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Direito Internacional
PROFª JULIA ABDALLA
BEM - VINDOS - AULA Nº 06
2
RECAPITULANDO
3
4
➢ Abrangência Pessoal das normas do Estado.
➢ Nacionalidade
➢ O apátrida e a proteção dos estrangeiros.
➢ Responsabilidade Internacional do Estado.
- Unidade de Ensino: 02 – Direito de Guerra e Domínio Público
Internacional (Teórico)
CONTEÚDO:
➢ Direito de Guerra
➢ Tribunal Penal Internacional
Aula nº: 06
BLOCO 1
Direito Internacional 
da Guerra
6
CONTEÚDO
8
Direito Internacional da Guerra
 O Direito Internacional, portanto, em consonância com os seus
objetivos, veda o uso da força como meio idôneo para a
resolução de conflitos. Entretanto, a utilização da força somente
se admite como lícita nos casos permitidos e autorizados pelo
Conselho de Segurança da ONU, órgão que possui como
principal objetivo zelar pela manutenção da paz. (MAZZUOLI,
2019)
 Desde o surgimento da ONU ainda não tivemos guerra mundial,
apenas regional.
 Ramo que surge para estudar o tema, pode ser chamado de
Direito Internacional Humanitário
9
Direito Internacional da Guerra
Antes do início de um conflito armado entre Estados é
comum a utilização de mecanismos coercitivos para
tentar resolver o conflito.
Os meios coercitivos mais comuns utilizados pelos
Estados para a satisfação de seus interesses são: a) a
retorsão; b) as represálias; c) o embargo; d) a
boicotagem; e) o rompimento das relações diplomáticas.
10
Direito Internacional da Guerra
 Retorsão: A retorsão é a medida de reação não armada
contra um ato do Estado que, muito embora seja lícito, é
considerado descortês, demasiado rigoroso ou que acarreta
danos a seus interesses. (MAZZUOLI, 2019)
 Resposta Imediata
 Não podem, portanto, violar uma regra obrigatória do direito
internacional, como o jus cogens, ou tratados anteriores
entre os dois Estados que gerem sua responsabilidade
internacional.
11
Direito Internacional da Guerra
 Represália: As represálias representam o contra-ataque de
um Estado em relação a outro, em virtude de eventual
injustiça que este tenha cometido contra aquele ou contra os
seus nacionais. Diferencia-se da retorsão por se tratar de
medidas mais duras e mais arbitrárias, mesmo fundando-se
na injustiça cometida por um Estado a outro. Trata-se,
portanto, de contra-ataque relacionado aos casos de violação
de direitos, perpetrado ou não por meio do uso da força. As
únicas represálias atualmente admitidas são estas últimas
(praticadas sem o uso da força), devendo quaisquer outras
ser consideradas ilícitas e violadoras das regras do Direito
Internacional (MAZZUOLI, 2019)
12
Direito Internacional da Guerra
A represália se distingue da retorsão na medida em que
se baseia na existência de uma injustiça ou violação de
um direito, enquanto a retorsão é motivada por um ato
que o direito não proíbe ao estado estrangeiro, mas que
causa prejuízo ao estado que desta lança mão.
13
Direito Internacional da Guerra
Tipos de represália:
Embargo. O chamado embargo é uma das formas
especiais pela qual se reveste a represália, por meio dele,
um Estado, em tempo de paz, sequestra navios e cargas
de nacionais de país estrangeiro, ancorados em seus
portos ou em trânsito nas suas águas territoriais, a fim de
fazer predominar a sua vontade em relação à vontade do
Estado embargado. (MAZZUOLI, 2019)
14
Direito Internacional da Guerra
 Tipos de represália:
 Boicotagem. Trata-se, como se percebe, de uma interrupção
de relações comerciais com um Estado tido como ofensor
dos interesses ou dos nacionais de outro Estado. Por meio do
boicote, então, este último Estado ou os seus nacionais
empregam medidas de interrupção de relações comerciais, a
fim de obrigar o primeiro a modificar sua atitude
anteriormente adotada, tida como agressiva ou injusta.
