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NR – 05. 
Lei N º 6514 de 22 de Dezembro de 1977. 
Portaria 3214 de 8 de Junho de 1978. 
Portaria Nº. 8 de 23 de Fevereiro de 1999.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 
 
INDICE 
A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A SUA PREVENÇÃO .................................................................................................... 
PRINCIPAIS CAUISAS .......................................................................................................................................... 
COMO SE DESENVOLVEU A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................... 
FINDAMENTAÇÃO LEGAL ..................................................................................................................................... 
A CIPA ................................................................................................................................................................ 
 O papel do Cipeiro.................................................................................................................................. 
 A cipa sob o ponto de vista legal.............................................................................................................. 
ACORDO COLETIVO............................................................................................................................................. 
CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................................... 
ORGANIZAÇÃO.................................................................................................................................................... 
ATRIBUIÇÕES...................................................................................................................................................... 
 Atribuições do Presidente........................................................................................................................ 
 Atribuições do Vice-Presidente................................................................................................................. 
 Atribuições em conjunto.......................................................................................................................... 
 Atribuições do Secretário (a) ................................................................................................................... 
FUNCIONAMENTO................................................................................................................................................ 
 Reuniões ordinárias......................................................................... ...................................................... 
 Reuniões extraordinárias......................................................................... ............................................... 
 As reuniões......................................................................... ................................. ................................ 
 Seqüência sugerida.......................................................................... ................................. ................... 
TREINAMENTO........................................................................ ................................. ......................................... 
PROCESSO ELEITORAL......................................................................... ................................. ............................. 
 Procedimentos......................................................................... ................................. ............................ 
 Que providências devemos tomar em casos de anulação do processo eleitoral............................................. 
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS......................................................................... ...................................... 
 Um cipeiro pode ser demitido? ......................................................................... ...................................... 
 C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho............................................................................................... 
ACIDENTE DE TRABALHO......................................................................... ................................. ........................ 
 Conceito legal......................................................................... ................................. .............................. 
 Conceito prevencionista......................................................................... .................................................. 
DOENÇA OCUPACIONAL......................................................................... ................................. .......................... 
 Doença profissional......................................................................... ................................. ....................... 
 Doença do trabalho......................................................................... ................................. ...................... 
ACIDENTE DE TRAJETO......................................................................... ................................. ........................... 
ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO......................................................................... ................................. ........... 
ACIDENTE POR FORÇA MAIOR......................................................................... ................................. ................. 
ACIDENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO......................................................................... ................................. 
CAT- COMUNCAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO................................................................................................ 
CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE DO TRABALHO................................................................................................. 
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES......................................................................... .......................................... 
 Atos inseguros......................................................................... ................................. ............................. 
 Condições inseguras......................................................................... ................................. ..................... 
 Causas imprevisíveis......................................................................... ................................. .................... 
PORQUE OS ACIDENTES OCORREM......................................................................... ........................................... 
ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NO BRASIL.............................................................................................. 
TODOS PERDEM COM A OCORRÊNCIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO.................................................................. 
 Empresas......................................................................... ................................. .................................... 
 Governo......................................................................... ................................. ...................................... 
 Acidentado......................................................................... ................................. .................................. 
 Colegas de trabalho......................................................................... ....................................................... 
 Família......................................................................... ......................................................................... 
RISCOS AMBIENTAIS......................................................................... ................................. ............................... 
RISCOS FÍSICOS......................................................................... ................................. ..................................... 
RUÍDOS......................................................................... ................................. .................................................. 
 Tipos de ruídos......................................................................... ................................. ............................ 
 Equipamentos utilizados para a medição de ruído em dB (A) ...................................................................... 
VIBRAÇÕES......................................................................... ................................. ............................................ 
RADIAÇÕES IONIZANTES......................................................................... ................................. ......................... 
 Par iônico......................................................................... ................................. .................................... 
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES......................................................................... ................................................... 
CALOR......................................................................... ................................. ................................. ................... 
FRIO......................................................................... ................................. ................................. ..................... 
UMIDADE......................................................................... ................................. ................................................ 
PRESSÕES HIPERBÁRICAS......................................................................... ................................. ....................... 
RISCOS QUÍMICOS......................................................................... ................................. .................................. 
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PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 
POEIRAS......................................................................... ................................. ................................. ............... 
FUMOS......................................................................... ................................. ................................. ................. 
NÉVOAS......................................................................... ................................. ................................................. 
NEBLINAS......................................................................... ................................. .............................................. 
GASES......................................................................... ................................. ................................. .................. 
VAPORES......................................................................... ................................. ............................................... 
RISCOS BIOLÓGICOS......................................................................... ................................. .............................. 
RISCOS ERGONÔMICOS......................................................................... ................................. .......................... 
ESFORÇO FÍSICO INTENSO......................................................................... ....................................................... 
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESO.............................................................................................. 
TRANSPORTE DE MATERIAIS......................................................................... ................................. ................... 
EXIGÊNCIA DE POSTURA INADEQUADA......................................................................... ...................................... 
CONTROLE RÍGIDO DE PRODUTIVIDADE......................................................................... ................................... 
IMPOSIÇÃO DE RITMOS EXCESSIVOS......................................................................... ........................................ 
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO......................................................................... ........................................... 
MOVIMENTO REPETITIVO......................................................................... ................................. ....................... 
JORNADA DE TRABALHO PROLONGADA......................................................................... ..................................... 
MONOTONIA E REPETITIVIDADE......................................................................... ................................. ............. 
ILUMINAÇÃO INADEQUADA......................................................................... ................................. ..................... 
RISCOS DE ACIDENTES......................................................................... ................................. ........................... 
ARRANJO FÍSICO INADEQUADO......................................................................... ................................................ 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO......................................................................... .......................... 
FERRAMENTAS INADEQUADAS OU DEFEITUOSAS......................................................................... ....................... 
ELETRICIDADE......................................................................... ......................................................................... 
PROBABILIDADE DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO......................................................................... ........................... 
ANIMAIS PEÇONHENTOS......................................................................... ................................. ......................... 
MAPA DE RISCOS......................................................................... ................................. ................................... 
 Etapas do Mapa de Riscos......................................................................... ............................................ 
 Elaboração – Planejamento e Levantamento de dados............................................................................. 
 Execução – transformar dados obtidos em informações............................................................................ 
 Acompanhamento......................................................................... ................................. ...................... 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO......................................................................... ................................................. 
 Responsabilidades quanto ao EPI......................................................................... ................................. 
 Cabe ao empregador ......................................................................... .................................. 
 Cabe ao empregado......................................................................... .................................... 
 Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego.............................................................................TIPOS DE EPIS......................................................................... ................................. ........................................ 
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA......................................................................... ................................. ...................... 
 Tipos de inspeção de Segurança......................................................................... ................................... 
 Etapas da inspeção......................................................................... ................................. .................... 
 Planejamento......................................................................... ................................. ............ 
 Observação......................................................................... ................................. .............. 
 Informação......................................................................... ................................. ............... 
 Registro......................................................................... ................................. ................... 
 Encaminhamento......................................................................... ......................................... 
 Implantação......................................................................... ................................. .............. 
 Acompanhamento......................................................................... ........................................ 
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES......................................................................... ................................. 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO CIPEIRO NA INVESTIGAÇÃO E ANALISE DE ACIDENTES............................... 
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES......................................................................................... 
 Planejamento......................................................................... ................................. ............................ 
 Levantamento de dados......................................................................... ............................................... 
 Diagnóstico da ocorrência......................................................................... ............................................ 
 Elaboração de medidas preventivas......................................................................... .............................. 
 Acompanhamento......................................................................... ................................. ...................... 
SIPAT......................................................................... ....................................................................................... 
AIDS – SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA....................................................................................... 
 Tratamento da AIDS......................................................................... .................................................... 
 Como saber se é portador(a) da doença? ............................................................................................... 
AIDS e a sociedade......................................................................... ................................. ................................. 
 Transmissão da doença......................................................................... ................................. .............. 
 Estatísticas da AIDS......................................................................... ................................. ................... 
NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO................................................................... ............. 
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO......................................................................... ................................. ................ 
O TETRAEDRO DO FOGO......................................................................... ................................. ......................... 
 Combustível sólido......................................................................... ................................. ..................... 
 Combustível líquido......................................................................... ................................. .................... 
CALOR – maneiras com a qual se adquire o calor......................................................................... ........................ 
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PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 
TRANSMISSÃO DE CALOR......................................................................... ................................. ........................ 
 Irradiação......................................................................... ................................. ................................. 
 Condução......................................................................... ................................. .................................. 
 Convecção......................................................................... ................................. ................................. 
EXTINÇÃO DO FOGO......................................................................... ................................. ............................... 
CAUSA DE INCÊNDIOS......................................................................... ................................. ............................ 
 Causas Humanas......................................................................... ................................. ....................... 
 Causas Naturais......................................................................... ................................. ......................... 
 Causas Acidentais......................................................................... ................................. ...................... 
 Elétricas......................................................................... ................................. .................................... 
 Mecânicas......................................................................... ................................. ................................. 
 Químicas......................................................................... ................................. ................................... 
 Radioativas......................................................................... ................................. ................................ 
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS......................................................................... ................................. ............. 
APARELHOS EXTINTORES PORTÁTEIS......................................................................... ........................................ 
 Introdução......................................................................... ................................. ................................. 
 Eficácia......................................................................... ................................. ...................................... 
 Identificação.......................................................................................................... .............................. 
 Selo para aparelhos extintores......................................................................... .................................... 
 Inspeção e manutenção......................................................................... ................................. ........... 
 Classificação de extintores......................................................................... ......................................... 
 Água Pressurizada......................................................................... ..................................... 
 Água Pressão Injetada......................................................................... ............................... 
 Espuma Mecânica......................................................................... ...................................... 
 Pó Químico seco......................................................................... ....................................... 
 Dióxido de Carbono......................................................................... ................................. 
 Compostos Halogenados (Hallon) ....................................................................................... 
 Pó Químico ABC......................................................................... ....................................... 
SELEÇÃO DOS EXTINTORES SEGUNDO O RISCO A PROTEGER............................................................................ 
HIDRANTE......................................................................... ................................. ........................................... 
 Guarnição de hidrantes com três Bombeiros......................................................................................... 
INFORMAÇÕES GERAIS......................................................................... ................................. ......................... 
 Corpo de Bombeiros......................................................................... ................................. ............... 
 Princípio de Incêndio......................................................................... ................................................ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 6
 
 
A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A SUA PREVENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nossa Evolução está dividida em Pré-História e História. 
 
Durante a Pré-História, há mais ou menos um milhão de anos, o homem passa por diversas fases e 
transformações. E logo no início percebe a necessidade de se proteger, prevenir acidentes, 
procurando morar em cavernas, e também desenvolvendo suas armas. Embora muito rudes, pouco 
a pouco vai se aprimorando e consegue melhorar sua condição fazendo assim sua segurança e 
dessa forma preservar a raça humana. 
 
 Na verdade, os riscos e probabilidades de acidentes e infortúnios sempre acompanharam o homem 
em todas as épocas até os dias de hoje. 
 
Gradativamente o mundo sofre modificações em seus costumes e formas de vida. Após grandes 
descobertas, como a roda, a máquina de tear, o tear mecânico, a máquina a vapor, o descaroçador 
de algodão, o navio a vapor, e posteriormente o motor movido à eletricidade, grandes mudanças 
ocorreram na vida do homem, causadas principalmente pela Revolução Industrial. A partir de 1930 
cresceu assustadoramente o número de acidentes e mortes no trabalho por causas diversas, tanto 
no Brasil como em todos os países envolvidos no processo. 
 
PRINCIPAIS CAUSAS 
 
a) Origem agrícola. 
b) Não havia uma cultura prevencionista. 
c) Processo acelerado na industrialização. 
d) Desejo de lucro imediato. 
e) Necessidade de reconstruir rapidamente o que a guerra dizimou. 
f) Ineficiência na fiscalização das condições de trabalho. 
 
No Brasil, a partir de 1975 passamos a vivenciar uma nova realidade 
prevencionista com a formação de profissionais na área de Segurança e 
Medicina do Trabalho e desenvolvimento de programas de formação de cipeiros. 
 
1990 – Predomina, através de Normas Internacionais não governamentais, o conceito de qualidade 
total de produtos, satisfação total do cliente. Associa-se à qualidade de produtos e prestação de 
serviços à qualidade de vida e saúde do trabalhador. 
 
Normas e procedimentos de segurança no trabalho passam a ser escritos de modo tripartite, pelas 
mãos de Governo Federal, Empresários e Trabalhadores (1999). 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 7
A partir do ano 2000, até a presente data, felizmente vemos que todos os esforços nesse sentido 
vêm tomando mais corpo dentro da sociedade mundial, onde passam a incorporar um intercâmbio 
industrial e comercial desenvolvendo uma tecnologia de ponta atrelada a um perfil de saúde e 
segurança no trabalho, além dos limites de suas empresas e um respeito com o meio ambiente. 
Dentro de uma atuação responsável procura-se um desenvolvimento sustentado visando uma real 
qualidade de vida. 
 
Enquanto cipeiros e cidadãos, somos responsáveis por manter um ambiente de trabalho seguro 
para todos. Nós, brasileiros, somos ainda adolescentes nessa caminhada, porém temos um 
potencial para sermos num futuro breve motivo de orgulho para as nações. 
 
