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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL

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OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
Desenvolvimento Embrionário 
Resumo Da Primeira Semana 
• Os ovócitos são produzidos pelo ovário (ovogênese) e dele são expelidos na ovulação → fímbrias da tuba uterina varrem o ovócito 
para a ampola, onde ele será fecundado 
• Os espermatozoides são produzidos nos testículos (espermatogênese) e são armazenados no epidídimo → ejaculação do sêmen 
no coito resulta no depósito de milhões de espermatozoides na vagina → centenas passam pelo útero e entram nas tubas 
• Quando um ovócito é penetrado por um espermatozoide, ele completa a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro 
e um segundo corpo polar → o núcleo do ovócito maduro constitui o pronúcleo feminino 
o Após a entrada do espermatozoide no ovócito, a cabeça do espermatozoide se separa e aumenta de volume para formar 
o pronúcleo masc → fecundação completa quando os pronúcleos se unem e os cromossomos misturam-se na metáfase 
da primeira divisão mitótica do zigoto 
• À medida que o zigoto passa ao longo da tuba em direção ao útero, sofre a clivagem, que forma os blastômeros → 3 dias após a 
fecundação, a mórula entra no útero → se forma uma cavidade (blastocisto) → embrioblasto, cavidade blastocística, e trofoblasto 
o O trofoblasto envolve o embrioblasto e a cavidade blastocística e mais tarde forma estruturas extraembrionárias e a parte 
embrionária da placenta 
• 4 a 5 dias após, a zona pelúcida desaparece e o trofoblasto adjacente ao embrioblasto adere ao epitélio endometrial → no polo 
embrionário, o trofoblasto se diferencia em sinciciotrofoblasto, e citotrofoblasto 
o O sinciciotrofoblasto invade o epitélio endometrial e o tecido conjuntivo subjacente, e se forma uma camada cuboidal de 
hipoblasto na superfície inferior do embrioblasto 
• No final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio 
 
Segunda Semana De Desenvolvimento 
• Acontece o término da implantação do blastocisto, com modificações morfológicas que originam um disco embrionário bilaminar, 
o qual originará as camadas germinativas que formam os tecidos e órgãos do embrião 
o Nessa fase há tambem formação de estruturas extraembrionárias → cavidade amniótica, âmnio, saco vitelino, pedículo 
de conexão e saco coriônico 
 
TÉRMINO DA IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO 
• A implantação termina no fim da 2ª sem, entre o 6º e 10º dia após a ovulação e fecundação 
• Conforme o blastocisto se implanta, o trofoblasto entra em contato com o endométrio e se diferencia em 2 camadas 
o Citotrofoblasto → camada interna ativa e responsável pela formação da camada externa 
o Sinciciotrofoblasto → camada externa e erosiva, responsável por invadir o tecido conjuntivo endometrial e deixar o 
blastocisto totalmente no tecido 
• Para ocorrência da implantação é necessário moléculas, em sincronia entre o blastocisto invasor e o endométrio receptivo 
o As microvilosidades das células endometriais, as integrinas, citocinas, prostaglandinas, hormônios, fatores de 
crescimento, enzimas de matriz extracelular, proteína quinase A, possuem o papel de tornar o endométrio mais receptivo. 
• Durante o período de implantação, as células do tecido conjuntivo ao redor do local de implantação acumulam glicogênio e lipídios 
→ células deciduais se degeneram nas proximidades do sinciciotrofoblasto invasor para prover nutrientes. 
o No fim se forma uma rede de fibrina para fechar o epitélio do endométrio 
• O sinciciotrofoblasto produz o hCG, que no endométrio entra na circulação sanguínea materna para que chegue ao corpo lúteo e 
iniba a sua degeneração durante a gestação, mantendo a produção de estrogênio e progesterona. 
 
FORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS EXTRA-EMBRIONÁRIAS 
• Com a implantação do blastocisto, aparece um espaço no embrioblasto, que é o primórdio da cavidade amniótica → logo as células 
amniogênicas (amnioblastos) se separam do epiblasto e revestem o âmnio, que envolve a cavidade amniótica 
• Concomitantemente, no 8º dia, ocorrem mudanças morfológicas no embrioblasto que formam uma placa bilaminar quase circular 
de células achatadas, o disco embrionário, formado por 
o Epiblasto → camada de células colunares altas, responsável por formar o assoalho da cavidade amniótica, estando 
perifericamente em continuidade com o âmnio. 
▪ Surge uma pequena cavidade de amnioblastos, que formam o âmnio 
o Hipoblasto → camada de células cubóides que formam o teto da cavidade exocelômica (saco vitelino), estando em 
continuidade com a membrana exocelômica (membrana vitelina) 
▪ Essa membrana, junto com o hipoblasto, forma o saco vitelino primitivo 
▪ O disco embrionário situa-se agora entre a cavidade amniótica e o saco vitelino primitivo 
• As células do endoderma do saco vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo, o mesoderma extraembrionário, que circunda 
o âmnio e o saco vitelino → esse mesoderma será formado tambem por células da linha primitiva 
• O saco vitelino e a cavidade amniótica tornam possíveis os movimentos morfogenéticos das células do disco embrionário. 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
DESENVOLVIMENTO NO 10º AO 12º DIA 
• No 10º dia, o concepto humano (embrião e membranas) está completamente implantado → cavidade blastocística agora é 
chamada de cavidade exocelômica ou saco vitelínico primitivo → células do endométrio continuam passando pela reação decidual 
• Com a formação dessas estruturas extraembrionárias, surgem as lacunas no sinciciotrofoblasto no 12º dia, a partir de uma falha 
no epitélio endometrial → são preenchidas por sangue materno de capilares endometriais rompidos 
o E por restos celulares de glândulas uterinas destruídas durante a nidação → forma tampão de coágulo sanguíneo fibrinoso 
• Esse fluido (embriotrofo) é o responsável por dar início a formação da circulação uteroplacentária primitiva, nutrindo o embrião 
por difusão através do disco embrionário. 
o Capilares endometriais ao redor do embrião se tornam congesto e dilatados, formando os sinusóides maternos 
o O sangue oxigenado chega até as lacunas pelas artérias endometriais espiraladas, e o sangue pouco oxigenado é 
removido das lacunas pelas veias endometriais. 
• A hCG passa a ser produzidas nas lacunas do sinciciotrofoblasto, mantendo a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário 
 
❖ Enquanto isso, entre o citotrofoblasto e a membrana da cavidade exocelômica, surge o mesoderma extraembrionário, que irá 
aumentar e criar espaços celômicos extraembrionários 
o Estes se fundem e formam uma cavidade isolada (celoma) que envolve o âmnio e a vesícula umbilical 
• Com a formação do celoma, a vesícula umbilical diminui de tamanho e forma um pequeno saco vitelino secundário que tem papel 
de nutrição do embrião. 
 
DESENVOLVIMENTO FINAL DA SEGUNDA SEMANA (13º E 14º DIAS) 
• No fim da 2ª sem surgem as vilosidades coriônicas primarias → o córion é a estrutura precursora da placenta ao final da gestação. 
• A formação inicial dessas vilosidades coriônicas primárias ocorre como uma invasão do citotrofoblasto no sinciciotrofoblasto, onde 
se forma uma barreira hematoplacentária, que separa o tecido da mãe e do bebe. 
o Nesse estagio, o transporte de nutrientes advindos da mãe ainda não é eficaz → o sangue chega às redes lacunares pela 
barreira hematoplacentária e vai de célula a célula) 
▪ Por isso é necessário a formação de uma rede vascular eficiente → vilosidades coriônicas secundárias. 
 
