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A palavra escrita provoca laços e embaraços no mundo virtual

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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ALINE DE FÁTIMA FARIA SOUZA
DANIELA DA SILVA LIMA
produção textual - A PALAVRA ESCRITA PROVOCA LAÇOS E EMBARAÇOS NO MUNDO VIRTUAL.
Anápolis
2020
ALINE DE FÁTIMA FARIA SOUZA
DANIELA DA SILVA LIMA
produção textual - A PALAVRA ESCRITA PROVOCA LAÇOS E EMBARAÇOS NO MUNDO VIRTUAL.
Trabalho apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial à aprovação no 7º/8º semestre do curso de Pedagogia.
Anápolis
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	3
2. DESENVOLVIMENTO	4
2.1. O papel do pedagogo na mediação dos conflitos escolares...................................4
2.2. Jornal digital...........................................................................................................7
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................9
4. REFERÊNCIAS......................................................................................................10
 INTRODUÇÃO
A resolução de conflitos ensina de maneira significativa diversos processos, práticas e procedimentos que administram de forma construtiva. Com o aumento do acesso à internet novos hábitos de vida se estruturam afetando as relações e as formas de sociabilidade, aprendizagem, cultura, lazer e diversão.
O conflito é tomado como uma dimensão natural da existência humana e pode ser uma experiência para o desenvolvimento das pessoas se for mediado eficazmente. A mediação de resolução de problemas, constitui em uma oportunidade de soluções mais positivas e mais pacíficas para os conflitos, que teve origem fora do contexto escolar, mas que se expandiu e foi adaptado às instituições educativas.
Medidas restaurativas contribuem na mediação de conflitos, atuando e desenvolvendo com a comunidade escolar, criando novas formas de aprender e conviver. A integração com as mídias não atinge as pessoas da mesma forma, pois as diferenças sociais e econômicas dificultam a inclusão digital.
A parceria entre a equipe pedagógica, alunos e a comunidade formam uma grande força tarefa que possibilita os alunos inovarem e a resolverem seus próprios conflitos. Com isso a produção do jornal digital é de responsabilidade dos alunos e supervisionado pelos coordenadores e professores dentro da unidade escolar.
Além de promover a integração dos alunos com os professores, ajuda também no desenvolvimento da leitura e da escrita dos alunos. A criação de um jornal digital auxilia na alfabetização digital, na produção textual e na formação de estudantes mais críticos para viver em uma sociedade atualmente.
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 DESENVOLVIMENTO
2.1. O papel do pedagogo na mediação dos conflitos escolares.
A educação ensina de maneiras significativas processos, práticas e procedimentos que ajudam a administrar e a resolver o conflito individual, interpessoal e institucional. Nem sempre os conflitos são semelhantes, mas se utiliza modelos de intervenção idênticos, e é tomado como uma dimensão natural e inevitável da existência humana que pode constituir uma importante experiência para o desenvolvimento das pessoas. A aprendizagem da mediação de resolução de problemas deve constituir uma oportunidade para os pedagogos construírem soluções mais positivas e mais pacíficas para os conflitos. Os programas de mediação de conflitos tiveram origem fora do contexto escolar, mas rapidamente foi adaptado às instituições educativas. A mediação escolar abrange a resolução dos conflitos entre envolvidos na educação, é um processo flexível conduzido por um mediador que as apoiam na tentativa de encontrar um acordo que permita solucionar o conflito. O pedagogo enquanto mediador deve identificar a situação como oportunidade de estímulo da prática de valores como: solidariedade, tolerância e igualdade. Nas escolas nos deparamos com conflitos de todas as espécies e graus, o pedagogo tem na mediação de conflito propor um meio de convivência mais harmonioso, que busca criar novas formas integrando as diferenças.
 O papel do pedagogo é de grande importância ao oportunizar o aprendizado das partes e resguardar para si a autoria da construção das soluções dos conflitos. Deve propiciar maior rapidez e efetividade da execução das decisões tomadas, tendo como desdobramento a melhoria geral das relações. As antigas instituições educacionais eram elitistas excludentes com um pensamento pedagógico autoritário, enquanto muitos contrapunham afirmando que comprometeria a qualidade do ensino ao aumentar o número vagas ofertando acesso à escola democrática para “todos” independente de classe social.
