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RESUMO_ Patologia do digestório

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---- ---​Patologia do digestório​- ------ 
Adrielly Alves Araújo 
 
--------​Cavidade oral​-- ------- 
-------------​Fenda palatina​------------- 
Pode ser ​NO LÁBIO,       
QUEILOSQUISE​, ou ​NO PALATO DURO,         
PALATOSQUISE​. Pode ser causada por         
fatores genéticos ou tóxicos durante a           
gestação​. Quando a abertura é muito           
grande pode ser ​INCOMPATÍVEL COM A           
VIDA​, ​no lábio devido a ​FALHA PARA             
CONSEGUIR A PRESSÃO NEGATIVA       
PARA A SUCÇÃO DO LEITE​, ou no ​palato               
por fazer a comunicação com a           
cavidade nasal oportunizando     
PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO POR       
FALSA VIA​. 
 
-------​Gengivite e periodontite​------- 
Causada pela ​DEPOSIÇÃO DE       
PLACA BACTERIANA NOS DENTES, O         
TÁRTARO​, que ​se estende por baixo da             
gengiva causando ​GENGIVITE que se         
não for tratada com a retirada do             
tártaro, ​pode evoluir para       
PERIODONTITE COM ABCESSOS NA       
RAIZ DOS DENTES​, levando a sua queda​. 
A ​PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA     
COMPOSIÇÃO DO ALIMENTO, DENTES       
TORTOS, DENTIÇÃO DUPLA, MÁ       
OCLUSÃO DENTÁRIA frequente nos       
braquicefálicos​, ​predispõem ao     
acúmulo das placas bacterianas​.  
 
-----------​Hipoplasia amelar​--------- - 
É a ​MÁ FORMAÇÃO DO ESMALTE           
DENTÁRIO que pode ocorrer na         
CINOMOSE com o ​acometimento dos         
ameloblastos​, ​USO DE TETRACICLINAS​,       
INGESTÃO DE ALTAS CONCENTRAÇÕES       
DE FLÚOR​ durante a infância. 
 
------------​Glândula salivar​------------ 
Podem ser ​FORMAR CÁLCULOS,       
SIALÓLITOS, que ​obstruem os canais         
salivares​, quando nos ​sublinguais essa         
obstrução é chamada de ​RÂNULA​. A           
inflamação na glândula salivar é         
chamada de ​SIALOADENITE​, além disso         
as glândulas salivares podem sofrer de           
NEOPLASIAS COMO ADENOMA de       
glândula salivar. 
 
---- ---​Estomatite e gengivite​----- --- 
LESÃO DA MUCOSA ORAL​, inicia         
com a ​mácula, pápula, vesícula que           
rompe formando erosão e depois         
úlceras​. Essas lesões podem ser         
causadas ​POR TRAUMAS FÍSICOS,       
QUÍMICOS, FÍSICOS E BIOLÓGICOS       
COMO VÍRUS, BACTÉRIAS OU DOENÇAS         
AUTOIMUNES​. 
 
---------​Estomatite vesicular​--- ------ 
DOENÇA VESICULAR   
INFECTOCONTAGIOSA causada por     
VÍRUS DA FAMÍLIA RHABDOVIRIDAE​,       
formando ​LESÕES VESICULARES NA       
MUCOSA ORAL, NASAL, ESOFÁGICA,       
RUMINAL, TETOS, ESPAÇO     
INTERDIGITAL E COROA DOS CASCOS​.         
Acomete ​bovinos, suínos e equinos e           
sua transmissão se dá de forma direta             
ou indireta ​POR FÔMITES E INSETOS           
VETORES COMO MOSCAS​. 
 
 
-v------------​Febre aftosa​-------------- 
É uma ​DOENÇA     
INFECTOCONTAGIOSA DE   
BIUNGULADOS ​altamente contagiosa de       
baixa letalidade​. É causada por ​VÍRUS           
DA FAMÍLIA PICORNAVIRIDAE E       
GÊNERO ​APHTOVIRUS​, causando     
LESÕES VESICULARES QUE ULCERAM       
com o tempo, na ​REGIÃO ORAL, NASAL,             
ESPAÇOS INTERDIGITAIS E COROA DOS         
CASCOS​. Em animais mais jovens afeta           
o ​miocárdio causando miocardite viral​. 
 
----------​Exantema vesicular​--------- 
DOENÇA VESICULAR DE SUÍNOS       
CAUSADA POR ​CALICIVIRUS​, causa uma         
doença ​indistinguível da febre aftosa, da           
doença vesicular do suíno e estomatite           
vesicular nesses animais​. Não é         
diagnosticada no brasil sendo       
considerada ​exótica, assim como a         
Doença vesicular do suíno. 
 
----​Doença vesicular dos suínos​---- 
Também ​exótica​, causada por       
VÍRUS DO GÊNERO ​Enterovirus da         
família ​Picornaviridae​, causando     
LESÕES VESICULARES NA REGIÃO DE         
BOCA E CASCOS​, como dito antes,           
indistinguível clinicamente da ​FEBRE       
AFTOSA, EXANTEMA VESICULAR E       
ESTOMATITE VESICULAR​. 
 
-- --------​Senecavirus tipo A​----- ----- 
Também causa ​DOENÇA     
VESICULAR ​semelhante a febre aftosa,         
estomatite vesicular, doença vesicular       
suína e exantema vesicular​. Causa         
grandes impactos econômicos na       
produção devido a ​DIFICULDADE DE         
LOCOMOÇÃO E GANHO DE PESO pelo           
desconforto causado pelas lesões, além         
de ​perdas neonatais em leitões de até             
uma semana de vida. 
 
-----​Estomatite papular bovina​----- 
Doença ​benigna (autolimitante)     
causada por ​VÍRUS DO GÊNERO         
Parapoxvirus da família ​Parapoxviridae       
(assim as ​pseudovaríola e ectima         
contagioso​). Afeta ​BOVINOS de todas as           
idades​, mais frequentemente os ​jovens​,         
com ​morbidade de até 100% nos           
rebanhos. Se caracteriza pela formação         
de ​PÁPULAS DAS MUCOSAS NASAL,         
ORAL, ESOFÁGICA, RUMINAL E DO         
OMASO, COM SALIVAÇÃO EXCESSIVA​,       
com posterior ​ULCERAÇÃO E       
FORMAÇÃO DE CROSTAS​. Geralmente o         
local de predileção das lesões de           
estomatite papular são ​MAIS       
CONCENTRADAS NO PALATO MOLE​,       
ocasionalmente pode acometer ​esôfago       
e rúmen​, enquanto a ​AFTOSA TEM           
LESÕES PRINCIPALMENTE NA GENGIVA​.       
Em vacas leiteiras pode-se observar         
lesões também na ​glândula mamária​. É           
uma doença ​AUTOLIMITANTE em 4-7         
dias​. 
 
-----------​Ectima contagioso​---------- 
Também causada por     
Parapoxvirus​, acometendo ​OVINOS E       
CAPRINOS com lesões de ​PÁPULAS,         
VESÍCULAS E PÚSTULAS, SEGUIDAS DE         
EROSÕES, ULCERAÇÕES E CROSTAS que         
as recobrem nas regiões de ​OLHOS,           
BOCA, NARINAS, FOSSAS NASAIS, EM         
CASOS MAIS GRAVES NA PELE DA           
REGIÃO INGUINAL, VULVA, ÂNUS,       
PREPÚCIO, MEMBROS, ORELHAS E       
CAUDA dos animais​, são mais comuns           
nas ​comissuras labial e nasal​.         
Geralmente é ​AUTOLIMITANTE em 1-4         
semanas​. 
-----​Estomatites necrotizantes​----- 
Causadas pela ​BACTÉRIA     
Fusobacterium necrophorum​, bactéria     
comensal presente no solo, sujeira,         
rúmen (​RUMINITE NECROTIZANTE​), etc​.       
Ela é uma ​bactéria oportunista​, ou seja,             
não causa lesão, mas sim ​DEPENDE DE             
LESÕES PRÉVIAS​, nessas lesões o         
Fusobacterium ​se instala e ​PRODUZ         
LESÕES NECRÓTICAS SEVERAS COM       
MEMBRANAS DIFTÉRICAS​, ou seja ​por         
baixo da membrana fibrinosa       
(​PSEUDOMEMBRANA 
FIBRINONECRÓTICA​) existem ​ÚLCERAS     
E MATERIAL NECRÓTICO BEM       
INFLAMADOS​, com ​ODOR FORTÍSSIMO       
nauseabundo​. 
Essas lesões causam ​dificuldade       
de se alimentar, anorexia, febre, ​HÁLITO           
FÉTIDO E EDEMA DE QUEIXO​. 
 
- ------​Estomatite eosinofílica​------ - 
Em ​CÃES E GATOS​, seu nome           
eosinofílico vem da histopatologia, que         
identifica muitos eosinófilos na lâmina,         
provavelmente devido a ​DOENÇA       
AUTOIMUNE​, com ​FORMAÇÃO DE       
NÓDULOS FIRMES QUE SÃO       
GRANULOMAS INFLAMATÓRIOS QUE     
ULCERAM NA CAVIDADE BUCAL,       
AFETANDO GENGIVA, LÁBIOS, PALATO,       
FARINGE E TAMBÉM OS LINFONODOS         
REGIONAIS DE DRENAGEM​. 
Devido às lesões os animais         
apresentam ​irritação, anorexia,     
desidratação, dificuldade para se       
higienizar​. 
 
- -​Estomatite linfoplasmocitária​- - 
IDIOPÁTICA DE FELINOS​, seu       
nome também vem da histopatologia, é           
semelhante à eosinofílica porém ​MAIS         
ULCERATIVA DO QUE     
GRANULOMATOSA​, afetando também     
região de cavidade bucal,       
principalmente de ​LÁBIOS, GENGIVAS,       
FARINGE​, etc, causando a doença         
chamada de ​GENGIVO-ESTOMATITE     
CRÔNICA FELINA, GENGIVO-     
ESTOMATITE LINFOPLASMOCITÁRIA   
FELINA OU AINDA COMPLEXO       
GENGIVITE-ESTOMATITE-FARINGITE 
DOS FELINOS​. 
Devido às lesões os animais         
apresentam ​irritação, anorexia,     
desidratação, dificuldade para se       
higienizar​.---------​Hiperplasia gengival​--------- 
É ​mais frequente em       
BRAQUICEFÁLICOS​, sendo que ​quanto       
PIOR A OCLUSÃO E MAIS VELHO O             
ANIMAL​, maior as possibilidade de         
ocorrência​. Pode ser também uma         
RESPOSTA À IRRITAÇÃO​, como na         
gengivite por tártaro​. É basicamente um           
calo na tentativa de proteger a gengiva             
contra as irritações​. 
Dependendo da progressão e       
seus tamanhos ​PODE “ENTERRAR” A         
DENTIÇÃO DIFICULTANDO A     
MASTIGAÇÃO​. 
 
