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a dimensao ética

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05/11/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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MODULO 7- A DIMENSÃO ÉTICA EM AVALIAÇÃO PSICOLOGICA NA 
PSICOLOGIA:
OBJETIVO
Esse módulo visa trazer uma discussão sobre os embates éticos inerentes à prática
profissional, focalizando particularmente a avaliação psicologica, a questão da quebra do
sigilo profissional e a elaboração de laudos psicológicos.
 INTRODUÇÃO
Segundo Pellini & Sá Leme ( 2011), o processo de avaliação psicológica pode ser
compreendido como um processo técnico-científico em que se colhe dados e informações
com indivíduos ou grupos, por meio de questionários, métodos, instrumentos psicológicos,
entrevistas, entre outros.
Um dos os grandes dilemas profissionais da profissão na atualidade, encontra-se a 
dimensão ética presente na elaboração das avaliações psicológicas nos diversos âmbitos: do
judiciário ao educacional. O ano de 2011 foi eleito como o momento da avaliação psicológica
pelo o Conselho Federal de Psicologia, afirmando que:
A avaliação psicológica é uma prática exclusiva do profissional de Psicologia e
historicamente contribuiu para a inserção profissional nos diferentes contextos de
atuação. Assim, embora sua importância já tenha sido devidamente reconhecida, como
em qualquer outra área de conhecimento, seus avanços são necessários
principalmente quanto à importância da qualidade de seus serviços. Adicionalmente,
pode-se refletir também sobre a garantia dos direitos dos cidadãos e dos cuidados
éticos e técnicos dos profissionais no que tange aos processos de avaliação e aos
documentos deles decorrentes.( CFP, GT Avaliações Psicológicas, 2011)
 
Ambiel e Pacanaro (2011) relatam que o caminho histórico da Avaliação Psicológica no Brasil
foi tumultuado, com um período de entusiasmo inicial, com o uso indiscriminado e
predominante de testes psicológicos.
 Desde 2003, existe um movimento do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em direção a
uma reorganização e regulamentação em âmbito nacional.
Esse movimento crítico se deu, segundo os autores, pela baixa qualidade de formação dos
alunos na questão da avaliação psicológica e pela grande quantidade de cursos de Psicologia
que abriram no Brasil. Uma das saída, segundo eles, tem sido os cursos de Pós Graduação
no assunto e a fundação do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP).
Reppold (2011) ainda complementa sobre o ensino:
 
