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NPJ 2 - Secao 2 - Trabalho

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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) da ___vara do Trabalho de Goiânia/GO:
Autos do processo nº XXXXXXX
Reclamante: Albano Machado
Reclamada: Maria José Pereira
MARIA JOSÉ PEREIRA, já devidamente qualificada nos autos da reclamação trabalhista que lhe foi movida por ALBANO MACHADO, também já qualificado, vem respeitosamente a Vossa Excelência, por meio de seu advogado com procuração em anexo e que esta subscreve, apresentar
 CONTESTAÇÃO TRABALHISTA,
com fulcro nos art. 846 / 847, CLT e 319 CPC, sumula 212 TST, em face da reclamatória trabalhista ajuizada por ALBANO MACHADO, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
I – DA JORNADA DE TRABALHO	
Com o aparecimento da Lei Complementar n. 150/15 e com ela passando a existir no ordenamento jurídico previsão legal p ara o trabalhador doméstico, como era o caso de Albano, poder adotar jornada de trabalho no sistema 12x36, isto é, ultrapassando a jornada máxima d e 08 (oito) h oras prevista no art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988: “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, me diante acordo ou convenção coletiva de trabalho”; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943).
“Não só foi elevado ao nível constitucional, como inclusive passou a ser disciplinado d e forma diferente da prevista na CLT, uma vez que se lhe impôs, com o pressuposto de sua validade, a imprescindível participação do sindicato, via convenção ou acordo coletivo d e trabalho, na sua adoção por empregados e empregador (art. 7º, XIII, CF). Conclusivo, pois, em face da redação tão enfática de referido dispositivo, que não há, d ata vênia, como admitir-se que o acordo individual entre empregado e empregador, previsto no art. 59, § 2º, da CLT, tenha sido recepcionado pela nova ordem jurídica constitucional, como instrumento válido à implantação do regime de compensação de horário de trabalho. ressalta o douto professor Octavio Bueno Magano”.
O adicional de horas-extras possui caráter salarial, conforme art. 7º, XVI, da CF/88 e Enunciado n. 60 do TST. Consequentemente, sobre ele incide contribuição previdenciária. O mesmo raciocínio se aplica aos adicionais noturno, de insalubridade, de periculosidade e de transferência, que por possuírem evidente caráter remuneratório, sofrem incidência de contribuição previdenciária, consoante pacífico entendimento jurisprudencial. Precedentes.
LT Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado à s partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Red. MP 808/17)
Súmula nº 444 do TST
JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012 , DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 - republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST - PA-504.280/2012.2 - DEJT divulgado e m 26.11.2012 É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo d e trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalha dos. O empregado não tem direito a o pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. 
Art.8 CLT “a s autoridades administrativas e a” Justiça do Trabalho, n a falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com o s usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
II – TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS
O reclamante, mesmo no regime 12x36, pleiteia, horas laboradas em domingos e feriados, o que ocorre pela própria natureza da jornada adotada.
Porém, esse não é um direito que venha a ser-lhe garantido.
A Lei n. 605/49 que regula o tema. Em seu art. 1º ela dispõe que o descanso nos domingos é apenas preferencial, isto é, não há obrigatoriedade legal para que sempre coincida com os domingos. 
A Súmula n. 444, do TST também não faz qualquer menção ao pagamento em dobro dos domingos. 
Esta omissão é proposital, pois no sistema 12x36 o obreiro labora 12 horas e descansa 36 horas, ou seja, quando trabalha no domingo tem folga de 24 horas, como determina a Lei n. 605/49. 
Neste sentido é a jurisprudência do TST
JORNADA EM ESCALA 12X36 PAGAMENTO DOS FERIADOS EM DOBRO. Esta Corte Superior tem decidido de forma reiterada que o trabalhador sujeito ao regime especial de jornada 12x36, não tem direito a receber eventuais feriados laborados em dobro, uma vez que esse período, automaticamente seria compensado pela folga de 36 horas do regime.   Recurso de revista parcialmente conhecido e provido. (TST. Recurso de Revista nº. 26100/2009-0074-03. Publicado no DJ em 16/04/2010)
JORNADA 12X36. PAGAMENTO EM DOBRO DOS FERIADOS TRABALHADOS. 1. Tem prevalecido nesta Corte o entendimento de que os empregados que trabalham em regime de revezamento de doze horas por trinta e seis de descanso não fazem jus à dobra salarial pelo trabalho realizado em dias de repouso e feriados, pelo fato de já estarem embutidos nas trinta e seis horas de descanso, não devendo, por conseguinte, ser pagos em dobro. 2. Recurso de revista conhecido e provido. (TST.Recurso de Revista nº. 566/2006-097-03-00. Publicado no DJ em 08/06/2007).