❖ Ao final da segunda semana, o celoma extraembrionário é “digerido”, causando uma divisão do mesoderma extraembrionário em 
o Mesoderma somático, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio 
o Mesoderma esplâncnico, que envolve o saco vitelínico. 
• Com isso, o mesoderma somático e as duas camadas de trofoblastos formam o córion, transformando a cavidade do celoma em 
cavidade coriônica, revestidapelo saco coriônico. 
o O interior do saco coriônico passa a encontrar o embrião com os sacos vitelínico e amniótico → estes são presos pelo 
pedículo, tambem formado nessa etapa 
• O USTV é usado para medir o diâmetro do saco coriônico → importante para avaliar o desenvolvimento embrionário 
 
❖ EMBRIÃO DE 14 DIAS → ainda tem a forma de disco embrionário bilaminar, formado por epiblasto e hipoblastos 
• Mas agora as células hipoblásticas são colunares, formando uma protuberância chamada de placa precordal 
o Desenvolve parte do SNC, boca e cabeça do bebe. 
• Diferenciação do saco vitelino primário para secundário 
• O epiblasto formará o ectoderma do âmnio, o ectoderma embrionário e a linha primitiva. 
o A linha primitiva da origem ao mesoderma extraembrionário, mesoderma embrionário, processo notocordal e endoderma 
 
TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO 
• É a semana que coincide com a semana seguinte a primeira ausência menstrual, ocorrendo 5 semanas após a DUM 
• Durante essa semana, o marco de desenvolvimento se dá por: 
o Aparecimento da linha primitiva 
o Desenvolvimento da notocorda 
o Diferenciação das três camadas germinativas 
• Ou seja, durante a terceira semana é formado o mesoderma → formará ossos e cartilagens, músculos, tecidos conjuntivo densos, 
sistema urogenital, sanguíneo, linfático e cardiovascular 
o Endoderma → forma o tubo digestivo e derivados, faringe, amígdalas, timo, bexiga 
o Ectoderma → forma o SN, epiderme, pelos, glândulas, ouvido, cristalino 
▪ Além do aparecimento da linha primitiva e da notocorda. 
 
❖ Os principais eventos do período embrionário estão relacionados às mudanças na forma do disco embrionário, que adquire o 
formato de um tubo, ao mesmo tempo em que os folhetos se diferenciam e começam a estruturar os tecidos, órgãos e sistemas 
• Esses eventos ocorrem de forma gradativa ao longo dessas 5 semanas, e são responsáveis também por mudanças externas no 
embrião, que passa a apresentar o aspecto humano. 
 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
GASTRULAÇÃO 
• Processo de transformação do disco embrionário bilaminar em disco trilaminar (três camadas germinativas) precursor de todos os 
tecidos embrionários futuros → ocorre tambem a orientação axial 
• Isso é feito através do rearranjo e movimento das células, com mudanças em suas propriedades 
o Durante esse período, o embrião é algumas vezes denominado gástrula 
• A gastrulação se inicia com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário 
Formação da Linha Primitiva 
• Ocorre no início da 3ª sem (15/16º dia), surgindo na extremidade caudal do embrião como resultado da proliferação e migração 
de células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário → iniciando os primeiros sinais da gastrulação 
• Ao mesmo tempo, na extremidade cefálica, surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no centro (fosseta primitiva) 
o Concomitantemente, na linha primitiva forma-se o estreito — sulco primitivo 
o O sulco e fosseta resultam de uma invaginação das células do epiblasto, que dão origem às camadas germinativas 
▪ Após esse processo, já se identifica o eixo cefálico-caudal do embrião, as extremidades cefálica e caudal, 
superfícies dorsal e ventral, e os lados esquerdo e direito 
• Pouco depois do aparecimento da linha primitiva, as células epiteliais do sulco abandonam a superfície profunda e formam o 
mesênquima → células mesenquimais são ameboides e fagocíticas, e estão suspensas em uma matriz gelatinosa 
o Forma os tecidos de sustentação do embrião, como a maior parte dos tecidos conjuntivo 
• Parte do mesênquima forma o mesoblasto (mesoderma indiferenciado), que forma o mesoderma embrionário → AFASTANDO O 
EPI E HIPOBLASTO E ORIGINANDO O DISCO TRILAMINAR 
o Células do hipoblasto formam o endoderma, no teto do saco vitelino 
o As células que permanecem no epiblasto formam o ectoderma embrionário ou intraembrionário 
• As células mesenquimais originadas da linha primitiva migram amplamente → são pluripotentes e têm o potencial de proliferar e 
diferenciar-se em diversos tipos celulares 
 
❖ Folhetos Embrionários 
o Ectoderma embrionária → origina epiderme, SNC e SNP, olhos, ouvidos internos, células da crista neural e tecidos 
conjuntivos da cabeça 
o Endoderma embrionário → fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo as glândulas 
que se abrem no trato digestório e as células glandulares do fígado pâncreas. 
o Mesoderma embrionário → origina todos os músculos esqueléticos, células sanguíneas, revestimento dos vasos 
sanguíneos, musculatura lisa das vísceras, revestimento seroso das cavidades 
▪ Ductos e órgãos dos sistemas genitais e excretor, a maior parte do sistema cardiovascular, derme e estroma 
dos órgãos internos. 
▪ No tronco, dá origem a todos os tecidos conjuntivos → cartilagens, ossos, tendões, ligamentos, 
 
❖ Depois da 4ª semana, a produção de mesoderma torna-se mais lenta → a linha primitiva diminui e torna-se uma estrutura 
insignificante na região sacrococcígea do embrião, normalmente sofrendo mudanças degenerativas e desaparecendo 
• Restos da linha primitiva podem persistir e dar origem a um tumor → teratoma sacrococcígeo → derivam de células pluripotentes, 
por isso contêm vários tipos de tecidos das três camadas germinativas em estágios incompletos de diferenciação 
o São os tumores mais comuns em RN, sendo a maioria do sexo feminino (80% 
o Geralmente diagnosticados por ultrassonografia, e a maioria dos tumores é benigna 
 
Formação do Processo Notocordal 
• Tem início através do processo de migração cefálica de células mesenquimais do nó e fosseta primitiva, formando um cordão 
celular mediano que leva o nome de processo notocordal. 
• Esse processo adquire uma luz (tubo) que forma o canal notocordal → este cresce até alcançar a placa precordal, área onde as 
células endodérmicas se encontram com as ectodérmicas 
o É com essas camadas fundidas que se forma a membrana bucofaríngea, futuro local da cavidade oral 
• As células mesodérmicas adjacentes ao canal notocordal se fundem ao endoderma e se degeneram → a partir dai o endoderma 
se diferencia em uma camada de células que se fecha internamente → formando a notocorda 
 
❖ Algumas células mesenquimais da linha primitiva e processo notocordal migram lateral e cefalicamente, entre o ectoderma e 
mesoderma, até alcançarem as bordas do disco embrionário 
• Algumas células mesenquimais da linha primitiva tambem com destinos mesodérmicos, migram cefalicamente de cada lado do 
processo notocordal e em torno da placa pré-cordal, onde se encontram 
o Formam o mesoderma cardiogênico → primórdio do coração começa a se desenvolver no fim da 3ª sem 
 
❖ Caudalmente a linha há área circular com disco bilaminar responsável por formar a membrana cloacal → dá origem ao ânus 
• Aqui e na membrana mucofaringea, o disco permanece bilaminar pois o ecto e endoderma estão fundidos → impede a migração 
de células mesenquimais entre os folhetos 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
 
• Sinais instrutivos que ocorrem naturalmente da região de linha primitiva induzem as células precursoras notocordais a formarem 
a notocorda → o mecanismo que induz essas células envolve sinalização Shh da placa ventral do tubo neural 
• O processo notocordal é nesse momento um tubo que se estende do nó primitivo ate a placa pré-cordal → aqui o assoalho do 
processo notocordal, com células mesenquimais, se funde com o endoderma subjacente 
o As camadas fundidas se degeneram parcialmente e formam aberturas no assoalho, havendo comunicação entre o canal 
e o saco vitelino → depois desaparecem e formam a placa notocordal 
• Iniciando pela parte cefálica, as células da notocorda proliferam e a placa se dobra, formando a notocorda→ a parte proximal 
persiste, temporariamente, como o canal neuroentérico 
o Esse processo se estende do 17º dia ao 21º 
• A notocorda separa-se do endoderma do saco vitelino, que novamente se torna uma camada contínua 
• Ela se estende da membrana bucofaríngea ao nó primitivo → degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam, 
mas persiste como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral. 
 
