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2o bim_Avaliacao_da_degradacao_de_pastagens_12 1

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Dr. João Menezes de Souza Neto 
Nutrição Animal e Pastagens 
AVALIAÇÃO DE PASTAGENS 
DEGRADADAS 
1 - INTRODUÇÃO 
PORQUÊ 
PASTAGENS 
PRODUTIVAS COM 
ELEVADAS TAXAS 
DE LOTAÇÃO... 
...SE TORNAM 
IMPRODUTIVAS, COM 
ALTA QUANTIDADE 
DE INVASORAS E 
BAIXAS TAXAS DE 
LOTAÇÃO... 
...TORNANDO 
NECESSÁRIA A 
RENOVAÇÃO 
DA PASTAGEM? 
COMO AVALIAR 
PASTAGENS 
DEGRADADAS E 
TOMAR A MELHOR 
DECISÃO QUANTO A 
SUA RECUPERAÇÃO 
OU REFORMA? 
2 – O QUE É A 
DEGRADAÇÃO 
DE 
PASTAGENS? 
DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS É... 
Perda do vigor, produtividade e 
cobertura do solo com queda da 
produção e aumento da presença de 
invasoras (Nascimento Júnior, 1999). 
Declínio permanente da 
produção causado por ação do 
homem , processo natural ou 
ambos (Behnke & Scoones citados 
por Sneath, 1998). 
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Produção de MS (t/ha/ano)
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Lucro (US$/ha)
Diminuição do N do solo (kg/ha)
Taxa de lotação (UA/ha)
Figura 1 - Lucro, decrescimo de N no solo e taxa de lotação em função 
da produção de MS (Bouman, 1999)
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Produção de MS (t/ha/ano)
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Lucro (US$/ha)
Diminuição do N do solo (kg/ha)
Taxa de lotação (UA/ha)
Figura 1 - Lucro, decrescimo de N no solo e taxa de lotação em função 
da produção de MS (Bouman, 1999)
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Produção de MS (t/ha/ano)
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Lucro (US$/ha)
Diminuição do N do solo (kg/ha)
Taxa de lotação (UA/ha)
Figura 1 - Lucro, decrescimo de N no solo e taxa de lotação em função 
da produção de MS (Bouman, 1999)
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Produção de MS (t/ha/ano)
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Lucro (US$/ha)
Diminuição do N do solo (kg/ha)
Taxa de lotação (UA/ha)
Figura 1 - Lucro, decrescimo de N no solo e taxa de lotação em função 
da produção de MS (Bouman, 1999)
A DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS 
ESTÁ PRESENTE EM... 
25 Milhões de ha (50% das pastagens cultivadas) 
do Brasil Central estão em degradação (Vieira & 
Kichel, citados po Costa e Rehman e ANUALPEC citado por 
Nascimento Júnior, 1999) 
20% das áreas de pastagens do mundo 
apresentam de 25-50% de degradação (IPRFI, citado 
por Sbrissia & Silva, 2001) 
Na Ásia Central e Costa Rica, há áreas com mais 
de 70% de degradação (Sneath, 1998 e Bauman et al., 
1999) 
 O produtor reconhece o 
problema da degradação, pois 
em pesquisa realizada por Costa 
e Rehman (1999), 80% dos 
pecuaristas entrevistados 
reconhecem que há problema de 
degradação das pastagens em 
suas propriedades. 
3 - O QUE CAUSA 
A DEGRADAÇÃO 
DE PASTAGENS? 
A principal causa 
da degradação de 
pastagens é o 
manejo, sendo o 
superpastejo o 
principal problema. 
COMO O MANEJO PODE 
AFETAR A PASTAGEM? 
NA ÁSIA CENTRAL, A ÁREA 
DEGRADADA VARIA... 
BURYTIA E CHITA >77% = MONGÓLIA = 9% 
BURYTIA E CHITA 
MONGÓLIA 
COMO O MANEJO PODE AFETAR A PASTAGEM? 
ÁSIA CENTRAL- ÁREA DEGRADADA 
BURYTIA E CHITA >77% 
PASTEJO COM 
LOTAÇÃO CONTÍNUA 
= MONGÓLIA= 9% 
PASTEJO 
NÔMADE 
SNEATH (1998) 
PARA UM BOM MANEJO 
É IMPORTANTE 
CONTROLAR A 
ALTURA DA 
PASTAGEM? 
