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---------- Embriologia ---------- CAPACITAÇÃO DO ESPERMATOZÓIDE . ↪ Modificação da membrana citoplasmática do espermatozóide. ↪ Ocorre por um período de 7 horas, promovendo hipermotilidade e movimentação flagelar ao espermatozóide. Além de atração química promovida pelo ovócito. FECUNDAÇÃO . ↪ Encontro dos gametas. 1. Passagem dos espermatozóides pela corona radiata: Enzima hialuronidase liberada do acrossomo. ** Desnudamento: eliminação da corona radiata. 2. Penetração da Zona Pelúcida: Enzima acrosina liberada pelo acrossomo - Reação acrossômica. ** Reação zonal/ cortical: ocorre após a penetração do espermatozóide na zona pelúcida para evitar a poliespermia → enzimas são liberadas dos grânulos corticais. ** Ocorre a ligação do espermatozóide com a ZP3 na membrana, permitindo a fusão das membranas. 3. Fusão das membranas plasmáticas dos gametas: As membranas se fundem e a cabeça/ a cauda do espermatozóide entram, só que serão degradados, o que importa é o núcleo. 4. Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino: Formação do ovócito maduro e do 2° corpúsculo polar 5. Formação do pronúcleo masculino. 6. Fusão dos pronúcleos → formação de um zigoto: Os cromossomos no zigoto arranjam-se em fuso de clivagem, na preparação para a divisão do zigoto. Zigoto move-se pela trompa até chegar na cavidade uterina (movimentos ciliares e contrações) PERÍODO EMBRIONÁRIO . 1ª SEMANA Caracteriza-se por: Clivagem do Zigoto/ Formação do Blastocisto/ Início da implantação. ---------------------------------------------------------------------------------------------- CLIVAGEM: sequência de divisões mitóticas do zigoto. FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO: Mórula (12-36 blastômeros) → formação da cavidade blastocística → blastocisto. ** Blastômeros será separado em duas partes: Embrioblasto e Trofoblasto. ** Eclosão/ rating: desaparecimento da zona pelúcida. No final da 1ª semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio. Cavidade uterina: rica em nutrientes (pré-decídua) 2ª SEMANA Caracteriza-se por: Diferenciação do trofoblasto/ Formação do disco embrionário bilaminar: epiblasto e hipoblasto/ Término da implantação do blastocisto (10° dia)/ Formação de estruturas extra-embrionárias: cavidade amniótica, âmnio, saco vitelino, pedúnculo de conexão e saco coriônico. ---------------------------------------------------------------------------------------------- O trofoblasto se diferencia em duas camadas: ↳ Citotrofoblasto (interna) ↳ Sinciciotrofoblasto (externa) (hCG) - possibilita a implantação no endométrio - decídua (tecidos ficam ricos em glicogênio). Citotrofoblasto DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR O embrioblasto se diferencia em duas camadas: ↳ Epiblasto (superior): camada celular espessa e colunar. ↳ Hipoblasto (inferior): camada celular delgada e cubóide. No epiblasto surge um pequeno espaço, o qual formará a cavidade amniótica → revestida por amnioblastos, que produzem o líquido amniótico (proteção do embrião). Do hipoblasto sai células que forma a membrana de Heuser e posteriormente o saco vitelino 1°. As células do endoderma do saco vitelino formam o mesoderma extra-embrionário. → Surgem espaços celômicos no interior do mesoderma extra-embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar a cavidade coriônica, que envolve o âmnio e o saco vitelino. Córion = Mesoderma Extra-embrionário + Citotrofoblasto + Sinciciotrofoblasto O Mesoderma Extra-embrionário é dividido em dois: ↳ Somático: reveste o trofoblasto e o âmnio, incluindo a futura região do pedículo. ↳ Esplâncnico: envolve o saco vitelino 1°. O sinciciotrofoblasto é responsável pela produção de hCG, que mantém a atividade hormonal do corpo lúteo e forma a base para os testes de gravidez. É semelhante ao LH - ↑ progesterona. Ocorre o deslocamento da membrana de Heuser, dando origem ao saco vitelino 2° e ao cisto exocelômico. No sinciciotrofoblasto aparecem lacunas, pois o sincício cresce, invade o endométrio atinge os vasos sanguíneos maternos e os rompem. O sangue começa a se acumular nas lacunas para o oxigênio e os nutrientes presentes no sangue da mãe nutrir o embrião, pois ele ainda não possui vasos sanguíneos → Ocorre por difusão. ↳ comunicação capilares + lacunas = circulação uteroplacentária primitiva No início, as vilosidades coriônicas eram primárias (sincício + cito). No final da 2ª semana, tornaram-se secundárias (sincício + cito + mesoderma). 