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VIOLÊNCIA NA ESCOLA
Acadêmico ¹ 
 Tutor Externo² 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar as principais formas simbólicas de violência na escola. Sendo elas: violência interna, externa ou institucional. A interna ou institucional que ocorre dentro das escolas (ameaças verbais, agressões físicas, frustrações por falta de estrutura na escola) e a externa refletida na violência em seus arredores (ex: tráfico de drogas, pobreza, violência doméstica) que também prejudica muito a escola. “A violência presente nas relações entre alunos e professores no contexto escolar" O bullying é um forte fator de risco para comportamentos antissociais individuais geradores de violência na sociedade. E é em meio a esta sociedade conturbada e problemática em que vivemos que nos deparamos com questões como: desagregação familiar, uso de drogas e posse de armas, excesso de mídias sociais e jogos virtuais, consumismo, insegurança financeira, modismo, falta de boas oportunidades, ambiente escolar inseguro e sem recursos atrativos, conflitos entre alunos e professores, dificuldade de relacionamento entre alunos. 
 
Palavras-chave: Escola. Violência. Bullying. 
INTRODUÇÃO 
 
As mudanças na sociedade têm gerado transtornos a nossos jovens e adolescentes, a violência vem como reflexo destas mudanças violências na escola, conflitos entre alunos e professores, alunos e alunos, divergências externas... resultantes na evasão escolar, declínio escolar, exclusão e mal-estar dos alunos. 
A violência nas escolas, não é algo atual, desde que se reuniram pessoas em um mesmo local, houve problemas de convivência. A partir deste contexto, este trabalho apresenta a realidade social das escolas atuais, principalmente nas classes mais baixas. 
A escolha desta temática se deu em razão deste ser um tema crescente em nossa atualidade, bem como o fato de que iremos atuar como docente na rede pública de ensino e vivenciar relacionamentos interpessoais fragilizados, por conta de comportamentos violentos presentes na relação entre alunos e professores.
 A atuação do professor em sala de aula é severamente prejudicada pelas consequências da violência escolar, tendo conhecimento de que a educação é um processo contínuo cuja função é possibilitar que os indivíduos alcancem e desenvolvam as suas potencialidades ao longo da vida.
Cabe à escola por meio de sua ação educativa auxiliar na formação integral, no enfrentamento dos conflitos entre indivíduos, no desenvolvimento da criança e do jovem, preparando-os para a construção da consciência crítica, visando que eles aprendam a ser e a conviver na sociedade como sujeitos conscientes e participativos. 
 
2 CONCEITOS DE VIOLÊNCIA 
Não há um conceito único de violência, pois é algo dinâmico e sofre constantes mudanças, se adapta ao tempo em que vivemos, aos costumes e a sociedade e do ponto de vista de quem observa. Não há um consenso sobre a definição real de violência, para muitos especialistas é insegurança, a impotência e o medo de qualquer tipo de violência que atinjam no cotidiano de todos. 
Nas escolas essas definições são mais especificas, existem dois tipos de violência escolar: a interna e a externa. A interna ou institucional (que ocorre dentro das escolas), e a externa configura-se em violência aos arredores da escola, definidas pela pesquisadora Miriam Abramovay. A violência externa estimula a inadaptação social que é reflexo da educação indevida por parte da família ou pelo meio onde crianças e jovens vivem. Segundo Lília Maia de Moraes Sales (2007, p.162). 
A violência contempla os atos que se exercem para impor ou obter algo através da força. Trata-se de ações deliberadas que podem causar danos físicos ou psíquicos à outra pessoa. Noutros termos, a violência também é aquilo que está fora do seu estado natural, fora do controle próprio de quem a exerce. 
 Existem distintos tipos de violência, como a violência familiar (ou conjugal) e a violência de gênero. No que diz respeito à violência escolar, é dada pela ação ou omissão prejudicial que é exercida entre os membros de uma comunidade educativa (seja entre alunos, pais, professores ou pessoal não docente) e que pode ocorrer quer nas instalações escolares, quer noutros espaços diretamente relacionados com a escola. 
Em primeiro lugar, existe uma violência que é da sociedade e não da escola. Ela entra lá por se tratar de um espaço de juventude, cheio de adolescentes curiosos que são vistos como possíveis compradores de drogas, uma vez instalado lá dentro, transforma a escola em um lugar onde vale tudo, onde as regras não são claras e onde os professores e alunos tem medo. (Lília Maia 2007, p.162) 
2.1VIOLÊNCIA E BULLYIN
 
