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Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 2 
 
 
 
 
 
Contabilidade Introdutória I 
PPPP SSSS aaaa nn dddd oooo éééé rrrr oooo P g n a 1 
 
 
rrrrooooffff.... nn rrrroooo RRRR gggg iiii á i 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 3 
 
 
1. CONTABILIDADE 
 
 
1.1 CONCEITOS 
“Ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os 
princípios e as técnicas necessárias ao controle, à exposição e a análise dos elementos patrimoniais e de 
suas modificações”. 
O 1° Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924, definiu a contabilidade como: 
“A ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de 
uma administração econômica” 
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, ela é uma ciência social. Logo, para que as 
técnicas contábeis sejam aplicadas de maneira adequada, faz-se necessário fixar princípios e regras a 
serem observados por todos os profissionais da área contábil. 
Como uma ciência social, a contabilidade tem seu desenvolvimento fundamental na evolução da 
sociedade. Nesse sentido, podemos observar que, à medida que as organizações evoluem, também 
aumenta a complexidade das transações e operações que desenvolvem, bem como a gama de usuários 
com que a contabilidade interage. 
Hendriksen e Van Breda (apud Corbari, et al, 2012) afirmam que, para ser possível atingir um 
nível de informação apropriada, deve-se responder a três perguntas fundamentais, a saber: 
• A quem deve ser divulgada a informação? 
• Qual é a finalidade da informação? 
• Quanta informação deve ser divulgada? 
 
Neves e Viceconti (2012) define a Contabilidade como uma ciência que desenvolveu uma metodologia 
própria com a finalidade de: 
a) Controlar o patrimônio das aziendas; 
b) Apurar o rédito (resultado) das atividades das aziendas; 
c) Prestar informações às pessoas que tenham interesse na avaliação da situação patrimonial e do 
desempenho dessas entidades 
DIAGRAMA 
CONTABILIDADE 
(CIÊNCIA) 
 
MÉTODO 
 
 
 
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
FUNÇÃO ECONÔMICA 
 
 
Controlar o 
Patrimônio 
 
Apurar o Rédito 
(Resultado) 
 
 
 
Prestar informações 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 4 
 
 
 
 
1.2 OBJETO E CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE 
1.2.1 OBJETO 
Objeto é o assunto do qual a ciência cuida, logo o objeto de estudo da contabilidade é o 
patrimônio da entidade. 
Através da contabilidade o administrador de uma empresa pode, por exemplo, gerenciar melhor 
os recursos disponíveis, obter informações úteis ao planejamento de suas atividades, saber o custo do 
que é produzido ou consumido, apurar o lucro ou prejuízo, controlar e reduzir despesas, aumentar 
receitas e prevenir e identificar erros e fraudes. 
Em síntese, por meio da contabilidade, é possível ter o controle e o conhecimento detalhado do 
estado em que se encontra um patrimônio e acompanhar sua evolução. 
1.2.2 CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE 
Estudar o campo de aplicação da contabilidade significa saber onde ela é utilizada, ou seja, em 
que os contabilistas trabalham. 
O principal campo de aplicação da contabilidade é a azienda ou, segundo alguns autores, a 
entidade econômico-administrativa (com ou sem fins lucrativos). 
Azienda é uma palavra italiana que corresponde a “fazenda”, e etimologicamente significa 
“coisa a fazer”, em geral, negócios, ocupações, afazeres: complexo de obrigações, bens materiais e 
direitos que constituem um patrimônio, representado em valores ou como objeto de apreciação 
econômica, considerando juntamente com a pessoa natural (Pessoa Física) ou jurídica que tem sobre ele 
poderes de administração e disponibilidade. Seu conceito reúne o patrimônio e a pessoa que o 
administra. 
 
 
Gestão é o ato de administrar, de gerir o patrimônio, além dos recursos humanos. 
Considerando o patrimônio de uma determinada empresa, a partir do momento em que passa a 
ser administrado, com o objetivo de lucro, ele sobre modificações significativas. Surge, então, a 
contabilidade como instrumento necessário ao controle e à informação dos efeitos provocados pelos 
fatos decorrentes da gestão patrimonial. 
O patrimônio pode ser administrado com finalidade econômica ou social. Na administração com 
fins econômicos, o objetivo é o lucro. As pessoas jurídicas com a finalidade econômica são 
denominadas sociedades empresárias. Já as pessoas jurídicas com finalidade sociais (filantrópicas, 
científicas, religiosas) são chamadas de associações. 
As palavras empresa e azienda tem significados diferentes: a primeira é uma espécie da 
segunda. Empresa é uma azienda com finalidade lucrativa. 
No conceito de azienda se incluem, além das empresas, as entidades cujo objetivo não é obter 
lucros, mas simplesmente prestar serviços à comunidade, tais como as entidades de assistência social, os 
clubes desportivos, as fundações de caráter cultural, da União, dos Estados dos Municípios, etc. 
 
 
Azienda = Patrimônio + Gestão 
NOTA: Apesar de o patrimônio poder ter como titular a pessoa física ou jurídica, trataremos 
principalmente das pessoas jurídicas, especialmente das que tem finalidade lucrativa: as 
sociedades empresárias 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 5 
 
 
 
 
1.3 FINALIDADE OU OBJETIVO DA CONTABILIDADE 
O objetivo da contabilidade é o estudo e o controle do patrimônio e de suas variações visando 
ao fornecimento de informações que sejam úteis para a tomada de decisões. 
Dentre as informações destacam-se aquelas de natureza econômica e financeira. As de natureza 
econômica compreendem, principalmente, os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou 
prejuízos, e são responsáveis pelas variações no patrimônio líquido. As de natureza financeira abrangem 
principalmente os fluxos de caixa e do capital de giro. 
Os relatórios produzidos pela contabilidade podem ter como destinatários os mais diversos 
usuários, tanto internos quanto externos, dependendo apenas do objetivo de quem os elabora. 
1.4 USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 
Compreendem todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham 
interesse na avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade que podemos dividir em dois 
grupos: 
1- Usuários internos – administradores e acionistas ou sócios controladores; 
Necessitam de informações contábeis para melhor desempenhar as funções de gestão do 
patrimônio, no planejamento, controle e tomada de decisões. 
2- Usuários externos – fornecedores, bancos, clientes, governo, entre outros. 
Fornecedores e bancos – precisam saber da situação econômico-financeira que lhe permita assumir e 
saldar dívidas; 
Clientes – precisam verificar se ela tem condições de realizar adequadamente o fornecimento de bens 
ou serviços; 
Governo – fiscaliza se o pagamento dos tributos está sendo feito de maneira correta 
1.5 ESPECIALIZAÇÕES CONTÁBEIS E FUNÇÕES CONTÁBEIS TÍPICAS (O PROFISSIONAL 
CONTÁBIL). 
 