COMO SE DESENVOLVEU A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO? 
 
1700 - Na Itália o médico Bernardino Ramazzini edita o livro “De Morbis 
Artificium Diatriba” (As doenças dos trabalhadores), onde foram agrupados os 
sintomas clínicos e relacionados mais de cinqüenta profissões. Descobre-se 
então a relação doença-trabalho. 
 
1760 – Inglaterra . Tem início a Revolução Industrial, cujas características 
principais foram a mão de obra formada por mulheres e crianças, horário de 
trabalho sem limites, falta de higiene, e um grande acúmulo de acidentes do 
trabalho e doenças infecto contagiosas. 
 
 1802 – Surge a “Lei de Saúde Moral dos Aprendizes” que limita a jornada de 
trabalho para 12 horas, proíbe o trabalho noturno e obriga os empregadores a lavar as paredes das 
fábricas duas vezes por semana e melhorar a ventilação. 
 
1830 – Dr.Robert Baker, recomenda aos empregadores a contratação de um médico que visite as 
fábricas para verificar a influência do trabalho nas crianças. Surge assim, o primeiro Serviço Médico 
Industrial. 
 
1834 –“Lei das Fábricas”, proíbe o trabalho noturno para menores de 18 anos, restringe o trabalho 
do menor a 12 horas por dia e 69 horas por semana. Exige escola nas fábricas para todos os 
menores de 13 anos, limita a idade mínima para o trabalho em 9 anos. Obriga a apresentação de 
um atestado médico para comprovar que o desenvolvimento físico das crianças corresponde à sua 
idade cronológica. 
 
1919 – É criada a O.I.T. - Organização Internacional do Trabalho a partir de um Tratado de Paz, 
após a primeira guerra mundial, o Tratado de Versalhes. Entidade essa vinculada a ONU – 
Organização das Nações Unidas . Possui a incumbência de estipular parâmetros de legislação 
trabalhista a serem observados pelos países filiados, inclusive no que se refere a Segurança e 
Medicina do Trabalho. 
 
INÍCIO DAS MEDIDAS À PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES BRASILEIROS: 
 
1923 – decreto Nº. 16.027, criando o Conselho Nacional do Trabalho. 
 
1930 – Início da Revolução Industrial em nosso país. 
 
Criação do Ministério do Trabalho, Educação e Cultura. 
Criação de Sindicatos. 
Auxílio às Indústrias. 
 
1934 – É promulgada a Constituição em nosso país. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 8
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
 
1943- No governoGetúlio Vargas foi criada a C.L.T. Consolidação das 
Leis do Trabalho, através do decreto-lei 5452 em primeiro de Maio, 
reunindo em um só Diploma Legal todas as Leis Trabalhistas até então 
existentes. 
 
1944-Através do decreto-lei 7036 de 10 de novembro, é instituída a 
obrigatoriedade da criação da CIPA em todas as empresas que 
admitem trabalhadores como empregados, considerando-se então o 
marco zero na prevenção de acidentes no Brasil. 
 
1975- Primeira formação de profissionais na Área de Segurança e Medicina do Trabalho. 
 
1977- Lei Nº. 6 514 de 22 de Dezembro estabelece as normas regulamentadoras. 
 
1978- Portaria 3214 de 8 de Junho institui as Normas Regulamentadoras do trabalho urbano, e 
dessa forma regulamentam os artigos 154 a 201 da CLT ( Especificamente Artigos 163 à 165 que 
embasam a NR-05 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). 
 
1994- Em Dezembro, ocorreram alterações legais importantes nas normas: NR 7 – PCMSO 
(Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional) e na NR 9 – PPRA (Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais) onde se institui também o Mapa de Riscos. 
 
1999- Portaria de Nº. 8 de 23 de fevereiro modifica e atualiza NR - 5. 
 
A CIPA 
 
 CONCEITOS DA CIPA - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. 
 
COMISSÃO: Grupo de pessoas formado por representantes 
do empregador e empregado, com o objetivo de prevenção 
de acidentes e doenças do trabalho. 
 
INTERNA: Seu campo de atuação está restrito a própria 
empresa. 
 
PREVENÇÃO: Antecipar-se a situações de riscos quando 
nos deparamos com elas, dando exemplos de pró -atividade e trabalho correto. 
 
ACIDENTE: Qualquer ocorrência inesperada que interfere no andamento normal do trabalho 
causando danos materiais, perda de tempo ou lesão ao trabalhador. 
 
O papel do CIPEIRO 
 
Cipeiro tem autoridade? 
 
O cipeiro não tem autoridade para executar, controlar, dirigir ou comprar. 
 
Atividades principais do cipeiro: 
a) Identificar os riscos. 
b) Elaborar Mapa de Riscos e Plano de Trabalho 
c) Verificações, inspeções e avaliações. 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 9
Atividades participativas: 
a) Participar. 
 b) Colaborar. 
 c) Divulgar. 
 d) Orientar. 
 
A função de cipeiro é de esclarecimento. O cipeiro é um professor de adultos. Não tem autoridade 
segundo a Lei, mas conquista a confiança através da autoridade moral, baseada no exemplo e na 
prestação de serviço no trabalho. Sua atividade é de ensinar. 
 
A CIPA sob o ponto de vista Legal 
 
CIPA e Legislação se relacionam em: 
 
• Existência jurídica através dos Artigos 163 a 165 da C.L.T. 
• Constituição Federal. 
• Código penal. 
• Código cível. 
• Normas Regulamentadoras. 
• Acordo Coletivo. 
• Normas Internas para Segurança do Trabalho. 
 
ACORDO COLETIVO 
 
Observação: Prevalece em relação a outras leis obedecendo a Constituição. Esta permite livre 
negociação entre as partes. 
 
Importante: O “Acordo Coletivo” só é promulgado quando acrescenta direitos. 
 
CONSTITUIÇÃO 
 
• Toda empresa pública ou privada deverá constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la 
em regular funcionamento com o objetivo de assegurar aos trabalhadores um ambiente 
saudável e seguro. 
 
ORGANIZAÇÃO 
 
• A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, na mesma 
quantidade, e de acordo com dimensionamento previsto no Quadro I da NR 5 
• Os representantes do empregador serão indicados pelo empregador. 
• Os representantes do empregado serão eleitos pelos empregados, garantindo-se a 
confidencialidade do processo ( voto secreto ). 
• Quando a empresa não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável 
para manter e fazer cumprir as normas de Segurança do Trabalho. 
• O mandato dos membros da CIPA terá a duração de 1 ano, permitida uma reeleição. 
• O cipeiro não poderá sofrer dispensa arbitrária desde o registro de sua candidatura até um 
ano após o final do seu mandato, salvo o exposto nos artigos 482 ou 158 da CLT. 
• Os membros da CIPA serão empossados no 1º dia útil após o término do mandato anterior. 
• Serão indicados de comum acordo com os membros da CIPA um secretário (a) e seu 
substituto (a). 
• Deverá ser protocolada em até 10 dias úteis no MTE, os seguintes documentos: ata de 
eleição e de posse e calendário anual das reuniões ordinárias. 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 10
ATRIBUIÇÕES 
 
• Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos ambientais. 
• Elaborar um Plano de Trabalho visando à prevenção de acidentes de trabalho. 
• Participar da implementação e do controle de qualidade das medidas preventivas sugeridas. 
• Realizar periodicamente inspeções de segurança. 
• Realizar a cada reunião uma avaliação do cumprimento das metas fixadas no plano de 
trabalho. 
• Divulgar informações referentes a Segurança do Trabalho. 
• Participar com o SESMT das reuniões, referentes a alterações no ambiente de trabalho. 
• Requerer ao SESMT, quando houver, paralisação das máquinas, quando existir risco grave 
e iminente. 
• Colaborar no desenvolvimento do PPRA e do PCMSO. 
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras. 
• Participar das análises das causas de doenças e acidentes de trabalho, propondo soluções. 
• Requisitar e analisar informações de questões que tenham interferido na segurança do 
trabalhador. 
• Requisitar a empresa cópias das CAT’s emitidas. 
• Promover anualmente em conjunto com o SESMT, a SIPAT – Semana Interna de Prevenção 
de Acidentes do Trabalho. 
• Participar anualmente em conjunto com a empresa de Campanhas de Prevenção à AIDS. 
 
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE 
 
• Convocar os membros para as reuniões da CIPA. 
• Coordenar as reuniões. 
• Manter o empregador informado sobre as decisões da CIPA. 
• Coordenar e supervisionar as atividades da secretária(o). 
• Delegar atribuições ao Vice-Presidente. 
 
ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE 
 
• Executar as atribuições que lhe forem delegadas. 
• Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais e nos seus afastamentos 
temporários. 
 
ATRIBUIÇÕES EM CONJUNTO 
 
• Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus 
trabalhos. 
• Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que seus objetivos sejam 
alcançados. 
• Delegar atribuições aos membros da CIPA. 
• Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT. 
• Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento. 
• Encaminhar os pedidos de reconsideração da CIPA. 
• Constituir Comissão Eleitoral. 
 
ATRIBUIÇÕES DA SECRETÁRIA (O) 
• Cargo fundamental para o bom desenvolvimento da CIPA. 
• Redigir a ata, que deverá ser bem clara em relação ao que foi discutido 
e acordado. 
• Preparar correspondência. 
• Elaborar relatórios estatísticos. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 11
FUNCIONAMENTO 
 
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais de acordo com o calendário pré-estabelecido e poderão ser 
realizadas reuniões extraordinárias em situações específicas. 
 
REUNIÕES ORDINÁRIAS 
 
• Serão realizadas durante o expediente normal da 
empresa. 
• Terão atas assinadas pelos presentes que deverão 
permanecer no estabelecimento, para qualquer 
eventualidade ou auditoria fiscal. 
• Na ausência de titulares nas reuniões será 
convocado, inicialmente o 1º suplente, em seguida o 
2º suplente e assim por diante, 
• O membro titular perderá o mandato, sendo 
substituído pelo suplente, quando faltar a mais de 
quatro reuniões ordinárias sem justificativas. 
• No caso de afastamento definitivo do Presidente, a empresa indicará o substituto em dois 
dias úteis, preferencialmente entre membros da CIPA. 
• No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da 
representação dos empregados, escolherão o substituto entre seus titulares, em dois dias 
úteis. 
 
 
REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS 
 
As reuniões extraordinárias ocorrerão em situaçõesespecíficas: 
 
• Acidentes de trabalho grave ou fatal. 
• Denúncia de risco grave e iminente. 
• Quando houver solicitação expressa de uma das representações. 
 
AS REUNIÕES 
 
• Devem ser coordenadas pelo Presidente, ou seja, abertas, conduzidas e encerradas por 
este e na ausência deste, a abertura e encerramento será feita pelo Vice-Presidente. 
• Deverá ser respeitado calendário pré-estabelecido. 
• Tratar exclusivamente de assuntos da CIPA. 
• Realizada em horário normal de trabalho, descrito no calendário. 
• Reunir-se em local adequado, conforme calendário. 
• Execução do Plano de Trabalho. 
• Utilização adequada do tempo. 
 
SEQUÊNCIA SUGERIDA 
 
• Abertura (Presidente). 
• Leitura da ata da reunião anterior – secretário (a). 
• Avaliar as pendências e suas soluções. 
• Sugestões de medidas preventivas. 
• Determinação dos responsáveis e prazos para realização das medidas preventivas. 
• Discussão das Inspeções de Segurança. 
• Avaliação do cumprimento das metas fixadas. 
• Encerramento (Presidente) 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 12
TREINAMENTO 
 
A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes antes da 
posse. 
 
O Treinamento deverá contemplar, no mínimo os 
seguintes itens: 
 
a) Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem 
como dos riscos originados do processo produtivo. 
 
b) Metodologia de investigação e análise de acidentes e 
doenças do trabalho. 
 
c) Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na 
empresa. 
 
d) Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção. 
 
e) Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciárias relativas à segurança e saúde no 
trabalho. 
 
f) Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos. 
 
g) Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. 
 
PROCESSO ELEITORAL 
 
Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados. 
 
Prazos: Mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso. 
Comissão Eleitoral – o presidente e o vice-presidente da CIPA constituirão 
dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes 
do término do mandato em curso, a comissão eleitoral. 
 
A Comissão Eleitoral será responsável pela organização e acompanhamento do 
processo eleitoral. 
 
PROCEDIMENTOS 
 
a) Publicação do edital de convocação em local de fácil acesso e visualização em 55 dias antes do 
término do mandato em curso. 
 
b) Inscrição de candidatura por no mínimo 15 dias c/ fornecimento de comprovante para os 
candidatos, permitindo liberdade de inscrição para todos os interessados, 
 
c) Garantia de emprego para todos os candidatos até o dia da eleição. 
d) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 dias antes do término do mandato da CIPA, 
quando houver. 
 
e) Realização da eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários que possibilite a 
participação da maioria dos empregados. 
 
f) Voto secreto 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 13
g) Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representantes 
do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral. 
 
h) Faculdade de eleição por meios eletrônicos. 
 
i) Guarda pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de 
cinco anos. 
 
QUE PROVIDÊNCIAS DEVEMOS TOMAR EM CASOS DE ANULAÇÃO DO PROCESSO 
ELEITORAL. 
 