 A notocorda define o eixo primitivo do embrião dando-lhe certa rigidez. 
o Fornece os sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e da coluna vertebral) e SNC 
▪ Funciona como o indutor primário do embrião → induz o ectoderma a espessar-se e formar a placa neural, o 
primórdio do sistema nervoso central 
o Contribui na formação dos discos intervertebrais. 
 
 Tumores benignos e malignos (cordomas) podem se formar a partir do tecido notocordal. 
• 1/3 dos cordomas que surgem de restos vestigiais da notocorda ocorre na base do crânio, estendendo-se até a nasofaringe 
o Crescem lentamente e as formas malignas infiltram os ossos 
 
ALANTOIDE 
• Surge por volta do 16º dia como um pequeno divertículo da parede caudal do saco vitelino, que se estende ao pedículo do embrião 
o Nos embriões humanos, o alantoide permanece muito pequeno, mas o mesodermo alantoide se expande abaixo do córion 
e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta 
• A parte proximal do divertículo alantoide original persiste durante a maior parte do desenvolvimento como uma linha (úraco), que 
se estende da bexiga até a região umbilical → representado nos adultos pelo ligamento umbilical mediano 
• Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se as artérias umbilicais 
❖ CISTOS DO ALANTOIDE → restos da porção extraembrionária do alantoide, geralmente encontrados entre os vasos umbilicais 
fetais e podem ser detectados por ultrassonografia 
• Em geral são assintomáticos até a infância ou adolescência, quando podem apresentar infecção e inflamação 
 
NEURULAÇÃO 
• Processo de formação da placa neural, das pregas neurais, com fechamento das pregas para formação do tubo neural 
o Inicia na 3ª semana e finaliza até o final da 4ª, quando ocorre o fechamento do neuroporo caudal. 
• A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento → por volta do 18º dia, a placa se invagina ao longo 
do eixo central, formando o sulco neural mediano com pregas neurais em cada lado. 
• Ao final da 3ª sem, as pregas neurais começam a se aproximar em um ponto até se fundir, formando o tubo neural inicial 
• Quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, a crista neural é formada entre eles → ela se separa em partes 
direita e esquerda, que migram para as partes dorsolaterais, e originam os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais 
• A fusão das demais partes das pregas neurais avança em direção cefálica e caudal, permanecendo aberto na extremidade cranial 
até o 25º dia (neuroporo rostral) e na extremidade caudal até o 27º dia (neuroporo caudal). 
 
❖ ANOMALIAS CONGÊNITAS RESULTANTES DE NEURULAÇÃO ANORMAL → a placa neural surge na 3ª sem e origina as pregas 
neurais e o início do tubo neural, os distúrbios de neurulação podem resultar em graves anormalidades do encéfalo e medula 
• Os defeitos de tubo neural constituem as anomalias congênitas mais comuns → a meroanencefalia (ausência parcial do encéfalo) 
é o mais grave e é também a anomalia mais comum do SNC. 
 
DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS 
• Células do nó primitivo tambem formam o mesoderma paraxial, onde a população celular aparece como coluna espessa e 
longitudinal de células → ao final da 3ª sem se diferencia, condensa e começa a dividir em corpos cubóides pareados (somitos) 
o Os blocos celulares se encontram em cada lado do tubo neural em desenvolvimento, surgindo cerca de 38 pares de 
somitos ao longo dos dias 20 e 30 → ao final da 5ª sem, há cerca de 42 a 44 pares de somitos. 
• Inicialmente, os somitos surgem na futura região occipital da cabeça do embrião e logo se desenvolvem crânio caudalmente, para 
dar origem à maior parte do esqueleto axial e da musculatura associada, junto com a derme da pele adjacente. 
 
 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
DESENVOLVIMENTO DO CELOMA EMBRIONÁRIO 
• O celoma intraembrionário é a cavidade do corpo do embrião que surge como espaços celômicos isolados no mesoderma 
intraembrionário lateral e no mesoderma cardiogênico. 
• Esses espaços se unem para formar uma única cavidade (celoma), que divide o mesoderma lateral em 
o Camada somática/parietal → cobre o âmnio 
▪ Junto ao ectoderma sobrejacente do embrião formam a parede do corpo do embrião → somatopleura 
o Camada visceral/esplâncnica → cobre o saco vitelino. 
▪ Junto do endoderma subjacente do embrião formam o intestino do embrião → esplancnopleura 
• Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário está dividido em três cavidades → pericárdica, pleural e peritoneal 
 
Desenvolvimento Inicial Do Sistema Cardiovascular 
• Ao final da 2ª semana, a nutrição do embrião é obtida a partir do sangue materno por meio de difusão através do celoma 
extraembrionário e vesícula umbilical 
• Na 3ª, inicia-se a vasculogênese no mesoderma extraembrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion 
o Vasos sanguíneos do embrião começam a se desenvolver cerca de 2 dias mais tarde. 
o Nesse período, desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária 
• A formação do sistema vascular do embrião envolve a vasculogênese → formação de novos canais vasculares pela reunião de 
precursores celulares individuais chamados angioblastos 
o E angiogênese → formação de novos vasos pela ramificação de vasos preexistentes. 
 
❖ A formação dos vasos sanguíneos inicia-se quando as células mesenquimais se diferenciam em angioblastos, que se aglomeram 
e formam as ilhotas sanguíneas, com pequenas cavidades no interior 
• Os angioblastos se achatam e formam as células endoteliais ao redor da cavidade da ilhota sanguínea, dando origem ao endotélio. 
o As cavidades se fusionam e formam uma rede de canais endoteliais (vasculogênese) → os vasos criados se ramificam 
por brotamento (angiogênese) enquanto se fundem com outros vasos, formando o sistema sanguíneo primitivo. 
• As células mesenquimais ao redor dos vasos sanguíneos endoteliais primitivos se diferenciam para formar tecido muscular e tecido 
conjuntivo da parede dos vasos 
 
• As células sanguíneas se desenvolvem a partir de células endoteliais dos vasos, no fim da 3ª semana 
o A formação do sangue (hematogenese) começa na 5ª semana, primeiro no fígado, passando ao baço, ME e linfonodos 
 
❖ SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO 
• O coração e grandes vasos se formam a partir das células mesenquimais na área cardiogênica → na 3ª semana, formam-se canais 
longitudinais e tubos cardíacos endocárdicos, que se fundem e originam o tubo cardíaco primitivo 
• O coração tubular une-se a vasos sanguíneos do embrião, pedículo, córion e saco vitelino, para formar o sistema primitivo 
o Ao final da terceira semana, o sangue está circulando e o coração começa a bater entre o 21º e 22º dia. 
o O sistema cardiovascular é o 1º a alcançar estado funcional → batimentos podem ser detectados por Doppler, durante a 
5ª semana, cerca de 7 semanas depois do último período menstrual normal 
 
DESENVOLVIMENTO DAS CAVIDADES CORIÔNICAS 
• Logo após o aparecimento das vilosidades coriônicas primárias no fim da 2ª sem, elas começam a se ramificar → no inicio da 3ª 
sem, o mesênquima cresce para dentro dessas vilosidades formando um eixo central de tecido mesenquimal. 
• Nesse estágio, as vilosidades — secundárias — recobrem a superfície do saco coriônico → algumas células mesenquimais da 
vilosidade se diferenciam em capilares e células sanguíneas, formando as vilosidades coriônicas terciárias 
o Esses capilares se fundem e formam redesarterio-capilares, que se conectam com o coração do embrião por vasos que 
se diferenciam no mesênquima do córion e pedículo 
• No fim da 3ª semana, o sangue do embrião começa a fluir através dos capilares das vilosidades coriónicas, captando o oxigênio e 
os nutrientes do sangue materno presente no espaço interviloso, enquanto expulsa CO2 e produtos residuais 
 