Neste sentido, é primordial que o ensino da avaliação psicológica, exercício restrito aos
psicólogos, priorize, além de competências técnicas, a vivência de situações práticas
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que envolvam dilemas relacionados à ética, ao respeito à dignidade e aos Direitos
Humanos, à preocupação com o bem-estar do outro e à responsabilidade social. (
REPPOLD, 2011, p. 24) 
Na história normativa, um dos ganhos foi a elaboração da Resolução 02/2003, realizada por
um Grupo de Trabalho afiliado ao Conselho Federal de Psicologia, em 2003, resultando num
Manual Técnico e Ético sobre a elaboração de laudos e avaliações psicológicas. Foi um
marco importante, porque segundo Ambiel e Pacanaro (2011), o CFP criou um documento
com diretrizes claras e objetivas, e assim padronizou o instrumento, constituindo critérios
mínimos de qualidade.
Segundo Pacanaro, Alves, Rabelo, Leme e Ambiel ( 2011, p 31), entre os principais requisitos
de qualidade, encontram-se:
Apresentação da fundamentação teórica do instrumento com especial ênfase na
definição do construto; Apresentação de evidências empíricas de validade e precisao
das interpretações propostas para os escores do teste; Apresentacão de dados
empíricos sobre as propriedades psicométricas dos itens dos instrumentos;Informações
sobre os procedimentos de correção e interpretação dos resultados, comunicando
detalhadamente o procedimento e o sistema de interpretação no que se refere as
normas brasileiras; Apresentação clara dos procedimentos de aplicação e correção, bem
como das condições nas quais o teste deve ser aplicado, para que haja uniformidade
dos procedimentos envolvidos na sua aplicação. (PACANARO, ALVES, RABELO,
LEME E AMBIEL, 2011, p 31)
Ainda no ano de 2003, o CFP propôs uma Comissão Nacional de Avaliação Psicológica,
denominada Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI), que teve como função
analisar as dificuldades que o psicólogo enfrentava no contexto das avaliações psicológicas. 
Atualmente, todos os instrumentos e testes psicológicos passam pela avaliação dessa
comissão. Além disso, o CFP promulgou no ano de 2003, a resolução CFP n. 002/2003,
sobre a produção e a utilização de testes psicológicos.
Segundo Pacanaro, Alves, Rabelo, Leme e Ambiel ( 2011), o uso de testes psicológicos na
atualidade tem sido direcionado a mais um instrumento diagnóstico dentro de um contexto, do
que o único meio como acontecia anteriormente.
Esses cuidados éticos com as avaliações diagnósticas derivam também do momento singular
da profissão em 2003, quando o Conselho Federal de Psicologia e a classe profissional se
mobilizavam para criar um novo Código de Ética do psicólogo. Um contexto favorecido por
um gestão que priorizava a Cultura dos Direitos Humanos e o compromisso social da
Psicologia com a sociedade brasileira em transformação.
Reppold ( 2011) afirma que o processo de avaliação psicológica pode vir a promover os
direitos humanos pelo seu caráter de descrição e interpretação das condutas, viabilizando o
encaminhamento dos sujeitos que possuem demandas psicossociais para tratamentos
adequados e dignos, evitando-se os cuidados inócuos.
A autora ainda indica que o processo de avaliação diagnóstica deveria respeitar e seguir os
mesmos princípios bioéticos das práticas de pesquisa pela Resolucão 466/12. São eles:
autonomia, beneficência, não maleficência e justiça social. Dessa forma, o psicólogo deveria
ponderar entre os ganhos e riscos envolvidos no processo, assim como respeitar o direito à
devolutiva para o sujeito, garantindo que as pessoas sejam informadas sobre o processo
avaliativo e as implicações no diagnóstico e prognóstico. Deve-se ainda dar a devolutiva
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numa linguagem clara, objetiva e compreensível ao sujeito e usar de instrumentos
normatizados e validados para o grupo que será analisado.
Reppold ( 2011, p 24) alerta o fato de que a maioria das queixas éticas denunciadas ao
Conselho Federal de Psicologia refere-se a problemas com o exercício inadequado da
avaliação diagnostica, como o uso de técnicas inapropriadas, falta de orientações e
encaminhamentos adequados, como também, a emissão de documentos sem a devida
fundamentação teórica.
Nesse sentido, faz-se essencial rever o lugar da Avaliação Psicológica na formação do
psicólogo brasileiro, pois conforme Schmidlin ( 2011) relata, é uma prática destacada nas
Diretrizes Curriculares, no artigo 5, sobre os procedimentos para a investigação científica e a
“prática profissional, de forma a garantir tanto o domínio de instrumentos e estratégias de
avaliação e de intervenção quanto a competência para selecioná-los, avaliá-los e adequá-los
a problemas e contextos específicos de investigação e ação profissional” (Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Psicologia, 2004)
Pellini e Sá Leme (2011) concluem sobre a importância do contínuo aprimoramento do
psicólogo:
Enfim, para que um profissional atue de forma ética quanto ao uso de
instrumentos, deve procurar manter contínuo aprimoramento profissional; utilizar,
no contexto profissional, apenas testes psicológicos com parecer favorável, que
se encontram listados no site do SATEPSI; realizar a avaliação psicológica em
condições ambientais adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o sigilo
dasinformações obtidas; guardar os documentos produzidos decorrentes de
Avaliação Psicológica em arquivos seguros e de acesso controlado; proteger a
integridade dos instrumentos, não os comercializando, publicando ou ensinando
aqueles que não são psicólogos. (Pellini e Sá Leme ,2011, p 171) 
É necessário ressaltar também, a importância das resoluções resultantes do processo de
amadurecimento da Psicologia com as novas demandas psicossociais ( tais como a
Resolução 002/2003), nas quais encontram-se explícitos os cuidados com a escolha do
método regulamentado a ser melhor utilizado pelo psicólogo. A atenção ética com o sigilo
profissional e a divulgação dos resultados são pontos importantes que também merecem
destaque.
Na Resolução 007/2003, por exemplo, a avaliação psicológica é definida dentro de um
contexto multideterminado e por isso, ela contribui para a compreensão das subjetividades
existentes no contemporâneo, ao considerar e analisar também os determinantes históricos,
culturais, sociais e seus efeitos na constituição do homem, não somente para descrevê-lo,
mas sobretudo para modificar esses condicionantes até o momento conclusivo dessa etapa
diagnóstica. A avaliação psicológica, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não
definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo, evitando o psicólogo de enunciar
prognósticos conclusivos e fechados.
Surge desse exercício de contextualização, uma possibilidade ética, pois quando o psicólogo