--------- --------​Epúlide​------------------ 
NEOPLASIA DE LIGAMENTO     
PERIODONTAL​, geralmente ​benigna​,     
exceto pelo ​TIPO ACANTOMATOSO QUE         
INVADE OS OSSOS​. Deve ser         
diferenciada da hiperplasia gengival​.  
Hiperplasia Epúlide 
-​Carcinoma de células escamosas​- 
Ou ​CARCINOMA EPIDERMOIDE​, é       
uma ​NEOPLASIA DE EPIDERME       
podendo ser ​causada pelo sol em           
ANIMAIS DE ÁREAS DESPIGMENTADAS,       
COMO LÁBIOS, NARINAS, ORELHAS,       
PERÍNEO​, etc. No sistema digestório é           
comum na ​LÍNGUA E TONSILAS​, os de             
língua (cavidade oral) ​podem ou não           
fazer metástase para os linfonodos​,         
enquanto que os de tonsilas muito           
provavelmente farão​. Mesmo assim       
ambos são ​BEM INVASIVOS E         
DESTRUTIVOS LOCALMENTE como     
qualquer carcinoma de células       
escamosas. 
 
---------------​Melanoma​--------------- 
Pode ocorrer na cavidade bucal,         
EM CÃES GERALMENTE É MALIGNA​. 
 
------​Papilomatose oral canina​------ 
NEOPLASIA BENIGNA​, é mais       
comuns em ​animais jovens, menos de 1             
ano de idade​, ​IMUNOLOGICAMENTE       
PREMATUROS/FRACOS QUE NÃO     
CONSEGUEM COMBATER O VÍRUS​. A         
papilomatose pode ocorrer ​em todo o           
corpo e é transmitida pelo ​PAPILOMA           
VÍRUS CANINO DA FAMÍLIA       
Papovaviridae​, um papovavírus, que       
impede a apoptose ou interfere na           
replicação gerando ​proliferação celular       
no estrato basal​, o que leva ao             
CRESCIMENTO DE NÓDULOS     
VEGETANTES por todo o corpo, no           
sistema digestório se tem na ​LÍNGUA,           
GENGIVAS, LÁBIOS, PALATO, FARINGE E         
EPIGLOTE​. 
É comum que, ​QUANDO       
CRESCEM, DEVIDO A MELHORA DA         
IMUNIDADE, SE CUREM     
ESPONTANEAMENTE​. 
--------- ---​Actinobacilose​----- ------- 
Patologia ​ESPECÍFICA DA LÍNGUA       
causada pelo ​Actinobacillus lignieresii       
causando a doença conhecida como         
LÍNGUA DE PAU em bovinos​, mais           
frequentemente, e em ​equinos e ovinos,           
ocasionalmente​. Essa bactéria produz       
PIOGRANULOMA NO INTERIOR DA       
LÍNGUA QUE INDUZ A PROLIFERAÇÃO         
DE TECIDO CONJUNTIVO e ​DEIXANDO-A         
MAIS FIRME​. Podem ainda ocorrer         
erosões e úlceras na superfície da           
língua​. 
 
------------​Esôfago​---- -------- 
--------------​Megaesôfago​----- -------- 
DILATAÇÃO DO ESÔFAGO     
causada por ​RELAXAMENTO DA       
CÁRDIA, FALHA NA INERVAÇÃO,       
PERSISTÊNCIA DO QUARTO ARCO       
AÓRTICO DIREITO que comprime o         
esôfago levando a ​acúmulo de ingesta           
dentro do esôfago​.  
O ​megaeôfago por persistência       
do quarto arco aórtico ​NÃO OCORRE           
ENQUANTO O ANIMAL É LACTENTE​,         
visto que o ​LÍQUIDO CONSEGUE         
PASSAR PELO ESTREITAMENTO​, mas       
sim quando se tem ​a troca por             
alimentação seca, levando a       
REGURGITAÇÃO E DISFAGIA​.  
 
--------​Acalasia cricofagingea​-------- 
Comida ​PASSA PELA BOCA MAS         
NÃO PASSA PELA GARGANTA devido ao           
RELAXAMENTO INADEQUADO DO     
LIGAMENTO CRICOFARÍNGEO o que leva         
e ​REGURGITAÇÃO E DISFAGIA​, mais         
uma vez, apenas quando ​passada da           
dieta líquida para a seca (desmame).           
Menos frequente em cães. 
 
----------------​Esofagite​-------- -------- 
Inflamação da mucosa esofágica       
devido à ​VÔMITOS CRÔNICOS ou         
REFLUXO nos quais há ​CONTATO DA           
MUCOSA ESOFÁGICA COM O MATERIAL         
DE pH ÁCIDO VINDO DO ESTÔMAGO​,           
porém o esôfago ​não possui proteção o             
que leva a formação de ​EROSÕES E             
ÚLCERAS EM SUA MUCOSA​. Como o           
esôfago está sempre com o lúmen           
fechado, a não ser que esteja passando             
comida, essas ​LESÕES SÃO FORMADAS         
DE FORMA LINEAR​, apenas com as           
partes que tiveram contato com o           
material ácido. 
 
Lúmen fechado 
 
Lesões lineares 
 
---------------​Obstrução​---------/------ 
Por ​LARANJA, LIMÃO, OU ALGO         
QUE FICA PRESO NO ESÔFAGO​, se for             
uma ​OBSTRUÇÃO TOTAL causa       
TIMPANISMO em bovinos rapidamente​,       
além disso essa obstrução leva ao           
ESTRANGULAMENTO DO SANGUE     
NAQUELA REGIÃO DO ESÔFAGO       
CAUSANDO ISQUEMIA E DEPOIS       
NECROSE​, ​esses locais geralmente são         
na ​GARGANTA, ENTRADA DO ESÔFAGO         
NA CAVIDADE TORÁCICA, ESÔFAGO NA         
BASE DO CORAÇÃO E NA REGIÃO DE             
CÁRDIA​. Quando há ingestão de         
material perfurocortantes pode     
perfurar a mucosa levando a ​processo           
infeccioso severo​. 
 
------------- ---​Parasitas​------- --------- 
Gongylonema​ sp. 
Nematoide que fica na       
submucosa do esôfago de ruminantes,         
equinos e suínos, ​NÃO PATOGÊNICO​. 
 
Gasterophilus ​sp. 
Parasita de equinos cuja ​LARVA         
PODE ESTAR NO ESÔFAGO, ESTÔMAGO         
E ATÉ DUODENO​. Geralmente ​não são           
muito patogênicos​, podendo causar       
lesões de ​erosões e úlceras nos locais             
onde se prendem​, mas geralmente seu           
número é pequeno e isso ​não ocorre​. 
 
Spirocerca lupi 
Parasita de cães que forma         
GRANULOMAS NA SUBMUCOSA DO       
ESÔFAGO E ESTÔMAGO​, sua migração         
pela aorta pode causar sequelas como           
aneurisma​, pode ainda ​induzir a         
formação de neoplasias​.  
 
-- ​Coloração das mucosas​-- 
Coloração ​NORMAL É RÓSEA​,       
quando ​PÁLIDAS, PERLÁCEAS (cor de         
pérola) ou ​BRANCAS INDICA ANEMIA​,         
que pode ser leve quando levemente           
pálida, ou severa quando brancas.         
VERMELHO VIVO OCORRE DEVIDO A         
HIPEREMIA E PODE INDICAR       
INFLAMAÇÃO​. ​VERMELHO TIJOLO     
INDICA CONGESTÃO​, pode ser       
encontrada em ​CASOS DE TOXEMIA​.         
AZULADA OU CIANÓTICA É DEVIDO A           
FALTA DE OXIGÊNIO que pode ser           
devido a insuficiência cardíaca, doença         
pulmonar, falta de sangue, frio.         
AMARELADAS OU ATÉ LARANJAS       
INDICAM ICTERÍCIA​. 
 
COLORAÇÃO 
DA MUCOSA 
RELACIONA
DA A 
PODE SER 
POR 
Rósea Normal - 
Pálida, perlácea, 
branca Anemia 
Parasitoses 
como 
hemoncose, 
anemia 
hemolítica, 
babésia, 
anaplasma... 
Vermelho vivo Hiperemia Inflamação 
Vermelho tijolo Congestão Septicemia, ICC... 
Azulada ou 
cianótica Hipóxia 
ICC, doença 
pulmonar, 
falta de 
sangue, frio 
Amareladas ou 
alaranjadas Icterícia 
Doença 
hepática, 
hemólise 
extravascular 
 
-------------​Rúmen​------------- 
A coloração da mucosa ruminal         
MUDA DE ACORDO COM A         
ALIMENTAÇÃO​, quanto ​MAIS     
PASTAGEM MAIS ESCURA​, se se         
alimenta de ​MUITO LEITE OU GRÃOS           
MAIS CLARA a coloração das papilas           
ruminais. 
 
 
-------------​Paraqueratose​---- -------- 
Devido a ​BAIXA CONCENTRAÇÃO       
DE FIBRA NA DIETA as ​PAPILAS           
RUMINAIS PRODUZEM MATERIAL     
QUERATINIZADO E VÃO SE ADERINDO         
UMAS AS OUTRAS ​perdendo sua         
individualidade e, consequentemente,     
ÁREA DE SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO​. A           
paraqueratose pode ​SER LEVE,       
MODERADA OU SEVERA​, em animais         
criados no confinamento é esperado         
um pequeno grau de paraqueratose         
sendo ​considerado como lesão sem         
significado​, mas, mesmo no       
confinamento não é esperadoacometimento severo das papilas.  
 
---------​Timpanismo ruminal​--------- 
É o ​ACÚMULO DE GÁS no rúmen,             
devido a ​OBSTRUÇÕES que podem         
impedir a saída do gás formado total ou               
parcialmente​, ou por ​FORMAÇÃO DE         
ESPUMA devido a ​alta concentração de           
proteínas na dieta​. 
 
