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Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 1 Sistemas Térmicos, Refrigeração e Climatização Prof. Carlos Catunda PARTE - 1/2 Material disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/0B8EmAr8PMBavSlNMaVBlUXo4Rk0?usp=sharing Rev. 02 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 2 1. Definições. 2. Fundamentos ar condicionado. 3. Ciclos e equipamentos de refrigeração. 4. Sistemas e equipamentos de refrigeração. 5. Distribuição e filtragem. 6. Controle do sistema de condicionamento. Ementa Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 3 1. Compreender os princípios de funcionamento de sistemas de refrigeração. Identificar e descrever os componentes e acessórios; Compreender o funcionamento de cada um dos componentes e acessórios; 2. Desenvolver capacidade de selecionar e aplicar esses equipamentos em projetos de instalações. Aprender noções de projeto destes equipamentos. Avaliar o funcionamento e o desempenho de sistemas de refrigeração multi-pressão; Compreender o funcionamento dos sistemas de controle e automação, bem como as estratégias de controle, utilizados nestes sistemas; Conhecer as regras de segurança especiais aplicáveis a estes sistemas com utilização de distintos fluidos refrigerantes; Objetivos Gerais / Objetivos Específicos Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 4 1. Introdução e Aplicações de Sistemas Térmicos para Refrigeração 2. Psicrometria ≡ Introdução ≡ Parâmetros Psicrométricos ≡ Carta ou Diagrama Psicrométrico ≡ Saturação Adiabática e Temperatura de Bulbo Úmido ≡ Transferência de Calor e Massa ≡ Processos Básicos de Condicionamento de Ar 3. Isolamento Térmico / Carga Térmica / Conforto Térmico 4. Ciclos Frigoríficos 5. Compressores/Dispositivos de Expansão / Condensadores / Evaporadores 6. Torres de Resfriamento / Condensadores Evaporativos 7. Ar Condicionado / Calefação 8. Ventilação Sumário Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 5 1. Helio Creder; Instalações de Ar Condicionado – Editora LTC – 6ªed 2. Stoccker, W.F. e Jones, J.W.; Refrigeração e Ar Condicionado – Editora McGraw-Hill – 2aed 3. Costa, Ennio Cruz; Física Aplicada à Construção – Conforto Térmico – Editora Blücher Ltda – 2aed Bibliografia Bibliografia Complementar Van Wylen, Gordon John; Sonntag, Richard Edwin e Bornakke, Claus; Fundamentos da Termodinâmica – Ed.Edgar Blücher Ltda – 8aed Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 6 1. MILLER, Rex; MILLER, Mark R. Ar condicionado e refrigeração. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014 2. SILVA, JESUE GRACILIANO DA. Introdução a tecnologia da refrigeração e da climatização. São Paulo: Artliber, 2004 3. DOSSAT, Roy J. Principles of refrigeration. 4. ed. New Jersey: Prentice- Hall, 1997 4. STOECKER, W. F.; JONES, J. W. Refrigeração e ar condicionado. Tradução José M. Saiz Jabardo. São Paulo: McGraw-Hill, 1985. 5. SILVA, J.G. Introdução à tecnologia da refrigeração e da climatização. São Paulo: Artliber, 2003. 6. WIRZ, DICK. Refrigeração comercial: para técnico de ar condicionado. São Paulo: Cengage, 2011. Bibliografia Complementar Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 7 Objetivos: ≡ Será apresentada neste capítulo uma breve descrição dos principais equipamentos de processos que utilizam conceitos psicrométricos e termodinâmicos para refrigeração, tais como: refrigeradores, umidificadores, compressores, torres de resfriamento, etc. O objetivo é familiarizar o estudante com estes equipamentos e termos. Capítulo 1 – Introdução e Aplicações de Sistemas Térmicos para Refrigeração Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 8 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 9 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 10 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 11 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 12 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 13 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 14 VIDEO Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 15 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 16 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 17 Objetivo: ≡ Apresentar a Carta Psicrométrica e os conceitos relacionados: Lei de Dalton, Pressão Parcial, Composição Atmosférica, Ar Seco, Ar Saturado, Temperatura de Bulbo Seco e Bulbo Úmido, Umidade relativa, Umidade absoluta, Entalpia específica, Volume específico ≡ Apresentar os Processos Psicrométricos de: Aquecimento, Umidificação, Resfriamento com Desumidificação, Mistura de dois fluxos de ar e Insuflamento no ambiente Capítulo 2 - Psicrometria Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 18 ≡ Estudo das misturas de ar e vapor d´água, isto é, o estudo do ar úmido (no limite, estudo de misturas binárias nas quais um dos componentes é um vapor condensável) ≡ Parte da Termodinâmica que estuda a mistura de ar e vapor d’água. Ela se ocupa também do condicionamento de ar para pessoas e processos. A quantidade de vapor de água que contém na atmosfera é de grande importância no condicionamento de ar, já que afeta o conforto humano e determina a qualidade muitos produtos manufaturados. Psicrometria Do grego psychro {on, a} [esfriar, resfriar]; e eos [medir] Os rastros brancos deixados pelas turbinas dos aviões Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 19 ≡ Controle de clima, em especial em condicionamento de ar para conforto térmico; ≡ Condensação em superfícies frias (ex: desumidificação [extração de água do ar]; o orvalho sobre a grama em uma manhã fria, a água sobre a superfície externa de um recipiente, etc); ≡ Aquecimento e Resfriamento do ar ≡ Aquecimento/Resfriamento com Umidificação ou Desumidificação ≡ Resfriamento Evaporativo ≡ Mistura Adiabática de correntes de Ar ≡ Torres de Resfriamento / Condensadores Evaporativos Aplicações da Psicrometria Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 20 O ar atmosférico contêm vários componentes gasosos, bem como vapor d’água e contaminantes (particulados, pólem,etc.) O ar seco existe quando todo o vapor d’água e contaminantes são removidos do ar atmosférico. Ar Atmosférico x Ar Seco x Ar Úmido Nitrogênio 78,08400% Oxigênio 20,94760% Argônio 0,93400% Dióxido de carbono 0,03140% Néon 0,00182% Hélio 0,00052% Metano 0,00015% Dióxido de Enxofre 0 a 0,0001% Hidrogênio 0,00005% Outros (Criptônio, Xenônio, Ozônio, etc) 0,00002% Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 21 O ar úmido é considerado como uma mistura binária (2 componentes) de ar seco e vapor d’água. A quantidade de vapor d´água no ar úmido varia de zero (ar seco) e um máximo que depende da pressão e temperatura da mistura Ar Atmosférico x Ar Seco x Ar Úmido Importante! Saturação – Estado de equilíbrio entre o ar úmido e a fase condensada (líquida ou sólida) Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 22 A análise dos componentes de uma mistura gasosa pode ser definida pela fração mássica ou pela fração molar de cada componente. Segue abaixo as respectivas frações mássicas e molares para o Ar Atmosférico Padrão. É importante salientar que a composição do ar varia com a altitude, com o número de poluentes e com outras variáveis de uma localidade. Ar Atmosférico x Ar Seco x Ar Úmido Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 23 No modelo de Dalton, as propriedades de cada componente são determinadas a partir da hipótese de que cada um dos componentes ocupa todo o volume na temperatura da mistura. O modelo da mistura de gases perfeitos observada por John Dalton estabelece que... Modelo de Dalton “ A pressão total da mistura, P, é igual a soma das pressões Pi, que cada gás exerceria se ocupasse isoladamente o volume do reservatório, V, que contém a mistura e estivesse a temperatura, T da mistura”. Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 24 A massa molecular do ar seco é de 28,9645 sendo a constante do gás para o ar seco de: A massa molecular relativa da água é de 18,01528 sendo a constante do gás para o vapor d’água de: Massas Moleculares Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 25 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 26 Exemplo sobre Temperatura Orvalho Exemplo Manometria Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 27 Pressão Hidrostática nos Gases HipóteseIsotérmica Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 28 Exemplo Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 29 Pressão Hidrostática nos Gases Hipótese com variação linear de temperatura Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 30 Objetivo: ≡ Caracterizar o Estado Termodinâmico do ar úmido Seção 2.2 – Parâmetros Psicrométricos 2. Parâmetros Psicrométricos Sabemos da termodinâmica que o domínio das diferentes fases (sólido, líquido e vapor) de uma dada substância pura pode ser representado num plano pressão temperatura como abaixo... A Linha de Saturação Fase Líquida Fase Sólida Fase Vapor Ponto Triplo Ponto Crítico Pressão Temperatura Em nosso estudo estaremos particularmente interessados com a linha de saturação (vaporização) que delimita as regiões de líquido e vapor 2. Parâmetros Psicrométricos A região a direita dessa linha de saturação diz respeito ao vapor d’água superaquecido, tal qual o mesmo se encontra no ar úmido. A Linha de Saturação Fase Líquida Fase Sólida Fase Vapor Ponto Triplo Ponto Crítico Pressão Temperatura Pressão de Vapor d’água Temperatura AB Processo isobárico de resfriamento do vapor d’água até a saturação 2. Parâmetros Psicrométricos As colocações anteriores são válidas para o vapor d’água (substância pura)! A Linha de Saturação Qual seria o efeito se considerarmos a mistura vapor d’água + ar seco (ar úmido) ??? Resposta: Nenhum! O vapor d’água não é influenciado pela presença do ar →na verdade, uma pequena interação molecular ocorre que pode ser considerada desprezível para fins práticos. Sobre a linha de saturação o ar é dito saturado → qualquer redução adicional de temperatura causa a condensação do vapor d’água presente no ar. 2. Parâmetros Psicrométricos Quando o ar úmido é considerado uma mistura de gases perfeitos independentes (ar seco + vapor d’água), temos: Relações do Gás Perfeito onde, TRnVp aa . secoar o para TRnVp ww .águad' vapor o para águad' vapor do parcial pressãowp secoar do parcial pressãoap mistura da totalvolumeV secoar de moles de númeroan águad' vapor de moles de númerown )kg.mol.KkJ (8314,4 gases dos universal constanteR K absoluta atemperaturT 2. Parâmetros Psicrométricos Por sua vez, para a mistura ar seco + vapor d’água, também deve obedecer a equação do gás perfeito... Relações do Gás Perfeito ou seja, TnRpV . TRnnVpp wawa .. sendo, wa ppp wa nnn Com essas equações, as frações molares de ar seco e vapor d’água podem ser dadas como, p p pp p x a wa a a p p pp p x w wa w w 2. Parâmetros Psicrométricos Uma série de parâmetros psicrométricos é utilizada para a caracterização do estado termodinâmico do ar úmido... • Umidade Absoluta • Umidade Relativa • Grau de Saturação • Volume Específico • Entalpia Específica • Calor Específico a Pressão Constante • Temperatura de Bulbo Seco • Temperatura de Orvalho • Temperatura de Bulbo Úmido 2. Parâmetros Psicrométricos Para uma dada amostra de ar úmido, define a razão entre a massa de vapor d’água (Mw) e a massa de ar seco (Ma), i.e., Umidade Absoluta (humidity ratio), w secoar de águad' vapor de kg kg m m w a w Uma importante simplificação pode ser feita assumindo a mistura de 2 gases perfeitos. Da equação de estado par o gás perfeito e considerando a Lei de Mistura de Dalton, temos... TR VP m a a a TR VP m w w w Substituindo em w, vem ... a w w a P P R R w 2. Parâmetros Psicrométricos Porém, da Equação .... Temos que, Umidade Absoluta (humidity ratio), w Assim vem ... a w w a P P R R w 62198,0 9645,28 01534,18 a w w a M M R R a w P P w 62198,0 Além disso, como a pressão total da mistura (P) é dada pela soma das pressões parciais dos constituintes da mesma (Pa e Pw), temos que ... 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta (humidity ratio), w w w a w PP P P P w 62198,062198,0 Que é a forma mais conhecida e muitas vezes apresentada como a definição da umidade absoluta. Nota: a expressão decorre da hipótese de comportamento ideal que fica comprometida quando a pressão parcial do vapor se aproxima da pressão total da mistura. w w PP P w 62198,0 2. Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta (humidity ratio), w A equação precedente mostra existir uma relação direta entre a umidade absoluta e a pressão parcial do vapor d’água → Com isso, podemos usar indistintamente pw ou w no gráfico da linha de saturação antes apresentado w w PP P w 62198,0 2. Parâmetros Psicrométricos P re s s ã o d e v a p o r d ’á g u a Temperatura Nota: A relação entre as escalas não é linear. U m id a d e A b s o lu ta Razão entre a massa de vapor d’água (mw) e a massa total da amostra de ar úmido, i.e., Umidade Específica (specific humidity), q úmidoar de kg águad' vapor de kg 1 w w mm m q aw w 2. Parâmetros Psicrométricos Razão entre a fração molar do vapor d’água presente na mistura (xw) e a fração molar que o vapor d’água teria se a mistura estivesse saturada na mesma temperatura e pressão (xws) . Umidade Relativa (relative humidity), ptsw w x x ,, Considerando a equação dos gases perfeitos e a definição das frações molares do vapor d’água, temos, Umidade Relativa (relative humidity), 2. Parâmetros Psicrométricos sw w ptsw w P P x x ,,, n n x ww n n x wsws moles de totalnúmero n Razão entre a pressão parcial do vapor d’água na mistura (Pw) e a pressão parcial que o vapor d’água teria (Pws) se a mistura estivesse saturada na mesma temperatura e pressão total da mistura. A umidade relativa varia entre 0 e 1 (0 a 100%). secoar 0 saturado úmidoar 1 Grau de Saturação, 2. Parâmetros Psicrométricos Razão entre umidade absoluta do ar e a umidade absoluta do ar saturado, mantidas temperatura e pressão de mistura constantes. sw w Substituindo as expressões simplificadas da umidade absoluta e da umidade relativa temos, w ws PP PP ws ws PP PP ou → Nota: se a umidade relativa for alta ou a pressão parcial do vapor for baixa face a pressão da mistura, o grau de saturação será aproximadamente o mesmo que o da umidade relativa. Propriedades Específicas 2. Parâmetros Psicrométricos Propriedades específicas são dadas por unidade de massa da substancia de interesse. No psicrometria convenciona-se referenciar tais propriedades a massa de ar seco (e não a massa da mistura). A razão dessa convenção deve-se ao fato de que nos processos com o ar úmido o fluxo de ar seco permanece constante enquanto que vapor d’água pode ser retirado ou adicionado ao ar úmido. Ou seja, o fluxo mássico de ar seco se conserva no processo. Assim, o volume específico, a entalpia específica e o calor esecífico são referenciados a base de ar seco. Volume Específico, v am V v Razão entre o volume ocupado pela mistura e a massa de ar seco presente na mesma. Com a simplificação de gases perfeitos e lembrando que temos, TR VP m a a a aa mR secoar kg 2870,0 3m PP T v v que pode ser modificada usando a expressão de definição da umidade absoluta, resultando em, secoar kg 6078112870,0 3m w, P T v com T em Kelvin e P em kPa. 