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Anatomia do Coração

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ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
INTRODUÇÃO 
▪ O sistema circulatório é formado pelo coração, 
pelos vasos sanguíneos e vasos linfáticos. 
 
▪ O coração e os vasos sanguíneos formam a 
rede de transporte de sangue; 
 
▪ O coração é uma bomba dupla de sucção e 
pressão, que impulsiona o sangue pela dupla 
alça infinita formada pelos circuitos pulmonar e 
sistêmico. 
 
▪ As câmaras direitas do coração servem ao 
primeiro e as câmaras esquerdas, ao segundo. 
 
▪ O coração tem o formato de uma pirâmide 
inclinada, com o ápice em direção 
anteroinferior e para a esquerda, e a base 
oposta ao ápice (posterior). 
 
▪ Cada lado do coração tem uma câmara de 
recepção (átrio) e uma câmara de sucção, 
compressão e expulsão (ventrículo). 
 
▪ Tem o tamanho um pouco maior do que uma 
mão fechada. 
 
▪ As câmaras bilaterais (portanto, os circuitos 
sistêmicos de alta pressão e pulmonar de 
baixa pressão) são separadas por um septo 
cardíaco formado principalmente por tecido 
muscular, mas parcialmente membranáceo. 
 
▪ O coração está localizado no tórax. A cavidade 
torácica por sua vez pode ser dividida em três 
partes: 
o Duas cavidades pleurais (onde estão os 
pulmões) e um mediastino (que está entre 
as cavidades pleurais). 
 
o O mediastino pode ainda ser superior 
(região acima do pericárdio, presente da 
vértebra T1 à T4) e inferior (região logo 
abaixo do início do pericárdio, presente da 
vértebra T5 até o músculo diafragma). 
 
o O mediastino inferior ainda pode ser 
subdividido em três partes. Anterior (que 
contém o timo), médio (que contém o 
coração) e posterior (que contém o 
esôfago e aorta torácica). 
 
 
 
PAREDE DO CORAÇÃO 
 
▪ O pericárdio é um tecido em forma de saco que 
envolve todo o coração e as raízes dos seus 
vasos (artéria aorta, veia cava superior, veia 
cava inferior, tronco pulmonar e veias 
pulmonares). 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ O pericárdio é considerado um Ângulo 
esternal tecido fribrosseroso por possuir duas 
porções: 
o o pericárdio fibroso (externo), que possui 
apenas uma camada, 
 
o e o seroso (interno) que possui duas. 
 
o As duas camadas do pericárdio seroso são 
separadas pela cavidade pericárdica, na 
qual se encontra um líquido lubrificante 
que diminui o atrito do coração com os 
tecidos adjacentes. 
 
▪ O coração pode ser dividido em três camadas. 
O endocárdio, miocárdio e epicárdio. 
 
ENDOCÁRDIO 
▪ É uma lâmina fina presente em toda a 
superfície interna do órgão e suas valvas 
podendo ser granular ou liso (granular quando 
contém trabéculas e liso quando não as tem). 
 
MIOCÁRDIO 
▪ é a parte muscular da parede do órgão e está 
entre o endocárdio e o pericárdio. 
 
▪ Ele é muito visível no septo interventricular, 
além de possuírem células especializadas nos 
ventrículos; 
 
▪ essas células, dispostas em orientação 
perpendicular ao tecido de revestimento, 
aumentam a força de contração. 
 
EPICÁRDIO 
▪ Faz parte na verdade do próprio pericárdio, 
sendo apresentado como a lâmina visceral do 
pericárdio seroso. 
 
 
 
 
 
ESQUELETO FIBROSO 
▪ O esqueleto fibroso do coração é um 
arcabouço de tecido fibroso que forma os 
anéis fibrosos das valvas e o trígonos fibrosos 
esquerdo e direito, que estão entre a valva da 
aorta e valva mitral, e valva da aorta e valva 
tricúspide respectivamente. 
 
▪ É nesse esqueleto que as fibras musculares 
cardíacas se fixam. 
 
▪ O esqueleto fibroso tem sua importância, pois 
mantém os óstios das valvas sempre abertos, 
impedindo que ocorra uma distensão pelo 
aumento da pressão dentro do órgão. 
 