Timpanismo gasoso 
É causado por ​OBSTRUÇÃO       
PARCIAL (​crônico​, pode ser causado por           
neoplasias como carcinoma de cárdia         
que obstrui parcialmente) ​OU TOTAL         
(​agudo, de uma hora pra outra, como             
por uma ​laranja presa no esôfago​),           
respectivamente com ​DIMINUIÇÃO E       
AUSÊNCIA NA ERUCTAÇÃO​. Além das         
obstruções pode ser causado por         
FALTA DE ESTÍMULO DE LASTRO         
EXCITATÓRIO (quantidade de fibra       
ingerida mínima para se estimular a           
ruminação e eructação corretamente),       
PRODUÇÃO DE DISSULFETO DE       
HIDROGÊNIO H​2​S que acreditasse que         
amortece as terminações nervosas       
fazendo com que o estímulo normal           
não seja o suficiente, ou por ​ESPASMOS             
EXCITATÓRIOS REFLEXOS​.  
Por algumas dessas causas       
ocorre ​ACÚMULO DE GÁS EXPANDINDO         
O RÚMEN que pode ​COMPRIMIR O           
CARDIORRESPIRATÓRIO levando a     
morte por insuficiência     
cardiorrespiratória​, pode ​COMPRIMIR     
TAMBÉM VASOS​, principalmente a cava         
caudal causando congestão​, essa       
compressão pode causar uma       
delimitação no esôfago que pode ser           
observada na necropsia, chamada de         
LINHA TIMPÂNICA​, devido ao ​aumento         
da pressão impedindo a perfusão do           
sangue da cabeça e pescoço de volta             
para a cavidade torácica, assim como a             
volta de sangue das pernas​. Em ​CASOS             
MUITO AGUDOS PORÉM, PODE SER QUE           
NÃO HAJA TEMPO DE SE FORMAR A             
LINHA TIMPÂNICA​.  
 
Timpanismo espumoso 
Ocorre pela ​FORMAÇÃO DE UMA         
ESPUMA ESTÁVEL pela ​GRANDE       
QUANTIDADE DE PROTEÍNAS     
(leguminosas como o trevo ou até           
gramíneas como aveia e azevém) ​OU           
CLOROPLASTOS NA ALIMENTAÇÃO do       
ruminante que ​não está habituado         
aquele tipo de alimentação​, a ​AUSÊNCIA           
DE SALIVAÇÃO TAMBÉM AJUDA NA         
FORMAÇÃO DO TIMPANISMO     
ESPUMOSO uma vez que a ​SALIVA           
AJUDA A EVITAR A FORMAÇÃO DAS           
BOLHAS​, essa menor salivação pode         
ocorrer em casos de ​pastagem         
molhada pelo orvalho o que necessita           
de menor salivação do animal para           
engolí-las​, ou seja, deve-se cuidar as           
pastagens ricas em orvalho.  
Essa proteína faz com que ​O GÁS             
NÃO SE SEPARE DA FASE LÍQUIDA NO             
RÚMEN​, mas sim ​FICAR PRESO         
FORMANDO BOLHAS PEQUENAS DE       
GÁS​, ficando retido e levando ao           
timpanismo. Para reverter pode ser         
administrado ​óleo mineral que diminui         
a tensão superficial e libera as bolhas             
para serem eructadas​, porém devido ao           
tempo de evolução rápido (2-3h) após a             
ingestão das pastagens muitas vezes         
não dá tempo de reverter. 
No espumoso também pode       
ocorrer a formação da linha timpânica. 
 
OBS: Também pode ocorrer o         
TIMPANISMO CADAVÉRICO com a       
morte e ​autólise dos tecidos produzindo           
gás que não é eructado já que o animal                 
morreu, deve ser diferenciado dos         
outros, nesse ​não há linha cadavérica           
uma vez que o sangue não flui mais​,               
sendo a linha timpânica um indicativo           
de timpanismo em vida.  
 
------------​Acidose ruminal​------------ 
DIETA RICA EM CARBOIDRATOS       
SOLÚVEIS (concentrado) como     
alimentos ​ricos em amido (milho) leva           
a ​ACIDOSE RUMINAL PELA RÁPIDA         
FERMENTAÇÃO DO AMIDO EM ÁCIDOS,         
PRINCIPALMENTE O LÁTICO​, que leva a           
um ​DESEQUILÍBRIO NO pH RUMINAL         
que normalmente é de 6,2, causando           
morte dos ​Streptococcus bovis ​e         
facilitando a proliferação da microbiota         
gram positiva como bactérias do         
gênero ​Lactobacillus que produzem       
ainda mais ácido lático deixando o pH             
ainda mais baixo causando lesões na           
mucosa ruminal, com o tempo ​parte           
desse ácido é ​ABSORVIDO PELA         
CORRENTE SANGUÍNEA CAUSANDO     
ACIDOSE METABÓLICA​. 
O baixo pH ruminal causa         
LESÕES EM SUA MUCOSA FORMANDO         
ÚLCERAS ATRAVÉS DAS QUAIS       
MICRORGANISMOS PRESENTES NO     
RÚMEN PASSAM PARA A CORRENTE         
SANGUÍNEA e são ​LEVADOS AO FÍGADO           
PELA CIRCULAÇÃO PORTAL​, onde       
formam ​ABSCESSOS QUE PODEM SE         
ROMPER E CAUSAR     
TROMBOEMBOLISMO DE CAVA CAUDAL       
e/ou ​se disseminar (principalmente       
fungos ​Mucor​, Rhizopus ​e Absidia         
causando ​placentite micótica e       
tromboembolismo renal​, a bactéria       
Fusobacterium necrophorum também     
pode se ​disseminar causando difteria​),         
principalmente ​PARA O CORAÇÃO       
CAUSANDO ENDOCARDITE​, ​PULMÕES     
CAUSANDO PNEUMONIA ou também       
outras enfermidades como ​LAMINITE E         
TIMPANISMO (pH leva ao ​baixo tônus           
muscular do rúmen que dificulta a           
eructação causando o timpanismo​),       
além disso há ​aumento da saída de             
água para dentro do rúmen causando           
DESIDRATAÇÃO do animal e       
HEMOCONCENTRAÇÃO​, o que complica       
ainda mais o quadro do ruminante​.  
DEPENDENDO DO GRAU das       
lesões causadas ao rúmen, elas         
CICATRIZAM normalmente​, porém com       
PERDA DA SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO​,         
DIMINUINDO ASSIM A CAPACIDADE       
ABSORTIVA DO ÓRGÃO​. 
 
---------- ------​Ruminite​--------- ------- 
Pode ocorrer secundária a       
acidose ruminal, na qual as lesões           
causadas pelo pH levam a inflamação e             
infecção do rúmen. 
 
Ruminite química 
Ou acidose lática decorre da         
ingestão/presença de leite no rúmen de           
e retículo de bezerros ou por ingestão             
de excesso de grãos com fermentação           
e produção de ácido lático causando           
úlceras, abomasite química, diarreia,       
acidose ruminal, abscessos,     
endocardite, etc. 
 
Reticulopericardite traumática 
Ingestão de objetos pontiagudos       
que, devido às contrações caudodorsais         
e cranioventrais do rúmen, são levados           
para o retículo que também contrai           
podendo fazer com que esse objeto           
fique preso na mucosa reticular sem           
perfurá-la, pode perfurar apenas a         
mucosa do retículo causando a         
reticuloperitonite traumática, perfurar     
retículo e coração (mais comum devido           
a localização do órgão cranioventral)         
causando reticulopericardite   
traumática, ou então perfurar outros         
órgãos como fígado ou baço,         
respectivamente, retículo-hepatite   
traumática e retículo-esplenite     
traumática. 
Pode ainda perfurar o nervo vago           
causando indigestão vagal e       
timpanismo. Além disso se tem severo           
processo inflamatório e infeccioso       
causado pelos agentes contaminantes.       
Dependendo do órgão acometido junto         
ao retículo se tem formação de           
abscessos, grande quantidade de fibrina         
no peritônio (peritonite), pericardite e         
ICC com edema de peito e barbela, etc. 
Para verificação da     
reticulopericardite traumática deve-se     
buscar áreas de aderência entre retículo           
e diafragma, além da abertura dos           
órgãos e busca pelo objeto que os             
perfurou, porém dependendo do       
material e tempo de evolução esse           
objeto pode não ser mais encontrado. 
 
Neoplasias 
Linfossarcomas causados por     
Leucose enzoótica bovina tem o rúmen           
como um dos locais de predileção.           
Tambémpodem ser encontrados       
carcinomas de células escamosas       
causados ou não pela ingestão crônica           
de samambaia ​Pteridium arachnoideum​,       
quando em área de cárdia pode obstruir             
a saída dos gases causando timpanismo           
gasoso crônico, quando afetam o nervo           
vago podem causar indigestão vagal. 
 
Impactação de omaso 
Pela ingestão de alimentos muito         
secos que ficam trancados no omaso, é             
raro de ocorrer, porém impede a           
passagem do alimento para o abomaso. 
 
Hipoplasia de omaso 
Também raro, é uma patologia         
congênita que não permite a passagem           
do alimento de partículas maiores e           
mais sólido do retículo para o abomaso,             
não sendo problema enquanto o         
ruminante ainda é lactente. 
 
Estômago 
Deslocamento de abomaso 
Para esquerda ou direita ocorre         
comumente em animais leiteiros de         
alta produção após o parto ou metrites.             
Em bovinos leiteiros a alimentação com           
excesso de concentrado aumenta a         
produção de gás no abomaso, aumenta           
a concentração de ácidos graxos         
voláteis que diminuem/inibem a       
motilidade abomasal causando atonia       
abomasal e fazendo com que o gás             
produzido e a ingesta do abomaso           
fiquem retidos e causem distensão e           
deslocamento. Outros fatores podem       
ser predisponentes como balanço       
energético negativo no pré parto,         
doenças que causem inapetência ou         
anorexia, cetose, lipidose hepática,       
hipocalcemia que afeta a motilidade do           
abomaso, volume ruminal menor       
facilitando o deslocamento das demais         
câmaras, principalmente abomaso,     
período pós parto no qual o espaço             
antes ocupado pelo útero fica “livre”           
permitindo a maior facilidade para         
deslocamento de abomaso, além de         
mastite, metrite e retenção de placenta           
porém sem relação de causa-efeito         
elucidadas. 
 