Há alta correlação entre a 
baixa oferta de forragem pré 
pastejo e resíduo pós pastejo 
com a presença de invasoras em 
pastagens perenes (Harker et al., 
2000). 
IDEAL: Resíduo pós pastejo com 
25% ou mais de folhas verdes, com 
1.500-2.500 kg MS/ha (Nascimento 
Júnior, 1999). 
ALTURA 
MÍNIMA 
PASTEJO 
UNIFORME 
PASTEJO DESUNIFORME 
3 - O QUE CAUSA A DEGRADAÇÃO DE 
PASTAGENS? 
TABELA 3 – Períodos de descanso ou intervalo entre pastejos e 
altura de resíduo pós pastejo das principais forrageiras utilizadas 
no Brasil . 
0
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
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3 12 21 30
Dias após o pastejo
4.000 kg MSV/ha
2.500 kg MSV/ha
1.000 kg MSV/ha
FIGURA 6– Crescimento pós-desfolha do sistema radicular de Tanzânia, submetidos à 
três resíduos pós-pastejo (kg/ha de matéria seca verde (MSV/ha). Adaptado de Paggotto, 
citado por Corsi et al., (2001).
MANEJO 
BAIXO 
MANEJO 
ALTO 
UMA DAS CAUSAS 
DA DEGRADAÇÃO 
DE PASTAGENS É A 
PERDA DO SISTEMA 
RADICULAR ... 
A diminuição da produção da parte aérea de 
uma pastagem degradada é acompanhada 
pela diminuição do crescimento de raízes . 
Miller et al. (2001) trabalharam com 4 condições de 
pastagens de Panicum maximum (Jacq.): 
a) pastagem produtiva; 
b) pastagem em declínio; 
c) pastagem degradada e 
d) pastagem recuperada com Andropogon gayanus 
(Kunth) 
Este autores observaram menor crescimento de 
raízes e pior distribuição destas no perfil do solo, à 
medida que a degradação aumentou. 
868
322
759
246
710
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Pastagem
produtiva
Pastagem em
declínio
Pastagem
degradada
Pastagem
recuperada
Tipo de pastagem
20-50
0-20
100%
99,6%%
80,5%
84,5%%
O MANEJO PODE 
INFLUENCIAR A 
PRESENÇA DE 
INVASORAS? 
Dobashi et al. (2001) 
conseguiram redução de 
38,6% na presença de 
invasoras, em pastagem de 
Brachiaria decumbens, 
somente com melhor manejo 
da área, em região de 
cerrado. 
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Testemunha Roçadora Rolo faca Tordon 3%
Tratamento
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Produção de MS (kg/ha)
% de controle de invasoras
Gráfico 4 - Produção de MS de Braquiaria decumbens e % de controle de invasoras utilizando-se 3 métodos de 
controle de plantas invasoras (Adaptado de Dobashi et al, 2001)
A PRESENÇA DE PLANTAS INVASORAS PODE 
PREJUDICAR A PASTAGEM? 
A presença de invasoras reduz a 
qualidade da pastagem e a população da 
forrageira (Harker et al, 2000). 
A cobertura vegetal pela forrageira 
assim como a presença de invasoras são 
bons indicativos da degradação da 
pastagem (Nascimento Júnior et al, 1999) 
 
A PRESENÇA DE PLANTAS INVASORAS PODE 
PREJUDICAR A PASTAGEM? 
A presença de invasoras reduz a 
qualidade da pastagem e a população da 
forrageira (Harker et al, 2000). 
A cobertura vegetal pela forrageira 
assim como a presença de invasoras são 
bons indicativos da degradação da 
pastagem (Nascimento Júnior et al, 1999) 
 
Condição da pastagem
FIGURA 4 -Mudança na cobertura de espécies forrageiras e na 
entrada de invasoras em pastagens segundo o estádio de 
degradação (Adaptado de Stoddart et al, 1975 citado por 
Nascimento Júnior et al., 1999).
Intensidade de pastejo
A
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Mais palátaveis
Menos palatáveis
Invasoras
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desejadas 
desejadas 
COMO AS INVASORAS AFETAM AS 
PASTAGENS? 
