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PRO_EXEC_REVEST_CERÂM_DE_EDIFIC_ESTUD_DE_CASO - TCC - DIEGO RODRIGUES LIMA

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UNIFANOR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DEVRY FANOR 
DEVRY BRASIL 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
DIEGO RODRIGUES LIMA 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA 
EM EDIFÍCIO: ESTUDO DE CASO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2017 
DIEGO RODRIGUES LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA 
EM EDIFÍCIO: ESTUDO DE CASO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Engenharia Civil, 
da UniFanor – Centro Universitário Devry 
Fanor, como requisito parcial para a 
obtenção do grau de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. Ms. Adriano Sampaio Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Bruna de Melo Medeiro CRB3/1256 
 
624 
L698p Lima, Diego Rodrigues. 
Procedimento executivo de revestimento cerâmico de fachada em 
edifício: estudo de caso / Diego Rodrigues Lima. – 2017. 
55 f. : il. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – 
Faculdade Nordeste, 2017. 
Orientador: Prof. Ms. Adriano Sampaio Lima 
 
1. Procedimento Executivo. 2. Revestimento Cerâmico. 3. Durabilidade. 
I. Lima, Adriano Sampaio. II. Título. 
 
 
DIEGO RODRIGUES LIMA 
 
 
 
PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA 
EM EDIFÍCIO: ESTUDO DE CASO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil, da 
UniFanor – Centro Universitário Devry Fanor, como requisito parcial para a obtenção 
do grau de Bacharel em Engenharia Civil. 
 
Aprovada em / /2017. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________ 
Prof. Ms. Adriano Sampaio Lima 
Orientador 
 
___________________________________ 
Prof. Ms. Renato Evangelista Luna Cruz 
Examinador 
 
___________________________________ 
Profa. Ms. Ylana Claudia Medeiros Paula 
Examinador 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e paciência para superar 
todas as dificuldades, como também pelas oportunidades surgidas. 
Ao meu orientador Prof. Ms. Adriano Lima, pelo suporte no pouco tempo que 
lhe coube, pelas suas correções e incentivos. 
A todos os professores do curso de Engenharia Civil, pela transmissão do 
conhecimento e a confiança em minha capacidade. 
A meus pais, Noélio e Vilani, por acreditarem em mim, serem uma fonte de 
inspiração e terem dado um imenso incentivo na realização desse sonho. Sou quem 
sou porque vocês estiveram sempre ao meu lado. 
Em especial, a minha namorada, Rafaela Prudente, o melhor presente que tive 
em minha vida. Obrigado pelo carinho, atenção, amor e compreensão nos momentos 
em que estive ausente cumprindo essa jornada. Sem você esta conquista não teria o 
mesmo gosto. Mais uma vez, obrigado. 
Agradeço a meu melhor amigo Rodolfo Paz, obrigado por tudo o que você 
representa em todos esses anos de amizade. 
A todos os amigos de trabalho, em especial ao Eng. Leandro, pelo suporte e 
confiança dados a mim, como também ao Seu Antônio Luiz, por compartilhar parte 
dos conhecimentos adquiridos nesses anos de obra. 
A todos os amigos e colegas que, direta ou indiretamente, incentivaram e 
contribuíram para que este trabalho fosse realizado. 
RESUMO 
É de imenso interesse das construtoras a valorização do seu empreendimento, seja 
qual for o padrão. O revestimento cerâmico de fachada se destaca por agregar valor 
ao imóvel e pela função que esse revestimento proporciona na sua durabilidade, 
como, proteção contra a ação dos agentes agressivos ambientais de deterioração, 
isolamento termoacústico e estanqueidade a água. O revestimento cerâmico é 
largamente empregado na construção civil, principalmente nos últimos anos, com o 
grande aumento no volume das construções, entretanto, vem ocorrem muitas 
manifestações patológicas nos sistemas de revestimento dos edifícios. As causas e 
origens dessas patologias são inúmeras e bem complexas. Por conta disto, aparece 
a necessidade de verificação da tecnologia empregada, do material e do processo 
executivo realizado no revestimento cerâmico de fachada. Nas pesquisas realizadas 
sobre o tema, verificou-se que o procedimento executivo adequado e também o 
detalhamento do projeto é de fundamental importância para que o desempenho do 
edifício seja atendido ao longo da sua vida útil, pois estes descrevem o que deverá 
ser feito e como será executado antes mesmo da execução e que, se não realizados 
corretamente, podem vir a ter problemas futuros. Um procedimento executivo bem 
realizado, podem diminuir custos e tempo de execução, diminuir as perdas de 
material, otimizar as várias etapas da execução e especifica o que será necessário 
para sua concretização. Apresenta-se como objetivo geral deste trabalho, mostrar 
como é executado o revestimento cerâmico de fachada em um prédio na cidade de 
Fortaleza, e como objetivo específico, apresentar o processo de execução do 
revestimento cerâmico em fachada especificado na NBR, e como foi feito a execução 
do revestimento cerâmico usado pela construtora na qual foi feito o estudo, dentre 
elas, as especificações sobre os materiais empregados no revestimento cerâmico no 
edifício, a importância do procedimento executivo e suas peculiaridades, orientações 
para uma boa execução, etapas da execução, condições para o início do serviço. A 
metodologia utilizada na pesquisa foi o estudo de caso, considerando as 
características da pesquisa para tal tipo de estudo. Umas das contribuições mais 
relevantes deste trabalho foi mostrar como foi executado o revestimento em uma obra 
de Fortaleza e a necessidade de seguir um bom procedimento para a execução do 
revestimento cerâmico como um dos fatores determinantes na qualidade e 
durabilidade do sistema. 
 
Palavras-chave: Procedimento Executivo. Revestimento Cerâmico. Durabilidade. 
ABSTRACT 
It is of immense interest for the builders to value their enterprise, whatever the 
standard. The façade ceramic coating stands out for adding value to the property and 
for the function that this coating provides in its durability, as, protection against the 
action of environmental aggressive agents of deterioration, thermoacoustic insulation 
and watertightness. Ceramic coating is widely used in civil construction, especially in 
recent years, with the great increase in the volume of constructions, however, there 
are many pathological manifestations in the coating systems of buildings. The causes 
and origins of these pathologies are numerous and very complex. Because of this, the 
need for verification of the technology used, the material and the executive process 
realized in the façade ceramic coating appears. In the research carried out on the 
subject, it was verified that the proper executive procedure and also the detail of the 
project is of fundamental importance for the performance of the building to be served 
throughout its useful life, since these describe what should be done and how will be 
executed even before the execution and that, if not performed correctly, may have 
future problems. A well-executed executive procedure can reduce costs and execution 
time, reduce material losses, optimize the various stages of execution, and specify 
what will be required to accomplish them. It is presented as a general objective of this 
work, to show how the facade ceramic coating is executed in a building in the city of 
Fortaleza, and as a specific objective, to present the process of execution of the facade 
ceramic coating specified in the NBR, and how the Ceramic coating used by the 
constructor in which the study was carried out, among them, the specifications on the 
materials used in the ceramic coating in the building, the importance of the executive 
procedure and its peculiarities, guidelines for a good execution, execution stages, 
conditions for the beginning of the service. The methodologyused in the research was 
the case study, considering the characteristics of the research for this type of study. 
One of the most relevant contributions of this work was to show how the coating was 
executed in a work in Fortaleza and the need to follow a good procedure for the 
execution of the ceramic coating as one of the determining factors in the quality and 
durability of the system. 
 