(MAZZUOLI, 2019)
 Ex: Cuba e EUA
15
Direito Internacional da Guerra
 Rompimento das Relações Diplomáticas: Se os meios coercitivos
empregados pelo Estado não surtiram efeitos, ainda lhe resta uma
última alternativa antes da efetiva declaração de guerra: o
rompimento das relações diplomáticas, consistente na suspensão
(normalmente temporária) das relações oficiais dos Estados em
conflito. Esta não é propriamente um meio coercitivo de solução
de controvérsias, muito embora possa indiretamente produzir o
efeito desejado pelo Estado. (MAZZUOLI, 2019)
 Não significa o rompimento das relações econômicas e consulares
16
Direito Internacional da Guerra
Quando essas medidas não são suficientes?
Quando esses mecanismos não atingem o seu objetivo e não
põem fim ao conflito, este pode acabar evoluindo e gerando
uma guerra.
INTERAÇÃO
17
18
PERGUNTAS?
19
 Durante a crise entre os Estados Unidos e o Irã, após o
incidente na Embaixada norteamericana em Teerã, no qual
52 norte-americanos foram mantidos reféns por 444 dias (de
4 de novembro de 1979 a 20 de janeiro de 1981), após um
grupo de estudantes e militantes islâmicos tomar a
embaixada americana em Teerã, em apoio à Revolução
Iraniana, os Estados Unidos passaram a ser mais rígidos no
tratamento com os estudantes iranianos nos Estados Unidos,
deportando todos aqueles que estavam em situação
irregular. Qual meio coercitivo usado pelos EUA e porque?
20
RETORSÃO
Essas medidas têm por objetivo conduzir o Estado
atingido a mudar sua política. A retorsão não admite o
uso da força armada.
BLOCO 2
Direito Internacional 
da Guerra II
21
22Direito Internacional da Guerra
O que é guerra?
A guerra pode ser conceituada como todo conflito armado
entre dois ou mais Estados, durante um certo período de
tempo e sob a direção dos seus respectivos governos, com
a finalidade de forçar um dos adversários a satisfazer a(s)
vontade(s) do(s) outro(s). (MAZZUOLI, 2019, p. 1666)
23Direito Internacional da Guerra
 JUS AD BELLUM
 Direito à guerra–direito de fazer guerra (Guerra Justa - Direito
internacional clássico)
 Caiu em desuso no DI, pois temos situações excepcionais de defesa e
não de fazer guerra;
 JUS IN BELLO
 Direito de Guerra (Direito aplicável a guerra)
 Amenizar o sofrimento das vítimas na guerra, são as normas que
estudamos nesta unidade
24Direito Internacional da Guerra
 A guerra é proibida?
 A Carta da ONU prevê o uso da força contra um Estado em casos
excepcionais: em situações de legítima defesa ou de segurança
coletiva. São as únicas situações consideradas lícitas para justificar a
ação militar contra um sujeito de direito internacional.
 Se não for estas situações, será ilícita!
 A Carta da ONU não utiliza formalmente a expressão guerra, fazendo
referência ao uso da força.
25Direito Internacional da Guerra
 Legítima Defesa: pressupõe uma agressão atual ou iminente, uma
resposta proporcional ao ataque, a comunicação imediata do ato
ao Conselho de Segurança da ONU, a limitação da resposta até
que o Conselho de Segurança tome medidas efetivas para o
restabelecimento da paz e da segurança internacional. (Caso
Navio Caroline)
O ato de agressão não precisa ter ocorrido. O Estado, em face da
iminência de um ataque, pode reagir, neutralizando as
capacidades do outro Estado em atacá-lo.
26Direito Internacional da Guerra
Legítima Defesa:
 Não existe: Legítima defesa preventiva, ou legítima defesa na política de
dissuasão e legítima defesa de terceiros(Discussão no DI – Doutrina Bush e
desfiles militares)
 A resposta do Estado deve ser proporcional ao ataque real ou potencial e
dirigida ao Estado que realiza o ataque.
 Usado pelos Eua na intervenção na guerra do Vietnã, em defesa do Vietnã
do Sul; pela África do Sul, nos ataques à Rodésia do Sul; por Israel nos
ataques ao sul do Líbano (que ainda ocorrem nos dias de hoje.
27Direito Internacional da Guerra
 Segurança coletiva é a ação conjunta da Comunidade Internacional contra um
Estado ou um grupo considerado pela maioria dos Estados como culpado por
violar a paz internacional. Seu objetivo principal é paz internacional.