▪ Fornece também uma inserção fixa para as 
válvulas das valvas. 
 
▪ Uma outra importante função está no potencial 
de ação, como o esqueleto fibroso não tem 
condutância elétrica, ele funciona como um 
isolante. 
 
▪ Esse papel isolante impede que o impulso 
elétrico dos átrios chegue até o ventrículo 
antes de passar pelo nódulo atrioventricular. 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
CORAÇÃO EXTERNO 
▪ O coração externo é comumente dividido em 
ápice, base e mais três faces: esternocostal, 
diafragmática e pulmonar. 
 
▪ A base está constituída dos átrios direito e 
esquerdo. 
 
▪ As veias cavas superior e inferior e as veias 
pulmonares penetram no coração pela base. 
 
▪ É também a porção posterior do coração em 
posição anatômica. 
 
▪ O ápice é contralateral a base e é 
frequentemente arredondada, formada pela 
parte ínfero-lateral do ventrículo esquerdo e é 
onde ocorre o batimento apical (pulsação 
máxima do coração). 
 
FACES DO CORAÇÃO 
▪ Face esternocostal (anterior): A face 
esternocostal é formada principalmente pelo 
ventrículo direito. 
o Nele também se encontram o cone arterial 
(ou infundíbulo) que se tornará o tronco 
pulmonar. 
 
▪ Face pulmonar (esquerda): Formada 
principalmente pelo ventrículo esquerdo, ela 
causa a impressão cardíaca do pulmão 
esquerdo. 
 
▪ Face pulmonar (direita): Formada 
principalmente pelo átrio direito. 
 
▪ Face diafragmática (inferior): É formada 
principalmente pelo ventrículo esquerdo e 
parcialmente pelo ventrículo direito e repousa, 
principalmente, sobre o centro tendíneo do 
diafragma. 
 
 
MARGENS DO CORAÇÃO 
▪ O coração possui ainda quatro margens: 
direita, inferior, superior e esquerda. 
 
▪ Margem direita: é uma margem ligeiramente 
convexa, formada pelo átrio direito e se 
estende entre a veia cava superior e veia cava 
inferior. 
 
▪ Margem inferior: quase horizontal, formada 
pelo ventrículo direito e parte do ventrículo 
esquerdo. 
 
▪ Margem superior: formada pelos átrios, 
aurículas direita e esquerda anteriormente. 
o Saem dessa margem a parte ascendente 
da aorta e o tronco pulmonar e a veia cava 
superior entra pelo seu lado direito. 
 
▪ Margem esquerda: quase vertical, é formada 
pelo ventrículo esquerdo e parte da aurícula 
esquerda. 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
FLUXO SANGUÍNEO ATRAVÉS DO 
CORAÇÃO 
▪ O fluxo sanguíneo através do coração é 
bastante lógico. 
 
▪ Ele acontece com o ciclo cardíaco, que 
consiste em contrações e relaxamentos 
periódicos do miocárdio atrial e ventricular 
(tecido muscular cardíaco). 
 
▪ A contração do miocárdio é chamada de 
sístole, enquanto o seu relaxamento é 
chamado de diástole. 
 
▪ Sempre que os átrios se contraem, os 
ventrículos se relaxam, e vice-versa. 
 
O FLUXO CARDÍACO DO CORAÇÃO 
▪ O átrio direito recebe sangue desoxigenado 
das veias cavas superior e inferior e do seio 
coronário. 
 
▪ O átrio direito contrai, empurrando sangue 
através da valva atrioventricular direita até o 
ventrículo direito. 
 
▪ O ventrículo então se contrai, passando o 
sangue para o tronco pulmonar através da 
valva pulmonar, até que o sangue chegue aos 
pulmões. 
 
▪ Nos pulmões o sangue é oxigenado e em 
seguida se move de volta ao coração, 
entrando no átrio esquerdo através das veias 
pulmonares. 
 
▪ O átrio esquerdo se contrai e empurra o 
sangue para o ventrículo esquerdo através da 
valva atrio-ventricular esquerda. 
 