3ª SEMANA Caracteriza-se por: Aparecimento da linha primitiva/ Gastrulação - Formação do disco trilaminar/ Formação da notocorda/ Neurulação/ Formação dos somitos e do alantóide/ Desenvolvimento do sistema cardiovascular primitivo. ---------------------------------------------------------------------------------------------- GASTRULAÇÃO: Estabelece as três camadas germinativas (disco embrionário trilaminar). ↪ No fim da 2ª semana, aparecem a placa precordal (cefálica) e a membrana cloacal (caudal). ↪ A gastrulação inicia-se com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto → células proliferam e migram em direção ao centro/ plano mediano. Essa linha cresce da direção caudal em direção a região cefálica. Aonde a linha para forma o nó primitivo. Depois invaginam em direção ao hipoblasto → Sulco Primitivo (espaço que as células invaginam). ↪ Algumas células que estão invaginando vão para o hipoblasto substituir as células, quando todo substituído é chamado de endoderma. ↪ Outras se concentram no centro → mesoderma. ↪ O que restou do epiblasto → ectoderma. Linha primitiva regride e desaparece na 4ª semana. FORMAÇÃO DA NOTOCORDA → Estrutura semelhante à um bastão, a qual define o eixo do embrião, é a base para a formação do esqueleto axial e indica o futuro local das vértebras. Processo Notocordal: Surge no mesoderma, abaixo do nó primitivo. ↳ esse processo adquire uma luz - canal notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal. ↪ Divide em duas partes: Superior (camada ectoderma) → placa notocordal → dobra e forma uma estrutura esférica → NOTOCORDA Inferior (camada endoderma) → sofre apoptose e elimina o endoderma. A notocorda define o eixo do embrião, base para formação do esqueleto axial e futuro local dos corpos vertebrais. NEURULAÇÃO: Formação do Tubo Neural ↪ É induzida pela notocorda em desenvolvimento. ↪ O ectoderma acima da notocorda se espessa, formando a placa neural. ↪ A placa neural se invagina ao longo do seu eixo central, formando uma depressão, chamada de sulco neural, e, consequentemente, ao lado desta depressão, serão formadas elevações, as pregas neurais. ↪ No fim da 3ª semana, as pregas neurais se aproximam e se fundem, formando o tubo neural, primórdio do SNC. ↪ As células da crista neural migram e formam uma massa entre o ectoderma e o tubo neural, a crista neural. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, e origina os gânglios do sistema nervoso autônomo e as meninges. CAMADAS GERMINATIVASEctoderma: Sistema Nervoso Central e Periférico; Epitélio de revestimento; Medula da suprarrenal; hipófise; glândulas mamárias e subcutâneas. Mesoderma: Outros. Músculos; Sistema circulatório; Ossos; Rins; Sistema Reprodutor; Peritônio. Endoderma: Revestimento epitelial do trato gastrointestinal; Aparelho respiratório; Bexiga e uretra; Tireoide, paratireoide e timo. O mesoderma se diferencia em três porções: ↪ Paraxial: somitos → vértebras, músculos, costelas... ↪ Intermediário: Parte do Sistema Urinário e Reprodutor. ↪ Lateral: Será dividido em mesoderma intraembrionário somático e esplênico. SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO ↪ No início da 3ª semana, começa a angiogênese no mesoderma EE de saco vitelino, do pedúnculo do embrião e do córion. ↪A formação dos vasos sanguíneos inicia-se com a agregação dos angioblastos - ilhotas sanguíneas. Pequenas cavidades vão se formando dentro das ilhotas, os angioblastos se unem, formando redes de canais endoteliais. ↪ O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica. Durante a 3ª semana, os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3ª