1.5.1 PLANIFICAÇÃO DA CONTABILIDADE 
Entre as providências iniciais para se colocar em funcionamento a máquina organizacional de 
qualquer empresa O contador estuda a natureza da entidade, verifica os tipos de transações que 
provavelmente ocorrerão e planeja a maneira pela qual essas transações deverão ser registradas, 
sintetizadas e evidenciadas. Elabora, finalmente, um Plano e um Manual de Contas adequadas, que 
deverão ser observados obrigatoriamente na empresa. 
1.5.2 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
Quando a contabilidade é bem planejada, grande parte do processo de escrituração se torna 
rotineira e pode ser realizada por simples escriturários ou por computadores, sob a supervisão do 
contador. Todavia, em qualquer empresa surgem a todo momentoproblemas que só podem ser 
resolvidos por profissional habilitado. 
1.5.3 ELABORAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE RELATÓRIOS 
Os relatórios contábeis, tais como Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados, 
Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, entre outros são o resultado 
final do processo de escrituração e de alguns julgamentos de valor que o contador efetua com relação a 
eventos futuros. Todo trabalho de acumulação de registros e dados sistematicamente classificados, que 
constitui a rotina contábil, tem por finalidade inserir os dados colhidos em relatórios contábeis, os quais 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 6 
 
 
 
 
devem ainda ser interpretados, no sentido contábil, por profissional habilitado, a fim de proporcionar à 
administração e aos demais interessados, informações relevantes para as tomadas de decisões. 
Todo o trabalho de natureza contábil executado numa entidade, numa empresa ou em algum 
órgão governamental tende como em todos os demais ramos do conhecimento, a especializar-se ou 
sintetizar-se em várias ramificações; estas por sua fez, exigem, além do treinamento básico em 
contabilidade, que todo contador deve possuir, habilidades e treinamentos adicionais, o que o leva a 
especializar-se em um ou vários ramos. Entre as ramificações ou detalhamentos mais importantes da 
contabilidade, destacaríamos: 
• Contabilidade Financeira; 
• Contabilidade de Custos; 
• Auditoria (internos ou independentes); 
• Análise e Interpretação de Balanços; 
• Controladoria; 
• Perícia (judicial ou extrajudicial) 
• Consultor. 
A contabilidade normalmente é dividida em áreas ou ramos 
 
 
 Área da 
Contabilidade 
 
 
 
Contabilidade 
de 
Custos 
 Contabilidade 
Bancária 
 Contabilidade 
Pública 
 Contabilidade 
de 
Seguros 
 
 
 
1.5.4 ELABORAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE RELATÓRIOS 
Pode-se afirmar, sem receio de se incorrer em erro, que o mercado de trabalho para o contador 
de alto nível, hoje no Brasil, é em média, um dos melhores entre os profissionais liberais, no sentido 
financeiro, principalmente. 
Nem sempre foi assim, mais em virtude de várias fontes de pressão que obrigam as empresas a 
aperfeiçoarem cada vez mais seu processo de controle e planejamento, o papel do contador de nível 
universitário está realmente assumindo o vulto que naturalmente lhe deveria ser reservado numa 
entidade. 
1.5.5 HORIZONTES PARA A CONTABILIDADE, PRINCIPALMENTE A PARTIR DA 
ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE. 
À medida que o contador se familiariza, cada vez mais, com os métodos quantitativos e a 
computação; à medida que os órgãos representativos de classe se preocupam com a melhoria sempre 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 7 
 
 
 
 
crescente dos conceitos e normas contábeis, poder-se-á assegurar que os horizontes da contabilidade 
serão os mais amplos e promissores possível. 
A internacionalização da contabilidade está inserida no contexto de globalização da economia 
mundial, em termos principalmente da livre movimentação de recursos e diminuição de barreiras 
comerciais entre as nações. Nesse sentido, ações foram e estão sendo desenvolvidas com o objetivo de 
harmonizar as normas contábeis, de forma que transações idênticas tenham impactos iguais nas contas 
patrimoniais e de resultado das entidades, independentemente dos países onde estão localizados. 
As IFRS (International Financial Reporting Standards – Normas Internacionais de Relatório 
Financeiro) emitidas pelo IASB (International Accounting Standards Board – Conselho de Normas 
Contábeis Internacionais) representam a prática contábil escolhida para harmonização em termo 
mundial. 
Atualmente, mais de 100 países adotam as IFRS e entre eles está o Brasil, cuja adoção se deu 
em duas etapas. A primeira em 2008 e a segunda em 2010. Na primeira etapa, foram feitas diversas 
alterações na lei societária brasileira (Lei n° 6.404/76), através da Lei nº 11.638/07 e da Lei 11.941/09. 
As normas contábeis no Brasil são emitidas pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
e não denominados de CPC. Essas normas são adotadas pelo Concelho Federal de Contabilidade e pelos 
órgãos reguladores, o que torna a sua aplicação obrigatória para praticamente todas as entidades no 
Brasil, independentemente se as entidades são de capital aberto ou capital fechado ou constituídas na 
forma na forma de sociedades limitadas. Uma exceção a essa regra são as instituições financeiras, uma 
vez que o Banco Central do Brasil ainda não determinou que elas apliquem todas as normas do CPC na 
escrituração fiscal mercantil. 
Compõem o CPC: a- ABRASCA – Associação Brasileira das Companhias Abertas; b- 
APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de 
Capitais; c- BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros; d- CFC – Conselho 
Federal de Contabilidade; e- IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; f- 
FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarias e Financeiras. Atualmente, também 
fazem parte do CPC membros dos seguintes órgãos: a) Banco Central do Brasil;b) Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM); c) Secretaria da Receita Federal;d) Superintendência de Seguros Privados 
(SUSEP). É possível ainda que outras entidades ou especialistas sejam convidados a participar, ou ainda 
que comissões e Grupos de Trabalho sejam criados para temas específicos. 
Fundamentos da Contabilidade 
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2. PATRIMÔNIO 
2.1 CONCEITO 
O patrimônio – objeto de estudo da contabilidade – é um conjunto de bens, direitos e 
obrigações avaliado em moeda e pertencente a uma pessoa física, jurídica ou a uma entidade. 
Bens - tudo o que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça a necessidade humana. 
Podem ser classificados como: 
a) Bens Tangíveis ou Corpóreos - que possuem forma física, que inicialmente 
destacamos: 
Bens numerários: dinheiro 
Bens de venda: mercadorias em estoque 
Bens fixos ou imobilizados: representam os bens duráveis, com vida útil 
superior a um ano, 
Exemplos: imóveis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e 
utensílios etc. 
b) Bens Intangíveis ou Incorpóreos - Não possuem forma física, porém representam 
uma aplicação de capital indispensável aos objetivos da empresa, e cujo valor reside 
em direitos de propriedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores. 
Exemplos: marcas, patentes, direitos autorais, ações ou quota do capital de 
outras empresas, etc. 
Direitos – Valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de propriedade 
(direito de uso) da entidade que se encontram em posse de terceiros. 
Exemplos: duplicatas a receber, contas a recebe, clientes, títulos a receber, 
dinheiro depositado no banco, aplicações financeiras, etc. 
Obrigações – São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante 
terceiros ou bens de terceiros que se encontram em posse (uso) da entidade. 
Exemplos: contas a pagar, duplicatas a pagar, títulos a pagar, fornecedores, 
salários a pagar impostos a recolher etc. 
 