2. Parâmetros Psicrométricos Volume Específico, v É interessante notar que quanto maior a umidade absoluta maior será o volume específico do ar úmido → ou seja, menor sua densidade. Assim, o ar úmido é mais ―leve‖ que o ar seco o que implica na facilidade com que o ar úmido se dispersa na atmosfera. úmidoar kg 1 3m w v vm 2. Parâmetros Psicrométricos Nota: Se o volume específico da mistura fosse referido a massa de ar úmido (vm), este seria ligeiramente menor que o volume específico referido a massa de ar seco. Com efeito, temos, Portanto, os dois volumesespecíficos diferem pelo fator (1+w) Entalpia (H) e Entalpia Específica (h) wa HHH 2. Parâmetros Psicrométricos A entalpia total da mistura é dada pela contribuição isolada da entalpia do ar seco e do vapor d’água, dada a hipótese do gás perfeito. Assim, A entalpia específica da mistura (h) é obtida dividindo-se a expressão acima pela massa de ar seco, como, a ww a aa a m hm m hm m H h secoar kg kJ whhh wa e, com a definição de umidade absoluta, temos a seguinte expressão final, Calor Específico a pressão constante (Cp) Ckg kJ wCpCpCp wa Oseco ar de Referido a massa de ar seco é dado pela combinação dos calores específicos do ar seco Cpa e do vapor d’água Cpw, como, De forma simplificada, CkgkJCp oa 006,1 Com tais valores e com a definição Cp=dh/dT, obtemos uma expressão simplificada para a entalpia específica do ar úmido, Thw .805,13,2501 Tha .006,1 CkgkJCp oa 805,1 Entalpia de vaporização da água TwTh 805,13,2501.006,1 2. Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Bulbo Seco (TBS) É simplesmente a temperatura da mistura indicada por um termômetro. 2. Parâmetros Psicrométricos h tt p :/ /w w w .f re e im a g e s liv e .c o m /g a lle ri e s /m e d ic a l/ p ic s /t h e rm o m e te r1 7 3 9 .j p g mynasadata.larc.nasa.gov/glossary.php?&word=ALL http://mynasadata.larc.nasa.gov/glossary.php?&word=ALL 2. Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Orvalho (TO) Temperatura correspondente ao ponto de início da condensação do vapor d’água presente no ar úmido quando seu resfriamento ocorre a pressão constante. 1 2 T1 TO Temperatura de orvalho do ar no estado 1 Temperatura Volume Específico h tt p :/ /w e a th e r. s ti v e s -t o w n .i n fo /i m a g e s /d e w .j p g P re s s ã o d e V a p o r d ’á g u a Temperatura 12 T1 TO Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 31 Considere 100m3 de uma mistura ar-vapor d’água a 0,1MPa, 35°C e 70% de umidade relativa. Calcule a umidade absoluta, o ponto de orvalho, a massa de ar e a massa de vapor. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Exemplo 1 Parâmetros Psicrométricos - Climatização Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 32 Exemplo sobre Temperatura Orvalho Exemplo 1 Parâmetros Psicrométricos - Climatização Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 33 Exemplo sobre Temperatura Orvalho Exemplo 1 Parâmetros Psicrométricos - Climatização Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 34 Uma amostra de ar atmosférico, a 100kPa, apresenta temperatura e umidade relativa iguais a 25°C e 75%. Determine a umidade absoluta e o ponto de orvalho dessa mistura. Considere que a mistura é aquecida até que a temperatura atinja 30°C num processo isobárico. Qual é o ponto de orvalho da mistura nesta nova condição? Exemplo sobre Temperatura Orvalho Exemplo 2 Parâmetros Psicrométricos - Climatização Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 35 1. Considere 100 m3 de ar atmosférico a 15°C, 100 kPa e com umidade relativa igual a 40%. Determine a quantidade de água contida neste volume e a umidade absoluta da mistura. Qual é o ponto de orvalho deste sistema? 2. Calcule a quantidade de vapor d’água condensada se a mistura do exemplo anterior for resfriada a 5°C em um processo a pressão constante. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) . Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 36 Considere 100 m3 de ar atmosférico a 15°C, 100 kPa e com umidade relativa igual a 40%. Determine a quantidade de água contida neste volume e a umidade absoluta da mistura. Qual é o ponto de orvalho deste sistema? Exemplo sobre Temperatura Orvalho Estudo Dirigido 1 Parâmetros Psicrométricos - Climatização Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 37 Calcule a quantidade de vapor d’água condensada se a mistura do exemplo anterior for resfriada a 1°C em um processo a pressão constante. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Estudo Dirigido 2 Parâmetros Psicrométricos - Climatização 108,6 (0,0043‐0,004151)= 0,016kg 0,663kPa 100 – 0,663kPa 99,337 0,004151 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 38 Objetivo: ≡ Apresentar o conceito da carta Psicrométrica ≡ Utilizar a carta Psicrométrica para resolução de problemas de processos termodinâmicos Seção 2.3 – A Carta ou Diagrama Psicrométrico 3. A Carta Psicrométrica Uma carta psicrométrica reúne graficamente as propriedades termodinâmicas até aqui apresentadas. Na carta psicrométrica temos representadas uma série de linhas, cada qual representando valores constantes para: 1) Obtenção de propriedades do ar úmido, e; 2) Análise de processos. Basicamente, a carta psicrométrica é útil em duas circunstancias: • Umidade Absoluta • Umidade Relativa • Volume Específico • Entalpia Específica • Temperatura de Bulbo Seco • Temperatura de Bulbo Úmido 3. A Carta Psicrométrica U m id a d e A b s o lu ta Temperatura Temperatura de bulbo seco U m id a d e A b s o lu ta Temperatura Umidade Absoluta U m id a d e A b s o lu ta Temperatura Umidade Relativa U m id a d e A b s o lu ta Temperatura Entalpia U m id a d e A b s o lu ta Temperatura Temperatura de Bulbo Úmido U m id a d e A b s o lu ta Temperatura Volume Específico 3. A Carta Psicrométrica U m id a d e A b s o lu ta k g /k g Temperatura Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 39 Umidade Absoluta Unidades Métricas SI Pressão Atmosférica Padrão (Patm = 101.325kPa) Nível do Mar A Carta Psicrométrica Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 40 Unidades Métricas SI Pressão Atmosférica Padrão (Patm = 101.325kPa) Nível do Mar A Carta Psicrométrica 3. A Carta Psicrométrica h tt p :/ /w w w .a rc h .h k u .h k /~ c m h u i/ te a c h /6 5 1 5 6 -7 e .h tm 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 1 Determinar a umidade absoluta do ar com umidade relativa de 60 % e temperatura de 30 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com UR = 60% e TBS= 40 oC ... TBS=30 oC UR = 60% W = 0,017 kg/kg 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 1 Determinar a umidade absoluta do ar com umidade relativa de 60 % e temperatura de 30 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução B) Usando a Equação, w w PP P w 62198,0 e com a definição de umidade relativa sww sw w ptsw w PP P P x x , ,,, Da tabela de vapor d’água, Pw,s = Psat (30 oC)=4,246 kPa, logo, kPa 2,548246,46,0, sww PP Assim, kgkg 0,0160 548,2325,101 548,2 62198,0 w 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 2 Determinar a umidade absoluta do ar com entalpia de 61 kJ/kg e temperatura de 40 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com h=61 kJ/kg e TBS= 40 oC ... TBS=40 oC W = 0,008 kg/kg h = 61 kJ/kg 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 2 Determinar a umidade absoluta do ar com entalpia de 61 kJ/kg e temperatura de 40 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução B) Com a equação, TwTh 805,13,2501.006,1 temos, T Th w 805,13,2501 .006,1 kgw kg 0,008 40805,13,2501 40.006,161 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 3 Qual o volume específico do ar úmido com