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Aula-02-Sistema Tributário Fontes, Competências e Princípios

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DIREITO TRIBUTÁRIO
Aula 02
Sistema Tributário: Fontes, Competências e Princípios. 
Professor Márcio Souza
DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Márcio Souza
2
Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
O poder de tributar está fundamentalmente ligado à ideia de Constituição, que deve ser entendida como o conjunto de normas (princípios e regras) e valores normativos que estabelecem a estrutura jurídico-política de uma sociedade organizada.
A tributação é parte importante da sociedade humana, de tal modo que podemos afirmar que onde existe comunidade existe alguma forma de “tributação”.
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3
Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
O art. 145/CF estabelece o poder de tributar. Este poder integra a atividade financeira do estado. Isto porque, o estado deve, através de políticas públicas, atender às necessidades públicas, definidas politicamente.
O poder de tributar do Estado emana do povo, isto ocorre porque somos nós que elegemos os nossos políticos/representantes, os quais instituem os tributos em nosso nome.
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Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
O Sistema Constitucional Tributário é um conjunto de disposições relacionadas na Constituição de um Estado, destinadas a regulamentar a atividade tributária deste. Tais disposições delineiam os instrumentos da tributação: impostos, taxas e contribuição de melhoria.
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5
Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
O Brasil é o país que mais constitucionalizou o direito tributário (arts. 145 a 149/CF). Além desses, a Constituição também possui outros artigos que falam sobre a tributação. Seu art. 1.º já fala sobre tributação, ao falar em "república federativa" (e não unitária). 
No federalismo é crucial para identificação de um estado federal, a atribuição de competências.
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6
Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
O direito tributário encontra diversas formas de justificação, conforme a referência teórica a que esteja referenciado. E pode ser entendido, fundado em uma ética material, como: 
expressão do poder (pensamento conceitual); 
sistema jurídico (pensamento normativo); 
sistema de direitos e deveres fundamentais (pensamento sistemático), 
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Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
Pensamento conceitual: estrutura de poder político.
No pensamento conceitual, o tributo está vinculado às escolhas do poder político e não a um modelo normativo organizado por meio da codificação ou da constitucionalização. Tradicionalmente, entendia-se que o poder fiscal se vinculava à tese da substancial ilimitação do poder soberano do Estado e tal poder se mantinha no momento de criação dos tributos. 
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Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
Pensamento normativista: estrutura normativa.
O normativismo irá entender que a Constituição se configura como a fonte primeira e superior do ordenamento tributário, de tal modo que da Constituição Fiscal derivam todas as demais normas jurídicas do sistema tributário. A diferença, contudo, em relação ao pensamento conceitual se caracteriza pela compreensão de que a Constituição possui um aspecto essencialmente formal.
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Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
Pensamento sistemático: relação jurídico-tributária como fenômeno complexo.
O pensamento sistemático irá compreender a Constituição como a norma jurídica mais importante no sistema jurídico, detentora de princípios, regras e valores jurídicos. A tributação passa a ser entendida como dever fundamental derivado do texto constitucional e não apenas como obrigação derivada de lei.
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10
Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
Uma das principais premissas do Sistema Tributário está relacionada ao fato de que a tributação incide sobre fenômenos econômicos (patrimônio, renda e circulação de bens).
As matérias sistema tributário e finanças públicas dividem um título completo da Constituição Federal, mais precisamente o título VI. Entre os artigos 145 a 162 encontram-se disposições sobre o sistema tributário nacional, sendo o restante (artigos 163 a 169) reservado às finanças.
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11
Sistema Tributário na Constituição Federal de 1988
A primeira seção da matéria tributária dedica-se aos seus princípios gerais, dispondo, por exemplo, quais as modalidades de tributo, suas características, quais os destinatários dos tributos denominados e quais leis são adequadas para a criação dos mesmos.
A seguir, a Constituição designa as limitações do poder de tributar em seus vários aspectos (material, pessoal etc.).