Keywords: Executive Procedure. Ceramic coating. Durability 
   
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Camadas constituintes do Revestimento Cerâmico de Fachada ............. 16 
Figura 2 - Ilustração dos tipos de juntas ................................................................... 25 
Figura 3 - Detalhe da colocação da tela entre a alvenaria e a estrutura .................. 29 
Figura 4 - Detalhe da colocação da tela entre a 1ª e a 2ª camada de emboço ........ 29 
Figura 5 - Descida dos arames ................................................................................. 30 
Figura 6 - Locação das balanças da obra ................................................................ 35 
Figura 7 - Lixamento da estrutura ............................................................................. 41 
Figura 8 - Tamponamento do alvenaria com argamassa de emboço ....................... 41 
Figura 9 - Aplicação de chapisco em alvenaria e concreto, com a utilização de 
argamassa de chapisco com Bianco ......................................................................... 42 
Figura 10 - Chapeamento onde a emboço ficou maior que 5 cm ............................ 45 
Figura 11 - Reforço com tela metálica ...................................................................... 45 
Figura 12 - Execução de emboço em fachada ......................................................... 46 
Figura 13 - Junta de movimentação impermeabilizada, com tinta elastómerica ....... 47 
Figura 14 - Paginação para a execução do revestimento cerâmico ......................... 47 
Figura 15 - Execução do revestimento cerâmico ...................................................... 48 
Figura 16 - Limpeza das juntas para a aplicação do rejunte .................................... 49 
Figura 17 - Rejuntamento das placas cerâmicas ...................................................... 49 
Figura 18 - Frisamento do rejunte nas juntas das placas ......................................... 50 
Figura 19 - Colocação do bastão de polietileno na junta de movimentação ............. 51 
Figura 20 - Bastão de poliuretano dentro da junta .................................................... 51 
Figura 21 - Colocação de fita crepe para proteger a placa cerâmica do selante ...... 51 
Figura 22 - Preenchimento da junta de movimentação ............................................ 52 
Figura 23 - Limpeza geral da fachada ...................................................................... 52 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Classificação genérica das placas cerâmicas em função da capacidade 
de absorção de água..................................................................................................17 
Quadro 2 - Requisitos da argamassa colante............................................................22 
Quadro 3 - Requisitos mínimos de argamassa de rejuntamento................................25 
Quadro 4 - Prazos a serem observados, segundo a norma.......................................26 
Quadro 5 - Materiais e especificações utilizadas na obra..........................................36 
Quadro 6 - Etapas de execução do revestimento cerâmico seguido pela obra..........39 
Quadro 7 – Planilha de acompanhamento das balanças...........................................40 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 
2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 13 
3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 13 
3.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 13 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 14 
4 METODOLOGIA ................................................................................................. 14 
5 REVESTIMENTO CERÂMICO ........................................................................... 15 
5.1 MATERIAIS PARA O REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA ........ 16 
5.1.1 Placas Cerâmicas para RCF ............................................................... 16 
5.1.2 Argamassas ......................................................................................... 18 
5.1.2.1 Argamassa de Chapisco .................................................................... 18 
5.1.2.2 Argamassa de emboço ....................................................................... 19 
5.1.2.3 Argamassa colante ............................................................................. 21 
5.1.2.4 Argamassa para Rejuntamento .......................................................... 23 
5.1.3 Juntas ................................................................................................... 24 
5.1.4 Selante .................................................................................................. 26 
6 METÓDO EXECUTIVO DO RCF ........................................................................ 26 
6.1 PREPARAÇÃO DA BASE ........................................................................... 27 
6.2 EXECUÇÃO DO CHAPISCO ....................................................................... 27 
6.3 REFORÇO NO REVESTIMENTO ................................................................ 28 
6.4 EXECUÇÃO DO EMBOÇO ......................................................................... 30 
6.5 EXECUÇÃO DE PLACAS CERÂMICAS ..................................................... 32 
6.6 EXECUÇÃO DO REJUNTAMENTO ............................................................ 33 
6.7 TRATAMENTO DAS JUNTAS DE MOVIMENTAÇÃO ................................ 33 
6.8 LIMPEZA ..................................................................................................... 34 
7 EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA ....................... 35 
7.1 ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS ................................ 36 
7.2 CONDIÇÕES GERAIS PARA INÍCIO DAS ETAPAS DO PROCEDIMENTO 
EXECUTIVO .......................................................................................................... 37 
7.2.1 Fixação da Alvenaria ........................................................................... 37 
7.2.2 Chapisco .............................................................................................. 37 
7.2.3 Reforço com tela metálica .................................................................. 38 
7.2.4 Emboço ................................................................................................ 38 
7.2.5 Revestimento Cerâmico ...................................................................... 38 
7.3 PROCEDIMENTO EXECUTIVO DO REVESTIMENTO CERÂMICO DE 
FACHADA ............................................................................................................. 39 
7.3.1 Preparação da Base ............................................................................ 40 
7.3.2 Execução do Chapisco ....................................................................... 42 
7.3.3 Execução do Mapeamento .................................................................. 43 
7.3.4 Execução do Emboço ......................................................................... 43 
7.3.5 Impermeabilização das Juntas e Paginação do Revestimento ....... 46 
7.3.6 Execução do revestimento cerâmico ................................................. 47 
7.3.7 Rejuntamento e preenchimento das juntas de movimentação....... 48 
7.3.8 Limpeza Geral da Fachada ................................................................. 52 
8 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 53 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 54 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O revestimento cerâmico de fachada em edifícios agrega valor ao imóvel, pois 
a relação do uso desse revestimento é sinônimo de um produto com alta qualidade. 
O revestimento de fachada é o cartão de visitas dos imóveis e além de dar um 
acabamento estético, tem a função de proteção contra a ação dos agentes agressivos 
ambientais de deterioração, isolamento termoacústico e estanqueidade a água. 
Com o grande aumento que teve no volume de construção nos últimos anos no 
Brasil, os sistemas de revestimento em placas cerâmicas e ou com revestimento de 
argamassa com acabamento em pintura foram os métodos construtivos mais 
empregados na maioria das fachadas dos edifícios. 
A execução do revestimento cerâmico requer uma série de cuidados para que 
a eficácia e a eficiente seja atendida, contudo para que isso aconteça necessita-se de 
um conjunto de ações previamente estabelecidas, visando evitar que as decisões 
sobre como será executado o revestimento seja decidida pelos executantes. 
A grande falta de procedimento executivo em boa parte é de responsabilidade 
dos técnicos envolvidos no processo, que por sua vez adotam uma postura passiva 
diante dos problemas que deveriam ser enfrentados (Sabbatini e Barros, 1998). 
Segundo Rocha (2011) “90% dos erros em fachadas acontecem por falhas de 
execução. Não necessariamente porque o operário da obra não sabe fazer, mas 
porque o projetista não definiu de uma maneira clara o que deveria ser feito. ” 
Atualmente existem vários estudos acerca dos problemas que ocorrem em 
fachada, visando a redução desses problemas as empresas construtoras buscam 
incessantemente o aumento da qualidade das obras, buscando sempre o melhor 
procedimento executivo e os melhores materiais. Com isso obteve-se uma maior 
valorização no projeto e planejamento da execução, conseguindo ser mais eficiente e 
obtendo um desempenho mais que favorável, diminuindo a ocorrência de falhas na 
execução e assim reduzindo o custo de produção. Como também inibindo os 
problemas patológicos que ocorrem em revestimento de fachada. 
Segundo Pezzato (2010) “Embora a indústria brasileira de revestimentos 
cerâmicos tenha avançado muito, inovando tecnologicamente os sistemas de 
produção e aumentando a qualidade do produto e sua capacidade de produção, os 
casos de destacamentos de placas em fachadas têm crescido e se tornado um tema 
de frequente discussão. As vantagens do uso do produto cerâmico em fachadas de 
12 
 
edifícios são conhecidas pela durabilidade, facilidade de limpeza e manutenção e pela 
definição do padrão estético e econômico do prédio. ” 
Visando evitar esses problemas, este trabalho tem o objetivo de mostrar todo o 
processo executivo encontrado nas normas, bibliografias e o que foi feito em um 
edifício comercial, situado em Fortaleza-Ce. O estudo aborda os mais importantes 
aspectos do subsistema do revestimento de fachada. Logo no início será apresentado 
os conceitos que caracterizam os revestimentos dos edifícios, os materiais 
empregados na sua execução e o método executivo de acordo com as normas da 
ABNT e bibliografias utilizadas. Depois, como foi executado o revestimento na obra 
onde foi feito o estudo. 
 
13 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
Como o revestimento cerâmico de fachada é muito utilizado em edifícios no 
Brasil, vários estudos demostram a ocorrência de problemas muito comuns, tais como: 
peças cerâmicas mal assentadas; peças manchadas; destacamento das peças 
cerâmicas; superfície desgastadas, etc. O destacamento de peças cerâmicas é um 
dos mais graves problemas encontrados, pois além do revestimento perder sua 
função básica, que é a estanqueidade a água, pode provocar perdas materiais, como 
danos em automóveis e também até o risco a vida humana. 
A maioria das patologias ocorrem por falta de conhecimento sobre as 
propriedades das camadas que compõem a fachada e acerca das técnicas 
construtivas adequadas para sua execução. Diante das inúmeras patologias 
apresentadas nos RCF’s, pode-se concluir que as construtoras não dispõem de uma 
metodologia executiva satisfatória para que as fachadas dos edifícios tenham a 
qualidade esperada. 
Apesar das NBR’s para o procedimento de execução das fachadas compostas 
de placas cerâmicas e sobre os materiais utilizados, percebe-se que o procedimento 
não é seguido e a execução é muitas vezes feita de acordo com a experiência do 
executante. Mas sabemos que atualmente os edifícios são construídos com uma 
estrutura mais esbelta, fazendo com que sua estrutura se movimente mais, precisando 
assim submeter a uma execução mais delicada, e até mesmo com materiais 
específicos. 
 Contudo o presente trabalho aborda a importância do procedimento 
executivo, o qual servirá para demonstrar a necessidade de implementar um 
procedimento de execução de revestimentos cerâmicos de fachada, objetivando 
reduzir os custos de produção, minimizando o retrabalho e os desperdícios de 
materiais e garantindo assim qualidade e a durabilidade. 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
Expor como é executado o revestimento cerâmico de fachada em um prédio na 
cidade de Fortaleza-Ce. 
14 
 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Apresentar o processo de execução do revestimento cerâmico em fachada 
especificado na NBR 13755 e bibliografias. 
 Mostrar como foi feito a execução do revestimento cerâmico em fachada (RCF) 
usado pela construtora na qual foi feito o estudo; 
 
4 METODOLOGIA 
 
O presente trabalho consiste num estudo de caso de um edifício, localizado na 
cidade de Fortaleza-Ce, no qual foi realizado o revestimento cerâmico aderido em 
fachada. Será apresentado o procedimento executivo de acordo com as normas 
técnicas e com as bibliografias mais utilizadas para este estudo. E a coleta de dados 
fazendo o acompanhamento no local do estudo de todas as etapas da execução do 
revestimento cerâmico, sendo assim será apresentado o procedimento utilizado na 
obra. 
 