umidade relativa de 20% e temperatura de 24 oC, numa pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com UR=20% e TBS= 24 oC ... TBS=24 oC v = 0,85 m3/kg UR = 20% 3. A Carta Psicrométrica Exemplo 4 Determine as temperaturas de orvalho e bulbo úmido do ar na temperatura de 30 oC, UR de 40 % e pressão de 101,325 kPa. Solução A) Na carta psicrométrica, com UR = 40% e TBS= 30 oC ... TBS=30 oC UR = 40% To = 15 oC TBU = 21 oC Exemplo 5 A umidade relativa e a temperatura do ar em um ambiente são de 60 % e 40 oC respect. Se a pressão é normal (101,325 kPa) calcule a umidade absoluta do ar e o grau de saturação. %17,585817,0 430,4325,101 384,7325,101 60,0 w ws PP PP A pressão parcial do vapor d’água saturado Pws à temperaturade 40 oC vale 7,384 kPa (Tabela) A umidade absoluta (w) é calculada por, secoar kg vaporkg 0284,0 430,4325,101 430,4 62198,062198,0 w w PP P w kPakPaPP wsw 430,4 384,76,0 O grau de saturação é dado por, 3. A Carta Psicrométrica Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 41 Objetivo: ≡ Apresentar o conceito de saturação adiabática e temperatura de bulbo úmido ≡ Exemplificar um saturador adiabático ≡ Apresentar os instrumentos de medição co-relacionando os conceitos Seção 2.4 – Saturação Adiabática e Temperatura de Bulbo Úmido Saturação Adiabática 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido O saturador adiabático é um dispositivo ideal no qual o ar úmido escoa contra uma fina névoa de água, a pressão constante. Isolamento térmico ideal Àgua de Reposição (w2-w1).hl Entrada de ar úmido ambiente Saída de ar saturado Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Termômetro Saturação Adiabática Ao longo do saturador a área de transferência de calor e massa entre o ar úmido e as gotículas de água é tal que, ao sair do saturador o ar encontra-se em equilíbrio termodinâmico com a água, isto é, saturado. Isolamento térmico ideal Àgua de Reposição (w2-w1).hl Entrada de ar úmido ambiente Saída de ar saturado Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Termômetro 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática Um isolamento térmico ideal é considerado de forma que o processo é adiabático (não há troca de calor com o ambiente – todo o calor trocado ocorre apenas entre o ar e a água). Isolamento térmico ideal Àgua de Reposição (w2-w1).hl Entrada de ar úmido ambiente Saída de ar saturado Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Termômetro 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática A parcela de água evaporada para a corrente de ar é reposta de forma a manter a operação em regime permanente. Isolamento térmico ideal Àgua de Reposição (w2-w1).hl Entrada de ar úmido ambiente Saída de ar saturado Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Termômetro 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica Mantida a operação em regime permanente, a temperatura da água lida no termômetro é denominada temperatura de bulbo úmido termodinâmica. Isolamento térmico ideal Àgua de Reposição (w2-w1).hl Entrada de ar úmido ambiente Saída de ar saturado Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Termômetro T* , TWB ou TBU 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Diferentes valores de TBU podem ser obtidos p/ distintos estados do ar na entrada do saturador → Balanço de Energia (1ª Lei da Termodinâmica). Isolamento térmico ideal Àgua de Reposição (w2-w1).hl Entrada de ar úmido ambiente Saída de ar saturado Ar em equilíbrio termodinâmico com a água (Saturação) Termômetro T* , TWB ou TBU 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica Seção 1 → Àgua de Reposição (w2-w1).hl Àgua de Reposição 1waar mmm Seção 2 → 2waar mmm Reposição → 12 wwagua mmm Da 1ª Lei da Termodinâmica, em regime permanente, temos, *22 * 2 * 12111 wwaaáguawwwwaa hmhmhmmhmhm HREPOSIÇÃOH1 H2 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica Como o fluxo mássico de ar seco é constante através do saturador, essa equação pode ser dividida termo a termo por esse valor e, com a definição da umidade absoluta, temos, *22 * 2 * 12111 wwaaáguawwwwaa hmhmhmmhmhm am *2*2*2*1*2111 waáguawa hwhhwwhwh Nesta última equação as entalpias se referem a massa de fluido correspondente, mas podem ser referidas a massa de ar seco, levando a , aw mmw *2*1*21 hhwwh água O asterisco nas equações precedentes lembra que a água de reposição e a corrente de ar que deixa o saturador estão a mesma temperatura T*. 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica É interessante notar que, na equação acima, mantida a pressão constante, as propriedades são apenas função da temperatura T*, já que o vapor d’água está saturado. Isso implica em que T* é função apenas da entalpia h1 e da umidade w1 do fluxo e ar que entra no saturador. * 2 ** 2 , hehw água *2*1*21 hhwwh água Ou seja, a temperatura T* depende tão somente do estado termodinâmico do ar que entra no saturador adiabático que é batizada como Temperatura de Bulbo Úmido Termodinâmica (por vezes denominada temperatura de saturação adiabática). 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica *2*1*21 hhwwh água Nota: Se a água no saturador estiver no estado sólido, ao invés de líquido, a análise permanece válida bastando substituir a entalpia da água líquida hágua pela entalpia da água sólida. 1 2 TBU Curva de Saturação U m id a d e A b s o lu ta Temperatura 1’ Isoentálpica Linha de TBU constante T1 w1 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Saturação Adiabática – Temp. de Bulbo Úmido Termodinâmica O psicrômetro é o instrumento largamente utilizado para a medição das propriedades do ar úmido. Especificamente esse instrumento fornece medidas diretas das temperaturas de bulbo seco e de bulbo úmido. O Psicrômetro e a Temperatura de bulbo úmido Ar aspirado Entrada de Ar Ambiente Reservatório de água Mecha de material higroscópico/capilar TBS TBU 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Abaixo alguns instrumentos comerciais baseados nesse arranjo. TBS TBU 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido O Psicrômetro e a Temperatura de bulbo úmido h tt p :/ /i 4 w e a th e r. n e t/ s ta ti o n h is to ry .h tm l http://www.daviddarling.info/encyclopedia/P/AE_psychrometer.html h tt p :/ /w e b .m a c .c o m /p la n e te n .p a u lt je /I n s tr u m e n te n /P s y c h ro m e te r. h tm l Abaixo alguns instrumentos comerciais baseados nesse arranjo. 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido O Psicrômetro e a Temperatura de bulbo úmido http://apollo.lsc.vsc.edu/classes/met130/notes/chapter4/sling.html h tt p :/ /w w w .a g ro m e te o ro lo g y .o rg /i n d e x .p h p ? id = 3 8 HAIR HYGROTHERMOMETER http://www.sksato.co.jp/english/text/7540-00.html 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido O Psicrômetro e a Temperatura de bulbo úmido ASSMANN TYPE PSYCHROMETER h tt p :/ /w w w .s k s a to .c o .j p /e n g li s h /t e x t/ 7 4 5 0 -0 0 .h tm l h tt p :/ /w w w .a g ro m e te o ro lo g y .o rg /i n d e x .p h p ? id = 3 8 TBS TBU Um processo simultâneo de transferência de calor e massa ocorre em torno da mecha úmida. Parte da água na mecha se evapora causando uma redução da temperatura do bulbo do termômetro de TBU. Água de reposição Uma espécie de equilíbrio termodinâmico se estabelece onde o calor cedido da corrente de ar para a mecha é usado para evaporar a água da mecha. 