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Fontes do Direito Tributário 
As fontes do direito tributário são geralmente divididas em duas categorias, materiais e formais:
Fontes materiais: As fontes materiais são os fatos do mundo real sobre os quais haverá a incidência tributária. São os fatos geradores da incidência tributária, como os produtos industrializados, as operações de crédito entre outros.
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Fontes do Direito Tributário 
Fontes formais: São basicamente os atos normativos que adicionam regras tributárias ao sistema. Podem assim ser consideradas fontes formais de direito tributário as normas constitucionais, emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções.
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Fontes do Direito Tributário 
Fontes formais
As fontes formais merecem ainda uma subdivisão em principais (ou primárias ou imediatas) e secundárias:
As fontes formais principais são aquelas que modificam de maneira real o ordenamento jurídico. Exemplos são: Constituição Federal, emenda constitucional, lei complementar, lei ordinária, lei delegada, decreto legislativo, resolução e similares.
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Fontes do Direito Tributário 
Fontes formais
As fontes secundárias por sua vez não modificam de maneira prática o ordenamento jurídico, estas apenas garantem a executividade das fontes primárias como por exemplo decreto regulamentar, regulamento, instruções ministeriais, ordens de serviço, normas complementares entre outras.
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Poder de tributar e competência tributária
A competência tributária de cada ente político é estabelecida taxativamente pela Constituição da República em seus arts. 145 a 149-A. 
As possibilidades de tributação são, portanto, numerus clausus. 
Assim é que só poderão ser instituídos tributos que possam ser reconduzidos a uma das normas concessivas de competência tributária, sob pena de inconstitucionalidade.
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Poder de tributar e competência tributária
O exercício, por um ente político, de competência concedida constitucionalmente a outro implica invasão de competência. 
Cada qual deve circunscrever-se à competência que lhe foi outorgada, não podendo extrapolá-la. As prerrogativas advindas da outorga de competências tributárias encontram-se regulamentadas pelos arts. 6º ao 8º do CTN.
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Poder de tributar e competência tributária
A competência, como parcela do poder fiscal, é indelegável, ou seja, não pode a união, por exemplo, delegar aos Estados a instituição do Imposto de Renda, pois cuida-se de imposto federal concedido à união, exclusivamente, no art. 153, III, da Constituição. 
As funções fiscais (regulamentar, fiscalizar, lançar) são delegáveis, porquanto tal implica tão somente transferência ou compartilhamento da titularidade ativa (posição de credor na relação jurídica tributária) ou apenas de atribuições administrativas.
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Competência tributária X repartição das receitas tributárias
A Constituição trata de modo diverso a outorga de competências tributárias (arts. 145, 148 a 149-A, e 153 a 156) e a repartição das receitas tributárias (arts. 157 a 162). Isso porque nem sempre o ente político que tem a competência para instituir determinado tributo pode ter, apenas para si, o produto da respectiva arrecadação. São muitas as normas constitucionais que asseguram aos Estados e Municípios participação na arrecadação de impostos federais, bem como aos Municípios a participação também em impostos estaduais.
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Competência tributária X repartição das receitas tributárias
Os Municípios, por exemplo, além de terem a competência e ficarem com a totalidade do que arrecadam a título de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial urbana (IPTU), recebem, dos Estados, a metade da arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de veículos Automotores (IPVA) relativamente aos automóveis licenciados em seu território, bem como, da união, pelo menos, a metade do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) relativamente aos imóveis nele situados, cabendo-lhes a totalidade quando tenham convênio para a fiscalização e lançamento do tributo.
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Competência tributária X repartição das receitas tributárias
Além dos principais tributos, os entes federados recebem por uma série de taxas e pelos royalties sobre petróleo ou extração mineral. 
Vejamos a seguir as tabelas ilustrativas de alguns tributos e suas competências:
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	Impostos 		
	Federais	Estaduais	Municipais
	II – Imposto de Importação	ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços...	IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
	IR – Imposto de Renda 	IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.	ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Intervivos.
	IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados	ITCMd – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Qualquer Bem ou Direito.	ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
	IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro.		
	IE – Imposto de Exportação		
	ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.		
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	Contribuições Federais
	Contribuições trabalhistas ou sobre a folha de pagamento
	INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
	PIS-Pasep – Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
	Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro
	Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
	PIS-Pasep – Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
	CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
	Contribuições sobre as importações
	Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
	PIS – Programa de Integração Social 
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 Princípios gerais de Direito Tributário
O direito tributário é regido por alguns princípios, dos quais trata a Constituição Federal. 
Os princípios tributários norteiam a competência dos entes políticos, e junto com as imunidades, que são regras que proíbem a tributação sobre certos bens, pessoas ou fatos, determinam os limites ao poder de tributar destes entes políticos. 
Os princípios tratados pela Constituição Brasileira são os seguintes:
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 Princípios gerais de Direito Tributário
a) Princípio da legalidade:
O texto do art. 150, I da CF estabelece que "é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça". O princípio da legalidade tributária limita a atuação do poder tributante em prol da justiça e da segurança jurídica dos contribuintes. Seria temeroso permitir que a Administração Pública tivesse total liberdade na criação e aumento dos tributos, sem garantia alguma que protegesse os cidadãos contra os excessos cometidos.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
a) Princípio da legalidade:
O princípio da legalidade tributária nada mais é que uma reverberação do princípio encontrado no art. 5º, II da CF onde lemos que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei", o constituinte quis deixar bem claro a total submissão dos entes tributantes ao referido princípio, para que não restasse dúvida de natureza alguma. 
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 Princípios gerais de Direito Tributário
a) Princípio da legalidade:
A lei a que se refere o texto constitucional é lei em sentido estrito, entendida como norma jurídica aprovada pelo legislativo e sancionada pelo executivo, ao contrário da lei em sentido amplo que se entende como qualquer norma jurídica emanada do Estado que obriga a coletividade, assim os tributos só podem ser criados ou aumentados através de lei “strictu sensu”.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
a) Princípio da legalidade:
Na própria CF encontramos algumas exceções em relação ao princípio da legalidade: o Poder Executivo tem liberdade de alterar as alíquotas dos impostos sobre exportação, importação, produtos industrializados e sobre operações financeiras através de decreto. É importante frisar que em relação à criação de tributos não existem exceções, ou seja, todos os tributos devem ser criados por lei (em sentido estrito).
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 Princípios gerais de Direito Tributário
a) Princípio da legalidade:
Cabe lembrar também que o STF sempre admitiu o uso de medidas provisórias para trato de todas as matérias submetidas à "reserva de lei ordinária", já que, entende aquele pretório, as MP´s têm força de lei, podendo, portanto, instituir, majorar, isentar, enfim, tratar de todos os assuntos enumerados no artigo 97 do CTN. Desde que as medidas Provisórias sejam aprovadas até o final do exercício.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
b) Princípio da Igualdade ou Isonomia:
O princípio da isonomia consigna que a lei não deve dar tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Está expresso no artigo 150, II da CF dizendo que: "É vedado à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão da ocupação profissional ou função por ele exercida, independente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos."
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 Princípios gerais de Direito Tributário
c) Princípio da Irretroatividade:
O princípio da irretroatividade da lei é princípio geral de direito, salvo quando interpretativa ou para beneficiar. 
A jurisprudência brasileira, de acordo com a súmula 584 do Supremo Tribunal Federal, vinha consagrando, mormente em Imposto de Renda, a irretroatividade da lei fiscal. 
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 Princípios gerais de Direito Tributário
c) Princípio da Irretroatividade:
Ora, no Brasil, o IR está calcado no dualismo: ano-base da declaração. Dessa forma, ano-base é de 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo que o ano da declaração é o momento em que o contribuinte "recata os fatos tributáveis, dimensiona a base imponível, aplica as alíquotas, obtém o quantum devido e recolhe o imposto, sob a condição suspensiva de, a posteriori, o fisco concordar com o imposto declarado".