PRESENÇA 
COMO AS INVASORAS AFETAM AS PASTAGENS? 
INFLUÊNCIA 
HÁ OUTRAS CAUSAS DA 
DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS? 
A fertilidade de solo tem papel 
importante na degradação de 
pastagens. 
Freitas et al. (2000) encontraram 
níveis de fertilidade do solo menores 
em pastagens degradadas. 
HÁ OUTRAS CAUSAS DA DEGRADAÇÃO DE 
PASTAGENS? 
A fertilidade de solo tem papel 
importante na degradação de pastagens. 
Freitas et al.(2000) encontraram níveis 
de fertilidade do solo menores em 
pastagens degradadas. 
0,00
0,50
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Característica de fertilidade
Cerrado
Pastagem não
degradada
Pastagem
degradada
Gráfico 5 - Características químicas de solos de cerrados com vegetação 
original, pastagens não degradada e degradadas (Adaptado de Miller et al., 
2000).
A - Pastagens boa população e condição 
das plantas forrageiras, porém com elevada 
presença de invasoras ______. 
B – Pastagens baixas com elevada 
presença de invasoras, além da fertilidade 
baixa ______. 
C - Pastagens baixas e com sistema 
radicular pequeno ________. 
A - Pastagens boa população e condição 
das plantas forrageiras, porém com elevada 
presença de invasoras ______. 
B – Pastagens baixas com elevada 
presença de invasoras, além da fertilidade 
baixa ______. 
C - Pastagens baixas e com sistema 
radicular pequeno ________. 
1 
3 
2 
4 – COMO IDENTIFICAR E MEDIR A 
DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS? 
USAR MEDODOLOGIAS COM 
MEDIDAS MENSURAVEIS E EVITAR 
AVALIAÇÕES SUBJETIVAS. 
As diferentes maneiras de se avaliar o 
nível de degradação de uma pastagem 
estão sujeitas a variações de observador 
para observador, visto que são 
subjetivas (Nascimento Júnior et al., 1999 ). 
O grau de degradação de pastagens foi avaliado 
por Muller et al. (2001), pelo porte da forrageira 
(MENSURÁVEL – m), pela infestação de plantas 
invasoras (MENSURÁVEL – plantas /m2) e pela 
cobertura do solo (MENSURÁVEL – %). 
Porém Barcellos, citado por Nascimento Júnior, 
1999 classifica a degradação em 4 graus: 
1 - Redução da presença de forragem. 
2 - Diminuição da área coberta pela vegetação. 
3 - Aparecimento de invasoras de folhas largas. 
4 - Presença de alta proporção de invasoras. 
Medidas subjetivas que variam conforme o 
avaliador. 
FIGURA 7 - Critério de avaliação de pastagens 
(Nascimento Júnior et al. citados por Nascimento Júnior, 1999) 
5 - QUAIS AS AVALIAÇÕES PODEM 
SER FEITAS PARA IDENTIFICAR A 
DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS? 
FERTILIDADE DE SOLO 
5 - QUAIS AS AVALIAÇÕES PODEM SER FEITAS 
PARA IDENTIFICAR A DEGRADAÇÃO DE 
PASTAGENS? 
FERTILIDADE DE SOLO 
Espécies Nome comum
Nível crítico 
externo 
(mg/l)
Nível crítico 
interno (% 
da MS)
B . decumbens Decumbens 16,94 0,32
B. humidicula Humidícola 3,72 0,29
D. decumbens Pangola 19,16 0,29
H. rufa Jaraguá 1,94-7,75 0,16-0,53
P. maximum
Colonião, tanzânia, 
mombaça
18,5 0,23
P. purpureum Capim elefante 19,02 0,2
B. brizantha Brizantha 18 0,22
TABELA 5 – Níveis críticos de fósforo, internos e externos, em 
B. decumbens, B. humidícula, D. decumbens, H. rufa, P. 
maximum, P. purpureum (Martinez citado por Corsi & 
Nussio,1993).
OS DADOS DE FERTILIDADE SÃO 
ENTÃO COMPARADOS ENTRE 
PASTAGENS. 