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido O Psicrômetro e a Temperatura de bulbo úmido Uma vez em regime permanente o termômetro úmido indicará a temperatura de equilíbrio, isto é a temperatura de bulbo úmido TBU. Água de reposição 1 i T* do estado 1 Curva de Saturação U m id a d e A b s o lu ta Temperatura 2 Linha de TBU constante A velocidade da corrente de ar deve ser da ordem de 3 a 5 m/s 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido O Psicrômetro e a Temperatura de bulbo úmido Até que ponto a temperatura medida pelo psicrometro (TBU) é uma boa representação da temperatura de bulbo úmido termodinâmica ?? TBU X Temperatura de bulbo úmidotermodinâmica Temperatura de bulbo úmido termodinâmica → decorre de uma condição de equilíbrio termodinâmico num processo ideal de saturação adiabática → trata-se de uma propriedade termodinâmica do ar. Temperatura de bulbo úmido → resulta de um processo de equilibrio dinâmico de na transferência simultânea de calor e massa dependente de vários fatores, como a velocidade do ar, a geometria do bulbo, etc. A área da mecha é finita e as condições de transferência de calor e massa não são ideais (como no saturador adiabático) → → A temperatura do ar varia de T1 a T2 > Ti (gráfico anterior). Qual a aproximação da temperatura da água na mecha (medida pelo termômetro,TBU) da temperatura de bulbo úmido termodinâmica ?? Qual o erro cometido ?? 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido Carrier (1911) → admitiu não haver diferença. Qual a aproximação da temperatura da água na mecha (medida pelo termômetro,TBU) da temperatura de bulbo úmido termodinâmica ?? Qual o erro cometido ?? Lewis (1922) → agrupou variáveis psicrométricas formando um novo grupo adimensional (Número de Lewis) concluindo que se esse adimensional fosse unitário, a hipótese de Carrier estaria correta. Experimentos posteriores → mostraram que, na maioria das condições normais de uso, é possível considerar que a temperatura da mecha úmida corresponde a temperatura de bulbo úmido termodinâmica → mcorreções são em geral pequenas e podem ser desprezadas. 5. Saturação Adiabática e a Tem. de Bulbo Úmido TBU X Temperatura de bulbo úmido termodinâmica Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 42 Objetivo: Apresentar: ≡ Coeficientes de Transferência de Calor e Massa ≡ A Transferência Simultânea de Calor e Massa ≡ O Potencial de Entalpia ≡ Lei da Linha Reta Seção 2.5 – Transferência de Calor e Massa Coeficientes de Transferência de Calor e Massa 4. A Transferência de Calor e Massa Como sabemos, a Lei do Resfriamento de Newton estabelece a taxa de transferência da calor entre um fluido e uma superfície como, TTAhQ c sup Como bem colocado por Simões Moreira (1999) ―a aparente simplicidade desta equação esconde o problema fundamental da convecção de calor ... a determinação do coeficiente hc que depende de diversos parâmetros‖. Uma análise dimensional das equações que regem a transferência de calor na convecção resulta na definição do número de Nusselt, como, k Lh Nu c . A mesma análise indica ainda existir uma correlação do tipo, Re,PrfNu Coeficientes de Transferência de Calor e Massa 4. A Transferência de Calor e Massa De forma análoga à Lei do Resfriamento de Newton podemos definir a taxa de transferência da massa entre uma parede molhada e um fluxo de ar úmido, como, supAhm mv Como antes, agora o coeficiente de transferência de massa hm a pode ser relacionado a outras grandezas adimensionais, como, D Lh Sh m . Número de Sherwood Re,ScfSh D→ coeficiente de difusão de massa [m2/s] Número de Schimdt D Sc Coeficientes de Transferência de Calor e Massa Para escoamento externo sobre superfície plana nos regimes laminar e turbulento (com início turbulento) podemos escrever, cb PrAReaNuRe,PrfNu onde, as constantes A, a, b e c, dependem da geometria e outras condições de escoamento (ver literatura). De forma análoga, a transferência de massa no escoamento externo sobre superfície úmida plana pode ser representada como, cb ScAReaShScRefSh , Dividindo a equação para Nu pela equação para Sh, após algum re- arranjo, temos, c cc m c Le DPr Sc Cph h 1 11 4. A Transferência de Calor e Massa Coeficientes de Transferência de Calor e Massa Se introduz aqui um novo adimensional – o número de Lewis, Le, definido pela razão entre os números de Schimdt e Prandtl, ou, de forma mais simples, pela razão entre as difusividades térmica e de massa. O valor do número de Lewis para o ar úmido vale aproximadamente 0,865, e aumenta ligeiramente com a temperatura, de forma que, 00,190,086,0 32 Cph h R m c Le c cc m c Le DPr Sc Cph h 1 11 O valor unitário para a relação de Lewis RLe implica, entre outras coisas, que o coef. de transf. de massa pode ser diretamente determinado a partir do conhecimento do coeficiente de transferência de calor. 4. A Transferência de Calor e Massa Exemplo Numérico Um filme de água com temperatura de 27ºC sobre uma superfície plana de 0,5m x 0,5m está exposto a brisa de ar atmosférico com velocidade de 10 m/s, pressão normal, umidade relativa de 60% e temperatura também de 27ºC. Calcule a taxa de evaporação da água para o ar. Como primeira aprox. se adotam as propriedades do ar seco a 27ºC, KmWkPr kgmKkgkJCpsPa .026,0 ; 707,0 161,1 ; .01,1 ; .1085,1 35 Cálculo do número de Reynolds, 5 5 103 1085,1 161,1.5,0.10 VL Re Cálculo do número de Nusselt, 0,324707,0103644,0 31215 Nu Cálculo de hc, KmWL kNu h k Lh Nu c c 285,16 5,0 026,0.0,324.. Usando a relação de Lewis, sendo RLe≈1, temos, sm Cp h h cm 014,0 161,1.1001,1 85,16 3 4. A Transferência de Calor e Massa Exemplo Numérico continuação ... Determinação da densidade do vapor d’água no ar úmido na condição da interface com a superfície úmida “sup” e ao longe da mesma “∞”; secoarvapor o kgkgweCT sup 0227,0%100 27 Então ... kgmw 3supsup 0264,00227,0.161,1. Finalmente, o fluxo evaporativo de massa será dado por, skgmv 32 10038,00156,00264,05,0.014,0 secoarvapor o kgkgweCT sup 0134,0%60 27 kgm30156,0 4. A Transferência de Calor e Massa 4. A Transferência de Calor e Massa A Transferência Simultânea de Calor e Massa A ―manipulação‖ do ar úmido geralmente resulta na adição ou remoção de vapor d’água. Isso é particularmente verdade para torres de resfriamento, condensadores evaporativos, serpentinas de resfriamento e desumidificação, umidificadores, etc. Processos evaporativos e de condensação também são comuns na natureza. 4. A Transferência de Calor e Massa A Transferência Simultânea de Calor e Massa A mudança de fase da água requer o fornecimento ou remoção de calor correspondente à sua entalpia de vaporização. Assim, os processos de transferência de calor e massa devem ser considerados simultaneamente. Água Ar Úmido Tw, ss Tw , Superficie dA SQ vsvs L hmd Q , TQ 4. A Transferência de Calor e Massa A Transferência Simultânea de Calor e Massa Fluxo de calor sensível SQ vsvs L hmd Q , TQ TTdAhQ scS Taxa de transferência de vapor d’água wwdAhm samv Conservação da energia para o v.c. vLVsSTL mdhQQQ Com na equação acima temosvm wwdAhhQ smLVsaL Finalmente, das equações acima, o fluxo de calor total será dado por, dAwwhhTThQQQ smLVsascLST 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia Primeiramente considerando que a entalpia específica de uma mistura pode ser dada pela soma das entalpias individuais; podemos escrever para o ar úmido que, VVsssas whhwhhhh Somando e subtraindo o produto ao segundo membro e ainda admitindo o comportamento de gás perfeito, temos, Vsshw wwhTTCphh sVssus onde o calor específico do ar úmido é vau wCpCpCp Isolando a diferença de temperatura da equação anterior vem, u sVss s Cp wwhhh TT Esta última equação substituída na equação anterior para o calor total permite eliminar desta a temperatura. Temos .... 