contextualiza critico e reflexivamente o resultado de um processo de avaliação psicológica,
ele está superando o viés adaptativo e eugênico, presente na história da Psicologia Brasileira,
quando:
tem-se constítuido como ferramenta de adequação e ajustamento intimizado,
universal, natural e a-histórico, não se colocando, assim, a questão que se refere
a práticas datadas historicamente, instituindo modelos de ser e de estar no
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mundo segundo padrões de normalidade produzidos como únicos e verdadeiros,
inferiorizando e desqualificando os lugares ocupados pelos chamados
diferentes, anormais, perigosos, desvinculando-os dos seus contextos sócio-
histórico-político-sociais, tornando-os não humanos. A estes seria endereçado
um constante monitoramento, vigilância e tutela. ( BICALHO, 2011, p. 90)
A Resolução 002/2003 confirma, portanto, o principio II do Código de Ética do psicólogo, que
diz do trabalho psicológico como promotor de saúde e que contribuirá para eliminação de
quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
Na Resolução, recusa-se também a segregação, quando afirma que nega sob toda e
qualquer condição, do uso dos instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência
profissional da Psicologia na sustentação de modelos institucionais e ideológicos de
perpetuação da segregação aos diferentes modos de subjetivação.
Outros cuidados éticos-técnicos presentes na Resolução 007/2003 importantes dizem
respeito: ao documento que deve ter uma clareza e rigorosidade na escrita para ser
compreensível ao leitor; ter uma estrutura ordenada e lógica para ser acompanhado; “sempre
que o trabalho exigir, sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de
um projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que provoquem o
sofrimento psíquico”. Ainda, os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se
basear “exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações,
dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como métodos e
técnicas psicológicas para a coleta de dados”.
No Código de Ética da Psicologia, ainda encontra-se outro apontamento importante, no art 2º,
é vedado ao psicólogo: “K) ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus
vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação”.
Com relação à quebra de sigilo profissional em avaliações psicológicas, caso o psicólogo
precise compartilhar informações com equipe multiprofissional, é indicado apenas que
compartilhe aquilo que for essencial para configurar o caso do ponto de vista psicológico, sem
expor informações especificas que possam identificar o sujeito.
Reppold ( 2011) refere-se a importância da avaliação psicológica como prática responsável e 
promotora de uma cultura de direitos humanos, como pode-se vislumbrar:
À luz dessa discussão, pode-se concluir que a prática de avaliação psicológica, quando
realizada de forma responsável e coerente com o contexto social do indivíduo e quando
substanciada com instrumentos validados e normatizados para a população da qual o
indivíduo faz parte, busca garantir atenção aos Direitos Humanos e, portanto, às
diferenças individuais e às necessidades dos indivíduos/grupos. É somente assim,
reconhecendo as diferenças individuais, que pode subsidiar novas práticas e
intervenções que venham ao encontro das demandas que tais diferenças implicam.
(Reppold, 2011, p. 27)
Bicalho (2011) defende uma psicologia comprometida com sua sociedade e seu tempo,
recusando quaisquer práticas diagnósticas excludentes ou descontextualizadas. Esse deverá
ser o desafio da Psicologia e das avaliações psicológicas no século XXI:
Recusamos, aqui, a perspectiva que incompatibiliza Psicologia e política, um tipo
hegemônico de racionalidade que impõe a oposição dicotômica entre teoria e prática,
ciência e ideologia. Habitualmente, intervir como psicólogo pressupõe analisar um
território individual, interiorizado ou, no máximo, circunscrito a relações interpessoais,
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transferindo as produções políticas, sociais e econômicas ao campo de estudos de um
“outro especialista”. Tentar percorrer outros caminhos e recusar esse destino, lançando
mão de uma “caixa de ferramentas” teórico-conceitual, foi (é) o desafio. Recusar o lugar
de “ortopedista social”, com seus saberes prontos em planejamentos metodológicos
assépticos, mesmo sabendo que inúmeras vezes fomos (somos) capturados pelo
enfoque positivista. (BICALHO, 2011, p 92)
BIBLIOGRAFIAS BASICAS:
CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA . Relatório do Ano temático da Avaliação
Psicológica. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível em 
http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-
20112012/ , acesso em novembro 2013.
PELLINI E SÁ LEME. A ética no uso de testes no processo de Avaliação Psicológica. In
AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES E LEME ( orgs). Avaliação Psicológica: Guia de 
consulta para estudantes e profissionais de psicologia. SP: Ed Casa do Psicólogo, 2011.
ROMARO, R. A. Ética na psicologia. São Paulo: Ed. Vozes, 2006.
BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES
 AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES E LEME (orgs). Avaliação Psicológica: Guia de
consulta para estudantes e profissionais de psicologia. SP: Ed Casa do Psicólogo, 2011.
AMBIEL E PACANARO (2011). Da testagem a Avaliação Psicológica: aspectos históricos e
perspectivas futuras. In AMBIEL, RABELO, PACANARO, ALVES E LEME ( orgs). Avaliação
Psicológica: Guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia. SP: Ed
Casa do Psicólogo, 2011.
BICALHO, P. Ética e Direitos Humanos sob o crivo da avaliação psicológica: validade e
fidedignidade em questão IN CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA . Relatório do Ano
temático da Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível
em http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-
20112012/ ,acesso em novembro 2013.
REPPOLD, C. Qualificação da avaliação psicológica: critérios de reconhecimento e validação
a partir dos Direitos Humanos. In CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA. Relatório do Ano
temático da AvaliaçãoPsicológica 2011-2012. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível
em http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-
20112012/ , acesso em novembro 2013.
SCHMIDLIN, S. Avaliação psicológica na formação do profissional da Psicologia, algumas
reflexões. In CONSELHO FEDERAL PSICOLOGIA. Relatório do Ano temático da
Avaliação Psicológica 2011-2012. GT Avaliações Psicológicas, 2011 disponível em 
http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-
20112012/ , acesso em novembro 2013.
 
