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Introdução à unidade de ensino Definição de Contabilidade Objeto da contabilidade Grupos de pessoas e de interesses que necessitam da informação contábil: usuários internos e externos Campo de atuação Definição de pessoas físicas e jurídicas Conclusão Unidade 1 - Introdução à Contabilidade #114835476 #114835477 #114835478 #114835479 #114835480 #114835481 #114835482 Introdução à unidade de ensino https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=cMEBCOVFd0gTcCNTRgAHKQ== Prezado aluno, sempre que nos deparamos com situações ou condições novas, várias perguntas afloram como bolhas em uma água fervente. O estudo inicial da Contabilidade também é assim. São muitas as questões que surgem por nossa curiosidade natural ou em decorrência das condições mercadológicas. As primeiras perguntas a emergirem nessa nossa água fervente de conhecimento são: Gabriela Liliana Egea Graduada em Ciências Contábeis pela Pontifícia, especialização em Gestão Estratégica de Negócios e Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Saiba Mais https://mediacdns3.ulife.com.br/PAT/Upload/2092819/1967763/# Certamente, ao longo desta disciplina, a visão simplista de que Contabilidade é "aquela que prepara o imposto de renda" cairá por terra e o que ficará gravado nas mentes é: a Contabilidade é bem mais complexa e de extrema importância para quem a utiliza - a organização - e para aqueles que usufruem de suas informações para melhoria na sua tomada de decisão. E nessa construção do conhecimento as primeiras perguntas serão respondidas naturalmente e muitas outras surgirão. E isso é parte da ampliação do conhecimento. Nesta unidade introdutória, discutiremos a Contabilidade em uma perspectiva ampla, mas com bastante clareza. Além da tentativa de responder às primeiras questões levantadas, compreenderemos qual o papel desempenhado, qual o objeto de seu estudo, quais e quem são os grupos que necessitam da informação contábil, qual o campo de atuação do contador e como esta ciência define pessoas físicas e jurídicas. FIGURA 1 - Visão da Contabilidade Fonte: Núcleo de Educação a Distância (NEaD), Anima, 2014. Várias são as analogias que se fazem da Contabilidade, e uma das mais interessantes é a de Ribeiro (2010, p. 2), que aponta que Portanto, para a construção do conhecimento denominado "Contabilidade", vamos trabalhar inicialmente os conceitos principais que podemos definir como os tijolos de uma casa, de acordo com a analogia de Ribeiro (2010) supracitado. Bons estudos! Definição de Contabilidade https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=5UPcGB/1ghuytWni8KXwlQ== Em um primeiro momento, é importante esclarecer que a ciência contábil não é uma ciência exata, mesmo sendo a matemática uma ferramenta utilizada para quantificar esse fenômeno. A Contabilidade faz parte das ciências sociais aplicadas, porque seu objeto de estudo é o patrimônio, definido como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações de entidades com características econômicas-administrativas. Este estudo envolve, por meio da construção e análise da estrutura contábil, um conjunto de pessoas inseridas em um contexto social, internas e externas a estas entidades. Um exemplo claro dessa inter-relação são os vários escândalos financeiros que abalaram as empresas nas últimas décadas, muitos deles envolvendo fraudes contábeis. Os impactos sobre acionistas, empregados, clientes, fornecedores, governo, entre outros, foram intensos. Ou seja, uma avaliação incorreta da situação patrimonial de uma empresa pode causar danos aos grupos sociais que dela participam. Além disso, a Contabilidade é mutável, se molda à evolução da sociedade e dos contextos históricos. Autores como Iudícibus (2010) apontam o surgimento da Contabilidade em um período muito remoto, com indícios da existência de uma Contabilidade, ainda que rudimentar, há aproximadamente 2.000 anos a.C., na civilização da Suméria e da Babilônia (hoje Iraque), no Egito e na China. Conforme citado por Iudícibus (2010), o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos ou ao contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando a Contabilidade, que surgiu pela necessidade de controle