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia u sVss s Cp wwhhh TT Para esta última considerando que o termo resultante é desprezível em relação a . Assim, somente o primeiro termo entre colchetes é significativo. dAwwhhTThQQQ smLVsascLST VsLeLVsLe s s u c T hRh R ww hh Cp dAh Q LVsVsLeLVsLe hhRhR 1 Lss hww hhs Com isso o fluxo total de calor será dado por, hh Cp dAh Q s u c T 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia - Conclusões A equação anterior é importante pois permite determinar o fluxo de calor total em equipamentos de contato direto entre o ar e a água (torres de resfriamento, etc.). Além disso, já era óbvio que: hh Cp dAh Q s u c T água a paraar do dá se se Ts Qhh ar o para água da dá se se Ts Qhh TTdAhQ scS wwdAhhQ smLVsaL água a paraar do dá se se Ss QTT ar o para água da dá se se Ss QTT água a paraar do dá se se Ls Qww ar o para água da dá se wse Ls Qw Vejamos esses 3 casos → 4. A Transferência de Calor e Massa O Potencial de Entalpia - Conclusões sss wTh ,, aaa wTh ,, sss wTh ,, aaa wTh ,, sss wTh ,, aaa wTh ,, Umidade Absoluta Temperatura sh aw sw ah Umidade Absoluta Temperatura sh aw sw ah Umidade Absoluta Temperatura sh aw sw ah sT aT sT aT sT aT SQ SQ S Q LQ LQ LQ TQ TQ TQ Condensação Evaporação Evaporação Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 43 Importante! Lei da Linha Reta A lei da linha reta estabelece que: ―quando o ar úmido transfere calor e massa de/para uma superfície molhada, o estado do ar tende para a temperatura da superfície úmida (tw) sobre a linha de saturação‖ dA Temperatura tw Água Ar Úmido v, ta 1 2 Linha Reta tw Curva de Saturação U m id a d e A b s o lu ta Temperatura As taxas de transf. de calor e massa se interrelacionam de tal modo que o processo se mostra como uma reta no plano temperatura - umidade absoluta 4. A Transferência de Calor e Massa Lei da Linha Reta Lei da Linha Reta dA Superfície em evaporação Água Ar Úmido A conservação da massa e energia aplicada ao volume de controle abaixo resulta em, am w T h am dww dTT dhh TQ L L md h hma TQ dhhma wma Lmd dwma dwwmmdwm aLa 4. A Transferência de Calor e Massa LLaaT mdhhmdhhmQ LLaT mdhhmQ dwmmd aL Lei da Linha Reta dwhdhmQ LaT Substituindo do balanço de massa, no balanço de energia, vem,Lmd 4. A Transferência de Calor e Massa hh Cp dAh Q s u c T Tínhamos também mostrado que, Igualando, vem, hh Cp dAh dwhdh s u c L Usando a definição do coeficiente de transferência de massa, e considerando que , então, wwdAhm samv dwmmdmd aLv wwh dwm dA sma a Substituindo em re-arranjando vem Lei da Linha Reta 4. A Transferência de Calor e Massa ww hh R dw dh s s Le onde a relação de Lewis (RLe) aparece quando a densidade do ar seco é confundida com a de mistura. Como RLe≈1, a equação acima pode se integrada pelo método de separação de variáveis resultando em, C ww hh s s onde C é uma constante de integração cujo valor pode ser obtido da condição inicial do ar, ou seja, w=w1 para h=h1, de forma que, 1 1 ww hh C s s Igualando, temos, 1 1 ww hh ww hh s s s s (Lei da Linha Reta) Lei da Linha Reta 4. A Transferência de Calor e Massa 1 1 ww hh ww hh s s s s Lei da Linha Reta 1 2 Linha Reta TS Superficie molhada U m id a d e A b s o lu ta Temperatura s 3 T1 Uma sucessão de estados é verificada tal que.... C ww hh ww hh ww hh ww hh ns ns s s s s s s 3 3 2 2 1 1 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 44 Objetivo: ≡ Apresentar os Processos Psicrométricos típicos de: Refrigeração com Desumidificação, Aquecimento com Umidificação, Aquecimento e Resfriamento Sensível, Mistura de fluxos e Climatização Ambiental ≡ Exemplificar e contextualizar os equipamentos aos conceitos apresentados Seção 2.6 – Processos Básicos de Condicionamento de Ar 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Uma série de processo de tratamento do ar de interesse pode ser representado e analisado com o auxilio da carta psicrométrica. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Aquecimento / Resfriamento Sensível A temperatura de bulbo seco (TBS) varia enquanto a umidade absoluta (w) permanece constante. Umidificação / Desumidificação A umidade absoluta varia a TBS constante (processo latente) Resfriamento e Desumidificação Tanto TBS quanto w diminuem (serpentinas de resfriamento) Aquecimento e Umidificação Tanto TBS quanto w aumentam. Desumidificação Quimica A umidade contida no ar é absorvia ou adsorvida por alguma substancia higroscópica (em geral ocorre a tempertura constante). Resfriamento Evaporativo Transferencia de calor adiabática na qual TBU permanece constante enquanto TBS diminui e w aumenta. Mistura Adiabática Duas correntes de ar úmido em estados distintos são mistiradas gerando um novo estado. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Aquecimento / Resfriamento Sensível A temperatura de bulbo seco varia enquanto a umidade absoluta permanece constante. Resfriamento Sensível Aquecimento Sensível 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Umidificação / Desumidificação A umidade absoluta varia a temperatura de bulbo seco constante (processo latente) Umidificação Desumidificação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Resfriamento e Desumidificação Tanto a temperatura de bulbo seco quanto a umidade absoluta diminuem (serpentinas de resfriamento) 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Aquecimento e Umidificação Tanto a temperatura de bulbo seco quanto a umidade absoluta aumentam. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Desumidificação Quimica A umidade contida no ar é absorvia ou adsorvida por alguma substância higroscópica (em geral ocorre a temperatura constante). 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Resfriamento Evaporativo Transferência de calor adiabática na qual TBU permanece constante enquanto TBS diminui e W aumenta. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Mistura Adiabática Duas correntes de ar úmido em estados distintos são misturadas gerando um novo estado. 1 2 3 1 2 3 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Detalharemos agora a análise de alguns desses processos, segundo os princípios de conservação de energia e massa, apresentando em seguida exemplos numéricos de solução. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Aquecimento Sensível Em regime permanente temos, 11,, whma Aquecimento Água quente, vapor, etc. Resfriamento Água gelada, refrigerante, etc. 22 ,, whma 21Q 1hma 2hma 1 U m id a d e A b s o lu ta Temperatura 2 1221 hhmQ a Resfriamento Sensível 1 U m id a d e A b s o lu ta Temperatura 2 21Q 1hma 2hma Em regime permanente temos, 2121 hhmQ a 2h 1h 1h 2h Exemplo Ar úmido saturado a TBS= 2 oC atravessa um aquecedor com vazão de 3000 m3/h. Após a serpentina de aquecimento deseja-se obter uma temperatura de 40 oC. Calcule a potência térmica necessária para a fonte de calor. Inicialmente representamos o processo na carta psicrométrica. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar 1 2 h2=51,4 kJ/kgar seco w1=w2=4,4 g/kg h1=12,9 kJ/kgar seco v1=0,785 m 3/kgar seco TBS1=2 oC TBS2=40 oC Exemplo continuação Da carta psicrométrica (ou tabela) o estado dos pontos 1 e 2 será: 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Ponto 1: Com TBS= 2 oC e UR=100% (saturado), temos: secoar 1 982,12 kgkJh secoar 3 1 785,0 kgmv Ponto 2: Com TBS= 40 oC e w2=w1=4,4 g/kg, temos: secoar 2 4,51 kgkJh secoar 1 4,4 kggw A vazão mássica de ar seco é calculada por, 1v V m aa h kg kgm hm secoar secoar 3 3 h 3822 785,03000 secoar kgma Finalmente, na equação do balanço energético, vem, kW h MJ hhmQ a 3,417,1485,124,5138221221 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Resfriamento e desumidificação do ar úmido O resfriamento do ar úmido a uma temperatura inferior a sua temperatura de orvalho resulta na condensação do vapor d’água contido no ar. 11,, whma Agua gelada, refrigerante, etc. T<TO 22 ,, whma 1 U m id a d e A b s o lu ta Temperatura 2 águaagua hm , Embora a água possa ser separada numa faixa de temperaturas entre o ponto de orvalho e a temperatura final de condensação, assume-se que a água condensada é resfriada até a tempertura final T2, sendo em seguida drenada. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Resfriamento e desumidificação do ar úmido 11,, whma Agua gelada, refrigerante, etc. T<TO 22 ,, whma águaagua hm , http://www.armstrong-hunt.com/heating-cooling-coils-plate-fin 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Resfriamento e desumidificação do ar úmido 11,, whma Agua gelada, refrigerante, etc. T<TO 22 ,, whma 21Q 1hma 2hma águaagua hm , 1wma 2wma aguam Balanço de Energia Balanço de Massa águaáguaaa hmQhmhm 2121 águaáguahm águaaa mwmwm 21 21 wwmm aágua águaa hwwhhmQ 212121 Exemplo Ar úmido a TBS= 30 oC e 50% UR atravessa uma serpentina de resfriamento numa vazão de 17.000 m3/h, sendo resfriado até uma estado final saturado a 10 oC. Calcule a potência frigorífica do sistema de refrigeração. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Inicialmente representamos o processo na carta psicrométrica. 1 2 h1=64,3 kJ/kgar seco w2= 7,6 g/kg h2=29,5 kJ/kgar seco v1=0,877 m 3/kgar seco TBS1=10 oC TBS2=40 oC w1= 13,3 g/kg Exemplo continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Da carta psicrométrica (ou tabela) o estado dos pontos 1 e 2 será: Ponto 1: Com TBS= 30 oC e UR=50% (saturado), temos: secoar 1 3,64 kgkJh secoar 3 1 877,0 kgmv Ponto 2: Com TBS= 10 oC UR=100%, temos: secoar 2 5,29 kgkJh secoar 1 3,13 kggw A vazão mássica de ar seco é calculada por, h 384.19 877,0 17000 secoar 1 kg v V m aa secoar 2 6,7 kggw 1v V m aa h kg kgm hm secoar secoar 3 3 Exemplo continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Agora, antes de aplicar a equação do balanço de energia e massa para este processo, precisamos ainda determinar a entalpia da água líquida saturada drenada do saturador. Temos, águaa hwwhhmQ 212121 kW h MJ Q 18767501,420076,00133,05,293,64384.1921 Finalmente, temos Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 45 Na unidade de ar condicionado abaixo, calcule o calor transferido por kg de ar seco supondo desprezíveis as variações de energia cinética. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Exemplo Processos Básicos Condicionamento de Ar Resfriamento com Desumidificação Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 46 Na unidade de ar condicionado abaixo, calcule o calor transferido por kg de ar seco supondo desprezíveis as variações de energia cinética. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Exemplo Processos Básicos Condicionamento de Ar Resfriamento com Desumidificação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Mistura Adiabática de Duas Correntes de Ar Úmido Trata-se de um processo comum em aplicações de ar condicionado, cujo exemplo mais representativo refere-se a mistura do ar de retorno com o ar de renovação. 1 Umidade Absoluta Temperatura 2 3 11,, whma 22 ,, whma 33,, whma Aplicando balanços de massa e de energia temos ... 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Mistura Adiabática de Duas Correntes de Ar Úmido 321 hmhmhm aaa 33,22,11, wmwmwm aaa 3,2,1, aaa mmm Balanço de energia Balanço de massa de vapor d’agua Balanço de massa de ar seco Eliminando ma,3, podemos escrever, 2, 1, 13 32 13 32 a a m m ww ww hh hh 1 Umidade Absoluta Temperatura 2 3 2w 3w 1w 1h 3h 2h 32 hh 23 hh 32 ww 13 ww 11,, whma 22 ,, whma 33,, whma Exemplo Uma corrente de 8000 m3/h de ar exterior a TBS= 4 ºC e TBU= 2 ºC é misturada adiabaticamente com ar recirculado de um recinto numa vazão de atravessa uma serpentina de resfriamento numa vazão de 25000 m3/h com TBS= 25 ºC e UR=50%. Determine TBS e TBU para a mistura resultante. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Inicialmente representamos o processo na carta psicrométrica. 1 2 w2= 10,0 g/kg TBU=2 ºC TBS1= 4 oC TBS2=40 oC w1= 3,00 g/kg UR2=50% v1=0,789 m 3/kgar seco v1=0,789 m 3/kgar seco Exemplo continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Com as propriedades obtidas da carta psicrométrica nos pontos 1 e 2 temos, h 140.10 789,0 8000 secoar 1 1, 1, kg v V m a a h 140.29 858,0 25000 secoar 2 2, 2, kg v V m a a Assim a razão ma,1/ma,2 é obtida e aplicada na equação anterior como, oar vapor a a kg kg w ww ww m m sec 3 13 32 2, 1, 742,0 oara a kg kJ h hh hh m m sec 3 13 32 2, 1, 742,0 Então, com os valores de w3 e h3 o ponto 3 pode ser posicioonado na carta, sobre a linha 1-2, permitindo assim obter CTBU 0 3, 6,14CTBS 0 3, 5,19 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Injeção Adiabática de Água no Ar Úmido Permite aumentar a umidade do ar pela injeção de vapor d’água ou água líquida na corrente de ar úmido. 1 U m id a d e A b s o lu ta Temperatura 2 Aplicando balanços de massa e de energia temos ... 11,, whma 22 ,, whma águaagua hm , A linha que representa o processo possui inclinação plotada de acordo com o transferidos da carta psicrométrica Paralela 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Injeção Adiabática de Água no Ar Úmido 1 U m id a d e A b s o lu ta Temperatura 2 11,, whma 22 ,, whma ww hm , Paralela 21 hmhmhm awwa 21 wmmwm awa Balanço de energia Balanço de massa de vapor d’agua Então, wh ww hh 13 12 O estado final do ar encontra-se sobre uma reta cuja inclinação h/w corresponde a entalpia da água injetada. h/w Exemplo Ar úmido com TBS= 20 ºC e TBU= 8 ºC é processado para uma temperatura de ponto de orvalho de 13 ºC pela injeção de vapor d’água saturado a 110 ºC. A vazão de ar seco no processo é de 100 kg/h. Pede-se obter TBS para o estado final do ar úmido e a vazão de vapor necessária. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar O estado do ponto 1 é conhecido mas para plotar o processo precisamos antes determinar a entalpia do vapor d’água injetado. kg kJ h ww hh w 5,2691 13 12 Exemplo continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Com o auxilio do transferidor a inclinação da linha que representa o processo é obtida. O ponto 2 é plotado na intercessão da linha obtida com a linha de To=13º C. No ponto 2 temos então TBS,2=20,2 ºC. 1 2 w2= 9,4 g/kg TBU=8 ºC TBS1=20 oC w1= 1,8 g/kg TO2=13 oC Paralelas A escala externa do transferidor fornece h/w=hw Exemplo continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar A vazão de vapor d’água requerida para injeção é então obtida fazendo, 12 wwmm aw 0018,00094,0.60.100 wm h kg mw 6,45 Exemplo: Sistema de Ar Condicionado A figura abaixo ilustra esquematicamente um sistema de AC e suas variáveis operacionais. Despreze as perdas de calor nos dutos e represente todo o processo numa carta psicrométrica. 