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Indaial – 2019 OrganizaçãO de Unidade de infOrmaçãO Prof. ª Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos 1a Edição Copyright © UNIASSELVI 2019 Elaboração: Prof. ª Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: M444o Mattos, Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Organização de unidade de informação. / Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos. – Indaial: UNIASSELVI, 2019. 189 p.; il. ISBN 978-85-515-0376-8 1. Organização de bibliotecas. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. CDD 020 III apresentaçãO Olá, acadêmico, nesta disciplina, teremos como ponto central a organização de bibliotecas, que envolve diversas etapas e especificidades, por exemplo, o planejamento estrutural e funcional das bibliotecas. Também abordaremos a gestão de pessoas e serviços, de acordo com o perfil do profissional e perfil da unidade informacional. Alguns aspectos importantes já foram abordados em outras disciplinas, como é o caso das etapas do planejamento, que debatemos na disciplina de “Organização, sistemas e métodos”, mas utilizando de tais conhecimentos, buscaremos aprofundá-los e relacioná-los ao processo de organização de bibliotecas de forma mais concreta. Nesta disciplina, você aprenderá as etapas do planejamento e da estrutura organizacional em bibliotecas, tema da Unidade 1. Nela, você verá detalhamentos da estrutura física e funcional das unidades de informação, além dos processos organizacionais do acervo, mobiliário e principais layouts. Também verá alguns detalhes relativos à acessibilidade física e outros aspectos ergonômicos. Na Unidade 2, abordaremos temas e exemplos da gestão de pessoas, para isso veremos alguns aspectos históricos da gestão de recursos humanos. Falaremos de liderança e motivação organizacional e também das competências e habilidades gerenciais em unidades de informação. Já na Unidade 3 aprofundaremos nossas leituras sobre serviços de bibliotecas, desde os mais tradicionais até novas tendências de serviços na área de biblioteconomia. Esperamos que gostem da disciplina e que esta traga orientações importantes no seu cotidiano profissional. Bons estudos! Prof. ª Miriam de Cassia do Carmo Mascarenhas Mattos IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA V VI VII UNIDADE 1 – PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS ....................................................................................................... 1 TÓPICO 1 –ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL DE BIBLIOTECAS ...................................... 3 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3 2 O ESPAÇO FÍSICO DA BIBLIOTECA ............................................................................................. 4 3 TEMPERATURA, UMIDADE E VENTILAÇÃO ........................................................................... 8 4 PISOS, PAREDES TETO E OUTROS CUIDADOS ESTRUTURAIS ............................................. 11 4.1 CORES ............................................................................................................................................... 13 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 15 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 16 TÓPICO 2 – ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS ..................................................................... 17 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17 2 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES .............................................................. 20 2.1 FORMAÇÃO DO ACERVO .......................................................................................................... 22 2.2 DESCARTE ....................................................................................................................................... 23 3 COLEÇÕES BÀSICAS ......................................................................................................................... 25 3.1 ACERVO INFORMATIVO ............................................................................................................. 26 3.1.2 Acervo periódicos ................................................................................................................... 26 3.2 ACERVOS RECREATIVOS ............................................................................................................ 30 3.3 ACERVO DE REFERÊNCIA .......................................................................................................... 31 3.4 MATERIAIS ESPECIAIS ................................................................................................................ 34 4 ACERVO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS ........................................................................ 35 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 38 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 39 TÓPICO 3 – MOBILIÁRIOS, EQUIPAMENTOS E LAYOUTS ...................................................... 41 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 41 2 MOBILIÁRIOS ...................................................................................................................................... 41 2.1 ESTANTES ....................................................................................................................................... 42 2.1.1 Estantes compactas ................................................................................................................ 46 2.2 ARQUIVOS, MAPOTECAS DE AÇO E CARRINHOS .............................................................. 46 2.3 BALCÃO DE EMPRÉSTIMO E CABINES ..................................................................................49 2.4 BIBLIOCANTOS, SINALIZADORES .......................................................................................... 50 2.5 SEGURANÇA .................................................................................................................................. 54 3 LAYOUTS ............................................................................................................................................... 55 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 58 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 67 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 69 UNIDADE 2 – GESTÃO DE PESSOAS EM UNIDADES DE INFORMAÇÃO .......................... 71 TÓPICO 1 – ASPECTOS GERAIS SOBRE GESTÃO ....................................................................... 73 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 73 2 CONCEITO DE GESTÃO DE PESSOAS ........................................................................................ 74 sUmáriO VIII 3 BIBLIOTECÁRIO GESTOR E A GERÊNCIA DE EQUIPE .......................................................... 76 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 85 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 86 TÓPICO 2 – A EQUIPE DA BIBLIOTECA ......................................................................................... 87 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 87 2 O PROFISSIONAL DE BIBLIOTECONOMIA ............................................................................... 87 2.1 A EQUIPE DE BIBLIOTECÁRIOS ................................................................................................ 89 2.2 O BIBLIOTECÁRIO DA ÁREA DO PROCESSAMENTO TÉCNICO ..................................... 90 2.3 O BIBLIOTECÁRIO DE REFERÊNCIA ........................................................................................ 92 3 O TÉCNICO EM BIBLIOTECONOMIA ......................................................................................... 96 3.1 ESTAGIÁRIOS.................................................................................................................................. 98 4 OUTROS PROFISSIONAIS QUE PODEM ATUAR NA BIBLIOTECA .................................... 99 4.1 PROFESSORES ................................................................................................................................ 99 4.2 PESSOAL DE APOIO ..................................................................................................................... 99 4.3 AGENTES COMUNITÁRIOS ....................................................................................................... 100 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 101 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 102 TÓPICO 3 – GESTÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS .................................................................... 103 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 103 2 O QUE SÃO PRODUTOS E SERVIÇOS? ........................................................................................ 103 2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE PRODUTOS E SERVIÇOS EM BIBLIOTECAS .................... 104 2.2 SERVIÇOS BIBLIOTECÁRIOS INOVADORES .......................................................................... 106 3 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS EM BIBLIOTECAS ........................... 106 3.1 MARKETING NA BIBLIOTECA .................................................................................................. 