15 
 
5 REVESTIMENTO CERÂMICO - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
De acordo com a NBR 13755 (ABNT, 1996), revestimento cerâmico de fachada 
(RCF) é “um conjunto de camadas superpostas e intimamente ligadas, constituído 
pela estrutura suporte, alvenarias, camadas sucessivas de argamassas e 
revestimento final, cuja função é proteger a edificação da ação da chuva, umidade, 
agentes atmosféricos, desgaste mecânico oriundo da ação conjunta do vento e 
partículas sólidas, bem como dar acabamento estético. ” 
Segundo Torres (2007) “Os revestimentos cerâmicos de fachada tradicionais 
trabalham completamente aderidos sobre bases e substratos que lhe servem de 
suporte, por isto são chamados de revestimentos aderidos, enquanto os não aderidos 
empregam dispositivos metálicos para fixação das placas à base, existindo um vazio 
entre elas. ” Neste trabalho será abordado o revestimento cerâmico de fachada 
aderido. 
Denomina-se base, o suporte do revestimento de fachada constituído de 
estrutura de concreto e vedações em alvenaria (tradicional), e de substrato, o emboço 
de argamassa aplicado sobre as bases e sobre o qual são aplicadas as demais 
camadas do RCF. 
Segundo Medeiros (1999) “O Revestimento Cerâmico de Fachada de Edifícios 
é o conjunto monolítico de camadas, inclusive emboço de substrato, aderidas à base 
suporte da fachada do edifício seja alvenaria ou estrutura, cuja capa exterior é 
constituída de placas cerâmicas, assentadas e rejuntadas com argamassas ou 
material adesivo. ” 
Para Fiorito (2009), “qualquer que seja a natureza do revestimento final de uma 
parede ou de piso devemos sempre considerá-loligado e fazendo parte do conjunto 
de todas as camadas suportes. Todas as camadas de um revestimento têm 
deformações próprias quer devidas à sua secagem, como ocorre com as argamassas 
e concreto, quer devidas a esforços externos. Não esquecendo que os materiais 
cerâmicos não são totalmente estáveis, uma vez que se expandem, em menor ou 
maior grau, em função da umidade natural do ambiente. ” 
A Figura 1 mostra os materiais e camadas constituintes indicando os principais 
componentes do revestimento cerâmico de fachada. 
 
16 
 
 
Figura 1 - Camadas constituintes do Revestimento Cerâmico de Fachada 
Fonte: Elaboração Pessoal 
 
Cada uma das camadas que constitui o sistema deve apresentar 
comportamentos particulares, afim de conferir ao revestimento, e principalmente, a 
edificação, as condições para se obter um desempenho aceitável. 
A base e a preparação da base não fazem parte do sistema RCF, mas é 
fundamental para seu desempenho global, contudo devem ser executadas seguindo 
as técnicas construtivas adequadas. 
 
5.1 MATERIAIS PARA O REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA 
 
5.1.1 Placas Cerâmicas para RCF 
 
A placa cerâmica é o principal material que constitui o RCF e para esse material 
ser utilizado em fachadas ele deverá ter uma série de características que habilitará o 
seu uso. Além de dar proteção às fachadas, tais como, resistência à penetração de 
17 
 
água e facilidade de limpeza, é a parte do revestimento que transmite a beleza ao 
sistema através de suas cores e modelos. Entretanto, para escolher um produto de 
boa qualidade é necessário conhecer um pouco mais de suas classificações e 
propriedades. 
Segundo a NBR 13816 (ABNT, 1997), placa cerâmica para revestimento é um 
“material composto por argila e outras matérias-primas inorgânicas, geralmente 
utilizadas para revestir pisos e paredes, sendo formada por extrusão (Representada 
pela letra A) ou por prensagem (representada pela letra B), podendo ser conformadas 
por outros processos (Representada pela letra C). As placas são então secadas e 
queimadas à temperatura de sinterização. Podem ser esmaltadas, em 
correspondência aos símbolos GL (glazed) ou UGL (unglazed), conforme ISO 13.006. 
As placas são incombustíveis e não são afetadas pela luz. ” 
As placas cerâmicas usadas para revestimento são classificadas de várias 
maneiras, como por exemplo: para classifica-las pela existência de vidrado na face a 
ser exposta usa-se o termo esmaltada ou não esmaltada; para indicar o processo de 
fabricação empregado na sua produção, classifica-se como prensada ou extrudadas. 
Contudo a propriedade mais utilizada para a classificação presente na normatização 
é a absorção de água. 
Tendo como base a capacidade de absorção de água, as placas podem ser 
classificadas também por diversos modos. No Quadro 1 abaixo apresenta-se uma 
classificação usada na prática. 
 
 
Quadro 1 - Classificação genérica das placas cerâmicas em função da capacidade de absorção de 
água 
Fonte: Anfacer (1998) 
 
18 
 
5.1.2 Argamassas 
 
Segundo Fiori (2009), “As argamassas são definidas como sendo a mistura de 
aglomerantes e agregados com água, possuindo capacidade de endurecimento e 
aderência.” 
As argamassas, como parte do revestimento, têm igual importância às placas 
cerâmicas. Para a produção do revestimento cerâmico de fachadas são utilizados 
alguns tipos de argamassas, são elas: argamassas de chapisco, emboço, adesiva e 
rejuntamento. 
 
5.1.2.1 Argamassa de Chapisco 
 
A ABCP (2002) considera a argamassa de chapisco como uma camada de 
preparo de base, constituída de mistura de cimento, areia e aditivos, aplicada de forma 
contínua ou descontinua, com a finalidade de uniformizar a superfície quanto à 
absorção e melhorar a aderência do revestimento à base. 
O chapisco quando aplicado sobre a base pode ter diferentes características, 
isso vai depender do tipo de material que a base é constituída, como alvenaria de 
blocos cerâmicos, blocos de concreto, estrutura de concreto, etc. 
Com o objetivo de homogeneizar o grau de sucção de água, que propicia a 
microancoragem, e a rugosidade superficial da base, que contribui para a 
macroancoragem, emprega-se o chapisco, não como uma camada de revestimento, 
mas como uma preparação da base, (ABNT, 1998). 
O chapisco comumente quando empregado sobre as alvenarias é aplicado no 
traço em massa de 1:3 (cimento e areia média) sem a adição de nenhum aditivo, já 
quando utilizado sobre estruturas de concreto, pode ser adicionada emulsão de 
polímeros dos tipos PVAC, acrílicos e estirênicos, com o objetivo de melhorar a 
aderência, em virtude da superfície lisa da estrutura e da baixa porosidade do 
concreto. Atualmente se verifica crescente emprego das argamassas industrializada 
para chapisco na execução dos RCF’s. 
 
19 
 
5.1.2.2 Argamassa de emboço 
 
De acordo com Fiorito (1994), como parte do sistema de revestimento cerâmico 
de fachada, o emboço, apresenta importantes funções que são genericamente: 
 
 Proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação dos agentes 
agressivos; 
 Auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções como, por exemplo, o 
isolamento termo-acústico e a estanqueidade à água e aos gases; 
 Regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base regular 
adequada ao recebimento de outros revestimentos ou constituir-se no 
acabamento final; 
 
A ABCP (2002) considera emboço uma camada de revestimento executada 
para cobrir e regularizar a superfície da base com ou sem chapisco, propiciando uma 
superfície que permita receber outra camada de reboco ou de revestimento 
decorativo, ou que se constitua no acabamento final. 
Medeiros (1999) enfatiza a noção de que a argamassa de emboço deve possuir 
uma resistência de aderência à base compatível com os esforços a que estará sujeita, 
suportando a camada de cerâmica aderida a ela sem despegar. É importante 
considerar na produção do emboço a sua resistência de aderência à base e a sua 
resistência superficial ao arrancamento. 
A NBR 7200 (ABNT, 1998), recomenda que sejam tomados os seguintes 
cuidados na preparação da argamassa de emboço: 
 
 A empregar mistura mecânica, observar tempo de mistura de 3 a 5 min; 
 Descansar a argamassa intermediária (cal : areia) por no mínimo 16 horas; 
 Quando armazenada a mistura de cal e areia, estas devem ser mantidas 
permanentemente úmidas para evitar a formação de grumos de 
homogeneização difícil; 
 Tempo de utilização de no máximo 2 horas e 30 minutos (para locais com 
temperatura acima de 30ºC ou UR (umidade relativa do ar) inferior a 50% 
reduzir este tempo para 1 hora e 30 minutos); 
20 
 