do patrimônio. Até o aparecimento da moeda, a Contabilidade se restringia a um mero elenco de inventário físico, sem avaliação monetária. Com o desenvolvimento das sociedades mais complexas, das instituições e do comércio, a Contabilidade teve de atender a novas necessidades, de tal forma que se torna fácil compreender porque a Contabilidade teve seu florescer como disciplina adulta e completa nas cidades italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa, entre outras, locais que fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural. Em 1494, o frei Luca Pacioli, na Itália, deu início à fase científica da Contabilidade, com a introdução do método das partidas dobradas, o que chamamos de sistema de débitos e créditos, definindo que a cada valor a crédito existe seu correspondente a débito. Esse método foi a resposta fornecida pela Contabilidade aos novos e complexos problemas enfrentados pelos homens de negócio. A Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo também impulsionaram o desenvolvimento da Contabilidade. Os séculos XIX e XX foram marcados pelo surgimento das grandes corporações, buscando recursos externos para sua expansão, processo esse que chamamos de abertura de capital. A partir disso, foi necessário produzir informações úteis para esses potenciais investidores, para auxiliá-los na tomada de decisão. Países como Inglaterra e Estados Unidos, precursores do desenvolvimento capitalista, foram, portanto, um campo extremamente fértil para o avanço das teorias contábeis. No Brasil, a primeira escola especializada no ensino da Contabilidade foi a Escola de Comércio Álvares Penteado, em 1902. No entanto, seu florescimento se deu com a fundação da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP, em 1946, que adotou um modelo de pesquisa baseado nos moldes norte-americanos. O grande marco da Contabilidade no Brasil se deu em 1976 com a criação da Lei no 6.404, a chamada lei das sociedades anônimas ou das sociedades por ações - as S.A. Essa lei foi fundamental para o fortalecimento do mercado de capitais de risco no País, pois estabeleceu duas condições: (1ª) a criação de técnicas, normas e regras uniformes e gerais para todas as entidades; (2ª) a divulgação de resultados de maneira obrigatória e clara; o que veio assegurar aos acionistas, majoritários e minoritários, um conhecimento real das condições financeiras das entidades, proporcionando, com isso, uma tomada de decisão mais segura. Grande parte da formação contábil se baseia no estudo e na interpretação da Lei nº 6.404/76, que recentemente foi alterada pela Lei nº 11.638/07, cujo contexto entenderemos melhor adiante. Agora que você compreendeu a evolução da Contabilidade, é importante que você saiba o conceito de Contabilidade. Complementarmente, é possível compreender que a Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio das entidades e, para tanto, se vale de dois aspectos (CHING, 2005): Nesse sentido, a Contabilidade manuseia dados e informações sistematizados de maneira a propiciar meios de análise e tomada de decisões, pelos seus usuários internos e externos (HIGA, 2015). De acordo com Marion (2013, p. 28), "[...] a Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis na tomada de decisões dentro e fora da empresa". Esse é o principal conceito que precisa ser assimilado pela Contabilidade, pois ela sempre existiu para auxil iar seus usuários na tomada de decisão. Muito frequentemente, aqui no Brasil, se tem um conceito também errôneo de que a Contabilidade serve para atender às exigências do governo. Esse é apenas um dos usos da Contabilidade, e esta deve ser vista em uma perspectiva mais ampla. QUANTITATIVOS QUALITATIVOSOs relatórios contábeis são importantes instrumentos para a gestão de qualquer tipo de organização, uma vez que eles contemplam todos os tipos de movimentação que são passíveis de mensuração monetária (MARION, 2013). Veja o vídeo a seguir que abordará a relevância dos relatórios contábeis como instrumento de tomada de decisão gerencial. Fonte: DEFINIÇÃO e objeto da contabilidade. Postado por Ânima Digital. (6m59s):son Color. Port. Disponível em: < https://player.vimeo.com/video/251316938 >. Acesso em 14 jan. 2019. Objeto da contabilidade