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
Note que os direitos e as obrigações são fáceis de se conhecer, pois, na contabilidade, 
normalmente representam um elemento seguido das expressões “a Receber” ou “a Pagar”. 
Entretanto, há exceções a essa regra: CLIENTES e FORNECEDORES, por exemplo, 
representam direito e obrigação, respectivamente, porém não são seguidos das expressões “a 
Receber” ou “a Pagar”. As compras a prazo feitas pelos clientes geram direitos para a 
empresa; e as vendas a prazo efetuadas pelos fornecedores geram, para a empresa, obrigações. 
Não é necessário, contudo, escrever “Clientes a Receber” ou “Fornecedores a Pagar”. 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 9 
 
 
 
 
2.1 ASPÉCTOS QUALITATIVO E QUANTITATIVO 
Todo documentoextraído dos registros contábeis da empresa – seja em forma de relatório, 
mapa, demonstração, quadro, etc. – deve ser elaborado observando-se os aspectos qualitativo e 
quantitativo. 
O aspecto qualitativo refere-se à natureza (ou a conta) do componente patrimonial que deve ser 
evidenciado segundo a sua espécie. Exemplo: caixa, móveis e utensílios, veículos, etc. 
O aspecto quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em valores. 
2.2 COMPOSIÇÃO PATRIMONIAL 
O Patrimônio é divido em três partes, a saber: 
I. Ativo (A) – parte positiva, composta de bens e direitos, também denominada Patrimônio 
Bruto; 
II. Passivo (P) – parte negativa, composta das obrigações com terceiros; 
III. Patrimônio Líquido (PL) ou Situação Líquida (SL) – parte diferencial (diferença) entre 
o Ativo e o Passivo. O Patrimônio Líquido representa a riqueza líquida da entidade que, 
em última análise, pertence aos sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença 
entre o valor dos bens e diretos (Ativo) e o valor das obrigações com terceiros 
(Passivo). Esta parte diferencial (PL/SL) é que vai medir ou avaliar a situação ou 
condição econômica e financeira da entidade. 
2.2.1 EQUAÇÃO PATRIMONIAL 
 
 
 
 
 
Onde: 
PL = Patrimônio Líquido 
SL = Situação Líquida 
A = Ativo 
P = Passivo 
 
 
Atenção 
Os valores do Ativo e do Passivo serão, necessariamente, iguais ou maiores que zero: 
A ≥ 0 
P ≥ 0 
O valor do PL ou ST, por representar a situação em que a entidade se encontra em 
determinado momento, poderá ser igual, maior ou menor que zero. 
PL/SL = 0 
PL/SL > 0 
PL/SL = A - P 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 
10 
 
 
 
 
2.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO 
No lado esquerdo, denominado lado do Ativo, são relacionados os elementos positivos (Bens e 
Direitos). No lado direito, temos o Passivo, onde são relacionados os elementos negativos (Obrigações) 
e o Patrimônio Líquido que é a diferença entre o Ativo e o Passivo. Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capital de 
Terceiros 
 
 
 
 
 
 
 
Capital de 
Próprio 
 
 
 
 
Capital 
Total 
 
 
 
 
Aplicando valores teremos: 
 
 
 
PATRIMÔNIO 
 
ATIVO 
 
PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Bens ................................................... 2.300 
Direitos ............................................... 2.800 
 
PASSIVO 
Obrigações ............................................ 1.100 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................... 4.000 
TOTAL ............................................... 5.100 TOTAL ................................................. 5.100 
 
PATRIMÔNIO 
 
ATIVO 
 
PASSIVO + PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
 
 
 
Bens 
 
 
 
 
Obrigações 
+ (lado negativo) 
Direitos 
(lado positivo) 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Diferença entre o Ativo e o 
Passivo 
 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 10 
 
 
 
 
 
 
Observe que o total do Ativo é sempre igual ao total do Passivo mais o Patrimônio Líquido. O 
PL/ST representa a parte diferencial, exibida à direita, porque representa a riqueza líquida da entidade, 
ou seja, a “obrigação” de devolver esse valor aos sócios em caso de extinção da sociedade. 
ATIVIDADE PRÁTICA 01 
1) Classifique os elementos marcando com um X em: ATIVO, PASSIVO OU PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
 
N° ELEMENTOS 
 
ATIVO 
 
PASSIVO 
 
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
Terrenos 
Mercadorias (estoque) 
Imposto de Renda a pagar 
Contas a Receber 
Contas a Pagar 
Veículos 
Dividendos a Pagar 
Títulos a Receber 
Duplicatas a Pagar 
Equipamentos 
Clientes 
Duplicatas a Receber 
Caixa 
Máquinas e Equipamentos 
Aplicações Financeiras 
Móveis e Utensílios 
Empréstimos Bancários 
Salários a Pagar 
Capital Social 
Prejuízos Acumulados 
Pró-labore a Pagar 
Férias a Pagar 
 
PL/SL = A – P 
PL/SL = 5.100 – 1.100 = 4.000 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 11 
 
 
 
 
2.4 SITUAÇÕES OU ESTADOS PATRIMONIAIS 
2.4.1 SITUAÇÃO FAVORÁVEL (PL +) 
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigações com terceiros 
(Passivo) 
 
PATRIMÔNIO 
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Bens ...................................................... 4.000 
 
 
Direitos ................................................. 3.000 
PASSIVO 
Obrigações ........................................ 2.000 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( * ) ............. 5.000 
 
TOTAL ............................................... 7.000 
 
TOTAL ............................................... 7.000 
( * ) situação favorável 
 
 
2.4.2 SITUAÇÃO DESFAVORÁVEL, PL ( - ) ou PASSIVO A DESCOBERTO 
Ocorre quando os bens e direitos (ativo) forem menores que as obrigações com terceiros 
(Passivo) 
 
PATRIMÔNIO 
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Bens ...................................................... 4.000 
 
 
Direitos ................................................. 3.000 
PASSIVO 
Obrigações ........................................ 8.000 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( * )..............(1.000) 
 
TOTAL ............................................... 7.000 
 
TOTAL .................................................. 7.000 
( * ) passivo a descoberto 
 
 
 
 
Atenção 
Quando o valor estiver entre parênteses, significa dizer que o 
mesmo é NEGATIVO 
Fundamentos da Contabilidade 
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2.4.3 SITUAÇÃO NULA OU DE EQUILÍBIO APARENTE (A = P, logo PL = 0) 
Ocorre quando os bens e direitos (ativo) forem iguais às obrigações com terceiros (Passivo); 
nesta hipótese o Patrimônio Líquido será nulo. 
 
PATRIMÔNIO 
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Bens ...................................................... 4.000 
 
 
Direitos ................................................. 3.000 
PASSIVO 
Obrigações ........................................ 7.000 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( * )................- 0 - 
 
TOTAL ............................................... 7.000 
 
TOTAL .................................................. 7.000 
( * ) situação nula 
 
 
2.4.4 SITUAÇÃO PLENA OU PROPRIEDADE TOTAL DO ATIVO (A = PL, logo P = 0) 
Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais ao Patrimônio Líquido, nessa hipótese, as 
obrigações com terceiros (Passivo) serão nulas. 
 
PATRIMÔNIO 
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Bens ......................................................... 5.000 
 
 
Direitos ................................................... 2.000 
PASSIVO 
Obrigações...........................................- 0 - 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( * ) ............. 7.000 
 
TOTAL .................................................... 7.000 
 
TOTAL .................................................... 7.000 
( * ) situação plena 
 
 
 
 
 
Esta situação, na prática, dificilmente ocorrerá; pode acontecer, 
eventualmente no início das operações ou das atividades da 
entidade. 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 13 
 
 
 
 
2.4.5 INEXISTÊNCIA DE ATIVOS: P=(PL), logo A = 0 
Ocorre quando as obrigações com terceiros (Passivo) forem iguais ao Patrimônio Líquido Negativo; 
nessa hipótese, o Ativo será nulo. Caso a entidade decidisse alienar os bens, receber os direitos e pagar 
as obrigações, o Patrimônio estaria assim representado: 
 
PATRIMÔNIO 
ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Bens..........................................................- 0 - 
 
 
Direitos.....................................................- 0 - 
PASSIVO 
Obrigações ....................................... 1.000 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( * )..............(1.000) 
 
TOTAL .....................................................- 0 - 
 
TOTAL ....................................................- 0 - 
( * ) o PL negativo é também denominado Passivo a Descoberto 
 
 
2.4.6 EXEMPLO PRÁTICO 
1ª OPERAÇÃO 
Constituição da AlfenasS.A com capital subscrito e integralizado em dinheiro de R$ 4.000 em 
15-01-XX 
 
 
 
