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cap _3 - DILEMAS DA AÇÃO SUP

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CAPÍTULO 3
Práticas de avaliação institucional 
em educação
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Interpretar os resultados das avaliações de sistema da educação básica. 
 3 Identificar os níveis de desempenho correspondente aos resultados da Prova 
Brasil/SAEB da sua escola. 
 3 Identificar possíveis fragilidades no processo educativo da sua escola. 
 3 Comparar as finalidades dos Sistemas de Avaliação Institucional com os objetivos 
previstos no PPP na sua escola. 
 3 Elaborar um esboço de proposta para avaliação interna a partir dos dados 
coletados na sua comunidade escolar. 
 3 Propor a utilização das avaliações de sistema como recurso pedagógico para o 
professor. 
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
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Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
É parte das atribuições 
do supervisor escolar 
organizar, sintetizar e 
divulgar os resultados 
das avaliações de 
sistema na escola.
contextualização
No capítulo anterior você refletiu sobre alguns conceitos de avaliação 
e aprendeu um pouco mais sobre como se desenvolvem os processos de 
avaliação institucional na educação brasileira. Distinguiu as diferenças entre 
as avaliações da instituição e avaliações de sistemas e, certamente, identificou 
as concepções e as práticas das avaliações institucionais na sua escola. 
Neste capítulo você irá identificar os pressupostos das avaliações de 
sistemas da educação básica a partir da leitura dos resultados do desempenho 
da sua escola. Com isso você será capaz de elaborar um relatório pedagógico 
apontando as dificuldades reais presentes no seu contexto escolar. 
Ainda neste capítulo você vai refletir sobre os critérios e indicadores das 
avaliações institucionais internas, entender como sua articulação com os 
resultados das avaliações de sistemas podem se transformar numa importante 
alternativa pedagógica para a melhoria da qualidade da aprendizagem. 
Durante nossas reflexões você será desafiado a desenvolver atividades 
contemplando a sua realidade escolar. Dessa forma, você irá compreender 
como ações simples do supervisor escolar podem contribuir para a melhoria 
da aprendizagem dos alunos. 
Ao final deste estudo você será capaz de elaborar um esboço de proposta 
para autoavaliação da sua escola e uma proposta pedagógica utilizando 
questões das avaliações de sistema, para ser desenvolvida na sua escola. 
os resultados das avaliações de sistemas 
como subsídio à ação suPervisora de 
Qualidade
Com o propósito de articular nossas discussões teóricas à realidade das 
escolas, acompanhamos, mais uma vez, a atuação da supervisora D. Ana. 
No capítulo anterior você aprendeu que as atribuições do supervisor 
escolar variam conforme o sistema de educação ao qual se refere. Na escola 
em que D. Ana trabalha, por exemplo, seu cargo de supervisora escolar foi 
substituído pelo de assistente técnico pedagógico. Assim, entre as atribuições 
previstas para seu novo cargo, D. Ana deve auxiliar na coleta de dados da 
escola e ajudar na elaboração do planejamento pedagógico.
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Pensando em como poderia contribuir para o planejamento pedagógico do 
próximo ano letivo, D. Ana decidiu elaborar um relatório sintetizando os resultados 
das últimas avaliações do Saeb e Prova Brasil. Seu objetivo foi identificar os 
pontos frágeis do aprendizado dos alunos, para que os professores pudessem 
planejar ações voltadas à melhoria da qualidade deste processo. 
Perceba que D. Ana pretende realizar um diagnóstico do processo de 
ensino-aprendizagem da sua escola, a partir dos resultados das avaliações 
externas. D. Ana focalizou inicialmente o Ensino Fundamental e iniciou a coleta 
dos dados.
Acompanhe passo a passo o caminho que D. Ana percorreu para coletar 
as informações necessárias ao seu relatório. 
 O Primeiro passo foi identificar os últimos resultados do desempenho da 
sua escola nas avaliações do Saeb/Prova Brasil, divulgados pelo INEP. 
Para isso D. Ana acessou: 
<http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-saeb/resultados>. 
Neste site ela encontrou um link para os resultados do Saeb/Prova Brasil 
das escolas, estados e municípios do ano de 2011 e de anos anteriores.
 
Veja os resultados encontrados por D. Ana no quadro a seguir: 
Quadro 4 - Resultados do Saeb/Prova Brasil - 2011 da escola da D. Ana
Fonte: Disponível em: <http://portal.inep.gov.br>. Acesso em: 08 out. 2012.
Segundo passo: ainda no mesmo site, D. Ana seguiu o link Escala de 
Proficiência do SAEB e consultou os documentos que descrevem a escala 
de desempenho de Língua Portuguesa e Matemática, no qual foi possível 
identificar o nível de proficiência da sua escola. 
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Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Veja o que D. Ana encontrou:
Conforme os pressupostos descritos nestes documentos, no que se refere 
ao desempenho dos alunos no Ensino Fundamental, sua escola encontra-se 
classificada entre os níveis 3 e 5 em ambas as áreas avaliadas. Para ter melhor 
clareza da situação da escola, D. Ana identificou as habilidades previstas para 
os alunos conforme nível de proficiência atingido. Observe nos quadros 2 e 3 
as informações apuradas:
Quadro 5 - Síntese das referências do SAEB para o desempenho 
em Língua Portuguesa no Ensino Fundamental
Níveis de Desempenho 
dos alunos em Leitura O que os alunos conseguem fazer nesse nível
Séries iniciais:
classificada no nível 3
Considerando que para atingir o nível 3 os alunos já dominam as 
habilidades de:
•	localizar informação (exemplo: o personagem principal, local e 
tempo da narrativa);
•	identificar o efeito de sentido decorrente da utilização de recur-
sos gráficos (exemplo: letras maiúsculas chamando a atenção 
em um cartaz); e identificar o tema, em um texto simples e 
curto.
•	localizar informações explícitas em textos narrativos curtos, 
informativos e anúncios;
•	identificar o tema de um texto;
•	localizar elementos como o personagem principal;
•	estabelecer relação entre partes do texto: personagem e ação; 
ação e tempo; ação e lugar;
•	localizar informação explícita. Exemplo: identificando, dentre 
vários personagens, o principal, e, em situações mais comple-
xas, a partir de seleção e comparação de partes do texto;
•	identificar o tema de um texto;
•	inferem informação em texto verbal (características do persona-
gem) e não verbal (tirinha); 
•	interpretar pequenas matérias de jornal, trechos de enciclopé-
dia, poemas longos e prosa poética; 
•	identificar o conflito gerador e finalidade do texto.
•	interpretar, a partir de inferência, texto não verbal (tirinha) de 
maior complexidade temática; 
•	identificar o tema a partir de características que tratam de senti-
mentos do personagem principal; 
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Séries finais:
classificada no nível 5
Além das habilidades descritas acima, no nível 5 os alunos ainda:
•	identificam o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação 
(reticências);
•	inferem a finalidade do texto;
•	distinguem um fato da opinião relativa a este fato, numa narrativa 
com narrador personagem;
•	distinguem o sentido metafórico do literal de uma expressão;
•	reconhecem efeitos de ironia ou humor em textos variados;
•	identificam a relação lógico-discursiva marcada por locução 
adverbial ou conjunção comparativa;
•	interpretam texto com apoio de material gráfico; 
•	localizam a informação principal. 