Estenose hipertrófica de piloro 
Proliferação hipertrófica da     
mucosa do estômago formando pregas         
mais volumosas que ocupam a luz           
estomacal deixando pouco espaço para         
o alimento. Pode ocorrer na mucosa,           
submucosa ou muscular. É mais         
frequente em cães jovens causando         
retardo no esvaziamento do estômago,         
vômitos e retardo no crescimento.  
 
Dilatação e torção gástrica 
Mais importante gastropatia em       
pequenos animais. Ocorre em cães de           
porte grande que possuem maior         
espaço na cavidade torácica e         
consequentemente abdominal deixando     
livre um maior espaço para o estômago             
torcer em seu próprio eixo levando a             
congestão e outros distúrbios       
circulatórios em maior ou menor grau           
dependendo do grau de torção, 180​o ou             
360​o​. 
Ingestão de grandes quantidades       
de alimento de uma vez só dilatam o               
estômago que, depois com o cão           
correndo ou rolando com o estômago           
cheio, leva a sua torção com acúmulo             
de secreção gástrica que é absorvida           
causando acidose metabólica,     
compromete a circulação pela torção         
da cava caudal e da porta causando             
hipotensão que compromete função       
renal, cardíaca e respiratória.  
Na necrópsia se tem o estômago           
dilatado e torcido com congestão,         
hemorragia, edema e, dependendo do         
tempo de evolução, necrose e até           
ruptura, sendo a ruptura mais comum           
em outras espécies acometidas pela         
torção como equinos e suínos (em           
equinos geralmente é secundário a         
cólica). Devido a torção gástrica pode           
haver congestão severa do baço,         
descrito como baço em bumerangue. 
 
Gastrite catarral 
Inflamação do estômago com       
maior produção de muco, mais comum           
no fundo ou corpo do estômago. Pode             
ser causada por bactéria, maior         
produção de suco gástrico, etc, com           
apresentação macroscópica de     
hiperemia, espessamento da mucosa. 
 
Gastrite hemorrágica 
Normalmente não associada à       
úlceras, pode conter muco, mas o           
sangue é o principal componente.         
Caracterizada por hiperemia mais       
intensa e sangue livre na luz estomacal.             
Diferente de hemorragia (que está         
associada a úlceras), na qual se tem             
grande quantidade de sangue livre ou           
então coágulos. 
 
Gastrite hipertrófica 
Pregas estomacais inflamadas e       
proliferadas causando letargia, vômito,       
emaciação, anorexia prolongada,     
anemia, icterícia pode ser causada por           
irritação, hepatopatias, evolução da       
catarral e hemorrágica. 
 
Gastrite urêmica 
Mais comum em cães, acomete         
animais com doença renal crônica na           
qual o mal funcionamento dos rins           
impede a excreção de uréia que fica             
retida causando uremia. A ureia então           
causa lesões cáusticas em diversos         
órgãos inclusive estômago causando       
edema acentuado, úlceras e       
mineralização metastática e distrófica. 
 
Úlceras 
Mais comuns em suínos e         
bovinos, principalmente relacionadas a       
estresse, com aumento da produção de           
cortisol que aumenta produção de suco           
gástrico, também pode ocorrer na         
síndrome de Cushing. Antinflamatórios       
não esteroidais interferem na produção         
de prostaglandinas protetoras gástricas       
(protegem por redução da secreção         
gástrica e aumento da produção de           
muco) tornando a mucosa mais exposta           
à hipersecreção gástrica. Também pode         
ocorrer por parasitas estomacais. 
As lesões começam como       
erosões que se tornam úlceras que           
podem ou não sangrar dependendo dos           
vasos que se encontram abaixo da           
mucosa. Dependo do calibre do vaso           
afetado pode matar o animal ou então             
formar coágulos no     
estômago/abomaso, são piores quando       
na curvatura maior devido a menor           
irrigação que deixa a cicatrização mais           
demorada. Geralmente essas úlceras se         
concentram nas regiões não       
glandulares (aglandulares)   
principalmente em equinos que       
possuem essa porção maior, ocorre         
mais em potros sem causa definida, em             
pequenos animais podem estar       
relacionadas com mastocitomas que       
aumentam a produção de HCl.  
A granulometria da ração       
também é importante, principalmente       
para suínos, visto que quanto menor o             
grão, mais rápido ele fermenta e mais             
ácido fica o pH gástrico favorecendo as             
úlceras. 
 
Impactação de estômago 
Mais comum em equinos pela         
ingestão de alimentos secos/fibrosos       
sem triturar adequadamente     
geralmente por dentição pobre, que         
acabam ficando retidos no estômago,         
fermentando e produzindo toxinas que         
são absorvidas causando endotoxemia       
que pode levar a laminite no equino. 
 
Corpos estranhos  
Geralmente achados de     
necropsia, mais comuns em gatos         
(bolas de pelo) normalmente se         
lambem, bovinos e suínos por algum           
tipo de estereotipia. Podem ser bolas de             
pelo, piloconcrementos, bezoares,     
fitobezoares, tricobezoares, etc. 
Podem ter tamanhos variados e         
geralmente não afetam o       
funcionamento do estômago. 
 
Parasitas  
Gasterophilus sp. ​e ​Draschia       
megastoma em equinos, não muito         
comuns. ​Hyostrongylus ​sp. em suínos.         
Em ruminantes ​Ostertagia​,     
Haemonchus​, ​Teladorsagia circumcincta     
(pequenos).  
 
Neoplasias 
Principal em bovinos é       
linfossarcoma por LEB, sendo o         
abomaso um dos locais de predileção           
dessaneoplasia, formando placas       
amarelo esbranquiçadas. 
Papilomatoses, normalmente   
sem significado clínico. 
Carcinomas de células     
escamosas pela ingestão crônica de         
samambaia. 
Adenocarcinomas e adenomas,     
também podem acontecer. 
 
Plantas tóxicas  
Baccharis sp. 
Planta cáustica que causa lesões         
semelhantes à acidose ruminal. 
 
Senecio  
Pode causar edema de pregas         
abomasais. 
 
Intestino 
Anomalias do desenvolvimento 
Atresia anal 
Ou atresia Ani, é uma falha           
congênita na formação do orifício do           
ânus. Também pode ocorrer no cólon           
sendo total ou parcial.  
Uma situação que mimetiza a         
atresia é a constrição no final do reto               
por isquemia vascular em casos de           
salmonelose. 
Independente da causa o animal         
desenvolve megacólon, acúmulo de       
fezes no cólon já que não conseguem             
sair.  
 
Megacólon 
Dilatação do intestino grosso,       
pode ser causada pelo acúmulo de           
fezes, lesão nervosa, malformação       
congênita como na atresia anal,         
secundário a salmonelose com atresia         
de reto. 
 
Prolapso retal 
Relativamente comum em     
suínos, principalmente quando     
secundário à diarreia. Em bovinos         
ocorre, de forma mais frequente,         
secundariamente a intoxicação por       
senecio que causa quadros de diarreia,           
constipação e tenesmo nos afetados,         
devido à fibrose hepática que impede o             
fluxo sanguíneo vindo do intestino,         
causando hipertensão portal e       
congestão, essa congestão causa então         
edema das alças intestinais dificultando         
a defecação mesmo que animal faça           
força (constipação e tenesmo), e com o             
aumento da pressão hidrostática nas         
alças a água, então, sai das alças para o                 
lúmen intestinal causando diarreia, que         
em seguida para e volta a ocorrer o               
edema, e assim sucessivamente       
causando períodos de constipação e         
diarreia.  
Independente da espécie animal       
o prolapso retal se relaciona com           
constipação, diarreia e tenesmo, que         
pelo esforço para defecar acaba         
externalizando o reto. 
 
Divertículo de Meckel 
Considerado uma não lesão, é         
um remanescente do ducto       
onfalomesentérico na terminação do       
íleo. 
 
Diarreias 
Podem ser causados por       
diferentes tipos de patógenos, virais ou           
bacterianos, ou por causas não         
infecciosas.  
É considerado diarreia quando se         
tem fezes fluidas, em maior volume e             
frequência.  
 
Má absorção 
Na qual as proteínas e         
carboidratos permanecem na luz       
intestinal e aumentam a pressão         
osmótica fazendo com que mais água           
entre na luz - DIARREIA OSMÓTICA. 
 
Hipersecreção 
Geralmente causada por agentes       
produtores de endotoxinas como ​E. coli​,           
que estimulam a secreção pelas células           
intestinais. 
 
Aumento da permeabilidade 
Causada por lesões ou       
inflamação da mucosa por agentes         
infecciosos. O aumento da       
permeabilidade causado então permite       
a passagem de líquido, células e           
moléculas do sangue para o intestino           
que, dependendo das quantidades não é           
capaz de reabsorver tudo gerando         
diarreia. 
 
Hipermotilidade 
Ingesta passa mais rapidamente       
não dando tempo de absorver         
corretamente o líquido causando       
diarreia. É um mecanismo de defesa no             
qual o intestino faz a rápida passagem             
da ingesta para se livrar de substâncias             
tóxicas ou agentes infecciosos. 
 
A principal consequência de qualquer         
diarreia é a desidratação e perda de             
eletrólitos, podendo levar o animal à           
óbito. Como consequência da       
desidratação tem-se,   
hemoconcentração, hipovolemia,   
aumento do TPC, microtromboses,       
hipóxia, anóxia, isquemia que ativam a           
glicólise anaeróbica que leva a         
hipoglicemia, cetoacidose, acidose     
metabólica por perda de bicarbonatos         
nas fezes (perda de eletrólitos) e falta             
de excreção de H​+ e absorção de             
bicarbonatos pelos rins que ficam         
bastante afetados pela hipovolemia e         
baixa perfusão sanguínea neles. A perda           
de eletrólitos K​+ pode levar a baixa             
atividade neuromuscular, bradicardia e       
choque. 
 
