onde constavam as avaliações e notas atribuídas durante os três primeiros bimestres deste ano letivo e propôs que os professores do Ensino Fundamental avaliassem suas próprias avaliações (boletins), acerca do 82 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas desempenho dos seus alunos, tomando como base as informações contidasno relatório e seus próprios planejamentos. Seu objetivo naquele momento foi provocar os professores para uma reflexão individual e coletiva sobre os pontos comuns entre os resultados das suas avaliações, os da Prova Brasil e o previsto nos seus próprios planejamentos, para que identificassem as fragilidades no processo educativo e as possíveis causas. Em meio às discussões mediadas por D. Ana, os professores destacaram a dificuldade na leitura como ponto comum nos resultados de ambos os processos avaliativos, mas tiveram dificuldades em identificar em seus planejamentos os pressupostos do Saeb, descritos no relatório conforme o nível em que os alunos se encontravam em 2011. A reflexão coletiva permitiu aos professores reconhecerem a possibilidade de que a principal falha pode estar situada nas práticas de ensino. Entretanto, naquele momento não foram capazes de indicar caminhos para melhoria da qualidade desta prática, mas demonstraram interesse em buscar. Este movimento dialógico permitiu que os professores levantassem diversos questionamentos: O que fazer? Como fazer? Por onde começar? No próximo item você vai ver como os professores encontraram estas respostas. Mas, antes disso, que tal conhecer a situação da sua escola? Para isso é só seguir os mesmos passos de D. Ana. Nós iremos lhe ajudar, vamos lá! Acesse no portal do INEP o link: http://portal.inep.gov.br/web/ prova-brasil-e-saeb/resultados . Neste site você encontrará um link para os resultados do Saeb/Prova Brasil das escolas, estados e município do ano de 2011 e de anos anteriores. No link dos resultados, escolha o campo “Escola” e digite os dados da sua escola, assim você terá acesso à tabela com os resultados. 83 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Agora, no mesmo site, siga o link Escala de Proficiência do SAEB e consulte os documentos que descrevem a escala de desempenho de Língua Portuguesa e Matemática da sua escola. Pronto! Agora você já tem todos os dados de que precisa para sua próxima atividade de estudo. Atividade de Estudos: 1) A partir dos dados que você coletou em sua pesquisa, elabore um relatório expondo a situação da sua escola. Você pode escolher entre Saeb e Prova Brasil. No relatório devem constar: a) Os resultados das últimas avaliações de sistema Saeb/Prova Brasil, realizada pela sua escola; b) O nível em que a escola se encontra e a síntese do desempenho por área, conforme a escala de desempenho do Saeb. Consulte a tabela de D. Ana como modelo. c) Com base nos boletins dos alunos da sua escola, aponte as principais vulnerabilidades identificadas em ambas as avaliações e explique como você chegou a esta conclusão. Encaminhamentos: • Você pode solicitar uma cópia do boletim dos professores na secretaria da escola. Para facilitar, compare apenas as notas das séries avaliadas pelo Saeb/Prova Brasil. Dicas: Sempre que for possível, envolva a equipe gestora, assistente de educação e professores da sua escola nas atividades propostas. Relatório Síntese dos resultados da Prova Brasil/Saeb _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ 84 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________ avaliação interna: a autoavaliação institucional, seus instrumentos e critérios No item anterior você identificou os pressupostos das avaliações de sistemas da educação básica e já é capaz de traduzir e utilizar seus resultados de forma eficiente. Neste item, vamos retomar as discussões sobre avaliação interna ou autoavaliação da escola, para que você identifique os critérios e aprenda a orientar a construção de indicadores para a prática desta avaliação. Você também irá entender como a articulação dos resultados da avaliação de sistema e da autoavaliação pode se transformar numa importante alternativa pedagógica para a melhoria da qualidade da aprendizagem na sua escola. Você aprendeu no capítulo anterior que a avaliação interna integra a avaliação realizada pelos próprios professores, funcionários, pais e alunos acerca do seu próprio desempenho e os resultados das avaliações do sistema. 85 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Participam da avaliação interna professores, gestores, funcionários, pais e alunos. Para que a avaliação interna ou autoavaliação da escola possa, de fato, contribuir para a melhoria da qualidade educativa, alguns critérios básicos devem ser considerados. Veja o quadro abaixo: Quadro 7 – Critérios para avaliação interna • É necessário que esta ação seja prevista no Projeto Político-Pedagógico e no Plano de Gestão da escola. • Deve ser realizada anualmente, considerando as orientações da legislação vigente. • O papel social da escola, bem como a qualidade do ensino-aprendizagem que se quer alcançar, precisam estar claros, não apenas no documento, mas para a comuni- dade escolar como um todo. • É um processo autônomo e democrático da escola, devendo ser construído de forma coletiva e participativa, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos. • É por