▪ O ventrículo esquerdo empurra o sangue 
oxigenado através da valva aórtica para a 
aorta, a partir da qual o sangue é distribuído 
para todo o corpo. 
 
▪ O Ciclo Cardíaco é controlado 
involuntariamente por um plexo autonômico 
nervoso chamado plexo cardíaco. 
 
▪ São duas circulações acontecendo em 
paralelo: a pulmonar, que vai oxigenar o 
sangue, e a sistêmica, que vai levar sangue 
para o organismo. 
 
 
 
ATRIO DIREITO 
▪ O átrio direito forma a margem direita do 
coração e recebe sangue venoso da veia cava 
superior (VCS), veia cava inferior (VCI) e seio 
coronário. 
 
▪ A aurícula direita, que tem formato de uma 
orelha, é uma bolsa muscular cônica que seprojeta do átrio direito como uma câmara 
adicional, aumenta a capacidade do átrio e se 
superpõe à parte ascendente da aorta. 
 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
O INTERIOR DO ÁTRIO DIREITO 
▪ Uma parte posterior lisa, com paredes finas (o 
seio das veias cavas), onde se abrem as veias 
cavas (VCS e VCI) e o seio coronário, que 
trazem sangue pouco oxigenado para o 
coração. 
 
▪ Uma parede anterior muscular, rugosa, que é 
formada pelos músculos pectíneos. 
 
 
▪ Um óstio AV direito, através do qual o átrio 
direito transfere para o ventrículo direito o 
sangue pouco oxigenado que recebeu. 
 
▪ As partes lisa e áspera da parede atrial são 
separadas externamente por um sulco vertical 
superficial, o sulco terminal, e internamente 
por uma crista vertical, denominada crista 
terminal. 
▪ A VCS se abre na parte superior do átrio direito 
no nível da 3ª cartilagem costal direita. 
 
▪ A VCI se abre na parte inferior do átrio direito 
quase alinhada com a VCS, no nível 
aproximado da 5ª cartilagem costal. 
 
▪ O óstio do seio coronário, um tronco venoso 
curto que recebe a maioria das veias 
cardíacas, situa-se entre o óstio AV direito e o 
óstio da VCI. 
 
▪ O triângulo de Koch é uma área triangular da 
parede septal. 
 
▪ Usualmente a parte septal do nodo átrio-
ventricular se localiza nesta região, assim 
como a porção inicial do feixe de His. 
 
▪ é uma região delimitada pelo óstio do seio 
coronário, o tendão da veia cava inferior (ou 
tendão de Todaro) e a inserção da válvula 
septal da valva tricúspide. 
 
 
 
▪ O septo interatrial que separa os átrios tem 
uma depressão oval, do tamanho da 
impressão digital de um polegar, a fossa oval, 
que é um remanescente do forame oval e sua 
valva no feto. 
 
▪ O sangue da veia cava superior (VCS) é 
direcionado para o óstio atrioventricular direito, 
enquanto o sangue da veia cava inferior (VCI) 
é direcionado para a fossa oval, como era 
antes do nascimento. 
 
▪ O forame oval é um orifício que comunica o 
lado direito com o lado esquerdo do coração. 
 
▪ Durante a gestação, é essa comunicação que 
possibilita que o feto receba o sangue 
oxigenado da mãe para se desenvolver, uma 
vez que seus pulmões ainda não funcionam. 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
▪ Logo após o nascimento, há o fechamento 
natural do forame oval. No entanto, em uma 
minoria de pessoas esse fechamento natural 
não ocorre e o forame oval continua aberto, ou 
seja, patente, ao longo da vida. 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
▪ O ventrículo direito forma grande parte da face 
esternocostal do coração, uma pequena parte 
da face diafragmática e quase toda a margem 
inferior do coração. 
 
▪ Afila-se superiormente e forma um cone 
arterial chamado infundíbulo, que conduz ao 
tronco pulmonar. 
 
▪ No ventrículo direito existem elevações 
musculares irregulares, as trabéculas cárneas, 
em sua face interna. 
 
▪ Uma crista muscular espessa, a crista 
supraventricular, separa a parede muscular 
rugosa na parte de entrada da câmara da 
parede lisa do cone arterial, ou parte de saída. 
 