RECURSO DE REVISTA. JORNADA DE TRABALHO. 12X36. FERIADOS. O cumprimento da escala de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso afasta o direito do empregado à folga compensatória. Os dias de feriados, em que há prestação de serviço, já se encontram devidamente compensados pelo sistema adotado. Precedentes desta 6ª Turma e da e. SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido. (TST. Recurso de Revista nº. 35/2004-002-13-00. Publicado no DJ em 27/04/2007).
Portanto, se o reclamante trabalhou em algum feriado ou domingo houve a folga compensatória, razão pela qual o pleito não merece prosperar, devendo ser julgado improcedente o pedido de pagamento dos domingos e feriados em dobro.
3 – INTERVALO INTRAJORNADA
O reclamante diz jamais ter gozado de uma hora de intervalo para refeição e descanso, porém:
Súmula nº 437 do TST
INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nº s 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI - 1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. 
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva
“Portanto, contrariou o entendimento desta Corte, pacificado na Orientação Jurisprudencialnº 307 da SBDI -1, que ora se reproduz:
 "Intervalo intrajornada (para repouso e alimentação). Não concessão ou concessão parcial. Lei nº 8.923/1994. DJ 11/08/03. Após a edição da Lei nº 8.923/1994, a não-concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT)". Lelio Bentes Corrêa ministro redator designado.
Sendo assim, não merece prosperar, pois mesmo quando o idoso ficava assistindo TV era possível fazer o intervalo.
Portanto, resta claro que o laborista cumpria diariamente o intervalo para refeição de descanso, o que acarreta a improcedência do pedido.
4 – DO ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES E DA JUSTA CAUSA
O reclamante disse ter sido dispensado por justa causa em 06/02/2017, ocasião em que discutiu com a sua empregadora, Sra. Maria José, a cerca de insubordinações. 
Porém esta não é a realidade dos fatos.
O que ocasionou a rescisão do contrato de trabalho por justa causa foi o fato de ele estar chegando embriagado ao trabalho habitualmente.
A conduta do trabalhador, assim, enquadra-se no disposto no art. 482, “f”, da CLT, o que autoriza esta modalidade de rescisão contratual. 
O reclamante era contratado para cuidar de um idoso de 80 anos o que não era possível sob efeito do álcool. 
Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Portanto, correta a dispensa por justa causa. Assim, o pleito de sua reversão e do pagamento das verbas rescisórias elencadas na petição inicial deve ser julgado improcedente.
5 – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
O reclamante alega que faz jus aos danos morais, por anotações indevidas na CTPS, porém, é sabido que ele não merece em razão do disposto:
O art. 29, parágrafo 2º, “c”, da CLT, assevera que a anotação da rescisão deve constar na CTPS, sem qualquer ressalva quanto à dispensa motivada, portanto nada foi descumprido.
Ainda, para termos a obrigação de indenizar é necessária a presença concomitante de três elementos, quais sejam: dano, nexo de causalidade e culpa (arts. 186 e 927 do Código Civil), inexistentes no presente caso. Não foram feitas anotações, com intuito claro de prejudicar o reclamante e sim como práxis.
Também não ficou demostrado a ocorrência de qualquer constrangimento, ao qual o ônus cabia ao reclamante, como determinam os arts. 818, da CLT, e 373, inciso I, do CPC.
Diante do exposto, a improcedência é medida que se impõe.
7 – MULTA DO ART. 477, §8º, DA CLT	
A multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, não é devida, eis que correta a aplicação da justa causa, como salientando anteriormente.
Em atenção ao princípio da eventualidade, caso seja revertida justa causa, ainda assim não é devida referida multa, pois não foi inobservado o art. §6º do art. 477, CLT.
Ora, não há atraso por parte do empregador como exige o art. 477, §8º, da CLT. Atraso por parte do empregado não gera direito a indenização. Portanto, a multa é indevida.
8 – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Reclamada é idosa, com pouca condição financeira, portanto, se enquadra no disposto na Lei n. 1.060/50 e no art. 790, CLT, razão pela qual pugna pela assistência judiciária gratuita.
9 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Tendo em vista o estado de miserabilidade da reclamada e do pleito de assistência judiciária gratuita, indevido o pagamento de honorários advocatícios.
Além disso, o art. art. 791-A, da CLT, é objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal (ADI n. 5766), razão pela qual não deve ser aplicado ao caso sob discussão.
Assim, ainda que prevaleçam as disposições da Lei n. 5.584/70 quanto ao tema, os honorários somente seriam devidos em caso de o advogado do trabalhador ser do sindicato da categoria ou ter sido por ele habilitado, o que não ocorre.	
10 – PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto, o reclamado requer a improcedência de todos os pleitos, nos termos expendidos. Na oportunidade, pugna pela produção de prova oral.
Termos em que pede juntada e deferimento.
 Local e data.
___________________________________
NOME COMPLETO DO ADVOGADO
Nº DA OAB
ENDEREÇO

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