Obstruções intestinais 
Causados por enterólitos, pode       
ser decorrente da passagem para o           
intestino de piloconcrementos,     
fitobezoares, etc que obstruem o lúmen           
intestinal, principalmente em locais de         
estreitamento como na flexura pélvica         
do cólon maior (ou ascendente) e no             
cólon transverso de equinos,       
principalmente Árabes com mais de 4           
anos.  
Esses enterólitos podem ser de         
material mineral também     
principalmente quando as dietas desses         
equinos possuem grande quantidade de         
alfafa, muita concentração de magnésio         
e fósforo que podem sedimentar         
formando pedras, que se forem         
grandes o suficiente podem obstruir. 
Também podem ser causadas       
por impactação por dietas mais         
fibrosas, alimentos muito secos,       
dentição pobre (ingere alimentos em         
partículas maiores), desidratação ou       
após administração de anti helmínticos,         
menos comum. 
 
Estreitamento 
Ou constrição, como o já dito na             
salmonelose em suínos, pode levar a           
obstrução do lúmen de qualquer órgão           
tubular. Algo que fique preso em um             
órgão tubular pode fazer pressão nos           
vasos daquele local, causando isquemia         
e até necrose, dependendo do tamanho           
da lesão pode se resolver e cicatrizar             
formando uma área de estreitamento         
do lúmen. 
 
Intussuscepção 
Quando, por peristaltismo, uma       
alça entra dentro da outra. Esse           
peristaltismo pode estar afetado de         
forma que em uma porção da alça ele é                 
mais rápido enquanto que em uma           
porção subsequente ele é mais lento           
levando a uma alça “engolir” a outra.             
Isso causa falhas na irrigação da alça             
engolida, congestão, isquemia, edema e         
necrose e consequente endotoxemia.       
Devido ao edema que ocorre, uma vez             
que a intussuscepção ocorre não é mais             
possível retirar naturalmente uma alça         
de dentro da outra, dependendo de           
cirurgias para retirada daquele       
fragmento inteiro. 
A hipermotilidade que pode levar         
a intussuscepção pode ser devido a           
diarreia, neoplasias, corpo estranho,       
parasitas, abscessos, etc, ou mesmo ao           
acaso. 
Pode ocorrer pós morte, já que           
as alças permanecem se movendo por           
um tempo ainda. Para diferenciar se           
essa intussuscepção foi antes ou depois           
da morte deve-se observar os         
distúrbios circulatórios presentes na       
alça de dentro, que quando pós morte             
não serão vistos, sendo inclusive         
possível puxar uma de dentro da outra             
pois não há edema. 
 
Necrose linear 
Em região de mesentério 
O mesentério é por onde os           
vasos sanguíneos chegam e depois se           
disseminam para a porção contralateral         
ao mesentério para irrigar as paredes           
das alças intestinais completamente,       
ele também “segura” as voltas que o             
intestino dá. 
 
A necrose dessa área próxima a           
chegada do mesentério, por tanto,         
compromete toda a irrigação para as           
porções contralaterais ao mesentério,       
levando a uma necrose mais extensa           
das porções do intestino.  
Essa necrose pode sercausada         
por corpos estranhos lineares que         
ficam presos em determinado       
momento fazendo isquemia da porção         
mais próxima ao mesentério, corpos         
estranhos como cordas, plástico, meias,         
etc, algo comprido que possa ficar           
preso nas voltas e estreitamentos que o             
intestino dá. 
 
Em região contralateral ao mesentério 
É a mais suscetível à necrose           
visto que é a região mais afastada da               
chegada dos vasos pela região         
mesentérica, os vasos chegam e devem           
dar a volta em toda a alça para enfim                 
chegar à porção contralateral. 
 
Assim casos de obstrução desses         
pequenos vasos no caminho para a           
porção contralateral podem causar       
necrose desta região, como       
tromboembolismos. Porém diferente da       
necrose linear de região de mesentério,           
a da porção contralateral não afeta a             
alça inteira visto que as porções que             
são irrigadas pelos vasos antes da           
obstrução continuam sendo irrigados       
normalmente. 
 
 
Íleo paralítico 
Área de hipomotilidade que       
causa obstrução funcional, a perda dos           
movimentos peristálticos de alguma       
porção do intestino (pode ocorrer em           
qualquer segmento intestinal, não só no           
íleo) leva a ingesta a ficar “presa”             
simplesmente porque ela não se move           
dali, por isso é chamada de funcional,             
diferente da física em que existe algo ali               
impedindo a passagem.  
Em equinos principalmente, é       
comum ocorrer por manipulação       
cirúrgica em que, devido a manipulação           
das alças intestinais durante uma         
cirurgia abdominal, no pós cirúrgico         
essas alças apresentam hipomotilidade.       
Mas pode ocorrer em outras espécies           
também por outros motivos como         
toxemia, peritonite, intoxicação por       
chumbo, tétano, diabetes, uremia,       
distúrbios metabólcios, etc. 
 
Deslocamentos intestinais 
Hérnia 
Pode ser interna ou externa.         
Interna quando uma estrutura da         
cavidade abdominal se desloca ainda         
dentro dessa cavidade, como, por         
exemplo, alça que passa através do           
forame omento ficando presa e         
causando isquemia e necrose dessa         
porção da alça. Hérnia externa é quando             
se tem o deslocamento de alguma           
víscera para fora da cavidade         
abdominal, seja por um orifício natural           
ou adquirido, como por exemplo a           
hérnia diafragmática quando se tem         
ruptura do diafragma com passagem         
de alguma víscera para a cavidade           
torácica, ou então hérnia inguinal,         
umbilical (genética), escrotal, perineal. 
 
Vólvulo 
Rotação sobre o mesentério,       
exemplo intestino “laçado” sobre o         
mesentério. 
 
 
Torção 
Rotação sobre em seu eixo ou           
sobre seu ponto de inserção, exemplo           
torção gástrica ou torção de ceco. 
 
Independente do tipo de deslocamento         
vai ocorrer, em maior ou menor grau,             
distúrbios circulatórios com edema,       
congestão, inflamação, isquemia e       
necrose. 
OBS: “toque do braço positivo” quando           
na palpação retal não saem fezes           
apenas muco, devido a obstrução de           
algum segmento do intestino que         
impede a passagem da ingesta, e sem o               
trânsito de fezes o muco produzido fica             
se acumulando. 
 
Hemomelasma ilei 
Lesão sem significado, placas       
hemorrágicas no íleo. Provavelmente       
áreas hemorrágicas causadas por       
migração parasitária. 
 
Strongylus vulgaris 
São parasitas de vasos       
mesentéricos de equinos e causam         
tromboembolismo ou aneurisma     
nesses vasos. Os tromboêmbolos então         
causam tromboembolismo de vasos       
mesentéricos menores causando cólica       
e isquemia e necrose das alças           
intestinais e ceco. 
 
Doenças do epitélio intestinal 
Causam destruição dos     
enterócitos com atrofia dos vilos,         
levando a má digestão e absorção, com             
diarreia e animal magro/refugo, alguns         
agentes (parvovírus e BVD) causam a           
destruição das células basais impedindo         
a recuperação do epitélio enquanto         
outros agentes causam apenas a         
destruição do epitélio sem afetar as           
células basais, podendo ser tratados e           
se recuperarem. Alguns agentes ainda,         
afetam especificamente o glicocálix       
e/ou microvilosidades, como a ​E. coli​,           
que destroi essas estruturas causando         
diarreia por má absorção.  
 
Bacterianas 
Colibacilose 
Diarreia por ​E. coli​. Pode ocorrer           
em todos os animais especialmente os           
mais jovens, relacionada a ambiente         
contaminado, nutrição, resistência     
genética, falta de colostro, distúrbio de           
imunidade causado por frio, estresse,         
administração de antibióticos,     
superlotação, acidose, etc, qualquer       
coisa que diminua a imunidade. Existem           
cepas benéficas e outras patogênicas         
que podem estar associadas a outras           
doenças, principalmente virais, como as         
causadas por coronavírus e rotavírus.  
A morbidade e mortalidade varia,         
dependendo da cepa, da imunidade, etc.           
Sua particularidade é que não deixa           
lesões, nem macro ou microscópicas. 
 
Enterotoxemia 
É a forma de colibacilose mais           
frequente nos animais jovens,       
disseminada por aerossóis entre os         
animais, ou então por fômites, veículos,           
e até os tratadores. Ela dura em média               
2 dias a 3 semanas e causa diarreia               
secretória (por hipersecreção) por ação         
das toxinas da ​E. coli ​nos enterócitos             
deixando as fezes brancas a         
amareladas, pastosas a líquidas. Não         
produz lesões macro ou micro podendo           
ser observado o intestino delgado         
flácido, dilatado e cheio de fluido o que               
não é diagnóstico. Mesmo com o           
isolamento bacteriológico não se tem         
resultado já que são bactérias         
comensais normais do intestino. 
 
Septicêmica 
Menos comum, ocorre em       
animais recém nascidos com baixíssima         
imunidade por falta de colostragem.         
Essa bactéria se dissemina pelo         
organismo causando infecções nos       
pulmões, coração, meninges. 
 
Enterohemorrágica  
Causada por uma cepa produtora         
de toxina que queima a mucosa           
entérica causando hemorragia com       
lesões encontradas no cólon e reto.           
Acomete animais jovens     
principalmente, mas pode ocorrer em         
adultos (mesmo que em adultos seja           
mais comum por clostridioses) 
 
Doença do edema 
Única doença causada por ​E. coli           
que apresenta lesões. Ocorre em         
suínos, principalmente nas trocas de         
fase/trocas de alimentação, na qual a ​E.             
coli não causa diarreia, mas sim edema             
por produção de uma toxina que causa             
lesão endotelial, esses edemas ocorrem         
nas pálpebras, testa, mucosa gástrica,         
vesícula biliar, mesentério, cólon espiral         
(ou ascendente) e mesocólon (do cólon           
ascendente). Pode, às vezes, causar         
malácia cerebral pela toxina,       
apresentando sinais clínicos nervosos       
como convulsões, tremores, andar       
cambaleante. 
 
Colibacilose pós desmame 
Com a mudança para a ração. 
 