❖ Ao mesmo tempo, células do citotrofoblasto das vilosidades proliferam e se estendem, formando uma capa citotrofoblástica que 
envolve o saco coriônico e o prende ao endométrio 
• As vilosidades que se prendem aos tecidos maternos pela capa citotrofoblástica são as vilosidades-tronco (de ancoragem), e as 
que crescem dos lados constituem as vilosidades terminais 
o Pelas paredes das vilosidades terminais se dá a maior parte das trocas de material entre o sangue da mãe e embrião 
 
QUARTA À OITAVA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO → ORGANOGENESE 
• É o período do desenvolvimento das principais estruturas internas e externas, por meio de mudanças na forma do corpo, que 
ocorrem devido ao processo de dobramento do embrião → resultado do rápido crescimento no plano mediano e horizontal 
• Ao final da 8ª semana, o embrião possui uma clara aparência humana → inicialmente o embrião começa quase reto, com 4-12 
somitos e com o tubo neural ainda aberto nos neuroporos. 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
o Como os tecidos e órgãos estão diferenciando-se rapidamente esse período, a exposição de embriões a teratógenos 
nessa fase pode causar grandes anomalias congênitas. 
• A primeira fase do desenvolvimento é a do crescimento, que envolve divisão celular e a elaboração de produtos celulares 
• A segunda fase é a da morfogênese (desenvolvimento da forma, tamanho e outras características de um órgão ou parte do corpo). 
o Nesse processo ocorrem interações complexas em uma sequência ordenada → movimento das células as possibilita 
interagir umas com as outras durante a formação dos tecidos e órgãos 
• A terceira fase é a da diferenciação (maturação dos processos fisiológicos) → o término resulta na formação de tecidos e órgãos 
capazes de executar funções especializadas. 
 
Dobramento Embrionário 
• No início da 4ª sem, os dobramentos nos planos mediano e horizontal convertem o disco embrionário trilaminar achatado em um 
embrião mais ou menos cilíndrico 
• A velocidade do crescimento lateral do embrião não acompanha o crescimento longitudinal → por isso ocorre o dobramento. 
o Os dobramentos das extremidades cefálica, caudal e dobramento lateral ocorrem de forma simultânea. 
o A junção do embrião com o saco vitelino sofre constrição relativa. 
 
Dobramentos No Plano Mediano 
• Ocorre em com a produção de duas pregas: 
❖ Prega Cefálica → no inicio da 4ª semana, as pregas neurais cefálicas se espessam e formam o primórdio do encéfalo, o qual se 
projeta dorsalmente na cavidade amniótica 
• Posteriormente, ele cresce em direção cefálica, além da membrana bucofaríngea, sobre o coração em desenvolvimento 
o O septo transverso, o coração primitivo, celoma pericárdico e membrana bucofaríngea sofrem deslocamento para a 
superfície ventral do embrião. 
• Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco vitelínico é incorporado ao embrião formando o intestino 
anterior (primórdio do sistema digestório, entre o encéfalo e coração) 
o Depois do dobramento, o septo situa-se caudalmente ao coração, onde se desenvolve o tendão central do diafragma 
• A prega cefálica também influencia a formação do celoma embrionário → depois do dobramento, o celoma pericárdico localiza-se 
ventralmente ao coração e cefálico ao septo transverso 
o Neste estágio, o celoma intraembrionário comunica-se livremente, por ambos os lados, com o celoma extraembrionário 
 
❖ Prega Caudal → resulta do crescimento da parte distal do tubo neural, sendo que à medida que o embrião cresce, a região caudal 
se projeta sobre a membrana cloacal (futura região do anus) 
• No dobramento da extremidade caudal, parte do endoderma se incorpora ao intestino posterior, cuja porção terminal sofre 
dilatação e forma a cloaca (primórdio da bexiga e reto) 
• Após o dobramento, o pedículo de fixação, primórdio do cordão umbilical, fica preso à superfície ventral do embrião → e a alantóide 
é parcialmente incorporada ao embrião 
 
Dobramento No Plano Lateral 
• Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e somitos, formando as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento 
causa deslocamento do disco embrionário ventralmente e forma o embrião praticamente cilíndrico. 
• Conforme as paredes abdominais se formam, parte do endoderma é incorporado como intestino médio (primórdio do intestino 
delgado), que antes do dobramento tinha conexão com o saco vitelínico → após, essa conexão fica reduzida a um canal vitelínico. 
o À medida que a cavidade amniótica se expande e oblitera a maior parte do celoma extraembrionário, o âmnio passa a 
formar o revestimento epitelial do cordão umbilical 
• Com a fusão das pregas do embrião ao longo da linha média ventral, ocorre a formação do celoma intra-embrionário, que dá 
forma anatômica as membranas serosas 
o O interior da parede do corpo será coberto por mesoderma somático, e as vísceras cobertas pelo mesoderma esplâncnico. 
• Com isso, ocorre a formação de um embrião com formato de um tubo dentro de um tubo, onde o tubo ectodérmico externo forma 
a pele, e o tubo endodérmico interno forma o intestino. 
o Preenchendo o espaço entre esses dois tubos está o mesoderma, responsável pela formação de outras estruturas vitais. 
 
Derivados Dos Folhetos Germinativos 
• Os três folhetos germinativos que darão origem a todos os tecidos são formados durante a gastrulação, mas ficam mais 
desenvolvidos e posicionados após o dobramento embrionário, sendo responsáveis pelo desenvolvimento de: 
❖ Ectoderma → SN central e periférico, epitélios sensoriais do olho, orelha e do nariz, epiderme e anexos (unhas e pelos) 
o Glândulas mamárias, hipófise, glândulas subcutâneas, esmalte dos dentes 
o Gânglios espinhais autônomos e cranianos (V, VII, IX e X) 
o Bainha dos nervos dos SNP, meninges do encéfalo e da medula espinhal 
❖ Mesoderma → tecido conjuntivo, cartilagem, ossos, músculos estriados e lisos 
o Coração, vasos sanguíneos e linfáticos, rins, ovários e testículos, ductos genitais 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
o Membranas pericárdica, pleural e peritoneal, baço e córtex das adrenais 
❖ Endoderma → revestimento epitelial dos tratos respiratório e gastrointestinal 
o Tonsilas, tireoide e paratireoides, timo, fígado e pâncreas 
o Revestimento epitelial da bexiga e maior parte da uretra 
o Revestimento epitelial da cavidade do tímpano, antro timpânico e da tuba auditiva 
 
PRINCIPAIS EVENTOS DE DESENVOLVIMENTO DA 4ª À 8ª SEMANA 
Quarta Semana De Desenvolvimento 
• O embrião é reto e tem 4 a 12 somitos → torna-se ligeiramente encurvado decorrente das pregas cefálica e caudal. 
• Somitos produzem elevações, e o primeiro arco faríngeo (forma a mandíbula e maxila) e o arco hióide se tornam visíveis (24 dias) 
• Coração primitivo produz uma grande saliência ventral e já bombeia o sangue. 
o Rudimentos do sistema cardiovascular e de outros órgãos já estão desenvolvidos 
o Fossa oval do coração aberta pq o sangue n precisa ir pro pulmão ainda 
• Neuroporo anterior já se encontra fechado, enquanto o neuroporo caudal se fecha ao final da 4ª semana 
• O prosencéfalo produz uma saliência e o dobramento do embrião dá a ele uma forma de “C” 
• Presença de uma longa cauda encurvada 
• Surgimento dos brotos dos membros superiores reconhecíveis no 26 dia 
o Os brotos dos mii são reconhecidos ao final da 4ª sem 
• Fossetas óticas (primórdios das orelhas internas) e placóides cristalinos (dos olhos) são formadosQuinta Semana De Desenvolvimento 
• Pequenas mudanças no corpo em relação a semana anterior → com rápido crescimento do encéfalo e proeminências 
o A face do rosto em formação fica em contato com a eminencia cardíaca 
• Formação do seio cervical → depressão ectodérmica lateral, formado pelo crescimento do segundo arco faríngeo lateral que se 
superpõe ao terceiro e quarto arcos 
• Brotos dos membros superiores adquirem a forma de remos e os membros inferiores de nadadeira 
• Formação das cristas nefrogenicas que indicam o sítio dos rins mesonéfricos → órgãos provisórios 
 