O valor mínimo de resistência de aderência com relação à interface emboço e 
a base é de 0,3 MPa. Este valor é o especificado pela norma NBR 13.749 (ABNT, 
1996b). 
A argamassa de emboço deve possuir algumas propriedades para que atenda 
as solicitações de uso, tais como: capacidade de aderência, resistência mecânica, 
capacidade de absorver deformações, durabilidade e trabalhabilidade. 
A capacidade de aderência da argamassa de emboço é a propriedade que 
permite a camada a resistir aos esforços de tração e cisalhamento. 
A resistência mecânica do emboço é a capacidade deste de suportar as 
solicitações externas sem que sofra deformações. 
A capacidade de absorver deformações, segundo SABATTINI (1997), é “a 
propriedade permite o revestimento se deformar sem ruptura ou através de 
microfissuras imperceptíveis, oriundas de pequenas deformações. ” 
A capacidade de absorver deformações e a resistência mecânica devem ser 
analisadas de forma conjunta, pois são inversamente proporcionais, como mostra a 
equação: 
ξ = σ / E 
ξ – deformação unitária (mm/m) 
σ – tensão (MPa) 
E – módulo de deformação (GPa) 
A fissuração da argamassa de emboço é uma situação que deve ser evitada, 
pois interfere na capacidade de aderência. Portantonas argamassas fortes ou rígidas, 
os esforços necessários para partir as ligações internas são maiores, ocasionando 
fissuras de maior tamanho e indesejadas ao revestimento, contudo existem 
componentes que podem reduzir a sua rigidez, de forma que as microfissuras 
oriundas das solicitações sejam diluídas, as quais não comprometem o desempenho 
do revestimento. (SABATTINI, 1997). 
A durabilidade é a capacidade de manter o desempenho de suas funções ao 
longo do tempo, dependendo de todas as propriedades já citadas. 
A trabalhabilidade define a sua habilidade de fluir ou espalhar-se em toda a 
área da base, por suas saliências e protuberâncias. Portanto, ela determina a 
21 
 
intimidade do contato entre a argamassa e o substrato, afetando assim a capacidade 
de aderência (CARASEK, 1996). 
 
5.1.2.3 Argamassa colante 
 
Segundo (FIORI, 2009), “A argamassa colante é definida como uma mistura 
constituída de aglomerantes hidráulicos, agregados minerais e aditivos que 
possibilitam, quando preparada em obra com adição exclusiva de água, a formação 
de uma massa viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de peças 
cerâmicas para revestimentos ou pedras de revestimento. A argamassa colante é 
aplicada em camada relativamente fina comparada com as espessuras das 
argamassas comuns. Sua aplicação só é possível com utilização de desempenadeiras 
denteadas. ” 
As argamassas tradicionais são aquelas preparadas no canteiro da obra a partir 
de uma mistura de cimento Portland, com adição ou não de cal hidratada, aditivos e 
areia. Estas argamassas, junto com as pastas de cimento puro, eram a alternativa 
para o assentamento de revestimentos cerâmicos até o surgimento das argamassas 
adesivas industrializadas. Estas argamassas prestam-se à aderência de materiais 
com superfícies porosas por meio do endurecimento do cimento Portland 
(MEDEIROS, 1999). 
 Depois do surgimento das argamassas industrializadas as argamassas 
preparadas no canteiro, ou argamassas tradicionais, foram deixadas um pouco de 
lado, sendo as industrializadas as mais usadas na execução de RCF, ou até mesmo 
em revestimentos cerâmicos em geral. 
A grande diferença entre as argamassas industrializadas e as argamassas 
tradicionais é a capacidade de retenção de água, permitindo assim que o material seja 
aplicado em uma espessura fina, sem que perda para o substrato ou para o ar a água 
necessária à hidratação completa do cimento Portland. 
Segundo a norma brasileira NBR 14.081 (ABNT, 2004) a classificação da 
argamassa adesiva tem quatro tipos, com a seguinte designação: 
 
 tipo AC I – argamassa típica para uso interno, com exceção daqueles aplicados 
em saunas, churrasqueiras estufas e outros revestimentos especiais; 
 tipo AC II – argamassa para uso interno e externo; 
22 
 
 tipo AC III – argamassa que apresenta aderência superior em relação às 
argamassas do tipo AC I e AC II; 
 tipo E – argamassa colante industrializada dos tipos I, II, III, com tempo em 
aberto estendido. 
A norma brasileira também apresenta a classificação e as exigências mecânicas 
que a argamassa colante deve ter: 
 
 
Quadro 2 - Requisitos da argamassa colante 
Fonte: NBR 14.081 (2004) 
 
Para aplicação em fachadas, as argamassas colantes do tipo ACII devem 
absorver os esforços decorrentes de flutuações térmicas e higrotérmicas, da ação do 
vento e da chuva, mas isso quando empregadas placas cerâmicas com capacidade 
de absorção de água superior a 0,5%. Para placas com capacidade inferior a 0,5%, 
devem ser utilizadas as argamassas colantes do tipo AC III ou AC III-E (TORRES, 
2007). 
A principal propriedade das argamassas colantes é a capacidade de aderência. 
Mas ela vai depender de alguns fatores, como, o teor de absorção da placa cerâmica, 
das características do substrato, das condições ambientais e da mão de obra. 
A capacidade de retenção de água é outra propriedade das argamassas 
colantes, sendo está propriedade ligada ao tempo em aberto da argamassa, que é o 
período entre a aplicação da argamassa no substrato até o momento em que ela não 
apresenta mais capacidade de aderência. 
 
23 
 
5.1.2.4 Argamassa para Rejuntamento 
 
Segundo (FIORI, 2009), as argamassas de rejuntamento “podem ser 
produzidos em obra ou encontrados prontos. A maioria dos materiais de rejuntamento 
é à base de cimento Portland. Podem receber adições de outros produtos para: serem 
mais elásticos, repelirem água, resistirem a fungos, permanecerem brancos (quando 
o rejunte for branco), terem resistência mecânica, serem impermeáveis, serem 
coloridos etc.” 
As argamassas industrializadas para rejuntamento também são constituídas 
basicamente de cimento Portland, com adição de agregados inertes e aditivos 
químicos, que melhoram as suas propriedades. Mas ainda existem materiais para 
rejuntamento a base de resinas epóxi, compostas de pigmentos e cargas minerais, 
endurecedor e adesivo. As argamassas para rejuntamento são de fundamental 
importância para a durabilidade do RCF. 
As três características básicas que devem conter as argamassas de 
rejuntamento, são: boa trabalhabilidade, baixa retração e boa aderência as bordas 
das juntas de assentamento, Medeiros (1999). 
A NBR 14992 (ABNT, 2003) classifica as argamassas à base de cimento em duas 
classes distintas: 
 Rejuntamento do tipo I: indicada para rejuntamento de placas cerâmicas em 
ambientes internos e externos, desde que observadas as condições de uso em 
locais em que o trânsito de pedestres/transeuntes não é intenso, uso em 
conjunto com placas cerâmicas com absorção de água acima de 3% (grupos II 
e III, segundo a NBR 13817) e uso em ambientes externos limitado a 20m² no 
caso de pisos, e 18m², no caso de paredes. 
 Rejuntamento do tipo II: indicada para rejuntamento de placas cerâmicas em 
ambientes internos e externo, desde que observadas todas as condições do 
tipo I, além disso, o uso em locais onde haja trânsito intenso de 
pedestres/transeuntes, uso em conjunto com placas cerâmicas com absorção 
de água inferior a 3% (grupos I, segundo a NBR 13817), uso em ambientes 
externos, pisos ou paredes, de qualquer dimensão, ou sempre que haja juntas 
de movimentação e uso em ambientes internos ou externos com presença de 
água confinada (piscinas, espelhos d’água, etc.). 
24 
 
A NBR 14992 (ABNT, 2003) determina os requisitos mínimos que as argamassas de 
rejuntamento devem possui, conforme Quadro 3. 
 
 
Quadro 3 - Requisitos mínimos de argamassa de rejuntamento 
Fonte: NBR 14.992 (2003) 
 
5.1.3 Juntas 
 
As juntas são feitas no RCF visando diminuir as trincas e fissuras decorrente 
das movimentações da estrutura, essas juntas são chamadas de juntas de 
movimentação ou juntas de trabalho. 
Segundo SABBATINI (1998), “As juntas de trabalho são definidas como o 
espaço regular cuja função é subdividir o revestimento para aliviar tensões 
provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento. Elas podem ser 
horizontais ou verticais. ” 
As juntas de trabalho são definidas como o espaço regular cuja função é 
subdividir o revestimento para aliviar tensões provocadas pela movimentação da base 
ou do próprio revestimento. Elas podem ser horizontais ou verticais. ” 
As juntas de trabalho, são obtidas pelo seccionamento da camada de 
acabamento do revestimento cerâmico e de toda (ou parte) da camada de 
regularização. A junta assim obtida deve ser preenchida com um selante elastomérico. 
Estas juntas têm como finalidade criar painéis de dimensões tais que as tensões 
induzidas pelas deformações intrínsecas (do próprio revestimento) somadas as 
deformações da base de amplitude normal, não suplatem a capacidade resistente dos 
25 
 
mesmos, permitindo dissipar as tensões induzidas, sem que surjam fissuras que lhe 
comprometam o desempenho e a integridade (SABBATINI, 2001). 
A NBR 13755 (ABNT, 1996), define os tipos de junta como: 
 
 Junta: Espaço regularentre duas peças de materiais idênticos ou distintos; 
 Junta de assentamento: Espaço regular entre duas placas cerâmicas 
adjacentes; 
 Junta de movimentação: Espaço regular cuja função é subdividir o 
revestimento, para aliviar tensões provocadas pela movimentação da base ou 
do próprio revestimento, compensando a variação de bitola das placas 
cerâmicas facilitando do alinhamento, harmonizando o tamanho das placas e 
as dimensões do pano a revestir com a largura das juntas entre as placas 
cerâmicas, facilitando o perfeito preenchimento, garantindo a vedação 
completa da junta e até mesmo, facilitar a troca de placas; 
 Junta de dessolidarização: Espaço regular cuja função é separar o 
revestimento para aliviar tensões provocadas pela movimentação da base ou 
do próprio revestimento; 
 Junta estrutural: Espaço regular cuja função é aliviar tensões provocadas pela 
movimentação da estrutura de concreto. 
 