 
 
▪ A parte de entrada do ventrículo recebe 
sangue do átrio direito através do óstio AV 
direito (tricúspide), localizado posteriormente 
ao corpo do esterno no nível do 4º e 5º 
espaços intercostais. 
 
▪ O óstio AV direito é circundado por um dos 
anéis fibrosos do esqueleto fibroso do coração. 
 
▪ O anel fibroso mantém o calibre do óstio 
constante (suficientemente grande para 
permitir a passagem das pontas de três 
dedos), resistindo à dilatação que poderia 
resultar da passagem de sangue através dele 
com pressões variadas. 
 
 
 
▪ A valva atrioventricular direita (tricúspide) 
protege o óstio AV direito. As bases das 
válvulas estão fixadas ao anel fibroso ao redor 
do óstio. 
 
▪ Como o anel fibroso mantém o calibre do óstio, 
as válvulas fixadas se tocam da mesma forma 
a cada batimento cardíaco. 
 
▪ As cordas tendíneas fixam-se às margens 
livres e às superfícies ventriculares das 
válvulas anterior, posterior e septal, de forma 
semelhante à fixação das cordas em um 
paraquedas. 
 
▪ As cordas tendíneas originam-se dos ápices 
dos músculos papilares, que são projeções 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
musculares cônicas com bases fixadas à 
parede ventricular. 
 
▪ Os músculos papilares começam a se contrair 
antes da contração do ventrículo direito, 
tensionando as cordas tendíneas e 
aproximando as válvulas. 
 
▪ Como as cordas estão fixadas a faces 
adjacentes de duas válvulas, elas evitam a 
separação das válvulas e sua inversão quando 
é aplicada tensão às cordas tendíneas e 
mantida durante toda a contração ventricular 
(sístole) - isto é, impede o prolapso (entrada no 
átrio direito) das válvulas da valva 
atrioventricular direita quando a pressão 
ventricular aumenta. 
 
▪ Assim, a regurgitação (fluxo retrógrado) de 
sangue do ventrículo direito para o átrio direito 
durante a sístole ventricular é impedida pelas 
válvulas. 
 
MÚCULOS PAPILARES 
▪ Três músculos papilares no ventrículo direito 
correspondem às válvulas da valva 
atrioventricular direita: 
 
▪ O músculo papilar anterior, o maior e mais 
proeminente, origina-se da parede anterior do 
ventrículo direito; 
 
o suas cordas tendíneas se fixam nas 
válvulas anterior e posterior da valva 
atrioventricular direita. 
 
▪ O músculo papilar posterior, menor do que 
o músculo anterior, pode ter várias partes; 
origina-se da parede inferior do ventrículo 
direito, e suas cordas tendíneas se fixam nas 
válvulas posterior e septal da valva 
atrioventricular direita. 
 
▪ O músculo papilar septal origina-se do septo 
interventricular e suas cordas tendíneas se 
fixam às válvulas anterior e septal da valva 
atrioventricular direita. 
 
▪ O septo interventricular (SIV), composto por 
duas partes, a muscular e a membranácea, é 
uma divisória oblíqua forte entre os ventrículos 
direito e esquerdo, formando parte das 
paredes de cada um. 
 
▪ A trabécula septomarginal (banda 
moderadora) é um feixe muscular curvo que 
atravessa o ventrículo direito da parte inferior 
do SIV até a base do músculo papilar anterior. 
 
▪ Essa trabécula é importante porque conduz 
parte do ramo direito do fascículo AV, uma 
parte do complexo estimulante do coração até 
o músculo papilar anterior. 
 
▪ Este “atalho” através da câmara parece reduzir 
o tempo de condução, permitindo a contração 
coordenada do músculo papilar anterior. 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
▪ O átrio esquerdo forma a maior parte da base 
do coração. 
 
▪ Os pares de veias pulmonares direita e 
esquerda, avalvulares, entram no átrio de 
paredes finas. 
 
▪ Possui uma porção de paredes lisas a partir da 
incorporação do desenvolvimento de uma 
porção das veias pulmonares e um apêndice 
auricular que é sulcado pelos músculos 
pectinados e que era o átrio esquerdo 
primitivo. 
 