natureza diagnóstica e formativa, ou seja, tem a intenção de investigar se as ações realizadas durante o ano letivo atingiram os objetivos e metas traçados, desde o desempenho dos profissionais envolvidos �s condições oferecidas para tal, identifi-s �s condições oferecidas para tal, identifi- cando os pontos falhos para serem reformulados. • Os professores devem considerar seu planejamento anual como base para sua autoavaliação. • Reconhecer os erros é uma virtude, mas não basta. É preciso que os envolvidos tenham disposição para mudar e sejam capazes de tomar decisões individuais e coletivas, voltadas � efetivação das mudanças necessárias ao aprimoramento e � melhoria das ações educativas de forma responsável e comprometida. • É um processo que exige uma postura ética individual e coletiva, os sujeitos devem ser capazes de refletir criticamente sobre suas ações, e se comprometam com a verdade. • A multiplicidade dos sujeitos envolvidos no processo deve ser reconhecida, respeita- da, e a avaliação deve proceder de forma dialógica, fundamentada no respeito e na cordialidade. • É preciso compreender que as mudanças almejadas nem sempre são da mesma natureza, considerando que algumas delas podem envolver interesses políticos e econômicos, competindo assim em uma rede de relações de poder. • As ações de mudanças devem ser viáveis, do ponto de vista da instituição, portanto os envolvidos devem ter conhecimento e consciência dos limites e possibilidades para a sua execução. • É impreterível que a escola considere os resultados das avaliações de sistemas como norteadores da avaliação pedagógica e na autoavaliação do professor. • Finalmente,deve ser vista como um movimento dialético e, como tal, sujeito a contra- dições inerentes � sua própria natureza. Fonte: A autora. 86 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas O supervisor pode, a partir da sua leitura da realidade escolar, organizar e explicitar os problemas de forma que todos possam tomar conhecimento. E qual é o papel do supervisor escolar no processo de autoavaliação institucional? Respondendo a esta pergunta, podemos dizer que a atuação do supervisor escolar é imprescindível, pois, em geral, é ele que se encarrega de criar mecanismos para sensibilizar a comunidade escolar da necessidade de avaliar a escola, destacando a importância da presença e da participação de cada um, tanto no processo de elaboração como da implantação da autoavaliação. Você acompanhou a atuação de D. Ana, no item anterior, e viu que, sem muito esforço, ela sensibilizou os professores para a necessidade de se autoavaliarem. Para isso, ela utilizou os resultados das avaliações dos sistemas para problematizar o processo de ensino-aprendizagem, o que demonstrou ser um bom começo. Entretanto, uma avaliação interna exige o envolvimento de outros sujeitos e de outros segmentos envolvidos, como a gestão da escola e os pais. Um início possível para essa atividade é criar um mural que vamos chamar de “mural especulativo”, expondo a situação real de cada segmento da escola e sugerir que, nos encontros pedagógicos previstos, os pontos destacados no quadro sejam discutidos no coletivo. Você deve estar se questionando: como fazer isso na minha escola, frente a uma rotina tão conturbada? Não podemos lhe dar uma resposta precisa, pois só você conhece sua realidade. Mas sabemos que envolver professores, gestores, pais e alunos num mesmo contexto para que realizem um processo de avaliação não se constitui numa tarefa simples, tampouco fácil, mas não impossível. O que precisa mesmo é disposição para começar. Quer saber como? Vamos lhe contar brevemente sobre nossa experiência: 87 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 • O início de tudo Na discussão realizada na escola de D. Ana, vimos que professores reconheceram a necessidade de avaliar as práticas de ensino, mas ainda não sabiam o que fazer como fazer, nem por onde começar. Na perspectiva de contribuir com nossos estudos, ajudamos D. Ana a encontrar caminhos para sensibilizar os professores e gestores da sua escola para a necessidade de realizarem uma avaliação interna. Nosso objetivo foi verificar as reais possibilidades de realizar a atividade proposta e o nível de interferência que esta poderia incidir no seu cotidiano. • Sobre os procedimentos metodológicos Nessa seção você vai acompanhar os procedimentos e os instrumentos utilizados por D. Ana para coletar os dados de nossa pesquisa. Observe que para cada ação há um objetivo previamente definido. Isso ajudou D. Ana a não perder o foco nas suas observações. 1ª parte: a coleta de dados D. Ana dedicou uma semana observando, ouvindo e registrando comentários e partes de diálogos entre professores e gestores, pais e gestores, alunos e gestores, professores e professores, alunos e alunos. O foco da sua observação estava nas reclamações. Nosso objetivo foi reunir argumentos capazes de sensibilizar a comunidade escolar para a necessidade de uma avaliação interna. 