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PALEONTOLOGIA Paleontologia: estudo do antigo ser através de fósseis; o Conhecer a evolução biológica ao longo do tempo; o Conhecer a datação das camadas de rochas a partir dos fósseis; o Reconstruir o ambiente da cada época; o Reconstituir a história geológica da Terra; o Identificar os tipos de rochas e seus componentes; Fósseis: restos e evidências (registros) de seres vivos e de suas atividades biológicas preservados em vários materiais; A fossilização depende de processos químicos, físicos e biológicos que atuam no ambiente de deposição; o Mais facilmente em organismos com partes biomineralizadas por carbonatos, fosfatos, silicatos ou outros materiais orgânicos de aspecto rígido e resistente, como a celulose, lignina e quitina; o Mais dificilmente ocorre preservação de partes moles; o Ocorre em um número ínfimo de espécies → fenômeno excepcional; o Fatores que facilitam a fossilização: soterramento rápido após a morte, ausência de decomposição microbiológica, composição química e estrutural do esqueleto, modo de vida, condições químicas do meio; o Fatores que afetam a estrutura dos fósseis: águas percolantes, agentes erosivos, vulcanismos, atividades tectônicas (abalos sísmicos) e metamorfismo; Fatores atuantes na fossilização: modo de vida, tipo de ambiente, níveis de oxigênio, composição química do tecido e do meio, soterramento; Petróleo e carvão são fósseis; A fossilização é a interrupção do ciclo da matéria orgânica! Tipos de Fossilização a) Restos: fossilização parcial ou total do organismo. Representados por partes duras (dentes, ossos, conchas) e partes moles (vísceras, pele, músculos e vasos). Preservação de partes moles e duras (Conservação Total): facilitadas por águas ricas em cálcio, âmbar (resina fóssil de gimnospermas e angiospermas típica do Terciário), criopreservação (ambientes gélidos como o Alasca e a Sibéria do Pleistoceno), dessecação rápida ou mumificação (ambientes secos e áridos do Pleistoceno na Patagônia), propriedades antimicrobianas de turfas e alcatrão em lagos asfálticos (piche) (inibição da atividade microbiana), concreção; muito se deve à mineralização do carbonato, sulfeto e fosfato. Preservação de apenas partes duras (Conservação Parcial): Incrustação: minerais transportados pela água depositam-se e cristalizam-se (calcita, limonita, sílica, pirita) sobre a superfície da estrutura, revestindo-a e preservando-a por completo. Não há alteração estrutural. Bioclastos revestidos principalmente por CaCO3 (calcita). Comum em cavernas. Permineralização: minerais (carbonato de cálcio e sílica) se precipitam e preenchem espaços estruturais como poros, canalículos e cavidades corporais. Não há alteração estrutural. Comum em ossos e lenhos (permineralização celular). Recristalização: modificação da estrutura cristalina do mineral original, sob tal pressão e temperatura, permanecendo a mesma composição química. Sempre que ocorre recristalização, há destruição de microestruturas (há modificação)! Ex.: aragonita → calcita; Opala A → Opala CT → Quartzo (dissolução); sulfeto de ferro → pirita. Substituição: substituição de um mineral de uma parte estrutural por outro mineral. Há alteração estrutural. Ex.: silicificação (SiO2), piritização (FeS2), limonitização, calcificação (CaCO3), fosfatização (PO4). Carbonificação: perda gradual de elementos voláteis da matéria orgânica como o oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, por destilação através da água, permanecendo apenas o carbono (película). É mais frequente em estruturas de celulose, lignina, quitina e queratina. Há alteração estrutural. A microestrutura é preservada. Típicos de ambientes de águas estagnadas (anóxicas). b) Vestígios: evidências indiretas do organismo através de suas atividades biológicas. Molde Interno: impressão (molde) da morfologia estrutural interna do organismo ou parte dele. Molde Externo: impressão (molde) da superfície externa do organismo ou parte dele. Impressões: molde externo em duas dimensões (“impressão digital” de cada fóssil). Contramolde (ou réplica): espaço formado pela estrutura (concha) e preenchido posteriormente (após a dissolução da concha) por outro mineral, formando uma réplica da original (construção de uma nova concha). Formado por silicificação (SiO2), piritização (FeS2), limonitização, calcificação (CaCO3) ou fosfatização (PO4). Moldes Positivos e Negativos: positivos em alto relevo e negativos em baixo relevo. Icnofósseis: vestígios de atividades biológicas para fazer inferências paleoambientais, como bioturbações (pistas, tubos, sulcos, túneis, escavações, tocas) e pegadas. Registros de nutrição (coprólitos, urólitos, gastrólitos) e de reprodução (ovos e ninhos). Fósseis são restos e vestígios com mais de 11 mil anos (Holoceno)! Menos que isso, são considerados subfósseis; Há > 4.500.000 espécies de organismos vivos atualmente e ≈ 250.000 espécies fósseis descritos atualmente; Fósseis ocorrem em esmagadora parte em rochas sedimentares, mas há poucos registros em rochas metamórficas e ígneas vulcânicas; Fósseis Vivos ou Fósseis Relíquias: são fósseis com representantes atuais ou muito próximos. Ex.: Ginkgo biloba, Lingula sp., Limulus sp.. Pseudofósseis: estruturas comprovadamente inorgânicas similares às orgânicas (fósseis). Dubiofósseis: estruturas similares às orgânicas (fósseis), mas sem comprovação cientifica. Tempo Geológico e Ambientes Sedimentares Datação do Tempo Geológico o Datação Relativa: baseada na relação temporal entre as camadas geológicas com fósseis (estratigrafia). o Datação Absoluta – Radiométrica: baseada nos princípios físicos da radioatividade (desintegração ou decaimento radioativo dos isótopos) e fornece a idade da rocha ou fóssil com precisão. 14C (6p + 8n): é um isótopo radioativo (instável) do 12C (6p + 6n) presente em pequenas porcentagens na natureza; o núcleo emite partículas e radiações eletromagnéticas de alta energia; transformam-se em isótopos do mesmo elemento ou em outro elemento (decaimento); o decaimento do 14C forma o 14N (7p + 7n), que não é radioativo; meia-vida: período de tempo em que metade dos átomos de um dado isótopo sofre decaimento; a meia- vida do 14C é de 5730 anos, ou seja, em 5730 anos metade dos átomos de 14C decai para 14N; se tivéssemos 1000 átomos de 14C, após 5730 anos teremos 500 átomos de 14C e 500 de 14N, após mais 5730 anos teremos 250 átomos de 14C e 750 de 14N; após mais 5730 anos teremos 125 14C e 1000 14N, e assim por diante...; elemento radioativo é o pai e o elemento estável é o filho; a quantidade de 14C presente num fóssil ou rocha determina há quanto tempo o animal morreu, pois a medida que o tempo transcorre após a sua morte, a quantidade de 14C cai em virtude do seu decaimento; as proporções de 14C e 12C permanecem constantes; o 14C está sempre sendo formado na atmosfera pela transformação do 14N em 14C através da absorção de raios cósmicos; organismos fotossintetizantes não discriminam os tipos de isótopos de carbono, mantendo as proporções desses isótopos em seus corpos iguais às da atmosfera (constante); quando um organismo morre, cessa a incorporação de 14C, que vai desaparecendo por decaimento ao longo do tempo; a datação radiométrica pelo 14C é possível para fósseis com menos de 50 mil anos (foraminíferos, ostracodes, cocolitoforídeos); para fósseis mais antigos, usa-se outros elementos. Os fósseis são utilizados para determinar a idade das camadas sedimentares e vice-versa; Georges Cuvier (Princípio da Sucessão Fóssil) e William Smith (Princípio da Correlação Fóssil); Princípio da Sobreposição: as camadas mais antigas são posicionadas mais abaixo e as camadas mais recentes são posicionadas mais acima; Princípio da Sucessão Fóssil: fósseis mais antigos estão em camadasmais antigas (mais abaixo) e fósseis mais recentes estão em camadas mais atuais (mais acima); Princípio da Correlação Fóssil: camadas que possuem os mesmos tipos de fósseis correlacionam-se em idade; Princípios de Steno: horizontalidade original (as camadas são sobrepostas horizontalmente); superposição das camadas (as camadas sedimentares são sobrepostas umas às outras ao longo do tempo → a camada mais jovem está no topo); continuidade lateral (estratos são horizontais e paralelos à superfície de sedimentação, estendendo-se lateralmente); fragmentos inclusos (fragmentos de rochas inclusas em corpos ígneos são mais antigos que as rochas ígneas nas quais estão inclusos); relações de corte (uma rocha ígnea intrusiva ou falha que corte uma sequência de rochas é mais jovem que as rochas por ela cortadas); Ambientes Sedimentares o Bacia Sedimentar: qualquer área de sedimentação (deposição de sedimentos); as bacias sedimentares brasileiras datam do Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico (Fanerozoico); o Lei de Walther: fácies contíguas verticalmente representam ambientes contíguos lateralmente; o Revisar → Rochas Sedimentares; Tafonomia Tafonomia: estudo dos processos de preservação dos fósseis e de como estes processos podem afetar a informação que queremos extrair das rochas e dos fósseis; é a ciência que estuda o processo de preservação dos restos orgânicos no registro sedimentar e como estes afetam a qualidade do registro fóssil; O processo de fossilização (tafonomia) é representado pelos seguintes eventos: morte, necrólise (decomposição), diagênese, soterramento e tectônica/erosão; Completude: representatividade de um táxon ou grupo taxonômico no registro sedimentar; Mistura Temporal: mistura de partículas bioclásticas (restos esqueletais) de diferentes idades em um único acúmulo; Mistura Espacial: mistura de partículas bioclásticas (restos esqueletais) de diferentes regiões em um único acúmulo; Fossilização: o Organismos com estruturas biomineralizadas têm maior probabilidade de preservação; o A preservação é favorecida pelo soterramento abrupto, principalmente em sedimentos finos e na ausência de microrganismos decompositores; o Fragmentação, dissolução e bioerosão são responsáveis pela perda de informação em ambientes marinhos; o Transporte, desarticulação, retrabalhamento e quebra (fratura), por agentes físicos e biológicos, são responsáveis pela perda de informação em ambientes continentais; o Organismos com distribuição vertical (temporal) e horizontal (geográfica) restrita têm menor chance de preservação; o Subidas e descidas no nível do mar podem refletir aumentos e diminuições na biodiversidade; A decomposição depende da disponibilidade de oxigênio em relação à profundidade; temperatura e pH (temperatura baixa e pH extremo retardam a decomposição) e composição dos tecidos; A tafonomia se divide em duas partes: a bioestratinomia (desarticulação, transporte/retrabalhamento e soterramento) e a fossildiagênese; o Vida o Morte ou Descarte Esqueletal: Seletiva (natural) Não Seletiva (catastrófica) o Necrólise (decomposição): processo de transformação morfológica promovida por microrganismos necrófagos; quanto menor a decomposição, maior a chance e a qualidade da preservação; esqueletonização → remoção dos tecidos moles; tecidos biomineralizados têm mais chances de preservação, pois a decomposição é lenta (após 360 dias); o Bioestratinomia Transporte: variação local das partículas bioclásticas; Reorientação: variação da posição das partículas bioclásticas; Desarticulação: separação de peças do esqueleto; crânio → mandíbula → cinturas pélvica e escapular → membros → costelas → coluna; Fragmentação: quebra de partículas maiores em partículas menores; Corrosão: abrasão mecânica e corrosão biogeoquímica; Soterramento: ocultação de fósseis por sedimentação; Bioerosão (escavação mecânica ou bioquímica por um organismo em substrato rígido, como rapadores, perfuradores e roedores; comumente marinhos), dissolução; Intemperismo: ação de agentes erosivos e do tempo; o Fossildiagênese: é o efeito da diagênese das rochas sedimentares sobre os bioclastos incorporados nelas; Os melhores registros fósseis são do Cambriano; Fatores determinantes antes da fossilização: modo de vida, ambiente, níveis de oxigênio, composição química do tecido e do meio e soterramento; Fatores determinantes antes e depois da fossilização: águas percolantes, agentes erosivos, vulcanismo, eventos tectônicos e metamorfismo; Dissolução e Precipitação: resíduos orgânicos podem inibir a cristalização; a decomposição orgânica influencia o pH, que, por sua vez, favorece a dissolução e precipitação de minerais; a cimentação inibe a percolação da água; Silicificação: processo de permineralização e/ou substituição por sílica através de água que percola em sedimentos com bioclastos, preenchendo os espaços vazios ou substituindo o bioclasto por completo; é um processo muito comum: a sílica é muito comum e abundante na litosfera e a sua dissolução e precipitação ocorre em condições de pressão e temperatura de superfície; é um processo rápido após o soterramento; muito comuns em ossos e caules (estruturas porosas); a sílica agrega-se em quartzo (difícil dissolução); Recristalização: recristalização de certos minerais sem alterar a sua composição química; há diferentes opções estruturais para os minerais, umas