 Aquino (1996, p.44) afirma que o caráter elitista e conservador das escolas antigas que se destinavam somente às classes sociais privilegiadas onde o acesso das camadas sociais populares era obstruído pela própria estruturação escolar da época ainda em muitos casos se confirmam nas escolas atuais, pois, as estratégias de exclusão além de continuarem existindo, sofisticaram-se. “Se antes a dificuldade residia no acesso propriamente, hoje o fracasso contínuo carrega-se de expurgar aqueles que se aventuram neste trajeto, de certa forma, ainda elitizado e militarizado’”. Os conflitos no âmbito educacional não se referem somente aos alunos, mas na perpetuação da elitização, na rejeição imposta pela instituição incapaz de gerenciar a atual sociedade dentro da realidade em que está inserido e é espelhada na sociedade. A instituição que restringe acesso deixa de cumprir com sua função. Para que se institucionalize realmente uma escola que hoje em dia nos é proposta como igualitária, libertadora e cidadã, cada um deve seguir seus caminhos. Sabemos que há divergências entre os objetivos dos profissionais da educação e do aluno, onde o professor quer que o aluno aprenda, mas percebe grande desinteresse. O pedagogo responde pela mediação, organização, integração e articulação do trabalho pedagógico e sugere a própria compreensão de que ser pedagogo significa ter o domínio sistemático e intencional das formas através dos quais se deve realizar o processo de formação cultural. 
(Saviani, 1985) Cabe ao pedagogo como um dos elementos da equipe gestora e integrante da comunidade educacional buscar nos envolvidos a real intenção do conflito e como solucioná-lo de maneira prática, democrática, respeitando os objetivos e sentimentos de ambas as partes. Heloísa Lück (2011) defende o estímulo à gestão compartilhada em diferentes âmbitos da organização escolar. Onde isso ocorre, diz ela, nasce um ambiente favorável ao trabalho educacional, que valoriza os diferentes talentos e faz com que todos compreendam seu papel na organização e assumam novas responsabilidades. O que pode acontecer através de cruzamento de informações teóricas, práticas e sociais apontando caminhos para a busca do convívio menos conflituoso no ambiente escolar. 
A tolerância não é nata nas pessoas, assim como a solidariedade e respeito, necessitamos ser educados para agirmos desta forma. A mediação propõe às partes envolvidas no conflito que sejam educadas nesses valores e cresçam praticando-os. Freire (1987, p. 45) afirma que é no contato com o outro que nos educamos. É através da interação com o outro que vamos aprendendo e construindo nosso conceito de valores, os quais nos serão padrão para avaliar e julgar. Ao entramos em contato com outras pessoas, aprendemos a identificar sinais, atitudes e códigos de aceitação. Nossos julgamentos são objetos de críticas baseados em um modelo socialmente construído. 
Segundo Libâneo (1990), a pedagogia liberal sustenta a idéia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papeis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, embora difunda a idéia de igualdade de oportunidades,não leva em conta a desigualdade de condições.
 Vianna (1986, p.23) afirma que: “A partir da convivência com pessoas que discutem, decidem, executam e controlam atividades propostas comunitariamente, a educação poderá efetivar, da melhor forma possível, seu objetivo de desenvolver integralmente a personalidade humana e sua participação na obra do bem comum, pois, enquanto refletem, conscientizam-se, posicionam-se e decidem a respeito dos problemas de sua comunidade, os indivíduos se sentem integrados, agentes e responsáveis por esse mesmo bem comum que ajudam a construir”. 
Para Gadotti (2004, p.32) “fazer pedagogia é fazer prática teórica por excelência”. É descobrir e elaborar instrumentos de ação social. Nela se realiza de forma essencial, a práxis pedagógica. (...) o pedagogo é aquele que procura meios de transformação da realidade atual para melhor. 
. A Mediação aplicada às escolas e pedagogos pode oferecer grande contribuição para promover momentos reflexivos sobre os valores sociais dos indivíduos, possibilitando a inclusão de recursos harmonizadores de negociação de diferenças e de sustentabilidade dos diálogos na construção da competência social dos sujeitos em formação promovendo a prática do respeito mútuo e da responsabilidade pelos próprios atos.
Chrispino e Chrispino (2002), em “Políticas Educacionais de Redução da Violência: Mediação do Conflito Escolar” acusam a massificação da educação como um grande fator de mudança no quadro educacional. Tal fato vem causando grandes mudanças educacionais e uma delas é a diversidade cultural dos alunos e o convívio com diferentes padrões, apontando para esta massificação do ensino como um dos principais geradores de conflito no ambiente escolar.
Com a mediação pode-se resgatar o direito à palavra, a mudanças educacionais para uma forma mais democrática e dialógica. Elevar o nível de informação dos que trabalham com mediação de conflitos educacionais através de processos e sensibilizando a comunidade escolar para melhoria da qualidade de ensino.