• Havendo participação inferior a 50 % dos empregados na votação, o pleito será anulado, e 
providenciar-se-á em 10 dias nova eleição. 
• Denúncias sobre o processo deverão ser protocoladas no MTE, até 30 dias após a data da 
posse. 
• Cabe ao MTE a anulação da eleição em caso de fraude. 
• O empregador deverá providenciar a eleição em 5 dias a contar da data de ciência do fato, 
e garantir as inscrições anteriores. 
• Quando a anulação se der antes da posse, será garantida a prorrogação do mandato 
anterior, até a complementação do processo eleitoral. 
• Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados. 
• Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento. 
• Os candidatos votados e não eleitos deverão ser relacionados em ordem decrescente de 
votos na ata de eleição, para que possam assumir em caso de possível vacância. 
• A definição de cargos será de acordo com o número de votos obtidos na eleição. 
• O Presidente da CIPA será indicado pelo empregador e o vice-presidente será escolhido 
dentre os eleitos pelos empregados. 
• Os membros serão empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior. 
• Serão protocoladas no Ministério do Trabalho as atas de Eleição, Instalação e Posse e 
calendário anual das reuniões. Recomenda-se também, enviar ao Delegado (DRT), carta de 
rosto da empresa. 
 
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS 
 
1. Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de 
serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação 
da NR-5, o local em que seus empregados estiverem 
exercendo suas funções. 
 
2. Sempre que houver duas ou mais empresas em um mesmo 
estabelecimento, a Empresa Contratante deverá definir 
mecanismos de integração e participação de todos os trabalhadores em relação às decisões 
das CIPAS ou designados existentes no seu estabelecimento. 
 
3. Contratante e contratadas em um mesmo estabelecimento deverão articular-se em um só 
programa de prevenção, para garantir um mesmo nível de proteção em matéria de 
segurança e saúde. 
 
4. É de responsabilidade da contratante, informar as demais empresas que lhe prestam 
serviços, sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho, bem como as medidas de 
proteção adequadas. 
 
5. Será também de responsabilidade da contratante, exigir das contratadas que cumpram e 
façam cumprir as normas e procedimentos para segurança e saúde no trabalho. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 14
UM CIPEIRO PODE SER DEMITIDO? SIM. 
 
a) Quando faltar em mais de 4 reuniões sem justificativa 
b) Quando se enquadrar no art. 482 da C.L.T. 
c) Quando se enquadrar no art. 158 da C.L.T. 
 
C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Artigo 482 – Constitui justa causa para rescisão do contrato pelo empregador quando ocorrer : 
 
1. Ato de improbidade: roubo, falsificar documentos, furto, etc. 
2. Incontinência de conduta ou mau procedimento, por exemplo, assédio sexual. 
3. Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador. 
Concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço. 
4. Desrespeito às normas de segurança da empresa, correr, brincadeiras, etc. 
5. Desídia no desempenho das respectivas funções, como grande redução na produção. 
6. Embriaguez em serviço. 
7. Violação de segredo da empresa. 
8. Ato de indisciplina ou de insubordinação, como brigas e desrespeito aos superiores. 
9. Abandono de emprego. 
10. Jogos de azar em horário de trabalho (inclusive no horário de almoço) dentro do recinto da 
empresa. 
 
Artigo 158 – Recusa injustificada à observância das instruções pelo empregador e ao uso de EPI –
Equipamentos de Proteção Individual, fornecidos pela empresa. 
 
ACIDENTE DE TRABALHO 
 
• Típico 
• Trajeto 
• Doenças do trabalho 
• Doenças Profissionais 
 
CONCEITO LEGAL 
 
 
“Acidente de Trabalho” – É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da 
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução, 
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho”. 
 
 
CONCEITO PREVENCIONISTA 
 
“Acidente do Trabalho é toda ocorrência não programada que interfere 
no andamento normal do trabalho, dos quais resultam, separadamente 
ou em conjunto, lesões, danos materiais ou perda de tempo”. 
 
Esse enunciado nos traz uma visão de que acidentenão é só aquele que 
causa uma lesão no trabalhador, mas sim qualquer tipo de ocorrência 
inesperada, que hoje ocasiona perda de tempo, danos materiais e 
financeiros. Porém, no futuro, poderá transforma-se até em acidente 
grave com lesão. 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 15
DOENÇA OCUPACIONAL 
 
Deverá ter seu nexo causal comprovado, através de atestado médico, pelo 
profissional em Medicina do Trabalho da empresa, e também confirmada 
pela perícia médica do INSS. 
 
 
DOENÇA PROFISSIONAL 
 
Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada 
atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Previdência 
Social. 
Ex.: Tendinite nos digitadores. 
 
DOENÇA DO TRABALHO 
 
Assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais no ambiente 
de trabalho, e com ele se relacione diretamente, e constante da relação mencionada no item 
anterior. 
Ex.: Surdez em digitadores que trabalhem em ambientes ruidosos. 
 
ACIDENTE DE TRAJETO 
 
É quando o empregado sofre um acidente no percurso da sua residência para o trabalho ou do 
trabalho para sua residência. 
 
Residência..................................................................................................Trabalho 
 
 
 
NÃO IMPORTANDO 
a) o meio de locomoção 
 
 
 
 
 
b) o caminho 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 16
O QUE PODE DESCARACTERIZAR O ACIDENTE DE TRAJETO 
 
a) Exceder o tempo habitual 
 
 
Realização do percurso além do tempo habitual 
 
 
 
b) Se ocorrer uma parada entre esses dois pontos (residência / trabalho – trabalho 
/ residência) o acidente de trajeto poderá ser descaracterizado, sendo de responsabilidade do 
acidentado e não da empresa, qualquer despesa salvo, se em jurisprudência for decidido em 
contrário. 
 
 
 
 
 
 
 
ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO: 
 
Quando outra pessoa “provoca o acidente”. 
Culposo - sem intenção, por negligência, imprudência. 
Doloso – Com intenção, por sabotagem, ofensa física. 
 
ACIDENTE POR FORÇA MAIOR: 
 
Oriunda de fenômenos da natureza,incêndios, inundações, descargas elétricas (raios), desde que 
ocorridas no local e horário de trabalho. 
 
ACIDENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO: 
 
Cumprimento de Ordem de Serviço, sob autoridade da empresa. 
Ex.: Viagens a serviço, sob qualquer meio de locomoção. 
 
CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO 
 
A empresa deverá registrar os acidentes de trabalho no impresso CAT. 
 
Esse documento deverá ser emitido em 6 (seis) vias: 
 
1. Via –INSS - Instituto Nacional de Seguro Social. 
2. Via – Para o emitente. 
3. Via – Para o segurado ou seu dependente. 
4. Via - Sindicato de Classe do Trabalhador. 
5. Via – SUS - Sistema Único de Saúde. 
6. Via – DRT – Delegacia Regional do Trabalho. 
Obs.: A CAT, é um documento muito importante. Além de ser um meio de registro de acidentes, 
serve também como um controle estatístico, e mais importante ainda, é o cadastro oficial da 
Previdência Social, o que permite o pagamento dos benefícios ao segurado, nos casos de 
afastamento por período maior que 15 dias. 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 17
O acidentado tem estabilidade? 
 
Sim, o acidentado que ficar afastado por um período maior que 15 dias e der entrada na CAT no 
INSS, não poderá ser demitido até um ano após o seu retorno. 
 
Quem será responsável pelo pagamento do acidentado, quando afastado? 
 
• Até 15 dias, a empresa efetua o pagamento. 
• A partir do 16º dia o pagamento é feito pelo INSS. 
 
CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE DE TRABALHO 
 
a) Acidente com afastamento: O funcionário não retorna para suas atividades no dia seguinte. 
b) Acidentes sem afastamento: O funcionário retorna para suas atividades no mesmo dia ou no dia 
seguinte. 
c) Acidentes sem vítimas: Somente danos materiais. 
 
Prazos para emissão da CAT. 
 
SITUAÇÕES EMISSÃO DA CAT 
Acidentes com afastamento 24 horas após acidente 
Acidentes sem afastamento 24 horas após acidente
Acidentes sem vítimas Não haverá emissão da CAT 
Morte Comunicar imediatamente às autoridades. 
 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES 
 
1. Atos Inseguros. 
2. Condições Inseguras. 
3. Ato + Condição Insegura. 
 
ATOS INSEGUROS 
 
São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador contrários às 
normas de segurança. 
 
 Exemplos: 
 
1. Não usar o EPI. 
2. Deixar materiais espalhados pelo corredor. 
3. Operar máquinas e equipamentos sem habilitação. 
4. Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho. 
5. Utilizar ferramentas inadequadas. 
6. Manusear, misturar ou utilizar produtos químicos sem 
conhecimento. 
7. Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas. 
8. Usar ar comprimido para realizar limpeza em uniforme ou no próprio corpo. 
9. Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar visão. 
10. Desligar dispositivos de proteção coletiva de máquinas e/ou equipamentos. 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 18
CONDIÇÕES INSEGURAS 
 
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas instalações físicas, máquinas e 
equipamentos que presentes no ambiente podem causar acidentes de trabalho. 
 
 Exemplos: 
 
1. Falta de corrimão em escadas. 
2. Falta de guarda-corpo em patamares. 
3. Arranjos inadequados. 
4. Piso irregular. 
5. Escadas inadequadas. 
6. Equipamentos mal posicionados. 
7. Falta de sinalização. 
8. Falta de proteção em partes móveis de máquinas e equipamentos. 
9. Ferramentas defeituosas. 
10. Falta de treinamento. 
 
CAUSAS IMPREVISÍVEIS 
 
São causas de acidentes de difícil prevenção, geralmente ligados a fatores da natureza. 
 
1. Descarga elétrica de um raio em quantidade superior a dimensionada pelo dispositivo de 
pára-raios da empresa, provocando choque elétrico em funcionários. 
2. Excesso de chuvas, provocando inundação e suas conseqüências. 
3. Vendaval, quando o telhado não suporta a força do vento, que lança telhas e atingem 
funcionários. 
 Os percentuais acima são aproximados. 
 
 
Fonte: BEAT e INSS. 
 
 
PORQUE OS ACIDENTES OCORREM. 
 
CONDIÇÕES 
 
CAUSAS PREVISÍVEIS CAUSAS IMPREVISÍVEIS
ORIGEM ATOS INSEGUROS 
CONDIÇÕES 
INSEGURAS 
FENÔMENOS DA 
NATUREZA 
 
FATOR DE ORIGEM HUMANO AMBIENTE X 
PERCENTUAL 70 % 30 % X 
INCIDÊNCIAS 98 % DOS ACIDENTES 2 % DOS ACIDENTES 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 19
 
Observando os valores apresentados nas tabelas anteriores, podemos avaliar o quanto é 
importante a atuação da CIPA, nos diversos ambientes de trabalho, e também termos a noção da 
abrangência das perdas que acometem nossa sociedade. 
 
TODOS PERDEM COM A OCORRÊNCIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO 
 
EMPRESAS 
 
1. Com o pagamento salarial aos trabalhadores acidentados durante os 
15 primeiros dias seguintes ao do acidente. 
2. Reflexos negativos no ambiente de trabalho onde ocorreu o 
acidente, com conseqüente queda de produtividade. 
3. Danos ou avarias nos equipamentos, máquinas ou ferramentas que 
porventura estejam sendo utilizados pelo trabalhador vitimado. 
4. Paralisação de uma máquina ou equipamento componente da linha 
de produção, podendo afetar o processo produtivo como um todo, 
até que proceda o reparo ou substituição da máquina ou equipamento danificado. 
5. Atendimento ao acidentado com os primeiros socorros e transporte do mesmo. 
6. Reflexos negativos na boa imagem da empresa, variável essa que dependerá da gravidade 
do acidente e do grau de repercussão causado à comunidade. 
 
 
ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NO BRASIL 
 
 
 ANO 
 
 TRABALHADORES 
 
ACIDENTES 
 
DOENÇAS 
 
TOTAL 
 
ÓBITOS 
 Típico Trajeto Por ano 
Por 
dia 
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 1.207.859 4.578 13
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 1.137.124 5.738 16 
1988 23.661.579 926.354 60.202 5.025 991.581 4.616 13
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 888.443 4.554 121990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 693.572 5.355 15 
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 632.322 4.527 12
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 532.514 3.516 10 
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 412.293 3.110 9
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 388.304 3.129 9 
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 424.137 3.967 11
1996 23.830.312 325.870 34.696 34.889 395.455 4.448 12
1997 24.104.428 347.482 37.213 36.648 421.343 3.469 10 
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 414.341 3.793 10
1999 24.993.265 326.404 37.513 23.903 387.820 3.896 11 
2000 25.456.158 287.500 37.362 19.134 343.996 3.094 9
2001 25.999.568 282.965 38.799 18.487 340.251 2753 7
2002 26.659.251 323.879 46.881 22.311 393.071 2968 8 
2003 27.125.898 319.903 49.069 21.202 390.180 2582 7
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 20
GOVERNO 
 
1. Pagamento através do INSS de benefícios previdenciários ao trabalhador acidentado ou a 
seus dependentes, tais como: 
• Auxílio doença. 
• Auxílio acidente. 
• Aposentadoria por invalidez. 
• Pensão por morte. 
 
2. Pagamento de despesas médico-hospitalares no tratamento do acidentado. 
3. Despesas com reabilitação profissional do trabalhador acidentado, inclusive com o 
fornecimento de aparelhos de prótese, conforme a necessidade. 
 
