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DEÍSMO História do Pensamento Cristão 2 Prof: Rev. MSc. Fulvio Leite SEMINÁRIO PRESBITERIANO DO NORTE - SPN § ORIGEM, CONCEITOS BÁSICOS E PRINCIPAIS EXPOENTES. Ø GNOSTICISMO • O Gnosticismo talvez fosse a heresia mais perigosa que ameaçava a igreja primitiva durante os primeiros três séculos. • O Gnosticismo é baseado em duas premissas falsas. Ø GNOSTICISMO • Primeiro, essa teoria sustenta um dualismo em relação ao espírito e à matéria. • Os gnósticos acreditam que a matéria seja essencialmente perversa e que o espírito seja bom. Ø GNOSTICISMO • Como resultado dessa pressuposição, os gnósticos acreditam que qualquer coisa feita no corpo, até mesmo o pior dos pecados, não tem valor algum porque a vida verdadeira existe no reino espiritual apenas. Ø Segundo, os gnósticos acreditam que possuem um conhecimento elevado, uma “verdade superior”, conhecida apenas por poucos. Ø O Gnosticismo se origina da palavra grega gnosis, a qual significa “saber”, pois os gnósticos acreditam que possuem um conhecimento mais elevado, não da Bíblia, mas um conhecimento adquirido por algum plano místico e superior de existência. Ø Os gnósticos se enxergam como uma classe privilegiada e mais elevada sobre todas as outras devido ao seu conhecimento superior e mais profundo de Deus. Ø AGNOSTICISMO. Ø Termo que parece ter sido criado, em 1869. Ø Mesmo que no uso popular seja sinônimo de ATEÍSMO, no sentido estrito há duas diferenças importantes entre os dois vocábulos. Ø Em primeiro lugar, o ateu está convencido de que Deus não existe. Ø Enquanto que o agnóstico não sabe se Deus existe; sua convicção é, não que Deus não exista, mas é impossível saber se existe. Ø Em segundo lugar, enquanto o ATEÍSMO se refere unicamente à existência de Deus. Ø O agnosticismo refere-se à convicção de que é impossível alcançar conhecimento verdadeiro sobre tudo que se encontra além do alcance dos sentidos e da experiência. Ø E por isso não somente se nega a afirmar a existência de Deus, mas também a vida após a morte, o livre-arbítrio, o sentido da vida etc. DEÍSMO - ORIGEM. Ø Movimento que surgiu na Inglaterra no final do século XVII e XVIII. Ø A origem do Deísmo está ligada aos antigos filósofos gregos e ao Iluminismo. Esta teoria recebeu o apoio de Galileu Galilei e Isaac Newton. Ø Edward Herbert, considerado o "pai do deísmo", (1560–1617). Ø O deísmo alcançou o seu apogeu no final do século XVII. CONCEITOS BÁSICOS. • I. Definições Básicas A palavra vem do latim deus, «deus». • Os socinianos introduziram o termo no século VI. Porém, veio a ser aplicado a um movimento dos séculos XVII e XVIII, que enfatizava que o conhecimento sobre questões religiosas e espirituais vem através da razão, e não através da revelação, que sempre aparece como suspeita e como instrumento de fanáticos e de pessoas de estabilidade mental questionável. CONCEITOS BÁSICOS. • 1. Essa circunstância outorga-nos a característica básica do deísmo: • Um conhecimento adquirido através da razão, e não através da revelação. • A isso chamamos de religião natural, em contraste com a religião sobrenatural. CONCEITOS BÁSICOS. • 2. O termo deísmo também é usado para aludir à ideia de que existe uma primeira causa, que podemos chamar de deus, mas que não é intrinsecamente perfeita ou completa, e nem é o objeto apropriado de nossa adoração. CONCEITOS BÁSICOS. • 3. Na filosofia, o termo é usado em contraste com o teísmo. • Nesse caso, afirma que houve um deus ou força cósmica de algum tipo que deu origem à criação, mas que, ato continuo, abandonou a sua criação, deixando- a entregue ao controle das leis naturais. CONCEITOS BÁSICOS. • 3. Na filosofia, o termo é usado em contraste com o teísmo. • Assim sendo, Deus não teria qualquer interesse por sua própria criação, não intervindo, nem galardoando e nem castigando. Isso significa que Deus está divorciado de sua criação. Deísmo • O Deísmo é uma postura filosófica oposta tanto ao Ateísmo quanto ao Teísmo. Admite a existência de um Deus criador, mas não interferente - como