2.2. Jornal digital
 Objetivos:
· Abordar o tema, publicando atividades pedagógicas desenvolvidas pela escola para praticar as habilidades, ampliar o conhecimento de forma interdisciplinar e contribuir para o avanço do processo educacional
· Incentivar o aluno para o interesse e ritmo de aprendizagem, examinar como este recurso pode ser utilizado na formação transformando as aulas e as produções mais prazerosas.
· Apresentar a habilidade com as ferramentas de execução do computador.
 Justificativa:
A tecnologia vem ganhando muita influência na sociedade por vários instrumentos de mídias. É responsável pelo volume de informações lançadas pelo mundo a todo momento. Existem várias formas de comunicação, como o jornal, que se lida com outras novidades tecnológicas como os blogs. As escolas precisam variar a forma de ensinar aproveitando as novas tecnologias como ferramentas para auxiliar na aprendizagem do aluno e ajudar na inclusão digital.
O alcance da internet proporciona a busca de novas informações, explorando e publicando suas descobertas, apresentando novas ideias e colocando sua opinião, utilizando o computador como recurso pedagógico para a produção do conhecimento. Mostrar os trabalhos dos alunos para motivá-los a produzir, ler, influenciar, argumentar, buscar e repreender para que ele sinta que sua criação seja valorizada no processo de ensino aprendizagem dos alunos.
 Estratégias:
Organizar um grupo para discutir sobre o jornal.
Produzir uma oficina para os alunos aprender sobre o que é um jornal e sua composição, como, o layout, manchetes, notícias, resumos, fontes, editorias e tipos textuais.
Dividir os departamentos do jornal, adquirir informações para cada departamento, buscar informações com os professores para produzir o jornal em sala com a visão de contraposição de temas para explanar no jornal. Como por exemplo: bullying, cultura escolar e local, diversidade, respeito, projetos e vários outros temas.
Forma de divulgação:
Será utilizada as redes socias da escola e dos alunos para que alcance a todos os envolvidos no ambiente escolar. Utilizará o instagran, o facebook, banners, poster, panfletos, WhatsApp e será criado um blog para o jornal digital facilitando o acesso do aluno na plataforma.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A indisciplina pode se manifestar de várias formas de violências na escola, e é responsabilidade do grupo escolar e de um mediador de conflitos estarem atentos aos casos que geram conflitos. O papel da família também é fundamental na parceria com a escola e com o mediador, pois somente assim que os alunos terão sucesso. A mediação é uma competente ferramenta e uma proposta ao pedagogo que substitui a cultura de diversidade por uma cultura de diálogo. 
A escola deve repensar as práticas pedagógicas e perceber como está a aprendizagem e o desenvolvimento dos seus alunos e na medida em que essa percepção for se modificando o aluno passa a perceber que suas atitudes e seu comportamento inadequado não procedem com os demais e começa agir de acordo com o contexto escolar. As relações escolares baseadas na cooperação buscam a construção de uma cultura da paz e a mediação é indispensável para o alicerce desta atuação.
 Para obter sucesso o mediador precisa que todos os participantes envolvidos estejam dispostos a ajudar, valorizando cada um e não desvalorizando ou menosprezando os medos e receios de cada ser humano que precisa de ajuda, pois em um grupo todos devem ser valorizados e todos têm a sua devida magnitude. O trabalho do pedagogo não é simples, pois os atritos existentes na escola são constantes e não são só entre alunos, mas a escola tem que manter uma postura adequada para ficar como exemplo aos estudantes. 
A mediação é uma das alternativas na qual a escola pode apostar para que desenvolva cada vez mais relações harmônicas.
REFERÊNCIAS
AQUINO, Júlio Groppa. (Org.). Indisciplina na Escola: alternativas teóricas e práticas. 4. ed. São Paulo: Summus, 1996.
CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação, 2007.
CHRISPINO, Álvaro e CHRISPINO, Raquel Santos Pereira. Políticas educacionais de redução da violência: mediação do conflito escolar. São Paulo: Biruta, 2002.
CUNHA, R. C, Jornal escolar: do letramento à cidadania. Revista Pesquisa em Discurso Pedagógico, fascículo 7. Repositório Institucional da PUC – Rio. Rio de Janeiro, 2009.
FARIA, Maria Alice de Oliveira. O jornal em sala de aula. 11.ed. São Paulo: Contexto, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1987.
GADOTTI, M. Pedagogia da Práxis. São Paulo: Cortez, 2004.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo Loyola, 1990.
LÜCK, Heloísa [et al.]. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. – Rio de Janeiro: DP&A, 1998.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 8a. ed. São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1985.
VIANNA, Ilca de O. Planejamento Participativo na Escola: Um Desafio ao Educador. - São Paulo: EPU, 1986.

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