ACIDENTADO 
 
1. Sofrimento físico, dor, lesão incapacitante, parcial ou total, temporária ou permanente, ou 
até mesmo a morte. 
2. Reflexos psicológicos negativos decorrentes de eventuais seqüelas acidentárias, inclusive 
podendo gerar distúrbios familiares, dependendo do grau de incapacidade. 
3. Redução salarial decorrente da percepção de benefícios previdenciários. 
 
COLEGAS DE TRABALHO 
 
1. Cobrança para aumento de ritmo de trabalho devido a prazo de produção, podendo gerar 
novos acidentes de trabalho. 
2. Abalo emocional da equipe, gerando baixa produtividade e stress, por haver uma pessoa 
próxima lesionada, podendo ter ocorrido a morte do acidentado, o que agrava ainda mais a 
situação. 
3. Insegurança em executar as tarefas por receio de se acidentar também. 
 
FAMÍLIA 
 
1. Reflexos emocionais, por haver uma pessoa próxima lesionada e afastada de suas 
atividades. Em caso de morte, perda afetiva irreparável. 
2. Dificuldades financeiras, pois, parte ou toda renda familiar ficará comprometida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 21
RISCOS AMBIENTAIS 
 
São situações, condições e substâncias que conforme sua natureza, tempo de exposição, 
intensidade ou concentração, são capazes de causar danos à saúde ou a integridade física do 
trabalhador. 
 
Os riscos ambientais são classificados em 5 grandes grupos, de acordo com a sua origem. 
 
RISCOS FÍSICOS 
 
Agentes Físicos são diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais 
como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações 
não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. 
 
RUÍDOS 
 
O ruído está sempre presente em todos os locais. Nas ruas, sirenes de ambulância, aglomerações, 
urbanas, etc. Porém se ficarmos expostos a níveis de ruídos elevados, poderemos adquirir danos 
irreversíveis à nossa saúde, por isso é muito importante identificarmos as fontes mais ruidosas em 
nosso ambiente de trabalho. A unidade de medida de intensidade do ruído é o decibel (dB). 
 
TIPOS DE RUÍDOS 
 
Contínuo: Ocorrência de impactos simultâneos em numero superior a 60 por minuto. Ex: 
Motosserra. 
Intermitente: Apresentam duração superior a um segundo e intervalos inferiores a um segundo. 
Ex: Martelete Pneumático. 
Impacto: Apresentam picos de energia acústica de duração inferior a um segundo e a intervalos 
superiores a um segundo Ex: Explosões. 
 
Equipamentos utilizados para a medição de ruído em dB (A): 
 
 Decibelímetro Dosímetro 
 
O limite de tolerância para exposição ao ruído é de 85 dB (A). 
A partir desse índice deverá ser utilizado o equipamento de proteção auricular. 
Recomenda-se, por medida preventiva, o uso da proteção a partir de 80 dB (A). 
 
Conseqüência: Surdez, Stress, cansaço, irritação, pressão alta, problemas digestivos e até 
impotência sexual, decorrente do stress. 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 22
Prevenção: 
 
Uso de Equipamentos de proteção auditiva: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIBRAÇÕES 
 
São observadas principalmente pelo uso de máquinas e equipamentos em que podemos destacar o 
martelete pneumático e a moto-serra. 
Essa figura nos mostra o monitoramento da vibração de 
um martelete. 
Entre as principais conseqüências para a saúde do 
funcionário, as mais comuns, são dores nas costas, 
problemas renais e circulatórios, e comprometimento das 
articulações. A vibração normalmente vem associada a 
um outro risco ambiental, o ruído. Portanto somam-se os 
efeitos sintomáticos dos riscos. 
 
Quando falamos em vibração, temos que atentar que 
estas se dividem em dois grupos, de acordo com sua 
incidência e abrangência no corpo humano, tais como: 
totais e parciais. Um exemplo clássico de vibração total é 
a britadeira (martelete pneumático). Ao ser ligada sua energia vibratória é transmitida para o corpo 
todo. 
 
Uma outra situação que está bem próxima de nós exemplifica a 
vibração parcial. Quem de nós, nunca utilizou uma furadeira, para 
colocar um quadro na parede? Quando ligamos, a vibração é 
transmitida, na sua maior porção, somente para o nosso braço, que 
está em contato direto com o equipamento. Uma forma de prevenir 
a vibração, seja, total ou parcial, é utilizando equipamentos com 
amortecedores, somando-se ao uso de luvas de borracha que 
também tem seu efeito amortecedor. 
 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
 
São formas de energia que possuem potencial para provocar alteração em uma célula, ou seja, a 
energia é tão grande que tem poder de subdividir o átomo em duas partes, energizando-os 
eletricamente, formando pares iônicos. 
 
PAR IÔNICO 
As figuras ao lado, mostram a configuração de um par iônico, 
gerados por um átomo que se subdividiu em dois, gerando uma 
radiação ionizante. 
 
 
Protetor auricular concha 
acoplado com o capacete 
e viseira 
Protetor auricular 
espuma moldável 
de inserção 
Protetor 
auricular de 
silicone 
Protetor 
auricular tipo 
concha 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 23
Exemplos de radiações ionizantes: 
 
• Raio Alfa. 
• Raio Beta. 
• Raio Gama. 
• Raio X. 
 
Conseqüências: As pessoas atingidas por uma radiação ionizante estarão sujeitas a : 
 
1. Mutações genéticas. Que acarreta câncer à vítima. O que poderá ser hereditário aos filhos. 
2. Anemia. 
3. Leucemia. 
4. Catarata. 
5. Câncer. 
 
Prevenção: Proteção com enclausuramento feito de placas espessas de chumbo (coletes e 
anteparos). 
 
Obs: O princípio da radiação ionizante também é utilizado de forma medicinal, para destruir células 
cancerígenas. 
 
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 
 
São formas de energia que não possuem potencial para alterar uma 
célula. Porém, são de alguma forma, prejudiciais ao organismo humano. 
Exemplos de serviços que envolvem radiações não ionizantes: 
1. Em serviços de soldagens elétricas e oxiacetilênicas. 
2. Trabalhos com radiofreqüência e microondas. 
3. Trabalhos com laser na Medicina. 
4. Trabalhos em telecomunicações. 
 
 
Seus efeitos dependem da intensidade, duração, condições de absorção, de reflexão do local e do 
equipamento de trabalho. 
 
Riscos prováveis: 
 
1. Queimaduras. 
2. Câncer de pele. 
3. Lesões oculares. 
4. Conjuntivite. 
5. Inflamação da córnea. 
6. Catarata. 
 
Prevenção: Utilização de equipamentos de proteção individual ou coletivo conforme a 
necessidade. Máscaras com proteção para o rosto e lentes filtrantes adequadas ao tipo de trabalho 
e intensidade luminosa. Proteger as partes do corpo que possam ser atingidas com textura em 
couro de raspa e/ou outros materiais técnicos específicos, bem como calçados adequados. 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 24CALOR 
 
A temperatura ideal no local de trabalho deve ficar entre 
20 ºC e 23ºC. 
 
O calor excessivo provoca em nós sensação de exaustão, 
aumento da pulsação, cansaço, pele seca, desidratação, 
cãibras, fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico e 
hipertensão. 
 
Exemplo de pessoas que ficam expostas ao efeito do calor: 
1. Operadores de fornos. 
2. Operadores de caldeira. 
3. Forjarias. 
4. Siderúrgicas. 
5. Altos-fornos, etc. 
FRIO 
 
 Como vimos no item anterior, a temperatura ideal está entre 20 e 
23ºC. Assim os trabalhos com baixa temperatura, ou seja, a partir 
de 15ºC (artificial), diminuem a concentração das pessoas, 
provocando também as seguintes situações: 
 
1. Vaso constrição periférica. 
2. Queda da freqüência de pulso. 
3. Queda de pressão arterial. 
4. Tremor incontrolável. 
5. Hipotermia (inibição dos mecanismos do sistema nervoso central). Evoluindo para a 
sonolência e coma. 
6. Falta de concentração; 
 
Exemplos de exposição a baixas temperaturas: 
 
1. Trabalhos em câmaras frigoríficas. 
2. Depósitos onde tenha temperatura controlada em graus muito baixos. 
 
 Prevenção: Usar roupas térmicas. 
 
UMIDADE 
 
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou 
encharcados, com umidade excessiva, serão capazes de produzir danos à 
saúde dos trabalhadores. 
Influi na troca térmica entre o corpo humano e o ambiente, pelo 
mecanismo da evaporação. 
 
Conseqüência: Doenças do aparelho respiratório e dermatoses. 
 
 
Exemplos de trabalhos: 
1. Limpeza e lavagem de modo geral. 
2. Ambientes que possuam umidade relativa do ar com mais de 75 %. 
3. Lavagem de automóveis. 
4. Todos os trabalhos que possuam contato com água. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 25
 
Prevenção : 
 
1. Uso de roupas impermeáveis. 
2. Botas de PVC. 
3. Aventais de PVC. 
4. Macacões tipo tyvec (corpo inteiro). 
5. Luvas adequadas. 
6. Etc. 
 
PRESSÕES HIPERBÁRICAS 
 
Variações acentuadas de pressões atmosféricas. Há profissões que estão 
expostas a pressões atmosféricas altas (mergulhadores) e baixas 
(alpinistas e aeronautas). 
 
 Conseqüências: 
 
1. Embolia pulmonar. O ar que os mergulhadores de profundidade 
respiram se dissolve no sangue formando uma solução. Se o 
mergulhador sobe muito rapidamente, o ar sai da solução, 
formando bolhas no sangue, uma condição perigosa, conhecida 
como embolia. Tanto pode afetar os pulmões, como o coração. 
 
2. Ruptura do tímpano. 
3. Dores abdominais. 
4. Dor de dente. 
5. Exoftalmia (saliência exagerada do globo ocular). 
6. Obstrução dos vasos sanguíneos. 
7. Intoxicação por oxigênio e gás carbônico. 
8. Doença descompressiva. 
 
Trabalhos com pressões anormais: 
 
1. Mergulhadores. 
2. Alpinistas. 
3. Mineradores, e trabalhos subterrâneos em caixões pneumáticos. 
 
Prevenção: 
 
1. Utilizar equipamentos adequados para esse tipo de trabalho. 
2. Cuidadoso trabalho em câmaras de descompressão. 
3. Ser devidamente treinado e acompanhado por especialistas nessa área. 
4. Seguir os procedimentos de segurança. 
 
RISCOS QUÍMICOS 
 
“Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou 
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, 
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou 
vapores, ou o que, pela natureza da atividade de exposição, possam 
ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por 
ingestão. (NR- 9.1.5.2). 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 26
 
 POEIRAS 
 
São pequenas partículas suspensas no ar decorrentes de um material sólido. 
Poeiras minerais, vegetais, alcalinas, e incômodas. São aerodispersóides. Ficam 
em suspensão no ar do ambiente de trabalho, podendo causar vários tipos de 
doenças nos trabalhadores. 
 
 
 
Tipos de doenças: 
 
1. Silicose ( pó de sílica). 
2. Bissinose ou bagaçose (bagaço do algodão e da cana). 
3. Enfisema pulmonar (Pó de calcário). 
4. Doenças obstrutivas crônicas (fumos metálicos). 
 
 Trabalhos que geram poeiras: 
 
1. Uso de lixadeiras. 
2. Polimentos, escavações, explosões em mineração e pedreiras, e certos tipos de 
colheitas. 
 
Prevenção: 
 
1. Uso de EPI. Máscara com filtro mecânico adequado para atividade exercida. 
 
FUMOS 
 
São partículas suspensas no ar, decorrentes de condensações de 
vapores, geralmente provenientes da volatização de metais em fusão 
e quase sempre acompanhada de oxidação. Não se difundem e 
tendem a flocular-se e depositar-se, sendo seu tamanho, menor que 
as partículas de poeiras. 
 
1. Trabalhos : Operações de soldagem ou fusões de metais, 
onde haja concentração no ambiente. 
 
Prevenção: 
1. Uso de EPI( máscara c/ filtro ou c/ linha de ar mandado, ou ventilação local exaustora (EPC). 
 
NÉVOAS 
 
São partículas líquidas que se assemelham as gotículas resultantes da condensação de vapores 
sobre certos núcleos. 
 
Encontradas nos processos de Indústrias Químicas, pintura, pulverização 
de plantações, etc. 
1. Pulverização química de gás clorídrico. 
2. Anidrido sulfúrico, e outros produtos químicos, 
 
Podem ser: 
 
Irritantes (Ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, e cloro). 
1. Asfixiantes (Gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, argônio, metano, acetileno, etc.) 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 27
2. Anestésicos (solventes orgânicos – benzeno, butano, propano, acetona, xileno, tolueno, 
óxido nitroso, etc.). 
 
Conseqüências: 
 
1. Atacam o sistema nervoso central. 
2. Depressões ou euforias. 
3. Problemas pulmonares. 
4. Dermatites. 
5. Câncer. 
6. Diversas doenças respiratórias e gastro-intestinais. 
 
Prevenção: 
 
1. Uso de EPC – Ventilação local exaustora. 
2. Controle do ambiente de trabalho referente à concentração na atmosfera (monitorar). 
3. Uso de EPI – como máscara com filtros químicos adequados ao agente presente no 
ambiente. 
4. Uso de roupas p/ corpo inteiro quando necessário. 
5. Uso de máscara de fuga, para eventual emergência. 
6. Máscara com ar mandado em caso de adentrar em ambiente confinado. 
 