semana, o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio da circulação uteroplacentária. ** Presença do manto citotrofoblástico = segura o sincício. ** Presença de vilosidades terciárias = sincício + cito + mesoderma + vasos ORGANOGÊNESE . ↪ Ocorre da 4ª a 8ª semana de desenvolvimento embrionário. ↪ Ao final da 8ª semana, o funcionamento da maioria dos principais sistemas de órgãos é mínimo, com exceção do sistema cardiovascular. ↪ No término desse período, o embrião terá aspecto humano. -------------------------------------------------------------------- DOBRAMENTOS DO EMBRIÃO - Transformação de um disco trilaminar plano em um embrião praticamente cilíndrico. - Ocorre nos planos mediano e horizontal e é decorrente do rápido crescimento do embrião, particularmente do encéfalo e da medula espinhal. - A velocidade do crescimento lateral do embrião não acompanha a velocidade do crescimento longitudinal, ocasionando o seu dobramento. - A cavidade amniótica passa a cobrir o embrião. - Os dobramentos das extremidades cefálica e caudal e o dobramento lateral ocorrem simultaneamente. Dobramento do embrião no plano lateral ↪ O dobramento ventral nas extremidades cefálica e caudal produz pregas cefálica e caudal. Dobramento do embrião no longitudinal ↪ Forma as pregas laterais. ↪ O embrião formado será “um tubo dentro de um tubo”, no qual o tubo ectodérmico externo forma a pele e o tubo endodérmico interno forma o intestino. Preenchendo o espaço entre esse dois tubos está a mesoderme. 4ª SEMANA - No início da 4ª semana, os somitos produzem elevações visíveis na superfície do embrião e o tubo neural se encontra aberto nos neuroporos caudal e rostral. - O embrião apresenta um formato curvo devido ao dobramento embrionário. - O coração primitivo forma uma proeminência na região ventral do embrião e já bombeia sangue. - Próximo do dia 24, os arcos faríngeos começam a aparecer. - No dia 26, o neuroporo rostral já se encontra fechado. - Também no dia 26, é possível observar que o prosencéfalo produz uma elevação da cabeça e que há uma longa e curva eminência caudal. - Por volta do 26º ou do 27° dia, surgem os brotos dos membros superiores, pequenas protuberâncias nas paredes corporais ventrolaterais. - Nesse período, também surgem as fossetas óticas, primórdios das orelhas internas, e as plácidas das lentes, espessamentos ectotérmicos que darão origem às futuras lentes dos olhos (cristalino). - No fim da 4ª semana, já foram formados quatro pares de arcos faríngeos e é possível observar os brotos dos membros inferiores. Desse modo, os rudimentos de muitos sistemas de órgãos já foram estabelecidos. 5ª SEMANA - Marcada por menos mudanças na forma corporal do que na 4ª semana. - O crescimento da cabeça excede o crescimento das outras partes, com o rápido desenvolvimento das proeminências encefálicas e faciais. - A proeminência facial logo entra em contato com a proeminência cardíaca. - Surgem também as cristas mesonéfricas, que indicam onde se formaram os rins mesonéfricos, os primórdios dos rins permanentes. - O segundo arco faríngeo, de crescimento rápido, cresce sobre o 3° e 4° arcos, formando o seio cervical, uma depressão ectodérmica lateral em ambos os lados. 6ª SEMANA - Durante a 6ª semana, os embriões apresentam respostas reflexas ao toque e movimentos espontâneos como contorção do tronco e dos membros os membros superiores. - Começam a apresentar uma diferenciação regional, com a formação dos cotovelos e das grandes placas das mãos. Além disso, surgem os raios digitais das mãos, os primórdios dos dedos. - O desenvolvimento dos membros inferiores ocorre de 4 a 5 dias após o desenvolvimento do superiores. - Surgem, também, as saliências auriculares, pequenas intumescências que se desenvolvem em torno da fenda faríngea, entre os dois primeiros arcos faríngeos. A fenda faríngea se torna o meato acústico (canal auditivo externo) e é saliências auriculares se fundem e formam o pavilhão auricular. - O olho também se torna bem evidente, graças a formação do pigmento da retina. - A cabeça ainda é muito maior que o tronco e se mantém encurvada sobre a grande proeminência cardíaca. Nessa fase, o tronco e a região cervical começam a se endireitar. - Os intestinos penetram no celoma extra-embrionário, na parte proximal do cordão umbilical, gerando uma herniação umbilical comum ao desenvolvimento embrionário, uma vez que a cavidade abdominal do embrião é muito pequena para abrigar o intestino em crescimento. 