2ª parte: a elaboração e afixação do mural De posse dos dados coletados, D. Ana elaborou um mural em papel craft, destacando separadamente as seguintes questões: queixas dos professores; suas observações individuais; queixas dos alunos; queixas dos pais; queixas da gestão. O mural foi afixado na sala dos professores, sem maiores explicações para sua ação. Nosso objetivo com isso é mostrar, a partir de dados reais, como ações simples e possíveis de serem realizadas no cotidiano podem contribuir para provocar uma reflexão coletiva. Agora vamos ver como ficou o mural de D. Ana: 88 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Quadro 8 - “Mural especulativo” de uma escola de educação básica Período: 2º semestre/2012 Observações da comunidade escolar Queixas dos professores • A quadra de esportes está com buracos e os alunos estão se machucando; • Tenho vários alunos no 5º ano que não estão alfabetizados, não conseguem acompanhar o conteúdo e terei que aprová-los por decreto. • Os alunos do Ensino Médio apresentam dificuldades de interpretação e não são capazes de produzir uma análise crítica de um texto. • Os alunos falam tantos palavrões uns aos outros, se tratam aos socos, não respeitam ninguém. • Os pais não ajudam nos deveres de casa, não aparecem na esco- la, não estão nem aí. Depois querem que o filho aprenda. Como? O que eu posso fazer? • Meu salário é tão baixo que não paga meus esforços. Observações da supervisora • A maior dificuldade dos alunos é a leitura e os professores estão considerando uma possível fragilidade nas suas práticas de ensino; • O IDEB da escola subiu de 2,8 para 3,4. Será que houve melho- ra na aprendizagem ou será que o aumento foi provocado pela progressão automática? • Os alunos do Ensino Médio noturno não conseguem chegar em tempo para a primeira aula. Eles saem do trabalho �s 18 horas e a aula começa �s 18h25min. Mal conseguem assistir 10 minutos da aula e ainda com pouca vontade; • A turma do primeiro ano do Ensino Médio iniciou o ano letivo com 38 alunos. No início do segundo semestre computei 26 alunos fre- quentando. No sistema não acusa transferência para outra escola, ou seja, tivemos evasão. Queixas dos alunos • A professora falta muito, está sempre doente e não estamos apren- dendo nada. • O sinal da escola tem um som muito estridente, deixa todo mundo na sala irritado, parece sirene de fábrica. • A professora não deixa ir ao banheiro na aula dela, por isso eu fujo. • Não fiz as tarefas porque o conteúdo é muito chato, não entendo nada; 89 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Para realizar uma ação de qualidade, o supervisor escolar deve ter clareza dos objetivos a serem alcançados. Queixa dos pais • O portão da escola abre �s 13 horas, os alunos que são atendidos no Projeto da Associação de Bairro saem �s 12h30min horas e vão direto para a escola. Enquanto o portão não abre, eles ficam na rua, no sol ou na chuva e correndo riscos. • Meu filho chega em casa todos os dias chorando porque os cole- gas o chamam de gordo. Ele não quer mais vir para a escola. Queixas da Gestão • A Gerência determinou que os professores fossem obrigados a vir trabalhar no sábado para fechar o calendário dos 200 dias letivos. Ninguém aguenta mais isso e a maioria já avisou que não vem porque não há o que fazer no sábado. • Os pais estão exigindo que a direção tome uma atitude rígida a respeito das meninas do 7º ano que resolveram, de uma hora para outra, ficar se beijando na boca. Parece que a moda está pegando no 6º ano também, pois já peguei duas no corredor se agarrando. Isso vai dar confusão. • Temos 40 mil reais na conta, um monte de coisas faltando e não podemos usar o dinheiro porque corresponde ao Projeto Mais Educação. Não estamos executando o projeto, temos que devolver a verba e continuar com as necessidades. Fonte: Texto elaborado pela autora a partir de observações realizadas em uma das escolas acompanhadas. Conforme o relato de D. Ana, não houve necessidade de dispor de tempo ou material extra para realizar as observações e anotações previstas. O mesmo caderno que comumente mantém em mãos para anotar suas tarefas diárias foi utilizado para anotar as observações. O mural foi confeccionado durante a coletade dados e ocupou cerca de meia hora para ser finalizado. Também não precisou interferir nas atividades dos colegas para coletar os dados, pois é parte do seu cotidiano receber os pais logo pela manhã quando trazem seus filhos e, por vezes, não é incomum alguns reclamarem de alguma coisa. Para coletar os demais dados, bastou circular pelos corredores e sala de professores, o que é comum na sua rotina. Verificamos, com isso, que a atividade proposta é viável de ser aplicada em outras escolas. O tempo e as tarefas cotidianas do supervisor escolar não são impeditivos. Lembrando apenas que para realizar uma ação de qualidade o supervisor deve ter clareza dos objetivos que quer alcançar. 90 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas 3ª parte: curiosidade e perplexidade no grupo Conforme o combinado, no dia em que D. Ana afixou o mural na sala dos professores, acompanhamos a entrada dos dois turnos, matutino e vespertino. Observamos que à medida que os professores entravam na sala para tomarem o cafezinho e assinarem o ponto, liam curiosos e perguntavam sobre o significado daquilo. Alguns manifestavam sua perplexidade e questionavam as anotações, não se reconhecendo nas suas próprias queixas. D. Ana não se manifestou. Naquele momento, apenas ouviu. Nosso interesse não estava focado no conteúdo da discussão, mas no efeito causado pela ação. Nesse momento, percebemos que o nosso objetivo foi alcançado. Provocamos aqueles sujeitos a perguntarem e não a responderem ou justificarem as questões ali colocadas. Veja que uma ação simples da supervisora originou uma polêmica discussão naquele contexto. Lembre-se de que uma ação pode ser simples, mas não pode ser despretensiosa. Para que provoque a transformação de uma realidade, precisa ter intencionalidade. O supervisor precisa ter clareza do que quer saber, por que e para que quer saber, o que e como vai fazer com os resultados encontrados. 