Os alunos do 9º ano ainda:
•	inferem o sentido de uma palavra ou expressão;
•	estabelecem relação causa/consequência entre partes e elemen-
tos do texto;
•	identificam o tema detextos narrativos, argumentativos e poéti-
cos de conteúdo complexo;
•	identificam a tese e os argumentos que a defendem em textos 
argumentativos;
•	reconhecem o efeito de sentido decorrente da escolha de uma 
determinada palavra ou expressão.
Fonte: Documento de Disponível em: <http://download.inep.gov.br/
educacao_basica/prova_brasil_saeb/escala/2011/escala_desempenho_
portugues_fundamental.pdf>. Acesso em: 08 out. 2012.
•	reconhecer elementos que compõem uma narrativa com temá-
tica e vocabulário complexos;
•	identificar, dentre os elementos da narrativa que contém discur-
so direto, o narrador observador;
•	selecionar entre informações explícitas e implícitas as corres-
pondentes a um personagem;
•	localizar informação em texto informativo, com estrutura e 
vocabulário complexos;
•	inferir a informação que provoca efeito de humor no texto;
•	interpretar texto verbal, cujo significado é construído com o 
apoio de imagens, inferindo informação; 
•	identificar o significado de uma expressão em texto informativo;
•	inferir o sentido de uma expressão metafórica e o efeito de 
sentido de uma onomatopeia;
•	interpretar história em quadrinho a partir de inferências sobre a 
fala da personagem, identificando o desfecho do conflito;
•	estabelecer relações entre as partes de um texto, identi-
ficando substituições pronominais que contribuem para a 
coesão do texto.
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Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Quadro 6 - Síntese das referências do SAEB para o 
desempenho em Matemática no Ensino Fundamental
O que os alunos conseguem fazer nesse nível
Considerando que para atingir o nível 4 os alunos já devem domi-
nar as habilidades de:
•	somar e subtrair números decimais;
•	fazer adição com reserva;
•	multiplicar e dividir com dois algarismos;
•	trabalhar com frações;
•	resolvem problemas de cálculo de área com base na contagem 
das unidades de uma malha quadriculada e, apoiados em repre-
sentações gráficas, reconhecem a quarta parte de um todo;
•	reconhecer o valor posicional dos algarismos em números 
naturais;
•	ler informações e dados apresentados em gráfico de coluna;
•	interpretar mapa que representa um itinerário.
•	calcular resultado de uma adição com números de três algaris-
mos, com apoio de material dourado planificado;
•	localizar informação em mapas desenhados em malha quadricu-
lada;
•	reconhecer a escrita por extenso de números naturais e a sua 
composição e decomposição em dezenas e unidades, conside-
rando o seu valor posicional na base decimal;
•	resolver problemas relacionando diferentes unidades de uma 
mesma medida para cálculo de intervalos (dias, semanas, horas 
e minutos).
No nível 4 os alunos devem ainda:
•	Ler informações e dados apresentados em tabela;
•	reconhecer a regra de formação de uma sequência numérica e 
dão continuidade a ela;
•	resolver problemas envolvendo subtração, estabelecendo rela-
ção entre diferentes unidades monetárias;
•	resolver situação-problema envolvendo: a ideia de porcentagem;
•	diferentes significados da adição e subtração; adição de núme-
ros racionais na forma decimal;
•	identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e 
corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas 
planificações.
Níveis de Desempenho
dos alunos em Matemática
Séries iniciais:
classificada no nível 4
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Os alunos do 5º e 9º anos, além das habilidades já descritas:
•	identificam a localização/movimentação de objeto em mapas, 
desenhado em malha quadriculada;
•	reconhecem e utilizam as regras do sistema de numeração de-
cimal, tais como agrupamentos e trocas na base 10 e o princípio 
do valor posicional;
•	calculam o resultado de uma adição por meio de uma técnica 
operatória;
•	leem informações e dados apresentados em tabelas;
•	resolvem problema envolvendo o cálculo do perímetro de figuras 
planas, desenhadas em malhas quadriculadas;
•	resolvem problemas: utilizando a escrita decimal de cédulas e 
moedas do sistema monetário brasileiro; estabelecendo trocas 
entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em 
função dos seus valores;
•	com números racionais expressos na forma decimal, envolvendo 
diferentes significados da adição ou subtração; 
•	reconhecem a composição e decomposição de números naturais, 
na forma polinomial;
•	identificam a divisão como a operação que resolve uma dada 
situação-problema;
•	identificam a localização de números racionais na reta numérica.
Os alunos do 9º ano ainda:
•	identificam a localização/movimentação de objeto em mapas e 
outras representações gráficas; 
•	leem informações e dados apresentados em gráficos de colunas; 
•	conseguem localizar dados em tabelas de múltiplas entradas;
•	associam informações apresentadas em listas ou tabelas ao 
gráfico que as representam e vice-versa; 
•	identificam propriedades comuns e diferenças entre poliedros e 
corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas 
planificações;
•	resolvem problemas envolvendo noções de porcentagem.
Séries finais: 
classificada no nível 5
Fonte: Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_
basica/prova_brasil_saeb/escala/2011/escala_desempenho_
matematica_fundamental.pdf>. Acesso em: 08 out. 2012.
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Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
O Terceiro e último passo foi agregar todas as informações em um único 
documento para expor aos professores no encontro de formação.
Neste encontro, que durou cerca de quatro horas, D. Ana divulgou 
o relatório aos professores, que revelaram não ter se surpreendido com 
os resultados, pois sabiam das dificuldades dos seus alunos na leitura e 
interpretação de textos. 
Durante a discussão, na tentativa de encontrar respostas para esta 
dificuldade, os professores concordaram, entre si, que o fato pode estar 
associado à falta de estrutura da escola, à quantidade excessiva de alunos por 
turma, à ausência da participação dos pais nos deveres de casa dos alunos, à 
falta de incentivo à leitura por parte das famílias, ao tempo excessivo dedicado 
à televisão ou à internet e à falta de compromisso e vontade do próprio aluno. 
Veja que em nenhum momento os professores avaliam sua participação no 
processo educativo e buscam respostas para além da relação professor-aluno. 
Esta é uma atitude comum, afinal, desconstruir um conceito já estabelecido é 
uma tarefa delicada, que exige constante reflexão e diálogo. Como nos alerta 
Freire (1980, p. 35):
O que mais custa a um homem saber, de maneira clara, 
é a sua própria vida, tal como está feita por tradição e 
rotina de atos inconscientes. Para vencer a tradição e a 
rotina, o melhor procedimento prático não se encontra nas 
ideias e nos conhecimentos exteriores e distantes, mas no 
questionamento da tradição por aqueles que se conformam 
com ela, no questionamento da rotina em que vivem... 
Os resultados das avaliações de sistemas indicando 
os níveis de aprendizagem em que se encontram os alunos 
fornecem pistas importantes para a escola. Porém, não podem 
ser considerados de forma isolada ou como retrato fiel de uma 
realidade. É necessário considerar os resultados das avaliações 
individuais realizadas pelos professores e os objetivos previstos 
no planejamento pedagógico.