Uma Reflexão Inquietante: Leia o trecho do pensamento de Ricardo Moretzsohn e reflita,
apesar da avaliação ser um processo objetivo de diagnóstico psicológico, pode-se afirmar que
é um processo conclusivo e fechado ao devir do sujeito?
http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A
http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A
http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A
http://site.cfp.org.br/publicacao/relatorio-do-ano-tematico-da-avaliacao-psicologica-20112012/%C3%8A
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Se os recursos da avaliação são finitos, não devemos nunca desconsiderar o infinito de possibilidades da
expressão das subjetividades que não cabem em nenhuma categoria, a não ser que, a cada encontro com o
sujeito, inventássemos uma nova categoria correspondente a essa novidade que é a expressão de cada
subjetividade e, assim mesmo, ainda deixaríamos de fora do campo da nossa percepção míope a infinita
potencialidade criativa da experiência humana.
(Ricardo Moretzsohn , Relatório Avaliação dos testes psicológicos, 2004 , disponível
<http://www.pol.org.br/satepsi/CD_testes/pdf/relatoriotestes_cap1.pdf>, acesso novembro 2013)
 
Sugestão hipermidiática:
 Conheça melhor a Resolução 007/2003 sobre MANUAL DE ELABORAÇÃO DE
AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS no link externo e disponível em
http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/legislacao.aspx, acesso em novembro/2013. Grife os
trechos que julgar importantes.
 Atividade Prática: Imprima e leia as Resoluções no site do Conselho Federal de Psicologia (
http://www.pol.org.br) que constituem a parte normativa sobre avaliação psicológica, depois
as guarde na pasta de leis e documentos éticos importantes.
Lei no 4.119/62: Agosto/1962: Dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e
regulamenta a profissão de psicólogo.
Resolução CFP n° 012/2000?Dezembro/2000: Institui o Manual para Avaliação Psicológica de
candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores.
Resolução CFP no 018/2000 (revogada pela Resolução CFP no 003/2007)-Dezembro de
2000: Institui a Consolidação das Resoluções do Conselho de Federal de Psicologia.
Resolução CFP n° 025/2001 (revogada pela Resolução CFP n° 002/2003)-
Novembro/2001:Define teste psicológico como método de avaliação privativo do psicólogo e
regulamenta sua elaboração, comercialização e uso.
Resolução CFP n° 30/2001 (revogada pela Resolução CFP n° 017/2002)-
Dezembro/2001:Institui o Manual de Elaboração de Documentos, produzidos pelo psicólogo,
decorrentes de avaliações psicológicas.
 