Alfenas S.A 
Balanço Patrimonial em 15/01/XX 
Em R$ mil 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 4.000 
 
Capital Subscrito 
 
4.000 
 
TOTAL 
 
4.000 
 
TOTAL 
 
4.000 
Fundamentos da Contabilidade 
Prof. Sandro Rogério Página 14 
 
 
 
 
2ª OPERAÇÃO 
Aquisição de um edifício por R$ 1.200 sendo o pagamento efetuado a vista em 10-02-XX 
 
Alfenas S.A 
Balanço Patrimonial em 10/02/XX 
 
 
 
Em R$ mil 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 2.800 
 
Imóveis 1.200 
 Capital Subscrito 4.000 
 
TOTAL 
 
4.000 
 
TOTAL 
 
4.000 
 
 
3ª OPERAÇÃO 
Compra de materiais junto a fornecedores pelo valor de R$ 2.000 2m 13-02-XX 
 
Alfenas S.A 
Balanço Patrimonial em 13/02/XX 
Em R$ mil 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 2.800 PASSIVO 
 
Imóveis 1.200 Fornecedores 2.000 
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital Subscrito 4.000 
 
TOTAL 
 
6.000 
 
TOTAL 
 
6.000 
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4ª OPERAÇÃO 
Aquisição de um veículo a vista por R$ 200 em 20/02/XX 
 
Alfenas S.A 
Balanço Patrimonial em 20/02/XX 
Em R$ mil 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 2.600 PASSIVO 
 
Imóveis 1.200 Fornecedores 2.000 
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Veículos 200 Capital Subscrito 4.000 
 
TOTAL 
 
6.000 
 
TOTAL 
 
6.000 
 
 
5ª OPERAÇÃO 
Venda do pavimento superior do edifício em 23/02/XX por R$ 600 (custo) mediante nota 
promissória. 
 
Alfenas S.A 
Balanço Patrimonial em 23/02/XX 
Em R$ mil 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 2.600 PASSIVO 
 
Imóveis 600 Fornecedores 2.000 
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Veículos 200 Capital Subscrito 4.000 
Títulos a Receber 600 
 
TOTAL 
 
6.000 
 
TOTAL 
 
6.000 
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6ª OPERAÇÃO 
Pagamento, em 05/03/XX, de R$ 1.300 a fornecedores 
 
Alfenas S.A 
Balanço Patrimonial em 05/03/XX 
Em R$ mil 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 1.300 PASSIVO 
 
Imóveis 600 Fornecedores 700 
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Veículos 200 Capital Subscrito 4.000 
Títulos a Receber 600 
 
TOTAL 
 
4.700 
 
TOTAL 
 
4.700 
 
 
7ª OPERAÇÃO 
Recebimento em 10/03/XX, o valor de R$ 400 como parte da venda do edifício. 
 
 
 
Alfenas S.A 
Balanço Patrimonial em 05/03/XX 
Em R$ mil 
 
ATIVO 
 
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 1.700 PASSIVO 
 
Imóveis 600 Fornecedores 700 
Estoque de Materiais 2.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Veículos 200 Capital Subscrito 4.000 
Títulos a Receber 200 
 
TOTAL 
 
4.700 
 
TOTAL 
 
4.700 
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3. ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 
3.1 ORIGENS DE RECURSOS (Passivo e Patrimônio Líquido) 
No desempenho de suas atividades, as pessoas jurídicas podem contar com recursos 
provenientes de duas origens de fontes; 
1- Recursos próprios; 
2- Recursos de terceiros. 
A constituição de uma sociedade se dá por meio de recursos fornecidos pelos sócios para a 
formação do patrimônio da pessoa jurídica. Trata-se do capital social inicial, que representa recursos 
próprios. Igualmente, são recursos próprios os originários dos aumentos de capital mediante o ingresso 
de novos recursos. 
Os resultados positivos apurados nas atividades empresariais também representam recursos 
próprios, uma vez que não correspondem a obrigações. Portanto, são recursos próprios os decorrentes 
de receitas, lucros e ganhos obtidos pela sociedade em transações com terceiros, tais como rendimentos 
auferidos com aplicações financeiras, aluguéis de imóveis próprios, lucro na venda de mercadorias e 
serviços. 
Parte dos lucros apurados pela pessoa jurídica é distribuída aos seus acionistas ou sócios, na 
forma de dividendos, sendo o valor restante retido para reinvestimento na empresa. A parcela não 
distribuída dos lucros permanece no patrimônio, como parte do capital próprio. 
No decorrer de suas operações, a empresa utiliza recursos de terceiros, oriundos de 
empréstimos e financiamentos, salários a pagar, imposto a pagar, fornecedores, etc. 
Empréstimos concedidos por sócios à sociedade representam recursos de terceiros, pois não são 
destinados à formação do capital. 
Os recursos próprios (capital próprio) são representados pelo patrimônio líquido: 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = RECURSOS PRÓPRIOS 
Os recursos alheios (capital de terceiros) são representados pelo passivo exigível: 
A soma dos recursos de terceiros com os próprios forma o capital total à disposição: 
Capital Total à Disposição = Recursos de Terceiros + Recursos Próprios 
Capital Total à Disposição = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido 
O capital total à disposição é denominado passivo ou passivo total 
Passivo Total = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido 
A análise do patrimônio líquido e do passivo exigível nos permite identificar quais são as fontes 
ou origens de recursos financiadoras das operações de uma empresa. Um passivo exigível de valor 
elevado, em comparação com o montante do patrimônio líquido, indica um elevado nível de 
endividamento e, por consequência, maior probabilidade de insolvência futura (passivo a descoberto). 
Por outro lado, um elevado capital próprio, em relação ao capital alheio, transmite mais segurança aos 
credores no que diz respeito à concessão e à realização de crédito. 
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Por exemplo, uma pessoa jurídica apresenta a seguinte estrutura patrimonial: 
Ativo = 1.000 
Passivo Exigível = 300 
Patrimônio Líquido = 700 
Neste caso, o capital total à disposição é igual a 1.000 (300 do passivo exigível mais 700 do 
patrimônio líquido). Desse total, 30% são recursos de terceiros e 70% próprios. 
O capital total à disposição é equivalente ao valor do ativo: 
Ativo = Passivo Exigível + Patrimônio Líquido 
Ativo = Capital de Terceiros + Capital Próprio 
Ativo = Capital Total à Disposição 
Ativo = 300 + 700 
Ativo = 1.000 
3.2 APLICAÇÕES DE RECURSOS 
O ativo representa as aplicações ou uso dos recursos obtidos. 
A análise do passivo exigível e do patrimônio líquido possibilita a identificação das origens ou 
fontes. Já a análise do ativo evidencia de que maneira os recursos obtidos estão sendo utilizados. Assim, 
as aplicações podem ser em estoque de mercadoria, bens de uso, disponibilidades financeiras (caixa, 
bancos), contas a receber, etc. 
Em resumo, a pessoa jurídica obtém capitais próprio e de terceiros e os aplica nos bens e 
direitos que constituem o ativo. 
3.3 ANÁLISE DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 
Para ilustrar o uso destes conceitos na análise da situação patrimonial, consideremos que 
determinada pessoa jurídica recorra a um banco para obter um empréstimo. O gerente da instituição 
financeira precisa avaliar a situação patrimonial da empresa e as garantias que ela oferece. 
Digamos que o cliente, inicialmente, tivesse informado apenas o seguinte: 
Ativo Total = 10.000 
Empréstimo solicitado = 6.000 
Uma análise precipitada da situação do cliente poderia resultar na seguinte conclusão: é 
perfeitamente possível o pagamento de uma dívida de 6.000 por quem tem um ativo de 10.000. No 
entanto, para o gerente, seria adequado identificar as origens ou fontes dos recursos do cliente. 
Imaginemos que este demonstrasse ter capital próprio de 2.000 e dívidas de 8.000: 
Ativo Total = 10.000 
Passivo Exigível = 8.000 
Patrimônio líquido = 2.000 
Quer dizer que, do total de recursos à disposição, 80% são de terceiros. Para a instituição 
financeira, talvez seja muito arriscado conceder crédito a alguém com um nível tão elevado de 
endividamento. 
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2.5.1 EXERCÍCIO DEFIXAÇÃO 
1) A empresa X possui um capital de terceiros que é exatamente o dobro do Patrimônio Líquido. O 
capital próprio, por sua vez, é exatamente o montante de bens da empresa que é igual a R$ 1.000. 
Preencha o Balanço Patrimonial abaixo: 
 
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Bens ..................................... 1.000 
Direitos ............................ 
 