Concluída esta parte da discussão, D. Ana distribuiu os boletins dos 
professores onde constavam as avaliações e notas atribuídas durante os três 
primeiros bimestres deste ano letivo e propôs que os professores do Ensino 
Fundamental avaliassem suas próprias avaliações (boletins), acerca do 
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
desempenho dos seus alunos, tomando como base as informações contidasno relatório e seus próprios planejamentos. Seu objetivo naquele momento 
foi provocar os professores para uma reflexão individual e coletiva sobre os 
pontos comuns entre os resultados das suas avaliações, os da Prova Brasil 
e o previsto nos seus próprios planejamentos, para que identificassem as 
fragilidades no processo educativo e as possíveis causas.
Em meio às discussões mediadas por D. Ana, os professores destacaram 
a dificuldade na leitura como ponto comum nos resultados de ambos os 
processos avaliativos, mas tiveram dificuldades em identificar em seus 
planejamentos os pressupostos do Saeb, descritos no relatório conforme o 
nível em que os alunos se encontravam em 2011. 
A reflexão coletiva permitiu aos professores reconhecerem 
a possibilidade de que a principal falha pode estar situada nas 
práticas de ensino. Entretanto, naquele momento não foram 
capazes de indicar caminhos para melhoria da qualidade desta 
prática, mas demonstraram interesse em buscar. Este movimento 
dialógico permitiu que os professores levantassem diversos 
questionamentos: O que fazer? Como fazer? Por onde começar? 
No próximo item você vai ver como os professores encontraram estas 
respostas. Mas, antes disso, que tal conhecer a situação da sua escola? 
Para isso é só seguir os mesmos passos de D. Ana.
Nós iremos lhe ajudar, vamos lá!
Acesse no portal do INEP o link: http://portal.inep.gov.br/web/
prova-brasil-e-saeb/resultados . 
Neste site você encontrará um link para os resultados do Saeb/Prova 
Brasil das escolas, estados e município do ano de 2011 e de anos anteriores. 
No link dos resultados, escolha o campo “Escola” e digite os dados da sua 
escola, assim você terá acesso à tabela com os resultados. 
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Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Agora, no mesmo site, siga o link Escala de Proficiência do SAEB e 
consulte os documentos que descrevem a escala de desempenho de Língua 
Portuguesa e Matemática da sua escola.
Pronto! Agora você já tem todos os dados de que precisa para sua próxima 
atividade de estudo.
Atividade de Estudos: 
1) A partir dos dados que você coletou em sua pesquisa, elabore 
um relatório expondo a situação da sua escola. Você pode 
escolher entre Saeb e Prova Brasil. No relatório devem constar:
a) Os resultados das últimas avaliações de sistema Saeb/Prova 
Brasil, realizada pela sua escola;
b) O nível em que a escola se encontra e a síntese do desempenho 
por área, conforme a escala de desempenho do Saeb. Consulte 
a tabela de D. Ana como modelo.
c) Com base nos boletins dos alunos da sua escola, aponte 
as principais vulnerabilidades identificadas em ambas as 
avaliações e explique como você chegou a esta conclusão.
Encaminhamentos:
• Você pode solicitar uma cópia do boletim dos professores na 
secretaria da escola. Para facilitar, compare apenas as notas 
das séries avaliadas pelo Saeb/Prova Brasil. 
Dicas:
Sempre que for possível, envolva a equipe gestora, assistente 
de educação e professores da sua escola nas atividades propostas. 
Relatório 
Síntese dos resultados da Prova Brasil/Saeb
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
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avaliação interna: a autoavaliação 
institucional, seus instrumentos e critérios
No item anterior você identificou os pressupostos das avaliações de 
sistemas da educação básica e já é capaz de traduzir e utilizar seus resultados 
de forma eficiente. 
Neste item, vamos retomar as discussões sobre avaliação interna ou 
autoavaliação da escola, para que você identifique os critérios e aprenda a 
orientar a construção de indicadores para a prática desta avaliação. 
Você também irá entender como a articulação dos resultados da avaliação 
de sistema e da autoavaliação pode se transformar numa importante alternativa 
pedagógica para a melhoria da qualidade da aprendizagem na sua escola.
Você aprendeu no capítulo anterior que a avaliação interna 
integra a avaliação realizada pelos próprios professores, 
funcionários, pais e alunos acerca do seu próprio desempenho e 
os resultados das avaliações do sistema.
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Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Participam da 
avaliação interna 
professores, gestores, 
funcionários, pais e 
alunos.
Para que a avaliação interna ou autoavaliação da escola possa, de fato, 
contribuir para a melhoria da qualidade educativa, alguns critérios básicos 
devem ser considerados. Veja o quadro abaixo:
Quadro 7 – Critérios para avaliação interna
•	É necessário que esta ação seja prevista no Projeto Político-Pedagógico e no Plano 
de Gestão da escola.
•	Deve ser realizada anualmente, considerando as orientações da legislação vigente.
•	O papel social da escola, bem como a qualidade do ensino-aprendizagem que se 
quer alcançar, precisam estar claros, não apenas no documento, mas para a comuni-
dade escolar como um todo.
•	É um processo autônomo e democrático da escola, devendo ser construído de forma 
coletiva e participativa, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos.
•	É por natureza diagnóstica e formativa, ou seja, tem a intenção de investigar se as 
ações realizadas durante o ano letivo atingiram os objetivos e metas traçados, desde 
o desempenho dos profissionais envolvidos �s condições oferecidas para tal, identifi-s �s condições oferecidas para tal, identifi-
cando os pontos falhos para serem reformulados. 
•	Os professores devem considerar seu planejamento anual como base para sua 
autoavaliação.
•	Reconhecer os erros é uma virtude, mas não basta. É preciso que os envolvidos 
tenham disposição para mudar e sejam capazes de tomar decisões individuais e 
coletivas, voltadas � efetivação das mudanças necessárias ao aprimoramento e � 
melhoria das ações educativas de forma responsável e comprometida.
•	É um processo que exige uma postura ética individual e coletiva, os sujeitos devem 
ser capazes de refletir criticamente sobre suas ações, e se comprometam com a 
verdade. 
•	A multiplicidade dos sujeitos envolvidos no processo deve ser reconhecida, respeita-
da, e a avaliação deve proceder de forma dialógica, fundamentada no respeito e na 
cordialidade.
•	É preciso compreender que as mudanças almejadas nem sempre são da mesma 
natureza, considerando que algumas delas podem envolver interesses políticos e 
econômicos, competindo assim em uma rede de relações de poder.
•	As ações de mudanças devem ser viáveis, do ponto de vista da instituição, portanto 
os envolvidos devem ter conhecimento e consciência dos limites e possibilidades 
para a sua execução.
•	É impreterível que a escola considere os resultados das avaliações de sistemas 
como norteadores da avaliação pedagógica e na autoavaliação do professor. 
•	Finalmente,deve ser vista como um movimento dialético e, como tal, sujeito a contra-
dições inerentes � sua própria natureza. 
Fonte: A autora.
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
O supervisor pode, a 
partir da sua leitura 
da realidade escolar, 
organizar e explicitar 
os problemas de forma 
que todos possam 
tomar conhecimento.