107 3.2 GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS E MATERIAIS ....................................................... 109 3.2.1 Acervo ...................................................................................................................................... 109 3.2.2 Multas ...................................................................................................................................... 110 3.2.3 Projetos de financiamento .................................................................................................... 111 4 GESTÃO ESTRATÉGICA E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA EM BIBLIOTECAS.............. 112 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 114 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 122 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 124 UNIDADE 3 – SERVIÇOS DA BIBLIOTECA E NOVAS TENDÊNCIAS .................................... 125 TÓPICO 1 – NOVAS TENDÊNCIAS EM SERVIÇOS NAS BIBLIOTECAS ............................... 127 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 127 2 A CULTURA DIGITAL E AS NOVAS TENDÊNCIAS NOS SERVIÇOS DA INFORMAÇÃO ......................................................................................................... 128 3 SERVIÇOS – CONCEITOS ................................................................................................................. 134 3.1 CRESCIMENTO DOS SERVIÇOS ................................................................................................ 134 4 A BIBLIOTECA DO FUTURO: DESAFIOS .................................................................................... 136 4.1 DOKK1 - MAIOR BIBLIOTECA DA ESCANDINÁVIA ............................................................ 141 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 144 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 146 TÓPICO 2 – SERVIÇOS EM BIBLIOTECAS ..................................................................................... 149 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 149 2 EMPRÉSTIMOS DO ACERVO .......................................................................................................... 149 3 BIBLIOTECA DAS COISAS ............................................................................................................... 150 IX 4 BIBLIOTECA DE VINIS ...................................................................................................................... 152 5 BIBLIOTRECOS .................................................................................................................................... 153 6 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE ECOBAGS ................................................................................ 157 7 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE GUARDA-CHUVAS ............................................................ 158 8 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE TABLETES E NOTBOOKS .................................................. 159 9 SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE FONES DE OUVIDOS ...........................................................163 10 SERVIÇO DE AULA INTEGRADO À BIBLIOTECA ................................................................. 164 11 TREINAMENTO DE ALUNO ......................................................................................................... 165 12 PRODUÇÃO DE VÍDEOS PELA BIBLIOTECA ........................................................................... 170 13 SERVIÇOS DE LEVANTAMENTO E COMUTAÇÃO BIBLIOGRÁFICO.............................. 170 14 SERVIÇO DE GERAÇÃO DE FICHA CATALOGRÁFICA ....................................................... 172 15 ACESSO À INTERNET E FILMES .................................................................................................. 173 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 175 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 181 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 183 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 184 X 1 UNIDADE 1 PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • planejar a implantação de Bibliotecas; • organizar bibliotecas e seus setores; • diferenciar as estruturas organizacionais das unidades de informação; • compreender o contexto gerencial de diferentes unidades de informação. Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer do texto, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL DE BIBLIOTECAS TÓPICO 2 – ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS TÓPICO 3 – MOBILIÁRIOS, EQUIPAMENTOS E LAYOUT 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL DE BIBLIOTECAS 1 INTRODUÇÃO Quando chegamos a uma biblioteca, principalmente, em uma grande bi- blioteca, dificilmente temos a noção dos diversos espaços que compõem o seu todo, bem como as especificidades dos seus setores. Não conhecemos também os basti- dores de sua criação, ou seja, a lista de cuidados que antecederam sua instalação para que sua estrutura funcione com eficiência, atendendo às demandas de seus usuários. Veremos, neste tópico, que existem diversos aspectos que permeiam o pla- nejamento e organização dos seus espaços físicos, que vão, desde a escolha dos locais de instalação e suas condições mínimas de espaço, até a adequação de sua estrutura quando já existente. Também veremos os principais cuidados na escolha dos materiais estruturais e com segurança. Importante ressaltar que, quando se inicia o processo de implantação de uma biblioteca, deve-se atentar a detalhes que são indispensáveis para que seus serviços sejam adequados à futura clientela real e potencial. Isso, varia de acordo com o tipo de biblioteca, mas, uma coisa é fundamental em todas, deve-se conhecer a comunidade e usuário que quer se atingir. Isto pode ser feito através de técnicas de pesquisa como entrevistas e observações. Com o levantamento das características básicas da comunidade como um todo, devem ser consideradas as diferenças dos indivíduos que constituem a clien- tela alvo dos serviços bibliotecários, assim, passamos a definir a futura biblioteca, a biblioteca que queremos, seus objetivos e os trabalhos que vamos implantar e oferecer aos usuários. Para que os objetivos sejam alcançados, devemos levantar as alternativas, e as melhores possibilidades para a realização dos trabalhos. Diante destas possibilidades, define-se o que é mais viável para aplicação diante dos recur- sos disponíveis. Os recursos institucionais, materiais, humanos e financeiros, são igualmente importantes. UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 4 2 O ESPAÇO FÍSICO DA BIBLIOTECA O planejamento do espaço físico de uma biblioteca pode ser pensado considerando a criação de uma nova unidade, este aspecto inclui a previsão dos espaços necessários, para seu crescimento progressivo, e seu melhor aproveitamento. Ou ainda, na adequação de um espaço já existente, pensando sua ampliação e ou sua modernização. Nestes casos, Almeida (2005) aponta cinco fatores preponderantes para a sua realização, quando: • Percebida a necessidade de espaços para circulação e atuação de funcionários e usuários. • Readequação e distribuição do acervo nas estantes, considerando o crescimento natural da coleção. • Previsão de ampliação da abrangência da comunidade atendida. • Alteração da missão, objetivo ou finalidade da biblioteca, como por exemplo, criação de cursos superiores em uma escola de ensino técnico. • A oferta de novos serviços ou produtos, no qual o exemplo anterior bem se encaixa. Em ambos os casos, como aponta Almeida (2005, p. 112), tem-se por objetivo “chegar a um edifício de biblioteca inteligente, entendendo-se como tal aquele que maximiza a eficiência dos ocupantes – a equipe de trabalho e os usuários – e permite gerenciamento eficaz dos recursos com menor tempo e esforço, atingindo assim referenciais de qualidade”. Lembramos que o planejamento e organização do espaço físico da biblioteca, vai depender dos objetivos da unidade, bem como da quantidade de usuários e funcionários, dos serviços prestados, das perspectivas futuras e dos recursos financeiros de que a biblioteca/ unidade informacional venha a dispor. IMPORTANT E TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 5 FIGURA 1 - EXEMPLO DE ESPAÇO FÍSICO DE BIBLIOTECA FONTE: <http://bit.ly/2mqBw85>. Acesso em: 9 set. 2019. DICAS Quando o debate é espaço físico, é comum ter-se a necessidade de uma sensibilização dos gestores e de outros agentes definidores. Não são raros os momentos em que são indicados locais inapropriados para a instalação de bibliotecas. Uma biblioteca, exige um espaço adequado às necessidades e aos serviços que presta. O debate sobre a área mínima necessária, sempre tende a surgir, bem como o barateamento dos equipamentos, e isso nem sempre possibilita um bom atendimento. Assim, você precisa estar preparada (o) para dar respostas técnicas sobre essas necessidades reais. Para isso prepare um relatório técnico antes de dialogar com os gestores. O espaço de uma biblioteca deve ser planejado levando-se em conta três áreas básicas: UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 6 FIGURA 2 - ÁREAS DO FÍSICO FONTE: A autora Nesses três espaços, estão incluídos diversos outros como: • recepção; • espaços de leitura; • áreas de estudo; • banheiros; • áreas de processamento técnico; • acervo