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Sistema Circulatório 2 - Pressão, volume, fluxo e resistência

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Biofísica da Circulação
Fisiologia – Marco Aurélio
Pressão, Volume, Fluxo e Resistência
O sangue flui no sistema circulatório porque os líquidos e os gases fluem por gradientes de pressão (ΔP) de regiões de alta pressão para regiões de baixa pressão, logo, uma região deve desenvolver uma pressão mais elevada do que outras. 
O coração gera alta pressão quando se contrai
O sangue flui para fora do coração (a região de pressão mais alta) para o circuito fechado de vasos sanguíneos (uma região de menor pressão).
ALTA PRESSÃO BAIXA PRESSÃO
(Coração) (Artérias e Veias)
A pressão diminui
A pressão cai de forma contínua com o movimento do sangue para longe do coração devido ao atrito entre o sangue e a parede dos vasos sanguíneos.
 A pressão média do sangue na circulação sistêmica varia desde 93 mmHg (milímetros de mercúrio) na aorta até poucos mmHg nas veias cavas.
A pressão mais alta nos vasos do sistema circulatório é encontrada na aorta e nas artérias sistêmicas, as quais recebem sangue do ventrículo esquerdo.
A pressão mais baixa ocorre nas veias cavas, imediatamente antes de desembocarem no átrio direito.
As leis da física explicam a interação entre pressão, volume, fluxo e resistência no sistema circulatório.
A pressão do líquido em movimento diminui com o aumento da distância.
 A pressão em um líquido é a força exercida pelo líquido no seu recipiente.
A pressão é mensurada em milímetros de mercúrio (mmHg), a cada um milímetro de mercúrio equivale à pressão hidrostática exercida por uma coluna de mercúrio com 1 mm de altura sobre uma área de 1 cm2 . 
Algumas referências fisiológicas expressam as pressões em torr (1 torr 1 mmHg) ou em centímetros de água: 1 cm H2O 0,74 mmHg. 
 Pressão hidrostática é a pressão exercida pelo fluido que não está se movendo e a força é exercida igualmente em todas as direções.
Exemplo: uma coluna de líquido em um tubo exerce pressão hidrostática na base e nos lados do tubo
 Sistema no qual o líquido está em movimento, a pressão cai com a distância à medida que a energia é perdida devido ao atrito 
A pressão exercida por um líquido em movimento tem dois componentes: 
O dinâmico - componente do movimento e que representa a energia cinética do sistema
O componente lateral - representa a pressão hidrostática (energia potencial) exercida sobre as paredes do sistema. 
Pressão hidrostática é também a pressão dentro do sistema circulatório. 
A pressão nos líquidos pode mudar sem uma alteração no volume
 