menos e outras mais estáveis; as formas mais estáveis são as formas mais resistentes à dissolução; tendência à estabilidade por sucessivas e progressivas recristalizações até a forma mais estável possível; ex.: Opala A → Opala CT → Quartzo (dissolução); aragonita → calcita (sem dissolução); sulfeto de ferro → pirita; esse processo pode se dar por minerais do próprio tecido ou por minerais substitutos; Incrustação: deposição progressiva de minerais sobre um bioclasto entre o sedimento através de dissolução e precipitação, protegendo-o do intemperismo e de processos de diagênese posteriores; Concreções: processo raro desencadeado logo após o soterramento de carcaças; ocorre por precipitação localizada ao redor do material em decomposição, que serve como um núcleo de agregação inicial; este material em decomposição libera substâncias que alteram localmente as condições químicas da água percolante e a agregação de partículas em volta; a agregação ou deposição ocorre no sentido radial; Ex.: concreções calcárias sobre fósseis peixes (carbonatação); Fossilização em Ambientes Estagnados: fossilização que ocorre em ambientes como mares profundos, lagos e pântanos; ocorre fossilização excepcional; são estagnados por falta do fluxo de água, ou seja, são ambientes com pouca ou nenhuma energia de fluxo, permitindo a completa suspenção e deposição dos materiais clásticos; formam rochas sedimentares com acamadamentos; a falta de fluxo torna esses ambientes anóxicos, impedindo a decomposição por microrganismos aeróbicos; quanto mais matéria orgânica depositada ao fundo, maior a deficiência de oxigênio no ambiente (menor o caráter oxidativo, maior caráter redutor); esses ambientes (ricos em matéria orgânica e em água) favorecem a carbonificação! Minerais de Ferro: o processo de fossildiagênese pelo ferro se dá em ambientes anóxicos, que evita a sua oxidação; ambientes ácidos facilitam a solubilidade do ferro; comum em ambientes ricos em matéria orgânica (baixo pH e pobre em oxigênio); a pirita é muito comum; Fosfatização: o fosfato é abundante em ambientes ricos em matéria orgânica e se precipita na forma de apatita ou fosfato férrico; são responsáveis por permineralização e/ou substituição; a precipitação de fosfato é facilitada em ambientes ricos em oxigênio e com baixo pH; processo rápido e em condições de superfície que preserva estruturas delicadas (músculos e vasos); Faturas e Deformações: processos que, apesarde interferir na integridade do registro fóssil, abre espaços para a entrada de minerais dissolvidos na água percolante; são processos negativos no estudo dos fósseis; Âmbar: fossilização de certas resinas de terpenoides produzidas por gimnospermas e angiospermas; é um tipo de preservação excepcional; Cinzas Vulcânicas: em pequena escala as atividades vulcânicas têm poder de fossilização através do derrame de lava e emissão de cinzas, matando organismos rapidamente por sufocação, calor, envenenamento e soterramento rápido; Sindiagênese: alterações geoquímicas da água circundante, caráter redutor e pH 9; a dissolução desse processo ocorre de 1 a 10 m de profundidade, numa escala de 1.000 a 100 mil anos; ocorre a permineralização; Anadiagênese: ocorre em rochas soterradas de 10 a 10.000 m, numa escala de 106 e 107 anos; ocorre permineralização, cimentação, recristalização, substituição; Telodiagênese: ocorre ao nível de 5.000 m de profundidade, numa escala de 109 anos; Tipos de Concentrações Fossilíferas: o Assembleia Autóctone: acúmulo de fósseis derivados de uma comunidade local e preservados em posição de vida; o Assembleia Parautóctone: acúmulo de fósseis derivados de espécimes autóctones que não foram transportados para fora de seu habitat; o Assembleia Alóctone: acúmulo de fósseis derivados de espécimes transportados para fora de seu habitat; Preservação Excepcional: é a preservação de tecidos moles em carbonato, fosfato ou pirita; o Fossil-Langerstätten: acumulação fossilífera, num corpo rochoso, que contem informação paleontológica incomum, devido à alta quantidade e/ou qualidade dos fósseis; Ocorrências por concentração: partes fósseis concentradas de biotas de tempos diferentes; Ocorrências por conservação: decomposição incompleta que permite a preservação excepcional; Burgess Shale (Canadá – 65 mil espécies), obrution (sufocamento - conjunto fóssil formado pela rápida cobertura de organismos