Sexta Semana De Desenvolvimento 
• Aqui os embriões apresentam respostas reflexas ao toque 
o Ocorre movimentação espontâneas do embrião com contrações bruscas do tronco e membros formados. 
• As placas das mãos e os cotovelos se desenvolvem nos mmss, os raios digitais (futuros dedos) começam a se desenvolver 
o Nos mmii se desenvolvem 4 a 5 dias depois 
• Saliências auriculares se formam em torno do sulco braquial faríngeo, entre os dois primeiros arcos. 
o Esse sulco forma o meato auditivo externo e as saliências se fundem para formar a aurícula. 
• O olho passa a ser bem evidente e o pigmento retiniano já se formou. 
• A cabeça é muito maior que o tronco e se dobra sobre a grande saliência cardíaca → essa posição da cabeça é responsável pelo 
encurvamento da região cervical → enquanto o tronco e o pescoço começam a se tornar retos 
• Intestino começa a entrar no celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical para que o intestino possa se 
acomodar com o rápido crescimento → formando uma hernia fisiológica 
 
Sétima Semana De Desenvolvimento 
• Formam-se depressões entre os raios digitais que separam os futuros dedos 
• Forma-se o canal vitelino (ducto estreito que antes formava uma comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelínico) 
• No fim da sétima semana, a ossificação dos ossos dos membros superiores já se iniciou. 
 
Oitava Semana De Desenvolvimento 
• Os dedos das mãos encontram-se separados, mas unidos por membranas 
o Se visualiza depressões entre os raios digitais dos pés, mostrando o surgimento dos dedos inferiores. 
• A cauda ainda está presente, porém é mais curta e rombuda → ao final todos os sinais da cauda desaparecem 
• O plexo vascular do couro cabeludo aparece e forma uma faixa em torno da cabeça 
• Ao final da oitava semana todas as regiões dos membros estão aparentes, os dedos se alongam e estão completamente separados. 
o Ocorre os primeiros movimentos propositais dos membros 
• Ossificação começa nos membros inferiores, no fêmur 
• Embrião possui uma feição nitidamente humana, porém a cabeça é muito maior que o restante do corpo 
o As pálpebras estão se fechando por fusão epitelial 
o As aurículas estão adquirindo a forma final, porém ainda estão implantadas mais abaixo da cabeça. 
• Intestino ainda se encontra na porção proximal do cordão umbilical 
• Ainda não é possível fazer diferenciação sexual por observação da genitália externa, apesar de já ter algumas diferenças 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
Desenvolvimento Fetal 
Trimestres Gestacionais 
• A gestação é dividida em três trimestres sendo eles: 
o Primeiro trimestre → formação de todos os principais sistemas → 0-12 semanas 
o Segundo trimestre → crescimento em tamanho e surgimento das principais anomalias → 12-24 semanas 
o Terceiro trimestre → aumento do peso e possibilidade de sobrevivência extrauterina → 24-36 semanas 
• Durante a 9ª semana até o nascimento, inicia-se então o período de desenvolvimento fetal, relacionado ao rápido crescimento do 
corpo e diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas, tendo alguns eventos marcantes 
o Diminuição relativa do crescimento da cabeça comparado ao corpo 
o Taxa de crescimento elevada 
o Ganho de peso significativo nas últimas duas semanas 
 
PRINCIPAIS EVENTOS De Desenvolvimento DA 9ª A 12ª SEMANA 
• No início da 9ª semana a cabeça é quase metade do corpo total do feto → até a 12ª ocorre uma rápida aceleração do crescimento 
corporal, que faz com que ao final desta o feto já tenha o dobro do comprimento 
o E há diminuição do crescimento da cabeça, porém ela continua desproporcionalmente grande. 
• Ocorre alteração na face do feto, pois na 12ª os centros de ossificação primária já aparecem, em especial no crânio e ossos longos. 
o Os olhos já estão bem separados e as orelhas têm uma baixa implantação. 
• Os membros superiores alcançam o comprimento final relativo, enquanto os membros inferiores ainda são menores. 
• A genitália externa tem a sua forma fetal madura já está estabelecida ate a 12ª semana, sendo possível diferenciar os sexos. 
• Na metade da 10ª semana, as alças intestinais são visíveis na extremidade proximal do cordão umbilical, e na 11ª o intestino 
retorna para o abdômen que agora consegue comportar internamente. 
• Até a 9ª semana o fígado ainda é o local de formação de hemácias principal → depois da 12ª, o baço assume essa função. 
• Inicia a formação da urina nesse período, sendo que a essa urina forma o líquido amniótico → o feto absorve uma parte e depois 
deglute, para passar os resíduos para a circulação da mãe pela membrana placentária. 
 
PRINCIPAIS EVENTOS DA 13ª A 16ª SEMANA: 
• Durante esse período o crescimento é muito rápido, o que faz com que a cabeça "diminua" mais em relação ao corpo, e que os 
membros inferiores fiquem mais compridos. 
• O feto começa a se movimentar, porém são movimentos discretos que muitas vezes só são notados por USG 
• A ossificação do esqueleto é ativa e os ossos podem ser vistos na ultrassonografia já no início da 16ª semana. 
• Nos fetos do sexo feminino, na 16ª semana os ovários se diferenciam e já contém os folículos primordiais com ovogonias. 
• Na face ocorre a migração dos olhos para a posição anterior (que antes era anterolateral) 
o Movimentos lentos dos olhos ocorrem com 14 semanas 
o O padrão dos cabelos do couro cabeludo tambem é determinado aqui 
• Geralmente nesse período o feto já possui 11 cm e cerca de 110 gramas 
 
PRINCIPAIS EVENTOS DA 17ª A 20ª SEMANA: 
• O crescimento começa a ficar mais lento, porém continua ocorrendo → aumenta o CR em cerca de 50 mm 
o Os movimentos fetais já podem ser percebidos pela mãe 
• A pele é coberta por um material gorduroso secretado pelas glândulas sebáceas do feto, junto a células mortas da epiderme, a 
verniz caseosa → protege a pele do bebé da exposição ao líquido amniótico, que poderia causar abrasões, rachaduras... 
o Com 20 semanas, o corpo fetal é coberto por lanugo (uma penugem delicada que recobre o corpo todo) que ajuda a 
manter a verniz caseosa presa a pele 
o Ocorre o desenvolvimento da gordura parda, principalmente na base do pescoço, importante local de produção de calor 
pela oxidação de ácidos graxos. 
• Com 20 semanas, também são visíveis as sobrancelhas e os cabelos. 
• Com 18 semanas, o útero está formado e a canalização da vagina já começou. 
o Em fetos masculinos, com 20 semanas os testículos começam a descer, mas apenas até a parede abdominal posterior. 
• Geralmente nesse período o feto possui cerca de 300 gramas 
 
PRINCIPAIS EVENTOS ENTRE A 21ª E A 25ª SEMANA: 
• Há um ganho substancial de peso durante este período e o feto já está mais bem proporcionado 
• A pele fica enrugada e menos translúcida, com uma cor entre rosa e vermelho por conta dos capilares sanguíneos. 
• Com 21 semanas, começa a ocorrer movimentos rápidos dos olhos 
• Inicia o desenvolvimento dos pulmões → brônquios e bronquíolos crescem e dutos alveolares se desenvolvem 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
o Com 24 semanas, os pneumócitos tipo II dos septos interalveolares começam a secretar surfactante, porém o sistema 
respiratório ainda é imaturo 
o Em fetos femininos o pneumócito tipo II produzsurfactante de forma mais eficiente que o feto masculino 
• Inicia-se o desenvolvimento das unhas das mãos 
• Geralmente ao final desse período o feto possui cerca de 600 gramas 
o A partir da 25ª semana o feto já pode sobreviver se nascido prematuro, porém a chance de morte é extremamente 
elevada devido a imaturidade do sistema respiratório. 
• Entre 24 e 28 semanas o feto ainda pode mudar de posição, depois disso normalmente ele não consegue por conta do tamanho 
 