Resolução CFP n° 001/2002-Abril/2002: Regulamenta a avaliação psicológica em concurso
público e processos seletivos da mesma natureza.
Resolução CFP n° 016/2002-Dezembro/2002: Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na
avaliação psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de
veículos automotores.
Resolução CFP n° 017/2002 (revogada pela Resolução CFP n° 007/2003)-Dezembro/2002:
Institui o Manual de Elaboração de Documentos, produzidos pelo psicólogo, decorrentes de
avaliações psicológicas.
Resolução CFP n° 002/2003- Março/2003: Define e regulamenta o uso, a elaboração e a
comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001.
http://www.pol.org.br/satepsi/CD_testes/pdf/relatoriotestes_cap1.pdf
http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/legislacao.aspx
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Resolução CFP n° 007/2003-Junho/2003:Institui o Manual de Elaboração de Documentos
Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica, e revoga a
Resolução CFP no 17/2002.
Resolução CFP no 03/2007-Fevereiro de 2007: Institui a Consolidação das Resoluções do
Conselho Federal de Psicologia.
Exercício comentado:
Uma psicóloga forense foi designada como perita para efetuar uma avaliação
psicológica de um casal em separação litigiosa, o qual encontrava-se em disputa
pela guarda de sua filha. Quando leu o processo notou que o genitor da criança era
um antigo amigo da época de colégio. Mesmo assim entrou em contato com ele, por
telefone e ambos conversaram bastante tempo sobre aquela época de suas vidas.
Combinaram que não diriam nada a ninguém sobre sua amizade e ela efetuou a
avaliação do casal e da criança. Após alguns encontros, ela foi favorável ao genitor,
elaborando um laudo sugerindo que fosse ele o guardião da filha. Leia os artigos e
parágrafos do novo Código de Ética e assinale aquele que configura a falta ética
desse caso:
 
 a)É dever do psicólogo prestar serviços psicológicos de qualidade utilizando
conhecimentos que façam interface com novas teorias e técnicas de saúde.
b) Ao constatar casos ou suspeitas de maus-tratos o psicólogo deverá
obrigatoriamente comunicar o Conselho Tutelar da respectiva localidade,sem
prejuízo de outras providências legais
 c) É dever do psicólogo assumir responsabilidades somente por atividades para as
quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente
d) É proibido ao psicólogo realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou
apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a
expor pessoas ,grupos ou organizações.
 e) Ser perito ,avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos
pessoais ou profissionais,atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho
a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.
 
Comentários: o aluno deve compreender que na elaboração de uma avaliação
psicológica não deve analisar casos em que tenha algum tipo de vínculo emocional
mais significativo, como é o caso aqui descrito. Dessa forma, deve assinalar o item E
que configura exatamente esse tipo de falta ética.

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