Salmonelose 
Diarreia aguda ou crônica       
branco-amarelada ou amarelada,     
fibrinonecrótica causada por     
Salmonella enterica em diferentes       
sorovares. Cada espécie animal possui         
diferentes salmonelas comensais     
intestinais que, por desregulação da         
microbiota e imunidade podem causar a           
doença,assim como aquelas com que           
nunca entraram em contato e possui           
maior chance de causar a doença na             
forma mais severa e até fatal, por             
exemplo, em bovinos a que causa a             
doença mais severa a fatal é o sorovar               
Typhimurium​. 
A salmonelose está,     
normalmente, relacionada a lesões no         
intestino grosso, região de cólon, mas           
pode afetar também as partes finais do             
intestino delgado. Em equinos a forma           
mais grave causa uma colite fatal. Em             
bovinos causa diarreia febril com         
pseudomembranas, normalmente fatal,     
dependo da patogenicidade do sorovar.         
Em cães diarreia aguda tratável. Em           
gatos pode causar enterocolite febril         
fatal. Em suínos enterocolite ou então           
fatal por septicemia. 
As lesões apresentam bastante       
deposição de fibrina, normalmente       
formando uma membrana/placa de       
fibrina sobre as placas de Peyer,           
principalmente no intestino grosso,       
pseudomembranas fibrinonecróticas,   
em suínos a lesão é chamada de             
“botões pestosos” placas circulares       
brancas de fibrina sobre as placas de             
Peyer. Podem possui linfadenopatia dos         
linfonodos mesentéricos, pode ter       
microgranulomas no fígado, artrite,       
infarto, meningoencefalite, e em lesões         
de septicemia em suínos (ventre ou           
orelhas azulados/arroxeado). Em     
equinos tende a ser hemorrágica. 
 
Septicemia superaguda 
Não é comum, pode ocorrer em           
bovinos e suínos, menos       
frequentemente, e em equinos com         
maior frequência, principalmente de       
animais que passaram por       
antibioticoterapia (alteração da     
microbiota) causada pela ​S.       
choleraesuis ​(suínos). Causa quadro de         
septicemia e cianose. 
 
Enterite aguda 
Ou salmonelose aguda, mais       
comum, é uma enterite fibrinonecrótica,         
causada normalmente pela     
Typhimurium ​(bovinos), forma as capas         
de fibrina nos intestinos. Pode causar           
colecistite fibrinosa com formação de         
um cilindro de fibrina em seu interior             
que é descrito como patognomônico         
para salmonelose. 
 
Enterite crônica 
Ou salmonelose crônica, ocorre       
em suínos, bovinos e equinos causando           
focos discretos de necrose e ulcerações           
na mucosa do ceco e cólon formando a               
capa de fibrina por cima, botões           
pestosos, também é uma enterite         
fibrinonecrótica. A cicatrização dessas       
lesões e a trombose vascular causada           
pela salmonela pode levar a baixa           
perfusão retal e consequentemente       
atresia retal e megacólon. 
 
Clostridioses 
Clostridiose intestinal causada     
pelo ​Clostridium perfringens ​e seus         
subtipos (A até E) produzindo toxinas           
diferentes. Eles fazem parte da         
microbiota intestinal normal impedindo       
que o isolamento bacteriano seja         
decisivo para o diagnóstico, assim como           
nas colibaciloses. 
As diarreias causadas por       
clostrídios geralmente são     
extremamente severas e agudas.       
muitas vezes sequer ocorre a         
manifestação da diarreia sanguinolenta       
pois o animal morre antes de sair. 
 
Tipo A 
Em cães causa diarreia       
hemorrágica, antigamente chamada de       
colite X, por causar necrose de           
coagulação da mucosa do intestino com           
destruição das vilosidades. Pode ser         
aguda ou crônica, respectivamente       
durando 1 e 2-4 semanas, normalmente           
sem causar morte dos animais         
acometidos, mas com bastante       
desidratação. 
Em bovinos adultos,     
principalmente de leite, causa síndrome         
do jejuno hemorrágico, que é enterite           
necro-hemorrágica causando diarreia     
hemorrágica de curso hiperagudo e         
normalmente fatal, podendo matar o         
animal antes mesmo deste apresentar         
a diarreia. Na necropsia se tem alças             
intestinais distendidas com hemorragia       
na serosa e no lúmen podendo ser             
sangue líquido ou então na forma de             
coágulos, com a mucosa bem         
avermelhada.  
SJH com coágulos na luz intestinal:           
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DwRk/ 
SJH com sangue líquido na luz:           
https://www.instagram.com/p/CBap5FR
j5XY/ 
 
Tipo B 
Causa a disenteria dos cordeiros,         
principalmente daqueles com menos de         
3 semanas de idade. Tem curso agudo             
causando diarreia aquosa     
sanguinolenta, dor abdominal e       
decúbito, ou então podem morrer sem           
mesmo apresentar sinais. 
 
Tipo C 
Antes descrito como causador da         
síndrome do jejuno hemorrágico, hoje já           
descreve-se mais como sendo o Tipo A             
o causador, embora ainda não         
confirmado. 
 
Tipo D 
Em ovinos é causa       
enterotoxemia que acomete,     
normalmente, animais jovens, obesos e         
que sofreram mudança na alimentação.         
A toxina da bactéria “queima” as           
vilosidades causando hemorragia nas       
serosas produzindo diarreia marrom a         
negra, sanguinolenta, com com aspecto         
macroscópico de pinceladas vermelhas       
(petéquias, equimoses e hemorragias       
multifocais ou difusas, também podem         
ser mais segmentares), também causa         
a doença do rim pulposo em ovinos que               
é a malácia simétrica do tecido renal.  
Em pequenos ruminantes que       
tiveram mudança brusca na       
alimentação também podem causar       
diarreia hemorrágica, pode também       
causar encefalomalácia simétrica     
produzindo sinais nervosos. 
https://www.instagram.com/p/CA3baeODwRk/
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https://www.instagram.com/p/CBap5FRj5XY/
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Tipo E 
Causa gastroenterite hiperaguda     
em cães menores de 2 anos,           
produzindo necrose hemorrágica por       
todo trato intestinal. 
 
Doença de Tyzzer 
Causada por ​C. piliforme que         
causa necrose multifocal no fígado e           
íleo. 
 
Micobacterioses 
Tuberculose intestinal 
Causada pela ingestão junto a         
alimentos ou água contaminados por         
Mycobacterium tuberculosis​, ​M. bovis​. É         
uma localização rara da doença sendo           
mais comum a forma pulmonar. Causa           
lesões principalmente no íleo distal         
causando úlceras na mucosa, necrose         
de caseificação e calcificação de         
linfonodos, com diarreia crônica, dor         
abdominal e emagrecimento. 
 
Doenças virais 
Rotavirose 
São espécie específicos não       
sendo transmissíveis de uma espécie         
para outra, assim como nos         
Coronavírus. São disseminados por ar e           
água causando diarreia líquida       
amarelada a branca similar à causada           
por ​E coli​, porém com lesões           
microscópicas que podem ser       
observadas apenas em órgãos colhidos         
bem frescos.  
Afetam bezerros de até 1 semana           
e leitões de até 7, as mortes ocorrem               
principalmente por desidratação. 
 
Coronavirose 
Afetam bezerros de até 3         
semanas causando diarreia líquida,       
amarelada, podendo ter sangue ou não,           
quando não tem hemorragia é         
macroscopicamente indistinguível de     
rotavirose ou colibacilose, na forma         
hemorrágica apresenta   
pseudomembrana fibrinonecrótica   
hemorrágica no cólon, similar       
salmonelose. Nesses bezerros pode       
levar a morte em 2-4 dias, já em gatos                 
tende a ser autolimitante. 
Em suínos a coronavirose causa         
gastroenterite transmissível que é       
exótica no país, sendo uma doença de             
notificação caso ocorra. Afeta leitões         
menores de 10 dias, sendo mais severa             
que uma coronavirose normal que temcurso agudo e fatal para leitões           
chegando a nem ser exteriorizada, ou           
então levando o animal à morte em 2-5               
dias, Em adultos tende a ter           
mortalidade baixa. Causa diarreia       
profusa (volumosa) com traços de leite           
não digerido e fétida 
 
Normalmente as diarreias virais       
destroem as vilosidades intestinais, o         
que ajuda no diagnóstico. 
 
Enterites suínas 
Gastroenterite transmissível 
Como já citado causada por         
coronavírus. 
 
Colite por espiroqueta 
Ocorre em suínos causadas pelas         
bactérias ​Brachyspira hyodysenteriae     
que causa a forma mais grave, causa a               
disenteria suína, e a ​B. pilosicoli que é               
mais branda, normalmente sem       
mortalidade e autolimitante. 
 
Disenteria suína 
Causada pela ​B. hyodysenteriae       
produzindo colite muco-hemorrágica     
com pseudomembrana fibrinonecrótica     
semelhante a salmonelose aguda       
porém com a presença de sangue e             
sem os botões pestosos. 
 
Ileíte proliferativa 
Ocorre em suínos causada pela         
bactéria ​Lawsonia intracellularis     
produzindo enterite proliferativa com a         
proliferação das criptas intestinais que         
ficam com aspecto cerebriforme,       
necrose e hemorragia, pode ser similar           
à disenteria suína quando esta não           
apresenta tanta deposição de fibrina, ou           
então quando mais aguda, menos         
comum, podendo também produzir       
pseudomembrana de fibrina sendo       
confundida com desinteria,     
coronavirose e salmonelose. 
 
Doença de Glasser 
De suínos, causada pelas       
bactérias ​Haemophilus suis ​e       
Haemophilus parasuis produzindo     
poliserosite que pode afetar o trato           
digestivo causando peritonite, sem       
causar diarreia. 
 
Enfisematose intestinal 
Comum em suínos, é uma lesão           
sem significado provavelmente causada       
por proliferação bacteriana e produção         
de gás pós migração parasitária. 
 
Enterites de ruminantes 
Paratuberculose 
EM bovinos, causada por       
Mycobacterium avium ​paratuberculosis     
em bovinos, principalmente leiteiros,       
com mais de 19 meses causando uma             
enterite proliferativa granulomatosa     
(aspecto cerebriforme similar ao       
causado por ​Lawsonia em suínos) com           
espessamento crônico do intestino       
delgado caudal, ceco e cólon proximal,           
úlceras focais causando uma diarreia         
aquosa prolongada, e emagrecimento       
progressivo. Causa também aumento       
de linfonodos mesentéricos e       
mineralização da aorta, pode ocorrer         
também a dilatação/evidenciação dos       
vasos linfáticos mesentéricos     
(linfangiectasia) cando mais crônico. 
 
Diarreia viral bovina 
Causada por um Pestivirus. Pode         
afetar animais adultos e jovens, sendo           
as infecções em vacas gestantes as que             
causam maiores preocupações,     
podendo gerar abortamentos, morte       
embrionária e nascimento de animais         
PI’s que disseminam o vírus pelo           
rebanho. 
 