▪ A aurícula esquerda muscular, de formato 
tubular e sua parede trabécula da com 
músculos pectíneos, forma a parte superior da 
margem esquerda do coração e cavalga a raiz 
do tronco pulmonar. 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Uma depressão semilunar no septo interatrial 
indica o assoalho da fossa oval; a crista 
adjacente é a valva do forame oval. 
 
O INTERIOR DO ÁTRIO ESQUERDO 
▪ Uma parte maior com paredes lisas e uma 
aurícula muscular menor, contendo músculos 
pectíneos. 
 
▪ Quatro veias pulmonares (duas superiores e 
duas inferiores) que entram em sua parede 
posterior lisa. 
 
▪ Uma parede ligeiramente mais espessa do que 
a do átrio direito. 
 
▪ Um septo interatrial que se inclina 
posteriormente e para a direita; 
 
▪ Um óstio atrioventricular esquerdo através do 
qual o átrio esquerdo transfere o sangue rico 
emoxigênio que recebe das veias pulmonares 
para o ventrículo esquerdo. 
 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
▪ O ventrículo esquerdo forma o ápice do 
coração, quase toda sua face esquerda 
(pulmonar) e margem esquerda e a maior 
parte da face diafragmática. 
 
▪ Como a pressão arterial é muito maior na 
circulação sistêmica do que na circulação 
pulmonar, o ventrículo esquerdo (VE) trabalha 
mais do que o ventrículo direito (VD). 
 
▪ Consequentemente, o VE tem quase o dobro 
da espessura do VD. 
 
▪ Suas paredes são revestidas por trabéculas 
cárneas que são mais finas e mais numerosas 
do que as do ventrículo direito. 
 
▪ O VE contém apenas dois músculos papilares, 
anterior e posterior, que se ligam aos dois 
folhetos da válvula atrioventricular esquerda 
(ou mitral) por meio das cordas tendíneas. 
 
▪ A valva atrioventricular esquerda (mitral ou 
bicúspide) tem duas válvulas, anterior e 
posterior. 
 
▪ A valva atrioventricular esquerda está 
localizada posteriormente ao esterno, no nível 
da 4ª cartilagem costal. 
 
▪ Cada uma de suas válvulas recebe cordas 
tendíneas de mais de um músculo papilar. 
 
▪ Esses músculos e suas cordas sustentam a 
valva atrioventricular esquerda, permitindo que 
as válvulas resistam à pressão gerada durante 
contrações (bombeamento) do ventrículo 
esquerdo. 
 
▪ As cordas tendíneas tornam-se tensas logo 
antes e durante a sístole, impedindo que as 
válvulas sejam empurradas para o átrio 
esquerdo. 
 
▪ A corrente sanguínea sofre duas mudanças de 
trajeto perpendiculares durante sua passagem 
pelo ventrículo que, juntas, resultam em 
mudança de direção de 180°. 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Essa inversão de fluxo ocorre ao redor da 
válvula anterior da valva atrioventricular 
esquerda. 
 
▪ A valva da aorta, situada entre o ventrículo 
esquerdo e a parte ascendente da aorta, é 
posicionada obliquamente. 
 
▪ Está localizada posteriormente ao lado 
esquerdo, do esterno, no nível do 3º espaço 
intercostal. 
 
▪ Existem dilatações na parede da aorta abaixo 
de cada cúspide: os seios da aorta. 
 
▪ A artéria coronária direita se origina no seio 
aórtico direito, enquanto a artéria coronária 
esquerda se origina no seio aórtico esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VALVAS DO TRONCO PULMONAR E DA 
AORTA 
▪ As três válvulas semilunares da valva do 
tronco pulmonar (anterior, direita e esquerda), 
como as válvulas semilunares da valva da 
aorta (posterior, direita e esquerda), são 
côncavas ao serem observadas de cima. 
 
▪ As válvulas semilunares não têm cordas 
tendíneas para sustentá-las. 
 