intactos). Paleoecologia Paleoecologia: ecologia dos organismos do passado. o É um ramo da paleontologia limitada pelo registro incompleto dos organismos, populações e comunidades; o Observações indiretas dos ambientes através da tafonomia, da sedimentologia e da estratigrafia; o Sempre será parcial e incompleta! o Divide-se em atualismo e analogias: Princípio do Atualismo: os acontecimentos geológicos do passado são resultado de forças naturais idênticas às atuais. Princípio das Analogias: comparação entre as interações primitivas e as atuais. o A Paleoecologia pode ser abordada através da paleoautoecologia e da paleossinecologia: Paleoautoecologia: foca nos organismos e populações, estudando as adaptações, distribuição, tolerância e etc; características físicas, químicas e biológicas distintas dos ambientes limitam a ocorrência de organismos (nicho); espécies com nichos estreitos são bons indicadores paleoecológicos; a morfologia funcional dos organismos atuais serve para inferirmos a morfologia funcional dos seres primitivos; ex.: morfologia de trilobitas em relação ao ambiente. Paleossinecologia: foca em níveis acima de populações, estudando a diversidade, estrutura dos grupos, níveis tróficos, sucessão, paleogeografia, interações e etc; baseado em associações fossilíferas; ex.: conchas de amonites com marcas de dentes de mosassauro; foraminíferos planctônicos são mais simples, leves e flutuantes, apresentam 40 ~ 50 espécies e derivam do Jurássico; foraminíferos bentônicos são mais complexos, pesados e sésseis, apresentam ≈ 10 mil espécies e derivam do Cambriano; podem ter a carapaça calcária porcelanosa, hialina ou aglutinante (aglutinação de partículas do meio); Parataxonomia: classificação dos organismos em paleontologia. Morfotáxon: táxon estabelecido através da morfologia dos fósseis. Fatores Ambientais Limitantes: Disponibilidade de O2: com a diminuição dos níveis de oxigênio em profundidade há a redução do número de espécies, diminuição de conchas calcárias, redução do tamanho corporal, aumento relativo do número de animais da infauna. H2O: moléculas de água com o 18O precipitam mais facilmente e resistem mais à evaporação em relação à molécula de água com o 16O. O oceano é mais rico em 18O (0,1995 %) e a atmosfera e geleiras são mais ricas em 16O (99,63 %); o 18O se incorpora ao CaCO3 (dependendo da temperatura – maior preferência em temperaturas mais frias – maiores frações em períodos glaciais) e o 16O se incorpora à água; 12C e 13C compreendem 98,89 % e 1,11 % do carbono estável da Terra, respectivamente. Quantificação dos isótopos: A redução do tamanho corporal está relacionada com a altitude, latitude e profundidade. o Plantas de florestas tropicais têm folhas mais largas; o Mamíferos de clima frio têm membros locomotores menores que os de clima quente; Salinidade: o Salinidade marinha normal → 35 ‰ → equinodermos, foraminíferos e braquiópodes; o Ambientes hipersalinos têm baixa diversidade, mas alta abundância de indivíduos; o Conchas ficam mais finas ao passo que se afastam do mar, por escassez de CaCO3; As cadeias alimentares atuais são mais complexas do que as primitivas; Megaguildas: megagrupos de organismos que utilizam uma mesma estratégia de sobrevivência; Bioestratificação: o Estromatólitos: estruturas sedimentares biogênicas, ocorrendo o aprisionamento do sedimento por biofilmes e dos biofilmes por sedimentos, e assim, sucessivamente. Fácies Sedimentares: corpo de rocha que apresenta um aspecto diferente das rochas adjacentes devido a mudanças em uma ou mais de suas características. Assinaturas Tafonômicas: conjunto de atributos (características) decorrentes da alteração tafonômica dos restos fossilizados. Desarticulação, fragmentação, abrasão, bioerosão, corrosão e dissolução. Time-averaging: cumulação, numa mesma associação, de indivíduos, espécies, populações, que não foram contemporâneos (não coexistiram no tempo, não interagiram ecologicamente). Pode se dar por condensação ou mistura temporal. Tafofácies: porção de uma associação fóssil (observados os fósseis e a rocha sedimentar) com características tafonômicas semelhantes. Sem a Tectônica de Placas não existiria a vida! A Tectônica de Placas é explicada pela energia das células de convecção; a atividade das células de convecção movimenta as placas, causando terremotos ou vulcões;
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