E qual é o papel do supervisor escolar no processo de 
autoavaliação institucional? 
Respondendo a esta pergunta, podemos dizer que a atuação do supervisor 
escolar é imprescindível, pois, em geral, é ele que se encarrega de criar 
mecanismos para sensibilizar a comunidade escolar da necessidade de avaliar 
a escola, destacando a importância da presença e da participação de cada 
um, tanto no processo de elaboração como da implantação da autoavaliação. 
Você acompanhou a atuação de D. Ana, no item anterior, 
e viu que, sem muito esforço, ela sensibilizou os professores 
para a necessidade de se autoavaliarem. Para isso, ela utilizou 
os resultados das avaliações dos sistemas para problematizar 
o processo de ensino-aprendizagem, o que demonstrou ser um 
bom começo.
Entretanto, uma avaliação interna exige o envolvimento de outros sujeitos 
e de outros segmentos envolvidos, como a gestão da escola e os pais. 
Um início possível para essa atividade é criar um mural que vamos chamar 
de “mural especulativo”, expondo a situação real de cada segmento da escola 
e sugerir que, nos encontros pedagógicos previstos, os pontos destacados no 
quadro sejam discutidos no coletivo. 
Você deve estar se questionando: como fazer isso na minha 
escola, frente a uma rotina tão conturbada?
Não podemos lhe dar uma resposta precisa, pois só você conhece sua 
realidade. Mas sabemos que envolver professores, gestores, pais e alunos 
num mesmo contexto para que realizem um processo de avaliação não se 
constitui numa tarefa simples, tampouco fácil, mas não impossível. O que 
precisa mesmo é disposição para começar. Quer saber como? Vamos lhe 
contar brevemente sobre nossa experiência:
87
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
•	 O início de tudo
Na discussão realizada na escola de D. Ana, vimos que professores 
reconheceram a necessidade de avaliar as práticas de ensino, mas ainda não 
sabiam o que fazer como fazer, nem por onde começar.
Na perspectiva de contribuir com nossos estudos, ajudamos D. Ana a 
encontrar caminhos para sensibilizar os professores e gestores da sua escola 
para a necessidade de realizarem uma avaliação interna. Nosso objetivo foi 
verificar as reais possibilidades de realizar a atividade proposta e o nível de 
interferência que esta poderia incidir no seu cotidiano.
•	 Sobre os procedimentos metodológicos
Nessa seção você vai acompanhar os procedimentos e os instrumentos 
utilizados por D. Ana para coletar os dados de nossa pesquisa. Observe que 
para cada ação há um objetivo previamente definido. Isso ajudou D. Ana a não 
perder o foco nas suas observações. 
1ª parte: a coleta de dados
D. Ana dedicou uma semana observando, ouvindo e registrando 
comentários e partes de diálogos entre professores e gestores, pais e gestores, 
alunos e gestores, professores e professores, alunos e alunos. O foco da sua 
observação estava nas reclamações. 
Nosso objetivo foi reunir argumentos capazes de sensibilizar a comunidade 
escolar para a necessidade de uma avaliação interna.
2ª	parte:	a	elaboração	e	afixação	do	mural
De posse dos dados coletados, D. Ana elaborou um mural em papel craft, 
destacando separadamente as seguintes questões: queixas dos professores; 
suas observações individuais; queixas dos alunos; queixas dos pais; queixas 
da gestão. 
O mural foi afixado na sala dos professores, sem maiores explicações 
para sua ação. Nosso objetivo com isso é mostrar, a partir de dados reais, 
como ações simples e possíveis de serem realizadas no cotidiano podem 
contribuir para provocar uma reflexão coletiva. Agora vamos ver como ficou o 
mural de D. Ana:
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 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Quadro 8 - “Mural especulativo” de uma escola de educação básica 
Período: 
2º semestre/2012 Observações da comunidade escolar 
Queixas dos 
professores
•	A quadra de esportes está com buracos e os alunos estão se 
machucando;
•	Tenho vários alunos no 5º ano que não estão alfabetizados, não 
conseguem acompanhar o conteúdo e terei que aprová-los por 
decreto. 
•	Os alunos do Ensino Médio apresentam dificuldades de 
interpretação e não são capazes de produzir uma análise crítica de 
um texto.
•	Os alunos falam tantos palavrões uns aos outros, se tratam aos 
socos, não respeitam ninguém.
•	Os pais não ajudam nos deveres de casa, não aparecem na esco-
la, não estão nem aí. Depois querem que o filho aprenda. Como? 
O que eu posso fazer?
•	Meu salário é tão baixo que não paga meus esforços.
Observações da 
supervisora
•	A maior dificuldade dos alunos é a leitura e os professores estão 
considerando uma possível fragilidade nas suas práticas de ensino; 
•	O IDEB da escola subiu de 2,8 para 3,4. Será que houve melho-
ra na aprendizagem ou será que o aumento foi provocado pela 
progressão automática? 
•	Os alunos do Ensino Médio noturno não conseguem chegar em 
tempo para a primeira aula. Eles saem do trabalho �s 18 horas e a 
aula começa �s 18h25min. Mal conseguem assistir 10 minutos da 
aula e ainda com pouca vontade;
•	A turma do primeiro ano do Ensino Médio iniciou o ano letivo com 
38 alunos. No início do segundo semestre computei 26 alunos fre-
quentando. No sistema não acusa transferência para outra escola, 
ou seja, tivemos evasão. 
Queixas dos 
alunos
•	A professora falta muito, está sempre doente e não estamos apren-
dendo nada. 
•	O sinal da escola tem um som muito estridente, deixa todo mundo 
na sala irritado, parece sirene de fábrica. 
•	A professora não deixa ir ao banheiro na aula dela, por isso eu fujo.
•	Não fiz as tarefas porque o conteúdo é muito chato, não entendo 
nada;
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Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Para realizar uma 
ação de qualidade, 
o supervisor escolar 
deve ter clareza dos 
objetivos a serem 
alcançados.
Queixa dos pais
•	O portão da escola abre �s 13 horas, os alunos que são atendidos 
no Projeto da Associação de Bairro saem �s 12h30min horas e vão 
direto para a escola. Enquanto o portão não abre, eles ficam na 
rua, no sol ou na chuva e correndo riscos.
•	Meu filho chega em casa todos os dias chorando porque os cole-
gas o chamam de gordo. Ele não quer mais vir para a escola.
Queixas da 
Gestão
•	A Gerência determinou que os professores fossem obrigados a vir 
trabalhar no sábado para fechar o calendário dos 200 dias letivos. 
Ninguém aguenta mais isso e a maioria já avisou que não vem 
porque não há o que fazer no sábado.
•	Os pais estão exigindo que a direção tome uma atitude rígida a 
respeito das meninas do 7º ano que resolveram, de uma hora para 
outra, ficar se beijando na boca. Parece que a moda está pegando 
no 6º ano também, pois já peguei duas no corredor se agarrando. 
Isso vai dar confusão.
•	Temos 40 mil reais na conta, um monte de coisas faltando e não 
podemos usar o dinheiro porque corresponde ao Projeto Mais 
Educação. Não estamos executando o projeto, temos que devolver 
a verba e continuar com as necessidades.