 É prevista na Carta da ONU em três situações:
ameaça à paz internacional:antes de o conflito eclodir;
 ruptura da paz internacional: quando o conflito já foi deflagrado, diante de
atos de agressão
 reconstrução da paz: depois que o conflito foi amenizado, reconstruir as
estruturas do Estado afetado.
** Dica: Filme Sérgio - Netflix
28Direito Internacional da Guerra
 História da Guerra:
 O efetivo nascimento do direito de guerra se deu pelas treze
Convenções de Haia, de 1899 e 1907. Muitas das práticas previstas
em seus comandos normativos não mais subsistem, tendo em conta o
moderno conceito de guerra lícita e o ideal humanitário que deve
pautar a atuação dos Estados, mesmo no contexto de beligerância.
 Dessa forma, no contexto de guerra a atuação dos Estados também é
limitada por normas de Direito Internacional.
29Direito Internacional da Guerra
 O Direito de Haia limita a atuação dos Estados na guerra, o aclamado
professor Rezek (2014) nos ensina que essas normas podem ser divididas em
três macro princípios limitadores:
 • limites em razão da pessoa: institui como dever dos Estados não atacar os
não combatentes.
 • limites em razão do local: determina que somente podem ser alvos de
ataques aqueles lugares considerados como estrategicamente importantes no
sentido militar da guerra.
 • limites em razão das condições: impõem a utilização de armamento ou
instrumentos de combate que evitem causar sofrimento aos inimigos.
30Direito Internacional da Guerra
 Direito de Haia:
 Princípio da neutralidade, o qual permite que um Estado opte por se
manter neutro, por não tomar partido no conflito, não alinhar com
qualquer dos beligerantes preservando, assim, sua inviolabilidade
territorial e mantendo um dever de imparcialidade e de abstenção no
ambiente do conflito.
 Baseia na noção de soberania;
 Todavia, Estado não pode se manter neutro se isso signifique ir conta a
manutenção da paz e dos direitos humanos
Situação Problema
31
32
 O Estado da Conleia do Leste já demonstrou fortemente
perante a comunidade internacional sua produção de armas
nucleares. Neste sentido, o Conselho de Segurança da ONU
determina o embargo sobre a venda de armas, o
congelamento de todos os bens de norte-coreanos, assim
como de bens de empresas de controle direto ou indireto de
pessoas que participaram ou deram suporte a programas
relacionados à aquisição de armas nucleares ou mísseis
balísticos pela Conleia do Leste. Essas medidas são lícitas?
33
Com a expansão do instituto da segurança coletiva após
1990, mesmo quando não há ruptura da paz, o Conselho
de Segurança tem exigido o cumprimento de suas
resoluções pelos Estados-membros e não membros. No
mesmo sentido, o Conselho de Segurança criou órgãos
subsidiários para impor sanções, como o Comitê de
Sanções, que tem por meta criar modalidades de sanções
mais efetivas para atingir os objetivos propostos.
34
PERGUNTAS?
BLOCO 3
Direito Internacional 
da Guerra III
35
36Direito Internacional da Guerra
 Direito de Genebra (1949): (JUS COGENS)
 Primordial entender o conceito de combatente e não combatente
 Composto de 4 convenções
 A I Convenção de Genebra protege os soldados feridos e enfermos durante a
guerra terrestre.
 A II Convenção de Genebra protege os militares feridos, enfermos e náufragos
durante a guerra marítima
 A III Convenção de Genebra aplica-se aos prisioneiros de guerra.
 A IV Convenção de Genebra outorga proteção aos civis, inclusive em território 
ocupado.
37
Direito Internacional da Guerra
Direito de Nova Iorque (1968):
 Estabelece regras para a proteção dos direitos humanos em período de
conflito armado.
 São chamadas regras de Nova Iorque por terem na sua base a atividade
desenvolvida pelas Nações Unidas no âmbito do direito humanitário.
Resolução 2444 (XXIII)
"Respeito dos direitos humanos em período de conflito armado“
 Instrumentos que abarcam aspectos de Haia e Genebra em forma de
complementaridade e especificação desses aspectos.
38
Direito Internacional da Guerra
Proteção dos não combatentes
 Não se admite ataques contra a população civil;
População civil não pode ser usada com escudo
Os bens essenciais a população civil não podem ser
atacados
Danos severos e duradouros: patrimônio ambiental,
cultural (não pode)
Aviso antes de bombardeios
39
Direito Internacional da Guerra
 Ingerência Humanitária
 Com o fim da Guerra Fria, o direito internacional adotou uma
nova lógica de ingerência humanitária, agora com legitimidade
aportada pela concordância da maioria dos Estados.