▪ Têm área menor do que as válvulas das valvas 
AV, e a força exercida sobre elas é menor que 
a metade da força exercida sobre as válvulas 
das valvas atrioventriculares direita e 
esquerda. 
 
▪ As válvulas projetam-se para a artéria, mas 
são pressionadas em direção (e não contra) às 
suas paredes quando o sangue deixa o 
ventrículo. 
 
▪ Após o relaxamento do ventrículo (diástole), a 
retração elástica da parede do tronco 
pulmonar ou da aorta força o sangue de volta 
para o coração. 
 
▪ No entanto, as válvulas fecham-se com um 
estalido, quando há inversão do fluxo 
sanguíneo. 
 
▪ Elas se aproximam para fechar por completo o 
óstio, sustentando umas às outras quando 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
suas bases se tocam e evitando o retorno de 
qualquer quantidade significativa de sangue 
para o ventrículo. 
 
▪ A margem de cada válvula é mais espessa na 
região de contato, formando a lúnula; o ápice 
da margem livre angulada é ainda mais 
espesso, formando o nódulo. 
 
▪ Imediatamente superior a cada válvula 
semilunar, as paredes das origens do tronco 
pulmonar e da aorta são ligeiramente 
dilatadas, formando um seio. 
 
▪ Os seios da aorta e do tronco pulmonar são os 
espaços na origem do tronco pulmonar e da 
parte ascendente da aorta entre a parede 
dilatada do vaso e cada válvula semilunar. 
 
▪ O sangue presente nos seios e a dilatação da 
parede impedem a adesão das válvulas à 
parede do vaso, o que poderia impedir o 
fechamento. 
 
▪ A abertura da artéria coronária direita é no seio 
da aorta direito e a abertura da artéria 
coronária esquerda é no seio da aorta 
esquerdo. 
 
▪ Nenhuma artéria origina-se do seio da aorta 
posterior (não coronário). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
VASCULATURA DO CORAÇÃO 
▪ As artérias coronárias e as veias cardíacas são 
as responsáveis pela vasculatura do coração. 
 
▪ O endocárdio e parte do tecido 
subendocárdico recebem nutrientes e oxigênio 
por difusão ou micro vascularização 
diretamente das câmaras cardíacas. 
 
▪ Os vasos sanguíneos percorrem a superfície 
do coração abaixo do epicárdio e parte deles 
estão entranhados no miocárdio. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO CORAÇÃO 
▪ As artérias coronárias direita e esquerda, são 
originadas dos seios da aorta correspondentes 
e irrigam o miocárdio e o epicárdio, seguindo 
por lados opostos ao tronco pulmonar. 
 
▪ A artéria coronária direita (ACD) após se 
originar do seio da aorta direito, segue para o 
lado direito do tronco pulmonar, vai até o sulco 
coronário e depois segue em direção ao ápice, 
sem alcança-lo. 
 
▪ Nesse trajeto, origina, geralmente, o ramo do 
nó sinoatrial (SA) ascendente (irriga o nó 
sinoatrial) e o ramo marginal direito (irriga 
margem direita do coração). 
 
▪ A ACD vai ainda para a esquerda após emitir 
o ramo marginal direito e continua no sulco 
coronário até a face posterior do coração. 
 
▪ Na parte anterior da cruz do coração, onde há 
junção dos septos interatrial e interventricular, 
a ACD origina o ramo do nó atrioventricular 
(irriga o nó AV). 
▪ Outro ramo proveniente da ACD é o ramo 
interventricular posterior, que passa pelo sulco 
interventricular posterior em direção ao ápice e 
envia os ramos interventriculares septais, que 
perfuram o septo IV. 
 
▪ A artéria coronária esquerda (ACE) se origina 
do seio da aorta esquerdo, passa pela aurícula 
esquerda e lado esquerdo do tronco pulmonar 
e segue para o sulco coronário. 
 
▪ Cerca de 40% das pessoas vai ter o ramo 
circunflexo da ACE originando o ramo do nó 
SA, que ascende até a face posterior do átrio 
esquerdo e vai até o nó SA. 
 
 
 
▪ No sulco coronário, a ACE divide-se em dois 
ramos: ramo interventricular anterior (ou 
descendente anterior esquerda - DAE) e o 
ramo circunflexo. 
 