AMOSTRAGEM DE SOLO 
CONVENCIONAL NA PROFUNDIDADE 
EXPLORADA POR RAÍZES DE 
FORRAGEIRAS (0-20CM). 
MASSA DE RAÍZES E PERFILHAMENTO 
MASSA DE RAÍZES E 
PERFILHAMENTO 
MASSA DE RAÍZES E PERFILHAMENTO 
Ppm de P na solução 
nutritiva
Prod. de M.S. da parte 
aérea
%P na MS Peso de raízes Número de perfilhos
2,5 24,8 0,07 7,3 17
5 31,2 0,1 9,8 26
10 52,2 0,17 13,4 35
20 63,9 0,27 13,9 35
40 77 0,28 16,3 39
TABELA 6 - Resposta de Panicum maximum a adubação fosfatada: produção de matéria seca da parte aérea 
(g/recipiente), % de P na matéria seca, peso de raízes (g/ recipiente) e número de perfilhos por recipiente (Adaptado 
de Werner e Haag, citados por HAAG &
A MASSA DE RAÍZES É 
DETERMINADA COM O USO 
DE UM CILINDRO DE 30 cm 
DE DIÂMETRO, QUE É 
INSERIDO NO SOLO ATÉ A 
PROFUNDIDADE DE 20 cm. 
A MASSA DE RAÍZES É DETERMINADA COM 
O USO DE UM CILINDRO DE 30 cm DE 
DIÂMETRO, QUE É INSERIDO NO SOLO ATÉ 
A PROFUNDIDADE DE 20 cm. 
 
O MATERIAL COLETADO É ENTÃO 
RETIRADO DO SOLO, LAVADO, SECADO E 
AS RAÍZES SÃO PESADAS. 
O PERFILHAMENTO É MEDIDO 
COLOCANDO-SE UM 
QUADRADO DE UM m2 SOBRE O 
SOLO E ENTÃO CONTA-SE O 
NÚMERO DE PERFILHOS NESTA 
ÁREA. 
POPULAÇÃO DE PLANTAS 
FORRAGEIRAS E 
PRESENÇA DE INVASORAS 
POPULAÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS 
E PRESENÇA DE INVASORAS 
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
0,32 0,64 1,28 1,92 2,56 3,20 6,41
SPV (kg/ha)
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 (
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)
Plantas/m2 Invasoras (%) MS (t/ha)
TABELA 7 - Número de plantas/m2, produção de MS e percentagem de invasoras na 
MS total, em função de diferentes densidades de semeaduras de B. brizantha 
(Adaptado de Zimmer et al. citados por Zimmer et al.,1994)
A POPULAÇÃO DA FORRAGEIRA É 
DETERMINADA PELA 
PORCENTAGEM DE SOLO 
COBERTA PELA FORRAGEM E 
NÚMERO DE PLANTAS 
FORRAGEIRAS EM UM QUADRADO 
DE UM m2 COLOCADO SOBRE O 
SOLO. ESTE PONTO TEM QUE SER 
REPRESENTATIVO DA ÁREA 
AMOSTRADA. 
A PRESENÇA DE 
INVADORAS É 
DETERMINADA 
CONTANDO-SE O 
NÚMERO DE PLANTAS 
EXISTENTE NO LOCAL 
AMOSTRADO (1,0 m2) 
ALTURA, MASSA 
SECA DO RESÍDUO 
E COMPACTAÇÃO 
IAF inicial MS/recipiente (g)
0,0 1,30
0,3 1,96
0,8 2,49
TABELA 7 – Efeito do nível inicial de área foliar na 
rebrota de plantas de Panicum maximum Jacq., após 
20 dias (Adaptado de Humphreys & Robinson citados 
por Gomide, 1994). Andropogon Colonião
0,85 17,20 17,40
1,15 11,30 12,10
1,25 3,40 10,20
TABELA 8 – Quantidade de fósforo acumulado na parte aérea de 
forrageiras tropicais em diferentes densidades de solo (adaptado de Silva 
et al., citados por Cantarutti, 2001).
Densidade 
aparente (g/cm
3
)
P na parte aérea (mg/cm
3
)
A ALTURA DA PASTAGEM É MEDIDA COM 
UMA RÉGUA NA ALTURA MÉDIAS DAS 
FOLHAS. 
