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Aspergilose (1)

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Aspergilose
 
Acadêmicos: Gustavo Ian Correa Lima, Stephany Caroline Menezes da Silva e Vitória Miranda Ximenes.
AGENTES INFECTO PARASITÁRIOS II - MICOLOGIA
Conceito
Infecção fúngica oportunista das mais comuns em todo o mundo, provocada por espécies do gênero Aspergillus sp.
Principal agente etiológico: Aspergillus fumigatus.
Fungos mais comuns do planeta - presentes no solo, adubo, cereais, vegetais e ambiente hospitalares.
Penetram no organismo humano por várias vias e alojam-se nos seios paranasais, invadindo as vias aéreas inferiores.
Aspersório
Aspergillus fumigatus
Agente Etiológico
Espécies do gênero Aspergillus, família Aspergillaceae, classe Ascomicetos e subclasse Euascomycetae.
A maioria das infecções em humanos é causada por Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus nidulans, Aspergillus terréus e, principal responsável, Aspergillus fumigatus.
Aproximadamente 900 espécies de Aspergillus, classificadas em dezoito grupos, e desses dezoito, doze são causadores de doença humana.
 
São fungos filamentosos, obíquos, cosmopolitas, encontrados em ambientes úmidos e mofados ou em decomposição.
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Agente Etiológico
Aspergillus fumigatus
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Agente Etiológico
Aspergillus flavus
Aspergillus niger
Aspergillus terreus
Aspergillus nidulans
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Patogenia
Pequeno tamanho dos conídeos
Temperatura de crescimento do fungo em torno de 37ºC
Capacidade de adesão ao endotélio e epitélio; 
Invasão dos vasos sanguíneos
Produção de toxinas como elastase, restrictocina, fumigatoxina.
Infecção Fúngica Oportunista
 