▪ O ramo IV anterior segue pelo sulco IV e vai 
até o ápice do coração, faz a volta na margem 
inferior do coração e depois se anastomosa 
com o ramo IV posterior da ACD. 
 
▪ Algumas pessoas ainda têm o ramo lateral 
originado pelo ramo IV, que segue na face 
anterior do coração. 
 
▪ O ramo circunflexo, acompanha o sulco 
coronário pela margem esquerda do coração e 
vai até a face posterior, terminando no sulco 
coronário antes de chegar até a cruz do 
coração. 
 
▪ A ACD costuma irrigar os nós SA e AV, o 
miocárdio da parede externa do ventrículo 
direito (exceto sua face anterior), a face 
diafragmática do ventrículo esquerdo e o terço 
posterior do septo interventricular. 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Em geral, a ACE supre os dois terços 
anteriores do SIV (inclusive o feixe AV de 
tecido conectivo), a parede anterior do 
ventrículo direito e a parede externa do 
ventrículo esquerdo (exceto sua face 
diafragmática). 
 
▪ O domínio da vasculatura arterial coronariana 
é definida pela artéria que origina o ramo 
interventricular posterior, sendo que a 
coronária direita mais comumente 
desempenha este papel (67% dos casos). 
 
▪ Os leitos capilares do miocárdio drenam 
principalmente para o átrio direito por 
intermédio de veias que deságuamno seio 
coronário. 
 
▪ No entanto, as veias também podem entrar 
diretamente nas câmaras através das veias 
cardíacas mínimas. Nenhuma das duas vias 
tem válvulas. 
 
 
DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO 
▪ A drenagem venosa do coração é governada 
primariamente pelo seio coronário, com auxílio 
secundário das veias cardíacas anteriores, 
que entram diretamente no átrio direito, e das 
veias cardíacas menores, que se abrem 
diretamente no interior das câmaras 
cardíacas. 
 
▪ O seio coronário cursa transversalmente ao 
longo da superfície posterior do coração, no 
sulco coronário, e é uma veia particularmente 
larga, uma vez que recebe sangue da: veia 
cardíaca maior, veia cardíaca média, veias 
cardíacas menores, veia marginal esquerda, 
veias ventriculares posteriores esquerdas. 
 
▪ As veias cardíacas maiores cursam 
superiormente no sulco interventricular 
anterior, e entram o seio coronário pelo lado 
esquerdo. 
 
▪ A veia cardíaca média, também conhecida 
como veia interventricular posterior, também 
drena para o seio coronário, entretanto entra 
pelo lado oposto após cursar no sulco 
interventricular posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
COMPLEXO ESTIMULANTE DO 
CORAÇÃO 
▪ O complexo estimulante do coração é formado 
por nós intrínsecos especializados geradores 
de estímulos rítmicos e por feixes de músculo 
cardíaco modificado que conduzem os 
impulsos. 
 
▪ O resultado é a contração coordenada dos 
átrios e ventrículos. 
 
▪ O complexo estimulante consiste em tecido 
nodal, que inicia os batimentos cardíacos e 
coordena contrações das quatro câmaras, e 
fibras condutoras muito especializadas para 
conduzi-los rapidamente para as diferentes 
áreas do coração. 
 
▪ A seguir, os impulsos são propagados pelas 
células musculares estriadas cardíacas, de 
modo que haja contração simultânea das 
paredes das câmaras. 
 
▪ O nó SA está localizado na parede posterior do 
átrio direito, onde a veia cava chega ao 
coração. 
 
▪ O nó AV está na porção inferior do septo 
interatrial. 
 
▪ O feixe de His está no topo do septo 
interventricular, esse feixe se divide no interior 
da parede dos ventrículos denominando-se 
fibras de Purkinje, causando a contração 
simultânea dos ventrículos. 
 
▪ A regulação da ritmicidade do coração ocorre 
no nó SA ou marca passo do coração, emitindo 
um impulso aproximadamente 70 vezes por 
minuto. 
 