4ª parte: buscando parcerias A iniciativa de D. Ana provocou nos professores e gestores a necessidade de repensar algumas questões, pois nem mesmo eles próprios se davam conta do que reclamavam. D. Ana propôs ao grupo uma reflexão sobre o processo de avaliação interna e a relevância da mesma para a melhoria da qualidade educativa naquela escola. Apesar de a grande maioria não conhecer o processo, houve disposição do grupo para iniciar uma discussão, a partir dos dados constantes no mural. Lembre-se: a parceria e o apoio da gestão escolar são fundamentais ao trabalho do supervisor no que se refere à organização do tempo e espaço para discussões coletivas. 91 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 5ª parte: o encontro com os professores No primeiro encontro para discussão sobre o processo de avaliação interna da escola, os professores foram divididos em pequenos grupos e orientados à leitura de alguns textos sobre avaliação institucional, para subsidiar a discussão coletiva. O “mural especulativo” foi considerado o norteador da discussão naquele momento. Neste processo, coube a D. Ana subsidiar o grupo no desenvolvimento de uma metodologia apropriada para a realização da avaliação interna, ou seja, partindo das questões apontadas no mural, os grupos foram estimulados a responder coletivamente às seguintes questões: • Para que avaliar (finalidade) • O que avaliar (objetos) • Quem avalia (sujeitos) • Como avaliar (procedimentos) • Quando avaliar (periodicidade) O objetivo destas questões é identificar a dimensão dos problemas observados na escola. Já haviam identificado as práticas pedagógicas como problema mais significativo naquele momento, e o desafio seguinte foi elaborar um plano de ação para orientar o processo de avaliação, ou seja, definir as responsabilidades na construção e na implantação do processo. Tendo em vista que a maioria absoluta dos professores participou da elaboração ou da revisão do PPP da escola, o grupo decidiu que deveria começar as discussões a partir de reflexões sobre suas práticas. Este seria um exercício inicial e, portanto, todos seriam responsáveis pelo mesmo tema, pois o momento ainda não era apropriado para uma avaliação interna com a participação de todos os segmentos. O “objeto” a ser avaliado deveria ser o processo de ensino-aprendizagem. A “finalidade” era identificar fatores que influenciam e/ou determinam o não aprendizado dos alunos nas séries iniciais. Os “sujeitos” a serem avaliados seriam os próprios professores, ou seja, seria uma autoavaliação docente. Para ajudar a problematizar a questão, D. Ana disponibilizou o PPP da escola, os boletins e as atas do último conselho de classe, que deu início ao exercício de reflexão individual e coletiva. 92 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Saber é necessário, mas também é preciso saber fazer! D. Ana provocou os colegas pedindo que relessem suas próprias anotações nas atas do conselho de classe e buscassem no Projeto Político-Pedagógico – PPP da escola pelo menos uma justificativa para suas avaliações e para os procedimentos sugeridos para melhoria. Atividades de Estudos: Com base nas informações coletadas nas atas dos conselhos de classe do Ensino Fundamental na escola de D. Ana, as justificativas encontradas pelos professores para sua avaliação e sobre os procedimentos a serem adotados para melhorar resumem-se em: Avaliamos o desempenho escolar dos alunos individualmente com base no conteúdo trabalhado, a relação professor/aluno, o relacionamento entre os próprios alunos e questões referentes ao processo pedagógico. Quanto aos procedimentos: (por ordem de prioridade) Cobrar dos pais compromisso com a educação dos filhos a partir das seguintes atitudes: - comparecer na escola todas as vezes em que é chamado pelo professor; - ajudar as crianças nos deveres de casa; - ensinar às crianças que durante a aula devem prestar atenção na explicação do conteúdo e não ficar conversando com o colega ou brincando; - fiscalizar os cadernos para ver se o filho cumpriu as tarefas diárias; - fixar horários de estudo em casa; - manter o material do aluno em dia; - levar para uma avaliação com psicólogo para verificar possibilidade de déficit de atenção e hiperatividade; Cobrar da escola: - ajuda da coordenação pedagógica e da direção para cobrar atitude dos pais; - dar advertência aos alunos que ficam brincando durante a aula e mandar bilhete para os pais comunicando o ocorrido; 93 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 - chamar os alunos com média abaixo de 5 para uma conversa no gabinete da direção; Agora, com base na sua observação, reflita e expresse sua opinião sobre a seguinte questão: 1) A que fatores os professores atribuem a responsabilidade do não aprendizado dos seus alunos? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 2) O que justifica sua resposta? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ 3) Com base na sua visão de educação, quais as possíveis soluções para a melhoria da aprendizagem destes alunos? ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 94 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Não existe modelo único para avaliação institucional. Cada escola deve construir sua proposta com base no PPP e na dimensão dos problemas constatados. Alguns professores continuaram defendendo os argumentos apontados nas atas, outros demonstraram insegurança em confirmar seus próprios argumentos e, na dúvida, não expressaram suas opiniões. Alguns questionaram seus próprios argumentos. Por fim, as discussões apontaram o “Planejamento” como o primeiro indicador a ser avaliado no quesito “práticas pedagógicas”. O grupo optou pela utilização de um questionário como “procedimento” para a coleta dos dados. A partir dessa iniciativa, o grupo foi subdividido por área de conhecimento e, no caso das séries iniciais, por ciclos, para reflexão individual e coletiva. As atividades foram encerradas com a apresentação dos subgrupos das questões propostas ao questionário. D. Ana registrou as questões propostas para que pudessem dar andamento às atividades na próxima oportunidade de encontro. Veja como ficou o questionário elaborado pelos professores, no quadro a seguir: Quadro 9 - Questionário de autoavaliação do professor Indicador de qualidade PLANEJAMENTO a) Utilizei o PPP da escola para subsidiar o meu planejamento anual? Por quê? b) Os objetivos e as atividades por mim propostas no planejamento atendem aos objeti- vos propostos no PPP da escola, no que se refere � qualidade da aprendizagem que se quer alcançar? Em quais pontos? c) Meu planejamento foi elaborado em conjunto com outros professores da minha área/ série? Qual foi o objetivo disso? d) Planejo minhas aulas diariamente? Por que e no que me baseio para isso? e) Utilizei os resultados ou alguma atividade das avaliações de sistemas realizadas na escola para subsidiar meu planejamento? O que e como utilizei? f) Já li o relatório pedagógico das avaliações de sistemas que meus alunos participam? Qual a fragilidade dos alunos que mais se destaca nestes relatórios? Por que não leio? g) Ao elaborar uma avaliação para meu aluno, procuro sempre partir dos objetivos propostos no meu plano de ensino? Em geral, as respostas dos alunos atendem meus objetivos? h) Costumo estabelecer metodologias adequadas a cada tipo de atividade proposta? No que me baseio para isso? i) Por que acho que alguns dos meus alunos apresentam dificuldades recorrentes de aprendizado? Fonte: A autora. 95 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Apesar de constatarmos que poucas escolas de educação básica conhecem e realizam a avaliação interna, a proposta para essa prática já vem sendo discutida desde 2004. Para auxiliar o processo de elaboração do instrumento de autoavaliação das escolas de educação básica, o Ministério da Educação/INEP, UNICEF, PNUD e Ação Educativa elaboraram coletivamente uma cartilha intitulada “Indicadores de Qualidade na Educação (2004)”. Nesta cartilha são propostas sete dimensões a serem consideradas pela escola na construção do seu instrumento avaliativo, que se fundamentam basicamente em: ambiente educativo; prática pedagógica; avaliação; gestão escolar democrática; formação e condições de trabalho dos profissionais da escola; ambiente físico e acesso, permanência e sucesso dos alunos na escola. Texto 1: O artigo “Avaliação Institucional da Escola: conceitos, contextos e práticas” apresenta os resultados de uma pesquisa realizada pela Professora Mary Ângela Brandalise que teve como objetivo analisar a relação da/na avaliação da escola e a qualidade educativa. A autora discute a importância de os professores reconhecerem a interdependência dos processos de avaliação educativa e avaliação institucional para a melhoria da qualidade educativa. Leia mais em: BRANDALISE, Mary Ângela. “Avaliação Institucional da Escola: conceitos, contextos e práticas”. Olhar de Professor, Ponta Grossa, v. 13, nº 2, 2010. Disponível em: <http:// www.revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/issue/view/282/ showToc>. Acesso: em: 27 ago. 2012. Texto 2: O texto “Indicadores da qualidade na educação” é uma cartilha publicada pelo Ministério da Educação - MEC que traz um roteiro que orienta a escola nos processos de avaliação institucional. O roteiro contribui para que a escola identifique suas vulnerabilidades e elabore seu plano de ação para melhoria da qualidade educativa. Leia mais em: AÇÃO EDUCATIVA. Indicadores da qualidade na educação. São Paulo: Ação Educativa, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua. pdf>. Acesso: em: 27 ago. 2012. 