PASSIVO ............................... 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........... 
TOTAL .............................. TOTAL .............................. 
 
 
2) Estruture o Balanço Patrimonial da Cia. Simétrica em 31/12/X6. 
Caixa: 1.800; Fornecedores: 4.000; Capital Social: 10.000; Máquinas: 3.000; Estoques: 6.500; 
Empréstimos bancários: 7.320; Veículos: 200; Duplicatas a Receber: 3.400; Salários a Pagar: 6.500; 
Participações em outras empresas; 7.320; Contas a Pagar: 200; Prédios: 4.000; Impostos a Pagar: 
1.800; Férias a Pagar 3.000; Contas a Receber: 10.000; Lucros Acumulados. 3.400 
 
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
BENS .................................. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS ............................ 
OBRIGAÇÕES ......................... 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........... 
 
TOTAL .............................. TOTAL .............................. 
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3) O Balanço Patrimonial 
 
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Caixa 10.000 Fornecedores 200.000 
Duplicatas a Receber 40.000 Empréstimos a Pagar 40.000 
Estoques 50.000 Salários a Pagar 60.000 
Máquinas 100.000 
Terrenos 200.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........... 200.000 
Títulos a Receber 100.000 
Capital Social 
 
200.000 
TOTAL ........................................... 500.000 TOTAL .............................................. 500.000 
 
Com os dados da Cia. Esperança assinale as alternativas corretas: 
1. Tanto as Origens quanto as Aplicações são: 5. O total de bens é: 
a. ( ) 300.000 a. ( ) 500.000 
b. ( ) 500.000 b. ( ) 380.000 
c. ( ) 1.000.000 c. ( ) 300.000 
d. ( ) n.d.a d. ( ) n.d.a 
2. O Capital de terceiros é: 6. O Patrimônio Líquido é: 
a. ( ) 500.000 a. ( ) 500.000 
b. ( ) 300.000 b. ( ) 400.000 
c. ( ) 200.000 c. ( ) 300.000 
d. ( ) n.d.a d. ( ) n.d.a 
3. O capital próprio é: 7. O Patrimônio é: 
a. ( ) 100.000 a. ( ) 7.900.000 
b. ( ) 200.000 b. ( ) 500.000 
c. ( ) 500.000 c. ( ) 200.000 
d. ( ) n.d.a d. ( ) n.d.a 
4. O total do direito é: 8. Podemos dizer que o disponível é: 
a. ( ) 200.000 a. ( ) 50.000 
b. ( ) 140.000 b. ( ) Estoque a Venda 
c. ( )300.000 c. ( ) Capital Social 
d. ( ) n.d.a d. ( ) n.d.a 
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3. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 
3.1. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
Escrituração contábil é a técnica utilizada para o registro dos fatos contábeis. Tem como 
finalidade o controle do patrimônio e de suas variações, sendo processada mediante lançamentos em 
livros destinados ao registro das operações que afetam o patrimônio. 
Segundo estabelece o artigo 1.179 do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002), estão obrigados 
a seguir um sistema de contabilidade mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus 
livros, em correspondência com a documentação respectiva. 
3.1.1. RAZONETE 
Também denominado gráfico T ou conta T o razonete nada mais do que uma versão 
simplificada do Livro Razão. Por meio do Razão se controla separadamente o movimento de cada 
conta. 
As contas representam registros de DÉBITOS e CRÉDITOS da mesma natureza ou espécie, 
identificadas por nomes (títulos) que qualificam elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações, 
patrimônio líquido, receitas, despesas). 
3.2. PARTIDAS DOBRADAS 
Para satisfazer as necessidades das pessoas e das entidades terão que ser resolvidos dois 
pontos: quais os bens que podem satisfazer essas necessidades e quais os recursos para obtê-los. Aí se 
resume grande parte da atividade econômica. 
Por esta razão, quando a contabilidade registra os eventos econômicos das empresas que tem 
influência em seu patrimônio, preocupa-se em registrar onde foram aplicados (investidos) os recursos 
da empresa e quais as fontes (origens desses recursos), dinheiro ou crédito. 
 
 
 
O método fundamental da contabilidade, que é chamado de método das partidas dobradas foi 
instituído em 1494 pelo italiano, matemático, Frei Luca Pacioli (considerado o pai da contabilidade 
moderna). 
A essência do método é que o registro de qualquer operação implica que um débito numa ou 
mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma 
dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. 
 
APLICAÇÃO ORIGEM 
Não há debito sem crédito correspondente; 
Débito = crédito ou origens = aplicações 
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2.300 2.800 
500 
 
 
Como o balanço, o razonete tem dois lados e na sua parte superior coloca-se o título da conta 
que será movimentada. 
 
Balanço Patrimonial Razonete 
 
Ativo Passivo Título da Conta 
 
 
 
 
As contas representam registros de débitos e créditos da mesma natureza ou espécie, 
identificadas por nomes (títulos) que qualificam elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações, 
patrimônio líquido, receitas e despesas). Para cada conta abre-se um razonete e nele registra-se a 
movimentação. De um lado representam-se os aumentos, de outro, as diminuições. Tecnicamente, 
seria inadequado denominar lado esquerdo e lado direito da conta (ou do razonete). O lado esquerdo 
chama-se débito e o lado direito, crédito. 
 
Nome da Conta 
VALORES ESCRITURADOS 
A DÉBITO 
VALORES ESCRITURADOS 
A CRÉDITO 
 
SALDO DEVEDOR 
 
SALDO CREDOR 
 
 
 
Exemplo de Utilização de Razonete 
Nome da Conta Nome da Conta 
 
 
 
Saldo Devedor 
Saldo Credor 
 
3.2.1 ELEMENTOS MÍNIMOS DA CONTA RESUMIDA 
• Nome (título) da conta 
• Débito 
• Crédito 
• Saldo 
1.800 800 
1 000 
Atenção 
Os débitos são, por convenção, registrados no lado 
esquerdo, e os créditos, no lado direito. 
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3.2.2 DÉBITO, CRÉDITO E SALDO 
✓ As contas que representam bens, direitos, despesas e custos tem saldo devedor. 
✓ As contas que representam obrigações (P), Patrimônio Líquido (PL) e Receitas tem saldo 
credor. 
✓ Saldo de uma conta representa a diferença entre o valor do débito e do crédito. Os saldos 
podem ser: 
a) Devedor – quando o valor do débito for superior ao do crédito ( D > C ) 
b) Credor – quando o valor do crédito for superior ao do débito ( D < C ) 
c) Nulo – quando o valor do débito for igual ao do crédito ( D = C ) 
 
 
3.2.3 EXERCÍCIO 
No mês de dezembro de 2012, foram realizadas as seguintes operações na empresa Futuro Ltda: 
 
 
1- Investimento inicial de capital no valor total de R$ 20.000,00 em dinheiro 
2- Compra de móveis e utensílios, no valor de R$ 5.000,00, a prazo; 
3- Aquisição de mercadorias, no valor de R$ 10.000,00 à vista; 
4- Compra de veículo, à vista no valor de 10.000,00; 
5- Venda à vista de mercadoria com preço de R$ 7.000,00, pelo preço de custo. 
 