apregoam as religiões - nos assuntos naturais e humanos, que são regidos por leis naturais e científicas e pelas ações ou inações do Homem. Deísmo • O Deísta acredita que a própria estrutura do universo, tão complexa como é, prova que existe um Deus Criador, que tanto pode ser um Ser transcedental criador das coisas, como pode ser uma força completamente científica, não pensante, não sobrenatural, que gera e mantém o universo. Deísmo • Os Deístas não necessariamente descreem de milagres. Podem ser fenômenos completamente naturais com causas puramente científicas, para os quais a ciência ainda não encontrou explicações, mas que no futuro vai encontrar. • Quanto a questões metafísicas, como a existência ou não de vida após a morte, cada Deísta é livre para formar a sua opinião sobre isso. Deísmo • Na filosofia Deísta e a própria concepção de Deus na Maçonaria, o Grande Arquiteto do Universo, é uma visão Deísta, ou seja, é um "ser" neutro, indefinido e aberto a toda compreensão possível. Deísmo • O mais próximo da ideia de um Deus interferente em que um Deísta pode acreditar é a ideia de uma “providência geral”. Quanto à oração, que a grande maioria dos Deístas não acredita em sua eficácia e, portanto, não oram, os Deístas que oram o fazem por agradecimento a Deus por tudo, e para que a já mencionada “providência geral”, na qual nem todos os Deístas acreditam, continue e proteja o transcorrer natural das coisas. Deísmo • Na filosofia Deísta e a própria concepção de Deus na Maçonaria, o Grande Arquiteto do Universo, é uma visão Deísta, ou seja, é um "ser" neutro, indefinido e aberto a toda compreensão possível. NOSSOS DIAS • Deísmo Moralista Terapêutico • Um deus que criou e organizou o universo e supervisiona a vida humana. • Deus quer que as pessoas sejam boas, legais e justas umas com as outras, como é ensinado na Bíblia e na maioria das religiões. • O objetivo principal da vida é ser feliz e sentir-se bem consigo mesmo. NOSSOS DIAS • Deísmo Moralista Terapêutico • Deus não precisa estar particularmente envolvido na vida de alguém, exceto quando é necessário para que se resolva algum problema. • Pessoas boas vão para o céu quando morrem. "Qual a diferença entre deísmo e teísmo?” • Deísmo: vem do latim deus e representa a postura dos filósofos que rejeitam a existência de Deus, tal como apresentado pelas religiões monoteístas, mas admitem a existência de um Ser supremo, de caráter indeterminado. • Pode-se falar também de religião natural. • TEÍSMO. • Palavra cunhada no século XVII como contrária ao ateísmo e que, portanto, originalmente queria dizer simplesmente crença em Deus. • Com o passar do tempo veio a significar também a rejeição do deísmo* e do panteísmo* e, portanto, significa a crença em um só Deus, transcendente e pessoal, que criou e conserva todas as coisas. • Dessa forma, é doutrina comum do judaísmo, do cristianismo e do islã. • PANTEÍSMO • O Panteísmo é a crença de que Deus é tudo e todo mundo e que todo mundo e tudo é Deus. O Panteísmo é semelhante ao Politeísmo (a crença em muitos deuses), mas vai além dele ao ensinar que tudo é Deus. • Uma árvore é Deus, uma rocha é Deus,um animal é Deus, o céu é Deus, o sol é Deus, você é Deus, etc. • PANTEÍSMO • O Panteísmo é a suposição por trás de muitas seitas e religiões falsas (ex: Hinduísmo e Budismo, as várias seitas de unidade e unificação, e os adoradores da mãe natureza). • PANTEÍSMO • A Bíblia ensina o Panteísmo? • Não, não ensina. O que muitas pessoas confundem com Panteísmo é a doutrina da onipresença de Deus. Salmos 139:7-8 declara: "Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.” • PANTEÍSMO • A Bíblia A onipresença de Deus significa que Ele está presente em todo os lugares. Não há qualquer lugar no universo onde Deus não esteja presente. • Isso não é o mesmo que Panteísmo. Deus está em todo lugar, mas Ele não é tudo. • PANTEÍSMO • Sim, Deus está "presente" dentro de uma árvore ou de uma pessoa, mas isso não torna aquela árvore ou pessoa Deus. • O Panteísmo não é de qualquer forma uma crença bíblica e é incompatível