de livros; • outros tipos de acervo; • espaços multimídia. De acordo com Linhares (1984), a biblioteca deve contar com pelo menos uns 60 m². Ele calcula que, ao final de cinco anos, esta área aumente em 30%. Outra forma sugerida por ele para se calcular a área necessária é considerar 2 m² por usuário e 15 m² por empregado. Estes valores incluem o equipamento e o acervo bibliográfico. Já Costa (2007) afirma que um usuário adulto, sentado em uma mesa de aproximadamente 76 cm de largura, deve ocupar um espaço total de 2 a 3 m², enquanto um empregado deve ocupar de 10 a 12 m². Estas medidas variam em função do tamanho da mesa e do maior ou menor conforto que o espaço pode proporcionar. Para as estantes de livros e de periódicos o espaço poderá ser de 10 m² para cada 1.000 volumes e se for uma estante expositora, o cálculo é de 3 m². Com relação ao espaço para leitura calcula-se 1,5 lugares para cada 1.000 hab. TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 7 Almeida (2005, p. 17-19) apresenta uma série de características essenciais no planejamento do espaço físico de uma biblioteca que resumimos a seguir: • Espaço flexível: capacidade de adaptação do espaçoa novos usos com no mínimo de inconveniência e custo, bem como quanto a mudanças e ao crescimento da biblioteca e de seu acervo conforme necessidades que a instituição apresente. A ausência de paredes internas, podem colaborar para a flexibilidade do edifício, bem como a redução de colunas, a ausência de desníveis, a climatização uniforme, a ausência de mobiliário fixo, a ausência de diversidade de acabamentos, dentre outros. • Espaço compacto: se refere ao desperdício de espaços ou espaços mal utilizados nas bibliotecas, não no sentido de que usuários, funcionários e o acervo devam ficar ‘espremidos’. Um espaço compacto, que facilite a circulação de usuários e de funcionários, bem como dos materiais do acervo. • Espaço diversificado: que respeite as diversas necessidades decorrentes de seus usos e funções. Assim, por exemplo, devem ser oferecidas diferentes soluções de armazenamento de acervos adequados a cada tipo de material. Da mesma forma, devem ser oferecidas diferentes opções de acomodação para consulta ao acervo, de acordo com as necessidades e preferências dos usuários. Deve-se levar em consideração também os serviços a serem ofertados, como estudo em grupo, atividades culturais entre outros. • Espaço acessível: refere-se tanto ao acesso ao edifício quanto ao acesso aos serviços desejados. Item fundamental quando se busca incluir a todos os usuários reais e em potencial. • Espaço organizado: o espaço deve permitir e estimular o contato adequado do usuário com o acervo e os serviços. Em uma biblioteca, por exemplo, a organização ou disposição física das coleções deve favorecer seu acesso pelos usuários e estimular o seu uso. Refere-se aqui ao layout, ou seja, a disposição dos setores e mobiliários presentes na unidade de informação, que seja organizado e que vise facilitar o cotidiano de trabalho dos funcionários e o acesso da comunidade de usuários. • Espaço agradável: o espaço de uma biblioteca deve, antes de tudo, ser agradável, se se deseja que seja frequentado. Uma série de elementos do projeto concorre para este requisito, dentre os quais podemos destacar a iluminação, a acústica, o nível de umidade e temperatura e o mobiliário. A biblioteca deve ser um lugar em que os funcionários e usuários se sintam à vontade de frequentar e permanecer ali. • Espaço econômico: refere-se não apenas ao custo da construção, mas também da manutenção. Não são raras as soluções arquitetônicas, ou de mobiliário e instalações que implicam altos custos de manutenção onde não há recursos sistemáticos para isso, como em órgãos da administração pública. A consequente falta de manutenção acarreta a deterioração do edifício, prejudica o acervo e afasta o público. Medidas simples, tais como melhorar a ventilação natural, maximizar o uso da luz do dia, empregar materiais que facilitem a limpeza, dentre outras, colaboram para a redução do custo de manutenção. Também se refere ao desenvolvimento sustentável no qual o prédio da biblioteca pode contribuir, como buscando a luz natural sempre que possível, trazendo economia financeira e de recursos energéticos. UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 8 • Espaço de preservação: consiste em prover o edifício de condições ambientais que, além de oferecer conforto ao usuário, garantam a preservação do acervo. Para isso deve-se sempre que possível buscar luz natural, que além de economia financeira e de recursos pode proporcionar conforto térmico no inverno e claridade para a leitura. Contudo, deve-se planejar a biblioteca de uma forma de evitar-se que a luz solar incida diretamente no acervo danificando-o. DICAS A localização da biblioteca nem sempre está sob nossa definição, a maioria das vezes já está instalada. Mas, se você estiver no processo de definição de um novo endereço para uma biblioteca, ou ainda se participar do projeto de construção de uma, o item localização é fundamental ser estudado, pois a escolha ou projeto correto vai ajudar no processo de captação de usuários, na visibilidade, na diminuição dos riscos de desastres, na iluminação entre outros. 3 TEMPERATURA, UMIDADE E VENTILAÇÃO O acervo de uma biblioteca/ unidade informacional é sensível a mudanças excessivas de temperatura e de umidade acentuada. As mudanças podem ocasionar o surgimento de fungos e bactérias nos diversos tipos de suportes. O local deve possuir também boas condições de temperatura, iluminação etc., que o tornem agradável e saudável. Devemos identificar as áreas de maior e menor incidência do sol, o nível de luminosidade natural, a ventilação natural e o grau de umidade. Outro aspecto a ser observado é a concentração de ruído (baixa ou alta ocorrência). Devemos, ainda, considerar as possibilidades de instalações elétricas, a questão da prevenção de incêndios e enchentes, as facilidades de acesso à área e, é claro, a capacidade de resistência estrutural do local. O desejável é que o ambiente tenha possibilidades de ampliação e seu projeto permita acomodar adequadamente usuários com necessidades especiais, tais como deficientes visuais e cadeirantes, entre outros. A temperatura da biblioteca seja mantida entre 19 ºC e 23ºC. Na impossibilidade de manter o ar condicionado permanentemente ligado e controlado, a recomendação é manter o ambiente arejado naturalmente. As variações constantes de temperatura podem levar à perda de flexibilidade da fibra do papel causando um grande dano ao documento. TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 9 Temperaturas altas e umidade do ar superior a 55% são condições que favorecem o desenvolvimento do mofo. Além dessas condições, má ventilação, iluminação inadequada e acúmulo de pó também auxiliam no desenvolvimento de mofo. Para documentos guardados em arquivos, é recomendado o uso de sílica gel. FIGURA 3 - BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE FONTE: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/projeto-para-biblioteca/>. Acesso em: 10 set. 2019. FIGURA 4 - SAQUINHOS DE SILICA GEL FONTE: <http://bit.ly/2m0gmgL>. Acesso em 10 set. 2019. Os saquinhos de sílica-gel são dessecantes, absorvem a umidade e prolongam a vida útil dos documentos e objetos. Por isso, são colocados em caixas ou outros recipientes de produtos sensíveis à umidade. Eles conseguem absorver até 40% do seu próprio peso em vapor de água. https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/projeto-para-biblioteca/ UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 10 Em relação às condições de temperatura e umidade dos materiais, Costa (2005) lembra que em cada material responde de forma diferente a condições de umidade e temperatura, assim a autora apresenta o quadro a seguir com as umidades e temperaturas aceitáveis para alguns materiais encontrado na biblioteca: QUADRO 1- TEMPERATURAS PARA CADA MATERIAL Umidade relativa Temperatura Papel 40% a 50% 18,30C a 21,10C Filme 30% a 40% 12,80C a 18,30C. Temperaturas abaixo de 15°C podem calsar danos respiratórios, portanto deve-se ter uma sala especial para conservação. Couro 50% a 55% Há pouca pesquisa sobre este material Pergaminho 40% a 45% Há pouca pesquisa sobre este material FONTE: Costa (2005, p. 3) O controle das questões referentes à temperatura e umidade pode ser feito através dos seguintes equipamentos: • Ar condicionado – para manter a temperatura sob domínio. • Higrômetro – para medir a umidade relativa do ar. • Termo-higrômetro – para medir a temperatura e a umidade. • Desumidificador – para retirar a umidade do ambiente. O ar do ambiente deve ser sempre renovado, por isso a ventilação é importante. As janelas devem ocupar por volta de 20% das paredes e devem ficar de frente para o interior do ambiente. Evite colocar materiais sensíveis perto das janelas. A iluminação é outro aspecto fundamental numa biblioteca/unidade informacional, de um lado, pelo conforto que deve proporcionar aos servidores e aos usuários e, de outro, pela interferência no acervo.Em geral, as fontes utilizadas na iluminação interna são a luz natural e as lâmpadas fluorescentes. A luz natural quando incide sobre o acervo é prejudicial porque apresenta um nível TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 11 elevado de radiação ultravioleta (UV). As lâmpadas fluorescentes embora mais frias, que outros tipos de lâmpadas, e de fácil manutenção, também prejudicam o papel, tornando-o amarelado. Observa-se o cuidado para que as lâmpadas não causem danos ao acervo. Para evitar, devem ser usadas protetores (tipo de membrana de plástico fino e flexível) e devem ser colocadas na mesma direção das estantes, evitando que o calor dos reatores fique próximo dos livros/ materiais/ acervo. Costa (2005, p. 6) ainda observa: • O uso de persianas, cortinas leves, vidros especiais ou filmes aderentes ao vidro também são importantes para controlar a incidência do sol. • Pisos claros refletem mais a luz e oferecem melhores condições de iluminação, principalmente para prateleiras mais baixas. • O uso do maior número possível de pontos elétricos no ambiente facilita a distribuição da iluminação e de ligações para redes de computadores. • A área de leitura deve ser a mais iluminada, enquanto a área correspondente ao acervo pode ser mantida na sombra e por ocasião do acesso, a iluminação ser acionada automaticamente ou mecanicamente. 