PRINCIPAIS EVENTOS DA 26ª A 29ª SEMANA: 
• Nesse período os pulmões e os vasos pulmonares já possuem a capacidade de realizar troca gasosa adequada. 
• O SNC já sofreu um amadurecimento e consegue controlar os movimentos respiratórios e a temperatura corporal. 
• A partir desse período o feto inicia o funcionamento do ciclo circadiano, começando a dormir em 90% do tempo → os 10% são 
marcados por movimentos de autodefesa ocasionados pelo reflexo do susto. 
• Com 26 semanas, as pálpebras se abrem, e o lanugo e os cabelos estão bem desenvolvidos 
• As unhas dos dedos dos pés tornam-se visíveis, e a gordura subcutânea desenvolve-se, eliminando as rugas da pele 
o Nesse período, a quantidade de gordura amarela aumenta para cerca de 3,5% do peso corporal 
• O baço passa a realizar apenas a hematopoiese → com 28 semanas, a medula óssea assume essa função 
• Geralmente nesse período o feto já possui cerca de 1,1kg com cerca de 25cm 
 
PRINCIPAIS EVENTOS DA 30ª A 34ª SEMANA: 
• O reflexo pupilar dos olhos à luz pode ser induzido com 30 semanas. 
• No fim deste período, a pele é rosada e lisa, e os mmss e mmii parecem gordos → qtd de gordura amarela aumenta para 8% 
o O feto geralmente possui cerca de 2,2 kg e 40 cm 
• A partir da 32ª a maioria dos que nascem prematuros já conseguem sobreviver. 
o Quando um feto com peso normal nasce durante este período, ele é considerado prematuro pela data, em oposição aos 
que são prematuros pelo peso 
 
PRINCIPAIS EVENTOS ENTRE A 35ª E A 38ª SEMANA: 
• Fetos com 35 semanas seguram-se com firmeza e se orientam espontaneamente à luz 
• Quando quase a termo, o sistema nervoso está suficientemente maduro para efetuar algumas funções integrativas. 
• Crescimento começa a ficar mais lento → feto ganha 14g por dia 
o Na 36ª semana, as circunferências da cabeça e abdome são quase iguais, com posterior aumento do abdome. 
• Com 37 sem o pé passa a ser um pouco maior que o comprimento do fêmur, sendo indicador de idade gestacional na USG 
• A quantidade de gordura amarela sofre um aumento para 16% do peso total. 
o Durante a 36ª semana é comum que o feto alcance a marca dos 3,4 kg e 50 cm. 
• Em fetos masculinos, na 38ª semana, o testiculo já se encontra no escroto, geralmente 
 
Fisiologia Fetal 
Sistema Cardiovascular 
• O SCV fetal apresenta características próprias, diferindo da circulação neonatal, pois a nutrição e oxigenação fetais dependerem 
da placenta, que proporciona um ambiente intrauterino com baixas concentrações de O2 
o As comunicações vasculares presentes exclusivamente no organismo fetal determinam fluxos preferenciais de sangue 
que suprem a demanda fetal por oxigênio e nutrientes → ducto venoso, forame oval e canal arterial 
• O cordão umbilical liga o feto à placenta, sendo composto por 2 artérias e 1 veia → a veia leva sangue oxigenado da placenta (do 
organismo materno para o feto), e as artérias trazem de volta o sangue com menor teor de O2 do feto para a placenta 
o No feto, a veia umbilical penetra o fígado, e ocorre a primeira das comunicações vasculares → ducto venoso. 
• Metade do fluxo sanguíneo da veia umbilical é direcionada para o sistema venoso porta-hepático, e a outra metade é direcionada 
pelo ducto venoso, à veia cava inferior, e daí diretamente ao coração, pelo átrio direito 
• No coração, a maior parte do sangue no AD vai para o átrio esquerdo pelo forame oval, evitando a passagem pelo leito pulmonar, 
que não realiza trocas gasosas durante a vida fetal 
o A parte do sangue que chega ao VD é ejetada pelo tronco da pulmonar, com grande resistência no leito vascular pulmonar 
→ ocorre retorno de sangue do tronco pulmonar pelo canal arterial, que direciona para a aorta descendente 
• Há, ainda, pequena quantidade que passa pelo leito pulmonar e retorna ao AE pelas veias pulmonares, misturando-se com o 
sangue oxigenado → ao chegar ao VE, o sangue é ejetado pela aorta, retornando à placenta através das artérias 
• Há suprimento adequado de O2 aos tecidos apesar da sua baixa tensão na circulação fetal, que se deve a → HbF com alta afinidade 
pelo O2, baixo consumo de O2 nos tecidos e presença de uma circulação que privilegia os órgãos nobres 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
❖ O desenvolvimento das células sanguíneas tem início nos primeiros 2 meses de vida intrauterina → nas primeiras fases, a 
hematopoese se inicia na vesícula vitelínica → no feto, passa ao fígado e depois na medula óssea após o quinto mês 
• O processo da eritropoese é controlado pela eritropoietina fetal, inicialmente produzida no fígado e depois nos rins → ela tem 
baixas concentrações plasmáticas, mas é funcionante, pois o hematócrito é mantido durante todo o desenvolvimento fetal 
 
Sistema Respiratório 
• O desenvolvimento pulmonar é dividido → embrionário (3-7 sem), pseudoglandular (8-16), canalicular (17-25) e sacular (28-35) 
• O período alveolar ocorre a partir de 36 semanas e não se completa antes dos 8 anos de idade 
• A partir do estágio canalicular, o pulmão fetal é preenchido por líquido composto pelo fluido alveolar→ a presença de LA em 
quantidades normais durante o desenvolvimento é crucial para a formação e função adequada dos alvéolos e árvore brônquica 
o A força exercida pelo LA dentro das vias aéreas promove seu crescimento a partir da distensão mecânica e estímulo à 
produção de diversos fatores de crescimento, além do estímulo à expressão de fibras de colágeno e elastina 
• Para que a função pulmonar ao nascimento seja efetiva, a presença do surfactante pulmonar é essencial → se não presente ou 
em quantidades inadequadas, a expansão pulmonar é dificultada e a troca gasosa fica prejudicada 
o Ele é produzido pelas células epiteliais pulmonares – pneumócitos – do tipo II, inicialmente liberado após a 30ª sem → 
daí em quantidades crescentes até o termo 
• Os movimentos respiratórios são observados a partir da 11ª semana → apenas movimentos torácicos, refletem o amadurecimento 
da função do centro respiratório cerebral e servem para preparar a musculatura 
o O padrão mais prevalente consiste em movimentos rápidos e de pequena amplitude → na inspiração ocorre retração da 
caixa torácica e expansão do abdome à custa da contração do diafragma, sem atuação da musculatura intercostal 
• A maturação pulmonar ocorre ao redor da 35ª sem → na 24 já tem estruturas pulmonares capazes de realizar trocas gasosas. 
 