A Figura 2 mostra bem como são os tipos de juntas. 
 
 
Figura 2 - Ilustração dos tipos de juntas 
Fonte: Antunes (2010) 
 
26 
 
5.1.4 Selante 
 
Uns dos materiais mais utilizados para o preenchimento das juntas são os 
chamados selantes. A NBR 13.755 (ABNT, 1996a) recomenda selantes à base de 
elastômeros, como poliuretano, polissulfeto, silicone etc. 
Os selantes são flexíveis e impermeáveis, com isso ele trabalha juntamente 
com a movimentação dos painéis do RCF e confere estanqueidade ao sistema, assim 
como o rejunte. 
Para que o selante mantenha seu desempenho, é necessário que permaneça 
aderido e conservar suas propriedades. No caso de fachada, a durabilidade é uma 
propriedade fundamental. A ação do tempo sobre os selantes do RCF pode provocar 
fenômenos de microfissuração e enrugamento, ação originada das condições 
climáticas, a efeitos da evaporação do solvente e radiação ultravioleta do Sol. Na 
cidade de Fortaleza, os efeitos da radiação UV são intensivos. Verifica-se nessa 
cidade, que alguns selantes apresentam enrugamento e perda de aderência ao longo 
do tempo (TORRES, 2007). 
 
6 METÓDO EXECUTIVO DO RCF 
 
A execução do RCF segue uma série de etapas, que devem ser seguidas para 
que a qualidade do serviço seja a mais satisfatória possível. As normas NBR 13.755 
e 7200 indicam prazos que devem ser verificados quando for executar o RCF, como 
mostra no Quadro 4. 
 
 
 Quadro 4 - Prazos a serem observados, segundo a norma 
 Fonte: TORRES, 2007 
27 
 
6.1 PREPARAÇÃO DA BASE 
 
A estrutura deve estar concluída há, pelo menos 28 dias, a preparação da base 
inicia com a fixação (encunhamento) da alvenaria, logo depois vem a limpeza da base. 
Antes de serem iniciados à execução do chapisco recomenda-se que remova da 
alvenaria e estrutura todo e quaisquer materiais e substâncias (poeiras, fuligens, 
bolor, eflorescências e outros) que venham a prejudicar a aderência ao substrato. 
A norma NBR 13.755 (ABNT, 1996a) recomenda que a superfície nua da 
parede deve ser limpa e livre de poeiras, restos de argamassa, restos das formas 
de madeira utilizadas na concretagem, pontas soltas de ferros, eflorescências, 
outros resíduos que possam afetar o caráter monolítico do revestimento final. 
Deve-se tomar especial cuidado em se remover completamente a 
película de desmoldante, como também promover a abertura dos poros para 
proporcionar uma melhor aderência da argamassa de chapisco. Esse processo 
pode ser feito através d e apicoamento na superfície do concreto, ou por 
lixamento com disco diamantado de desbaste de concreto, com o objetivo de 
aumentar a rugosidade e porosidade na superfície do concreto. 
Deve-se também fazer o tamponamento de todos os nichos de 
concretagem com a utilização de graute, e a correção de falhas na alvenaria, como 
rasgos, furos, quebra, etc. 
Depois do apicoamento ou lixamento a estrutura deve ser lavada com jato 
de água sob pressão, para que toda a poeira proveniente do lixamento seja tirada 
para que não isole na aplicação do chapisco. 
 
6.2 EXECUÇÃO DO CHAPISCO 
 
Após a limpeza, a correção das falhas e o aumento da porosidade da base, 
aplica-se o chapisco, que é uma argamassa de cimeto e areia, normalmente no traço 
de 1:3, fabricada na obra ou a argamassa de chapisco industrializada. Em superfície 
de concreto, por ser muito lisa, utiliza-se a adição de aditivo, que é um adesivo que 
ajuda na aderência do chapisco com o substrato, concreto. Na alvenaria, não se utiliza 
aditivo, pois o tijolo ou bloco já tem rugosidade que não é necessário o uso de 
adesivos. 
A norma NBR 7.200 (ABNT, 1998) indica que “quando se fizer uso de 
28 
 
argamassas preparadas em obra, as bases de revestimento devem ter as 
seguintes idades mínimas: três dias de idade do chapisco para aplicação do 
emboço ou camada única; para climas quentes e secos, com temperatura acima 
de 30°C, este prazo pode ser reduzido para dois dias. Para estas temperaturas e 
condições de umidade, no entanto, o chapisco deve ser protegido da ação direta 
do sol e do vento mediante processos que mantenham a umidade da superfície, 
no mínimo, por 12 horas, após a aplicação. ” 
Depois de todos os cuidados, inicia-se a aplicação do chapisco. 
Primeiramente deve aspergir água com broxa, tomando-se cuidado para não 
saturar a superfície. Caso a base esteja saturada, deve-se aguardar a sua 
secagem para o início dos serviços. Logo em seguida aplica-se o chapisco em 
espessura necessária de modo a garantir alta rugosidade observando a 
temperatura elevada do substrato, devido à insolação, protegendo da incidência 
direta do sol. Não executar chapisco nas fachadas sobre insolação no período 
da tarde (a aderência do chapisco deve ser verificada três dias após sua 
execução). 
O chapisco deverá ser curado, por aspersão de água pelo menos por 
1(um) dia. A cura deve ser feita aspergindo água pelo menos duas vezes ao dia 
ou sempre que o chapisco se mostrar seco superficialmente. 
 
6.3 REFORÇO NO REVESTIMENTO 
 
Evitando combater a fissuração no revestimento, é recomendado o reforço com 
tela metálica. Essa tela é colocada no encontro entre a alvenaria e o concreto 
(pilar ou viga), no caso de pilares a tela deverá ser interrompidas a cada 
pavimento, ou melhor, na região das juntas de movimentação (encunhamento). 
A figura 3 mostra o detalhe da colocação da tela metálica. 
29 
 
 
Figura 3 - Detalhe da colocação da tela entre a alvenaria e a estrutura 
Fonte: Elaboração Pessoal 
 
A NBR 13.755 (ABNT, 1996a) recomenda mais de uma camada, sempre 
que a espessura do emboço exceder a 25 mm, como também inserir uma tela 
metálica eletro-soldada no emboço e ancorada na base. Essa tela é posicionada 
entre o chapisco e o emboço numa espessura da dependerá do projetista da 
fachada, e ancorada na base com pinos metálicos, conforme Figura 4. 
 
. 
Figura 4 - Detalhe da colocação da tela entre a 1ª e a 2ª camada de emboço 
Fonte: Elaboração Pessoal 
 
30 
 
6.4 EXECUÇÃO DO EMBOÇO 
 
Antes de iniciar o emboço, deve ser realizado a locação dos arames da 
fachada. Os arames de fachada devem estar posicionados de forma adequada, 
alinhados e em esquadro com a estrutura. A distância dos arames à base pode 
ser de 10 cm, sendo posicionados da seguinte maneira: 
 
 nas quinas externas e cantos, deslocados de 10 a 15 cm do eixo, um 
em cada canto das faces; 
 de cada lado das janelas; 
 nos eixos dos detalhes alinhados. 
 
A distância entre os arames deve ser de 1,5m a 1,8m, conforme Figura 5. 
 
 
Figura 5 - Descida dos arames 
Fonte: ABCP (2002) 
 
31 
 
Após a descida dos arames, deve-se realizar o mapeamento da fachada, 
medindo as distâncias entre os arames e a superfície da fachada em pontos 
específicos: nas vigas, na alvenaria e pilares a meia distância entre vigas. Essas 
distâncias devem ser anotadas em uma planilha para análise da espessura do 
revestimento. 
Para o início do taliscamento d a fachada, d e v e - s e f a z e r o estudo domapeamento, onde será definida a espessura do revestimento. Definido a 
espessura coloca-se a talisca (mestra) observando a distância das taliscas em relação 
aos arames de fachada de acordo com o definido após a análise do mapeamento, 
com tolerância de ± 1 mm. Deve ser feita também a verificação da distribuição das 
taliscas de forma que fiquem espaçadas entre si cerca de 1,50 m a 1,80 m. 
A NBR 7.200 (ABNT, 1998) recomenda os seguintes passos para a execução 
do emboço de fachada: 
 
 taliscamento; 
 preenchimento das mestras (faixas) 
 preenchimento de áreas entre as mestras 
 remoção das taliscas e preenchimentos dos vazios; 
 espera do ponto de consistência da argamassa para sarrafear; 
 preenchimento dos vazios restantes com novo lançamento; 
 repetição do sarrafeamento e preenchimento até atingir planicidade requerida; 
 desempenamento grosso, com desempenadeira de madeira. 
 