4 PISOS, PAREDES TETO E OUTROS CUIDADOS ESTRUTURAIS Almeida (2005) apresenta uma série de orientações quanto as estruturas de bibliotecas e outras unidades de informação. Os pisos ideais precisam ser resistentes, de fácil conservação e silenciosos. Devendo-se evitar madeira e carpetes, pela dificuldade de manutenção e limpeza, e por serem propícios ao acúmulo de micro-organismos, isso também vale para as paredes. Pisos e paredes não devem exalar poluente nocivo, não favorecendo a infestação de insetos, além de serem impermeáveis e resistentes à água, à prova de fogo. Os pisos mais ideias são os frios como concreto tratado, o mármore, a cerâmica e a pedra, desde que corretamente instalados, sem desníveis evitando acidentes. Quanto aos tetos e coberturas das bibliotecas, observa-se que as infiltrações constituem grandes desafios na construção e manutenção de edifícios. Essa qualidade depende de cuidados especiais que garantam coberturas estanques, impermeabilização adequada, pingadeiras e soleiras junto às esquadrias, calhas bem dimensionadas, entre outros. Quanto às instalações hidráulicas, é necessário evitar tubulações nas áreas de acervo, exceto as destinadas aos sistemas de aspersão contra incêndio. Em muitos edifícios, tubulações deficientes ou inadequadas podem ser responsáveis por infiltrações elevados níveis de umidade e crescimento de mofo. Quanto à rede elétrica deve-se ter de cuidar as emergências, com a instalação de dispositivos de desligamento imediato, para a prevenção de acidentes, bem UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 12 como recurso que assegure o fornecimento de energia nessas situações. Prever flexibilidade nos pontos das redes elétrica e lógica como cabeamento e ligações para redes de computadores, permitindo a ampliação dos pontos e a expansão da rede. Quanto à segurança, é preciso ter um plano de prevenção contra incêndio, curto circuito, enchentes e outros sinistros. Não podemos esquecer a segurança dos usuários e funcionários quanto a assaltos e outros malefícios que podem ocorrer por diversos fatores, mas muitas vezes tem relação com sua localização. Outra preocupação é a prevenção de acidentes, como quedas de estantes, de funcionários em escadas bem como a segurança em relação à saúde, que pode ser colocada em risco por meio de doenças transmitidas por roedores, fungos ou bactérias, tanto em relação a má conservação e higienização do espaço, quanto ao contato com um acervo deteriorado. IMPORTANT E CCJ APROVA PROTEÇÃO PARA FUNCIONÁRIOS DE BIBLIOTECAS E MUSEUS A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18 de junho de 2019), projeto de lei que determina a proteção das pessoas que trabalham em arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação e memória. A proposta (PL 1511/15) inclui a categoria de trabalhadores na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei 5.452/43), na parte que trata de medidas especiais de proteção. O objetivo é permitir que os profissionais recebam adicional de insalubridade. Por tramitar em caráter conclusivo, o texto seguirá para o Senado, a menos que haja recurso para que seja votado também pelo Plenário da Câmara. FONTE: <http://bit.ly/2mrsesv>. Acesso em: 10 set. 2019. Em relação aos ruídos, terríveis para quem está concentrado estudando, mas impossíveis de se eliminá-los totalmente, podem ser realizados alguns procedimentos visando reduzi-los ao mínimo desejável, por volta de 30/35 decibéis. Pode-se adotar revestimentos de forro, piso e paredes que ofereçam boa absorção de som. Pode-se também adotar divisórias de ambientes ou utilizar as próprias estantes como barreiras entre locais mais ruidosos e outros onde o silêncio se faça necessário. Devemos nos preocupar em manter o local de leitura afastado da área de referência, mais movimentada, e das áreas de circulação e trabalho. Podemos, ainda, delimitar as ações por áreas de interesse, tais como: área de leitura, área de trabalho em grupo, área de tratamento técnico etc. TÓPICO 1 | ESTRUTURA FÍSICA E FUNCIONAL 13 4.1 CORES Rocha (2010) destaca a importância na definição das cores em paredes das bibliotecas. A autora se refere principalmente às bibliotecas escolares, mas acreditamos que essa premissa perpassa todas as unidades de informação. Muitos estudos comprovam que a utilização das cores nos ambientes influi em nosso estado psíquico e de bem-estar. Como exemplo, Rocha (2010) fala das tonalidades de verde-claro, azul- claro e violeta-claro, que transmitem sensação de calma, ao passo que o vermelho pode causar irritação. Já o amarelo e o laranja trariam disposição, estimulando as atividades intelectuais. Para a autora, a cor, um dos principais elementos do código visual, deve ser bem destacada para que chame a atenção do usuário. As cores devem ser escolhidas em conjunto com todo o espaço físico, mobiliário e equipamentos da biblioteca, no sentido de buscar um melhor aspecto visual do ambiente. Destacamos a dica de Rocha (2010, p. 25) “Fuja do tradicionalismo e explore as cores. Arrisque! Pinte paredes, aposte em contrastes e obtenha aquele toque aconchegante e tão desejado em nossas bibliotecas. [...] Se tiver dúvida, consulte um arquiteto!” Vejamos como as cores podem ser utilizadas em bibliotecas nas próximas ilustrações a seguir: FIGURA 5 - CORES NA BIBLIOTECA ESCOLAR FONTE: <http://bit.ly/2m3rjOu>. Acesso em: 10 set. 2019. UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 14 FIGURA 6 - CORES EM BIBLIOTECA FONTE: <http://bit.ly/2komlLS>. Acesso em: 10 set. 2019. 15 Neste tópico, você aprendeu que: • O espaço de uma biblioteca deve ser planejado levando-se em conta diversas áreas como: a área de armazenamento; a área de atividade e a área de circulação. E que nesses três espaços, estão incluídos diversos outros como: recepção; espaços de leitura; áreas de estudo; banheiros; áreas de processamento técnico; acervo de livros e outros tipos de acervo além dos espaços multimídia. • A biblioteca deve contar com pelo menos uns 60 m² e que em cinco anos, esta área possivelmente aumente em 30%, sendo necessário planejar esse crescimento. E para se calcular a área necessária em uma biblioteca pode se considerar 2 m² por usuário e 15 m² por empregado. Sendo que um usuário adulto, sentado em uma mesa de aproximadamente 76 cm de largura, deve ocupar um espaço total de 2 a 3 m², enquanto um empregado deve ocupar de 10 a 12 m². E que estas medidas variam em função do tamanho da mesa e do maior oumenor conforto que o espaço pode proporcionar. • Para as estantes de livros e de periódicos o espaço poderá ser de 10 m² para cada 1.000 volumes e se for uma estante expositora, o cálculo é de 3 m². Com relação ao espaço para leitura calcula-se 1,5 lugares para cada 1.000 hab. • Existem uma série de características essenciais no planejamento do espaço físico de uma biblioteca como: ser flexível; compacto; diversificado; acessível; espaço organizado; agradável; econômico e com preocupação com a preservação. • O acervo de uma biblioteca é sensível a mudanças excessivas de temperatura e de umidade acentuada. E que estas mudanças podem ocasionar o surgimento de fungos e bactérias nos diversos tipos de suportes. • O local deve possuir também boas condições de temperatura, iluminação etc., que o tornem agradável e saudável. A temperatura da biblioteca seja mantida entre 19 ºC e 23ºC. Na impossibilidade de manter o ar condicionado permanentemente ligado e controlado, a recomendação é manter o ambiente arejado naturalmente. • A iluminação deve proporcionar aos servidores e aos usuários e, de outro, pela interferência no acervo. Em geral, as fontes utilizadas na iluminação interna são a luz natural e as lâmpadas fluorescentes. Que a luz natural quando incide sobre o acervo é prejudicial porque apresenta um nível elevado de radiação ultravioleta (UV). • Os pisos ideais para bibliotecas são os resistentes e de fácil conservação e silenciosos, devendo-se evitar madeira e carpetes. Pisos e paredes não devem exalar nenhum poluente nocivo, serem impermeáveis e resistente à água, e à prova de fogo. Os mais pisos mais ideias são os frios como concreto tratado, o mármore, a cerâmica e a pedra, desde que corretamente instalados, sem desníveis evitando acidentes. • Deve-se prestar atenção nas possibilidades na utilização de cores nos espaços de biblioteca em especial nas escolares. RESUMO DO TÓPICO 1 16 1 Quais são as três áreas básicas no planejamento de uma Biblioteca? 