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atividade ergonomia

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Recife, 2020 
 
 
 
ESUDA – FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS 
 
 
 
 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
DO TRABALHO 
 
ERGONOMIA II 
 
PESQUISA BIBLIOGRAFICA SOBRE O 
“MÉTODO FANGER” 
FUNCIONAMENTO, VARIÁVEIS E FORMAS DE CÁLCULOS. 
 
 
DISCENTE: 
ATYLA DE PAULA REGO MATRÍCULA PG-190117 
 
TURMA 06 
 
 
 
 
 
Recife, 2020 
 
METODO FANGER 
 
 O estudo de conforto térmico objetiva, além da abordagem pela análise 
ambiental, oferecer diretrizes que venha a satisfazer o homem, permitindo-lhe 
sentir-se termicamente confortável tanto no ambiente familiar como no social, de 
lazer ou de trabalho. 
 Segundo a norma ISO 7730, “conforto térmico é o estado de alma que 
expressa satisfação com o ambiente térmico”. O conceito de conforto térmico não 
tem uma definição única. Isto significa dizer que a sensação de conforto térmico 
não está associada a uma temperatura específica. Tal conforto depende de fatores 
mensuráveis (como temperatura do ar, velocidade do vento, umidade do ar, entre 
outros) e de fatores não-mensuráveis (como estado mental, hábitos, educação, 
entre outros). 
 Conforto térmico, tomado como uma sensação humana, encontra-se no 
campo do subjetivo e depende de fatores físicos, fisiológicos e psicológicos. Os 
fatores físicos determinam as trocas de calor do corpo com o meio; já os fatores 
fisiológicos referem-se a alterações na resposta fisiológica do organismo, 
resultantes da exposição contínua a determinada condição térmica; e finalmente os 
fatores psicológicos, que são aqueles que se relacionam às diferenças na percepção 
e na resposta a estímulos sensoriais, frutos da experiência passada e da expectativa 
do indivíduo. Temos grande embasamento para respeitar o conforto térmico visto 
que a NR-17 fala no seu item 17.5 sobre condições ambientais de trabalho, no 
subitem 17.5.1 que: “As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas 
às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser 
executado”. Observado este disposto, controlar o conforto térmico é de vital 
importância para manter as condições ambientais de trabalho em condições 
adequadas. 
 
Recife, 2020 
 
 A sensação de conforto térmico é influenciada por fatores como o nível de 
atividade metabólica e pelo tipo de roupa utilizado pelos funcionários em questão. 
Uma pessoa realizando uma atividade física intensa (como o ato de correr) tende 
a sentir-se mais confortável a uma temperatura mais baixa do que uma outra que 
se encontra em repouso. Ainda de acordo com vários estudos indicam que o 
conforto térmico vem a ser influenciado, ainda, pela geometria do ambiente em 
estudo. Isto acontece devido ao fato de o processo térmico ser de natureza 
distribuída; aparelhos de ar condicionado geram fortes correntes de ar em suas 
proximidades, causando desconforto local. O mesmo ocorre próximo de janelas 
com incidência solar. Sendo assim, o aspecto geométrico do ambiente pode gerar 
nichos de desconforto. 
 Para a avaliação de conforto térmico no ambiente construído é recomendada 
a aplicação do modelo Fanger ou VMP/PPD, normalizado pela ISO7730. Tal 
modelo baseia-se no princípio físico do balanço térmico entre o homem e o 
ambiente, que leva em conta a relação entre as sensações térmicas experimentadas 
pelas pessoas e a carga térmica que atua sobre seus corpos, essa última definida 
como a diferença entre a produção interna de calor do corpo - representada pela 
taxa metabólica - e os mecanismos fisiológicos de transferência desse calor para o 
ambiente. 
 Fanger realizou sua pesquisa em câmara climatizada sendo concluída por 
em 1970, tendo se tornando um marco divisor no estudo de conforto térmico, sendo 
inclusive adotada como norma internacional, a ISO7730 (1994) - Moderate 
thermal environments - Determination of the PMV and PPD indices and 
specification of the conditions for thermal comfort. Desde então esse documento é 
adotado tanto para os ambientes condicionados artificialmente como também, pela 
falta de uma norma específica, para os ambientes condicionados naturalmente. 
Essa metodologia também é conhecida como Modelo Fanger ou Modelo 
VMP/PPD, em que por VMP entende-se Voto Médio Predito e, por PPD, 
Percentual de Pessoas termicamente desconfortáveis. 
 
Recife, 2020 
 
PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO DO METODO DE FANGER 
PASSO 1: obter dados das variáveis 
- Vestimenta; - taxa metabólica; temperatura do ar; temperatura radiante 
média; - umidade relativa ou pressão parcial de vapor da água. 
Para vestimenta ISO 7730 e ISO 9920 
 
Quando sentado no desempenho da tarefa, acrescentamos os valores da tabela 
abaixo: 
 
 
 
Recife, 2020 
 
A taxa metabólica encontramos na ISO 7730, na ISO 8996 e na NTP 323. 
 
- Temperatura do ar e velocidade do ar, e umidade relativa do ar medimos 
através de aparelhos. 
- Temperatura radiante média obtemos da seguinte formula: 
 
 
Recife, 2020 
 
 
PASSO 3 – Obtenção da sensação térmica global a partir do PMV, segundo a 
escala de 7 níveis definidos por Fanger. 
 
 
 
Recife, 2020 
 
Passo 5 – Análise do resultado e estabelecimento de controle, caso necessário. 
Se o PMV: -0,5 até +0,5 (situação será satisfatória); 
PPD: valores até 10% indicam situação satisfatória para maioria dos expostos. 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
• NTP 323 
• ISO 7730 
• ISO 9920 
• NHO 06 FUNDACENTRO 
• NR- 17 
• CONFORTO E STRESS TÉRMICO, 2011. Professor Roberto 
Lamberts, PhD. Laboratório de Eficiência Energética em Edificações 
l. 
• https://www.jornalsegurito.com/single-post/2020/01/29/vd-171-
conforto-t%C3%A9rmico-avalia%C3%A7%C3%A3o-pelo-
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