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Unidade 1

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Introdução à unidade de ensino
 Definição de Contabilidade
 Objeto da contabilidade
 Grupos de pessoas e de interesses que necessitam da informação contábil: usuários internos e externos
 Campo de atuação
 Definição de pessoas físicas e jurídicas
 Conclusão
Unidade 1 - Introdução à Contabilidade
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Introdução à unidade de ensino
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=cMEBCOVFd0gTcCNTRgAHKQ==
Prezado aluno, sempre que nos deparamos com situações ou condições novas, várias
perguntas afloram como bolhas em uma água fervente. O estudo inicial da Contabilidade
também é assim. São muitas as questões que surgem por nossa curiosidade natural ou em
decorrência das condições mercadológicas. As primeiras perguntas a emergirem nessa nossa
água fervente de conhecimento são:
Gabriela Liliana Egea
Graduada em Ciências Contábeis pela Pontifícia,
especialização em Gestão Estratégica de Negócios e
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade
Federal de Minas Gerais (2008).
Saiba Mais
https://mediacdns3.ulife.com.br/PAT/Upload/2092819/1967763/#
Certamente, ao longo desta disciplina, a visão simplista de que Contabilidade é "aquela que
prepara o imposto de renda" cairá por terra e o que ficará gravado nas mentes é: a
Contabilidade é bem mais complexa e de extrema importância para quem a utiliza - a
organização - e para aqueles que usufruem de suas informações para melhoria na sua tomada
de decisão. E nessa construção do conhecimento as primeiras perguntas serão respondidas
naturalmente e muitas outras surgirão. E isso é parte da ampliação do conhecimento.
Nesta unidade introdutória, discutiremos a Contabilidade em uma perspectiva ampla, mas com
bastante clareza. Além da tentativa de responder às primeiras questões levantadas,
compreenderemos qual o papel desempenhado, qual o objeto de seu estudo, quais e quem
são os grupos que necessitam da informação contábil, qual o campo de atuação do contador
e como esta ciência define pessoas físicas e jurídicas.
FIGURA 1 - Visão da Contabilidade
Fonte: Núcleo de Educação a Distância (NEaD), Anima, 2014.
Várias são as analogias que se fazem da Contabilidade, e uma das mais interessantes é a de
Ribeiro (2010, p. 2), que aponta que
Portanto, para a construção do conhecimento denominado "Contabilidade", vamos trabalhar
inicialmente os conceitos principais que podemos definir como os tijolos de uma casa, de
acordo com a analogia de Ribeiro (2010) supracitado.
Bons estudos!
Definição de Contabilidade
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=5UPcGB/1ghuytWni8KXwlQ==
Em um primeiro momento, é importante esclarecer que a ciência contábil não é uma ciência
exata, mesmo sendo a matemática uma ferramenta utilizada para quantificar esse fenômeno.
A Contabilidade faz parte das ciências sociais aplicadas, porque seu objeto de estudo é o
patrimônio, definido como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações de entidades com
características econômicas-administrativas. Este estudo envolve, por meio da construção e
análise da estrutura contábil, um conjunto de pessoas inseridas em um contexto social,
internas e externas a estas entidades.
Um exemplo claro dessa inter-relação são os vários escândalos financeiros que abalaram as
empresas nas últimas décadas, muitos deles envolvendo fraudes contábeis. Os impactos
sobre acionistas, empregados, clientes, fornecedores, governo, entre outros, foram intensos.
Ou seja, uma avaliação incorreta da situação patrimonial de uma empresa pode causar danos
aos grupos sociais que dela participam.
Além disso, a Contabilidade é mutável, se molda à evolução da sociedade e dos contextos
históricos. Autores como Iudícibus (2010) apontam o surgimento da Contabilidade em um
período muito remoto, com indícios da existência de uma Contabilidade, ainda que rudimentar,
há aproximadamente 2.000 anos a.C., na civilização da Suméria e da Babilônia (hoje Iraque), no
Egito e na China.
Conforme citado por Iudícibus (2010), o homem primitivo, ao inventariar o número de
instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos ou ao contar suas ânforas
de bebidas, já estava praticando a Contabilidade, que surgiu pela necessidade de controle do
patrimônio.
Até o aparecimento da moeda, a Contabilidade se restringia a um mero elenco de inventário
físico, sem avaliação monetária. Com o desenvolvimento das sociedades mais complexas, das
instituições e do comércio, a Contabilidade teve de atender a novas necessidades, de tal forma
que se torna fácil compreender porque a Contabilidade teve seu florescer como disciplina
adulta e completa nas cidades italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa, entre outras, locais
que fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural.