NEBLINAS 
 
São partículas líquidas resultantes de um processo de dispersão mecânica, 
produzidas geralmente pela passagem de ar ou gás através de um líquido 
ou em conseqüência de ocorrências como, por exemplo, respingo. Não se 
difundem e apresentam tendência à deposição, quando não se evaporam. 
 
 Exemplos: 
 
1. Cozimento de produtos alimentícios. 
2. Fenômenos meteorológicos. 
 
Conseqüências: 
 
1. Irritação dos olhos. 
2. Problemas alérgicos na pele. 
3. Complicações respiratórias. 
 
Prevenção: Uso de EPI adequado e cuidados semelhantes ao item anterior. 
 
GASES 
 
Não apresentam forma nem volume definidos. Tendem a ocupar todo o 
volume disponível e se dispersam com facilidade. São altamente difusíveis 
podendo ser mais leve ou pesado que o ar, e não alteram o seu estado gasoso 
se expostos a temperaturas elevadas. 
 
Exemplo: Monóxido de carbono, cloro, etc. 
 
Prevenção: Uso de EPI adequado e cuidados especiais, como nos itens anteriores. 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 28
VAPORES 
 
Constituem o estado aeriforme de certas substâncias que, nas 
condições usuais, de temperatura e pressão se encontram em estado 
líquido ou sólido. Dispersam com facilidade, podendo apresentar 
densidade maior ou menor que o ar. 
 
Exemplos: 
 
1. Vapores de Benzeno. 
2. Vapores de Metanol, etc. 
 
Conseqüências: 
 
1. Problemas respiratórios. 
2. E outras conseqüências graves ao organismo humano, dependendo do agente químico em 
questão e sua toxicidade. 
 
Prevenção: 
 
1. Todos os cuidados descritos nos itens anteriores. 
2. Uso de EPI adequado à operação. 
3. Monitoramento constante no ambiente, com explosímetro, para garantir prevenção a 
explosões. 
4. Obedecer a normas e procedimentos de segurança conforme respectiva NBR (ABNT) e 
Petrobrás. 
 
RISCOS BIOLÓGICOS 
 
Agentes biológicos são aqueles constituídos por seres vivos capazes de afetar a 
saúde do trabalhador, como os microorganismos(vírus, bactérias, 
protozoários, bacilos, fungos, etc.). Estes podem causar doenças de 
natureza distinta, que em muitos casos se transmitem de outros animais ao 
homem, como as zoonozes. 
 
Em geral, os maiores riscos biológicos são aqueles ligados à cria e o cuidado de 
animais (em estábulos e cavalariças), à manipulação de produtos de origem 
animal (resíduos deteriorados de animais), serviços de limpeza pública (lixo urbano), serviços de 
exumação de corpos em cemitérios, trabalhos em laboratórios biológicos e clínicos, em hospitais, 
em unidades de emergência, em esgotos (galerias e tanques). 
 
As medidas preventivas contra esses grupos de riscos biológicos são: 
 
1. Vacinação. 
2. Esterilização. 
3. Higiene pessoal. 
4. Ventilação adequada. 
5. Controle médico. 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 29
RISCOS ERGONÔMICOS 
 
São determinados pela falta de adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas do trabalhador. 
 
A expressão Lesões por Esforços Repetitivos – LER ganhou dimensão a 
partir das Resoluções Nºs. 180 e 197, de 1992, da Secretaria Estadual de 
Saúde de São Paulo, uma vez que a situação começava a fugir do 
controle, devido ao crescente “atendimento aos estágios evolutivos das 
LER’s”. 
 
Atualmente, a terminologia LER está sendo substituída por alguns especialistas e entidades, por 
DORT – “Doenças Osteomusculares Relacionadas com Trabalho”, que incorpora dimensões 
ergonômicas e psicossociais e nos remete a fazer uma reflexão sobre novas formas de trabalho. 
 
Conseqüências: 
 
1. Bursite – Inflamação das bursas (pequenas bolsas localizadas entre os ossos e os tendões 
das articulações dos ombros). 
 
2. Epicondilite lateral – ( tennis elbow), é a inflamação dos músculos responsáveis pela 
extensão e supinação do antebraço. A dor manifesta-se no cotovelo, chegando às mãos e 
ombro. 
 
3. Síndrome cervicobronquial – compressão dos nervos da coluna cervical, devido a 
compressão do feixe neurovascular ao atravessar os músculos do pescoço, causando dor. 
 
4. Síndrome do túnel do carpo – lesões nos punhos, devido à compressão do nervo 
mediano ao nível do punho. 
 
5. Tendinite 
• Inflamação da porção larga do bíceps. Geralmente ocorre nas operações em que o braço é 
mantido em elevação por longos períodos. 
• Inflamação da estrutura osteomuscular do antebraço, por movimentos repetitivos de 
supinação do mesmo. 
 
6. Tenossinovite 
• Inflamação dos extensores dos dedos, por suas contrações excessivas. Ocorrem 
normalmente por operações com mouse e digitação. 
• Inflamação dos tendões da face ventral do antebraço e punho, e flexores dos dedos. 
Ocorrem devido a grande intensidade e velocidade na digitação, movimentação veloz dos 
dedos e operação estática com mouse, de forma a causar todos esses males. 
 
Sintomas: 
 
1. Calor localizado. 
2. Choques. 
3. Dor. 
4. Dormência. 
5. Formigamento. 
6. Fisgadas. 
7. Inchações. 
8. Pele avermelhada e perda de força muscular. 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 30
Prevenção: 
 
1. Rodízios nas tarefas mais críticas. 
2. Reciclar conteúdo das tarefas. 
3. Organizar-se no trabalho. 
4. Rever monotonia. 
5. Estudar postos de trabalho. 
6. Verificar mobiliário. 
7. Rever equipamentos e ferramentas. 
8. Ginástica laboral. 
 
ESFORÇO FÍSICO INTENSO 
 
 
O que vai além da força que cada um pode executar. Imprimir força 
maior do que o corpo permita. 
 
Prevenção: Automação do processo ou atividade exercida por mais 
de um trabalhador. 
 
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESO 
 
Muitos problemas nas costas se desenvolvem quando se levanta um peso. 
Freqüentemente isto acontece quando se carrega um peso ao mesmo tempo em que se 
curva ou se torce as costas. 
 
Conseqüências: problemas com a coluna como lombalgias e hérnias de disco. 
 
Prevenção: Técnicas de levantamento de peso e respeitar o limite do corpo. 
 
TRANSPORTE DE MATERIAIS 
 
O transporte de materiais também é outro fator que tem um impacto muito grande 
no organismo. Ao transportar materiais com carrinhos, poucos sabem, porém, o 
impacto seria bem menor se empurrarmos um carrinho. Além disso, seria melhor 
se as manoplas fossem verticais, proporcionando um maior conforto , evitando 
dobrar o pulso ao transportar o material. 
 
EXIGÊNCIA DE POSTURA INADEQUADA 
 
Quando falamos de postura, precisamos sempre lembrar que devemos nos preocupar com ela a 
todo momento, isto implica dizer, tanto no trabalho como em outros locais como: casa e carro. 
 
Diferente do que a maioria pensa, quando trabalhamos sentados, a coluna fica exposta a uma 
sobrecarga muscular maior do que quando estamos em pé. Para minimizar os efeitos desta 
sobrecarga, devemos reconhecer nossa postura no dia a dia, corrigi-la e mantê-la. Com as dicas 
abaixo, percebemos que é muito fácil ter uma coluna saudável: 
 
1. Sente-se com as costas apoiadas no encosto da cadeira que deve ter regulagem de altura. 
Ajuste a altura do apoio lombar de forma a lhe proporcionar conforto sem forçar qualquer 
ponto da coluna. O encosto da cadeira deverá ter um ângulo de 100 º. 
2. Os pés deverão estar bem apoiados, de forma estar com a planta dos pés inteiramente 
apoiada. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 31
3. As pernas devem estar num ângulo de 90 º com os 
pés, da mesma forma em relação às coxas. 
4. A cabeça e pescoço devem estar alinhados às costas. 
5. Os braços deverão trabalhar na vertical, os antebraços 
devem estar na horizontal e os punhos apoiados. 
6. Nunca use o teclado longe do corpo ou torcido, para 
tanto, atente a posição dos braços, se estiverem junto 
ao corpo na vertical, a posição estará correta. 
7. Mantenha os olhos no mesmo nível do topo da tela do 
computador. Não deixe a cabeça tombar par frente, se 
necessário coloque um suporte no monitor para 
auxiliar na manutenção da altura ideal. 
8. Coloque o monitor de vídeo de lado para as janelas (nunca de frente, nem de costas). 
9. Posicione o mouse junto do teclado. 
10. Procure arranjar um suporte para documentos e coloca-lo ao lado do monitor na altura dos 
olhos, isto evitará os movimentos repetitivos do pescoço. 
11. É recomendado apoio para os punhos, de forma que estes permaneçam descansados e 
num ângulo adequado de no máximo 90 º. 
 
Exemplos de trabalhos: 
 
1. Escritórios. 
2. Posturas ao sentar nas cadeiras. 
3. Utilização de micro-computadores. 
 
Prevenção: 
 
1. Utilização de mobiliários ergonômicos. 
2. Acessórios de apoio. 
3. Reeducação postural. 
4. Ginástica laboral. 
 
CONTROLE RÍGIDO DE PRODUTIVIDADE 
 
A demanda da produção é cada vez maior, com isso muitas vezes faz-se 
necessário o aumento do ritmo de trabalho e juntamente com este a cobrança. 
Os efeitos psicológicos desta cobrança chamamos de controle rígido de 
produtividade. 
 
 Exemplo de exposição: 
 
1. Linhas de produção. 
2. Áreas de telemarketing. 
3. Áreas de vendas por comissão. 
 
 Prevenção: 
 
1. Contratação de pessoal. 
2. Reorganização do Trabalho. 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 32
IMPOSIÇÃO DE RITMOS EXCESSIVOS 
 
Este risco geralmente vem aliado ao controle rígido de produção, falta de 
algum funcionário na produção, enfim, é a implementação de um ritmo de 
trabalho mais rápido que pode ocasionar acidentes uma vez que há uma 
exigência maior do ser humano. 
 
Exemplos: 
 
1. Área de produção em série. 
2. Telemarketing. 
3. Digitação, etc. 
 
Prevenção: 
1. Contratação de pessoal. 
2. Reorganização do trabalho. 
3. Respeito ao limite de produção individual. 
4. Adequação do perfil do funcionário ao ritmo do trabalho. 
 
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO 
 
Nosso organismo está adaptado para trabalhar durante o dia. O trabalho 
noturno, exige um desgaste maior do indivíduo. Mesmo em horários como 12 
X 36 horas, não há tempo hábil para recuperação e adaptação do organismo. 
 
Exemplos: 
 
1. Segurança patrimonial por 24 horas. 
2. Trabalhos em enfermagens de hospitais, etc. 
 
MOVIMENTO REPETITIVOO movimento repetitivo é um dos principais fatores de LER/DORT e os 
encontramos em diversas atividades de trabalho, seja na fábrica como no 
escritório. 
 
O digitador, por exemplo, ao digitar está exposto a danos à sua saúde, isto 
não quer dizer que digitar seja prejudicial, mas, digitar excessivamente e com 
muita rapidez, isso sim, é prejudicial. 
 
Um exemplo clássico de movimento repetitivo é aquele apresentado no filme “Tempos Modernos” 
de Charles Chaplin onde mostra um trabalhador na qual sua função é parafusar peças. Esse tipo de 
atividade deve ser minimizada através de rodízio de hora em hora por movimentos diferentes ao 
anterior acompanhado de exercícios próprios. 
 
Nesse tempo, o profissional precisa fazer exercícios de relaxamento, automassagem, como o do-in, 
alongar os dedos das mãos, pés, braços e movimentar o pescoço e as pernas. Esses movimentos 
exercitam o que ficou parado, irrigando os tecidos. 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 33
JORNADA DE TRABALHO PROLONGADA 
 
Muitas vezes presenciamos casos em que há a necessidade de realização de 
Jornada de trabalho além do horário previsto, algumas vezes isto se faz 
necessário, mas teremos um problema quando se torna freqüente, pois trará 
algumas conseqüências desagradáveis ao organismo e riscos de acidentes 
devido à fadiga causada. 
 
Exemplo: 
 
1. Necessidade de realização de horas extras constantes. 
 
Conseqüências: Stress, cansaço físico. 
 
 Prevenção: Rever a necessidade de jornada de trabalho prolongada. 
 
MONOTONIA E REPETITIVIDADE 
 
Muitos dos acidentes ocorrem por desatenção do funcionário ao seu 
processo de trabalho ou fadiga que muitas vezes é gerada pela 
monotonia da atividade. 
 
Veja, à medida que realizamos tarefas, várias situações diferentes se 
apresentam, fazendo com que nosso cérebro exercite. 
 
Exemplo: 
 
Entre dirigir em uma estrada plana e reta e numa estrada com curvas, a probabilidade de um 
motorista dormir na primeira é muito maior, pois há uma acomodação natural do cérebro que leva 
a sonolência. Ocorre que quando realizamos uma tarefa monótona, há a tendência de sentirmos 
sonolência, fato que provoca acidentes. 
 
ILUMINAÇÃO INADEQUADA 
 
A iluminação é outro fator importante que devemos considerar na questão 
ergonômica, pois, tanto a deficiência de iluminação quanto a iluminação 
excessiva, causam danos à saúde do trabalhador. 
 