A MASSA DO RESÍDUO É MEDIDA 
CORTANDO-SE A FORRAGEM DE UMA ÁREA 
DE 1,0 M2 RENTE AO SOLO. ESTE MATERIAL 
É ENTÃO SECADO E PESADO. 
A COMPACTAÇÃO É MEDIDA COM 
PENETRÔMETRO. 
6 - EXEMPLO DE APLICAÇÃO 
Uma propriedade com 25 
pastagens, foi avaliada segundo 
os critérios descritos e os 
resultados permitem uma 
avaliação técnica da degradação 
dessas pastagens e sua 
necessidade de recuperação ou 
renovação. 
Descrição Avaliação 
Avaliação 
média 
Avaliação 
Pasto (Nome e espécie) 13 - Marandu 
16 - Reserva - Humidicula 
e cerrado 
Coordenada S18.30.04.9/W054.28.33.20 S18.29.41.5/W054.28.13.7 
Condição da pastagem 
(1 a 5) 
5 3,88 2 
Condição da planta (1 a 
5) 
5 4,33 3 
Altura da pastagem (cm) 42 37,30 10 
Perfilhamento (1 a 5) 5 4,21 3 
Massa de raízes (1 a 5) 4 4,04 2 
% de cobertura do solo 80,00% 85,00% 80,00% 
Pop. das invasoras (1 a 
5) 
1 1,13 4 (Cerrado) 
Altura da invasora (m) 1 1,55 3-15m 
% de área degradada 0,0% 12% 20,00% 
Descrição Avaliação Avaliação 
Pasto (Nome e espécie) 13 - Marandu 
16 - Reserva - 
Humidicula e cerrado 
Coordenada 
S18.30.04.9/W054.28.33.2
0 
S18.29.41.5/W054.28.13.7 
Espécies invasoras 
oiticum, unha de boi, 
malva (seca) 
Cerrado nativo 
Estádio fisiológico das 
invasoras 
V V 
Método de controle 
usado: 
 Não usa 
Localização de aguadas 
e saleiros 
baixada e estrada Baixada e estrada 
Presença e condição 
dos terraços 
Bons Bons 
Método de recuperação 
recomendado 
Manejo 
Limpeza e 
estabelecimento de 
forrageiras 
Pasto 13 
Pasto 16 
Pasto 13 
Pasto 16 
Avaliar o grau de degradação 
de uma pastagem é o ponto 
de partida para se tomar 
decisões quanto ao seu 
manejo adequado, formas de 
recuperação e momento da 
reforma. 
RECUPERAR OU 
RENOVAR? 
QUANDO A POPULAÇÃO DA 
FORRAGEIRA É BOA (>70% 
DA ÁREA) E ESTÁ 
DISTRIBUIDA 
UNIFORMEMENTE NA ÁREA, 
A ESTRATÉGIA É A 
RECUPERAÇÃO COM 
MANEJO E FERTILIZAÇÃO. 
CALAGEM E ADUBAÇÃO PODEM 
RECUPERAR UMA PASTAGENS? 
Em áreas onde se faz correção 
do solo e adubação, a 
produção da pastagem 
aumenta ao longo do tempo,evitando-se sua degradação 
(Vilela et al. citados por Aguiar, 1997) 
3 - O QUE CAUSA A DEGRADAÇÃO DE 
PASTAGENS? 
Em áreas onde se faz correção do 
solo e adubação, a produção da 
pastagem aumenta ao longo do 
tempo, evitando-se sua degradação 
(Vilela et al. citados por Aguiar, 1997) 
Ítem
Níveis de 
P2O5 e K2O 
(kg/ha)
1o 
Ano
2o 
Ano
5o 
Ano
% da 
produção 
inicial
0 1,15 0,85 0,70 60,9%
20 1,40 1,44 1,48 105,7%
40 1,52 1,75 1,80 118,4%
0 229 170 130 56,8%
20 339 339 358 105,6%
40 376 449 470 125,0%
Taxa de 
lotação (UA/ha)
Ganho de peso 
vivo 
(kg/ha*ano)
TABELA 4 – Efeito da adubação de manutenção de P e K 
durante um período de cinco anos, sobre a taxa de 
lotação e ganho de peso vivo em pastagens consorciadas 
em solo de cerrado (Adaptado de Vilela et al. citados por 
Aguiar, 1997). 