O emboço sarrafeado e desempenado que receberá o revestimento cerâmico. 
Segundo Sabbatini e Barros (1990) adota-se superfície desempenada em razão de 
obter uma estrutura mais compactada, em virtude deste procedimento proporcionar o 
aperto dos grãos da argamassa, acarretando melhor aderência e menor consumo da 
argamassa de fixação. 
Para verificar a aderência do emboço, fazer avaliação por percussão, através 
de impactos leves, com martelo de madeira ou outro instrumento rígido ao toque, não 
devendo apresentar som cavo (avaliar 1m² a cada 100 m²), (ABNT, 1996b). 
O corte das juntas será feito através de cortes no emboço após a etapa de 
desempeno, marcando a posição da junta de acordo com o projeto. O corte pode ser 
feito com o auxílio de um guia e um frisador. 
32 
 
6.5 EXECUÇÃO DE PLACAS CERÂMICAS 
 
A base do emboço necessita estar limpa e deve ser levemente umedecida para 
melhorar as características de aderência da argamassa à base. Para isso se utiliza 
uma broxa, borrifando água antes da aplicação da argamassa de assentamento. O 
desvio de planeza da superfície sobre a qual serão assentados os revestimentos não 
seja maior do que 3 mm em relação a uma régua retilínea com 2 m de comprimento 
(ABNT, 1996a). 
Aplica-se a argamassa colante com o lado liso da desempenadeira em 
camada uniforme sobre a base. Em seguida, com o lado denteado, filetar a 
argamassa com a desempenadeira de modo a formar cordões contínuos e 
uniformes. Avaliar a altura do cordão de argamassa colante. 
Após a aplicação da argamassa no emboço, na placa cerâmica poderá ser 
aplicada camada simples. A placa cerâmica deve ser assentada através de 
movimentos de vai-vem perpendiculares aos cordões, de modo a se obter um 
completo esmagamento dos filetes da argamassa e um preenchimento de 100% 
no tardoz da placa. Ajustar as peças imediatamente e bater com um martelo de 
borracha. 
Fiorito (1994) cita ser importante golpear sobre a placa cerâmica na posição 
definitiva, pois a argamassa adesiva, sendo um material tixotrópico, diminui sua 
viscosidade quando percutida ou vibrada. Deve-se promover a remoção da 
argamassa colante do interior das juntas de assentamento, deixando-as prontas 
para receber o rejuntamento. Empregar uma escova de nylon de cerdas para 
facilitar a retirada sem esforço do material. 
Para verificar o desempenho da resistência da argamassa colante, a norma 
NBR 13.755 (ABNT, 1996a) estabelece que, quando necessário, devem ser 
realizadas seis determinações da resistência de aderência, após a cura de 28 dias 
da argamassa colante utilizada no assentamento, e, pelo menos, quatro valores 
devem ser iguais ou maiores que 0,30 MPa. 
 
33 
 
6.6 EXECUÇÃO DO REJUNTAMENTO 
 
A NBR 13.755 (1996a) recomenda que o rejuntamento das placas cerâmicas 
deve ser iniciado no mínimo após três dias do seu assentamento 
Ao iniciar o rejuntamento, deve-se verificar se a junta estar limpa, evitando 
assim problemas na aderência junto as placas cerâmicas. Após a verificação 
promover o umedecimento das juntas entre as placas com a broxa, de modo a 
garantir uma boa hidratação e evitar problemas de retração. 
A aplicação d a argamassa de rejunte d e v e s e r f e i t a com 
desempenadeira de borracha, executando movimentos contínuos e de vai-vem 
diagonalmente ás juntas. Em seguida remover o excedente de argamassa de 
rejunte com um pano seco ou espuma umedecida em água, antes do início do seu 
endurecimento, para que a argamassa não venha aderir à placa cerâmica. 
Depois do rejuntamento fazer o acabamento frisado das juntas com uma 
ponta arredondada e lisa de plástico ou ferro, de modo a retirar o excesso de 
argamassa e alisar a sua superfície, após isso, executar limpeza com esponja e 
secagem superficial, providenciar a imediata limpeza da superfície das placas com 
o emprego de um pano seco e limpo. 
 
6.7 TRATAMENTO DAS JUNTAS DE MOVIMENTAÇÃO 
 
As juntas devem ser executadas, após o rejuntamento das placas cerâmicas. 
Segundo Torre (2007) a execução do tratamento da junta compreende as 
seguintes operações: 
 
 limpeza da junta; 
 colocação do material de enchimento; 
 colocação das fitas de proteção de bordas; 
 aplicação do selante; 
 frisamento do selante; e 
 retirada das fitas de proteção das bordas. 
 
O rasgo da junta deve ser impermeabilizado com tinta elastomérica, aplicando 
duas demãos do produto em todo o rasgo. Deve ser colocado apoio flexível sob 
34 
 
pressão no interior da junta, de modo a ficar adequadamente posicionado, e não 
sofrer movimento ao colocar o selante ou o frisamento do selante. O selante deve ser 
aplicado com pistola aplicadora e seu acabamento deve ser feito com espátula ou 
frisador. 
 
6.8 LIMPEZA 
 
Segundo Torre (2007) a realização da limpeza antes do momento adequado 
pode prejudicar a argamassa de rejuntamento e retirando parte desta argamassa. 
Uma limpeza tardia, porém, pode trazer prejuízos, não só para o rejuntamento, como 
também para a placa cerâmica, em virtude da necessidade de aplicar esforços 
mecânicos e abrasivos para a retirada do excesso de argamassa. 
A limpeza da RCF é feita com a utilização de água, esponjas de fibra e produtos 
desincrustantes, esses produtos são utilizados de acordo com o quão sujo esteja o 
RCF, sendo estes diluídos na água numa proporção que dependerá do estado de 
sujeira da fachada, essa proporção dependerá também do fabricante do produto, que 
normalmente classifica o modo de limpeza em Leve, Médio e Pesado. 
 
35 
 
7 EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO CERÂMICO DE FACHADA – ESTUDO DE 
CASO 
 
Este capítulo tem por objetivo especificar o sistema de revestimento 
cerâmico aderido das fachadas do empreendimento localizado na cidade de Fortaleza-
CE. 
O empreendimento do estudo é um prédio comercial de 27 pavimentos, sendo 
estes constituídos de 3 Subsolos, 1 Pavto Térreo, 3 Sobressolos, 1 Pavto. Lazer e 19 
Pavtos tipo. O prédio possui 13703,07 m² de área de revestimento cerâmico de 
fachada. 
O prédio foi totalmente arrodeado de balanças, num total de 78 balanças, 51 
no perímetro dos pavimentos tipos, e 27 na periferia, como mostra a figura 6.
 
Figura 6 - Locação das balanças da obra 
Fonte: Projetos da obra em estudo 
 
36 
 
7.1 ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS 
 
O Quadro 5 abaixo mostra os materiais e especificações utilizados para a execução 
do revestimento cerâmico da obra em estudo. 
 
Material Especificação 
AREIA PARA EMBOÇO Areia de rio lavada média passando na peneira 3,0 mm 
CAL CH-I – sacos de 20 kg 
CIMENTO CP V, CP II F 32 
ou CP II Z 32 - sacos de 50 kg. 
ADESIVO PARA CHAPISCO Bianco (consultar a condição de uso) 
PEÇA CERÂMICA EPU em autoclave < 0,4 mm/m 
Isento de gretamento Absorção 0 a 6% 
PEI > 1 
Manchas classe 5 
Ataque químico - classe A 
Isenta de engobe 
Lateral sem esmalte 
ARGAMASSA 
DE REJUNTE 
Flexível - Tipo II, de base acrílica. 
BASTÃO DE POLIETILENO 
EXPANDIDO DE BAIXA DENSIDADE 
Diâmetro > 1,3 * espessura da junta, ~ 20 mm 
SELANTE A basede poliuretano alifático com plastificação intra-
molecular com capacidade de movimentação maior que 25 
% em relação à largura da junta. Dureza Shore A < 30 
TELA DE 
REFORÇO METÁLICA 
Tela eletro-soldada zincada a fogo # 25 x 25 mm – Ø 1,24 
mm 
FITA CREPE Com 1 cm e 2 cm de largura 
IMPERMEABIL IZAÇÃO DAS JUNTAS
 DE MOVIMENTAÇÃO 
Tinta elastomérica elástica “Frentes e Fachadas” da 
Renner 
PINO Pino de aço liso com arruela para concreto, zincados a 
fogo (HILTI X-CS 27 S23 ou similar), fixados com 
ferramenta HILTI DX 36M ou similar. 
PRODUTO DE 
LIMPEZA 
Neutro 
Quadro 5 - Materiais e especificações utilizadas na obra 
Fonte: Projeto da obra em estudo 
 
37 
 
7.2 CONDIÇÕES GERAIS PARA INÍCIO DAS ETAPAS DO 
PROCEDIMENTO EXECUTIVO 
 
7.2.1 Fixação da Alvenaria 
 
Foi sugerido para argamassa de encunhamento o seguinte traço: Traço - 1:2:10 
(Cimento: cal hidratada: areia média de rio lavada). O traço foi testado no canteiro da 
obra para a verificação da sua trabalhabilidade e produtividade. 
 