7ª SEMANA - Os membros sofrem alterações consideráveis, uma vez que aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos, indicando, claramente, os futuros dedos e há o início da classificação dos membros superiores e inferiores. - Nessa semana, também é reduzida a comunicação do intestino primário com o saco vitelínico, devido a formação do pedículo vitelino. 8ª SEMANA - No início da 8ª semana, os dedos das mãos estão separados, porém ainda unidos por membranas, e já é possível ver as chanfraduras entre os raios digitais dos pés. No fim dessa semana, todas as regiões dos membros já são evidentes e os dedos ficam mais compridos e estão totalmente separados. - Há a formação do plexo vascular do couro cabeludo, que forma uma faixa característica que envolve a cabeça. - No início da semana, a eminência em forma curta de cauda ainda está presente, porém no fim da semana todos os seus sinais desapareceram. - Nessa semana ocorrem os primeiros movimentos voluntários dos membros. - Começa a ossificação do fêmur. - No fim desse período, o embrião já apresenta características nitidamente humanas, todavia ainda apresenta uma cabeça desproporcional e muito grande. - A região do pescoço já está definida. - As pálpebras estão se fechando e começam a se unir por fusão epitelial. - Os intestinos ainda estão na porção proximal docordão umbilical e a hérnia umbilical ainda é distinguível. - Os pavilhões auriculares começam a assumir sua forma final. - Nesse período já existem diferenças nas genitálias externas no embrião de cada sexo, porém elas não são suficientes para possibilitar a identificação precisa do sexo. DIFERENCIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SEXUAL NO EMBRIÃO . - A determinação do sexo é um processo de múltiplos eventos. - Determinação do sexo → fecundação. - Diferenciação do sexo → algum período depois. - Pode-se dizer que esse processo possui 3 pilares – atuação dos fatores inibitórios, hormônios e determinação genética (que acontece no momento da fecundação). -------------------------------------------------------------------- CÉLULAS GERMINATIVAS E GENITÁLIA INTERNA - O processo inicia-se com o adequado desenvolvimento das células germinativas, seguido de sua migração e resposta tissular aos hormônios produzidos nas gônadas. - As células germinativas inicialmente se localizam na camada ectodérmica do embrião, onde migram através da crista primitiva para a base do alantóide. - Após essa migração inicial, as células irão para o seio urogenital. - O sexo masculino é o sexo induzido (cromossomo Y; processo ativo) e o feminino é o estabelecido (processo passivo). - A região gênica responsável pela determinação da gônada masculina é a SRY (região distal do braço curto do cromossomo Y). - Paralelamente, o sistema ductal bipotencial consiste nos ductos paramesonéfricos (Muller) e mesonéfricos (Wolff) que originarão a genitália feminina e masculina, respectivamente. Masculino - Após 8 semanas da concepção, a gônada indiferenciada e bipotencial, na presença do SRY que produz o fator determinante de testículo (TDF), progride para testículo. (medula da gônada) - Testículos normais apresentam células de Sertoli e cordões testiculares com células de Leydig. - As células de Sertoli secretam hormônio antimulleriano (AMH), causando regressão dos ductos de Muller. - As células de Leydig começam a secretar testosterona a partir da 8ª semana. - Os ductos de Wolff sob ação parácrina da testosterona se transformam em epidídimo, canal deferente, vesícula seminal e ductos ejaculatórios. (são depende da secreção e da presença