Fonte: Texto elaborado pela autora a partir de observações 
realizadas em uma das escolas acompanhadas.
Conforme o relato de D. Ana, não houve necessidade de dispor de tempo 
ou material extra para realizar as observações e anotações previstas. O 
mesmo caderno que comumente mantém em mãos para anotar suas tarefas 
diárias foi utilizado para anotar as observações. O mural foi confeccionado 
durante a coletade dados e ocupou cerca de meia hora para ser finalizado.
Também não precisou interferir nas atividades dos colegas para coletar 
os dados, pois é parte do seu cotidiano receber os pais logo pela manhã 
quando trazem seus filhos e, por vezes, não é incomum alguns reclamarem 
de alguma coisa.
Para coletar os demais dados, bastou circular pelos corredores e sala de 
professores, o que é comum na sua rotina.
Verificamos, com isso, que a atividade proposta é viável de ser aplicada 
em outras escolas. O tempo e as tarefas cotidianas do supervisor escolar não 
são impeditivos. Lembrando apenas que para realizar uma ação de qualidade 
o supervisor deve ter clareza dos objetivos que quer alcançar.
90
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
3ª	parte:	curiosidade	e	perplexidade	no	grupo
Conforme o combinado, no dia em que D. Ana afixou o mural na sala dos 
professores, acompanhamos a entrada dos dois turnos, matutino e vespertino. 
Observamos que à medida que os professores entravam na sala para 
tomarem o cafezinho e assinarem o ponto, liam curiosos e perguntavam sobre 
o significado daquilo. Alguns manifestavam sua perplexidade e questionavam 
as anotações, não se reconhecendo nas suas próprias queixas. D. Ana não 
se manifestou. Naquele momento, apenas ouviu. Nosso interesse não estava 
focado no conteúdo da discussão, mas no efeito causado pela ação.
Nesse momento, percebemos que o nosso objetivo foi alcançado. 
Provocamos aqueles sujeitos a perguntarem e não a responderem ou 
justificarem as questões ali colocadas. Veja que uma ação simples da 
supervisora originou uma polêmica discussão naquele contexto.
Lembre-se de que uma ação pode ser simples, mas não pode 
ser despretensiosa. Para que provoque a transformação de uma 
realidade, precisa ter intencionalidade. O supervisor precisa ter 
clareza do que quer saber, por que e para que quer saber, o que e 
como vai fazer com os resultados encontrados. 
4ª parte: buscando parcerias
 A iniciativa de D. Ana provocou nos professores e gestores a 
necessidade de repensar algumas questões, pois nem mesmo eles próprios se 
davam conta do que reclamavam. D. Ana propôs ao grupo uma reflexão sobre 
o processo de avaliação interna e a relevância da mesma para a melhoria da 
qualidade educativa naquela escola. Apesar de a grande maioria não conhecer 
o processo, houve disposição do grupo para iniciar uma discussão, a partir dos 
dados constantes no mural. 
Lembre-se: a parceria e o apoio da gestão escolar são 
fundamentais ao trabalho do supervisor no que se refere à 
organização do tempo e espaço para discussões coletivas.
91
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
5ª parte: o encontro com os professores
No primeiro encontro para discussão sobre o processo de avaliação 
interna da escola, os professores foram divididos em pequenos grupos e 
orientados à leitura de alguns textos sobre avaliação institucional, para 
subsidiar a discussão coletiva. 
O “mural especulativo” foi considerado o norteador da discussão 
naquele momento. Neste processo, coube a D. Ana subsidiar o grupo no 
desenvolvimento de uma metodologia apropriada para a realização da 
avaliação interna, ou seja, partindo das questões apontadas no mural, os 
grupos foram estimulados a responder coletivamente às seguintes questões: 
• Para que avaliar (finalidade)
• O que avaliar (objetos)
• Quem avalia (sujeitos)
• Como avaliar (procedimentos)
• Quando avaliar (periodicidade)
O objetivo destas questões é identificar a dimensão dos problemas 
observados na escola. Já haviam identificado as práticas pedagógicas como 
problema mais significativo naquele momento, e o desafio seguinte foi elaborar 
um plano de ação para orientar o processo de avaliação, ou seja, definir as 
responsabilidades na construção e na implantação do processo. 
Tendo em vista que a maioria absoluta dos professores participou da 
elaboração ou da revisão do PPP da escola, o grupo decidiu que deveria 
começar as discussões a partir de reflexões sobre suas práticas. Este seria 
um exercício inicial e, portanto, todos seriam responsáveis pelo mesmo tema, 
pois o momento ainda não era apropriado para uma avaliação interna com a 
participação de todos os segmentos. 
O “objeto” a ser avaliado deveria ser o processo de ensino-aprendizagem. 
A “finalidade” era identificar fatores que influenciam e/ou determinam o não 
aprendizado dos alunos nas séries iniciais. Os “sujeitos” a serem avaliados 
seriam os próprios professores, ou seja, seria uma autoavaliação docente. 
Para ajudar a problematizar a questão, D. Ana disponibilizou o PPP da 
escola, os boletins e as atas do último conselho de classe, que deu início ao 
exercício de reflexão individual e coletiva. 
92
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Saber é necessário, 
mas também é preciso 
saber fazer!
D. Ana provocou os colegas pedindo que relessem suas próprias anotações 
nas atas do conselho de classe e buscassem no Projeto Político-Pedagógico 
– PPP da escola pelo menos uma justificativa para suas avaliações e para os 
procedimentos sugeridos para melhoria.
Atividades de Estudos: 
 Com base nas informações coletadas nas atas dos conselhos 
de classe do Ensino Fundamental na escola de D. Ana, as 
justificativas encontradas pelos professores para sua avaliação 
e sobre os procedimentos a serem adotados para melhorar 
resumem-se em:
 Avaliamos o desempenho escolar dos alunos individualmente 
com base no conteúdo trabalhado, a relação professor/aluno, o 
relacionamento entre os próprios alunos e questões referentes 
ao processo pedagógico. 
 Quanto aos procedimentos: (por ordem de prioridade)
 Cobrar dos pais compromisso com a educação dos filhos a 
partir das seguintes atitudes: 
- comparecer na escola todas as vezes em que é chamado pelo 
professor;
- ajudar as crianças nos deveres de casa;
- ensinar às crianças que durante a aula devem prestar atenção 
na explicação do conteúdo e não ficar conversando com o 
colega ou brincando;
- fiscalizar os cadernos para ver se o filho cumpriu as tarefas 
diárias;
- fixar horários de estudo em casa; 
- manter o material do aluno em dia;
- levar para uma avaliação com psicólogo para verificar 
possibilidade de déficit de atenção e hiperatividade; 
Cobrar da escola:
- ajuda da coordenação pedagógica e da direção para cobrar 
atitude dos pais;
- dar advertência aos alunos que ficam brincando durante a aula 
e mandar bilhete para os pais comunicando o ocorrido;
93
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
- chamar os alunos com média abaixo de 5 para uma conversa 
no gabinete da direção;
 Agora, com base na sua observação, reflita e expresse sua 
opinião sobre a seguinte questão: 
1) A que fatores os professores atribuem a responsabilidade do 
não aprendizado dos seus alunos? 
