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Propedêutica e Processo de Cuidar na Saúde da Criança e Adolescente 2020 Assunto da aula: O enfermeiro e a comunicação com a criança e a família. “As crianças são capazes de avaliar a qualidade do cuidado prestado pela enfermeira e suas expectativas são que elas sejam humanas, verdadeiras, confiáveis, tenham senso de humor, usem roupas coloridas e desenvolvam atividades para a distração, como o brincar”. Comunicação Finalidade ➢Estabelecer um relacionamento de confiança ➢Habilidade que pode ser aprendida Comunicação verbal • Comunicação corporal • Gestos, movimentos, expressões faciais, posturas e reações Comunicação não-verbal EVITE COMENTÁRIOS “Você é corajosa” “Menino não chora” “Vamos tomar a injeção bem quietinha para ir para casa logo” “Ele é forte, não vai chorar” “Ela é boazinha” “Ele é um menino grande” Comunicação Terapêutica com crianças • Ajude a criança a comunicar verbalmente suas necessidades. • Compreenda aquilo que a criança está tentando comunicar de modo não verbal. Comunicação Terapêutica com crianças • Permita que a criança tenha tempo para se sentir segura • Evite avanços rápidos ou súbitos, sorrisos largos, contato visual prolongado ou outros gestos que possam ser ameaçadores Comunicação Terapêutica com crianças • Assuma uma posição que esteja ao nível dos olhos da criança. • Fale de maneira calma, despreocupada e confiante. • Compreenda o conceito que a criança faz a respeito da doença • Mostre que você entende sentimentos do tipo: Medo e ansiedade Comunicação Terapêutica com crianças •Aceite suas expressões de sentimentos • Respeite a individualidade • Respeite a privacidade Comunicação Terapêutica com crianças Conhecendo a família da criança • Etnia • Religião- valores da família, práticas sociais, cuidados de saúde. • Classe social- visão de mundo, estilo de vida, comportamento, unidade de valores • Ambiente- Comunidade onde vivem (vizinhos, privacidade...) • Genograma “Aprenda a responder ao outro a partir do ponto de vista dele e não do seu!” Compreendendo as reações dos pais • gravidade da doença- A família entende o diagnóstico? • experiências anteriores com doença e hospitalização Como manejaram? • crenças e valores- Como definem sua própria situação • sistemas de suporte (monetário, geográfico, emocional) O que acreditam que exigirá de demandas e mudanças? • caráter da hospitalização (emergencial ou eletivo) Estratégias de Intervenção • Relação amigável - Precisam estar confortáveis para expressar sentimentos, ideias e crenças • Informar os objetivos - prover suporte, informações, ajudar a encontrar estratégias, encontrar a melhor forma de seguir em frente Estratégias lúdicas de comunicação com a criança e o adolescente É POSSÍVEL PLANEJAR E BRINCAR COM A CRIANÇA QUE CUIDAMOS? HÁ ESPAÇO PARA BRINCAR NO HOSPITAL? Cuidado realizado com carinho, afeto e cordialidade. Explicação de passo a passo do procedimento = entendimento e segurança Delicadeza profissional em momentos de dor Uso do brincar e brincadeiras = recursos de apoio Profissionais engraçados e divertidos Expectativas das crianças... BRINCAR NÃO É OPCIONAL BRINCAR É FUNDAMENTAL É UM DIREITO! Brasil.Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre a proteção integral da criança e ao adolescente. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 16 jul; 1990. Brasil, Lei nº 13.257, de 08 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância. BRINCAR “Brincar é um comportamento, atividade ou processo iniciado, controlado e estruturado pelas próprias crianças e acontece sempre e onde quer que as oportunidades apareçam” AS NECESSIDADES DE BRINCAR EM CADA FAIXA ETÁRIA BEBÊS: 0 – 18 MESES Respondem ao toque, aos sons, às cores vivas e aos movimentos ✓ Interação social – imitar sons ✓ Tocar música, cantar, dançar ✓ Objetos para segurar: chocalhos, objetos que possam ser colocados na boca com segurança ✓ Bichinhos de Pelúcia e bonecas ✓ Móbiles ✓ Espaços seguros para engatinhar, levantar e andar ✓ Brinquedos firmes para empurrar ✓ Jogos: Cadê o bebê? Caretas, rimas e músicas com movimentos PRIMEIRA INFÂNCIA: 18 MESES – 3 ANOS Grandes exploradores de seu ambiente físico e de todos os objetos que estão ao seu alcance ✓ Tanques de areia e brinquedos específicos para areia ✓ Brincar com água ✓ Brinquedos de rodas ✓ Brinquedos de montar, desmontar, empilhar ✓ Balanços ✓ Escaladas: trepa-trepa… ✓ Coordenação: quebra-cabeças ✓ Arte: giz pastel, pintura a dedo, massinha ✓ Histórias e livros interativos ✓ Tendas, cabanas, bonecas, carrinhos de bebê PRÉ-ESCOLAR: 3 - 6 ANOS Brincadeira de fantasia Aprendem as habilidades sociais, explorando papéis, canais de emoção e o “fazer sentido” no mundo ✓ Escaladas mais desafiadoras, equilibrio, balanço ✓ Explorar ambientes naturais ✓ Brincar de faz de conta ✓ Andar em pequenas bicicletas ou patinetes ✓ Jogos: bola, pular, perseguição, aprender a capturar ✓ Brincar com água, incluindo aprender a nadar ESCOLAR: 6 - 12 ANOS Brincadeiras em grupos sociais maiores, com regras, evidenciam negociações cruéis de inclusão-exclusão; Brincam fora de casa; Esteriótipos de gênero vem à tona; ✓ Áreas para o brincar ao ar livre: esportes, jogos, brincadeiras fisicas desafiadoras ✓ Brincadeiras tradicionais da infancia ✓ Esportes: regras e habilidades ✓ Bicicleta e skate ✓ Jogos de estratégias ✓ Criatividade: arte, dança, teatro, coral ✓ Artesanato: tricô, costura, ferramentas ✓ Tendas, cabanas, casas de arvore ✓ Natação, mangueira, piscinas ✓ Imaginação e fantasias, bonecas ADOLESCENTE – 12-18 ANOS Grupo importante: principal referência são seus pares. Necessidade de independência, necessidade de reconhecimento: prazer e orgulho Esporte organizado ✓ Treinamento especializado para as habilidades: musica, esportes, dança e outras artes ✓ Clubes e sociedades ✓ Treinamento de liderança ✓ Jogos para brincar: mesas de bilhar, tenis de mesa, dardos, gamão, jogos de cartas, tabuleiros ✓ Desafios de aventura: caminhadas, escaladas…. ✓ Passeios e acesso às atividades artisticas e culturais ✓ Participação no planejamento de ações lúdicas DIRETRIZES PARA SE COMUNICAR COM AS CRIANÇAS • Sorria e faça contato visual. • Evite movimentos rápidos. • Peça permissão, quando for se aproximar. • Fale com os pais inicialmente. Observe sinais não- verbais. • Assuma uma postura de igual para igual, em nível visual. DIRETRIZES PARA SE COMUNICAR COM AS CRIANÇAS Ouça com atenção, pause dando tempo à criança formular o seu pensamento. Use termos familiares para explicar sobre as partes do corpo e cuidados. Fale com uma voz calma, tranquila, confiante e sem pressa. Utilize afirmações positivas. Incentive a expressão seus sentimentos e perguntas. Use técnicas de comunicação adequadas, como o brinquedo. Assimilar informações Adaptar-se à nova rotina Ter controle do ambiente Oferece sentido de normalidade da vida Alívio bem vindo BRINCAR NO HOSPITAL… Ficar doente e no hospital não é brincadeira mas, brincar e jogar podem ajudar.... E muito! Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005 Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. COMUNICAÇÃO / PREPARO DA CRIANÇA PARA PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS AÇÕES PARA PROMOVER A PROTEÇÃO FÍSICA E EMOCIONAL DA CRIANÇA DURANTE PROCEDIMENTOS Explicar o procedimento à criança antes de realizá-lo Garantir a presença de fontes de segurança emocional Utilizar métodos de distração Promover conforto físico Oferecer colo e carícia para a criança após o procedimento Utilizar histórias, desenhose dramatizações para demonstrar o procedimento Envolver a criança no procedimento, permitir escolhas Reforçar comportamentos positivos e expressao de sentimentos https://www.youtube.com/watch? v=p_p01rMV-PY ABORDAGENS LÚDICAS PARA A COMUNICAÇÃO COM A CRIANÇA / ADOLESCENTE DESENHO MEDIAÇÃO DE LEITURA / NARRAÇÃO DE HISTÓRIAS MÚSICA MÁGICA CLOWNS BRINQUEDO/ BRINQUEDO TERAPÊUTICO BRINQUEDO TERAPÊUTICO (BT) • Trata-se de um brinquedo estruturado que possibilita à criança aliviar a ansiedade gerada por experiências atípicas à sua idade, que costumam ser ameaçadoras e requerem mais do que recreação para resolver a ansiedade associada. RESOLUÇÃO COFEN Nº 546/2017 • Art. 1º. Compete à Equipe de Enfermagem que atua na área pediátrica, a utilização da técnica do brinquedo/brinquedo terapêutico, na assistência à criança e família hospitalizadas. • Parágrafo único. A utilização da técnica do brinquedo/brinquedo terapêutico, quando realizada por Auxiliar ou Técnico de Enfermagem, deverá ser prescrita e supervisionada pelo Enfermeiro. MODALIDADES DE BT • Dramático, que propicia à criança dramatizar experiências novas, difíceis de serem verbalizadas e, tornar-se emocionalmente segura; • Capacitador de funções fisiológicas, no qual a criança participa de atividades para melhorar seu estado físico, por intermédio de brincadeiras que reforçam e envolvem seu próprio cuidado; • Instrucional ou preparatório, que prepara a criança, por meio de uma brincadeira, para os procedimentos a que será submetida, a fim de promover sua compreensão sobre o tratamento e clarear conceitos errôneos) BTI – PREPARO PARA PESO PREPARO PARA O AUTOCUIDADO DESENHO • O desenho é uma janela aberta para o mundo da criança, tal como ela pensa que ele é. • A criança desenha para si própria, mas seu desenho sempre se dirige a alguém real ou imaginário. DESENHO ESPONTÂNEO Você quer desenhar alguma coisa para mim?... O que você quiser.... O desenho dirigido Você pode desenhar sua família? Ofereça temas para serem escolhidos pela criança Desenho Mel, 4 anos e sete meses, e o pulmão enchendo de bolhinhas e bichinhos Desenho Mel com um caninho e as bolhinhas saindo LIVROS Narração de estórias r • “Nós poderíamos brincar de inventar estórias. Você seria a inventora e eu seria sua secretária, escrevendo as estórias que você fosse inventando. Você poderia conta sobre sua história.... • “Assim como no livro ... tem desenhos e palavras escritas, nossa estória também irá ter. Então você poderia fazer os desenhos. O que você acha?” Jogos e brincadeiras Enquanto brincam as crianças projetam seus mundos internos e expressam seus sentimentos ❖Jogo Livre: permite brincar ❖Jogo dirigido: é direcionado, permite explorar sentimentos e relacionamentos Mágica • Ajuda a estabelecer o relacionamento com a criança e fornece distração efetiva durante intervenções dolorosas. Música DÚVIDAS?
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