96 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Texto 3: No artigo “Avaliação Institucional na Escola de Educação Básica: uma aproximação orientada pelos princípios da participação”, Adilson Dalben discute parte dos resultados da sua dissertação de mestrado, na qual visou identificar os aspectos que influenciaram a implantação da avaliação institucional numa escola de São Paulo, pautado no conceito de qualidade negociada. Leia mais em: DALBEN, Adilson. Avaliação Institucional na Escola de Educação Básica: uma aproximação orientada pelos princípios da participação. Teoria e Prática, Rio Claro, v. 22, nº 40, 2012. Disponível em: <http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp. br/index.php/educacao/article/view/4090>. Acesso: em: 27 ago. 2012. Não deixe de ler os textos indicados. Conforme você pôde observar na leitura dos textos, não há uma única maneira de conduzir uma avaliação institucional interna, assim como não existe um único modelo capaz de atender a todas as escolas, pois cada uma tem sua especificidade. Dessa forma, cada escola deve construir sua proposta de avaliação com base no seu Projeto Político-Pedagógico e na dimensão dos problemas constatados. Atividade de Estudos: 1) Agora que você já conhece um pouco mais sobre avaliação institucional interna e autoavaliação docente, seu desafio é elaborar o esboço de uma proposta para avaliação institucional interna (autoavaliação) participativa da sua escola. Encaminhamentos: • No capítulo 2 você respondeu e aplicou em sua escola um questionário sobre avaliação institucional e produziu um texto com suas reflexões críticas acerca dos resultados. • Seu material de apoio será o texto produzido no capítulo 2, a cartilha “Indicadores de qualidade da educação”, o relatório dos resultados das avaliações de sistemas da sua escola, e os textos nº 1, 2 e 3. 97 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 • Para facilitar, utilize o Quadro 7, “Síntese dos indicadores de qualidade”, circule as dimensões e indicadores que se aproximam das necessidades identificadas no seu contexto escolar e elabore um instrumento para coleta de dados na sua escola. • Caso os indicadores não contemplem sua realidade, você poderá acrescentar ao quadro. • Utilize o modelo constante no Anexo 1 deste caderno para escrever sua proposta. Dica: Lembre-se de que sua proposta é apenas um exercício. Para que seja válida, deve ser construída coletivamente.Fonte: A autora. Quadro 10 - Síntese dos Indicadores de qualidade DIMENSÕES INDICADORES COLETA DE DADOS Ambiente educativo • Amizade e solidariedade • Alegria • Respeito ao outro • Combate � discriminação • Disciplina e tratamento adequado aos conflitos que ocorrem no dia a dia • da escola • Respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes Descreva atividades para coleta dos dados. __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ Prática pedagógica e avaliação Projeto Político-Pedagógico definido e conhecido por todos Planejamento Contextualização Prática pedagógica inclusiva Formas variadas e transparentes de avaliação dos alunos Monitoramento da prática pedagógica e da aprendizagem dos alunos __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ 98 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita Orientações para a alfabetização inicial implementadas Existência de práticas alfabetizadoras na escola Atenção ao processo de alfabetização de cada criança Ampliação das capacidades de leitura e escrita dos alunos ao longo do Ensino Fundamental Acesso e bom aproveitamento da biblioteca ou sala de leitura, dos equi- pamentos de informática e da internet Existência de ações integradas entre a escola e toda a rede de ensino com o objetivo de favorecer a aprendi- zagem da leitura e da escrita __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ Gestão esco- lar democrá- tica Informação democratizada Conselhos escolares atuantes Participação efetiva de estudantes, pais, mães e comunidade em geral Acesso, compreensão e uso dos indi- cadores oficiais de avaliação da escola e das redes de ensino Participação em programas de repasse de recursos financeiros __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola Suficiência e estabilidade da equipe escolar Assiduidade da equipe escolar __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ 99 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Ambiente físico escolar Suficiência do número de instalações, equipamentos e recursos, sua qualida- de e uso __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ Acesso e permanência dos alunos na escola Atenção especial aos alunos que faltam Preocupação com o abandono e a evasão Atenção especial aos alunos com algu- ma defasagem de aprendizagem __________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ ___________________________ Fonte: MEC. Indicadores de Qualidade da Educação, 2004. avaliações institucionais como alternativa Pedagógica Para o Professor Até aqui você aprendeu sobre como os resultados das avaliações de sistema, somados ao processo de avaliação interna da escola, podem subsidiar um planejamento pedagógico voltado para a melhoria do processo educativo. Agora você vai ver como as avaliações de sistema podem ser utilizadas também como recurso pedagógico em sala de aula e qual a participação do supervisor escolar nesta ação. Para isso, trouxemos alguns relatos de experiências realizadas por um grupo de professores atuantes na educação básica, que utilizaram questões do ENEM como subsídio pedagógico em aulas de Ciências em turmas de Ensino Fundamental, Médio e da Educação de Jovens e Adultos. 