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do código o acréscimo do sufixo inae. Apinae Boinae, Caninae, Equinae, Muscinae, Psittacinae, Scarabaeinae, Tabaninae. • Tribo – tradicionalmente, recomenda-se o acréscimo do sufixo ini. Apini, Equini, Muscini, Psittacini, Scarabaeini, Tabanini. • Subtribo – recomenda-se o acréscimo do sufixo ina. Escarabaeina. Prioridade, Homonímia e Sinonímia • O mesmo táxon não pode ter nomes científicos diferentes, assim como táxons diferentes e pertencentes ao mesmo grupo não podem ter o mesmo nome. Tanto a sinonímia quanto a homonímia são terminantemente proibidas pelo código e, quando descobertas, devem ser corrigidas. Sinonímia • Quando um mesmo táxon apresenta dois ou mais nomes distintos, eles são considerados sinônimos. Nesse caso, o nome mais antigo é o sinônimo sênior, e o mais recente, o sinônimo júnior. Homonímia • Quando nomes idênticos são aplicados a dois ou mais táxons pertencentes ao mesmo grupo, eles são homônimos. Embora bem menos frequentes, os homônimos são proibidos pelo código dentro dos grupos de família e de gênero. Tipificação • Outro princípio muito importante para a nomenclatura é o princípio da tipificação. Sempre que uma espécie nova ou outro grupo são descritos, o autor deve designar um “tipo” (o tipo único de um nome) que representará o padrão de referência do nome científico dessa espécie ou grupo. • O tipo é um objeto (entidade individual) que fixa o nome aplicado ao táxon que contém este objeto. O tipo também pode ser: • Qualquer parte do corpo de um animal; • Uma colônia ou qualquer parte da colônia; • No caso de fósseis, uma substituição, uma impressão, um • Molde ou um contramolde, desde que naturais; • No caso de espécimes atuais de protistas, uma ou mais preparações (em lâminas para microscópio) de indivíduos relacionados representando diferentes estágios de vida; baseado em uma ilustração ou descrição. ivanp_000 Resumo Free 2 Holótipo • Espécime único (exceto para hapantótipo) designado pelo autor como o tipo d espécie ou da subespécie. Se a amostra examinada for composta por mais de um espécime ou subespécie, o autor designará apenas um deles como holótipo e os demais como parátipos. Síntipos Cada espécime de uma série-tipo designada originalmente ou da qual não tenham sido designados holótipo ou lectótipo. Os síntipos funcionam coletivamente como fixador do táxon nominal. Hapanótipo • Uma ou mais preparações ou culturas de indivíduos de protozoários relacionados, representando diferentes estágios de vida, que conjuntamente funcionam como Holótipo, isto é, como fixador do táxon nominal das espécies de protistas Lectótipo • Um dos síntipos designados, após a publicação no nome do Grupo da Espécie, como o espécime fixador do nome do táxon. Se a amostra examinada for composta por mais de um síntipo, um deles será designado como lectótipo e os demais como paralectótipos Neótipo • Espécime único designado como o fixador do nome do Grupo da Espécie, do qual o holótipo (olectótipo) e todos os parátipos (ou paralectótipos) ou todos os síntipos ou um outro neótipo designado anteriormente foram perdidos ou destruídos. Cótipo • Termo não reconhecido pelo Código, antes utilizado para síntipo ou parátipo. Allótipo • Termo não regulamentado pelo Código, que designa espécime do sexo oposto ao do holótipo. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ – UENF / 3º PERÍODO DISCIPLINA: Introdução a Zoologia - Aula 11: Classificação zoológica e taxonômica – Parte III Distinção entre objeto e classe Objetos • Um objeto pode ser definido como cada uma das entidades identificáveis num dado domínio de aplicação. Classes • As definições dessas classes baseiam-se em semelhanças compartilhadas, isto é, essas classes reúnem objetos com base em algum conjunto de propriedades – características – comum a todos esses objetos. • Quando uma classe é constituída por outras classes, estas herdam algumas das características da classe mais elevada. No caso das Aves e Mamíferos, as duas características que lhes são comuns representam uma herança da classe Animal. • A presença de glândulas mamárias é comum a todos os mamíferos e deve ser descrita diretamente nesta classe. Por herança, todas as subclasses de mamíferos e as subclasses destas subclasses passam a apresentar tal característica. Classificações biológicas • Nas classificações biológicas, os objetos correspondem aos seres vivos individualmente, às categorias, aos táxons; suas definições, aos caracteres compartilhados. • As verdadeiras semelhanças ou afinidades naturais foram designadas como homologias, e as falsas semelhanças ou afinidades foram designadas como analogias. • Na classificação biológica, os objetos são os seres vivos e as categorias são os diferentes táxons, os quais são definidos pelos caracteres compartilhados. Como a classificação biológica é um sistema de referência da diversidade biológica, ela deve ser um reflexo do conhecimento sobre as relações de parentesco entre os táxons, recapitulando a história evolutiva do grupo. ivanp_000 Resumo Free 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ – UENF / 3º PERÍODO DISCIPLINA: Introdução a Zoologia - Aula 12: O que é Biogeografia? O que é Biogeografia? • A Biogeografia é a ciência que estuda a distribuição dos seres vivos no espaço e no tempo, procurando compreender seus diferentes padrões de ocorrência sobre a superfície terrestre e por que a composição da biota se diferencia de uma região para outra. • As histórias dos seres vivos são semelhantes e seguem os seguintes passos: origem, expansão, redução e extinção. • Para se compreender a distribuição de um táxon, é necessário conhecer: • Sua história; • Sua relação com os demais seres vivos (Relacionamento Filogenético); • Os fatores climáticos atuais (Climatologia); • A composição química do solo onde vivem; • Os eventos geológicos que determinaram a sua área atual de distribuição (Geologia); • Os registros fósseis de seus antecedentes, se houver (Paleontologia); • O tipo de região que ele ocupa e seus predadores, parasitas etc. • O estudo das distribuições geográficas dos seres vivos pode ser classificado, segundo seu enfoque, em três ramos: 1. Biogeografia Descritiva. 2. Biogeografia Ecológica. 3. Biogeografia Histórica. Biogeografia Descritiva • Nesse ramo, o interesse principal é a documentação das LOCALIDADES de ocorrência e das ÁREAS de distribuição dos táxons, o estudo e a formação de um banco de dados acerca da composição taxonômica para as regiões geográficas e a formulação de Regiões Zoogeográficas, regiões ou reinos de animais, e de Regiões Fitogeográficas, regiões ou reinos de plantas. • Alguns biogeógrafos pioneiros constataram que ambientes ou habitats semelhantes ocorrem em diversas localidades do mundo, largamente separadas entre si, como é o caso do cerrado, na América do Sul, e da savana, na África. • Geralmente, habitats correspondentes (semelhantes) apresentam espécies que são, por convergência, semelhantes em suas adaptações. Biogeografia Ecológica • É o estudo dos fatores atuais que influenciam a distribuição dos organismos, como: • As condições físicas do ambiente e suas interações bióticas; • A dispersão dos organismos (geralmente em nível individual ou de população) e os mecanismos que mantêm ou modificam essa dispersão; • A dinâmica da biota como unidade ecológica. • Quando um organismo se distribui em um amplo intervalo de temperatura, ele é denominado Euritérmico. Quando sua distribuição é restrita, denomina-se Estenotérmico. • Esse ramo da Biogeografia tenta responder à seguinte questão: por que um determinado local pode apresentar mais ou menos