Pede-se efetuar lançamentos nos razonetes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.3. BALANETE DE VERIFICAÇÃO 
De acordo com o método das partidas dobradas, cada lançamento a débito deve corresponder 
a um ou mais lançamentos a crédito de igual valor. Portanto o somatório dos saldos das contas 
devedoras deverá ser igual ao dos saldos das contas credoras. Com o objetivo de constatar essa 
igualdade, é usual, antes do levantamento do conjunto das demonstrações contábeis, que as contas 
de ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas sejam classificadas em um relatório 
denominado balancete. 
A finalidade do balancetede verificação é demonstrar a correta aplicação do método das 
partidas dobradas. Vale dizer, ele evidencia a igualdade matemática dos lançamentos efetuados no 
período. Se para cada débito em uma ou mais contas houve crédito de igual valor em uma ou mais 
contas, então o total devedor deve ser igual ao total credor. Caso isso não ocorra, existirá algum erro. 
Se houver erro na transposição de contas do razão, quando da elaboração do balancete, os totais 
devedores e credores não serão iguais. 
 
O fato de que o total dos saldos devedores será sempre igual ao total dos saldos credores 
indicará aritmeticamente a precisão de todos os lançamentos contábeis feitos, isto é, para cada 
lançamento contábil a débito foi feito um lançamento contábil a crédito de igual valor. 
Entretanto, haverá alguns tipos de erros que um balancete não revela, como por exemplo: 
➢ A completa omissão de uma transação no razão (razonete),em relação a qual não sido 
feito o débito nem o crédito. 
➢ A classificação incorreta em uma conta do razão no débito ou no crédito. 
A elaboração do balancete compreenderá a transposição dos saldos das contas do razonete 
para as respectivas colunas do balancete 
3.3.1 MODELO DO BALANETE DE VERIFICAÇÃO 
 
Atenção 
O balancete de verificação é feito a partir do livro- 
razão (razonete), do qual são extraídos os saldos para a sua 
elaboração. 
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3.3.2 NORMA TÉCNICA DO BALANETE DE VERIFICAÇÃO – NBC T 2.7 
1. O balancete de verificação do razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída 
dos registros contábeis em determinada data. 
2. O grau de detalhamento do balancete deverá ser consentâneo (condizente) com sua finalidade. 
3. Os elementos mínimos que devem constar do balancete são: 
a) identificação da Entidade; 
b) data a que se refere; 
c) abrangência; 
d) identificação das contas e respectivos grupos; 
e) saldos das contas, indicando se devedores ou credores; 
f) soma dos saldos devedores e credores. 
4. O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do 
contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC. 
5. O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente. 
 
 
3.3.3 EXERCÍCIOS 
1) Faça a transposição de contas do razão para o balancete referente ao exercício 3.2.3. 
 
 
 
CONTAS 
SALDO INICIAL MOVIMENT0 SALDO FINAL 
D C D C D C 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL GERAL 
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2) No mês de março/X1, foram realizadas as seguintes operações na Empresa Comercial Ceará Ltda: 
 
 
1- Constituição do capital inicial em dinheiro, no valor total de $ 8.000; 
2- Compra de um terreno, a vista, no valor de $ 3.000 a fim de construir a sede da empresa; 
3- Venda de metade do terreno pelo preço de custo, a prazo; 
4- Compra, a prazo, da Cia X, de $ 3.800 em peças para reparos necessários para atividade da 
empresa; 
5- Recebimentos de $ 1.000, relativos à venda do terreno; 
6- Pagamento de R$ 2.500 referente à compra efetuada a Cia X 
 
RAZONETES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO (Modelo simplificado) 
 
 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL (Modelo simplificado) 
 
 
ATIVO PASSIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATRIMONIO LÍQUIDO 
TOTAL TOTAL 
 
Atenção 
Para diferenciarmos as compras efetuadas a prazo, vamos utilizar os 
seguintes critérios: 
1- Compras de Mercadorias (estoque) a Prazo, a origem será a 
conta FORNECEDORES; 
2- Todas as demais compras a prazo, a origem será sempre 
CONTAS A PAGAR 
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3) No mês de novembro/X2, foram realizadas as seguintes operações na Empresa FSM Ltda: 
 
 
1- Constituição do capital inicial em dinheiro, no valor total de $ 80.000; 
2- Compra de computadores e periféricos, a vista, no valor de $ 4.000; 
3- Compra de dois veículos, a vista, no valor de $ 25.000 cada; 
4- Compra de móveis e utensílios a Cia Bandeirantes, no valor de $ 3.800, a prazo; 
5- Venda a vista de um dos veículos a preço de custo; 
6- Pagamento de $ 2.500 referente à compra efetuada a Cia Bandeirantes; 
7- Aquisição de mercadorias, a prazo, no valor de $ 25.000, a Cia do Vale; 
8- Transferência de $ 40.000 do caixa para o Banco do Brasil; 
9- Emissão de cheque para pagamento de $ 5.000 referente à compra efetuada a Cia do Vale; 
10- Compra de máquinas e equipamentos, a prazo, no valor de 7.000 
Pede-se: 
a) Registrar as operações nos razonetes; 
b) Levantar o balancete de verificação; 
c) Elaborar o balanço Patrimonial. 
 
RAZONETES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO (Modelo simplificado) 
 
CONTAS 
SALDO INICIAL MOVIMENT0 SALDO FINAL 
D C D C D C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL GERAL 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL (Modelo Simplificado) 
 
ATIVO PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
TOTAL TOTAL 
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4. VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - CONTA DE RESULTADO 
4.1 INTRODUÇÃO 
Contas de resultado são aquelas utilizadas para o registro das transações responsáveis pelas 
mutações patrimoniais, isto é, das transações que provocam variações na situação líquida do 
patrimônio. Dividem-se em despesas e receitas. 
4.1.1 DESPESA 
 
É o sacrifício patrimonial feito intencionalmente pela entidade com o objetivo de gerar 
receita. Quando incorre numa despesa, o empresário sabe que está consumindo uma parcela de seu 
patrimônio. Ainda assim, ele assume o ônus causado pela despesa, pois seu objetivo é a geração de 
receitas que compensem esse gasto e provoquem lucro. 
 
O sacrifício patrimonial correspondente às despesas deve-se ao fato de elas não gerarem uma 
contrapartida, na forma de bens ou direitos, que se incorpore ao patrimônio. 
 
O efeito da despesa sobre o patrimônio pode consistir na redução do ativo ou no aumento do 
passivo exigível (despesa incorrida, mas não paga). De uma forma ou de outra a despesa reduz a 
situação liquida. 
 