Em 1494, o frei Luca Pacioli, na Itália, deu início à fase científica da Contabilidade, com a
introdução do método das partidas dobradas, o que chamamos de sistema de débitos e
créditos, definindo que a cada valor a crédito existe seu correspondente a débito. Esse método
foi a resposta fornecida pela Contabilidade aos novos e complexos problemas enfrentados
pelos homens de negócio.
A Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo também impulsionaram o
desenvolvimento da Contabilidade. Os séculos XIX e XX foram marcados pelo surgimento das
grandes corporações, buscando recursos externos para sua expansão, processo esse que
chamamos de abertura de capital. A partir disso, foi necessário produzir informações úteis
para esses potenciais investidores, para auxiliá-los na tomada de decisão. Países como
Inglaterra e Estados Unidos, precursores do desenvolvimento capitalista, foram, portanto, um
campo extremamente fértil para o avanço das teorias contábeis.
No Brasil, a primeira escola especializada no ensino da Contabilidade foi a Escola de Comércio
Álvares Penteado, em 1902. No entanto, seu florescimento se deu com a fundação da
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP, em 1946, que adotou um
modelo de pesquisa baseado nos moldes norte-americanos.
O grande marco da Contabilidade no Brasil se deu em 1976 com a criação da Lei no 6.404, a
chamada lei das sociedades anônimas ou das sociedades por ações - as S.A. Essa lei foi
fundamental para o fortalecimento do mercado de capitais de risco no País, pois estabeleceu
duas condições: (1ª) a criação de técnicas, normas e regras uniformes e gerais para todas as
entidades; (2ª) a divulgação de resultados de maneira obrigatória e clara; o que veio assegurar
aos acionistas, majoritários e minoritários, um conhecimento real das condições financeiras
das entidades, proporcionando, com isso, uma tomada de decisão mais segura.
Grande parte da formação contábil se baseia no estudo e na interpretação da Lei nº 6.404/76,
que recentemente foi alterada pela Lei nº 11.638/07, cujo contexto entenderemos melhor
adiante.
Agora que você compreendeu a evolução da Contabilidade, é importante que você saiba o
conceito de Contabilidade.
Complementarmente, é possível compreender que a Contabilidade é a ciência que estuda o
patrimônio das entidades e, para tanto, se vale de dois aspectos (CHING, 2005):
Nesse sentido, a Contabilidade manuseia dados e informações sistematizados de maneira a
propiciar meios de análise e tomada de decisões, pelos seus usuários internos e externos
(HIGA, 2015).
De acordo com Marion (2013, p. 28), "[...] a Contabilidade é o instrumento que
fornece o máximo de informações úteis na tomada de decisões dentro e fora da
empresa".
Esse é o principal conceito que precisa ser assimilado pela Contabilidade, pois ela
sempre existiu para auxil iar seus usuários na tomada de decisão. Muito
frequentemente, aqui no Brasil, se tem um conceito também errôneo de que a
Contabilidade serve para atender às exigências do governo. Esse é apenas um dos
usos da Contabilidade, e esta deve ser vista em uma perspectiva mais ampla.
QUANTITATIVOS
QUALITATIVOSOs relatórios contábeis são importantes instrumentos para a gestão de qualquer tipo de
organização, uma vez que eles contemplam todos os tipos de movimentação que são
passíveis de mensuração monetária (MARION, 2013).
Veja o vídeo a seguir que abordará a relevância dos relatórios contábeis como instrumento de
tomada de decisão gerencial.
Fonte: DEFINIÇÃO e objeto da contabilidade. Postado por Ânima Digital. (6m59s):son Color. Port. Disponível em: <
https://player.vimeo.com/video/251316938 >. Acesso em 14 jan. 2019.
Objeto da contabilidade
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=IWTpF0S364D/fvYD8d9Tbg==
O objeto da Contabilidade é o patrimônio das pessoas físicas e jurídicas.
Mas, afinal, o que é o patrimônio? Veja a definição a seguir:
De acordo com a Resolução no 774/1994 do Conselho Federal de Contabilidade, o
patrimônio pode ser definido como sendo o
[...] conjunto de bens, direitos [Ativo] e de obrigações [Passivo] para com terceiros,
pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de pessoas, como ocorre nas
sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza,
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro. (BRASIL,
Conselho Federal de Contabilidade, Resolução 774/94. Grifos nossos).