Nosso aparelho visual é muito delicado e necessita de uma quantidade de 
iluminância adequada para poder formar a imagem na retina. Ocorre que se 
esta for deficitária a imagem não se formará nítida e o aparelho visual 
automaticamente necessitará de mais iluminação para a formação da imagem com nitidez na 
retina. 
 
Esta “procura” por mais iluminação, quando feita por várias vezes, forçará as estruturas internas do 
globo ocular, causando dores de cabeça, dificuldades para enxergar e problemas visuais futuros. 
 
Da mesma forma a iluminação excessiva irá ferir as estruturas internas do globo ocular, causando 
dores de cabeça, dificuldades para enxergar, ofuscamento e problemas visuais futuros. 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 34
RISCOS DE ACIDENTES 
 
Agentes nocivos de acidentes do trabalho são todas as ocorrências não programadas, estranhas ao 
andamento normal do trabalho, das quais poderão resultar danos físicos, e/ ou funcionais, ou 
morte do trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa. 
 
ARRANJO FÍSICO INADEQUADO 
 
O espaço físico existente para o trabalho deve ser modelado de forma 
a dar ao indivíduo conforto e segurança, assim devemos utilizar um 
espaço adequadamente, respeitando sua metragem e disposição. 
 
Exemplos: 
 
1. Uma sala com quatro mesas, mas que pelo projeto 
comporta somente duas mesas. 
2. Máquinas mal distribuídas no chão de fábrica. 
 
 Prevenção: Rever o projeto e reorganizar a distribuição da mobília na área. 
 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO 
 
Todas as máquinas e equipamentos devem estar em perfeito estado de funcionamento, com 
manutenção em dia, inclusive com todos os itens de segurança em ordem, conforme o PPRPS. 
 
 Exemplos: 
 
1. Prensas com partes móveis desprotegidas. 
2. Falta de manutenção periódica nos equipamentos. 
 
Conseqüências: 
 
1. Acidentes graves. 
2. Mutilações. 
3. Morte. 
 
Prevenção: 
 
1. Proteções adequadas nas partes móveis das máquinas. 
2. Melhorar dispositivos de segurança nos equipamentos. 
3. Manutenção periódica e lubrificação. 
 
FERRAMENTAS INADEQUADAS OU DEFEITUOSAS 
 
Toda ferramenta antes de ser projetada é exaustivamente estudada quanto a 
sua utilidade, manuseio e conforto que trará ao usuário, mesmo assim muitas 
vezes nos defrontamos com situações em que o usuário utiliza ferramentas 
defeituosas ou para atividades em que as mesmas não foram projetadas. 
 
Exemplos: 
 
1. Utilização de facas em vez de chave de fenda. 
2. Ferramentas com cabos defeituosos. 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 35
 Prevenção: 
 
1. Utilização somente de ferramentas adequadas. 
2. Conscientização. 
 
ELETRICIDADE 
 
Este é um item de extrema importância, pois, se mal utilizada pode ocasionar 
desperdícios e acidentes graves e fatais. Devemos ter cuidado especial com o 
isolamento das fiações, não as deixando em hipótese alguma expostas. Identificar 
as caixas de distribuição de energia, fazer manutenção (somente pelos eletricistas 
profissionalmente certificados), evitar as famosas gambiarras (improvisações 
inadequadas) e utilização de benjamins, com a finalidade de aumentar as saídas. 
Providenciar o aterramento de todas as máquinas e equipamentos elétricos 
existentes na empresa. 
 
Conseqüências: 
 
1. Riscos de curto-circuito. 
2. Choque elétrico. 
3. Queimaduras. 
4. Acidentes fatais. 
 
Prevenção: 
 
1. Providenciar curso de primeiros socorros para os eletricistas, com RCP. 
1. Identificar caixas de distribuição de energia. 
2. Identificação de tomadas. 
3. Conduzir fiações aéreas em esteiras adequadas. 
4. Fiações devem estar acondicionadas em eletrodutos e/ou conduites rígidos, etc. 
5. Conduzir-se na plenitude pela respectiva norma e procedimentos da Associação Brasileiras 
de Normas Técnicas e também observar na íntegra a NR – 10. 
 
PROBABILIDADE DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO 
 
Para gerar fogo, necessitamos de três elementos, combustível, ou seja 
algo que queime, oxigênio e calor. Assim devemos evitar qualquer 
situação que propicie a união desses três elementos, como trabalho de 
solda próximo à inflamáveis, e outras situações de risco que possam gerar 
fogo. 
 
 Exemplos: 
 
1. Equipamento de proteção contra incêndio deficiente, ou 
insuficiente. 
2. Realização de trabalhos em altas temperaturas, próximo a 
inflamáveis. 
 
Prevenção: 
 
1. Curso e formação de Brigada de Emergência e combate a princípios de incêndios. 
2. Providenciar para que sejam instalados adequadamente, conforme normas do Corpo de 
Bombeiros, os equipamentos de combate a incêndio nas dependências da empresa. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 36
3. Implementar Sinalização própria e adequada de alerta a incêndios, como placas de proibido 
fumar, cuidado inflamáveis, etc. 
4. Observar o que consta no contrato da Seguradora com a empresa, quando houver. 
 
ANIMAIS PEÇONHENTOS 
 
Há uma maior probabilidade de ocorrência deste risco em locais afastados, já 
que falamos da incidência de cobras, lagartos, ratos, aranhas, escorpiões e 
baratas, mas, se não cuidarmos da higiene de nosso local de trabalho, da 
mesma forma, estaremos sujeitos à eles. Por exemplo, existindo restos de 
comida pelo chão, ou no local de trabalho, quanto a esse detalhe, vale aqui 
enfatizar que esse tipo de atitude é proibida, sendo permitidas refeições 
somente em refeitórios, ou local devidamente apropriado para tal. 
 
 Exemplos: 
 
1. Trabalhos em lugares afastados. 
2. Em esgotos e galerias. 
3. Corte da cana de açúcar, etc. 
 
Conseqüências: 
 
1. Contaminação. 
2. Doenças. 
3. Picadas.4. Gangrena. 
5. Morte. 
 
Prevenção: 
 
1. Higienização. 
2. Desinsetização e Desratização. 
3. Dedetização. 
4. Utilização de EPI (botas, luvas e outros) adequados a operação. 
5. Observar procedimentos destes trabalhos técnicos, bem como, quais antídotos deverão ser 
aplicados, em casos de contaminação com produtos utilizados, e responsabilidades 
assumidas e assinadas devidamente em contrato. 
 
MAPA DE RISCOS 
 
O Mapa de Riscos é a representação gráfica dos riscos existentes no 
local de trabalho, por meio de círculos de diferentes cores. 
 
Está baseado nos conceitos de quem faz o trabalho. As informações 
devem ter a participação dos trabalhadores. Seu conteúdo deve ser 
informado aos demais trabalhadores da empresa. Foi implantado 
pela Portaria Nº. 05/92 do Ministério do Trabalho, alterada pela 
Portaria Nº. 25 de 29/12/94, sendo obrigatório nas empresas. 
 
Seu objetivo é incentivar os trabalhadores a reconhecerem os riscos existentes em seus ambientes 
de trabalho, bem como envolvê-los numa campanha de cumprir as normas de segurança. 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 37
 
 
 
 
 
 
 
Etapas do Mapa de Riscos. 
 
 O Mapa de Riscos é constituído de três etapas : 
 
• Elaboração. 
• Execução. 
• Acompanhamento. 
Elaboração – Planejamento e Levantamento de Dados. 
 
1. Definir o objetivo do trabalho - levantamento dos riscos ambientais. 
2. De que forma realizar – observação das áreas, realizando entrevistas “O que te incomoda e 
quanto?” 
3. Dividir o trabalho em grupos – considerar Nº. de cipeiros e setores da empresa. 
4. Definir ferramentas de trabalho – questionário. 
5. Definir os prazos para o levantamento – definir datas de realização do trabalho e comunicar 
as áreas. 
6. Marcar reunião dos cipeiros – discussão sobre as informações obtidas. 
7. Definir possíveis soluções – participação de todos os cipeiros. 
8. Encaminhamento de relatório para a Diretoria – aguardar aprovação. 
 
Execução – transformar os dados obtidos em informações: 
 
• Solicitar a planta baixa da empresa. 
• Classificar os riscos ambientais. 
• Representar graficamente os riscos ambientais. 
• Afixar o mapa em local de fácil visualização. 
 
Acompanhamento 
 
Atendidas as etapas anteriores, precisamos verificar periodicamente a situação dos riscos 
mapeados, pois, as informações contidas no mapa de risco são dinâmicas. A periodicidade do 
acompanhamento será decidida pelo grupo. 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
 
Os equipamentos de proteção dividem-se quanto a sua aplicação em EPC 
– Equipamento de Proteção Coletiva e EPI – Equipamento de Proteção 
Individual, mas seu objetivo principal é comum: proteger a integridade 
física do trabalhador. 
 
EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva : São dispositivos, 
equipamentos e providências adotadas com o objetivo de prevenir 
acidentes e preservar a saúde de um grupo. Esta é a principal diferença conceitual de um EPI e um 
EPC, como verificaremos a seguir. 
Risco Risco Risco Risco Risco 
Físico Químico Biológico Ergonômico Acidentes 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 38
 Exemplos: 
 
1. Corrimão de escadas. 
2. Ventiladores. 
3. Exaustores. 
4. Hidrantes. 
5. Extintores. 
6. Proteção de máquinas. 
7. Enclausuramento de máquinas ruidosas, etc. 
 
EPI – Equipamento de Proteção Individual : São dispositivos, equipamentos 
de uso individual com o objetivo de prevenir acidentes e preservar a saúde 
de um único indivíduo por vez. 
 
Temos que ressaltar que para cada atividade e de acordo com o risco a que 
está exposto o trabalhador será indicado um tipo de EPI adequado ao risco 
presente, assim chegamos à conclusão que se é necessário que o funcionário 
use o EPI, é porque técnicos e pessoas especializadas, já verificaram esta necessidade e o uso deve 
ser inquestionável. 
 
É de extrema importância a consciência por parte do empregador da necessidade do fornecimento 
do EPI e cobrar do empregado o seu uso. 
 
Responsabilidades quanto ao EPI 
 
CABE AO EMPREGADOR 
 
1. Adquirir o adequado ao risco de cada atividade. 
2. Exigir seu uso. 
3. Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. 
4. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e 
conservação. 
5. Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado. 
6. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. 
7. Comunicar ao M.T.E. qualquer irregularidade 
 
CABE AO EMPREGADO 
 
1. Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina. 
2. Responsabilizar-se pela guarda e conservação. 
3. Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio 
para uso. 
4. Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
 
CABE AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO 
 
1. Cadastrar o fabricante ou importador de EPI. 
2. Receber e colocar em testes o EPI, para confirmar ou não a aprovação, ou renovação 
conforme o caso, do C.A.. 
3. Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI. 
4. Emitir ou renovar o C.A. e o cadastro de registro de fabricante CRF, ou cadastro e registro de 
importador CI. 
5. Fiscalizar a qualidade do EPI. 
6. Suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora quando assim convier. 
7. Cancelar o C.A., CRF, CI, quando constatar irregularidades técnicas que ponham em risco a 
integridade física e saúde do trabalhador. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 39
TIPOS DE EPI’s 
 
 
Proteção para a cabeça Proteção dos Olhos e da face 
 
 
 
 
 
 
 
 Proteção Auditiva Proteção Respiratória 
 
 
 
 
 
 
 
 Proteção de tronco Proteção de membros superiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Proteção de corpo inteiro Proteção de membros inferiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Proteção em altura 
 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 40
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA 
 
Procedimento técnico no qual se efetua uma verificação física num determinado ambiente de 
trabalho, a fim de serem adotadas medidas técnicas adequadas objetivando prevenir a 
concretização de acidentes do trabalho. 
 
TIPOS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os cipeiros realizarão as inspeções gerais, parciais e eventuais, assim, a periodicidade será definida 
pelo grupo. 
 
Etapas da Inspeção 
 
1. Planejamento – 
 
 Esta etapa é muito importante para que a inspeção de segurança 
tenha um bom resultado. 
 
 Esta etapa da inspeção de segurança é composta por: 
 
a) Entendimento do objetivo do trabalho 
b) Elaboração de um formulário específico para facilitar o trabalho 
c) Divisão do grupo, formação das equipes (Função do Presidente) 
d) Determinação dos setores a serem visitados pelas equipes. 
e) Agendamento das visitas com as áreas a serem inspecionadas 
 
2. Observação - Levantamento de dados na área, através de observação 
detalhada. 
 
a) Observação das situações de risco existentes nas áreas 
b) Anotação dos riscos e locais encontrados 
 
 
 
 
1. Gerais – Realizada em todos os setores. 
 Ex.: Mapa de Riscos. 
2. Parciais – Realizada em setores específicos ou em 
determinadas atividades. 
 Ex.: Área mais crítica. 
3. Rotina – Caracteriza-se pela sua constância na realização. 
 Ex.: Inspeção no EPI. 
4. Periódica – Realizada com um tempo pré-estabelecido. 
 Ex.: Inspeção nos extintores de incêndio. 
5. Eventual – Realizada sem um tempo pré-estabelecido. 
 Ex.: Situação esporádica. 
6. Oficial – Realizada por profissionais qualificados devido seu 
teor técnico. 
Ex.: Medições técnicas como a do ruído, 
iluminamento, e outras, se utilizando de aparelhos e 
equipamentos adequados ao agente mensurado.PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 41
3. Informação – Levantamento de dados, através de questionamentos dos supervisores e 
trabalhadores. 
 
a) Questionar os supervisores sobre os processos de trabalho e possíveis 
melhorias 
b) Questionar os trabalhadores sobre os processos de trabalho e possíveis 
melhorias 
c) Importante: Para obter um resultado satisfatório é necessário a utilzação 
de perguntas abertas aos entrevistados, evitando assim, induzir as 
respostas. Ex: “Fale sobre seu trabalho.” , “Relate sobre suas atividades.”, 
“Como realiza suas atividades?” 
 