de receptores androgênicos funcionais nas células-alvo). Feminino - Já no feto feminino, a ausência de tecido testicular e seus hormônios, determinam a transformação dos ductos de Muller na genitália feminina (útero, trompas e 2/3 superiores da vagina). (córtex da gônada) - Os ovários não secretam nenhuma substância que influa na diferenciação sexual, mesmo havendo uma pequena secreção de estrogênios. - A formação do sistema urinário tem origem também no mesoderma, nos ductos mesonéfricos (são responsáveis por guiar o alongamento dos ductos de Muller, ainda em uma etapa indiferenciada); assim, frequentemente anomalias da genitália feminina estão relacionadas a anormalidades do sistema renal. GENITÁLIA EXTERNA - A fase indiferenciada e bipotencial consiste em tubérculo genital, seio urogenital e dobras labioescrotais. - No feto masculino, o testículo produz testosterona, a qual por ação da 5-alfa-redutase, transforma-se nos receptores celulares em di-hidrotestosterona (mais potente), que atua na genitália externa, transformando o tubérculo genital em pênis, as dobras labioescrotais em escroto e as dobras do seio urogenital se fecham e formam a uretra peniana. Um receptor androgênico funcional é necessário para ação da testosterona e DHT e nível periférico. - A descida do testículo intra-abdominal é controlada pelo ILP3 (produzido pelas células de Leydig no testículo). - A masculinização da genitália externa se completa com 14 semanas. - No feto feminino, pela ausência de testosterona ou pelo não funcionamento dos receptores (síndrome da feminização testicular forma completa), a genitália irá se desenvolver para o lado feminino. O tubérculo genital vira o clitóris, as dobras do seio urogenital se mantêm abertas formando os pequenos lábios, as dobras labioescrotais formam os grandes lábios, o seio urogenital se transforma em uretra e em terço inferior da vagina. PERÍODO FETAL . 1° Trimestre: Ao final, todos os principais órgãos e sistemas estão formados. 2° Trimestre: Ao final, o feto pode sobreviver caso nasça prematuramente (suportes adequados) 3° Trimestre: O feto atinge um marco importante na 35° semana, pesando cerca de 2500 gramas. Caso nasça, a partir desse período, o feto sobrevive. -------------------------------------------------------------- 9ª a 12ª SEMANA - Início da 9ª semana: cabeça constitui metade do CCN fetal. - Rápido crescimento do CCN. Ao final da 12ª semana, seu valor já é o dobro da 9ª semana. - Apesar da cabeça ter diminuído consideravelmente na 12ª semana, esta ainda é desproporcional ao corpo. - 9ª semana: face larga, os olhos estão amplamente separados, as orelhas têm implantação baixa e as pálpebras estão fundidas. - 12ª semana - final: aparecem os centros primários de ossificação do esqueleto, especialmente nos ossos largos e crânio, e as pálpebras permanecem fundidas. ↪ As genitálias externas do sexo feminino e masculino parecem semelhantes até o final da 9ª semana. A sua forma madura não está estabelecida até a 12ª semana. ↪ As alças intestinais são claramente visíveis na extremidade proximal do cordão umbilical até a metade da 10ª semana. Por volta da 11ª semana, os intestinos voltam para o abdome. No início do período fetal, o fígado é a principal sede da eritropoiese. Ao final da 12ª semana, esta atividade já diminui no fígado e começa no baço. A formação da urina começa entre a 9ª e a 12ª semana, e a urina é esvaziada dentro do líquido amniótico. Os produtos da excreção fetal são transferidos para a circulação fetal. 13ª a 16ª SEMANA - Rápido crescimento. - A cabeça é relativamente menor agora e os membros inferiores cresceram. - Os movimentos dos membros se tornam coordenados, mas são muito leves para serem percebidos pela mãe. (somente perceptíveis a US) - Ossificação ativa (início da 16ª ossos visíveis a US) - A genitália pode ser reconhecida com 14 semanas e com 16 semanas, se do sexo feminino, o ovário já tem ovogônias. - Ao final da 16ª semana os olhos e as orelhas estão implantados em seu local próximo do definitivo. 