2 Como podemos calcular a área necessária para uma biblioteca? AUTOATIVIDADE 17 TÓPICO 2 ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO O termo acervo deriva do latim acervus, tratando-se de uma coleção. O acervo de uma unidade de informação é formado por todos os materiais que podem ser utilizados pelos usuários como fonte de informação. Em sua maioria é composto de materiais escritos no formato de livro, que também são disponibilizados no formato digital. O que define os tipos de materiais que compõem o acervo da instituição são seus objetivos e características conforme exemplo no quadro a seguir: QUADRO 2 - BIBLIOTECAS E SUAS CARACTERÍSTICAS TIPOS ESCOLARES PÚBLICAS UNIVERSITÁRIAS ESPECIALIZADAS NACIONAIS LOCALIZAÇÃO Escolas Municípios Instituições de ensino superior Empresas, institutos de pesquisa No país de origem OBJETIVO Apoiar o processo de ensino e lazer Proporcionar informações em geral Apoiar as funções de docência e pesquisa acadêmica Apoiar a pesquisa de áreas específicas controle bibliográfico universal de uma nação pesquisa ACERVO Materiais impressos, livros, gibis, revistas Audiovisuais Mapas Jogos Materiais impressos, livros, gibis, revistas, jornais Audiovisuais Bases de dados mapas Materiais impressos, livros, revistas, jornais Audiovisuais Revistas especializadas Bases de dados Mapas Monografias Materiais impressos de área específica como (direito, saúde) Materiais diversos como audiovisuais, roupas (moda), objetos mapas Livros produzidos no país Documentos históricos Manuscritos Cartografias obras raras USUÁRIOS Alunos docentes Todos os tipos de público Acadêmicos, docentes e funcionários Pesquisadores, trabalhadores de áreas específicas Pesquisadores UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 18 TIPOS ESCOLARES PÚBLICAS UNIVERSITÁRIAS ESPECIALIZADAS NACIONAIS SERVIÇOS Empréstimo Consulta Fomento à leitura Educativo Pesquisa Lazer cultura Empréstimo Consulta Fomento à leitura Educativo Pesquisa Lazer cultura Empréstimo Consulta Treinamento Pesquisas especializadas Empréstimo Consulta Pesquisa Levantamento bibliográfico de ponta Elaboração de bibliografias, empréstimo interno Consulta Orientação de pesquisa FONTE: A autora Observamos que o quadro anterior busca apenas apresentar uma exemplifi- cação, mas a biblioteca pode ter diversas outras características e diversificações em relação ao seu acervo. DICAS Como ilustração dessa afirmação, sugerimos que você assista à apresentação do MIS, Museu da Imagem e do Som, uma unidade de informação especializada. Acesse: http://bit.ly/2m5DYAs FONTE: <http://bit.ly/2m5DYAs>. Acesso em: 10 set. 2019. Mas podemos nos perguntar, como é composto um acervo de biblioteca? Antunes, Cavalcante e Antunes (2000) ressaltam que um dos requisitos básicos para a operação e administração de uma biblioteca é sua formulação uma política, definindo objetivos, prioridades e serviços relacionados com as necessidades da comunidade local. TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 19 Maciel e Mendonça (2000) dividem as funções biblioteconômicas em três blocos, conforme a figura a seguir: FIGURA 7 - FUNÇÕES DO BIBLIOTECONÔMICAS FONTE: Adaptado de Maciel e Mendonça (2000) As bibliotecas devem ser organizadas respeitando efetivamente os padrões profissionais de operação, sendo assegurada a cooperação com parceiros como grupos de usuários e outros profissionais, em âmbito municipal, regional, nacional e internacional. NOTA Aqui reforçamos a importância na busca permanente de parcerias entre a biblioteca, comunidade em geral. Esse envolvimento tanto no planejamento quanto nas ações da biblioteca fortalece os laços e potencializa o atendimento. Dependendo da característica da biblioteca, pode ser proposto um conselho envolvendo diversos agentes como: usuários, comércio local, entidades sociais, entidades públicas entre outras. Isso traz uma maior integração entre biblioteca e comunidade. Quando planejamos uma biblioteca, seus serviços devem ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade. Isso requer que o prédio da biblioteca esteja bem localizado, com instalações corretas para leitura e estudo, assim como possuir tecnologias adequadas e horário de funcionamento conveniente aos usuários. Isso implica também a extensão dos serviços aos usuários impossibilitados de UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 20 frequentar a biblioteca. Os serviços da biblioteca devem ser adaptados às diferentes necessidades das comunidades em áreas rurais e urbanas. O bibliotecário é um intermediário ativo entre usuários e recursos. Antunes, Cavalcante e Antunes (2000) ressaltam que o planejamento é uma atividade que não finda com a implantação da biblioteca. Depois de pronta, é preciso planejar as atividades que serão desenvolvidas, bem como as providências a serem tomadas e que têm, como objetivo, a prestação de serviços aos nossos usuários, o oferecimento da informação a eles. Assim, planejar é programar, projetar algo que devemos realizar. 2 POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES A Política de Desenvolvimento de Coleções é um importante instrumento formal que estabelece critérios e prioridades com relação à seleção e aquisição do material que irá compor os acervos das bibliotecas. Segundo Danon (2013), o desenvolvimento de coleções é um fator essencial para as unidades de informação. Através da criação de uma política, que é uma declaração escrita, são elaboradas diretrizes que auxiliam o crescimento racional do acervo e que consiga atender aos seus usuários de forma eficaz, permitindo que eles acessem informações que sejam pertinentes as suas necessidades. É essencial para uma biblioteca identificar seus usuários para otimizar suas prioridades Tais intenções compõem um estudo desses e uma política de desenvolvimento de coleções que será uma ferramenta que auxiliaos bibliotecários na construção de um acervo funcional e nos serviços que sejam relevantes. A formalização de uma política possibilita que a coleção cresça de forma consistente, qualitativa e quantitativamente e que estabeleça as diretrizes a serem seguidas no processo de seleção e aquisição de todos os materiais. Também estabelece cada um dos passos necessários para o processo de seleção e aquisição do acervo, como também define critérios de escolha e sugere a necessidade de criar uma Comissão que se responsabilize pelo processo de decisões. A coleção deve ser selecionada e desenvolvida para atender aos interesses e necessidades de seus usuários, facilitando sobremaneira o acesso, a recuperação e a disseminação da informação. Portanto, o êxito da coleção está diretamente ligado a uma política de seleção. É importante ressaltar que a Política de Desenvolvimento de Coleções numa biblioteca consiste num elemento básico para qualquer tomada de decisão. Ela contempla aspectos relativos à função e objetivos da biblioteca e Instituição do qual pertence, usuários e necessidades, abrangências e níveis das coleções, tipos de materiais, critérios e responsabilidade pela seleção, modalidade de aquisição, critérios para alocação de recursos financeiros, de descarte e outros. TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 21 Entretanto, faz-se necessário o estabelecimento dos agentes envolvidos no processo decisório. Para tanto, a criação de uma Comissão Permanente de Seleção de Coleções possibilita que seus membros sejam indicados dentre os membros do corpo docente e discente, bem como do corpo técnico. Cabe a Comissão encontrar maneiras de fazer com que todos os assuntos de interesse da instituição se desenvolvam independentemente de atuações individuais, criando mecanismos formais que permitam a participação de todos os interessados (UDESC, 2016, s.p.). Na ilustração a seguir, você pode visualizar o sumário da política de desenvolvimento de coleções da Biblioteca da Universidade do Estado de SC, bem como suas etapas. FIGURA 8 - EXEMPLO DE POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES FONTE: <http://bit.ly/2mjHA1Y>. Acesso em: 10 set. 2019. Todas as diretrizes voltadas ao desenvolvimento de coleções são utilizadas para auxiliar na seleção, aquisição, avaliação, desbaste, descarte e doação de materiais, que são as etapas de formação, desenvolvimento e organização de coleções. Também há que se atentar, no tocante à manutenção e à evolução da coleção, para a preservação e conservação de acervos, uma vez que a informação acumulada pelo centro informacional precisa ser cuidada para que não se perca o trabalho e o conteúdo assimilado ao acervo. UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 22 FIGURA 9 - ASPECTOS PERTINENTES A ESCOLHA DO MOBILIÁRIO Fonte: A autora Quando falamos de bibliotecas universitárias, em relação à aquisição de acervo da bibliografia básica, a quantidade de exemplares poderá ser calculada com base em um exemplar para cada dez alunos matriculados na disciplina/unidade curricular. Já os periódicos de informações gerais, que preferencialmente devem ser diversificados, como locais, estaduais e nacionais. Os jornais poderão ficar restritos a uma assinatura por unidade/Biblioteca (ALMEIDA, 2005). Para Maciel e Mendonça (2000, p. 17) o processo de desenvolvimento de acervos “deverá contar com o bibliotecário como coordenador, figura central do processo, que poderá, com muita valia, ser assessorado por membros da comunidade envolvida”. O processo de formação e atualização de acervos é contínuo, e deve ser baseado nos objetivos da biblioteca e no público a que atende: é uma atividade de planejamento (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 16). 