7.2.2 Chapisco 
 
O chapisco deverá ser aplicado sobre a estrutura de concreto de forma a cobri-
la completamente, como também na alvenaria. Em ambos os casos, deverá ser 
garantido alta rugosidade e aderência. 
Para argamassa produzida no canteiro da obra, foi sugerida: Traço - 1:3 
(cimento: areia de rio lavada). Dimensão da padiola de areia: 35x45x25,5 cm, sendo 
a areia de rio com dimensão máxima de 4,75 mm. 
Nas superfícies lisas, como no caso das estruturas de concreto, deverá ser 
adicionado na água de amassamento, produto químico para melhorar a ponte de 
aderência, tais como: Bianco, seguindo as recomendações do fabricante. 
Foram seguidas algumas condições para o início do serviço de chapisco, como: 
 
 A estrutura deve estar concluída há, pelo menos, 28 (vinte e oito) dias. 
 Promover a limpeza da base antes de serem iniciados à execução do 
chapisco removendo-se da alvenaria e estrutura todo e quaisquer materiais 
e substâncias (poeiras, fuligens, bolor, eflorescências, desmoldantes e 
outros) que venham a prejudicar a aderência ao substrato. 
 Executar o preenchimento de todos os ninhos de concretagem, utilizando 
grout ou argamassa polimérica, quando necessário. Correção das falhas 
(furos, rasgos, quebra parcial etc.) na alvenaria com profundidade 
superior a 5 cm devem ser encasquilhadas. 
 Lavagem da estrutura com jato de água sob pressão. 
 
38 
 
7.2.3 Reforço com tela metálica 
 
Deverá ser realizado reforço com tela metálica eletro-soldada zincada a fogo # 
25x25 mm – Ø 1,24 mm, objetivando combater a fissuração do revestimento. A tela 
deverá ser posicionada dentro da argamassa de emboço correspondendo a 1/3 de 
sua espessura a partir do chapisco. Em casos que a espessura do emboço ultrapasse 
o valor de 5 cm deverá ser adicionada uma tela metálica objetivando a estruturação 
da camada. O espaçamento médio dos pinos deve ficar a cerca de 70 cm. 
 
7.2.4 Emboço 
 
O emboço deverá ser executado de modo a garantir as condições de planeza 
adequadas ao posterior assentamento de revestimento cerâmico com argamassa 
colante. 
Assim como o chapisco, também foram seguidas algumas condições para o 
início do serviço de emboço, como: 
 Promoção da limpeza da base de modo a remover quaisquer poeiras ou 
substâncias que possam prejudicar a aderência. 
 Sobre superfícies chapiscadas, verificar o intervalo mínimo de 3 (três) 
dias para iniciar a execução do emboço. 
 Executar mapeamento da fachada preenchendo planilha especifica. Efetuar 
leituras com trena nos pontos de encontro dos arames com: vigas, 
alvenaria e pilares (a meia distância entre as vigas). 
 
7.2.5 Revestimento Cerâmico 
 
Após a execução do emboço, vem o assentamento do revestimento cerâmico, 
que deve seguir as seguintes condições para o seu início: 
 
 A base não deve estar encharcada. 
 Certificar-se de que as instalações elétricas e hidráulicas que interferem no 
revestimento de fachada estão concluídas e testadas. 
39 
 
 A base de emboço necessita ser levemente umedecida para melhorar as 
características de adesividade da argamassa à base. Para isso se utiliza 
uma broxa, borrifando água momentos antes da aplicação da argamassa 
de assentamento. 
 Verificar a planeza da base. O desvio de planeza não deve ser superior a 3 
mm em relação a uma régua retilínea de 2 m. 
 
7.3 PROCEDIMENTO EXECUTIVO DO REVESTIMENTO CERÂMICO DE 
FACHADA 
 
No Quadro 6 abaixo, é apresentado a sequência de execução do 
revestimento de fachada para a obra em estudo com a utilização de argamassa 
colante industrializada. 
ETAPA ATIVIDADES 
1ª SUBIDA Limpeza da base 
Fixação da alvenaria de fachadas 
(Encunhamento) 
Fechamento de nichos de concretagem e 
rasgos em alvenaria 
1ª DESCIDA Lavagem da estrutura 
Chapiscamento da estrutura e alvenaria 
2ª SUBIDA Locação dos arames 
Mapeamento da fachada 
Taliscamento e verificação do chapisco 
2ª DESCIDA Fixação da tela metálica 
Execução do emboço 
Corte das juntas 
3ª SUBIDA Impermeabilização das juntas 
Emestramento da cerâmica 
3ª DESCIDA Assentamento das placas cerâmicas 
4ª SUBIDA Verificação do assentamento das placas 
cerâmicas 
Rejuntamento e limpeza das juntas de 
assentamento 
Preenchimento das juntas de movimentação 
4ª DESCIDA Lavagem geral da fachada 
Quadro 6 - Etapas de execução do revestimento cerâmico seguido pela obra 
Fonte: Autor 
40 
 
Na Quadro 7 a seguir, é mostrado o custo, a duração e as datas de início e 
términos de algumas balanças. 
 
Quadro 7 - Planilha de acompanhamento das balanças 
Fonte: Arquivos da obra em estudo 
 
7.3.1 Preparação da Base 
 
Na 1ª subida foi realizado a preparação da base que engloba os serviços de 
limpeza, encunhamento e tamponamento da estrutura, estes serviços são essenciais 
para que o chapisco tenha uma aderência perfeita a base, então foram executadas da 
seguinte maneira: 
 
 Remoção das pontas de ferro e madeira, deixados na estrutura; 
 Lixamento de viga e pilares para retirada da camada de desmoldantes, 
conforme Figura 7; 
 Remoção das rebarbas do concreto e da argamassa; 
 Execução do encunhamento da alvenaria. 
 Correção das falhas de concretagem, preenchimento com graute dos 
nichos de concretagem. 
41 
 
 Tamponamento da alvenaria com argamassa de emboço, conforme Figura 
8. 
 
 
Figura 7 - Lixamento da estrutura 
Fonte: Autor 
 
 
Figura 8 - Tamponamento do alvenaria com argamassa de emboço 
Fonte: Autor 
42 
 
 
7.3.2 Execução do Chapisco 
 
Na 1ª descida foi executado o chapiscamento da estrutura e alvenaria, 
conforme ilustra a Figura 9, a argamassa de chapisco utilizada na estrutura e na 
alvenaria foi preparada com a adição de Bianco para uma melhor aderência. 
No primeiro momento foi feita a lavagem com água abundante da superfície 
onde foi feito o lixamento, estrutura de concreto, para a completa retirada da fuligem 
gerada pelo lixamento. Logo após foi executado o chapisco seguindo as seguintes 
etapa: 
 
 Aspersão de água com broxa, tomando-se cuidado para não saturar a 
superfície. Houve o caso em que a base estava saturada, então teve-se 
que aguardar a sua secagem para o início dos serviços; 
 Aplicação d o chapisco em espessura necessária de modo que obtivesse 
alta rugosidade. 
 
Figura 9 - Aplicação de chapisco em alvenaria e concreto, com a utilização de argamassa de 
chapisco com Bianco 
Fonte: Autor 
43 
 
 
7.3.3 Execução do Mapeamento 
 
Na 2ª subida foi feito a locação e descida dos arames, assim com o 
mapeamento e emestramento para o emboço. 
Os arames de fachada foram posicionados de forma que garantissem o 
alinhamento e esquadro com a estrutura. A distância dos arames à base foi de cerca 
de 10 cm, sendo posicionados da seguinte maneira: 
 
 De cada lado das janelas, para garantir o alinhamento das vaõs 
 Nas quinas externas e cantos, em cada face do prédio 
 Nos eixos dos detalhes alinhados. 
Depoisdos arames locados realizou-se o mapeamento da fachada, medindo 
as distâncias entre os arames e a superfície da fachada, essas distâncias foram 
anotadas em uma planilha para a análise da espessura do revestimento. Após a 
conclusão do mapeamento, as distâncias foram analisadas e foi definido a espessura 
do emestramento, obedecendo a espessura mínima de 25 mm, com mínimos em 
pontos específicos (pequenas áreas), de acordo com o manual da qualidade da 
empresa: vigas e pilares em regiões externas 15 mm, alvenaria em regiões externas 
20 mm. 
A verificação do chapisco foi feita de acordo com o manual de qualidade da 
empresa que determina os itens dessa verificação, como: 
 
 Pulverulência 
 Resistência superficial 
 Aderência - Avaliar através de raspagem com espátula 
 Uniformidade e textura 
 
7.3.4 Execução do Emboço 
 
Na 2ª descida foi realizada os serviços de reforço do revestimento, emboço e 
corte das juntas de movimentação. 
A tela para o reforço do revestimento foi colocada nos encontros entre viga e 
alvenaria, pilar e alvenaria e em pontos onde a espessura do emboço ficou com mais 
44 
 
de 5 cm, visando a estruturação das camadas. 
Na execução do emboço foram verificadas as seguintes etapas para sua 
execução: 
 
 Onde a espessura do emboço ficou com mais de 5 cm, foi realizado uma cheia 
(chapada) em um dia, e outra camada no dia seguinte, foi colocada tela 
metálica com a finalidade de estruturação da primeira chapada, e aspergido 
água sobre argamassa antes da aplicação da 2ª camada, não saturando-o a 
primeira. 
 Após a aplicação da 2ª camada de argamassa, avaliou-se o sarrafeamento 
da argamassa pelo teste de compressão da superfície com os dedos. 
O ponto ideal é quando os dedos não penetram na camada 
permanecendo praticamente limpos, porém deformando levemente a 
superfície. O sarrafeamento só foi executado quando a argamassa 
apresentou consistência adequada. Se o sarrafeamento for executado 
antes do ponto de sarrafeamento ocorrerá à formação de fissuras 
horizontais ou o emboço desprenderá ao ser sarrafeado. 
 As taliscas do emestramento foram removidas e preenchidas com a 
mesma argamassa de revestimento. 
 