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
2) O que justifica sua resposta?
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________________________________________________________
3) Com base na sua visão de educação, quais as possíveis 
soluções para a melhoria da aprendizagem destes alunos?
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
 ________________________________________________
94
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Não existe modelo 
único para avaliação 
institucional. Cada 
escola deve construir 
sua proposta com base 
no PPP e na dimensão 
dos problemas 
constatados.
Alguns professores continuaram defendendo os argumentos apontados 
nas atas, outros demonstraram insegurança em confirmar seus próprios 
argumentos e, na dúvida, não expressaram suas opiniões. Alguns questionaram 
seus próprios argumentos. 
Por fim, as discussões apontaram o “Planejamento” 
como o primeiro indicador a ser avaliado no quesito “práticas 
pedagógicas”. O grupo optou pela utilização de um questionário 
como “procedimento” para a coleta dos dados. 
A partir dessa iniciativa, o grupo foi subdividido por área de conhecimento 
e, no caso das séries iniciais, por ciclos, para reflexão individual e coletiva. As 
atividades foram encerradas com a apresentação dos subgrupos das questões 
propostas ao questionário. D. Ana registrou as questões propostas para que 
pudessem dar andamento às atividades na próxima oportunidade de encontro.
Veja como ficou o questionário elaborado pelos professores, no quadro a 
seguir:
Quadro 9 - Questionário de autoavaliação do professor
Indicador de qualidade
 PLANEJAMENTO
a) Utilizei o PPP da escola para subsidiar o meu planejamento anual? Por quê?
b) Os objetivos e as atividades por mim propostas no planejamento atendem aos objeti-
vos propostos no PPP da escola, no que se refere � qualidade da aprendizagem que se 
quer alcançar? Em quais pontos?
c) Meu planejamento foi elaborado em conjunto com outros professores da minha área/
série? Qual foi o objetivo disso?
d) Planejo minhas aulas diariamente? Por que e no que me baseio para isso?
e) Utilizei os resultados ou alguma atividade das avaliações de sistemas realizadas na 
escola para subsidiar meu planejamento? O que e como utilizei?
f) Já li o relatório pedagógico das avaliações de sistemas que meus alunos participam? 
Qual a fragilidade dos alunos que mais se destaca nestes relatórios? Por que não leio? 
g) Ao elaborar uma avaliação para meu aluno, procuro sempre partir dos objetivos 
propostos no meu plano de ensino? Em geral, as respostas dos alunos atendem meus 
objetivos? 
h) Costumo estabelecer metodologias adequadas a cada tipo de atividade proposta? No 
que me baseio para isso? 
i) Por que acho que alguns dos meus alunos apresentam dificuldades recorrentes de 
aprendizado?
Fonte: A autora.
95
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Apesar de constatarmos que poucas escolas de educação básica 
conhecem e realizam a avaliação interna, a proposta para essa prática já vem 
sendo discutida desde 2004.
Para auxiliar o processo de elaboração do instrumento de autoavaliação 
das escolas de educação básica, o Ministério da Educação/INEP, UNICEF, 
PNUD e Ação Educativa elaboraram coletivamente uma cartilha intitulada 
“Indicadores de Qualidade na Educação (2004)”. Nesta cartilha são propostas 
sete dimensões a serem consideradas pela escola na construção do seu 
instrumento avaliativo, que se fundamentam basicamente em: ambiente 
educativo; prática pedagógica; avaliação; gestão escolar democrática; 
formação e condições de trabalho dos profissionais da escola; ambiente físico 
e acesso, permanência e sucesso dos alunos na escola.
Texto	1: O artigo “Avaliação Institucional da Escola: conceitos, 
contextos e práticas” apresenta os resultados de uma pesquisa 
realizada pela Professora Mary Ângela Brandalise que teve como 
objetivo analisar a relação da/na avaliação da escola e a qualidade 
educativa. A autora discute a importância de os professores 
reconhecerem a interdependência dos processos de avaliação 
educativa e avaliação institucional para a melhoria da qualidade 
educativa.
Leia mais em: BRANDALISE, Mary Ângela. “Avaliação 
Institucional da Escola: conceitos, contextos e práticas”. Olhar de 
Professor, Ponta Grossa, v. 13, nº 2, 2010. Disponível em: <http://
www.revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/issue/view/282/
showToc>. Acesso: em: 27 ago. 2012.
Texto	 2: O texto “Indicadores da qualidade na educação” é 
uma cartilha publicada pelo Ministério da Educação - MEC que 
traz um roteiro que orienta a escola nos processos de avaliação 
institucional. O roteiro contribui para que a escola identifique suas 
vulnerabilidades e elabore seu plano de ação para melhoria da 
qualidade educativa.
Leia mais em: AÇÃO EDUCATIVA. Indicadores da qualidade 
na educação. São Paulo: Ação Educativa, 2004. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua.
pdf>. Acesso: em: 27 ago. 2012.
96
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Texto	 3: No artigo “Avaliação Institucional na Escola de 
Educação Básica: uma aproximação orientada pelos princípios da 
participação”, Adilson Dalben discute parte dos resultados da sua 
dissertação de mestrado, na qual visou identificar os aspectos que 
influenciaram a implantação da avaliação institucional numa escola 
de São Paulo, pautado no conceito de qualidade negociada.
Leia mais em: DALBEN, Adilson. Avaliação Institucional na 
Escola de Educação Básica: uma aproximação orientada pelos 
princípios da participação. Teoria e Prática, Rio Claro, v. 22, nº 
40, 2012. Disponível em: <http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.
br/index.php/educacao/article/view/4090>. Acesso: em: 27 ago. 2012.
Não deixe de ler os textos indicados.
Conforme você pôde observar na leitura dos textos, não há uma única 
maneira de conduzir uma avaliação institucional interna, assim como não 
existe um único modelo capaz de atender a todas as escolas, pois cada uma 
tem sua especificidade. Dessa forma, cada escola deve construir sua proposta 
de avaliação com base no seu Projeto Político-Pedagógico e na dimensão dos 
problemas constatados.
Atividade de Estudos: 
1) Agora que você já conhece um pouco mais sobre avaliação 
institucional interna e autoavaliação docente, seu desafio é 
elaborar o esboço de uma proposta para avaliação institucional 
interna (autoavaliação) participativa da sua escola.
Encaminhamentos: 
• No capítulo 2 você respondeu e aplicou em sua escola um 
questionário sobre avaliação institucional e produziu um 
texto com suas reflexões críticas acerca dos resultados.
• Seu material de apoio será o texto produzido no capítulo 2, a 
cartilha “Indicadores de qualidade da educação”, o relatório 
dos resultados das avaliações de sistemas da sua escola, e 
os textos nº 1, 2 e 3.
97
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
• Para facilitar, utilize o Quadro 7, “Síntese dos indicadores 
de qualidade”, circule as dimensões e indicadores que se 
aproximam das necessidades identificadas no seu contexto 
escolar e elabore um instrumento para coleta de dados na 
sua escola.
• Caso os indicadores não contemplem sua realidade, você 
poderá acrescentar ao quadro.
• Utilize o modelo constante no Anexo 1 deste caderno para 
escrever sua proposta.