Doença das mucosas 
Ocorre quando um vírus não         
citopatogênico infecta uma vaca       
gestante no primeiro semestre de         
gestação, assim esse feto nasce como           
um animal persistentemente infectado.       
Durante a sua vida ele se infecta com               
uma cepa citopatogênica, ou então a           
não citopatogênica nele sofre mutação         
de tornado citopatogênica, causando a         
forma grave da doença uma vez que             
esse animal nunca monta resposta         
imunológica para o vírus que ele           
reconhece como sendo parte de seu           
organismo. Acomete PI’s entre 6 meses           
a 2 anos de idade causando necrose de               
tecido linfóide, tonsilas e placas de           
Peyer, levando a erosões e úlceras           
severas na cavidade oral, palato,         
pulvino dental, esôfagfo, abomaso,       
intestino produzindo diarreia     
hemorrágica fatal e membranas       
diftéricas (pseudomembranas   
fibrinonecróticas) nas áreas linfóides,       
pode acometer também rodete       
coronário. Na necropsia as alças         
intestinais devem ser abertas pelo         
mesentério deixando as placas de Peyer           
intactas para diagnóstico. 
 
Doença aguda transitória 
Acomete bovinos adultos, não       
gestantes, que nunca foram       
sensibilizados pelo nenhumas das       
cepas e se infecta com a sepa             
citopatogênica causando uma forma       
grave da doença com diarreia e           
trombocitopenia e imunossupressão     
que pode levar a diátese hemorrágica. 
 
Doença leve  
Causada por cepa não       
citopatogênica em propriedades antes       
livres do vírus causando diarreia leve e             
descarga nasal. 
 
Forma reprodutiva e teratogênica 
Infecção durante a gestação,       
principalmente nos primeiros 4 meses,         
causando reabsorção fetal,     
mumificação, natimortos e     
malformações neurológicas como     
hipoplasia cerebelar e alterações       
oculares. Dependendo da fase pode         
ainda gerar os PI’s como já citado.  
 
Língua azul 
Causada por Orbivirus     
transmitida por mosquitos ​Culicoides​,       
acomete bovinos e ovinos,       
principalmente em regiões úmidas e         
quentes devido a dependência do         
mosquito para transmissão. 
O bovino geralmente apresenta a         
forma mais leve da doença servindo           
como reservatório para os ovinos que           
apresentam a forma mais grave da           
doença, nos quais o vírus se replica na               
parede de vasos causando necrose         
trombose, isquemia e hipóxia(cianose       
da língua e lábios), produzindo erosões           
e úlceras necróticas nas cavidades         
bucal e nasal, corrimento nasal         
mucopurulento e com sangue. Ele pode           
ultrapassar a barreira placentária       
afetando o sistema nervosos dos fetos,           
causar mumificação fetal, etc. 
 
Clamidiose 
Causada pela bactéria ​Chlamydia       
psittaci transmitida de aves para         
bovinos causando, nos bezerros,       
diarreia, febre, anorexia, e depressão.         
Causa lesões de congestão e petéquias           
na mucosa intestinal, edema de mucosa           
e mesentério, erosões no cólon com           
pseudomembranas de fibrina. 
 
Enterites em equinos 
Rodococose 
Causada pela bactéria     
Rhodococcus equi que pode causar         
doença na forma intestinal, ingestão         
das bactérias, e respiratória com a           
inalação das bactérias, a intestinal é           
menos frequente e apresenta as         
mesmas lesões encontradas na forma         
respiratória, causa enterite     
piogranulomatosa com a formação de         
piogranulomas (granulomas caseosos)     
nos linfonodos mesentéricos e intestino         
grosso, ceco e cólon, com erosões e             
úlceras que levam a quadros de           
diarreia. 
 
Colite X 
Causada por ​Clostridium     
perfringens ​tipo A, que produz diarreia           
hemorrágica superaguda fatal. Assim       
com na síndrome do jejuno         
hemorrágico em bovinos ou em outras           
clostridioses intestinais, ela pode levar         
o animal à óbito mesmo antes de ele               
exteriorizar a diarreia. Produz lesões         
semelhantes à SJH e seu diagnóstico é             
dado pela exclusão de salmonelose, que           
em equinos também é hemorrágica. 
 
Enterite granulomatosa 
Enterite proliferativa, aspecto     
cerebriforme, semelhante a     
paratuberculose (também   
granulomatosa) em bovinos e ​Lawsonia         
em suínos. Não sabe-se a etiologia da             
doença mas considera-se um       
Mycobacterium​ como causador. 
 
Enterites em carnívoros 
Parvovirose 
Doença comum de cães causada         
por parvovírus canino que tem         
tropismo por células de rápida         
multiplicação principalmenteas do       
epitélio intestinal causando erosões,       
úlceras e necrose segmentar do         
intestino produzindo vômitos, diarreia       
hemorrágica fétida. Dependendo da       
idade dos filhotes pode causar lesões           
diferentes, em menores de 2 semanas           
causa necrose multissistêmica, de 3 a 8             
semanas causa miocardite que leva a           
ICC quando mais velhos, em maiores de             
8 semanas é o mais comum, período             
em que se tem a queda dos anticorpos               
colostrais causando enterite     
hemorrágica segmentar (mais comum)       
ou difusa fatal que na forma           
superaguda pode matar em até 24h. 
O parvovírus felino causa a         
panleucopenia felina. 
 
Colite ulcerativa histiocítica 
Por ​E. coli​, doença crônica que           
afeta principalmente cães das raças         
Boxer e Bulldog. Causa úlceras,         
principalmente no intestino grosso,       
produzindo diarreia. 
 
PIF 
Coronavirose de felinos, pode       
afetar o intestino de felinos jovens ou             
idosos, além de causar as peritonites           
seca ou úmida. O coronavírus causador           
da PIF decorre de uma mutação do             
coronavírus entérico, podendo ainda       
causar lesões entéricas, como       
gastroenterites leves e diarreia. 
Na PIF úmida há deposição de           
imunocomplexos causando vasculite e       
consequente aumento da     
permeabilidade vascular causando     
ascite e formação de pequenos         
granulomas e deposição de fibrina nas           
serosas, poliserosite piogranulomatosa.     
Na PIF seca ocorre inflamação         
piogranulomatosa tecidual das serosas       
(serosite piogranulomatosa) com     
formação de piogranulomas maiores. 
 
Coronavirose canina 
Causa gastroenterite,   
normalmente não fatal, produtora de         
diarreia aquosa alaranjada, vermelha ou         
até negra (geralmente não       
hemorrágica), de odor fétido, pode ser           
leve ou severa em animais mais jovens.  
  
Enterites parasitárias 
Entamoeba​ ​histolytica 
Protozoário que causa colite       
ulcerativa produtora de diarreia       
hemorrágica e mucosa em humanos e           
cães, bastante similar à colite ulcerativa           
histiocítica dos cães. Produz diarreia         
crônica pela formação de úlceras no           
intestino grosso, cólon. 
 
Coccidiose 
Pode ser causada por       
protozoários do gênero ​Eimeria ​ou         
Isospora que causam lesões ulcerativas         
em diversas espécies animais,       
produzindo diarreia hemorrágica,     
principalmente em carnívoros e       
bovinos. Em, suínos causa       
pseudomembranas fibrinonecróticas,   
normalmente sem hemorragia. 
Sua transmissão está relacionada       
a superlotação e confinamento dos         
animais, além de estresse.  
Suas lesões são similares       
independente da espécie causadora, são         
pontos amarelados a esbranquiçados       
na mucosa e serosa intestinal, mais           
comumente do intestino grosso,       
também causam atrofia de vilosidades,         
erosões e úlceras com produção de           
diarreia hemorrágica. 
 
Criptosporidiose 
Causada por protozoários do       
gênero ​Cryptosporidium parvum em       
ruminantes e homem e ​C. andersoni em             
bovinos, ​C. canis​, ​C. suis ​e C. felis​,                 
causando diarreia líquida que pode ser           
hemorrágica ou não, subaguda ou         
crônica. 
 
Giardiose 
Causada por protozoário ​Giardia       
lamblia que afeta mamíferos, mais         
frequentemente em filhotes de cão e           
gatos, levando a diarreia por má           
absorção pela interferência na absorção         
dissacarídeos já que o protozoário age           
no glicocálix impedindo a última etapa           
dessa digestão em monossacarídeos,       
produzindo gás e diarreia osmótica. 
 
Nematoides 
Ascaris, Toxocara, Trichuris, Parascaris,       
etc. Normalmente não produzem       
doença muito grave, apenas diarreias,         
má absorção e perda de peso, ficam             
apáticos, quando o número de parasitas           
é muito grande podem ocorrer         
obstruções da luz intestinal e até           
ruptura. Alguns nematoides possuem       
ciclo pulmonar e durante essa         
passagem pelo pulmão podem levar a           
apresentação de sinais respiratórios       
como tosse e dispneia. 
O ​Ascaris suum produz lesões,         
em suínos, no fígado pela migração           
parasitária causando fibrose que é         
descrita como “manchas de leite”. 
Nematoides do gênero     
Ancylostoma ​pode causar erosões e         
úlceras no intestino delgado de cães e             
gatos produzindo diarreia, além de         
sinais respiratórios visto o ciclo         
pulmonar, Em humanos pode causar o           
bicho geográfico pela penetração da         
larva migrans cutânea no tecido         
cutâneo, onde não finaliza seu ciclo. 
O gênero ​Trichuris pode causar         
diarreia com bastante muco, podendo         
levar a morte em leitões. 
Oesophagostomum não são     
patogênicos, não levam a diarreia ou           
hemorragia. ​Setaria parasita     
encontrado livre na cavidade abdominal         
de equinos, não é patogênico também. 
Mais parasitas: 
https://docs.google.com/document/d/1x
4T2Yv0agNdJj7rd_4KcFB54XDxiartUlV
wdVA2Ojfg/edit?usp=sharing 
 
Cestoides 
Tenia​, ​Echinococcus​, ​Moniezia​,     
Anoplocephala​, ​Dipylidium​, etc. 
Teníase e equinococose podem       
produzir cisticercos e cistos hidáticos,         
respectivamente, que podem ser em         
grande número causando insuficiência       
de algum órgão e gerando sinais           
https://docs.google.com/document/d/1x4T2Yv0agNdJj7rd_4KcFB54XDxiartUlVwdVA2Ojfg/edit?usp=sharing
https://docs.google.com/document/d/1x4T2Yv0agNdJj7rd_4KcFB54XDxiartUlVwdVA2Ojfg/edit?usp=sharing
https://docs.google.com/document/d/1x4T2Yv0agNdJj7rd_4KcFB54XDxiartUlVwdVA2Ojfg/edit?usp=sharing
clínicos. As tênias podem causar ainda           
cisticercose pela ingestão das larvas do           
parasita podendo formar cisticercos na         
musculatura ou mesmo cérebro. 
Mais cestoides:  
https://docs.google.com/document/d/1
G4sg34FVkO-0bI6wcyOx6C2p1QzKrS82
KCicdfG3J-Y/edit?usp=sharing 
 
Neoplasias 
Primárias, mais comuns em cães         
são adenomas, adenocarcinomas e       
pólipos. Em gatos são mais comuns os             
linfossarcomas principalmente de gatos       
com FeLV, e mastocitomas. Em bovinos           
principalmente linfossarcomas devido a       
LEB.  
Também podem ocorrer     
melanomas na serosa intestinal. 
 