2.1 FORMAÇÃO DO ACERVO Quando pensar a organização de uma biblioteca, você precisa ter em mente que a área para instalação do acervo, em geral, ocupará seu o maior espaço. Sua estruturação adequada é imprescindível para o bom funcionamento da unidade. Para definição da área necessária ao acervo existem padrões internacionais para os diferentes tipos de bibliotecas, em especial as públicas e universitárias. O padrão para coleções em bibliotecas universitárias é de 100 volumes e um título de periódico corrente por aluno; no Canadá, de 90 a 95 volumes; na Alemanha, 85 volumes e de 0,6 a um título de periódico; e na França, 16 volumes e 0,06 títulos de periódico, (ALMEIDA, 2005). O planejamento da área de armazenamento deve permitir o uso de mobiliário variado para atender a aspectos tais como: TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 23 FIGURA 10 - FORMAS DE COMPOSIÇÃO DO ACERVO FONTE: A autora • COMPRA – para a compra além dos pontos observados anteriormente, é preciso um planejamento orçamentário para ampliação e atualização do acervo. Observadas as orientações anteriores e somadas as necessidades da biblioteca, que se diferenciam bastante em relação aos seus tipos e especificidades, efetuam-se as compras. As bibliotecas universitárias têm um maior controle sobre esse processo, pois seu acervo é item de avaliação do Ministério da educação. Falaremos um pouco mais sobre isso no próximo tópico. • DOAÇÃO – é a oferta gratuita de livros à biblioteca. As doações são provenientes dos próprios usuários, de editoras, instituições, particulares etc. Todo o material doado à biblioteca deve passar por uma avaliação prévia e ter anotados o nome do doador e a data da doação. É importante que a biblioteca divulgue sua receptividade a doações, bem como promova campanhas nesse sentido. Nestas campanhas deverão se envolver tanto os responsáveis pela biblioteca como os usuários e a comunidade em geral onde a biblioteca está situada. O responsável pela biblioteca esclarecerá aos doadores que os materiais recebidos por doação, se passarem pelos critérios da política de desenvolvimento de coleções, serão incorporados ao acervo; se não, poderão ser usados para permuta ou mesmo para recortes, enriquecendo a coleção de gravuras e recortes. A biblioteca deve sempre agradecer as doações recebidas. • PERMUTA – É a troca de acervo entre bibliotecas, que se realiza utilizando obras sem utilidade ou com número excessivo de exemplares presentes. Para permutar devem ser feitas listas contendo o nome do autor e o título da obra, e estas divulgadas para outras bibliotecas. Com esse procedimento, além de se ganhar mais espaço nas estantes, adquirem-se, gratuitamente, obras de interesse para os leitores. 2.2 DESCARTE O descarte é a retirada do material de informação do acervo da biblioteca, em razão de sua não utilização, por não atender às necessidades dos usuários, ou pelo seu desaparecimento da coleção. Vejamos alguns critérios de descarte indicados no Manual de Bibliotecas do estado do RS: (RIO GRANDE DO SUL, 2009). • Livros didáticos cujo prazo de uso está ultrapassado, considerando a validade de três anos anteriores ao ano vigente. • Obras em mau estado de conservação (rasgados, sujos, riscados, faltando páginas, descolados e outros). • Livros contaminados por fungos. Os acervos em unidades de informação são compostos principalmente de três formas: UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 24 • Obras com conteúdo desatualizado, em relação ao currículo vigente. • Bibliografias e enciclopédias com mais de 10 anos de publicação. • Almanaques e anuários que não sejam do ano corrente. • Atlas do corpo humano e livros de ciências da década de 70 e 80. • Obras antigas de teologia. • Livros e códigos de Direito desatualizados. • Livros com ortografia desatualizada. • Livros de Contabilidade, Matemática Comercial e Financeira e Administração anteriores à década de 80. • Materiais sobre tecnologia e informática com sistemas não mais utilizados, tais como: MS-DOS, D BASE, BASIC, COBOL. • Livros de geografia e mapas anteriores a 2000. • Biografias individuais de pessoas não relacionadas à escola, à comunidade escolar e dosarredores. • Obras escritas em linguagem pouco acessível. • Duplicatas: acima de cinco: excesso de cópias de um mesmo título em relação à demanda. O material descartado poderá ser: • Encaminhado para reciclagem, quando não interessar aos usuários e/ou a outras instituições. • Vendido a peso, gerando recursos, devendo a verba arrecadada reverter em benefício da biblioteca desde que a venda seja realizada de acordo com as normas da instituição. • Doado aos usuários. As obras que forem consideradas de valor para outras instituições poderão servir como material de doação ou de permuta. Pode-se também colocá-las à disposição dos leitores, em caixa identificada, tais como os exemplos a seguir. FIGURA 11 - CAIXA PEGUE E LEVE FONTE: <http://bit.ly/2lZDQmc>. Acesso em: 10 set. 2019. Quando houver dúvidas quanto à utilidade ou não de um determinado documento para a biblioteca, é preferível mantê-lo. TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 25 FIGURA 12 - EXEMPLO DE CARIMBO DE BAIXA FONTE: <http://bit.ly/2lZDQmc>. Acesso em: 10 set. 2019. b) Relacionar as obras e o motivo do descarte. c) Enviar, por ofício, à Direção da instituição, ao responsável pelo patrimônio e/ou ao Conselho Escolar a respectiva relação, arquivando uma via deste documento, na biblioteca (RIO GRANDE DO SUL, 2009). 3 COLEÇÕES BÀSICAS Como o nome já diz, a coleção básica de uma biblioteca, trata-se do mínimo necessário para atendimento de seus usuários de forma eficiente. Ao tratarmos da estruturação do acervo, necessitamos ter presentes os materiais que dele farão parte como: Existem livros antigos que, mesmo não sendo obras raras ou valiosas, são importantes e insubstituíveis pelo seu conteúdo e/ou valor artístico-literário. Em princípio, não deverão ser descartadas do acervo: • Obras raras: assim consideradas pelo seu conteúdo, apresentação e/ou época de publicação. • Obras de escritores brasileiros e estrangeiros: editadas há mais de meio século; primeiras edições; edições de luxo. • Edições de tiragem limitada. • Obras autografadas por autores conhecidos. • Obras de personalidades de projeção política, científica, religiosa, literária, entre outras. • Obras de interesse científico. • Obras importantes para a comunidade, que tratam da história do município, da escola ou da cidade. Quando for realizado o descarte, além da anotação de baixa no Livro de Registro, deve-se: a) Dar baixa em cada volume ou exemplar mediante a utilização do Carimbo de Baixa: UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 26 FIGURA 13 - MATERIAIS DO ACERVO 3.1 ACERVO INFORMATIVO Podemos chamar de acervos informativos todos aqueles que que servem para consulta e estudo, que complementam as pesquisas, sendo utilizados pelos professores para a elaboração de seus planos de aula e pelos alunos para desenvolverem seus trabalhos independente do formato. 3.1.2 Acervo periódicos Os periódicos ou revistas, como também são chamados, caracterizam-se por serem publicados em intervalos regulares ou irregulares. São considerados uma fonte de informação primária, pois abordam informações novas, fatos, acontecimentos ou novas interpretações de teorias, sendo indispensáveis na divulgação dos resultados de pesquisas e relatos de experiências recentes, facilitando o acompanhamento constante dos avanços em cada área, favorecendo a necessária realimentação do ciclo de geração de comunicação e disseminação mais rápida de novos conhecimentos. Os periódicos podem abordar assunto específico ou abranger mais de uma área do conhecimento, dependendo da limitação de sua cobertura (MIRANDA, 2007). As bibliotecas devem ter a assinatura dos periódicos que contenham informações de maior importância para os seus usuários. Infelizmente nem sempre as bibliotecas possuem recursos para adquirirem periódicos e ou atualizá-los. Segundo Prado (1992, p. 103), o periódico caminha muito mais a par da ciência do que os livros, devido sua agilidade de tempo, mas, em geral, os livros se aprofundam mais. Os periódicos têm grande importância, principalmente nas bibliotecas universitárias e especializadas bem como em e centros de pesquisa e devem ser constantemente atualizados. As bibliotecas universitárias precisam compor sua coleção com periódicos que abordem assuntos gerais e específicos (locais, regionais, nacionais e internacionais), porém como são muitas as publicações, cada biblioteca deverá FONTE: A autora TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 27 determinar seus critérios que contemplem a prioridade de aquisição relacionados aos planos de ensino, aos cursos oferecidos pela instituição e aos cursos em fase de reconhecimento, implantação, credenciamento ou recredenciamento. Atualmente, as bibliotecas acadêmicas assinam portais eletrônicos que implicam a atualização mais rápida da coleção de periódicos, propiciando, também economia de espaço. Infelizmente nem todas as instituições possuem recursos para fazerem essas atualizações. DICAS