É importante destacar que, caso seja observado apenas os bens e direitos (a
receber), seria impossível compreender a verdadeira situação patrimonial de uma
pessoa, seja ela física ou jurídica. Imagine, por exemplo, que uma empresa possui
um prédio, onde funciona a sua sede. Neste caso, o imóvel é considerado um bem
que compõe o seu patrimônio. Entretanto, caso a empresa tenha optado por
financiar a aquisição, ela certamente terá obrigações, ou seja, a dívida que ela tem
com o banco.
Grupos de pessoas e de interesses que necessitam da informação contábil: usuários
internos e externos
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=4IyJHx2cAmf7prgp8FXNZQ==
Os usuários são pessoas que têm algum interesse na empresa e que se utilizam dos registros
contábeis como um grande repositório de informações. Conforme figura a seguir, são vários
os usuários da informação contábil.
FIGURA 2: Partes interessadas na Contabilidade
Fonte: Elaborado pela autora.
As demandas por informação são muitas e a Contabilidade é a responsável por gerá-las. Qual
seria, então, a necessidade de informação contábil para cada um desses grupos de usuários?
Assista esse vídeo, nele vamos conhecer o contexto histórico da Contabilidade e a sua
evolução como ciência Social, assim como a sua importância para os usuários e profissionais
contábeis.
Fonte: USUÁRIOS pessoas físicas e jurídicas. Postado por Ânima Digital. (6m39s):son Color. Port. Disponível em: <
https://player.vimeo.com/video/251316991 >. Acesso em 14 jan. 2019.
É por meio dos relatórios contábeis que se identifica a situação econômica e
financeira da empresa, de forma a propiciar aos investidores os elementos
necessários para decidir sobre investir ou não no negócio. O grau de interesse
dessas pessoas é mais voltado para a segurança e rentabilidade de suas
aplicações. Eles esperam que a empresa tenha fluxo constante de lucros, capaz de
lhes propiciar uma fonte regular de renda com garantia.
b. Administradores,
diretores e principais
executivos da
empresa
c. Bancos,
fornecedores e
demais financiadores
d. Governo
e. Empregados,
sindicatos e órgãos
de classe
Campo de atuação
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Kj6DwKNxLcZOhP/70CGxeQ==
Definição de pessoas físicas e jurídicas
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Tql9N3LJSIzJMw70S0bpMA==
Conclusão
https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=eGPf6jpxdltURApuCnXnCA==
Para finalizarmos, assista ao vídeo a seguir e veja se compreendeu bem o conteúdo desta
unidade.
Fonte: PRINCIPAIS conceitos em contabilidade. Postado por Ânima Digital. (5m42s):son Color. Port. Disponível em: <
https://player.vimeo.com/video/227732276 >. Acesso em 14 jan. 2019.
Referências bibliográficas
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Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6404consol.htm >. Acesso em:
10 dez. 2015.
Lei Nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da lei no 6.404, de
15 de dezembro de 1976, e da lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às
sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de
demonstrações financeiras. 
Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/lei/l11638.htm
>. Acesso em: 10 dez. 2015.
Resolução Nº 774/94, de 16 de dezembro de 1994. Aprova o Apêndice à Resolução sobre os
Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
Disponível em: < https://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx? Codigo=1994/0007
74 >. Acesso em: 5 jul. 2017.
CHING, HONG YUH. Contabilidade Gerencial: novas práticas contábeis para a gestão de negócios.
São Paulo: Pearson, 2005.
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HIGA, Neusa; ALTOÉ, Stella Maris Lima. Contabilidade em Processo: da escrituração à
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MARION, José Carlos. Perspectivas da profissão contábil (capítulo 1). Postado por: TvWeb
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v=uyHb3O8UkV4 >. Acesso em: 4 dez. 2014.
MARION, José. Contabilidade Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
MARION, José Carlos; IUDÍCIBUS, Sergio de. Curso de Contabilidade para não contadores. 7. ed.
São Paulo: Atlas, 2011.
RIBEIRO. Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. São Paulo: Saraiva, 2010.
SANTOS, Gilmara. Contadores deixam de ser coadjuvante s. 25 abr. 2014. Disponível em : <
https://www.dci.com.br/especial/contadores-deixam-de-ser-coadjuvantes-id393368.html >.
Acesso em: 4 dez. 2014.

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