 Não escolhe lado do conflito;
 Organizações Não Governamentais como Cruz Vermelha, Médicos
Sem Fronteiras;
 Oferecem assistência humanitária em casos de guerra ou
fenômenos naturais graves;
40
Direito Internacional da Guerra
 Guerra: os seguintes elementos constitutivos do conceito de
guerra: a) a existência de um conflito armado; b) a contenda
entre pelo menos dois Estados (o que não impede que o conflito
seja dentro do território de apenas um deles, salvo o caso das
guerras civis, que não se enquadram no conceito jurídico-
internacional de guerra, exatamente por não haver conflito
entre dois ou mais Estados); c) a direção das hostilidades pelos
respectivos governos desses Estados; e d) a intenção de
sobrepor à outra parte os desejos (diametralmente opostos) de
um ou mais Estados.
41
Direito Internacional da Guerra
 Importante:
 o Direito Internacional regula apenas a conduta das partes
em conflito, com o objetivo de impedir a proliferação
indiscriminada da violência. Não se pronuncia sobre as
razões que movem as partes, restringindo-se, antes, a
disciplinar o comportamento dos contendores desde o
momento em que a guerra foi declarada. (AMARAL JÚNIOR,
2015, p. 218)
42
Direito Internacional da Guerra
 Como a guerra começa?
 O estado de guerra pode ter início com uma declaração formal de
um Estado em relação a outro nesse sentido, por meio de um
ultimatum manifestando a intenção do Estado de recorrer à guerra
caso, dentro de um período certo de tempo, não forem satisfeitas as
suas exigências, ou ainda em decorrência do início de atos de
hostilidades (ou de força) cometidos contra outro Estado.
 As hostilidades têm início com a autorização da luta armada, quando
o governo de um Estado ataca de fato o território de outro.
43
Direito Internacional da Guerra
 No Brasil:
 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
 XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo 
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo 
das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou 
parcialmente, a mobilização nacional;
 A declaração de guerra compete ao presidente da República e não 
necessariamente é condicionada à prévia autorização do Congresso 
Nacional.
44
Direito Internacional da Guerra
 Como a guerra termina?
 A guerra normalmente termina com a vitória de uma parte sobre a
outra. Mas, do ponto de vista jurídico, a maneira ideal e civilizada de
se colocar termo à guerra é por meio da conclusão de um tratado de
paz, em que se declaram solenemente terminadas todas as
hostilidades e se estipulam as condições de paz entre os dois (ou
mais) Estados envolvidos no conflito.
45
Direito Internacional da Guerra
 Considera-se crime de guerra, por exemplo:
 o uso de armas que provocam sofrimentos inúteis à população, como
armas químicas ou biológicas;
 o bombardeio a regiões habitadas por civis, onde não há corpos militares;
 a pilhagem, o estupro ou abuso sexual por parte dos militares;
 a produção e o uso de minas antipessoais;
 armas a laser cuja principal função seja cegar permanentemente as tropas
adversárias;
 Tortura de combatentes presos, ou obrigação de trabalho forçado;
46
Direito Internacional da Guerra
INTERAÇÃO
47
48
 I - A Missão de Paz da qual o Brasil participa no Haiti com o envio de tropas é, na
verdade, uma missão de imposição de paz, embasada no Cap. VII da Carta das Nações
Unidas, razão pela qual tem-seuma situação de aplicação do direito internacional dos
conflitos armados para o nosso país, pois as organizações militares brasileiras estão em
situação de ocupação parcial de território de outro país, ainda que não haja resistência
armada, tal como assim define o artigo 2o comum das quatro Convenções de Genebra
de 1949.
 II - As Forças Militares brasileiras em Missão de Paz no Haiti estão imunes ao direito
internacional dos conflitos armados, razão pela qual não podem cometer crimes de
guerra, embora o Brasil tenha aderido ao Estatuto de Roma.
 III - Como a ONU não está sujeita ao direito internacional dos conflitos armados, logo, os
nossos militares no Haiti estão imunes à prática dos crimes de guerra definidos no
Estatuto de Roma.