 
De acordo com a nova Estrutura Conceitual (CPC 00), despesas são decréscimos nos benefícios 
econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou 
aumentos em passivos, que resultam em redução do patrimônio líquido, desde que não estejam 
relacionados com distribuição de recursos aos sócios (dividendos, por exemplo, não é despesa) 
4.1.2 RECEITA 
As receitas decorrem da venda de bens ou da prestação de serviços. São aumentos do Ativo 
(entrada de dinheiro ou geração de direitos) ou diminuições do Passivo (reduções ou extinções de 
obrigações) sem que, em contrapartida, haja diminuição de valores patrimoniais ou aumentos de 
Passivo. 
Na atividade econômica, o empresário tem como objetivo principal o lucro, alcançado quando 
as receitas (inclusive os ganhos) superam as despesas (inclusive as perdas). 
As contas de receitas registram variações patrimoniais positivas, vale dizer, a receita aumenta 
a situação líquida. 
Segundo o CPC que dispões sobre a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-Financeiro (CPC 00), receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o 
período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos (prestação de serviço à 
vista, por exemplo), ou diminuição de passivos (obtenção de desconto financeiro no pagamento de 
duplicata, por exemplo) que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam 
provenientes de aporte de recursos dos proprietários da entidade. 
AtençãoA conta de despesa tem como natureza ser uma conta 
DEVEDORA, ou seja, sempre receberá lançamentos a DÉBITO. 
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3.000 5.000 
 
 
4.2 APURAÇÃO DO RESULTADO 
4.2.1 CONCEITO 
Ao fim de cada exercício social, as contas de resultado têm seus saldos encerrados, com a finalidade de 
que as receitas e despesas de um exercício não sejam afetadas por receitas de despesas de períodos 
anteriores. Assim, o resultado corresponde ás receitas e despesas exclusivamente do exercício social 
encerrado. 
4.2.2 CONTAS TRANSITÓRIAS E PERMANENTES 
Em função de terem seus saldos encerrados ao fim de cada exercício, as contas de resultado as 
denominadas contas transitórias. No inicio de cada exercício social, o saldo das contas de resultado 
deve ser igual a zero. Já as contas patrimoniais são denominadas contas permanentes, pois seus saldos 
ao fim de um exercício serão os saldos iniciais no exercício seguinte. 
4.2.3 ENCERRAMENTO DOS SALDOS DAS CONTAS DE RESULTADO 
Consideramos que durante o exercício, uma empresa tenha apurado as receitas e despesas indicadas 
abaixo de forma resumida: 
DESPESAS RECEITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
O lançamento de encerramento do saldo da conta de despesas, com a sua transferência para a conta 
de resultado do exercício seria: 
D- Resultado do Exercício 
C- Despesas 
O lançamento de encerramento do saldo da conta de receita seria: 
D- Receitas 
C- Resultado do Exercício 
 
Após esses lançamentos, as contas de receitas e despesas tiveram seus saldos encerrados e a conta de 
Resultado do Exercício apresenta saldo de 2.000: 
RESULTADO 
Atenção 
A conta de receita tem como natureza ser uma conta 
CREDORA, ou seja, sempre receberá lançamentos a CRÉDITO. 
 
3.000 
 
5.000 
 
2.000 
 
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Se o seu saldo é credor, a conta Resultado do Exercício indica que houve lucro no exercício, pois as 
receitas superaram as despesas. Quando o saldo desta conta é devedor, significa que foi apurado 
prejuízo. 
4.2.4 TRANSFERENCIA DO RESULTADO PARA O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
A conta Resultado do Exercício, também denominada Rédito, Apuração do Resultado, Resultado, etc., 
é transitória. Uma vez apurado o resultado do exercício, o valor correspondente é transferido para o 
patrimônio líquido, para a conta LUCRO OU PREJUÍZOS ACUMULADOS. No exemplo anterior, essa 
transferência seria feita por intermédio do lançamento: 
D- Resultado do Exercício 
C- Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
Na hipótese de o saldo da conta Resultado do Exercício ser devedor, o lançamento de transferência é: 
D- Lucros ou Prejuízos Acumulados 
C- Resultado do Exercício 
 
 
5. FATOS E ATOS ADMINISTRATIVOS, FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS 
5.1 FATOS ADMINISTRATIVOS 
Fato administrativo ou fato de gestão é qualquer operação realizada pela administração que 
modifique o patrimônio da empresa, tem termos de qualidade ou quantidade. 
Os administradores (diretores, sócios-gerentes) atuam em nome da sociedade e, com essa 
finalidade, executam uma série de negócios envolvendo a pessoa jurídica. Quando esses negócios 
afetam o patrimônio da empresa, recebem o nome de fatos administrativos. 
São fatos administrativos: compras à vista ou a prazo de bens, vendas à vista ou a prazo de 
mercadorias e serviços, pagamentos e recebimentos, etc. 
5.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS 
Os fator administrativos são classificados em: 
• Fatos Permutativos 
• Fatos Modificativos 
• Fatos Mistos 
 
 
5.1.1.1 FATOS PERMUTATIVOS OU COMPENSATIVOS 
São os que não provocam alterações no valor do Patrimônio Líquido. A alteração se dar 
apenas em termos qualitativos (nas contas) 
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5.1.2.1 EXEMPLOS 
1) Compra de uma máquina à vista no valor de $ 10.000 
Há apenas uma permuta: deixa de existir o dinheiro no caixa da empresa (diminuição do 
Ativo), fato que é compensado pela aquisição da máquina (aumento do Ativo). Não há alteração do PL. 
D- Máquinas e Equipamentos (Ativo) 
C- Caixa / Bancos (Passivo) 
2) Compra de uma máquina com financiamento bancário no valor de $ 10.000 
No caso, há um aumento do Ativo (compra da Máquina), que é compensado por um aumento 
igual no passivo (Financiamento), deixando inalterado o PL. 
D- Máquinas e Equipamentos (Ativo) 
C- Financiamentos (Passivo) 
3) Pagamento de contas a pagar (em dinheiro) no valor de $ 10.000 
Neste caso há uma diminuição no ativo (deixa de existir dinheiro no caixa), que é compensado 
por igual diminuição do Passivo. 
D- Contas a Pagar (Passivo) 
C- Banco / Caixa 
4) Aumento de capital com incorporação de reservas ou de lucros acumulados. 
Há apenas uma transferência entre contas do PL, cujo valor permanece inalterado. 
D- Reserva de Lucros (PL) 
C- Capital Social (PL) 
5.1.1.2 FATOS MODIFICATIVOS 
São os que provocam alterações no valor do PL, provocando aumento ou redução de valor 
idêntico no Passivo ou no Ativo. Estes fatos podem ser: 
a) Aumentativos ou positivos – Quando provocam acréscimos no PL; 
Exemplos: Receita de aluguel, receita de juros, aumento de capital com recursos 
provenientes dos proprietários. 
D- Aluguéis a Receber / Caixa (Ativo) 
C- Receita de Aluguéis (Resultado) 
b) Diminutivos ou negativos – Quando provocam reduções no PL. 
 
Exemplos: despesas de salários, despesas financeiras, distribuição de lucros aos sócios ou 
acionistas. 
 