O corte das juntas de movimentação fo i realizado durante a execução do 
emboço, em uma profundidade de 3/4 da espessura do emboço, para emboço com 
espessuras maiores que 3,5 cm e onde a espessura do emboço foi menor que 3,5 
cm, o corte foi realizado em toda a profundidade do emboço. Para a realização do 
corte, foi utilizado a mangueira de nível para a locação da junta e um frisador para 
executar o corte. 
  
45 
 
A Figura 10 mostra a primeira camada aplicada. 
 
 
Figura 10 - Chapeamento onde a emboço ficou maior que 5 cm 
Fonte: Autor 
 
A Figura 11 mostra a aplicação do reforço com tela metálica. 
 
 
Figura 11 - Reforço com tela metálica 
Fonte: Autor   
46 
 
A Figura 12 mostra a execução do emboço, acabamento final. 
 
 
 
Figura 12 - Execução de emboço em fachada 
Fonte: Autor 
 
7.3.5 Impermeabilização das Juntas e Paginação do Revestimento 
 
Na 3ª subida foi realizada a impermeabilização das juntas e a paginação do 
revestimento cerâmico. 
A impermeabilização das juntas foi feita com tinta elastômerica, a tinta foi 
aplicada com trincha em toda a profundidade da junta e em 1 cm para acima e 1 cm 
para baixo por fora da junta, para garantir uma maior estanqueidade a água, como na 
Figura 13. 
Já a paginação para o revestimento cerâmico foi feita depois do emboço já 
executado, isso no primeiro e último pavimento da fachada, seguindo a locação dos 
arames e a definição de cerâmica inteira, como mostra a Figura 14. 
 
47 
 
 
Figura 13 - Junta de movimentação impermeabilizada, com tinta elastómerica 
Fonte: Autor 
 
 
Figura 14 - Paginação para a execução do revestimento cerâmico 
Fonte: Autor 
 
7.3.6 Execução do revestimento cerâmico 
 
Na 3ª descida foi feito o assentamento do revestimento cerâmico, o 
assentamento foi executado seguindo as seguintes etapas. 
 
 O emboço foi umedecido com a aspersão de água com broxa; 
 Foi aplicado a argamassa colante no emboço, primeiro com a parte lisa da 
desempenadeira e depois com a parte dentada, formando assim cordões 
contínuos e uniformes; 
48 
 
 A placa cerâmica foi assentada através de movimentos de vai-vem, para obter 
o completo esmagamento dos cordões e por fim ajustadas para a posição final 
e batidas com um pedaço de madeira para o preenchimento completo do 
tardoz. 
 Após o assentamento é feita a retirada do excesso de massa que fica no interior 
das juntas da placa cerâmica e feita a limpeza da placa com esponja úmida. 
Na Figura 15, ilustra o assentamento da placa cerâmica. 
 
 
Figura 15 - Execução do revestimento cerâmico 
Fonte: Autor 
 
7.3.7 Rejuntamento e preenchimento das juntas de movimentação 
 
Na 4ª subida foi realizado o rejuntamento das placas cerâmicas e feito o 
preenchimento das juntas de movimentação. 
No decorrer do acompanhamento da execução do rejuntamento da fachada foi 
verificado as seguintes etapas para a execução: 
 Umedecimento das juntas entre as placas com a broxa, de modo a 
evitar problemas de retração; 
49 
 
 Aplicação da argamassa de rejunte com desempenadeira de borracha, 
diagonalmente ás juntas, verificando o completo preenchimento; 
 Remoção d o excesso de argamassa de rejunte com esponja umedecida 
em água, isso após o início do seu endurecimento; 
 Frisamento das juntas com uma ponta arredondada e lisa de ferro, retirando 
o excesso de argamassa e alisando a sua superfície. 
Nas Figuras 16, 17, 18, mostra a sequência seguida na execução do rejunte. 
 
 
Figura 16 - Limpeza das juntas para a aplicação do rejunte 
Fonte: Autor 
 
Figura 17 - Rejuntamento das placas cerâmicas 
Fonte: Autor 
50 
 
 
 
Figura 18 - Frisamento do rejunte nas juntas das placas 
Fonte: Autor 
No preenchimento das juntas de movimentação também foram verificadas 
algumas etapas para a execução, tais como: 
 Limpeza da junta com trincha ou broxa; 
 Preenchimento com apoio flexível e compressível, bastão de polietileno 
expandido; 
 Proteger as bordas das cerâmicas com fita crepe; 
 Aplicação de selante com pistola aplicadora; 
 Acabamento feito com espátula; 
 Retirada das fitas das bordas da cerâmica. 
Nas Figuras 19, 20, 21 e 22, mostra a sequência da execução do 
preenchimento das juntas. 
 
 
51 
 
Figura 19 - Colocação do bastão de polietileno na junta de movimentação 
Fonte: Autor 
 
 
Figura 20 - Bastão de poliuretano dentro da junta 
Fonte: Autor 
 
Figura 21 - Colocação de fita crepe para proteger a placa cerâmica do selante 
Fonte: Autor 
 
52 
 
 
Figura 22 - Preenchimento da junta de movimentação 
Fonte: Autor 
 
7.3.8 Limpeza Geral da Fachada 
 
Na 4ª e última descida foi realizada a lavagem da fachada, essa lavagem foi 
feita com produto desincrustante (Força X), fibra sintética abrasiva para limpeza 
pesada, espátula e água, como mostra a Figura 23. 
 
Figura 23 - Limpeza geral da fachada 
Fonte: Autor 
   
53 
 
8 CONCLUSÃO 
 
No presente trabalho, foi possível verificar que há uma série de precauções que 
devem ser tomadas para evitar manifestações patológicas nas fachadas e, se 
seguindo um bom procedimento executivo muitas dessas patologias podem ser 
inibidas dos empreendimentos e que além do procedimento executivo, também é 
muito importante a realização do detalhamento do projeto de fachada. Todo isso deve 
ser levado em consideração, pois o custo de retrabalho é muito alto, não só financeiro, 
mas também na própria imagem da empresa que executou o revestimento. 
No decorrer deste trabalho para atingir os objetivos propostos, foi feito a 
fundamentação teórica no que diz respeito ao revestimento cerâmico de fachada, 
mostrando e definindo os materiais utilizados para a execução do revestimento, como; 
Placas Cerâmicas, Argamassas, Juntas e Selantes. Passando pelo métodopara a 
realização do revestimento, segundo a norma e bibliografias. E pode ser visto que no 
caso da obra onde foi realizado o estudo, foi seguido uma sequência de execução, 
como também o procedimento de cada etapa, a especificação dos materiais, os 
cuidados para se iniciar o serviço. 
A contribuição deste trabalho na área técnica se teve pelo conjunto de 
informações aqui expostos, definições sobre o que compõem o subsistema do 
revestimento cerâmico. Na área técnica, foi mostrado de perto como é realizado o 
revestimento em uma obra em Fortaleza, todo o material utilizado, toda a etapa 
executiva. 
Constatou-se que a empresa que realizou o revestimento, teve a preocupação 
e o interesse na realização de um bom trabalho. Vale ressaltar que para a obtenção 
de um revestimento de alta qualidade, não só o procedimento executivo será 
suficiente para um bom desempenho, necessita-se também que os materiais sejam 
bem selecionados, a mão de obra treinada e especializada, e o projeto bem detalhado. 
Outro fator bastante importante é a abertura das construtoras para as grandes 
mudanças, pois diferente das indústrias mais avançadas, a construção civil ainda é 
contraria a concepção de novas tecnologias e processos. 
 
54 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13755: 
Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização 
de argamassa colante – Procedimento. Rio de Janeiro, 1996a. 
 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200: Execução 
de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. Rio 
de Janeiro, 1998. 
 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13816: Placa 
cerâmica para revestimento: classificação – Rio de Janeiro, 1997a. 
 
 ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13749: 
Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação. Rio de 
Janeiro, 1996b. 
 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13817: Placa 
cerâmica para revestimento: terminologia –. Rio de Janeiro, 1997b. 
 
 ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14992: 
Argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento de placas cerâmicas – 
Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2003b. 
 
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revestimento de argamassa. São Paulo: ABCP, 2002. 
 
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Dissertação (mestrado) - Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, 
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, 2010. 
 
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1994. 
 
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Pini, 2009. 
 
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Revestimentos Cerâmicos de Fachada. São Paulo: Pini, 2010 
 
ROCHA, A. P. Riscos em alta: saiba quais são os sistemas mais suscetíveis a erros 
e má execução e como o planejamento pode diminuir falhas em obras. Téchne, São 
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SABBATINI, F.H. Tecnologia de execução de revestimentos de argamassas. In: 
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Paulo: PCC/EPUSP, 1990. 
 
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fachadas de edifícios: estudo multicaso. Dissertação (Mestrado em Engenharia de 
Produção). João Pessoa: UFPB, 2007.

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