4. Registro – Anotação de tudo que foi observado. 
 
 Nesta etapa os CIPEIROS se reunirão para: 
 
a) Juntar os dados obtidos. 
b) Elaborar as medidas preventivas 
 
Importante: As melhores medidas preventivas são as mais eficazes e econômicas 
 
5. Encaminhamento – Elaboração de relatório para Diretoria, através do Presidente da 
CIPA. 
 
 Para que o objetivo prevencionista seja atingido é necessário que o relatório seja: 
 
a) Consistente 
b) Coerente 
c) Conciso 
d) Pleno de argumentos 
 
6. Implantação – Execução do projeto solicitado até o funcionamento. 
 
Apesar da CIPA identificar os riscos e dar solução para os mesmos, a realização das 
tarefas serão delegadas para pessoas com competência para tal, mesmo porque alguns 
serviços necessitam de pessoas especializadas para sua execução. 
 
7. Acompanhamento – acompanhamento da implementação das soluções propostas. 
 
Após a implantação da medida preventiva o CIPEIRO acompanhará o andamento das 
mudanças propostas com o objetivo de verificar se a medida gerou novo risco. 
 
Em caso, positivo, será necessário a reavaliação da medida preventiva e a elaboração de 
uma nova medida que não gere tal risco. 
 
Em caso negativo, o trabalho está concluído. 
 
O objetivo do cipeiro é identificar situações que fogem ao padrão de segurança, propor soluções, 
sempre com muita responsabilidade e flexibilidade e acompanhar a implementação do projeto. Uma 
medida somente será considerada 100 % eficiente, caso não gere novos riscos aos colaboradores. 
 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 42
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES 
 
Temos por objetivo previnir os acidentes, mas, eventualmente estes 
podem ocorrer, assim, a CIPA deve ser imediatamente avisada e 
apresentar-se no local com a finalidade de identificar as causas do 
acidente ocorrido e elaborar medidas corretivas que visem evitar sua 
reincidência. 
 
Deve ser realizada pela CIPA em conjunto com o SESMT. 
 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO CIPEIRO NA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTE 
 
• Ser observador. 
• Saber ouvir. 
• Ser imparcial. 
• Ter foco. 
• Não tentar encontrar culpados. 
• Objetivar encontrar a causa do acidente. 
• Comprometimento. 
• Iniciativa. 
• Pró-atividade. 
 
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES 
 
PLANEJAMENTO 
 
• Determinar quem acompanhará a investigação (Presidente define). 
• Determinar pessoas que não sejam intimamente ligadas ao acidentado. 
• Elaborar formulário para registro dos fatos. 
 
 LEVANTAMENTO DE DADOS 
 
• Presença da CIPA no local do acidente. 
• Observação detalhada do local ( Máquinas, equipamentos, 
ferramentas utilizadas, uso de EPI, riscos ambientais 
existentes, sinalização, uso de álcool e drogas, 
treinamento para a função, etc.). 
• Questionamento com supervisores, colegas de trabalho, 
médico que atendeu a ocorrência, acidentado 
(preferencialmente no dia seguinte ao ocorrido). 
 
 DIAGNÓSTICO DA OCORRÊNCIA 
 
• Apresentar para o grupo os dados levantados. 
• Verificação crítica das causas levantadas. 
• Determinação de real causa para o acidente. 
• Registro da ocorrência em formulário próprio. 
 
 ELABORAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
• Determinada a(s) causa(s), elaborar soluções. 
• Melhor solução é aquela que não gera novos riscos. 
• Elaboração de relatório para a Diretoria. 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 43
ACOMPANHAMENTO 
 
• Acompanhamento da implementação da medida preventiva. 
• Trabalho somente termina se verificado que não existe novo risco gerado. 
• Se for verificado que a medida não foi eficiente, volta-se a etapa inicial de observação. 
Importante : Objetivo da Investigação e Análise de Acidentes é encontrar as causas do acidente, 
visando elaborar medidas e não encontrar culpados. 
 
SIPAT 
 
Uma das responsabilidades do cipeiro é a organização e realização da SIPAT – Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho, uma semana de atividades dedicada a Segurança do 
Trabalho, que deve ser realizada ao menos 1 vez por ano. 
 
Ela é realizada como forma de levar a informação e conscientizar os colaboradores dos riscos 
existentes no seu trabalho e as várias maneiras de proteger-se. 
 
Apesar de não haver uma definição legal quanto às atividades a serem desenvolvidas na SIPAT, a 
forma mais comum de realizá-la é através de palestras sobre Segurança do Trabalho. Seguem 
algumas sugestões de temas a serem apresentados: 
 
• Prevenção de Acidentes; 
• Ergonomia e Postura; 
• Prevenção e Combate a Incêndios; 
• Uso de EPIs; 
• Acidentes Domésticos; 
• Meio Ambiente; 
• Gerenciamento de Stress; 
• Qualidade de Vida; 
• Tabagismo; 
• Uso de Álcool e Drogas; 
• Direção Defensiva; 
• AIDS / DST; 
• Entre outros. 
 
Vale ressaltar que o único tema obrigatório para constar na SIPAT, é AIDS/DST. 
 
AIDS – SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA. 
 
A AIDS, do inglês, Acquired Immunodeficiency Syndrome, ou Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida - SIDA é uma doença do sistema imunológico causada 
pelo retro-vírus HIV, do inglês, Human Immunodeficiency Virus. A AIDS vem se 
disseminando rapidamente pelo mundo desde 1981. 
 
A AIDS é uma doença recente, sendo reconhecida apenas em 1981, embora exista 
evidencias de mortes por AIDS cerca de trinta anos antes. A origem do vírus é ainda 
desconhecida, sendo uma das hipóteses a de que teria surgido na África Central, como resultado de 
uma mutação, de um vírus identificado no macaco. Em 1984, cientistas americanos e franceses 
isolaram, de células de pacientes com AIDS, o vírus HIV, que passou a ser considerado o causador 
da doença. 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 44
Tratamento da AIDS 
 
Apesar de ser uma doença que ainda não tem cura, existe tratamento eficiente 
e que controla a doença. Pessoas portadoras do vírus HIV devem procurar 
ajuda médica, tentar conhecer a doença e jamais perder a esperança, afinal, de 
1981 até hoje, já se passaram muitos anos, estamos num novo milênio e a 
medicina evolui a cada dia. 
 
Como saber se é portador(a) da doença? 
 
Uma pessoa pode saber se é ou não portadora do vírus da AIDS por meio de 
exames que detectam a presença de anticorpos contra o vírus, ou que detectam a 
presença do próprio vírus. Ser portador do vírus não significa que a pessoa 
desenvolverá necessariamente a doença. O vírus permanece inativo por um tempo 
variável, no interior das células T infectadas, e pode demorar até 10 anos para 
desencadear a moléstia. 
 
AIDS e sociedade 
 
Muitas pessoas que vivem com HIV/AIDS sentem-se agredidas por mensagens na televisão, 
revistas, campanhas. Alertamos que o papel da sociedade em geral, é estar atenta aos riscos e, 
principalmente, bem informada sobre os meios de prevenção da doença. 
Nunca rejeitar o convívio (íntimo e até social) com os doentes de AIDS. 
 
Não podemos, também, abordar única e exclusivamente a responsabilidade do homem no uso da 
camisinha. As mulheres não devem ser tratadas como uma população incapaz de adotar medidas 
de sexo seguro. Não se pode ignorar a capacidade, a autonomia e o direito das mulheres de 
negociar o uso da camisinha com o parceiro ou de elas mesmas usarem o preservativo feminino, já 
disponível na rede pública de saúde. 
 
Transmissão da doença 
 
TRASMITE NÃO TRANSMITE 
 
SEXO VAGINAL SEM CAMISINHA SALIVA 
SEXO ANAL SEM CAMISINHA BEIJO NO ROSTO 
SEXO ORAL SEM CAMISINHA BEIJO NA BOCAUSO DE SERINGAS COLETIVAS APERTO DE MÃO 
AMAMENTAÇÃO TALHERES 
TRANSFUSÃO DE SANGUE ASSENTO SANITÁRIO 
 ASSENTOS GERAIS 
 MANICURE 
 DENTISTA 
 ABRAÇO 
 CARINHO 
 
A AIDS é transmitida através do contato sexual, da transfusão de sangue 
contaminado, da mãe para o bebe durante a gravidez ou na amamentação e 
ainda pela reutilização de seringas e agulhas entre os usuários de drogas 
injetáveis. Como não há cura para a doença, seu combate deve ser feito 
através de medidas preventivas, tais como o uso de preservativos 
(camisinhas), o controle de qualidade do sangue usado em transfusões e o 
emprego de seringas e agulhas descartáveis. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 45
ESTATÍSTICAS DA AIDS 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas contaminadas com o vírus da 
AIDS ultrapassou, em 1996, a marca de 20 milhões. 
Na 11ª Conferência Internacional sobre a AIDS (em Vancouver no Canadá - 1996), os cientistas 
apresentaram uma nova descoberta que trás esperanças para os doentes: uma mistura conhecida 
como "coquetel de drogas" que diminui em 100 vezes o ritmo de reprodução do vírus, de modo a 
bloquear as etapas iniciais do ciclo reprodutivo do vírus nas células humanas. As drogas atuariam 
bloqueando a ação de duas enzimas responsáveis pela multiplicação do vírus: a transcriptase 
reversa e a protease. 
O banco mundial estima que a AIDS venha a custar, até o ano 2000, 1,4% do PIB mundial. 
Hoje, no Brasil, os heterossexuais representam 38% dos que pegaram através de relação sexual. 
Segundo os últimos dados do ministério, de março de 1998, 6800 brasileiros contraíram AIDS. 
Desses, cerca de 50% pegaram a doença durante a relação sexual. Nesse grupo, os heterossexuais 
representavam 6% em 1988 e agora já são 38%. Os jovens precisam sensibilizar-se dos casos de 
AIDS notificados neste ano, 70% estão na faixa de 25 a 44 anos e 13% na faixa de 15 e 24 anos. 
Mais do que nunca a pessoa precisa de amor e carinho. 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde – O M S 
 
“SAÚDE É UM ESTADO DE COMPLETO BEM ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL E NÃO 
APENAS AUSÊNCIA DE ENFERMIDADES” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 46
NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO 
 
Proteção Contra Incêndio: - Legislação: Decreto Lei nº.46.076 - Corpo de Bombeiros. 
 
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 
 
PREVENÇÃO: conjuntos de normas e ações que visam impedir o aparecimento do incêndio, ou se 
o sinistro ocorrer, que seja extinguido em seu início. 
 
EXTINÇÃO: é a eliminação do fogo utilizando os meios técnicos. 
 
O TETRAEDRO DO FOGO 
A reação química de COMBUSTÃO é 
representada por um triângulo eqüilátero (aquele 
que tem três lados iguais), que é chamado de " 
O TRIÂNGULO DO FOGO". 
Cada lado do triângulo do fogo representa um 
elemento indispensável para que haja a 
combustão. 
Atualmente existe um quarto elemento na 
combustão, trata-se da “REAÇÃO EM CADEIA” 
que passou a integrar o “TETRAEDRO DO 
FOGO”. 
Mas lembre-se que o triângulo é apenas uma figura didática que é usada para facilitar a 
compreensão do fenômeno. O importante é não se esquecer que o fogo é resultado de uma 
REAÇÃO QUÍMICA entre combustível e o oxigênio com a participação do calor. 
 
COMBUSTÍVEL SÓLIDO 
O combustível sólido queima em sua superfície e em sua 
profundidade, ou seja, a queima acontece por fora e por 
dentro do material. Quando todo o combustível for 
consumido restarão resíduos. 
 
 
 
COMBUSTÍVEL LÍQUIDO 
No combustível líquido a combustão só acontece na superfície. Assim, 
se colocarmos fogo num copo contendo álcool ou outro líquido 
combustível qualquer, o fogo irá consumindo o líquido de cima para 
baixo até que o combustível se acabe. Dentro do copo não sobrará 
nenhum resíduo. 
 
O líquido inflamável que se encontrar suspenso no ar, em finíssimas gotículas, na forma de névoa, 
também está sujeito a entrar em combustão ao simples contato com uma fagulha e também de 
maneira explosiva. 
 
OXIGÊNIO: O Oxigênio é o gás COMBURENTE que dá vida a chama. Com maior quantidade de 
oxigênio a combustão também será maior, havendo o consumo mais rápido do combustível e as 
chamas serão mais vivas. 
Para nosso estudo consideraremos apenas a seguinte composição do ar. 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 47
 
Nitrogênio 
Oxigênio 
Outros Gases 
78,00 % 
21,00 % 
 1,00 % 
Estudos demonstram que o Nitrogênio não participa da 
combustão e que o oxigênio é o gás que reage 
quimicamente com o gás emanado do combustível. 
 