Outra excelente fonte de pesquisa é o Portal de Periódicos CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Trata-se de uma biblioteca virtual que reúne e disponibiliza a instituições de ensino e pesquisa no Brasil o melhor da produção científica internacional. Ele conta com um acervo de mais de 45 mil títulos com texto completo, 130 bases referenciais, 12 bases dedicadas exclusivamente a patentes, além de livros, enciclopédias e obras de referência, normas técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual. O Portal de Periódicos foi criado tendo em vista o déficit de acesso das bibliotecas brasileiras à informação científica internacional, dentro da perspectiva de que seria demasiadamente caro atualizar esse acervo com a compra de periódicos impressos para cada uma das universidades do sistema superior de ensino federal. Foi desenvolvido ainda com o objetivo de reduzir os desnivelamentos regionais no acesso a essa informação no Brasil. Ele é considerado um modelo de consórcio de bibliotecas único no mundo, pois é inteiramente financiado pelo governo brasileiro. É também a iniciativa do gênero com a maior capilaridade no planeta, cobrindo todo o território nacional. Atende às demandas dos setores acadêmico, produtivo e governamental e propicia o aumento da produção científica nacional e o crescimento da inserção científica brasileira no exterior. É, portanto, uma ferramenta fundamental às atribuições da Capes de fomento, avaliação e regulação dos cursos de Pós-Graduação e desenvolvimento da pesquisa científica no Brasil. Possuem acesso livre e gratuito ao conteúdo do Portal de Periódicos professores, pesquisadores, alunos e funcionários vinculados às instituições participantes. O Portal é acessado por meio de computadores ligados à internet e localizados nessas instituições ou por elas autorizados. A definição dos critérios de escolha dos participantes está em consonância com os objetivos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Portal de Periódicos de democratizar o acesso à informação científica, fortalecer os programas de pós- graduação no país e incentivar os investimentos em excelência acadêmica nas instituições de ensino e pesquisa no Brasil. Podem acessar gratuitamente o Portal de Periódicos as instituições que se enquadram em um dos seguintes critérios: I- Instituições federais de ensino superior. II- Unidades de pesquisa com pós-graduação, avaliadas pela CAPES com nota 4 (quatro) ou superior. III- Instituições públicas de ensino superior estaduais e municipais com pós-graduação avaliadas pela CAPES com nota 4 (quatro) ou superior. IV- Instituições privadas de ensino superior com pelo menos um doutorado com avaliação 5 (cinco) ou superior pela CAPES. V- Instituições com programas de pós-graduação recomendados pela CAPES e que atendam aos critérios de excelência definidos pelo Ministério da Educação (MEC). UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONALEM BIBLIOTECAS 28 Instituições que não se enquadram nos critérios citados, e querem acessar o conteúdo assinado pelo Portal Periódicos da Capes, devem entrar em contato direto com as editoras ou representantes dos respectivos conteúdos para solicitar as informações sobre o processo de aquisição e valores de assinatura. PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES Os periódicos físicos devem estar organizados em um local próprio nas estantes da biblioteca, dispondo-se as coleções em ordem alfabética de título. Considerando-se que os fascículos dos periódicos em geral não oferecem resistência, eles poderão ser colocados em caixas próprias, que se encontram no comércio e que lhes permitem ficar em pé. Ou ainda em estantes próprias. Caso isso não seja possível, poderão ser amarrados, formando blocos por mês, ou a cada seis meses, dependendo da periodicidade de publicação e que mais ou menos fascículos sejam acumulados. FIGURA 14 - PORTA REVISTA FONTE: <http://bit.ly/2mr70Lk>. Acesso em: 10 set. 2019. FONTE:http://bit.ly/32SJ8QG. Acesso em: 10 set. 2019. TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 29 FIGURA 15 - ESTANTE PARA REVISTAS FONTE: <http://bit.ly/2mk1I42>. Acesso em: 10 set. 2019. A biblioteca poderá também possuir fascículos avulsos (periódicos dos quais não possua a coleção completa). Se os assuntos que eles contenham forem do interesse da biblioteca, poderão ser inseridos na sequência das coleções de periódicos, compondo a mesma ordem alfabética de títulos. Outro exemplo de periódico é o jornal, na maioria das vezes diário, mas também com periodicidade diversa. FIGURA 16 - MODELO 1 DE SUPORTE DE JORNAIS FONTE: <http://bit.ly/2ks76BL>. Acesso em: 10 set. 2019. UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 30 FIGURA 17 - MODELO 2 DE SUPORTE DE JORNAIS FONTE: <http://bit.ly/2mpj0wJ>. Acesso em: 10 set. 2019. 3.2 ACERVOS RECREATIVOS São compostos por materiais que podem ser utilizados em momentos de lazer. Como exemplo destacamos materiais de literatura. Em bibliotecas escolares os espaços com gibis e revistas infantis, também pode ser outro exemplo. Observamos que este último tipo de acervo, costuma ter um tempo menor de durabilidade, precisando ser constantemente adquiridos e renovados. FIGURA 18 - ILUSTRAÇÃO PARA GIBITECAS FONTE: <http://bit.ly/2kI2W93>. Acesso em: 10 set. 2019. TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 31 FIGURA 19 - EXEMPLO DE ESPAÇO PARA GIBITECA FONTE: <http://bit.ly/2kXFWmv>. Acesso em: 10 set. 2019. DICAS Os livros recreativos são muito utilizados no universo da biblioterapia. Segundo Abreu, Zulueta e Henriques (2013), a biblioterapia é uma atividade com vertentes preventiva e terapêutica que, através da leitura de livros de ficção ou de autoajuda, individualmente ou em grupo, tem o propósito de facultar uma experiência de restabelecimento da saúde, ou permitir um contínuo desenvolvimento, em qualquer idade. Esse foco é muito utilizado em bibliotecas de hospitais, onde são destacados sua importância e contribuição da biblioterapia no processo de tratamento de pacientes internados em unidades hospitalares. Temos várias pesquisas que apresentam conceitos, a importância da prática biblioterapêutica e a biblioterapia como campo de atuação para o bibliotecário. Faremos uma indicação de leitura complementar ao final dessa unidade sobre o tema. 3.3 ACERVO DE REFERÊNCIA Os livros de referência são destinados à consulta e oferecem ao leitor informações resumidas e de caráter rápido e imediato, servindo mesmo como ponto de partida para estudos mais completos. São em geral constituídos por dicionários técnicos e gerais, enciclopédias, bibliografias nacionais e estrangeiras, guias, manuais e atlas que, numa grande variedade, oferecem subsídios fundamentais a pesquisadores, seu tamanho e diversidade depende do tipo de instituição. Uma biblioteca escolar, por exemplo, não terá o mesmo acervo de referência de uma biblioteca universitária. Destacamos aqui o acervo de referência da Biblioteca Nacional, o mais completo que podemos consultar. Somente no tipo “dicionário” possui uma diversidade de UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 32 opções como: os modernos e antigos da língua portuguesa, como o “Diccionario da Lingua Portugueza” composto pelo padre D. Rafael Bluteau (1789). Também estando disponíveis para consulta: • Dicionários de biografias • Dicionários de política • Dicionários de economia • Dicionários de pseudônimos • Dicionários de línguas estrangeiras e dialetos • Dicionários de ciências sociais • Dicionários de folclore brasileiro • Dicionários de astronomia e astronáutica • Dicionários de medicina • Dicionários de religião • Dicionários de especialidades farmacêuticas (DEF) • Dicionários de botânica, tais como o Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas de Manoel Pio Corrêa. Ainda na Biblioteca Nacional destacam-se no Acervo de Referência, peças como bíblias, atlas, guias de turismo, constituições brasileiras, índices biobibliográficos e dicionários e enciclopédias em segmentos como: • cinema • culinária e nutrição • esportes • História de países, estados, cidades e bairros, entre outros • literatura nacional e estrangeira • pintura • teatro • televisão Vale ressaltar a disponibilidade de obras como a Enciclopédia Saraiva do Direito, os dicionários sobre o Rio Antigo, a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, o Dicionário das Famílias Brasileiras, entre outros. Na Seção de Referência o leitor recebe orientação quanto à pesquisa que realiza, sendo encaminhado a outros setores da Biblioteca Nacional, e até mesmo a outras bibliotecas e acervos que possam auxiliá- lo (BIBLIOTECA NACIONAL, 2019). TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 33 DICAS Faça uma visita guiada à Biblioteca Nacional e amplie seus conhecimentos Localizada no centro do Rio de Janeiro, Av. Rio Branco, 219, a Biblioteca Nacional oferece visitas orientadas gratuitamente, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, e sábados, das 11h30min às 13h30min, em três idiomas: português, inglês e espanhol. Na visita é possível conhecer o interior do prédio histórico, inaugurado em 1910, e apreciar sua arquitetura imponente, com escadarias, amplas claraboias em vitral colorido, ornamentação elegante e salas preservadas, além das obras de arte que decoram os espaços, como quadros, painéis e esculturas. Durante a semana, o visitante poderá visualizar o interior das