100 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Texto 1: No artigo “As condições de produção da leitura do ENEM e as possibilidades pedagógicas no Ensino Médio”, os autores apresentam o relato de experiência de uma coordenadora pedagógica da rede pública de ensino, que demonstra as possibilidades de utilização das questões das provas do ENEM como subsídio pedagógico para o professor. Ao mesmo tempo, o texto revela possibilidades de atuação direta do supervisor escolar no processo de ensino-aprendizagem. Leia mais em: CUNHA, F. S. R.; SIMAS FILHO, J.P.; CASSIANI, S. As condições de produção da leitura do ENEM e as possibilidades pedagógicas no Ensino Médio. 2011. Disponível em: <http://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/ cd-anais/arquivos/pdfs/artigos/gt005-algumasarticulacoes.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2013. Texto 2: Luiz Carlos Marinho é professor de Matemática com experiência de mais de 20 anos de docência. No texto indicado, o professor discute os resultados de um estudo realizado com estudantes de 9º ano do Ensino Fundamental, de escolas da rede pública de ensino, no qual apresenta uma análise dos erros cometidos pelos alunos em uma avaliação simulada da avaliação nacional, na disciplina de Matemática. O objetivo do estudo foi sugerir metodologias de ensino-aprendizagem voltadas para a superação das deficiências encontradas. Leia mais em: SILVA, L.C.M. Análise do rendimento escolar de turmas do 9º ano no simulado de matemática da Prova Brasil: um estudo exploratório na rede pública municipal de Duque de Caxias/ RJ. 2010. Disponível em: <http://www.unigranrio.br/unidades_ adm/pro_reitorias/propep/stricto_sensu/cursos/mestrado/ensino_ ciencias/galleries/downloads/produtos/produto_luiz_carlos_ marinho.pdf >. Acesso em: 28 ago. 2013. Não deixe de ler os textos indicados. 101 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 Atividade de Estudos: 1) Com base nos relatos apresentados nos textos nº 4, 5 e 6, elabore uma proposta na qual as questões das avaliações de sistemas possam ser utilizadas pelo professor e/ou pelo supervisor escolar, como ferramenta para diagnosticar o nível de desempenho da turma. A proposta deve ser aplicável em até 10 horas/aula. Encaminhamentos: • Identifique a maior fragilidade apontada no seu relatório síntese dos resultados do Saeb/Prova Brasil, escolha uma série/ano e/ou disciplina para elaborar a proposta; • Se preferir focalizar o ensino, pode utilizar as provas do ENEM;• Utilize os textos nº 4, 5 e 6 como subsídio para escrever sua proposta. • Utilize a escala de desempenho do Saeb como parâmetro para seu diagnóstico. Dica: Para que sua proposta reflita a realidade da sua escola, convide o professor da turma e/ou disciplina para ser seu parceiro nesta atividade. Se for possível aplicar a atividade proposta, faça isso em parceria com o professor. Ambos ganharão com isso! 102 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas algumas considerações Encerramos mais uma etapa do nosso estudo sem, porém, encerrarmos as discussões sobre os processos e as práticas de avaliação na educação. Neste capítulo, voltamos o nosso foco às avaliações de sistema da educação básica – SAEB, identificando e refletindo com você sobre os pressupostos destas avaliações. Com isso, você aprendeu a realizar uma leitura mais objetiva dos resultados de desempenho da sua escola e foi capaz de elaborar um relatório apontando as principais fragilidades do processo de ensino-aprendizagem no seu contexto escolar. Estamos certos de que você despertou a atenção dos professores e gestores da sua escola para a necessidade de uma autoavaliação institucional participativa e esboçou uma proposta para esta avaliação, baseada nas dificuldades reais da sua escola. Além disso, você aprendeu a utilizar os resultados das avaliações de sistema como alternativa pedagógica para a melhoria da qualidade da aprendizagem e elaborou uma proposta pedagógica que pode ser desenvolvida pelos professores. Estamos certos de que você compreendeu que ações simples do supervisor escolar podem contribuir de forma significativa para a melhoria da aprendizagem dos alunos da sua escola. No próximo capítulo daremos continuidade aos nossos estudos sobre o tema, revisando alguns conceitos e práticas de avaliação da aprendizagem em diferentes perspectivas pedagógicas, porém, nosso foco será a avaliação da aprendizagem participativa. referências bibliográficas BRASIL; MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; INEP. SAEB/Prova Brasil 2011 - primeiros resultados. 2011. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/ educacao_basica/prova_brasil_saeb/resultados/2012/Saeb_2011_primeiros_ resultados_site_Inep.pdf>. Acesso: 08 out. 2012. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Planejamento político-estratégico. Brasília, 1995. 103 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 ______. Lei nº. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso: 4 nov. 2011. FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação – uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Moraes, 1980. ANEXO 1 Orientações para a construção da proposta de autoavaliação participativa na sua escola. MODELO CABEÇALHO PADRÃO UNIASSELVI CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SUPERVISÃO ESCOLAR PROJETO AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARTICIPATIVA Primeira etapa: autoavaliação docente Nome da sua escola SEU NOME Sua função/cargo LOCAL, ano 104 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas Sumário 1. INTRODUÇÃO 2. CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA (apresentação) 2.1. Problema 2.2. Justificativa 3. OBJETIVOS DA AUTOAVALIAÇÃO 3.1. Geral 3.2. Específicos 4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4.1. Objetos integrados à autoavaliação (ex: relatório dos resultados, PPP, etc) 4.2. Dinâmica de sensibilização 4.3. Identificação da dimensão a ser avaliada 4.4. A escolha do Indicador(es) de Qualidade 5. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO 6.2. Planejamento das ações 6.3. Parâmetros a serem utilizados 6. APLICAÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO 6.2. Tabulação dos dados; 6.3. Resultados 6.3. Encaminhamentos previstos APÊNDICE Relatório “Síntese dos resultados da Prova Brasil/SAEB – 2011 ANEXOS 105 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 1. INTRODUÇÃO: A avaliação institucional da Escola XXXX será desenvolvida pela comunidade escolar em diversas etapas, a serem consideradas conforme a necessidade surgida durante o ano letivo de 2012. A finalidade é promover a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem da escola. Este projeto apresenta uma proposta para autoavaliação docente, como primeira etapa da avaliação institucional. Nesta etapa da avaliação o objeto a ser avaliado refere-se ao processo de ensino-aprendizagem e a finalidade é identificar fatores que influenciam e/ou determinam o não aprendizado dos alunos nas séries iniciais. Para tanto, os sujeitos a serem avaliados são os professores, que deverão se autoavaliar, respondendo a um questionário construído coletivamente, que aponta o Planejamento como indicador de qualidade. Esta proposta inicia-se com um breve histórico da instituição; em seguida, apresenta os objetivos da avaliação; XXXXXXXXXXXXXXXXXX e, por fim, apresenta um cronograma de trabalho conforme as ações definidas e o tempo/espaço a ser disponibilizado pela gestão da escola. 1. CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA Apresente sua escola. Para isso recorra ao texto produzido no trabalho final do capítulo 1. Exemplo: A Escola de Educação Básica XXXXXXX localiza-se no Conjunto Habitacional XXXXXX que corresponde ao bairro XXXXXX, na cidade de Florianópolis-SC, atendendo alunos de ensino de 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. A estrutura da escola está organizada XXXXXXXXXXXXX. Não há quadra coberta para as atividades de Educação Física. Estas são realizadas no espaço externo demarcado por três quadras em situação precária. A estrutura física do prédio encontra-se em situação de abandono, com rachaduras nas paredes, buracos no teto, portas e janelas deterioradas pelo tempo e com problemas de iluminação. A unidade escolar possui atualmente 1.080 alunos matriculados entre os períodos matutino, e noturno, XXXXXXXX. Possui Associação de Pais e Professores – APP, Conselho Deliberativo e Grêmio Estudantil, porém pouco participativos no que se refere às tomadas de decisões sobre a escola. 106 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas O quadro de pessoal consta de 40 professores efetivos, incluindo Diretor de Escola, Assessor de Direção, Secretária e três pedagogas habilitadas em supervisão escolar no cargo de assistente técnico pedagógico, XXXXXXXXXXX. Conforme os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, a escola se apresenta com o nível de desenvolvimento da educação básica – IDEB, XXXXXXXXXXX em 2011. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 1.1. Problema 1.2. No ano de 2011 a escola apresentou como resultado da Prova Brasil/ Saeb um desempenho abaixo do esperado, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 1.3. Justificativa Com base nos resultados das avaliações e na iniciativa da supervisora escolar, os professores perceberam a necessidade de uma autoavaliação XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXX 1. OBJETIVOS DA AUTOAVALIAÇÃO 3.1. Geral O que pretende alcançar 3.2. Específicos Como pretende alcançar (ações) 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4.1. Objetos integrados à autoavaliação (ex: documentos agregados, relatório dos resultados, PPP, etc) 4.2. Dinâmica de sensibilização (como você se sensibilizou ou pretende sensibilizar os professores e gestores) 107 Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 4.3. Identificação da dimensão a ser avaliada (Como você identificou os indicadores, que parâmetros utilizou, etc.) 4.4. A escolha do Indicador(es) de Qualidade(por que escolheu este indicador) 1. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO 6.2. Planejamento das ações (como organizou a elaboração do instrumento, qual o ponto de partida, etc.) 6.3. Parâmetros utilizados (planejamento do professor? PPP da escola?) 6. APLICAÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO (Explica como será a aplicação da autoavaliação: individual, em grupo, se vão poder responder em casa, o que irão utilizar para balizar suas respostas, etc.) 6.2. Tabulação dos dados; (explicar como pretende tabular os dados das autoavaliações) 6.3. Resultados (como pretende divulgar os resultados) 6.3. Encaminhamentos previstos (o que sugere fazer com os resultados obtidos) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 108 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Compartilhar