17ª a 20ª SEMANA - O ritmo de crescimento diminui. Aumento do CCN → em torno de 50 mm. - Os movimentos fetais são percebidos pela mãe. - A pele é coberta por um material gorduroso, o verniz caseoso (mistura de células epiteliais mortas e uma substância gordurosa proveniente das glândulas sebáceas fetais) que protege a delicada pele fetal dos abrasões, rachaduras e endurecimento que resultam da exposição ao líquido amniótico. Os fetos são cobertos por um pelo fino e aveludado, o lanugo, que ajuda o verniz a aderir à pele. - O pelo das sobrancelhas e os cabelos são visíveis na 20ª semana. A gordura marrom se forma nesse períodoe é o local de produção de calor. É principalmente encontrado na base do pescoço, posterior ao esterno e na área perirrenal. - Por volta da 18ª semana, se do sexo feminino, o útero fetal é formado e a canalização da vagina se inicia. Muitos folículos ovarianos primários contendo oogônias também são visíveis. Por volta da 20ª semana, se do sexo masculino, os testículos começam a decida, mas ainda estão localizados na parede abdominal posterior, assim como os ovários. 21ª a 25ª SEMANA - Ganho substancial de peso. - Pele enrugada e mais translúcida, rósea e avermelhada. - Os movimentos oculares rápidos se iniciam. - As células epiteliais secretórias (pneumócitos II) nas parades interalveolares no pulmão começam a secretar surfactante (lipídio tensoativo) que mantém os alvéolos pulmonares em desenvolvimento. - As unhas dos dedos estão presentes. Apesar de um feto com 22 a 25 semanas nascido prematuramente poder sobreviver se receber cuidados intensivos, ele pode morrer durante o pós-natal, porque o sistema respiratório ainda é imaturo. 26ª a 29ª SEMANA - Nesse período, com frequência, o feto já é capaz de sobreviver com cuidados médicos, pois seus pulmões já são capazes de respirar. - SNC já amadurecido para o controle da FR e temperatura corporal. - As pálpebras estão abertas e o lanugo, assim como o cabelo, está bem desenvolvido. - Quantidade considerável de gordura subcutânea é encontrada sob a pele, suavizando as rugas. - A medula óssea se torna o principal local de eritropoiese. 30ª a 34ª SEMANA - Reflexos pupilares pode ser evocado. - A pele é rosada e lisa, e os membros superiores e inferiores possuem um aspecto rechonchudo. - A quantidade de gordura amarela é aproximadamente 8% do peso corporal. 35ª a 38ª SEMANA - Após 35 semanas, apresenta preensão palmar firme e exibem orientação espontânea a luz. - O sistema nervoso está suficientemente maduro para realizar algumas funções integrativas. - Circunferências da cabeça e do abdome são relativamente iguais, depois disso, a do abdome passa a ser maior que a da cabeça. - Período de acabamento. - Fetos normais atingem CCN de 360 mm e pesam cerca de 3400 gramas. A quantidade de gordura de um feto a termo é de 16%. ** O feto, neste período, ganha em média 14 g de gordura por dia. PLACENTA . ●Componente fetal: córion viloso. ●Componente materno: decídua basal. → Necessidades básicas do feto. → Formato discóide. Funções: - Metabolismo (síntese de glicogênio). - Transporte de gases e nutrientes. - Secreção endócrina - hormônios (hCG). Decídua (endométrio gravídico): - A decídua basal é a parte da decídua subjacente ao embrião (sobre córion viloso). - A decídua capsular é a parte superficial da decídua que cobre o concepto, oposta a basal, externa ao embrião. Linha fina encostada no cório liso. - A decídua parietal é toda a parte restante da decídua, onde não houve implantação. ** Na 12ª semana parietal e capsular degenera. Capa citotrofoblástica (placa): junção da decídua basal + vilosidades Reação decidual: Mudanças celulares e vasculares que ocorrem no endométrio quando o blastocisto se implanta. Muitas células deciduais degeneram e, juntamente com sangue materno e secreções do útero, proporcionam uma rica fonte de nutrição para o embrião. - A placenta continua a crescer em tamanho e espessura até o feto ter cerca de 18 semanas (20 semanas de gestação). - A placenta totalmente desenvolvida cobre de 15% a 30% da