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 Princípios gerais de Direito Tributário
d) Princípio da Anterioridade do Exercício:
O princípio da anterioridade exige que a lei que criou ou majorou o tributo haja existência antes do início do exercício financeiro em que ocorrer o fato imponível do tributo.
Na legislação brasileira, este princípio está regulado pelo art. 150, III, b da Constituição Federal. A regra geral determina que não poderá ser cobrado tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
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 Princípios gerais de Direito Tributário
d) Princípio da Anterioridade do Exercício:
As exceções ao princípio da anterioridade de exercício estão elencadas no mesmo artigo, em seu § 1º: são os impostos federais de função regulatória (Imposto de importação e Imposto de Exportação, IOF e IPI), imposto extraordinário de guerra (art. 154, II, CF) e o empréstimo compulsório destinado a atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (art. 148, I, CF).
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 Princípios gerais de Direito Tributário
e) Princípio da Anterioridade Mínima (nonagesimal):
O princípio da noventena ou da anterioridade mínima, como também é chamado, proíbe que os impostos sejam majorados antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei. Este princípio foi inserido no ordenamento jurídico pela emenda constitucional nº 42, de 2003, publicada no DOU de 31.12.03. São exceções ao princípio da anterioridade nonagesimal o II, o IE, o IOF, o imposto extraordinário de guerra, os empréstimos compulsórios, o IPTU, o IPVA e o IR.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
f) Princípio do Não Confisco:
O princípio da vedação ao confisco é uma derivação do direito de propriedade, é uma limitação negativa ao poder de tributar imposta ao Estado, proibindo-o de usar os tributos para confiscar os bens ou o patrimônio de particulares.
g) Princípio da Liberdade de Tráfego:
Pelo princípio da liberdade de tráfego, não pode a lei tributária limitar o tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas e bens, salvo o pedágio de via conservada pelo Poder Público.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
h) Princípio da Uniformidade Geográfica:
Pelo princípio da uniformidade geográfica, disposto no art. 151 da Constituição brasileira, é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
i) Princípio da Não Concessão de Privilégios a Títulos Federais:
A União não pode tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
j) Princípio da Capacidade Contributiva:
O princípio da capacidade contributiva estabelece que, "sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte". 
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 Princípios gerais de Direito Tributário
j) Princípio da Capacidade Contributiva:
Ao criar os impostos, o legislador deve levar em conta, sempre que possível, a situação particular de cada contribuinte, permitindo com isso que seja realizada a justiça tributária ao não exigir imposto acima do suportável. 
O princípio da capacidade contributiva é realizado, por exemplo, no imposto de renda, onde existem alíquotas diferenciadas e se permitem várias deduções de acordo com a situação do contribuinte.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
k) Princípio da Pessoalidade:
A imposição tributária deve levar em consideração as características pessoais do contribuinte. Entretanto, tal providência nem sempre se afigura possível, principalmente no que se refere aos impostos que tributam o consumo (ICMS e IPI, por exemplo), mas para dar cumprimento à pessoalidade a Constituição Federal prevê a seletividade.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
l) Princípio da Não Cumulatividade:
O princípio da não cumulatividade é aplicável nos casos do ICMS e do IPI. Por este princípio, o imposto devido em cada operação relativa a circulação de mercadorias ou prestação de serviços será compensado com o montante cobrado nas anteriores; Este instituto foi estendido para o PIS e para a COFINS, através das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, respectivamente.
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 Princípios gerais de Direito Tributário
m) Princípio da Seletividade:
Este princípio é de cumprimento obrigatório no caso do Imposto sobre Produtos Industrializados e facultativo no caso do Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços.
Em função da importância e necessidade de um produto se tem a diminuição da carga tributária, e aos que tem menos importância aumenta-se a carga tributária. O Estado seleciona tais produtos.

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