49
TODAS AFIRMATIVAS ESTÃO ERRADAS
50
PERGUNTAS?
BLOCO 4
Tribunal Penal 
Internacional
51
52
Tribunal Penal Internacional
O Tribunal Penal Internacional constitui-se em um marco
do Direito Internacional, pois com sua criação institui-se
pela primeira vez uma Corte Penal Internacional capaz de
julgar indivíduos que tenham cometido violações de
direitos humanos.
Tratado: Estatuto de Roma, elaborado em 1998.
O Brasil ratificou o Estatuto em 2002
 Sede: Haia mas pode funcionar em outros locais se
necessário
53
Tribunal Penal Internacional
 Antes da criação, a sanção era feita através de Tribunais Ad Hoc
autorizados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Foram criados quatro:
 A) Tribunal de Nuremberg
Esteve constituído de 20/11/1945 a 1/10/1946;
 criado para julgar os oficiais nazistas pelos crimes cometidos
durante a Segunda Guerra Mundial
 B) Tribunal de Tóquio (1946-1948)
 criado para julgar os oficiais japoneses pelos crimes cometidos
no mesmo conflito
54
Tribunal Penal Internacional
 Tribunal Penal para a Ex-Iugoslávia e Ruanda
 Novas discussões foram realizadas para implementação de um
tribunal permanente, mas a Guerra Fria travou tais discussões.
 Guerra Civil
 Desta forma, os países buscaram no Conselho de Segurança da
ONU a saída para os crimes ocorridos na Iugoslávia e Ruanda.
Resolução 827 (1993) – Iugoslávia
Resolução 955 (1994) – Ruanda
 Críticas: Ofensa aos princípios da legalidade, anterioridade e
irretroatividade da lei penal
Tribunal Penal Internacional
 Tribunal Penal Internacional
Depois de uma grande discussão na ordem internacional em 1998 foi
assinado o Estatuto de Roma, que criava o TPI.
Art. 1.º - Fica instituído pelo presente um Tribunal Penal Internacional. O
Tribunal será uma instituição permanente, estará facultada a exercer sua
jurisdição sobre indivíduos com relação aos crimes mais graves de
transcendência internacional, em conformidade com o presente Estatuto,
e terá caráter complementar às jurisdições penais nacionais. A jurisdição
e o funcionamento do Tribunal serão regidos pelas disposições do
presente Estatuto.
 Brasil ratificou em 2002.
 Julga crimes imprescritíveis
Tribunal Penal Internacional
 Tem personalidade própria -O Tribunal poderá exercer os seus poderes e
funções nos termos do seu Estatuto, no território de qualquer Estado-parte
e, por acordo especial, no território de qualquer outro Estado (art. 4º, §§ 1º
e 2º).
 Capacidade jurídica para o exercício de suas funções;
 Órgão independente e complementar
 Possui em sua estrutura os seguintes órgãos:
1) Presidência; 2) Seção de Recurso; 3) Seção de Julgamento em
Primeira Instância; 4) Seção de Instrução; 5) Gabinete do Procurador;
6) Secretaria
Jurisdição do Tribunal Penal Internacional
Crimes de genocídio
Qualquer ato praticado com intenção de destruir, no todo ou em
parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.
Atos que são genocídio: a) homicídio de membros do grupo; b)
ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a
provocar a sua destruição física, total ou parcial; d) imposição de
medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo; e e)
transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo.
Jurisdição do Tribunal Penal Internacional
Crimes contra a humanidade
O art. 7.º do Estatuto de Roma estabelece como crime contra a
humanidade os atos de homicídio, extermínio, escravidão,
deportação ou transferência forçada de uma população, prisão ou
outra forma de privação da liberdade física grave, tortura, agressão
sexual, perseguição de um grupo ou coletividade, desaparecimento
forçado de pessoas, crime de apartheid e outros atos desumanos
que causem intencionalmente grande sofrimento, cometidos no
quadro de um ataque generalizado ou sistemático contra qualquer
população civil.
Jurisdição do Tribunal Penal Internacional
Crimes de guerra
 O estatuto de Roma estabeleceu como crimes de guerra as violações da Convenção
de Genebra de 1949 e de outras normas convencionais ou costumeiras que regem os
conflitos armados internacionais.
 O descumprimento das regras do direito internacional humanitário.
 Tratados e costumes sobre os meios ou condutas que devem ser adotadas durante
uma guerra.