salas de leitura através de portas blindex. O acesso ao interior é exclusivo para os pesquisadores em consulta ao acervo, desde que devidamente registrados. Excepcionalmente aos sábados, é possível visualizar apenas as salas do segundo piso – Obras gerais e periódicos. Nos corredores, no Salão de Obras Raras e no Espaço Cultural Eliseu Visconti é possível visitar exposições temáticas, que reúnem peças de diversas coleções. Os guias que orientam os visitantes são especialmente selecionados e preparados para transmitir informações históricas sobre a Biblioteca Nacional, seu acervo, suas coleções e principais obras, transformando a visita em um roteiro cultural inesquecível. O visitante tem também a opção de fazer a visita por conta própria, sem a orientação de um guia. A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina, administrativamente em 1990 subordinada, a Euclides da Cunha, do Rio de Janeiro, e o Instituto Nacional do Livro, com sua Biblioteca Demonstrativa, de Brasília, passaram a constituir a Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Para garantir a manutenção de seu acervo, possui laboratórios de restauração e conservação de papel, estando apta a restaurar, dentro das mais modernas técnicas, qualquer peça do acervo que precisar desse serviço. Possui também oficina de encadernação e centro de microfilmagem, fotografia e digitalização. FONTE: <http://bit.ly/2knPXJg>. Acessoem: 10 set. 2019. ENTRADA DA BIBLIOTECA NACIONAL UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 34 VISTA GERAL DO ACERVO DA BIBLIOTECA NACIONAL FONTE: <http://bit.ly/2krbfFU>. Acesso em: 10 set, 2019. Em relação à localização das obras de referência, elas devem ficar, preferencialmente, em estantes próximas ao balcão de atendimento ou à entrada da biblioteca. 3.4 MATERIAIS ESPECIAIS Para além dos materiais textuais, existem outros tipos de acervo que integram o acervo geral das bibliotecas. Vejamos alguns exemplos: • Documentos iconográficos ou gráficos: imagens, mapas, plantas, gráficos, tabelas, cartazes, quadros, fotografias em papel e slides. • Os documentos sonoros: discos e fitas magnéticas. • Os documentos audiovisuais que combinam som e imagem: filmes, audiovisuais, fitas e videodiscos. • Os documentos de natureza material: objetos, amostras, maquetes, monumentos, documentos em braile e jogos pedagógicos. • Os documentos compostos, que reúnem documentos textuais e não textuais sobre um mesmo assunto, como os livros acompanhados de discos. • Os documentos magnéticos utilizados em informática, isto é, os programas que permitem efetuar cálculos, fazer gestão de arquivos e simulações, e • Os documentos eletrônicos utilizados em informática. Veiculam texto, imagem e som. São os documentos do futuro. Esses documentos podem apresentar suportes físicos de diferentes espécies como: pedra, tijolo, madeira, osso – foram suplantados pelo o papel – com a inovação tecnológica outros suportes surgiram: plásticos, laser, vidro, Pen drive, DVD, CD e Bluray. TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 35 Os materiais não livro, tais como: folhetos, recortes ou folhas soltas, mapas, atlas, globos, jogos, CDs, DVDs, gravuras, fotografias e outros, apresentam-se sob diferentes suportes físicos, constituindo-se, cada um, em uma coleção específica integrada ao acervo da biblioteca, juntamente com a coleção de livros e a coleção de periódicos. Na sua preparação para acesso possuem algumas diferenças: • Procede-se à carimbagem das unidades dos materiais não livro, no local mais visível do seu invólucro ou do material, propriamente dito, desde que não prejudique a sua leitura. Utiliza-se apenas o carimbo de identificação da biblioteca. • As folhas soltas poderão ser acondicionadas, em razão de sua fragilidade: em caixas-arquivo (de papelão ou de plástico); em caixas de camisa (aproveitamento ou outras); em bolsos especiais; em envelopes pardos (tamanho oficio); em sacos plásticos (tamanho A4); reunidos em pastas de cartolina A/Z; em álbuns ou sob outra forma, a critério da biblioteca. • A ordenação dentro desses repositórios deverá ser por assunto, isto é, cada caixa ou envelope deverá conter um assunto apenas e será etiquetado por fora com o assunto das folhas neles armazenados. Dentro de cada um, a ordem das folhas será crescente do número e do ano de registro (de baixo para cima ou da esquerda para direita). A guarda destas caixas, envelopes ou álbuns poderá ser em arquivos de aço com pastas suspensas, estantes, armários ou outro mobiliário, que também deverá ser sinalizado com o(s) assunto(s) das folhas soltas. ESTUDOS FU TUROS Observamos que as formas de registro no acervo desses materiais, vocês aprenderão na disciplina de “Representação descritiva – catalogação”. 4 ACERVO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS Os acervos das bibliotecas universitárias se diferenciam de acervos de outros tipos de biblioteca porque são objeto de avaliação junto ao Ministério da educação. Para esse processo de avaliação, existe um instrumento avaliativo que, através de pesos e conceitos, determina se o acervo está de acordo com os propósitos da instituição, atribuindo ao final uma nota que permite a população verificar a qualidade ou não da universidade. Os conceitos vão de 3 a 5, sendo 5 o que melhor conceitua a instituição. Lembrando que o acervo da biblioteca universitária é formado a partir das ementas das disciplinas que são divididas em: Básica e complementar. UNIDADE 1 | PLANEJAMENTO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL EM BIBLIOTECAS 36 • Bibliografia básica é fundamental para que os estudantes acompanhem o andamento das atividades acadêmicas, ou seja, é obrigatória. • Bibliografia complementar é composta por materiais informacionais que são indispensáveis à complementação e atualização voltados para a pesquisa e o ensino nas mais variadas áreas do conhecimento. De acordo com o Silvestre (2015), todos os registros de documentos, livros, inventários, escritos, impressos ou quaisquer gravações que venham a servir como fonte para consulta, organizada pela identificação de cada uma das obras que constitui a bibliografia, por meio de elementos como o autor, o título, o local de edição, a editora e outros de caráter básico podem constituir as bibliografias básicas e complementares. A universidade só ganha Conceito 5 quando o acervo da bibliografia básica tem no mínimo três títulos por unidade curricular, e está disponível na proporção média de um exemplar para menos de 5 vagas anuais pretendidas /autorizadas, de cada uma das unidades curriculares, de todos os cursos que efetivamente utilizam o acervo, além de estar informatizado e tombado junto ao patrimônio da IES (SILVESTRE, 2015). Já no caso da Bibliografia Complementar o Conceito 5 é atribuído quando o acervo possui, pelo menos, cinco títulos por unidade curricular, com dois exemplares de cada título ou com acesso virtual. Veja como calcular as bibliografias da biblioteca universitária: 1. Identificar as unidades curriculares (disciplinas) do curso. 2. Identificar os títulos (livros) da bibliografia básica em cada unidade. 3. Localizar o quantitativo (nº de exemplares) de cada título relacionado. 4. Dividir o nº de vagas pelo somatório de exemplares em cada disciplina. 5. Calcular a média dos resultados das divisões anteriores. Caso algum título da bibliografia básica atenda a outro(s) curso(s), é necessário dividir o total de vagas do(s) outro(s) curso(s) pelo total de exemplares do título e recalcular a média considerando esses valores. Já em relação aos periódicos especializados, para ser atribuído o conceito 5 a instituição de ensino precisa ter assinatura e ou acesso de periódicos especializados, indexados e correntes, sob a forma impressa ou virtual, maior ou igual a 20 títulos distribuídos entre as principais áreas do curso, a maioria deles com acervo atualizado em relação aos últimos 3 anos. TÓPICO 2 | ACERVO E SUAS CARACTERÍSTICAS 37 OBRIGATORIEDADE Bibliografia básica: 1) Mínimo de três títulos/Unidade Curricular. 2) Informatizado. 3. Tombado como Patrimônio da IES. Bibliografia complementar: 1. Mínimo de dois títulos/Unidade Curricular. 2. Exigência de dois exemplares. 3. Acesso virtual. 38 RESUMO DO TÓPICO 2 Neste tópico, você aprendeu que: • O acervo de uma unidade de informação é formado por todos os materiais que podem ser utilizados pelos usuários como fonte de informação. Em sua maioria é composto de materiais escritos no formato de livro, que também são disponibilizados no formato digital. • A Política de Desenvolvimento de Coleções é um importante instrumento formal que estabelece critérios e prioridades com relação à seleção e aquisição do material que irá compor os acervos das bibliotecas. • A formalização de uma política possibilita que a coleção cresça de forma consistente, qualitativa e quantitativamente, e que estabeleça as diretrizes a serem seguidas no processo de seleção e aquisição de todos os materiais. Também estabelece cada um dos passos necessários para o processo de seleção e aquisição do acervo, como também define critérios de escolha e sugere a necessidade de criar uma Comissão que se responsabilize pelo processo de decisões. • Os acervos em unidades de informação são compostos principalmente de três formas como: compra, permuta e doação. • O descarte é a retirada do material de informação
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