▪ Esta ritmicidade ocorre porque as membranas 
das fibras do nó SA são muito permeáveis ao 
sódio, que passa para o interior das fibras, 
fazendo com que o potencial da membrana em 
repouso passe para o valor positivo até atingir 
seu limiar transformando em potencial de 
ação. 
 
▪ O sinal de contração do nó SA propaga-se 
miogenicamente (através da musculatura) de 
ambos os átrios. 
 
▪ Centésimos de segundos depois, o impulso 
atinge o nó AV, que retarda o impulso para que 
os átrios forcem a passagem de sangue para 
os ventrículos. 
 
▪ O nó AV então distribui o sinal para os 
ventrículos através do fascículo AV. 
 
▪ Na junção das partes membranácea e 
muscular do septo interventricular (SIV), o 
fascículo AV divide-se em ramos direito e 
esquerdo. 
 
▪ Esses ramos prosseguem de cada lado do SIV 
muscular profundamente ao endocárdio e 
depois se ramificam em ramos 
subendocárdicos (Fibras de Purkinje), que se 
estendem até as paredes dos respectivos 
ventrículos. 
 
▪ A frequência de geração e a velocidade de 
condução são aumentadas pela parte 
simpática e inibidas pela parte parassimpática 
da divisão autônoma do sistema nervoso para 
atender às demandas ou poupar energia. 
 
▪ O nó sinoatrial (SA), gerador de impulsos, e o 
nó atrioventricular (AV), transmissor, 
geralmente são irrigados por ramos dos nós da 
ACD. 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO (SANARFLIX) – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ O fascículo atrioventricular e seus ramos são 
irrigados principalmente por ramos septais da 
ACE. 
 
▪ A oclusão de qualquer artéria coronária 
subsequente infarto do nó ou do tecido 
condutor pode exigir a inserção de um 
marcapasso cardíaco artificial. 
 
▪ O efeito da divisão autônoma do sistema 
nervoso sobre as artérias coronárias é 
paradoxal. 
 
▪ O controle da atividade cardíaca é feito pelo 
sistema nervoso simpático e parassimpático, 
que inervam de forma abundante o coração, 
além de fibras aferentes viscerais que 
conduzem fibras reflexas e nociceptivas 
provenientes do coração. 
 
▪ A estimulação simpática causa vasodilatação 
e a estimulação parassimpática, 
vasoconstrição. 
 
▪ Os impulsos elétricos que passam pelo 
complexo estimulante do coração podem ser 
registrados pelo eletrocardiograma. 
 
▪ Onda P é a despolarização das fibras atriais do 
nó SA, o complexo QRS é a despolarização 
dos ventrículos e a onda T é a repolarização 
dos ventrículos, iniciando assim um novo ciclo 
cardíaco. 
 
▪ Sobre a inervação do coração, refere-se à rede 
de nervos responsáveis pelo funcionamento 
do coração. 
 
▪ O coração é inervado por fibras simpáticas e 
parassimpáticas do ramo autonômico do 
sistema nervoso periférico. 
 
▪ A rede de nervos que irriga o coração recebe 
contribuições dos nervos vago direito e 
esquerdo, além de contribuições do tronco 
simpático. 
 
▪ Estes são responsáveis por influenciar a 
frequência cardíaca, o débito cardíaco e as 
forças de contração do coração. 
 
 
 
A ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA É 
RESPONSÁVEL POR 
▪ Aumentar dinâmica e funcionalidade do 
coração através do aumento da frequência 
cardíaca, da condução do impulso, da força da 
contratilidade e do fluxo sanguíneo pelos 
vasos coronários. 
 
▪ Aumentar a frequência de despolarização das 
células marca-passo e a condução 
atrioventricular. 
 
▪ A estimulação parassimpática é responsável 
por: 
 
▪ Diminuir a dinâmica do coração através da 
diminuição da frequência cardíaca, redução da 
força de contração e constrição das artérias 
coronárias, para poupar energia em períodos 
de maior demanda. 
 
▪ As fibras parassimpáticas liberam acetilcolina 
que se liga aos receptores muscarínicos 
resultando em redução da frequência de 
despolarização das células marcapasso e a 
condução atrioventricular além de diminuição 
da contração atrial.

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