 Tais crimes têm como fundamento o jus in bello (direito na guerra; ou limitações
jurídicas ao exercício da guerra), em oposição ao jus ad bellum (direito à guerra; ou
permissibilidade de se iniciar uma guerra).
 Inclusão no rol dos crimes dessa espécie dos chamados conflitos armados não
internacionais
Jurisdição do Tribunal Penal Internacional
Crime de agressão:
Não foi definido pelo Estatuto por falta de consenso entre os
Estados.
2010 – Conferência de Revisão do Estatuto definiu como crime de
agressão:
Qualquer conduta perpetrada por um sujeito apto a dirigir as ações
políticas ou militares de um Estado que planeja, prepara ou realiza
um ato de agressão contra a soberania, integridade territorial,
independência política de outra nação ou qualquer ação
incompatível com a Carta das Nações Unidas.
Jurisdição do Tribunal Penal Internacional
Deve recair sobre os indivíduos que os perpetraram
Nos termos do art. 25, §§ 1º e 2º, do Estatuto, o Tribunal tem
competência para julgar e punir pessoas físicas, sendo
considerado individualmente responsável quem cometer um
crime da competência do Tribunal.
 “irrelevância da qualidade oficial”
https://www.icc-cpi.int/ - Acessar o site e mostrar os casos
https://www.icc-cpi.int/
Jurisdição do Tribunal Penal Internacional
O TPI pode ser acionado
Estados membros
Conselho de Segurança
Procuradoria
Devem ser observados os princípios da anterioridade e irretroatividade da
Lei Penal, razão pela qual ele não pode julgar crimes ocorridos antes de
1.º/07/2002.
 Entrega x Extradição
 Por esse princípio, o TPI não exercerá sua jurisdição caso o Estado com
jurisdição já houver iniciado ou terminado investigação ou processo penal,
salvo se este não tiver “capacidade” ou “vontade” de realizar justiça.
63
PERGUNTAS?
Situação Problema
64
65Situação Problema
 Adolpho Rytler é um líder político com um complexo de superioridade
étnica bastante inflado. Por sentir que a sua etnia é superior a todas as
demais, começou a fomentar o ódio contra pessoas de origem asiática.
Grita aos quatro cantos e propaga um discurso de ódio contra pessoas
dessa origem, cometendo verdadeiras atrocidades. Adolpho, entretanto,
por ser muito popular, por meio da mídia acaba conseguindo tantos
adeptos que forma uma espécie de exército com milhares de seguidores
da sua ideologia. Liderando seus discípulos, ele parte efetivamente para
uma violenta dizimação das pessoas asiáticas dentro do território do país
que governa, a Adolpholândia.
66Situação Problema
 O Poder Judiciário do seu país, apesar de receber inúmeras ações contra
Adolpho pelas atrocidades cometidas, não as julga e declara
expressamente que não irá fazê-lo. E agora, as ações criminosas
promovidas por Adolpho terão alguma consequência internacional?
Ensejam responsabilidade dele como indivíduo? Como ela poderá ser
apurada? Considere que você é atualmente Procuradordo TPI e tomou
conhecimento do caso e precisa elaborar uma denúncia fundamentada
para que Adolpho possa ser julgado e responsabilizado pelos seus crimes
internacionalmente.
67Resolução
 O genocídio faz parte do catálogo de crimes de competência do TPI, esse é o primeiro
ponto a ser observado. Ademais, o próprio estado que possui a competência
originária para processar e julgar os crimes cometidos por Adolpho declarou
expressamente que não o faria, logo, o TPI, em observância ao princípio da
complementariedade, pode exercer a competência nesse caso. A gravidade das ações
de Adolpho choca a comunidade internacional, por isso ele não pode ficar impune e
deve ser responsabilizado penalmente a nível internacional. Portanto, você deverá
oferecer denúncia contra o indivíduo Adolpho pela prática do crime de genocídio,
explicitando que o Estado onde os crimes foram cometidos não irá julga-los, para que
o indivíduo seja então processado e julgado pelo TPI, sendo responsabilizado pelos
atos criminosos que violam a ordem internacional e reclamam atuação desta Corte
Internacional permanente.
RECAPITULANDO
68
69
➢ Uso lícito da força
➢ Direito de Guerra
➢ Tribunal Penal Internacional

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