decídua e pesa aproximadamente um sexto do peso do feto. - Desse modo, a placenta faz as veze s de pulmões e de rins do feto (supre de oxigênio e recolhe gás carbônico e por que de nada adianta o feto eliminar seus resíduos pela urina). - Na gravidez, a placenta produz grandes quantidades de hCG (até 3º mês), estrogênios, progesterona e somatomamotropina coriônica humana (HCS – hormônio de crescimento fetal). - Os septos da placenta dividem a parte fetal da placenta em cotilédones → formado por duas ou mais vilosidades-tronco e seus inúmeros ramos. - No fim do quarto mês, a decídua basal está quase totalmente substituída por cotilédones. MEMBRANA PLACENTÁRIA - A membrana placentária é uma estrutura composta que consiste em tecidos extrafetais que separam o sangue materno do fetal. Até a 20ª semana, ela consiste em quatro camadas: sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. Após a 20ª semana, as células do citotrofoblasto desaparecem nas ramificações das vilosidades, deixando somente as do sinciciotrofoblasto, fazendo com que a membrana placentária seja formada somente de três camadas na maioria dos locais. Em algumas áreas, a membrana se torna muito mais fina e atenuada, onde o sinciciotrofoblasto entra em contato direto com o endotélio dos capilares fetais, formando a membrana vasculosincicial. A superfície livre do sinciciotrofoblasto tem muitas microvilosidades que aumentam a área de superfície de trocas. À medida que a gestação avança, a membrana se torna cada vez mais delgada e o sangue fetal fica extremamente perto do materno. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA - Hemoglobina do feto tem mais afinidade com o O2 que o da mãe. - Volume globular fetal. - Gradiente de concentração. - Efeito Bohr (afinidade por meios básicos. - Quatro mecanismos principais a seguir: A glicose passa por difusão facilitada, os ácidos graxos por difusão simples. Os eletrólitos, como o sódio e o potássio, movem-se tanto por difusão como por transporte ativo. Pinocitose para grandes moléculas. - Somente poucas substâncias endógenas ou exógenas são incapazes de cruzar a membrana placentária em quantidades detectáveis. - O feto produz somente pequenas quantidades de anticorpos, pois seu sistema imune é imaturo (Alguma imunidade passiva é conferida ao feto pela transferência placentária de anticorpos maternos). - A ureia e o ácido úrico passam pela membrana placentária por difusão simples. ANEXOS EMBRIONÁRIOS . - Eles surgem durante a gestação, mas não fazem parte do embrião (estruturas extraembrionárias e desaparecem com o nascimento.) - Auxiliar o desenvolvimento do embrião. - Membrana amniocoriônica : âmnio e o córion liso logo se fundem (se rompe durante o trabalho de parto). CÓRION - vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico até o início da oitava semana. - Com o crescimento desse saco, as vilosidades associadas à decídua capsular são comprimidas, reduzindo seu suprimento sanguíneo. - Essas vilosidades degeneram → córion liso. SACO VITELÍNICO - Com 10 semanas, o pequeno saco vitelino está localizado na cavidade coriônica, entre os sacos amniótico e coriônico. Com o avanço da gravidez, ele se atrofia. - Em cerca de 2% dos adultos, a parte proximal intra-abdominal do saco vitelino persiste como um divertículo ileal (divertículo de Meckel). • Transferência de nutrientes para o embrião durante a segunda e a terceira semana, quando a circulação uteroplacentária está sendo estabelecida. • A formação de sangue ocorre primeiro no mesoderma extraembrionáriobem vascularizado que cobre a parede do saco vitelino no início da terceira semana e continua a se formar ali até a atividade hematopoiética iniciar-se no fígado, durante a sexta semana. • Durante a quarta semana, o endoderma do saco vitelino é incorporado pelo embrião, formando o intestino primitivo • Células germinativas primordiais → migram para as glândulas sexuais em desenvolvimento. - ILHOTAS DE WOLFF = Circulação ALANTOIDE - Evaginação do teto do saco vitelínico – 16º dia. - A formação de sangue