Dica: Lembre-se de que sua proposta é apenas um exercício. 
Para que seja válida, deve ser construída coletivamente.Fonte: A autora.
Quadro 10 - Síntese dos Indicadores de qualidade
 DIMENSÕES INDICADORES COLETA DE DADOS
Ambiente 
educativo
•	Amizade e solidariedade
•	Alegria
•	Respeito ao outro 
•	Combate � discriminação
•	Disciplina e tratamento adequado aos 
conflitos que ocorrem no dia a dia
•	da escola
•	Respeito aos direitos das crianças e 
dos adolescentes
Descreva atividades para coleta 
dos dados.
 __________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
Prática 
pedagógica e 
avaliação
Projeto Político-Pedagógico definido e 
conhecido por todos
Planejamento
Contextualização
Prática pedagógica inclusiva
Formas variadas e transparentes de 
avaliação dos alunos
Monitoramento da prática pedagógica 
e da aprendizagem dos alunos
 __________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
98
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Ensino e 
aprendizagem 
da leitura e da 
escrita
Orientações para a alfabetização inicial 
implementadas
Existência de práticas alfabetizadoras 
na escola
Atenção ao processo de alfabetização 
de cada criança
Ampliação das capacidades de leitura 
e escrita dos alunos ao longo do
Ensino Fundamental
Acesso e bom aproveitamento da 
biblioteca ou sala de leitura, dos equi-
pamentos de informática e da internet
Existência de ações integradas entre a 
escola e toda a rede de ensino
com o objetivo de favorecer a aprendi-
zagem da leitura e da escrita
 __________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
 __________________________
___________________________
___________________________
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___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
Gestão esco-
lar democrá-
tica
Informação democratizada
Conselhos escolares atuantes
Participação efetiva de estudantes, 
pais, mães e comunidade em geral
Acesso, compreensão e uso dos indi-
cadores oficiais de avaliação da escola 
e das redes de ensino
Participação em programas de repasse 
de recursos financeiros
 __________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
Formação e 
condições de 
trabalho dos
profissionais 
da escola
Suficiência e estabilidade da equipe 
escolar
Assiduidade da equipe escolar
 __________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
99
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Ambiente 
físico escolar
Suficiência do número de instalações, 
equipamentos e recursos, sua qualida-
de e uso
 __________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
Acesso e 
permanência 
dos alunos na 
escola
Atenção especial aos alunos que 
faltam
Preocupação com o abandono e a 
evasão
Atenção especial aos alunos com algu-
ma defasagem de aprendizagem
 __________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
___________________________
Fonte: MEC. Indicadores de Qualidade da Educação, 2004.
avaliações institucionais como alternativa 
Pedagógica Para o Professor
Até aqui você aprendeu sobre como os resultados das avaliações de 
sistema, somados ao processo de avaliação interna da escola, podem subsidiar 
um planejamento pedagógico voltado para a melhoria do processo educativo. 
Agora você vai ver como as avaliações de sistema podem ser utilizadas 
também como recurso pedagógico em sala de aula e qual a participação do 
supervisor escolar nesta ação.
Para isso, trouxemos alguns relatos de experiências realizadas por um 
grupo de professores atuantes na educação básica, que utilizaram questões 
do ENEM como subsídio pedagógico em aulas de Ciências em turmas de 
Ensino Fundamental, Médio e da Educação de Jovens e Adultos. 
100
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Texto	 1:	 No artigo “As condições de produção da leitura 
do ENEM e as possibilidades pedagógicas no Ensino Médio”, os 
autores apresentam o relato de experiência de uma coordenadora 
pedagógica da rede pública de ensino, que demonstra as 
possibilidades de utilização das questões das provas do ENEM 
como subsídio pedagógico para o professor. Ao mesmo tempo, o 
texto revela possibilidades de atuação direta do supervisor escolar 
no processo de ensino-aprendizagem. 
Leia mais em: CUNHA, F. S. R.; SIMAS FILHO, J.P.; 
CASSIANI, S. As condições de produção da leitura do ENEM 
e as possibilidades pedagógicas no Ensino Médio. 2011. 
Disponível em: <http://www.esocite.org.br/eventos/tecsoc2011/
cd-anais/arquivos/pdfs/artigos/gt005-algumasarticulacoes.pdf>. 
Acesso em: 28 ago. 2013.
Texto	2:	Luiz Carlos Marinho é professor de Matemática com 
experiência de mais de 20 anos de docência. No texto indicado, 
o professor discute os resultados de um estudo realizado com 
estudantes de 9º ano do Ensino Fundamental, de escolas da 
rede pública de ensino, no qual apresenta uma análise dos erros 
cometidos pelos alunos em uma avaliação simulada da avaliação 
nacional, na disciplina de Matemática. O objetivo do estudo foi 
sugerir metodologias de ensino-aprendizagem voltadas para a 
superação das deficiências encontradas. 
Leia mais em: SILVA, L.C.M. Análise do rendimento escolar de 
turmas do 9º ano no simulado de matemática da Prova Brasil: um 
estudo exploratório na rede pública municipal de Duque de Caxias/
RJ. 2010. Disponível em: <http://www.unigranrio.br/unidades_
adm/pro_reitorias/propep/stricto_sensu/cursos/mestrado/ensino_
ciencias/galleries/downloads/produtos/produto_luiz_carlos_
marinho.pdf >. Acesso em: 28 ago. 2013.
Não deixe de ler os textos indicados.
101
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
Atividade de Estudos: 
1) Com base nos relatos apresentados nos textos nº 4, 5 e 6, 
elabore uma proposta na qual as questões das avaliações 
de sistemas possam ser utilizadas pelo professor e/ou pelo 
supervisor escolar, como ferramenta para diagnosticar o nível 
de desempenho da turma. A proposta deve ser aplicável em até 
10 horas/aula. 
Encaminhamentos: 
• Identifique a maior fragilidade apontada no seu relatório 
síntese dos resultados do Saeb/Prova Brasil, escolha uma 
série/ano e/ou disciplina para elaborar a proposta;
• Se preferir focalizar o ensino, pode utilizar as provas do 
ENEM;• Utilize os textos nº 4, 5 e 6 como subsídio para escrever sua 
proposta.
• Utilize a escala de desempenho do Saeb como parâmetro 
para seu diagnóstico. 
Dica:
Para que sua proposta reflita a realidade da sua escola, 
convide o professor da turma e/ou disciplina para ser seu parceiro 
nesta atividade. 
Se for possível aplicar a atividade proposta, faça isso em 
parceria com o professor.
Ambos ganharão com isso! 
102
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
algumas considerações
Encerramos mais uma etapa do nosso estudo sem, porém, encerrarmos 
as discussões sobre os processos e as práticas de avaliação na educação.
Neste capítulo, voltamos o nosso foco às avaliações de sistema da 
educação básica – SAEB, identificando e refletindo com você sobre os 
pressupostos destas avaliações. Com isso, você aprendeu a realizar uma 
leitura mais objetiva dos resultados de desempenho da sua escola e foi capaz 
de elaborar um relatório apontando as principais fragilidades do processo de 
ensino-aprendizagem no seu contexto escolar. 
