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MODELO - Alegações Finais Cível

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARARAQUARA, DO ESTADO DE SÃO PAULO
Processo nº 00058.77.2020.11.4486. 
JÚLIO CÉSAR, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve, vem com o devido respeito a presença de Vossa Excelência apresentar 
ALEGAÇÕES FINAIS 
pelas razões de fato e de direito a seguir apontadas: 
I. SÍNTESE DOS FATOS
A lide em questão se iniciou com a colisão de dois veículos automotores, IX35 e AMAROK, que pertencem respectivamente aos condutores Silmara e Júlio Cesar, o incidente ocorreu na Rua 7, no município de Araraquara-SP. 
Este episódio fez com que Silmara ingressasse com a presente ação de Indenização por Danos Materiais em face de Júlio, requerendo o valor dispendido para o conserto de seu veículo; para tanto alegou que o réu foi responsável pelo acidente, pois a princípio este conduzia o veículo em velocidade superior à permitida. A autora informou não ter interesse na realização de audiência de conciliação. 
O Requerido foi citado via correio, através de carta de citação, na qual constava a dispensa da realização da audiência de conciliação, sendo que nem mesmo obteve a possibilidade de se manifestar pela sua inocorrência, fato este que desrespeita o artigo 334, § 4º, inciso I, do Código de Processo Civil.
Na contestação apresentada em juízo, o requerido alegou responsabilidade exclusiva da autora, buscando a improcedência do pedido requerido por esta na inicial. Para tanto afirmou que Silmara conduzia seu veículo IX35 embriagada, como comprova o boletim de ocorrência da data do ocorrido, ultrapassando o sinal vermelho na Rua 7, sendo essa a causa da colisão entre os automóveis. 
Em tese subsidiária, a defesa declarou culpa recíproca, previsto no artigo 945 do Código Civil, entendendo que ambos concorreram para o acidente de trânsito, e que Silmara teria maior responsabilidade em razão dos motivos expostos. 
Na peça contestatória, deduziu-se pedido reconvencional, no qual Júlio requereu de Silmara indenização em valor equivalente ao que dispendeu pelo conserto do veículo, ou seja, R$ 17.000,00 (dezessete mil reais). 
Em réplica, a autora reiterou a versão contida na inicial e contestou o pedido reconvencional, pugnando pela integral procedência do pedido constante na petição inicial.
II. DO MÉRITO 
Durante audiência de instrução ocorreu a oitiva de testemunhas. A primeira testemunha ouvida foi a arrolada pela a autora, que confirmou o acidente, mas se mostrou incerta em relação as violações apontas na inicial, segundo sua narrativa, Júlio aparentemente estava em velocidade acima do permitido nas placas do local, no entanto não soube certificar se ele desrespeitou o sinal vermelho. 
A segunda e última testemunha, conduzida pelo réu, afirmou que após o acidente a requerida Silmara apresentava-se nitidamente com fala confusa, o que comprova o estado de embriaguez atestado no boletim de ocorrência constante anexo aos autos na fl. XX. 
A vaga narrativa da testemunha de defesa da requerente no que diz respeito a aparente velocidade excessiva do réu, torna esta prova subjetiva e imprecisa, não tendo o grau de severidade necessária para se configurar prova concreta. Além do mais é impossível se deduzir com convicção, a velocidade de um carro a olho nu, sendo assim, não se pode confirmar que o requerido estava em velocidade acima do permitido. 
Constata-se, de acordo com o Código de Processo Civil, que é dever do autor instruir a inicial com as provas de seus argumentos, o que não ocorre no presente caso, portanto o pedido da autora não merece prosperar. Conforme dispõe o julgado a seguir:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO. IMPROCEDÊNCIA. INSUFICIÊNCIA DE PROVAS QUANTO A RESPONSABILIDADE DO RÉU NO EVENTO DANOSO. AUTOR NÃO SE DESINCUMBIRAM DO ÔNUS DISPOSTO NO ART. 373, I, DO CPC. FALTA DE PRUDÊNCIA DO CONDUTOR DO VEÍCULO AO REALIZAR A ULTRAPASSAGEM. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS – ARTIGO 46 DA LEI Nº 9.099/95. Recurso conhecido e desprovido. (TJ – PR – RI: 00023885720178160130 PR 0002388-57.2017.8.16.0130 (Acordão), Relator: Juiz Aldemar Sternadt. Data de Julgamento: 09/05/2019, 4ª Turma Recursal, Data de Publicação: 10/05/2019). 
III. DOS PEDIDOS 
Diante o exposto, se conclui que em razão da incerteza da única prova instruída nos autos do processo pela autora para fundamentar seus pedidos feitos na exordial, que se refere ao testemunho aferido na fl. XX, e com base nas provas objetivas apresentadas pelo requerido, concerne o testemunho e boletim de ocorrência constantes na fl. XX, se reitera o que foi apresentado da contestação, e pleiteia-se procedência dos pedidos constantes na reconvenção.
Termos em que, 
pede deferimento.
 Advogado
 OAB nº

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