ocorre em sua parede, da terceira à quinta semana. - Seus vasos sanguíneos persistem como veia umbilical e artérias umbilicais. - Com o crescimento da bexiga, o alantóide involui, tornando-se um tubo espesso, o úraco. (Depois do nascimento, o úraco transforma-se em um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano, que se estende do ápice da bexiga até o umbigo) - É um órgão vestigial, pois suas funções nos animais são feitas pela placenta. ÂMNIO - Forma o saco amniótico membranoso cheio de fluido, que envolve o embrião e o feto. Líquido amniótico: - Inicialmente, um pouco de líquido amniótico pode ser secretado pelas células amnióticas; entretanto, a maior parte desse fluido provém do fluido tecidual materno e amniótico por difusão através da membrana amniocoriônica a partir da decídua parietal. - O líquido também é secretado pelo trato respiratório fetal e vai para a cavidade amniótica. - No início da 11ª semana, o feto contribui para o líquido amniótico expelindo urina na cavidade amniótica. - O líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratório e digestivo. - Oligoidrâmnio – pouco líquido . - Polidrâmnio (hidrâmnio) — feto não deglute a quantidade usual de líquido amniótico. - Metade dos constituintes orgânicos é proteína; a outra metade consiste em carboidratos, gorduras, enzimas, hormônios e pigmentos. • Age como uma barreira contra infecções. • Impede a aderência do âmnio ao embrião e ao feto. • Proteção mecânica. • Ajuda a controlar a temperatura corporal do embrião. • Capacita o feto a mover-se livremente (desenvolvimento dos membros). • Participa da manutenção da homeostasia dos fluidos e eletrólitos. CORDÃO UMBILICAL - A ligação do cordão umbilical à placenta normalmente fica no centro da superfície fetal desse órgão, mas ele pode aderir em qualquer ponto. - Formado por 2 artérias e 1 veia. - 1 a 2 cm de diâmetro e 30 a 90 cm de comprimento (média, 55 cm). - Cordões longos têm a tendência a sofrer prolapso e/ou enrolar-se em torno do feto. - Curto pode causar a separação prematura da placenta da parede do útero durante o parto. - Usualmente, o cordão tem duas artérias e uma veia envolvidas por tecido conjuntivo. PARTO . Feto produz no hipotálamo hormônio liberador de corticotrofina (CRH) → estimula a hipófise, que libera corticotropina (ACTH) → estimula a suprarrenal, que produz cortisol → estimula a produção de estrogênios → atuam no endométrio, provocando contrações uterinas → o estrogênio vai estimular a produção de ocitocina no hipotálamo da mãe → mais contrações. ** A ocitocina também estimula a produção de prostaglandinas que também são uma classe de hormônios responsáveis por aumentar a contratilidade do útero em conjunto com o estrogênio. IDADE GESTACIONAL . A gravidez é datada do 1° dia da última menstruação. A duração média da gestação é de 280 dias (40 semanas). Isso fornece a data provável do parto presumindo que a menstruação seja regular, a ovulação tenha ocorrido no 14° dia, e o ciclo tenha sido normal. • Regra de Nägele: consiste em adicionar a data da última menstruação 7 dias e mais 9 meses (ou subtrair 3). Outro método consiste em somar 14 dias ao último catamênio, mais 9 meses em mulheres com ciclo regular de 28 dias. Em casos de ciclo irregular, deve-se alterar a contagem com base na presunção de que a ovulação ocorre 15 dias antes do início de um novo ciclo. • Ultrassonografia: em cerca de 20 a 30% das grávidas, o cálculo não pode ser feito pela menstruação, nesses casos é necessário exame ultrassonográfico. No primeiro trimestre, a idade gestacional é estimada pela medida do comprimento cabeça-nádega com precisão de 3 a 5 dias. De 12 até 20 semanas, o diâmetro biparietal fornece precisão de 7 a 10 dias. Após 20 semanas as medidas sonográficas são imprecisas. Se houver diferença de 7 dias entre a idade calculada pela menstruação e pelo ultrassom, prevalece o cálculo por sonografia. • Quantidade de Beta HCG no sangue, altura uterina, após a 12ª semana de gestação.
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