com fé em Jesus Cristo como Salvador (João 14:6; Atos 4:12). “Deísmo” l O homem sempre teve muitas crenças interessantes sobre o curso que o mundo segue. Uma crença do século dezenove chamada “Deísmo” entendia que Deus havia criado o mundo, mas a partir de então, não atuava mais nele. “Deísmo” l Nessa visão, o mundo seria uma máquina que Deus acionou e que agora trabalha por conta própria. Por outro lado, como já dissemos, popularmente as pessoas acreditam na “sorte”, no “acaso”, na “fortuna” ou no “destino”. “Deísmo” l É como se o mundo e o destino de todos os homens estivesse nas mãos de alguma força impessoal e incompreensível. “O Deus que Trabalha” l O mundo não está nas mãos de uma força impessoal. O mundo está nas mãos de um Deus que trabalha. l Quando os fariseus recriminaram Jesus por ter curado no Sábado, Jesus afirmou que o sétimo dia não significava o fim do trabalho divino. Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17). “O Deus que Trabalha” l Deus continua trabalhando no mundo. A isto chamamos de Providência. Uma boa definição de Providência pode ser: “O permanente exercício da energia divina, pelo qual o Criador preserva todas as Suas criaturas, opera em tudo que se passa no mundo e dirige todas as coisas para o seu determinado fim”. “Três Formas ” l Nas Escrituras, podemos ver três formas como a Providência Divina se manifesta: l Preservação, l Concorrência e l Governo. “Deus preserva todas as coisas” l Deus preserva todas as coisas l Deus não apenas criou o mundo como também o sustenta. Rigorosamente falando, o ato criador de Deus terminou no sexto dia. (Gn 2.2). A partir daí descreve a transição de criação para a de preservação. A escritura deixa muito claro (Is 40.28), esse descanso não foi ocasionado por fadiga nem constitui na ociosidade por fadiga nem constitui a na ociosidade de Deus (Ec 1.9,10). Deus se alegrou nessa obra terminada com prazer divino. (Gn 1.31; Sl 104.31). “Deus preserva todas as coisas” l Deus preserva todas as coisas l A Escritura ensina que Deus se envolve com tudo aquilo que criou até nos mínimos detalhes. Veja que afirmação maravilhosa sobre a criação e a Providência de Deus está em Neemias 9.6: “Só tu és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora”. “Deus preserva todas as coisas” l Esse também é o entendimento do salmista: “Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a tua mão e satisfazes de benevolência a todo ser vivente” (Salmo 145:15-16). l Deus preserva e sustenta a todos os seres que criou. Quando Deus deixa de sustentá-los, eles morrem, conforme o salmista constata: “Deus preserva todas as coisas” l “Todos esperam de ti que lhes dês de comer a seu tempo. Se lhes dás, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se ocultas o teu rosto, eles se perturbam; se lhes cortas a respiração, morrem, e voltam ao pó” (Salmo 104:27-29). “Deus preserva todas as coisas” l O que mais se destaca neste texto é a partícula “se”, que revela a condição pela qual a natureza continua existindo. Tal é o controle preservador de Deus sobre sua criação que Jesus disse: “Deus preserva todas as coisas” l “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta” (Mateus 6:26); e acrescentou mais tarde: “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. “Deus preserva todas as coisas” l E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mateus 10:29-30). Se Deus cuida até dos passarinhos, alimentando-os e sustentando-os durante toda a vida deles, se Deus sabe até o número de cabelos que temos na cabeça, então é porque seu envolvimento é total, desde as menores até as maiores coisas. Referências 1. http://www.internautascristaos.com/textos/artigos/deismo-a-cosmovisao-do- deus-ausente 2. http://apologeticacatolicablog.blogspot.com.br/2010/08/deismo-e- teismo.html 3. h t t p s : / / www . j o r n a l o i n d e p e n d e n t e . c om . b r / n o t i c i a s . p h p ? id=MTQ0NQ%253D%253D&cat=MjI%253D 4. Dogmática Reformada, Herman Bavinck 5. Breve Dicionário de Teologia, Justo González 6. Teologia Histórica, Alister E. McGrath