Transmissão
Transmissão
Inalação de esporos de Aspergillus sp.
Modo habitual de infecção em humanos
Período de Incubação
Desconhecido
Disseminação
Esporulação assexuada
Conídios produzidos em cadeias em fiálides separados emergindo de conidióforos carregados em cabeças conidiais características.
Tendência a invadir outros tecidos/órgãos. 
A inalação de esporos de fungos podem causar algumas doenças pulmonares: inflamação local das vias aéreas até infeções graves.
Manifestações Clínicas
Aspergiloma
Desenvolvimento do fungo in situ numa cavidade preexistente e em comunicação com a árvore respiratória superior, permitindo a chegada dos esporos, e o arejamento da cavidade necessário ao crescimento fúngico.
Sintomas permanecem aqueles da doença subjacente.
Aspergilose Pulmonar Invasiva
Desenvolvimento de formas aspergilares no parênquima pulmonar de doentes imunodeprimidos ou sujeitos a terapêuticas extremamente agressivas pelo uso de corticóides, antibióticos e drogas imunossupressoras.
Pode ocorrer trombose, enfarte, necrose e hemorragias.
Sintomas: febre e infiltrados pulmonares acompanhados de dor torácica e hemoptise.
Bronquite Aspergilar e Aspergilose Alérgica
Bronquite aspergilar: 
Rara
Fungo sobre a parede dos brônquios espessados ou formação de membranas/úlceras nas vias respiratórias. 
Sintomas: assemelham-se aos de infecções respiratórias crônicas como asma severa e bronquite crônica.
Aspergilose alérgica: 
Manifestações alérgicas provocadas pela inalação de esporos de Aspergillus. 
Asma com dispneia contínua, febre e infiltrados pulmonares duráveis.
Aspergilose Cutânea
Conjunto de lesões cutâneas associadas a aspergilose invasiva ou sistémica. 
Estas lesões são caraterizadas por placas dérmicas necrosantes, abcessos ou granulomas subcutâneos e máculas ou pápulas dérmicas.
Aspergilose Cerebral
SNC envolvido em 10 a 20% dos casos de aspergilose disseminada.
Infeção cerebral raramente diagnosticada antes da morte. 
Elevada mortalidade nos doentes imunocomprometidos.
Pode originar abscessos cerebrais.
Meningite e envolvimento da medula são raros.
Outras Manifestações Clínicas
Incluem otomicose, onicomicose, endocardite, aneurismas micóticos, a infecção de próteses vasculares, osteomielite, e afecções de órgãos como estômago, fígado, baço e rins.
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Diagnóstico
 Difícil realização falta de especificidade dos sinais e sintomas.
Para o diagnóstico, devem ser utilizadas várias técnicas em conjunto:
Técnicas de imagiologia (tomografia computadorizada de alta resolução): observado movimentação da massa ou bola fúngica (sinal de Monod) e espessamento peribrônquico;
Técnicas de laboratório: microscopia, cultura, dosagem de anticorpos, molecular e bioquímico; cultura de escarro, exame histopatológico do tecido pulmonar.
+ teste sorológicos são importantes para confirmação ou exclusão diagnóstico;
Diagnóstico Diferencial
A asma e a fibrose cística - muitas vezes podem estar associadas.
As manifestações asmáticas ocorrem, frequentemente, na infância acompanhadas de urticária, eczemas, rinite e conjuntivite. 
Aspergilose: emagrecimento, anorexia e tosse com expectoração acastanhada
	Infecções virais/bacterianas	infiltrados pulmonares
	Doenças parasitárias e pneumonia	eosinofilia
	Asma e dermatite atópica	níveis séricos de IgE total elevados
Tratamento
Anfotericina B:
Maior espetro de ação, com uma eficácia demonstrada no tratamento das principais micoses sistêmicas.
Atividade fungicida depende da sua ligação ao ergosterol e formam-se canais iônicos na membrana celular que destroem a integridade osmótica da membrana celular fúngica.
Reações agudas mais frequentes: febre, cefaleias, arrepios de frio e hipotensão.
Tratamento
Intraconazol
Pode ser usado por via oral ou intravenosa. 
Liga-se às proteínas plasmáticas e tem atividade fungicida contra Aspergillus spp, 
Agente de segunda linha no tratamento da aspergilose invasiva.
Voriconasol
Via oral ou intravenosa. 
Fungicida mais eficaz que o itraconazol e tem melhor eficácia/tolerância que a anfotericina B
Agente de primeira linha no tratamento da aspergilose invasiva.
Referências
AMORIM, D. S. de, et al. Infecções por Aspergillus spp: aspectos gerais. Rev Pulmão, v. 13, nº 2. Rio de Janeiro, 2004. 
CARVALHO, L. I. C. Aspergillus e Aspergilose: desafios no combate da doença. Universidade Fernando Pessoa. Porto, 2013. 
DAGENAIS, Taylor; KELLER, Nancy. Pathogenesis of Aspergillus fumigatus in Invasive Aspergillosis. Clinical microbiology reviews, vol. 22,3 (2009): 447-65. doi:10.1128/CMR.00055-08
FUNGO, O., and ASPERGILOSE E. A. MICOTOXINA. "PRODUZIDA: UM LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO. THE ASPERGILLUS, ASPERGILLOSIS AND MYCOTOXIN PRODUCED: A SURVEY BIBLIOGRAPHIC.“
LATGÉ, Jean-Paul; CHAMILOS, Georgios. Aspergillus fumigatus and Aspergillosis in 2019. Clinical Microbiology Reviews. Nov 2019, 33 (1) e00140-18; DOI: 10.1128/CMR.00140-18
Referências
MATSUDA, J. S. ; WANKE, B. ; ASSUMPCAO, I. A. ; BALIEIRO, A. A. S. ; SANTOS C.S.S. ; MUNIZ, R.C.S. ; MARTINEZ-ESPINOSA, F.E. ; Souza, J.V.B. . Aspergilose pulmonar em pacientes de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa. Manaus, Amazonas. In: Oliveira, L.A.; Fernandes, O.C.; Jesus, M.A.; Bentes, J.L.S.; Andrade, S.L.; Souza, A.Q.L.; Santos, C. (Org.). Diversidade Microbiana da Amazônia. 1ed.Manaus: Editora INPA, 2016, v. 1, p. 417-426.
MENDONCA, Divino Urias et al . Aspergilose pulmonar em paciente imunocompetente e previamente sadio. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 44, n. 1, p. 124-126, Feb. 2011 . https://doi.org/10.1590/S0037-86822011000100030.
PIANETTI FILHO, Geraldo et al. Aspergilose cerebral em paciente imunocompetente. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 63, n. 4, p. 1094-1098, Dez. 2005.
SALES, Maria da Penha Uchoa. Capítulo 5 - Aspergilose: do diagnóstico ao tratamento. J. bras. pneumol.,  São Paulo ,  v. 35, n. 12, p. 1238-1244,  Dec.  2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132009001200012&lng=en&nrm=iso>. access on  03  Oct.  2020.  https://doi.org/10.1590/S1806-37132009001200012.

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