CALOR - Maneiras com a qual se adquire o calor: 
 
 
O calor é responsável pela produção 
de vapores inflamáveis nos corpos 
combustíveis. A elevação da 
temperatura é responsável pela 
produção dos vapores inflamáveis e 
varia de um combustível para outro. 
 
- Atrito; 
 
- Reação química; 
 
- Energia elétrica; 
 
- Radioatividade. 
 
TRANSMISSÃO DE CALOR: 
 
IRRADIAÇÃO: É a transmissão do calor 
por meio de ondas. Todo corpo quente 
emite radiações que vão atingir os corpos 
frios. O calor do sol é transmitido por esse 
processo. São radiações de calor que as 
pessoas sentem quando se aproximam de 
um forno quente. Ondas caloríficas que se 
transmitem através do espaço. 
 
 
 
CONDUÇÃO: A propagação do calor é feita de molécula para 
molécula do corpo. A taxa de condução do calor vai depender 
basicamente da condutibilidade térmica do material, bem como de 
sua superfície e espessura. É importante destacar a necessidade 
da existência de um meio físico para que o calor possa ser 
conduzido através dos materiais ou de um ambiente para o outro. 
 
 
 
 
CONVECÇÃO: É uma forma característica dos fluídos. Pelo 
aquecimento, as moléculas expandem-se e tendem a elevar-se, 
criando correntes ascendentes a essas moléculas e correntes 
descendentes às moléculas mais frias. É um fenômeno bastante 
comum em edifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços 
de elevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andares 
superiores. Este fenômeno pode ocorrer tanto no plano vertical 
como no plano horizontal. 
 
 
 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 48
EXTINÇÃO DO FOGO 
O fogo se extinguirá quando são retirados um dos seus elementos essenciais. 
 
Corte do fornecimento do combustível - RETIRADA DO MATERIAL. 
Ex. Corte do gás do fogão. 
Nota: É o método mais simples, exigindo força física, onde não precisamos de aparelhos 
especializados. 
 
Corte do fornecimento do O2 (oxigênio) - ABAFAMENTO. 
Ex: Tampar um recipiente em chamas. 
Nota: É um dos métodos mais difíceis; necessita de aparelhos e produtos específicos, bem 
como aumenta-se a dificuldade em ambientes abertos. 
 
Corte no fornecimento de calor: - RESFRIAMENTO. 
Ex: jogar água em uma fogueira. 
Nota: É o método de extinção mais empregado. Consiste em roubar calor mais 
do que ele é produzido na combustão, até que o material combustível perca 
sua capacidade de manter a auto sustentação do incêndio. 
 
 
CAUSAS DE INCÊNDIOS 
 
Causas Humanas: 
O homem tem sido um causador constante de incêndios e explosões pela sua própria ação culposa 
ou dolosa. 
Culposa - Não quer o resultado, mas assume o risco de produzi-lo por imprudência, negligência e 
imperícia. 
Criminosas - dolosas - quer o resultado e assume o risco de produzi-lo: vingança, queima de 
arquivo ou incendiário. 
 
Causas Naturais: 
- raios - terremotos - chuvas – sol – etc... 
 
Causas Acidentais: 
Mesmo que sejam tomadas as devidas precauções para que não ocorram, elas acontecem 
independentes da vontade do homem. 
 
Elétricas:- das causas acidentais, provavelmente seja a de maior incidência: 
- sobrecargas em circuitos; 
- curto circuito; 
- centelhas ao ligar ou desligar uma chave; 
- eletricidade estática. 
Nota: As causas elétricas são responsáveis por 21% de todos os Incêndios ocorridos na Cidade de 
São Paulo. 
 
Mecânicas = - Atrito - gerando calor suficiente para produzir um incêndio. 
 
Químicas = - Muitos materiais reagem quimicamente gerando calor, através de uma reação 
exotérmica.Radioativas = -: Fricção dos átomos - liberação de energia em forma de calor. 
 
 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 49
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS 
 
Sólidos em Geral 
Madeira - Papel – Tecido – Papelão - Espuma 
 
Queima em Superfície e em profundidade. Deixa 
resíduos. 
 
 
MÉTODOS DE EXTINÇÃO: 
RESFRIAMENTO. 
 
 
Líquidos inflamáveis 
Gasolina – Álcool – Graxa – Solventes 
 
Queima somente em superfície. 
Não deixa resíduo. 
 
 
 
MÉTODOS DE EXTINÇÃO: 
ABAFAMENTO 
 
Nota: também os gases inflamáveis estão incluídos nesta classe, mas só se deve apagá-los se for 
possível cortar o fornecimento de combustível. 
Ex: Botijão de gás. 
 
 
Equipamentos Elétricos 
 
Oferece risco de morte na tentativa de extinção. 
 
 
MÉTODOS DE EXTINÇÃO: 
ABAFAMENTO 
 
Nota: Os equipamentos elétricos quando energizados pertencem a esta classe de incêndio. O risco 
maior está na presença da corrente elétrica: motor elétrico, transformador e acumuladores. 
 
 
Metais Pirofóricos 
Magnésio, Alumínio, 
 
Reagem violentamente com a água. 
 
MÉTODOS DE EXTINÇÃO: 
ABAFAMENTO. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 50
APARELHOS EXTINTORES PORTÁTEIS 
 
 INTRODUÇÃO: 
- Aparelhos destinados a combater princípios de incêndio (quando ainda em sua fase inicial). 
- Utilização: Dependerá da classe de incêndio. 
 
EFICÁCIA – dependerá principalmente de: 
- Fácil acesso aos extintores; 
- Sinalização de fácil visualização; 
- Perfeito serviço de manutenção; 
- Conhecimento de técnicas de extinção. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
Etiquetas de identificação, pintadas no local do extintor: 
- Permitem ao usuário saber a que classe de incêndio pertence o extintor e onde deverá ser 
empregado. 
- Constituídas por sistemas de letras e pictogramas; 
- Podem ser impressas ou pintadas com tinta reflexiva. 
 
 
A
B
C
D
 
 
SELO PARA APARELHOS EXTINTORES 
 Criado pela ABNT e lançado pela Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos Contra 
Incêndio e Cilindros de Alta Pressão. Atualmente controlado pelo INMETRO (Instituto Nacional de 
Metrologia), erve para determinar se o equipamento foi certificado, ou seja, se está em 
conformidade com as normas de fabricação e desempenho. 
 
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO 
- Verificação rotineira dos extintores e do local onde estão instalados. 
- Freqüência de verificação varia de acordo com: 
a) Necessidade de cada instalação; 
b) Uso, riscos existentes, condições de trabalho, etc... 
 c) Deverá ter uma etiqueta para anotação das inspeções efetuadas. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 51
 CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES 
 
ÁGUA PRESSURIZADA 
1) Capacidade: 10 a 75 litros (carreta); 
2) Aplicação: incêndios de classe " A "; 
Modo de usar: 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- colocar-se à distância segura; 
- retirar o pino de segurança; 
- empunhar a mangueira, acionar o gatilho e dirigir o jato à base do fogo (observar sempre a 
direção do vento); 
ÁGUA PRESSÃO INJETADA: 
Capacidade: 10 litros; 
Aplicação: incêndios de classe " A "; 
Modo de usar: 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- colocar-se à distância segura; 
- abrir a válvula da ampola; 
- empunhar a mangueira, 
- acionar o gatilho 
- dirigir o jato à base do fogo (observar sempre a direção do vento); 
 
ESPUMA MECÂNICA 
Capacidade: 10 litros; 
Aplicação: incêndios de classe " A " e " B "; 
 
Tipos: Pressurizados e Pressão Injetada. 
 
Modo de usar: (pressurizado) 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- colocar-se à distância segura; 
- abrir a válvula da ampola; 
- empunhar a mangueira, 
- acionar o gatilho 
- dirigir o jato à base do fogo (observar sempre a direção do vento); 
Modo de usar: (pressão injetada) 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- colocar-se à distância segura; 
- abrir o registro de propelente (pressão injetada); 
- puxar o pino de segurança e retirar o esguicho proporcionador do porta esguicho, 
empunhando-o; 
- acionar o gatilho, 
- dirigir o jato à base do fogo (sendo classe "B": anteparo) 
Taxa De Expansão: 1 x 8 - 80 litros de espuma; 
 
PÓ QUÍMICO SECO (PQS) 
Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8, 12, 20 e 50 kg. 
Aplicações: classes " B " e " C "; 
Tipos: pressurizados e pressão injetada; 
Modo de usar: 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- abrir a válvula da ampola; 
- retirar o pino de segurança; 
- pulverizar a área de combustão. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 52
DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) 
Capacidade: 2, 4, 6 kg; 
Aplicação: classes " B " ," C ", 
Carga: CO2 liquefeito sob pressão; 
 
Modo de usar: 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- retirar o pino de segurança; 
- retirar o difusor; 
- segurar na empunhadura, dirigir o jato à base do fogo, movimentando o 
difusor em leque. 
 
COMPOSTOS HALOGENADOS (HALLON) 
Capacidade: 2, 4, 6 kg 
Aplicações: classes “A ”, " B " e " C "; 
Tipos: pressurizados. 
 
Modo de usar: 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- retirar o pino de segurança; 
- pulverizar a área de combustão. 
 
PÓ QUÍMICO ABC (fosfato monoamônico) 
Capacidade: 3, 3 ½”, 4, 4 ½” e 7 kg; 
Aplicações: classes “ A ”, " B " e " C "; 
Tipos: pressurizados. 
 
Modo de usar: 
- levar o extintor ao local do fogo; 
- abrir a válvula da ampola; 
- retirar o pino de segurança; 
- pulverizar a área de combustão. 
 
 
 
 
SELEÇÃO DOS EXTINTORES SEGUNDO O RISCO A PROTEGER 
 
- Os extintores devem ser escolhidos especificamente para o risco, segundo a classificação dos 
incêndios: 
 
CLASSE " A ": 
- Água; 
- Espuma Química (em desuso); 
- Espuma mecânica 
- PQS 
- Halogenados (Halon) 
- Pó ABC. 
 
CLASSE " B ": 
- Espuma Química; (em desuso); 
- Espuma mecânica; 
- CO2; 
- PQS 
- Halogenados (todos) 
- Pó ABC. 
 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 53
CLASSE " C ": 
- CO2; 
- PQS 
- Halogenados 
- Pó ABC. 
 
CLASSE " D ": 
- extintor específico para o metal pirofórico a 
ser protegido: 
Ex: 
a) Sódio, Potássio, Magnésio : cloreto de sódio 
(abafamento); 
b) Magnésio: grafite. 
 
 
 
H I D R A N T E 
 
Os hidrantes são dispositivos existentes em redes hidráulicas, que possibilitam a captação de água 
para emprego nos serviços de bombeiros, principalmente no combate a incêndios. 
 
Elementos que compõe o hidrante: 
- Reservatório - Canalizações - Registro - Junta de União 
- Caixa de mangueira - Esguichos - Chave de mangueira Bomba de Incêndio
 
 
GUARNIÇÃO DE HIDRANTES COM TRÊS BOMBEIROS. 
 
- BOMBEIRO NÚMERO 1: FUNÇÃO: operador da linha de ataque; 
MISSÃO: transporta e acopla o esguicho na mangueira, após o sistema montado, pede água e 
direciona o jato ao foco de incêndio. 
 
- BOMBEIRO NÚMERO 2: FUNÇÃO: armador da linha de ataque; 
MISSÃO: faz o lançamento da mangueira (2 1/2" 1 1/2") e leva uma das extremidades ao 
Bombeiro número 1, após auxilia na operação da linha de ataque. 
 
- BOMBEIRO NÚMERO 3: FUNÇÃO: operador do registro. 
MISSÃO: é responsável pelo abastecimento da linha de mangueira, através da abertura do 
registro; devendo ficar sempre atento em caso de fechamento, se houver muita pressão na rede de 
hidrantes, após aberto o registro deverá auxiliar também na operação da linha de ataque. 
 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 
CORPO DE BOMBEIROS – FONE 193 
Como comunicar um sinistro: 
a) Com a voz pausada. 
b) Dar o nome. 
c) Telefone que está utilizando. 
d) Nome da empresa. 
e) Localidade e ponto de referência. 
f) Quantidade e material que está queimando (se souber). 
g) Aguardar retorno da ligação. 
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 54
h) PRINCÍPÍOS DE INCÊNDIO 
Diz a norma que todo princípio de incêndio (exceto explosão), é perfeitamente debelado nos seus 
primeiros 5 minutos. 
a) Qual o tempo médio gasto no deslocamento até o extintor, retirada do suporte, ida até o 
local do fogo e prepará-lo: 40 segundos. 
 
b) Tempo médio da carga útil dos extintores: 40 segundos 
 
c) Total desde a preparação até a utilização: 80 segundos 
 
Conclusão: 1 minuto e 20 segundos gastos em um total de 300 segundos (5 minutos) que 
a norma preceitua como ideal para debelar um princípio de incêndio.“ LEMBRE-SE: O SINISTRO OCORRE, ONDE A PREVENÇÃO FALHA” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“MANTENHA A SUA SAÚDE E A DE SEUS COLEGAS TRABALHANDO COM SEGURANÇA”

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