D- Despesa de Salários (Resultado) 
C- Salários a Pagar (Passivo) 
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5.1.1.3 FATOS MISTOS OU COMPOSTOS 
São os que combinam fatos permutativos com fatos modificativos, logo podem ser: 
a) Aumentativos ou positivos – é quando ocorre uma permuta e, simultaneamente, o 
aumento no PL. 
Exemplo: Recebimento de duplicatas com juros, pagamento de duplicatas com desconto, 
venda à vista de mercadorias em estoque por um preço superior ao valor do seu custo, cuja diferença 
(lucro) aumenta o PL. 
D- Banco (Ativo) 
C- Juros Ativos (Resultado) 
C- Duplicatas a Receber (Ativo) 
b) Diminutivos ou negativos – é quando ocorre uma permuta e simultaneamente uma 
redução no PL. 
Exemplo: Pagamento de duplicatas com juros, recebimento de duplicatas com desconto. 
D- Duplicatas a Pagar (Passivo) 
D- Juros Passivos (Resultado) 
C- Caixa / Banco (Ativo) 
 
5.2 ATOS ADMINISTRATIVOS 
Ato administrativo é qualquer negócio realizado pela administração que não modifique o 
patrimônio. 
Alguns atos administrativos têm como consequência fatos administrativos. 
Exemplo: quando a empresa, por intermédio de seus diretores, é fiadora num contrato de 
aluguel, ocorre um ato administrativo. Todavia, se o valor da locação não for honrado pelo locatário, a 
empresa poderá ter de pagar o aluguel, isto será um fato administrativo. 
Os atos administrativos que possam provocar efeitos relevantes sobre o patrimônio devem ser 
indicados em notas explicativas (esclarecimentos que acompanham as demonstrações contábeis e têm 
como objetivo facilitar o entendimento e a análise da situação do patrimônio e de suas variações). 
5.3 FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS 
Primeira Fórmula: são de primeira fórmula os lançamentos que envolverem apenas uma conta de 
débito e uma conta de crédito. 
Exemplo: pagamento em dinheiro do aluguel do prédio, no valor de R$ 800,00: 
D – Aluguéis Passivos*....... 800,00 
C – Caixa ........................................ 800,00 
 
 
* Parte do princípio que o aluguel foi provisionado anteriormente 
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Segunda Fórmula: São os lançamentos que envolvem apenas uma conta a débito e mais de uma conta 
a crédito. 
Tomemos como exemplo o pagamento de obrigação com fornecedores, em dinheiro, no valor 
de R$ 1.000,00; com desconto de 10% por antecipação: 
 
 
D – Fornecedores ........ 1.000,00 
C – Caixa ......................................900,00 
C – Descontos Ativos .................... 100,00 
Terceira Fórmula: São os lançamentos que envolvem mais de uma conta a débito e apenas uma conta 
a crédito. 
Exemplo: recebimento, em dinheiro, de duplicata de um cliente, no valor de R$ 150,00; com 
desconto de 20%: 
 
 
D – Caixa ............................... 120,00 
D – Descontos Passivos .......... 30,00 
C – Clientes .......................................... 150,00 
 
 
Quarta Fórmula: São os lançamentos que envolvem mais de uma conta a débito, e mais de uma conta 
a crédito. 
Exemplo: compra, na mesma nota fiscal, de mercadorias e material de consumo, sendo 50% 
pago em espécie no ato da compra e o saldo a ser pago em 30 dias. 
 
 
D – Estoque de mercadorias (para revenda) .......... 8.000,00 
D – Estoque de material para consumo ................... 2.000,00 
C – Caixa ................................................................................... 5.000,00 
C – Fornecedores ...................................................................... 5.000,00 
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6. INSUBSISTÊNCIAS E SUPERVENIENCIAS 
6.1 INSUBSISTÊNCIA 
6.1.1 INSUBSISTÊNCIA PASSIVA 
Insubsistência é a condição de algo que deixa de existir, que desaparece. O vocábulo passiva 
tem o sentido de negativa ou que causa efeito negativo, que não se confunde com a expressão do 
passivo (obrigações, do passivo exigível). Logo, a insubsistência passiva é relativa àquilo que, ao deixar 
de existir, provoca efeito negativo sobre o patrimônio. 
Exemplo: A mercadoria perdida em um incêndio. 
(lembrando que não se trata de uma insubsistência do passivo). Como o que deixou de existir foi um 
bem, com a perda da mercadoria, houve uma insubsistência do ativo. 
 
Portanto, a conta Insubsistência Passiva é de despesa (de natureza devedora). 
6.1.2 INSUBSISTÊNCIA ATIVA 
Por analogia, Insubsistência ativa é quando algo que deixou de existir provoca o aumento do 
patrimônio, significa o efeito positivo de algo que deixou de existir. 
Exemplo: A prescrição de uma dívida, que é uma insubsistência do passivo. 
 
A conta Insubsistências Ativas é de receita (de natureza credora) 
6.1.3 INSUBSISTÊNCIA DO PASSIVO 
Consiste no desaparecimento de uma dívida. Observe que a insubsistência do passivo é uma 
insubsistência ativa (tem efeito positivo sobre o patrimônio). 
6.1.4 INSUBSISTÊNCIA DO ATIVO – consiste no desaparecimento de um bem ou direito. Trata-se de 
uma insubsistência passiva (tem efeito negativo sobre o patrimônio) 
6.2 SUPERVENIENCIA 
É a condição de algo que vem além, que adiciona ou acresce. Em contabilidade, significa algo 
que provoca aumento do ativo ou do passivo, aumentando ou diminuindo o PL. 
Se a superveniência for passiva, tal aumento tem efeito negativo. 
 
Exemplo: Os juros de mora por atraso de uma obrigação aumenta a dívida, o que provoca 
efeito negativo sobre o patrimônio. Assim, tem-se uma superveniência passiva (despesa). 
Se a superveniência for ativa, ocorre o aumento do patrimônio (receita). 
 
Exemplo: O recebimento em doação 
6.3 BREVE RESUMO 
Insubsistência do Ativo → Redução do Ativo → Insubsistência Passiva → Despesa 
Insubsistência do Passivo → Redução do Passivo → Insubsistência Ativa → Receita 
Superveniência do Ativo → Aumento do Ativo → Superveniência Ativa → Receita 
Superveniência do Passivo → Aumento do Passivo → Superveniência Passiva → Despesa 
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7. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à 
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e 
profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência 
social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. 
Os profissionais da área contábil são obrigados a adotar, em suas atividades, os conceitos 
enunciados pela Resolução CFC nº 750/93 com atualização e consolidação conforme Resolução CFC 
1.282/10, sob pena de multa e de suspensão do exercício profissional (Decreto 9.295/46). Além disso, 
para o contabilista a observância dos princípios significa prestigiar a entidade reguladora de sua 
profissão, o Conselho Federal de Contabilidade, responsável por baixar as Normas Internacionais de 
Contabilidade. 
São Princípios de Contabilidade: 
➢ Da ENTIDADE; 
➢ Da CONTINUIDADE; 
➢ Da OPORTUNIDADE; 
➢ Do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
➢ Da COMPETÊNCIA e 
➢ Da PRUDÊNCIA 
 
 
7.1 PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, 
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
 
7.2 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, 
portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta 
circunstância. 
7.3 PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil 
pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a 
oportunidade e a confiabilidade da informação. 
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O princípio da oportunidade exige o registro de todas as variações sofridas pelo patrimônio 
da entidade no momento em que elas ocorrem, ainda que sejam considerados valores estimados. Um 
exemplo é o registro da depreciação. O tempo de vida útil de um bem é baseado numa hipótese mais 
ou menos fundamentada tecnicamente e depende de diversos fatores aleatórios. Apesar disso, a 
depreciação deve ser registrada no momento em que há a perda do valor do bem. Como é difícil 
determinar o valor exato dessa perda, os cálculos são feitos por estimativas. 
A integridade diz respeito à necessidade de os registros serem confiáveis, isto é, sem faltas ou 
excessos. A tempestividade determina que as variações sejam registradas no momento oportuno, 
mesmo na hipótese de alguma incerteza de valor. 
7.4 PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio 
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda 
nacional. 
Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser 
reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos 
componentes patrimoniais. 
São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade 
constante em termos do poder aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é 
necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam 
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do 
Patrimônio Líquido; e 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento 
dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros 
elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
7.5 PRINCÍPIO DA COMPENTÊNCIA 
O Princípio daCompetência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam 
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas 
correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
7.6 PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do MENOR valor para os componentes do 
ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para 
a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

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