O tema da violência na escola começou a ganhar repercussão e, a partir da década de 1970, estudos sobre agressões entre pares nas escolas vêm sendo desenvolvidos, com o objetivo de conhecer a questão e caracterizar uma forma de violência entre pares que tem sido chamada Bullying. A violência escolar refere-se a todos os comportamentos agressivos e antissociais, que variam de conflitos interpessoais até atos criminosos de grande relevância. Muitas destas situações dependem de fatores externos, onde as intervenções podem estar além da responsabilidade e da capacidade das instituições de ensino e de seus funcionários. 
O Bullying é um problema mundial e pode ocorrer em vários setores da atividade humana. Geralmente são estudadas duas formas de bullying: o bullying praticado na escola e aquele praticado no ambiente de trabalho. Ao longo dos anos, vários estudos foram desenvolvidos sobre o bullying, por instituições públicas ou privadas. 
O Bullying é um forte fator de risco para comportamentos antissociais individuais geradores de violência na sociedade. Segundo Willie e Elaine 2018 as estatísticas de homicídio entre adolescentes, bullying nas escolas, tiroteios dentro de instituições de ensino, suicídio e vício em drogas e álcool refletem mudanças significativas na natureza da infância.
A fragilidade presente na nossa sociedade foi apontada pelo estudo de Vieira et al. (2009). A pesquisa destacou a violência no meio social e sua relação com o fenômeno do school shooting. Sendo assim, os autores destacaram falhas no que se refere ao atendimento aos adolescentes, antes que seus problemas os levem a protagonizar um massacre. Isso aponta para a importância do suporte social para as vítimas de bullying escolar.
Durante muito tempo, comportamentos como o de apelidar e/ou “zoar” de alguém podem ter sido vistos como inofensivos ou naturais da infância e da relação entre as crianças e adolescentes na escola. Porém, esse tipo de conduta passou a ser seriamente considerada em decorrência de situações dramáticas que têm ocorrido em diversas partes do mundo envolvendo jovens que invadem escolas e matam pessoas e/ou cometem suicídio; situações que se apresentaram ligadas a maus-tratos entre pares na escola.
DAN OLWEUS é um pesquisador da Universidade de Bergen na Noruega, foi um dos primeiros a realizar estudos sobre violência no ambiente escolar. Ele desenvolveu os primeiros critérios para a identificação do bullying na escola, diferenciando - o de outras possíveis interpretações sobre o comportamento dos estudantes. 
 De acordo com esta autora, pesquisadores de todo o mundo atentam para esse fenômeno e apontam aspectos preocupantes quanto ao seu crescimento e ao fato te atingir inclusive os primeiros anos de escolarização. Segundo essa autora, calcula-se que em torno de 5% a 35% das crianças em idade escolar estejam envolvidas de alguma forma em condutas agressivas na escola, atuando como vítimas ou agressoras.
 Bullying é uma realidade nas escolas brasileiras independente de turno, classe social ou localização, ocorre em todas as faixas etárias, em escolas públicas e privadas. (FANTE, 2005) 
 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
O trabalho foi realizado com base em uma pesquisa qualitativa através de pesquisa bibliográficadescritiva, foram pesquisados em sites e livros pedagógicos, sobre o tema violência nas escolas e bullying. 
Em seguida foi separado os dados para dar alicerce e enriquecer o trabalho.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 A sociedade em geral deve se unir a família e a escola no combate ao bullying. Seja o governo contratando profissionais, sejam as entidades civis organizadas apoiando o jovem e a criança, dando oportunidades de lazer, esporte e cultura; ou ainda as igrejas, templos e instituições sem geral. Sabendo que a maioria das religiões prega o amor, o respeito e o bem viver comum, não é ridículo pedir para os pais, avós e familiares apoiarem aos jovens e crianças.
 Por fim o jovem tem que encontrar na sociedade a estabilidade e a segurança pública necessária para se focar na educação e por fim no mercado de trabalho sem se preocupar com a violência, crimes, drogas e a impunidade que trazem uma sensação quase de pânico a sociedade. 
A imagem a seguir mostra o conflito entre alunos e professores está muito comum nas escolas; vemos xingamentos como: professor ofendendo aluno e o mesmo revidando; ameaças de morte e preconceitos. Há casos de alunos que chegaram a mencionar para o professor que sabia onde ele morava e que algo poderia acontecer com sua família. 
 
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A imagem mostra que o bullying está cada vez mais frequente, instigando a agressividade nos alunos, é importante lembrar que nem todas as consequências do bullying resultam em tragédias, como as citadas acima, no entanto, as agressões sempre causam sofrimento, interferindo drasticamente nos processos de aprendizagem e socialização, podendo deixar graves sequelas emocionais. 
5. CONCLUSÃO 
 Conclui-se que a violência é algo do cotidiano de todos, inclusive com nossos jovens e crianças. O bullying escolar deve ser discutido e debatido com alunos, professores, pais, e sociedade, conscientizando sobre a gravidade do problema. Com a ajuda de todos devemos estar atentos e prontos para combatê-la em todo momento; nos casos de bullying instaurado e presente devem tratá-lo como uma epidemia que deve ser controlada e prevenida. 
Moldar o caráter de uma criança é ainda mais urgente à medida que ela é confrontada todos os dias com valores opostos aos dos pais. Hoje os filhos são bombardeados por mensagens confusas de mídia, da internet, de outros adultos e dos colegas. Essas ideias conflitantes conduzem as crianças e jovens por um caminho que as dessensibiliza para muitos males das sociedade, como violência, imoralidade, abuso e discriminação. 
Caso de homicídio entre adolescentes, bullying nas escolas, tiroteios dentro de instituições de ensino, suicídio e vício em drogas entre outras; Que refletem mudanças significativas no desenvolvimento das crianças, adolescentes e jovens. 
 
Os pais que desempenham papel ativo na criação dos filhos acabarão colhendo recompensas de vê-los crescer e se tornarem adultos saudáveis e responsáveis. Embora educar crianças não seja uma ciência exata e não haja garantias, os pais que aproveitam mais o tempo com os filhos terão maior probabilidade de influenciá-los e prepará-los para a idade adulta livre de muitas violências.
 Este trabalho contribuiu para nós como professores, educadores e pais, possamos ficar mais atentos e conscientes, com a realidade vivida nas escolas e meios sociais, também como realizarmos métodos de prevenção. 
 
 REFERÊNCIAS
Oliver, Elaine e Willie. Esperança para a família: O caminho para um final feliz/Willie e Elaine Oliver-Tatuí, SP: conceito editorial, 2018.p.18.
Sales, Lilia Maia de Morais. Mediação de Conflitos: Família, Escola e Comunidade/Lilia Maia de Moraes Sales- Florianópolis: conceito editorial, 2007. p.161-168 
 
Vieira, P. R. (2009). Violência no meio escolar. Revista do Ministério Público do Estado de Goiás, (17), 59-62.

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