https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=IWTpF0S364D/fvYD8d9Tbg== O objeto da Contabilidade é o patrimônio das pessoas físicas e jurídicas. Mas, afinal, o que é o patrimônio? Veja a definição a seguir: De acordo com a Resolução no 774/1994 do Conselho Federal de Contabilidade, o patrimônio pode ser definido como sendo o [...] conjunto de bens, direitos [Ativo] e de obrigações [Passivo] para com terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro. (BRASIL, Conselho Federal de Contabilidade, Resolução 774/94. Grifos nossos). É importante destacar que, caso seja observado apenas os bens e direitos (a receber), seria impossível compreender a verdadeira situação patrimonial de uma pessoa, seja ela física ou jurídica. Imagine, por exemplo, que uma empresa possui um prédio, onde funciona a sua sede. Neste caso, o imóvel é considerado um bem que compõe o seu patrimônio. Entretanto, caso a empresa tenha optado por financiar a aquisição, ela certamente terá obrigações, ou seja, a dívida que ela tem com o banco. Grupos de pessoas e de interesses que necessitam da informação contábil: usuários internos e externos https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=4IyJHx2cAmf7prgp8FXNZQ== Os usuários são pessoas que têm algum interesse na empresa e que se utilizam dos registros contábeis como um grande repositório de informações. Conforme figura a seguir, são vários os usuários da informação contábil. FIGURA 2: Partes interessadas na Contabilidade Fonte: Elaborado pela autora. As demandas por informação são muitas e a Contabilidade é a responsável por gerá-las. Qual seria, então, a necessidade de informação contábil para cada um desses grupos de usuários? Assista esse vídeo, nele vamos conhecer o contexto histórico da Contabilidade e a sua evolução como ciência Social, assim como a sua importância para os usuários e profissionais contábeis. Fonte: USUÁRIOS pessoas físicas e jurídicas. Postado por Ânima Digital. (6m39s):son Color. Port. Disponível em: < https://player.vimeo.com/video/251316991 >. Acesso em 14 jan. 2019. É por meio dos relatórios contábeis que se identifica a situação econômica e financeira da empresa, de forma a propiciar aos investidores os elementos necessários para decidir sobre investir ou não no negócio. O grau de interesse dessas pessoas é mais voltado para a segurança e rentabilidade de suas aplicações. Eles esperam que a empresa tenha fluxo constante de lucros, capaz de lhes propiciar uma fonte regular de renda com garantia. b. Administradores, diretores e principais executivos da empresa c. Bancos, fornecedores e demais financiadores d. Governo e. Empregados, sindicatos e órgãos de classe Campo de atuação https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Kj6DwKNxLcZOhP/70CGxeQ== Definição de pessoas físicas e jurídicas https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Tql9N3LJSIzJMw70S0bpMA== Conclusão https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=eGPf6jpxdltURApuCnXnCA== Para finalizarmos, assista ao vídeo a seguir e veja se compreendeu bem o conteúdo desta unidade. Fonte: PRINCIPAIS conceitos em contabilidade. Postado por Ânima Digital. (5m42s):son Color. Port. Disponível em: < https://player.vimeo.com/video/227732276 >. Acesso em 14 jan. 2019. Referências bibliográficas BRASIL. Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm >. Acesso em: 10 dez. 2015. Lei Nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/lei/l11638.htm >. Acesso em: 10 dez. 2015. Resolução Nº 774/94, de 16 de dezembro de 1994. Aprova o Apêndice à Resolução sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Disponível em: < https://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx? Codigo=1994/0007 74 >. Acesso em: 5 jul. 2017. CHING, HONG YUH. Contabilidade Gerencial: novas práticas contábeis para a gestão de negócios. São Paulo: Pearson, 2005. FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 15. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2017. HIGA, Neusa; ALTOÉ, Stella Maris Lima. Contabilidade em Processo: da escrituração à controladoria. São Paulo: Intersaberes, 2015. IUDÍCIBUS, Sérgio de. et al. Contabilidade Introdutória. 11. ed. 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