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1
DI – Direito Internacional
Profa. Débora Peter
UNIDADE 2. Seção 3
MEIOS COERCITOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E “DIREITO DE GUERRA”
1º Meios pacíficos de solução de controvércias (Unidade 1)
MEIOS COERCITIVOS
AVA
Retorsão: é quando o Estado ofendido responde na mesma proporção e forma aos atos do Estado ofensor.
Represália: trata-se de medidas mais duras que a retorsão, sendo uma forma de contra-ataque ao Estado ofensor.
Bloqueio: é quando um Estado impede que se travem relações comerciais com outro Estado como forma de obrigá-lo a agir da maneira que deseja. Um conhecido exemplo é o bloqueio comercial dos Estados Unidos a Cuba.
Rompimento das relações diplomáticas: quando são suspensas as relações políticas entre os Estados, eles deixam de se relacionar.
GUERRA
DICA[footnoteRef:1] [1: Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA): MANUAL DE EMPREGO DO DIREITO INTERNACIONAL DOS CONFLITOS ARMADOS (DICA) NAS FORÇAS ARMADAS. 2011. Disponível em: <https://www.defesa.gov.br/arquivos/File/legislacao/emcfa/publicacoes/md34_m_03_dica_1aed2011.pdf>. Acesso em 25 mar. 2020
] 
Em resumo, pode-se afirmar que, na atualidade, o DICA representa um conjunto de normas de proteção dos indivíduos e bens nos conflitos armados, além de disciplinar o comportamento dos Estados em tais conflitos, no tocante aos métodos e aos meios permitidos pelo Direito, na condução das hostilidades.
O Direito de Genebra, o Direito de Haia e o Direito de Nova York 
Direito de Genebra 
Objetiva salvaguardar e proteger as vítimas de conflitos armados: 
a) membros das Forças Armadas fora de combate; 
b) feridos; 
c) doentes; 
d) náufragos; 
e) prisioneiros de guerra (PG); 
f) população civil; e 
g) todas as pessoas que não participem ou tenham deixado de participar das hostilidades. 
Constitui-se pelas quatro Convenções de Genebra, de 12 de agosto de 1949, que estabelecem normas de proteção das vítimas de conflitos armados. 
1 A Primeira Convenção de Genebra trata da melhoria das condições dos feridos e dos enfermos das forças armadas em campanha. 
2 A Segunda Convenção de Genebra trata da melhoria das condições dos feridos, enfermos e náufragos das forças armadas no mar. 
3 A Terceira Convenção de Genebra é relativa ao tratamento dos prisioneiros de guerra. 
4 A Quarta Convenção de Genebra é relativa à proteção dos civis em tempo de guerra. 
Além das quatro convenções acima mencionadas, complementam o direito de Genebra os protocolos adicionais, sendo os mais importantes: 
a) Protocolo adicional às convenções de Genebra, de 12 de agosto de 1949, relativo à proteção das vitimas dos conflitos armados internacionais (Protocolo I); 
b) Protocolo adicional às convenções de Genebra, de 12 de agosto de 1949, relativo à proteção das vitimas dos conflitos armados não-internacionais (Protocolo II). 
O Direito de Haia 
Estabelece os direitos e deveres dos beligerantes durante a condução de operações militares, impondo limitações aos meios utilizados para provocar danos aos inimigos. 
Consubstancia-se nas Convenções de Haia de 1899, revistas em 1907, e em vários acordos internacionais que proíbem ou regulam a utilização de armas. 
O Direito de Nova York ou Direito Misto 
Entende-se por “Direito de Nova York” o conjunto de normas originadas no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1968, por ocasião do Ano Internacional dos Direitos do Homem, a ONU convocou a Conferência Internacional dos Direitos do Homem, que marcaria o vigésimo aniversário da Declaração dos Direitos do Homem de 1948. No final da reunião, realizada no Irã, adotou-se a resolução XXIII que, entre outras solicitações, pedia que todos os signatários auxiliassem para que, em todos os conflitos armados, tanto a população civil como os soldados fossem protegidos pelos princípios do DICA. 
Contempla aspectos das vertentes clássicas de Haia e de Genebra
As inovações tecnológicas e a complexidade dos conflitos armados contemporâneos, associadas às exigências da comunidade internacional de limitar o desenvolvimento dos meios de destruição, têm contribuído para aproximar as duas vertentes do DICA – o Direito de Haia e o Direito de Genebra. 
O primeiro, no que se refere à proibição e limitação do uso de determinados métodos e meios de combate nas hostilidades e o segundo, como sistema para salvaguardar e proteger as vítimas de situações de conflitos armados. 
Para exemplificar, pode-se comparar dois instrumentos:
1- Protocolo de Genebra de 1925, relativos aos gases asfixiantes, que proíbe o uso na guerra de gases asfixiantes, tóxicos ou similares e de meios bacteriológicos. Refere-se ao uso, mas não se proíbe o manejo.
2- Convenção de 1972 sobre a proibição do desenvolvimento, produção e estocagem de armas bacteriológicas (biológicas) e tóxicas e sobre a sua destruição, proibindo formalmente sua existência. 
· LIMITES: Civis, local, meios que evitem sofrimento. (ex. armas químicas e biológicas)
· Princípio da neutralidade: Direito do Estado de ficar “de fora” da guerra.