Trato Gastrointestinal 
• O estômago se forma na quarta semana após a concepção, e nas semanas seguintes ocorre mudança do crescimento e de sua 
posição, com sua descida para o abdome em torno da sexta/sétima semana 
• Por volta de 11 semanas, a musculatura da parede gástrica já se encontra desenvolvida → a deglutição fetal inicia-se entre a 10ª 
e a 12ª semana, quando o intestino delgado adquire discreto peristaltismo e é capaz de transportar a glicose 
o A maior parte da água do fluido deglutido é absorvida → deglutição fetal exerce papel progressivamente maior na 
regulação do volume de LA com o evoluir da gestação 
• O movimento do LA pelo TGI promove o crescimento e o desenvolvimento do canal alimentar 
• O intestino delgado apresenta peristalse visível à ultrassonografia a partir de 18 semanas de gestação → inicialmente, as ondas 
peristálticas apresentam movimentos vigorosos e rápidos com duração < 3 segundos 
o Com o evoluir, os movimentos tornam-se ainda mais vigorosos e de maior duração 
•O conteúdo do intestino fetal – mecônio – é formado por células fetais descamadas, lanugem e vérnix → contém fragmentos 
deglutidos e não digeridos que se encontravam no LA → coloração verde-escura causada pela biliverdina 
• A formação de mecônio inicia-se entre a 16ª e a 20ª semana de gestação ( 
• O pâncreas fetal responde à hiperglicemia com secreção de insulina, que pode ser detectada no plasma a partir de 12 semanas 
o A maioria das enzimas pancreáticas está presente após 16 semanas 
 
Trato Urogenital 
• Três conjuntos de órgãos excretores são formados durante o período embrionário → pronefro, mesonefro e metanefro 
• O rim definitivo, metanéfrico, só se forma se for precedido pelo desenvolvimento normal e subsequente regressão das duas formas 
primitivas anteriores 
o O metanefro começa a produzir urina nas 11 a 13 semanas de vida fetal, quando a alça de Henle se torna funcional e se 
inicia a reabsorção tubular → urina fetal torna-se o componente majoritário do LA a partir da metade do 2º trimestre 
• Inicialmente são intrapélvicos e depois sofrem ascensão → à medida que sobem, vão se afastando 
• O rim fetal possui baixo fluxo sanguíneo, recebendo apenas 3% do DC → a TFG é cerca de metade a do rim adulto 
o A urina é hipotônica em relação ao plasma fetal e apresenta baixas concentrações de eletrólitos 
 
Sistema Endócrino 
• Sistema hipotálamo-hipófise → hipotálamo completamente desenvolvido em 14 semanas 
• O sistema completa sua formação ao redor de 20 semanas e, por meio dele, a adenoipófise recebe os fatores secretados 
• Tireoide → hormônios tireoidianos desempenham papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de vários órgãos 
• Na 12ª semana de gestação, a tireoide fetal é capaz de armazenar iodo para a produção de TRH, TSH e hormônios tireoidianos 
o O TSH estimula a produção hormonal e do crescimento da glândula e o T4 é o principal hormônio tireoidiano produzido 
na vida intrauterina 
• Adrenal → por volta da 25ª semana torna-se responsável pela síntese primária de esteroides. 
• Cortisol produzido na zona externa do córtex, enquanto o sulfato de deidroepiandrosterona é produzido na porção mais interna 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
Anexos Embrionários 
• Os anexos embrionários são as estruturas que derivam dos folhetos germinativos do embrião (mesoderme, ectoderme e 
endoderme), mas que não fazem parte do seu corpo e desaparecem após o nascimento 
o Esses anexos participam do desenvolvimento do embrião, auxiliando na nutrição, proteção e trocas de substâncias entre 
feto e mãe, sendo os anexos os seguintes: 
 
Vesícula Vitelina 
• É o primeiro anexo a ser formado, se assemelha a uma bolsa e tem sua origem a partir do endoderma e mesoderma. 
• Participa na formação do intestino primitivo na 4a semana, quando ocorre os desdobramentos 
o Participa na formação do cordão umbilical tambem na 4a semana 
• Contribui na formação de sangue, iniciando 3a semana na parede externa da vesícula, até a 6ª quando o fígado passa a ser o 
responsável pela produção de células sanguíneas. 
 
Âmnio 
• Anexo formado a partir da mesoderma e do ectoderma. 
• Representa uma membrana responsável por envolver integralmente o embrião, formando a cavidade amniótica → no seu interior 
se encontra o feto mergulhado em líquido amniótico 
o O liquido é constituído por água (99%), células epiteliais, sais orgânicos e inorgânicos 
o Proporciona ambiente úmido e garante proteção contra choques mecânicos, desidratação e substâncias patológicas. 
• É por conta da cavidade e líquido amniótico que o feto possui espaço para pequenas movimentações, que proporcionam o 
desenvolvimento muscular e impede sua adesão ao âmnio. 
• No 3º tri, o líquido amniótico se renova a cada 3h e ao final da gestação a velocidade de troca pode atingir 500ml por hora. 
o Grande parte do líquido é trocado através da própria parede do âmnio, mas a deglutição dele pelo feto é importante na 
fase final, quando o feto engole cerca de 20ml/h, que é absorvido pela parede intestinal e entra na corrente sanguínea. 
• O volume normal do líquido amniótico varia de 500 a 1000 ml → qtd excessiva é chamado de hidrâmnio, condição frequentemente 
associada à gestação múltipla ou alguns casos de malformação 
 
Córion 
• Anexo embrionário mais externo, responsável por envolver o embrião e todos os demais anexos. 
• Membrana originada a partir do mesoderma e ectoderma, proporcionando proteção mecânica e proteção térmica ao feto. 
o Tambem relacionado com a defesa contra a entrada de micro-organismos patogênicos no concepto 
• Participa junto com o alantóide, das trocas gasosas entre o ambiente externo e o embrião. 
• Surge nas primeiras semanas do desenvolvimento → ao longo da gestação, as vilosidades do pólo embrionário continuam a crescer 
e se expandir, formando o córion frondoso → e as vilosidades do polo oposto se degeneram e formam o córion liso. 
• Durante a formação do córion frondoso, ocorre a reação sobre o córion, constituindo uma camada compacta → placa decidual 
o Possui grandes células com grandes quantidades de lipídeos e glicogênio. 
• No córion liso, ocorre a decídua capsular, que envolve este com uma camada que se distende e degenera devido ao crescimento 
da cavidade coriônica→ depois ele entra em contato e se funde com a parede uterina, formando a decídua parietal. 
• A fusão do âmnio e do córion dá origem a membrana amniocoriônica, a qual oblitera a cavidade coriônica 
o Essa membrana futuramente se rompe durante o trabalho de parto. 
 
Alantóide 
• Membrana em formato de saco ou vesícula que se origina a partir do endoderma e mesoderma. 
• Participa dos processos de trocas gasosas e da remoção e armazenamento de excretas produzidas pelo metabolismo do embrião. 
o Nos seres humanos é pouco desenvolvida, já que a placenta tem tambem função na remoção das excretas. 
• Sua função em embriões humanos é orientar a formação de vasos sanguíneos extraembrionários, que irão constituir os vasos do 
cordão umbilical → quando ocorre o fechamento do corpo do embrião o alantoide fica posicionado dentro do cordão 
 
Placenta 
• Tem seu início de formação quando o embrião é implantado no útero, ocorrendo a partir da associação entre o córion, e alantóide 
e o endométrio uterino → estrutura responsável por diversas funções como: 
o Realizar as trocas gasosas com transporte de oxigênio e dióxido de carbono entre o sangue materno e o feto. 
o Fornecer substâncias nutritivas necessárias para o crescimento e desenvolvimento do embrião 
o Produção de hormônios femininos como progesterona e estrógeno para manutenção da gravidez 
o Filtrar para a corrente sanguínea da mãe os resíduos que são eliminados pelo feto 
o Transmitir anticorpos maternos ao feto para gerar imunidade para algumas doenças 
• Após o nascimento do feto, a placenta geralmente se desprende da parede do útero em cerca de 30min, sendo expelida tambem 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
• É o local responsável pela troca de nutrientes e gases entre a mãe e o feto, sem que ocorra o contato entre o sangue dos dois 
indivíduos → ordem mista que confere a placenta ser um órgão fetomaternal 
o Possui o componente fetal (córion viloso) e um componente materno (decídua basal). 
• O sangue da mãe e do feto só tem contato durante o parto, porém em uma proporção muito pequena. 
 
Funções Placentária 
• Realização de troca gasosa, nutrientes, excretas fetais e eletrólitos por meio de difusão simples. 
o Próximo ao nascimento o feto retira de 20 a 30 ml de oxigênio por minuto da circulação materna 
o O fluxo de sangue placentário é indispensável para o suprimento de oxigênio, o que chega ao feto depende da quantidade 
disponível e não da difusão 
▪ A troca de nutrientes e eletrólitos é bastante rápida e aumenta à medidaque a gestação avança 
• Transmissão de anticorpos da classe IgG maternos para conferir imunidade ao feto 
• Produção de hormônios como HCG, progesterona, estradiol, lactogênio e somatotrofina pelo sinciciotrofoblasto 
o Ao final do 4o mês a placenta produz progesterona suficiente para manter a gravidez, caso o corpo lúteo seja removido 
ou não funcione de modo adequado 
o Também produz estrogênio, que estimula o crescimento do útero e o desenvolvimento das glândulas mamárias. 
 