OBS: na serosa intestinal pode ocorrer           
também esteatonecrose, por     
pancreatite, isquemia associada à       
neoplasias ou sem causa aparente, com           
formação de nódulo confundível com         
neoplasia, ao corte possui amarelo mais           
vibrante e friável, não confundir com           
queratina ou tuberculose. 
 
Fígado 
Alterações pós morte  
Autólise 
Manchas pálidas no fígado,       
devido a proximidade ao intestino. 
 
Embebição biliar 
Após a morte os sais biliares           
saem da vesícula e tingem o fígado e as                 
alças intestinais próximas à vesícula         
biliar. 
 
Defeitos congênitos 
Cistos hepáticos 
São raros, e não considerados         
importantes para patologia do animal já           
que são geralmente poucos e         
pequenos, são causados por ductos         
biliares sem drenagem que com o           
passar do tempo formam vesículas. Se           
ocuparem mais de 50% do parênquima           
hepático, raro, podem gerar quadro de           
insuficiência hepática. 
 
Agressões a fígado 
Tóxicas ou hipóxicas, quando       
geram quadros de insuficiência o fígado           
geralmente responde de forma similar,         
independente da causa: icterícia, fibrose         
hepática, colestase, podendo gerar       
diversas consequências no organismo       
devido às suas variáveis funções comoencefalopatia hepática, distúrbios de       
circulação, ascite, fotossensibilização,     
etc. 
 
Respostas 
Regeneração 
Quando em condições normais o         
fígado consegue se regenerar mesmo         
com perda de até 70% do órgão, já que                 
as células, hepatócitos, possuem alta         
capacidade de replicação. Porém essa         
regeneração pode ocorrer de forma         
desordenada que ao invés de formar           
novos lóbulos hepáticos formam       
nódulos de regeneração, ocorre       
principalmente em carnívoros, pode ser         
descrito como fígado de chokito. Esses           
nódulos impedem o correto       
funcionamento do órgão podendo gerar         
insuficiência dependendo da quantidade. 
 
Fibrose hepática 
Pode ser difusa ou localizada, nos           
ductos biliares, periportal,     
centrolobular. Ocorre quando a       
regeneração não é possível. Quando         
https://docs.google.com/document/d/1G4sg34FVkO-0bI6wcyOx6C2p1QzKrS82KCicdfG3J-Y/edit?usp=sharing
https://docs.google.com/document/d/1G4sg34FVkO-0bI6wcyOx6C2p1QzKrS82KCicdfG3J-Y/edit?usp=sharing
https://docs.google.com/document/d/1G4sg34FVkO-0bI6wcyOx6C2p1QzKrS82KCicdfG3J-Y/edit?usp=sharing
ocorre de maneira difusa deixa o órgão             
com consistência mais firme e claro. 
 
Hiperplasia de ductos biliares 
Proliferação dos ductos na       
tentativa de restabelecer o fluxo da bile,             
na insuficiência hepática e/ou cirrose. 
 
Cirrose hepática 
É a combinação de três fatores:           
fibrose hepática, nódulos de       
regeneração e hiperplasia biliar. A         
alteração do órgão pelos nódulos de           
regeneração e fibrose altera o fluxo           
sanguíneo causando congestão portal já         
que o sangue não consegue passar pela             
circulação portal com ascite. 
A cirrose pode ter causas tóxicas           
ou infecciosas, depende do que está de             
fato matando os hepatócitos. 
Na macroscopia chama a atenção         
sua consistência e, ao corte, marmoreio           
causado pela deposição de tecido         
fibroso. Pode também sofrer congestão         
ficando mais escuro. 
 
Necrose hepática 
Pode ser uma das causas da           
cirrose hepática. Pode ser zonal,         
centrolobular em casos de hipóxia,         
anemia e ICC (fígado de noz moscada),             
periportal por toxinas, intermediária em         
caso de aflatoxicoses, ou masiva de           
forma embólica causada por agentes         
trazidos via sangue do gastrointestinal         
principalmente em bovinos acometidos       
por reticulite traumática ou acidose         
pelos agentes ​Fusobacterium​,     
Trueperella e fungos ​Mucor​, Rhizopus ​e           
Absidia​. 
Essa necrose pode regenerar       
normalmente ou então formar fibroses         
que, se severo, pode causar cirrose           
hepática. 
 
Congestão 
Principalmente em quadros de       
ICC direita causando congestão       
sistêmica causando esplenomegalia,     
padrão lobular evidenciado em região         
centrolobular que também pode ser         
chamado de fígado de noz moscada.           
Com o tempo ocorre isquemia, hipóxia e             
necrose e depois fibrose. Em bovinos é             
comum ser causada por endocardites         
que tendem a afetar a câmara direita do               
coração causando ICC direita. 
 
Teleangiectasia 
Lesão sem significado clínico. São         
manchas escuras deprimidas na       
superfície capsular e de corte, ocorre           
pelo desaparecimento dos hepatócitos       
naquela região que é então substituído           
por sangue. Comum em bovinos         
adultos.  
 
Degenerações e deposições 
Pode ser de gordura (lipidose),         
glicogênio em casos de diabetes,         
hemossiderina em casos de       
hemorragias, lipofuscina que é o         
pigmento do envelhecimento, acúmulo       
de pigmentos biliares que é a prova             
microscópica de icterícia. Melanose,       
mancha escura na cápsula. Fibrose         
capsular são depósitos de tecido         
conjuntivo, podendo ser cicatrizes       
provenientes de peritonite, se não         
aprofundar ao corte não possui         
significado clínico. Perihepatite     
filamentosa que é o depósito de tecido             
conjuntivo na cápsula pelo atrito entre           
fígado e diafragma, é uma lesão sem             
significado clínico. 
 
Lipidose 
Ou degeneração gordurosa.     
Alteração do metabolismo normal de         
ácidos graxos, por maior quantidade         
ingerida, maior demanda energética,       
mobilização energética no pós parto,         
etc, levando a sua deposição dentro do             
hepatócito comprometendo a estrutura       
celular do hepatócito causando necrose. 
Na macroscopia se em o fígado           
grande, gorduroso, pálido/amarelado     
com padrão lobular evidenciado em         
região centrolobular. É comum em         
vacas gordas no pós parto e em gatos               
que por algum motivo ou estresse deixa             
de comer. 
 
OBS: lipidose de tensão: causada por           
aderência de alguma alça intestinal ou           
diafragma, que puxa aquela área a           
aumenta a pressão causando hipóxia e           
degeneração gordurosa localizada que       
não possui significado clínico. 
 
Encefalopatia hepática 
Ocorre devido a insuficiência       
hepática em metabolizar amônia,       
levando a hiperamonemia que afeta o           
sistema nervoso central causando       
necrose neuronal e sinais neurológicos         
como andar em círculos, compressão         
de cabeça cegueira, etc. 
 
Hepatite 
Inflamação dos hepatócitos,     
quando de hepatócitos e ductos biliares           
é chamada de colangiohepatite, e se for             
apenas de ductos biliares é chamado de             
colangite. 
Por ser um órgão central que           
recebe sangue, via sistema porta, de           
uma grande área do corpo, ele é             
extremamente afetado por infecções       
embólicas provenientes do     
gastrointestinal, membros posteriores,     
etc. 
 
Hepatite aguda 
Bacterianas, fúngicas ou virais,       
sendo as bacterianas e fúngicas mais           
comuns por extensão de alguma         
infecção no gastrointestinal, e as virais           
são mais raras. Essa hepatite pode           
gerar necrose com insuficiência       
hepática aguda ou então fibrose e           
evoluir para cirrose ou então cronificar. 
 
Hepatite crônica 
Ocorre com a presença do agente           
de forma crônica no fígado causando           
necrose e fibrose ao mesmo tempo,           
podendo ser chamada de hepatite         
crônica ativa já que o agente ainda está               
sendo combatido com necrose (ativa) e           
fibrose (crônica). 
 
Hepatite infecciosa canina 
Causada por adenovírus canino       
tipo 1 que causa em filhotes,           
principalmente, uveíte por deposição de         
complexos imunes, e hepatite       
fibrinonecrótica. Microscopicamente as     
células possuem corpúsculo de       
inclusão viral. 
 
Herpesvírus 
Pode causar abortos em equinos,         
principalmente e mais frequentemente,       
podendo ocorrer em bovinos e         
carnívoros também. Podem causar       
também necrose hepática. 
 
Abscessos hepáticos 
Decorrem da infiltração do       
agente etiológico na circulação portal a           
partir do gastrointestinal, em       
ruminantes principalmente a partir do         
rúmen em casos de acidose ruminal ou             
reticulite traumática. As bactérias       
principais são ​Fusobacterium e       
Trueperella ​e os fungos ​Rhizopus​,         
Mucor ​e ​Absidia​. 
Esses abscessos podem ser       
únicos ou múltiplos, de conteúdo         
purulento, caseoso ou friável. Podem         
romper para dentro da cava caudal           
causando tromboembolismo de cava       
caudal ou então se extender para           
coração e pulmões. 
 
Hemoglobinúria bacilar 
Causada por ​Clostridium     
haemolytcum

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