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Ambiente Condicionador de Ar 2 3 5 5 5 1 4 TBS,1=34º C TBU,1=29º C TBS,amb=25º C TBU,amb=19º C kWWv 1 s 25,0 arseco kg me s 0,1 arseco kg mr kWQ 70 TBS,3=15º C kPaPatm 6,92 condensm Exemplo: Sistema de Ar Condicionado continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Vamosexaminar cada processo elementar separadamente. a) Determinação do estado 2: após a mistura e r re e e r m m ww mm m w ww ww m m 152 12 25 25,0 0,1 0260,00127,0 25,1 25,0 2w 5 Umidade Absoluta Temperatura 1 2 1w 2w 5w ar secokgkJh 1,922 TBS,1=34º CTBS,amb=25º C No ponto 2 então temos, CTBS 0 2, 1,32 % 702 ar secoáguadvapor kgkgw ' 2 023,0 Exemplo: Sistema de Ar Condicionado continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Vamos examinar cada processo elementar separadamente. b) Determinação do estado 3: saída do condicionador de ar L er hwwh mm Q h .2323 3 Umidade Absoluta Temperatura 2 ar secovapor kgkgw 08307,03 TBS,3=15º C No ponto 3 então, ar secokgkJh 1,361,92 25,1 70 3 desprezível Exemplo: Sistema de Ar Condicionado continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Vamos examinar cada processo elementar separadamente. c) Determinação do estado 4: ar de insuflamento 34 h mm W h er v 3 Umidade Absoluta Temperatura 4 Neste caso o ar sofre apenas aquecimento sensível devido a potência do ventilador, assim, ar secokgkJh 9,361,36 25,1 1 4 43 ww Exemplo: Sistema de Ar Condicionado continuação 6. Processo Básicos de Condicionamento do Ar Finalmente, representamos todos os processos 5 Umidade Absoluta Temperatura 1 2 3 4 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 47 1. Um aquecedor é alimentado com 1 kg/s de ar úmido saturado a 100 kPa e 10°C. A temperatura do ar úmido na seção de descarga do aquecedor é igual a 25°C. Determine a umidade relativa do ar úmido na seção de descarga do aquecedor. Calcule, também, a taxa de transferência de calor para a mistura nesse processo de aquecimento. 2. A pressão da mistura nas seções de alimentação e descarga de um saturador adiabático são iguais a 0,1MPa. Sabendo que a Temperatura na seção de alimentação é 30°C e que a temperatura na seção de descarga é 20°C, determine a umidade absoluta e relativa da mistura na seção de alimentação do saturador. 3. A vazão de ar úmido na seção de alimentação de um resfriador é 1 m3/s. A pressão, temperatura e umidade relativa na seção de alimentação do resfriador são iguais a 100kPa, 25°C e 80%. Sabendo que a pressão e a temperatura da mistura na seção de descarga do resfriador são iguais a 100kPa e 15°C, determine a taxa de condensação de água no aquecimento. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Estudo Dirigido Atividade em grupo (em sala) . Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 48 Um aquecedor é alimentado com 1 kg/s de ar úmido saturado a 100 kPa e 10°C. A temperatura do ar úmido na seção de descarga do aquecedor é igual a 25°C. Determine a umidade relativa do ar úmido na seção de descarga do aquecedor. Calcule, também, a taxa de transferência de calor para a mistura nesse processo de aquecimento. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Estudo Dirigido Processos Básicos Condicionamento de Ar Aquecimento Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 49 A pressão da mistura nas seções de alimentação e descarga de um saturador adiabático são iguais a 0,1MPa. Sabendo que a Temperatura na seção de alimentação é 30°C e que a temperatura na seção de descarga é 20°C, determine a umidade absoluta e relativa da mistura na seção de alimentação do saturador Exemplo sobre Temperatura Orvalho Estudo Dirigido Processos Básicos Condicionamento de Ar Injeção Adiabática de Ar Úmido Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 50 A vazão de ar úmido na seção de alimentação de um resfriador é 1 m3/s. A pressão, temperatura e umidade relativa na seção de alimentação do resfriador são iguais a 100kPa, 25°C e 80%. Sabendo que a pressão e a temperatura da mistura na seção de descarga do resfriador são iguais a 100kPa e 15°C, determine a taxa de condensação de água no aquecimento. Exemplo sobre Temperatura Orvalho Estudo Dirigido Processos Básicos Condicionamento de Ar Ar Condicionado Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 51 Como reforço do aprendizado do conteúdo apresentado em sala de aula, são sugeridos os exercícios dispostos na lista abaixo. Bom estudo! Exemplo sobre Temperatura OrvalhoImportante! Lista de Exercícios . Exercícios Van Wylen ‐ 6ed Capítulo 12 Comp. e Prop.das Misturas 12.21 12.23 12.25 12.26 12.27 12.28 12.29 12.30 Processos Simples 12.31 12.34 12.35 12.37 12.43 12.50 12.57 Misturas‐Ar‐Vapor D'água 12.75 12.77 12.79 12.80 12.81 12.90 12.92 12.95 Processos Combinados 12.100 12.101 12.102 12.103 12.104 12.110 12.113 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 52 ≡ Introdução ≡ Balanço Energético do Corpo Humano ≡ Dados de Engenharia e Medições ≡ Parâmetros Ambientais ≡ Índices Ambientais ≡ Previsão do Conforto Térmico ≡ Parâmetros de Projeto Capítulo 3 – Conforto Térmico Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 53 Importante! Verificar Material de: PIMENTA, João. Ar Condicionado: Conforto Térmico. Notas de Aula (em anexo) Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 54 Propriedades Gerais Apêndice A Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 55 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 56 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 57 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 58 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 59 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 60 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 61 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 62 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 63 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 64 Propriedades Termodinâmicas Apêndice B Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 65 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 66 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 67 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 68 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 69 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 70 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 71 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 72 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 73 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 74 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 75 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 76 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 77 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 78 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 79 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 80 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 81 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 82 Equação de Estado Apêndice C Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 83 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 84 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 85 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 86 Diagramas Apêndice D Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 87 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 88 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 89 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 90 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 91 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 92 ASHRAE 55 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 93 IB U TG (° C ) 100 30 25 35 400300 500200 Trabalho moderado Trabalho leve Trabalho pesado kcal/h 30,0 27,9 25,9 25,0 31,1 32,2 31,4 30,6 30,0 29,4 28,0 26,7 TRABALHO CONTÍNUO 75% TRAB.; 25% DESC. 50% TRAB.; 50% DESC. 25% TRAB.; 75% DESC. Fonte:Adaptado do ASHRAE Handbook – Fundamentals, 1997 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 94 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 95 Sistemas Térmicos Prof. Carlos Catunda 96 Contato: (+5521) 99759-1661 http://lattes.cnpq.br/9510794972870727 @carloscatunda carlos.eduardo.catunda@gmail.com Perguntas? Colaboração dos Professores: • Fernando A. França, FEM – Unicamp • Pimenta, João; UNB. • Ricardo de M. Carvalho – Unifei – Itajubá, • Rigoberto Morales, CEFET-Paraná,
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