Funcionamento e Circulação Placentário 
• Na zona juncional feto materna, entre as placas coriônica (feto) e decidual (mãe), há espaços intervilosos repletos de sangue 
materno, que trazem os nutrientes e captam as excretas por meio de difusão. 
• Durante o 4ª e 5º mês, a decídua forma septos deciduais, que se projetam aos espaços intervilosos sem atingir a placa coriônica, 
criando uma série de divisões da placenta que são chamados de cotilédones. 
• Os cotilédones recebem seu suprimento sanguíneo através de cerca de 100 artérias espiraladas que perfundem a placa decidual 
até os espaços intervilosos, onde a luz da artéria espiralada é pequena 
o Isso ocasiona uma pressão arterial extremamente alta, permitindo a irrigação das vilosidades com sangue oxigenado. 
o Quando a p. diminui, o sangue flui de volta a decídua, onde atinge as veias endometriais e retorna p circulação materna. 
• Com isso, as trocas placentárias podem ocorrer apenas nas vilosidades que se encontram em contato íntimo com a membrana 
sincicial de revestimento, uma vez que essa é revestida por microvilosidades. 
• O sangue materno é separado do sangue fetal através da placa coriônica, que torna a placenta humana hemocorial. 
• A barreira placentária é inicialmente composta pelo revestimento endotelial dos vasos fetais, tecido conjuntivo, citotrofoblastos e 
sinciciotrofoblasto → a partir do 4º mês, essa membrana se torna mais fina 
 
Cordão Umbilical 
• Se origina na 4ª semana, a partir da parede do âmnio, do saco vitelino e do alantóide 
• É circundado pelo âmnio e no seu interior há 2 artérias e 1 veia umbilical, e tecido conjuntivo mucoso (geleia de Wharton), que 
preenche os espaços entre os três vasos sanguíneos 
o As paredes arteriais são compostas por fibras musculares e elásticas, que contribui para a constrição rápida dos vasos 
após o corte do cordão umbilical durante o nascimento. 
o Nas artérias umbilicais circula o sangue fetal não oxigenado, e que na veia umbilical circula o sangue oxigenado 
• O comprimento é próximo do comprimento total do feto → media de 50 a 60 cm de comprimento. 
• Usualmente esta inserido no centro da placenta ou perto dele → há condições em que há inserção na borda ou além, podendo ser 
observadas em placentas prévias e anomalias/prematuridade 
 
 
LITERATURA: 
- MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 600 p 
- Tratado de Obstetrícia da FEBRASGO 
- Embriologia humana / Evelise Maria Nazari e Yara Maria Rauh Müller. – Florianópolis : BIOLOGIA/EAD/UFSC, 2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSTETRÍCIA Kamila Maragno Peruch UNESC – Turma 192 
ULTRASSONOGRAFIA 
• USG isolado permite o diagnóstico de no máximo 70 a 80% das malformações estruturais ou anatômicas do feto → depende da 
acuidade diagnóstica, experiência do operador, tempo despendido para a realização do exame e ualidade técnica do aparelho 
• Nas diferentes fases da gestação, o ultrassom permite o reconhecimento de elementos distintos da evolução 
 
❖ USG convencional → mais realizado, a partir de 18 semanas em diante 
• Cabeça, face e pescoço → ventrículos cerebrais, plexo coroide, foice da linha media, cerebelo, lábio superior, prega nucal 
• Tórax → 4 camaras cardíacas, saída do VE e VE 
• Abdome → estomago, rins, bexiga, inserção do cordão umbilical e nm de vasos no cordão 
• Coluna vertebral, membros, genitália 
• Durante o exame de gestações multifetais, a documentação também inclui o número de córios e âmnios, a comparação das 
dimensões fetais, estimativa do volume de líquido amniótico em cada saco e a determinação do sexo dos fetos 
 
❖ USG especializado → exame morfológico é uma avaliação anatômica detalhada realizada quando se suspeita de alguma 
anomalia com base na história, resultado dos testes de triagem ou resultados anormais de um exame convencional 
• É realizado e interpretado por um examinador experiente, inclui as estruturas anatômicas comumente analisadas 
o Além de imagens adicionais do cérebro e crânio, pescoço, perfil, pulmões e diafragma, anatomia cardíaca, fígado, formato 
e curvatura da coluna vertebral, das mãos e pés... 
• Médico que realiza também precisa determinar caso a caso a necessidade de realizar os outros componentes do exame → 
ecocardiografia e exame Doppler, perfil biofísico e outras medidas biométricas 
 
❖ USG simplificado → determina volume de líquido amniótico, a localização da placenta ou a apresentação ou a viabilidade fetal 
o Na maioria, o exame simplificado é apropriado apenas quando a gestante já fez um exame convencional ou morfológico 
 
Ultrassom Do Primeiro Trimestre 
• É a ultrassonografia mais importante durante a gestação, indicada a realização entre 11ª até a 13ª semana → importante para: 
o Localizar o saco gestacional → demonstrado em USGTV em torno de 5 semanas 
o Identificar o embrião e/ou vesícula vitelina 
o Determinar o comprimento cabeça-nádega → índice que indica a idade gestacional 
o Detectar a atividade cardíaca → a partir de 6 semanas, aos 5mm de comprimento 
o Determinar o número de fetos, inclusive a amnionicidade e corionicidade dos fetos múltiplos, caso possível 
o Avaliar a anatomia embrionária/fetal compatível com o primeiro trimestre 
o Avaliar o feto, os anexos e o fundo de saco 
▪ Pode diagnosticar gestação anembrionária, morte emb., gestação ectópica, doença trofoblástica gestacional 
▪ Embrião visível ao exame TV quando o diâmetro médio do saco gestacional for 20 mm → quando não é possível, 
a gestação é anembrionária 
o Avaliar a região da nuca fetal, quando possivel. 
▪ Com base na medida do subcutâneo da nuca do feto entre 11 e 14 semanas pelo plano sagital, podem-se 
selecionar pacientes para exames invasivos, como a BVC ou a amniocentese (alto risco) 
▪ Fundamentado no princípio da correlação entre a espessura nucal aumentada e a doença cromossômica 
o Avaliar se há ocorrência de anomalias fetais, como acrania, holoprosencefalia, espinha bífida, onfalocele e megabexiga. 
 
Ultrassom Do Segundo Trimestre 
• Deve ser realizado entre a 20ª e a 24ª semana, sendo 
avaliado: 
o Confirmar a atividade cardíaca fetal, a quantidade 
de fetos e a genitália fetal (caso possível) 
o Definir a apresentação do feto 
o Avaliar a amniocidade, corionicidade, volume de 
líquido amniótico e as dimensões fetais 
▪ Oligoidrâmnio quando abaixo da faixa 
normal e, nesses casos, comumente há 
compactação subjetiva do feto 
▪ Hidrâmnio quando é maior que o normal 
o Confirmar a localização da placenta e sua relação 
com o orifício interno do colo uterino 
o Estimar o volume do líquido amniótico 
o Estimar a idade gestacional 
o Avaliar o útero, os anexos e o colo 
o Examinar a anatomia fetal, inclusive a possibilidade 
de anomalias. 
 
Ultrassom Do Terceiro Trimestre 
• É realizado entre a 32ª e 34ª semana de gestação, sendo 
importante para: 
o Avaliar a presença de risco durante o parto 
o Diagnóstico de tamanho fetal, avaliado a 
possibilidade de um feto pequeno para a idade 
gestacional (PIG) ou feto grande para a idade 
gestacional (GIG) 
o Presença de macrossomia fetal, quando o peso 
neonatal é maior que 4,5kg 
o Avaliar a apresentação fetal e confirmação de 
aspectos vitais.

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