Estamos certos de que você despertou a atenção dos professores e 
gestores da sua escola para a necessidade de uma autoavaliação institucional 
participativa e esboçou uma proposta para esta avaliação, baseada nas 
dificuldades reais da sua escola.
Além disso, você aprendeu a utilizar os resultados das avaliações de 
sistema como alternativa pedagógica para a melhoria da qualidade da 
aprendizagem e elaborou uma proposta pedagógica que pode ser desenvolvida 
pelos professores.
Estamos certos de que você compreendeu que ações simples do 
supervisor escolar podem contribuir de forma significativa para a melhoria da 
aprendizagem dos alunos da sua escola. 
No próximo capítulo daremos continuidade aos nossos estudos sobre o 
tema, revisando alguns conceitos e práticas de avaliação da aprendizagem em 
diferentes perspectivas pedagógicas, porém, nosso foco será a avaliação da 
aprendizagem participativa. 
referências bibliográficas
BRASIL; MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; INEP. SAEB/Prova Brasil 2011 - 
primeiros resultados. 2011. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/
educacao_basica/prova_brasil_saeb/resultados/2012/Saeb_2011_primeiros_
resultados_site_Inep.pdf>. Acesso: 08 out. 2012.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Planejamento 
político-estratégico. Brasília, 1995.
103
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
______. Lei nº. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de 
Educação e dá outras providências. Diário	Oficial	[da]	República	Federativa	
do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso: 4 nov. 2011.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação – uma 
introdução	ao	pensamento	de	Paulo	Freire. 3. ed. São Paulo: Moraes, 
1980.
ANEXO 1
Orientações para a construção da proposta de autoavaliação participativa 
na sua escola.
MODELO
CABEÇALHO PADRÃO UNIASSELVI 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SUPERVISÃO ESCOLAR
PROJETO 
 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARTICIPATIVA
Primeira etapa: autoavaliação docente
Nome da sua escola
SEU NOME
Sua função/cargo
LOCAL, ano
104
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA (apresentação)
2.1. Problema
2.2. Justificativa
3. OBJETIVOS DA AUTOAVALIAÇÃO
3.1. Geral
3.2.	Específicos
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4.1. Objetos integrados à autoavaliação (ex: relatório dos 
resultados, PPP, etc)
4.2. Dinâmica de sensibilização 
4.3.	Identificação	da	dimensão	a	ser	avaliada
4.4. A escolha do Indicador(es) de Qualidade
5. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO
6.2. Planejamento das ações
6.3. Parâmetros a serem utilizados
6. APLICAÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO
6.2. Tabulação dos dados;
6.3. Resultados
6.3. Encaminhamentos previstos
APÊNDICE
Relatório “Síntese dos resultados da Prova Brasil/SAEB – 
2011
ANEXOS
105
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
1. INTRODUÇÃO: 
A avaliação institucional da Escola XXXX será desenvolvida pela 
comunidade escolar em diversas etapas, a serem consideradas conforme a 
necessidade surgida durante o ano letivo de 2012. A finalidade é promover a 
melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem da escola. Este 
projeto apresenta uma proposta para autoavaliação docente, como primeira 
etapa da avaliação institucional.
Nesta etapa da avaliação o objeto a ser avaliado refere-se ao 
processo de ensino-aprendizagem e a finalidade é identificar fatores que 
influenciam e/ou determinam o não aprendizado dos alunos nas séries 
iniciais. Para tanto, os sujeitos a serem avaliados são os professores, 
que deverão se autoavaliar, respondendo a um questionário construído 
coletivamente, que aponta o Planejamento como indicador de qualidade. 
Esta proposta inicia-se com um breve histórico da instituição; em 
seguida, apresenta os objetivos da avaliação; XXXXXXXXXXXXXXXXXX e, 
por fim, apresenta um cronograma de trabalho conforme as ações definidas 
e o tempo/espaço a ser disponibilizado pela gestão da escola.
1. CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA 
Apresente sua escola. Para isso recorra ao texto produzido no 
trabalho final do capítulo 1.
Exemplo:
A Escola de Educação Básica XXXXXXX localiza-se no Conjunto 
Habitacional XXXXXX que corresponde ao bairro XXXXXX, na cidade 
de Florianópolis-SC, atendendo alunos de ensino de 1º ano do Ensino 
Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. A estrutura da escola está 
organizada XXXXXXXXXXXXX. Não há quadra coberta para as 
atividades de Educação Física. Estas são realizadas no espaço externo 
demarcado por três quadras em situação precária. A estrutura física 
do prédio encontra-se em situação de abandono, com rachaduras nas 
paredes, buracos no teto, portas e janelas deterioradas pelo tempo e 
com problemas de iluminação.
A unidade escolar possui atualmente 1.080 alunos matriculados 
entre os períodos matutino, e noturno, XXXXXXXX. Possui Associação 
de Pais e Professores – APP, Conselho Deliberativo e Grêmio Estudantil, 
porém pouco participativos no que se refere às tomadas de decisões 
sobre a escola.
106
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas
O quadro de pessoal consta de 40 professores efetivos, incluindo 
Diretor de Escola, Assessor de Direção, Secretária e três pedagogas 
habilitadas em supervisão escolar no cargo de assistente técnico 
pedagógico, XXXXXXXXXXX.
Conforme os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos 
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, a escola se 
apresenta com o nível de desenvolvimento da educação básica – IDEB, 
XXXXXXXXXXX em 2011. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
1.1. Problema
1.2. 
No ano de 2011 a escola apresentou como resultado da Prova Brasil/
Saeb um desempenho abaixo do esperado, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
1.3. Justificativa
Com base nos resultados das avaliações e na iniciativa da 
supervisora escolar, os professores perceberam a necessidade de 
uma autoavaliação XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXX 
1. OBJETIVOS DA AUTOAVALIAÇÃO
3.1. Geral
O que pretende alcançar
3.2.	Específicos
Como pretende alcançar (ações)
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4.1. Objetos integrados à autoavaliação
 (ex: documentos agregados, relatório dos resultados, PPP, etc)
4.2. Dinâmica de sensibilização
(como você se sensibilizou ou pretende sensibilizar os 
professores e gestores) 
107
Práticas de avaliação institucional em educação Capítulo 3 
4.3.	Identificação	da	dimensão	a	ser	avaliada
(Como você identificou os indicadores, que parâmetros 
utilizou, etc.)
4.4. A escolha do Indicador(es) de Qualidade(por que escolheu este indicador)
1. A CONSTRUÇÃO DO INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO
6.2. Planejamento das ações
(como organizou a elaboração do instrumento, qual o ponto 
de partida, etc.)
6.3. Parâmetros utilizados
(planejamento do professor? PPP da escola?)
6. APLICAÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO
(Explica como será a aplicação da autoavaliação: individual, em 
grupo, se vão poder responder em casa, o que irão utilizar para balizar 
suas respostas, etc.)
6.2. Tabulação dos dados;
(explicar como pretende tabular os dados das autoavaliações)
6.3. Resultados
(como pretende divulgar os resultados)
6.3. Encaminhamentos previstos
(o que sugere fazer com os resultados obtidos)
REFERÊNCIAS	BIBLIOGRÁFICAS
108
 Dilemas da Ação Supervisora: Desafios e Perspectivas

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