A proibição de guerra veio com a consolidação da Carta das Nações Unidas de 1945, que, de maneira ampla, proibiu a manifestação do uso da força, somente resguardando os casos de defesa legítima contra uma agressão (guerra justa).
Sumarizando, (O QUE É GUERRA JUSTA?)
José Roberto Goldim. Disponível em: < https://www.ufrgs.br/bioetica/guerra.htm>. Acesso em 10 out. 2019.
· Quando é permissível travar uma guerra? 
· Causa Justa
· Intenção Justa
· Autoridade Legítima
· Possibilidade Razoável de Sucesso
· Quais as limitações na maneira de travar uma guerra? 
· Último Recurso
· Discriminação (proteção de não combatentes)
· Proporcionalidade
· Respeito à Tradição das Convenções de Guerra e Tratados Internacionais
O Estado Brasileiro possui significativa predisposição em acatar as normas do Direito Internacional. O País ratificou ou aderiu a aproximadamente cinqüenta tratados multilaterais relacionados à proteção de pessoas e bens e à proibição de armas de destruição em massa.
DECRETO Nº 42.121, DE 21 DE AGOSTO DE 1957
Promulga as Convenções concluídas em Genebra, a 12 de agôsto de 1949, destinadas a proteger as vítimas da guerra.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
Havendo o Congresso Nacional aprovado, pelo Decreto Legislativo nº 35, de 12 de setembro de 1956, as seguintes Convenções firmadas em Genebra, a 12 de agôsto de 1949, entre o Brasil e diversos países, por ocasião da Conferência diplomática para a elaboração de Convenções internacionais destinadas a proteger as vítimas da guerra:
I) Convenção para a melhoria da sorte dos feridos e enfermos dos exércitos em campanha;
II) Convenção para a melhoria da sorte dos feridos, enfermos e náufragos das fôrças armadas no mar;
III) Convenção relativa ao tratamento dos prisioneiros de guerra;
IV) Convenção relativa a proteção dos civis em tempo de guerra;
E havendo sido ratificadas, pelo Brasil, por Carta de 14 de maio de 1957;
E tendo sido depositado, a 26 de junho de 1957, junto ao Govêrno Suíço, em Berna o instrumento brasileiro de ratificações das referidas Convenções:
Decreta que as mencionadas Convenções, apensas por cópia ao presente Decreto, sejam executadas e cumpridas tão inteiramente como nelas se contêm.
Rio de Janeiro, em 21 de agôsto de 1957, 136º da Independência e 69º da República.
JUSCELINO KUBITSCHEK
José Carlos de Macedo Soares
Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.9.1957
1ª CONVENÇÃO DE GENEBRA
Artigo 2º
Afora as disposições que devem vigorar em tempo de paz, a presente Convenção se aplicará em caso de guerra declarada ou de qualquer outro conflito armado que surja entre duas ou várias das Altas Partes Contratantes, mesmo que o estado de guerra não seja reconhecido por uma delas.
A Convenção se aplicará igualmente, em todos os casos de ocupação da totalidade ou de parte do território de uma Alta Parte Contratante, mesmo que essa ocupação não encontre resistência militar.
Se uma das Potências em luta não fôr parte na presente Convenção, as Potências que nela são partes permanecerão, não obstante,obrigadas por ela em suas relações recíprocas. Elas ficarão, outrossim, obrigadas pela Convenção com relação a Potência em aprêço, desde que esta aceite e aplique as disposições.
Artigo 7º
Os feridos e enfermos, assim como os membros do pessoal sanitário e religioso, não poderão, em caso algum renunciar parcial ou totalmente, aos direitos que lhes garantem a presente Convenção e, dado o caso, os acordos citados no artigo anterior.
Capítulo III
Das Unidades e dos Estabelecimentos Sanitários
Capítulo IV
Do Pessoal
Capítulo V
Dos Edifícios e do Material
Capítulo VI
Dos Transportes Sanitário
capítulo VII
Do Emblema Distintivo
Artigo 38
Em homenagem à Suíça, o sinal heráldico da cruz vermelha sôbre fundo branco formado, formado por inversões das côres federais, será mantido como emblema e sinal distintivo do serviço sanitário dos exércitos.
Capítulo VIII
Da execução da convenção
Capítulo IX
Da Repressão dos Abusos e Infrações
Artigo 49
As Altas Partes Contratantes se comprometem a tomar tôdas as medidas legislativas necessárias para fixar as sanções penais adequadas a serem aplicadas às pessoas que cometam, ou dêem ordem de cometer, qualquer das infrações graves à presente Convenção, definidas no artigo seguinte.
Cada Parte Contratante terá a obrigação de procurar as pessoas acusadas de terem cometido, ou dado ordem de cometer, qualquer das infrações graves,...
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 55
A presente Convenção é redigida em francês e em inglês. Ambos os textos são igualmente autênticos. O Conselho Federal Suíço ordenará a tradução oficial da Convenção em língua russa e em língua espanhola.
Artigo 63
Cada uma das Altas Partes Contratantes terá a faculdade de denunciar a presente Convenção.
VER:
Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA): MANUAL DE EMPREGO DO DIREITO INTERNACIONAL DOS CONFLITOS ARMADOS (DICA) NAS FORÇAS ARMADAS. 2011. Disponível em: <https://www.defesa.gov.br/arquivos/File/legislacao/emcfa/publicacoes/md34_m_03_dica_1aed2011.pdf>. Acesso em 25 mar. 2020

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