3 - O QUE CAUSA A DEGRADAÇÃO DE 
PASTAGENS? 
Em áreas onde se faz correção do 
solo e adubação, a produção da 
pastagem aumenta ao longo do 
tempo, evitando-se sua degradação 
(Vilela et al. citados por Aguiar, 1997) 
Ítem
Níveis de 
P2O5 e K2O 
(kg/ha)
1o 
Ano
2o 
Ano
5o 
Ano
% da 
produção 
inicial
0 1,15 0,85 0,70 60,9%
20 1,40 1,44 1,48 105,7%
40 1,52 1,75 1,80 118,4%
0 229 170 130 56,8%
20 339 339 358 105,6%
40 376 449 470 125,0%
Taxa de 
lotação (UA/ha)
Ganho de peso 
vivo 
(kg/ha*ano)
TABELA 4 – Efeito da adubação de manutenção de P e K 
durante um período de cinco anos, sobre a taxa de 
lotação e ganho de peso vivo em pastagens consorciadas 
em solo de cerrado (Adaptado de Vilela et al. citados por 
Aguiar, 1997). 
Quando a degradação é tão 
elevada que a pastagem tem que 
ser renovada? 
O ponto de equilíbrio para 
substituição de pastagens 
degradadas depende da 
produção do sistema, fertilidade 
do solo e retorno da atividade 
(Bouman et al., 1999). 
Taxa de 
lotação 1o Ano 
Taxa de 
lotação 2o Ano 
Taxa de 
lotação 5o Ano 
Taxa de lotação para 
remuneração da terra 
Ganho de peso 
vivo (kg/ha*ano) 
Custo/ha Receita/ha Lucro/ha 
1,15 0,85 0,70 0,89 200,00 R$ 320,00 R$ 680,01 R$ 360,00 
Considerando-se: 
Custo cabeça mês (R$) R$ 20,00 
Rendimento de 
carcaça 
50% Peso dos animais 300 
Custo do MAP (R$/t) R$ 1.200,00 Preço/@ R$ 102,00 Ganho (kg/ano) 150 
Custo do Clor. de Potássio 
(R$/t) 
R$ 1.400,00 
Preço da terra 
(R$/ha) 
R$ 6.000,00 
Taxa de lotação necessária para remunerar o capital empatado em 
terra (6% a.a.), com dados de produção obtidos por Vilela et al. 
citados por Aguiar (1997) e preços e custos médios de pecuária. 
Taxa de lotação necessária para remunerar o capital empatado em 
terra (6% a.a.), com dados de produção obtidos por Vilela et al. 
citados por Aguiar (1997) e preços e custos médios de pecuária. 
Considerando-se: 
Custo cabeça mês (R$) R$ 20,00 
Rendimento de 
carcaça 
50% Peso dos animais 300 
Custo do MAP (R$/t) R$ 1.200,00 Preço/@ R$ 102,00 Ganho (kg/ano) 150 
Custo do Clor. de Potássio 
(R$/t) 
R$ 1.400,00 
Preço da terra 
(R$/ha) 
R$ 6.000,00 
Taxa de 
lotação 1o Ano 
Taxa de 
lotação 2o Ano 
Taxa de 
lotação 5o Ano 
Taxa de lotação para 
remuneração da terra 
Ganho de peso 
vivo (kg/ha*ano) 
Custo/ha Receita/ha Lucro/ha 
1,15 0,85 0,70 0,89 200,00 R$ 320,00 R$ 680,01 R$ 360,00 
1,40 1,44 1,48 1,12 251,57 R$ 495,33 R$ 855,33 R$ 360,00 
1,52 1,75 1,80 1,35 303,13 R$ 670,66 R$ 1.030,66 R$ 360,00 
7 - CONCLUSÕES 
A degradação é um problema em áreas de 
pastagens e deve ser adequadamente 
diagnosticada e evitada. 
Os métodos normalmente utilizados usam 
principalmente avaliações subjetivas. 
É possível mensurar o estado de degradação 
de uma pastagem e diagnosticar as causas 
desta degradação, com metodologias simples 
e de fácil aplicação. 
OBRIGADO

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