 Se as paredes de um recipiente cheio de líquido se contraem, a pressão exercida sobre o líquido no recipiente aumenta. 
Exemplo: apertar um balão com água.
A contração dos ventrículos cheios de sangue é similar a apertar um balão com água: 
A pressão propulsora é criada dentro dos ventrículos e é a força que impulsiona o sangue pelos vasos sanguíneos.
 A pressão gerada pela contração do músculo ventricular é transferida para o sangue. O sangue sob alta pressão flui para fora do ventrículo, para os vasos sanguíneos, deslocando o sangue sob baixa pressão que já está nos vasos.
 Se as paredes de um recipiente preenchido com líquido se expandem, a pressão exercida sobre o líquido diminui. 
 Por isso, quando o coração relaxa e se expande, a pressão dentro das câmaras cheias de líquido cai. 
Variações da pressão nos vasos sanguíneos:
Se os vasos sanguíneos dilatarem, a pressão dentro do sistema circulatório cai. 
Se os vasos sanguíneos contraírem, a pressão sanguínea no sistema aumenta.
As mudanças no volume dos vasos sanguíneos e no coração são os principais fatores que influenciam a pressão sanguínea no sistema circulatório. 
O sangue flui de uma área de maior pressão para uma área de menor pressão 
O fluxo sanguíneo pelo sistema circulatório requer um gradiente de pressão.
O gradiente de pressão é a diferença entres as pressões das extremidades de um tubo através do qual o líquido flui.
O fluxo pelo tubo é diretamente proporcional ao gradiente de pressão (ΔP) em que 
Quanto maior o gradiente de pressão, maior é o fluxo de líquido. 
Um gradiente de pressão não é a mesma coisa que a pressão absoluta no sistema. 
Exemplo 1: No tubo tem uma pressão absoluta de 100 mmHg em cada extremidade. Porém, como não existe gradiente de pressão entre as duas extremidades, não há fluxo pelo tubo.
Exemplo 2: Dois tubos idênticos podem apresentar pressões absolutas muito diferentes, mas o mesmo fluxo.
- O tubo superior tem uma pressão hidrostática de 100 mmHg em uma extremidade e 75 mmHg na outra, assim, o gradiente de pressão entre as duas extremidades do tubo é igual a 25 mmHg. 
- O tubo idêntico na parte inferior tem uma pressão hidrostática de 40 mmHg em uma extremidade e 15 mmHg na outra. 
Esse tubo tem pressão absoluta menor ao longo de todo o seu comprimento, mas o mesmo gradiente de pressão que o tubo acima: 25 mmHg.
Uma vez que a diferença de pressão é igual nos dois tubos, o fluxo é o mesmo. 
A resistência se opõe ao fluxo 
O sangue que flui pelos vasos sanguíneos gera atrito com a parede dos vasos e entre as próprias células do sangue. 
Resistência ao fluxo é a tendência de o sistema circulatório se opor ao fluxo sanguíneo. A resistência (R) é um termo que a maioria de nós entende a partir da nossa vida cotidiana. 
Um aumento na resistência de um vaso sanguíneo resulta em redução do fluxo por ele. 
O fluxo é inversamente proporcional à resistência;
 Se a resistência aumenta, o fluxo diminui; se a resistência diminui, o fluxo aumenta. 
A resistência para um líquido que flui por um tubo é influenciada por três componentes: 
O raio do tubo (r)
O comprimento do tubo (L) 
A viscosidade (“espessura”) do líquido. 
Proporção: 
A resistência oferecida por um tubo ao fluxo do líquido aumenta quando o comprimento do tubo aumenta.
A resistência aumenta à que aumenta a viscosidade do líquido.
A resistência diminui quando o raio do tubo aumenta. Para lembrar essas relações.
Exemplo: lembrar de um canudo. 
 A influência dos três componentes no fluxo sanguíneo: 
O comprimento da circulação sistêmica é determinado pela anatomia do sistema e é essencialmente constante. 
A viscosidade do sangue é determinada pela razão entre os eritrócitos e o plasma, bem como pela quantidade de proteínas plasmáticas. Em geral, a viscosidade é constante, e pequenas mudanças no comprimento ou na viscosidade causam poucos efeitos na resistência. 
A mudança no raio dos vasos sanguíneos são a principal variável que afeta a resistência na circulação sistêmica. 
OBSERVAÇÃO: 
Uma pequena mudança no raio de um vaso sanguíneo terá um grande efeito na resistência desse vaso ao fluxo sanguíneo. 
Vasoconstrição é a diminuição do diâmetro de um vaso sanguíneo, logo diminui o fluxo sanguíneo no vaso. 
Vasodilatação é o aumento do diâmetro de um vaso sanguíneo, logo aumenta o fluxo sanguíneo no vaso. 
Em resumo: Fluxo P/R diz que o fluxo sanguíneo no sistema circulatório é diretamente proporcional ao gradiente de pressão
A velocidade de fluxo depende da taxa de fluxo e da área de secção transversal 
O fluxo ou a taxa de fluxo é o volume sanguíneo que passa em um dado ponto do sistema por unidade de tempo. 
O fluxo é expresso em litros por minuto (L/min) ou em mililitros por minuto (mL/min). 
Exemplo, o fluxo sanguíneo através da aorta de um homem que pesa 70 kg em repouso é de cerca de 5 L/min. 
A taxa de fluxo Velocidade de fluxo
 (simplesmente velocidade)
Velocidade de fluxo é a distância que um dado volume sanguíneo percorre em um dado período de tempo. 
A velocidade de fluxo é uma medida de o quão rápido o sangue flui ao passar por um ponto. 
A taxa de fluxo é o quanto de sangue (volume) passa por um ponto em um dado período de tempo. 
Exemplo: 
Por uma porta podem passar 10 pessoas, rapidamente, ou 4 pessoas que andem devagar. 
Logo, o número de pessoas que passam pela porta em um minuto é a taxa de fluxo de pessoas. O quão rápido essas pessoas estão passandopela porta é a sua velocidade.
A relação entre a velocidade de fluxo (v), a taxa de fluxo (Q) e a área de secção transversal do tubo (A) é expressa pela equação:
Proporção: 
A velocidade de fluxo por um tubo é igual à taxa de fluxo dividida pela área de secção transversal do tubo. 
Em um tubo com diâmetro fixo, a velocidade de fluxo é diretamente relacionada à taxa de fluxo. 
Em um tubo com diâmetro variável, se a taxa de fluxo é constante, a velocidade de fluxo varia inversamente ao diâmetro. 
A velocidade é maior em partes mais estreitas e mais lenta em partes mais largas. 
Mostra como a velocidade de fluxo varia de acordo com as mudanças na área da secção transversal de um tubo. 
O vaso na figura tem espessura variável, de estreito, com uma área de secção transversal de 1 cm2 , para largo, com uma área de secção transversal de 12 cm2 . 
A taxa de fluxo é idêntica ao longo da extensão do vaso: 12 cm3 por minuto (1 cm3 1 centrímetro cúbico [cc] 1 mL).
Essa taxa de fluxo significa que em 1 minuto, 12 cm3 do líquido passam pelo ponto X na parte estreita, e 12 cm3 do líquido passam pelo ponto Y na parte larga. 
De acordo com a equação , a velocidade do fluxo no ponto X é 12 cm/min, mas no ponto Y é de apenas 1 cm/min. 
O líquido flui mais rapidamente nas partes estreitas do que nas partes largas. 
Para ver este princípio em ação, observe uma folha que flutua em uma correnteza. Onde o rio se estreita, a folha se move mais rapidamente, carregada pela maior velocidade da água. Nas partes onde o rio é mais largo, a velocidade da água diminui e a folha é levada mais lentamente.
Pressão arterial média é a força impulsora do fluxo sanguíneo e é influenciada por dois parâmetros:
O débito cardíaco = volume sanguíneo que o coração bombeia por minuto 
A resistência periférica = resistência dos vasos sanguíneos ao fluxo sanguíneo por eles
 o coração gera um contração quando se contrai 
Bombeia o sangue para o lado arterial da circulação 
As artérias atuam como um reservatório durante a fase do relaxamento do coração mantendo a pressão arterial média (PAM)

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