Buscar

Ortodontia (Resumo) - Ortondotia e Ortopedia Facial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Eduvaldo C. S. Júnior 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL 
Histórico: 
 Ortodontia vem da união das palavras Orthos = correto / Dons = dentes ”dentes corretos”. 
 Foi a primeira especialidade da odontologia. 
 Finalidade: identificar o diagnóstico e o desenvolvimento maxilo/mandibular. 
Definição: 
 É o ramo da odontologia que tem por objetivo estudar: 
 Crescimento e desenvolvimento crânio-facial. 
 Cronologia das dentições. 
 Fisiologia das oclusões decíduas e permanentes. 
 Classificação das más oclusões. 
 Etiologia das más oclusões (pré-disposição como principal agente etiológico). 
 Bases do diagnóstico. 
 Biomecânica da movimentação ortodôntica e/ou ortopédica. 
Intenções da Ortondontia: 
PREVENÇÃO 
 Clínico geral e odontopediatria. 
 Importância dos dentes decíduos. 
 Extração precoce. 
 Hábitos bucais (sucção digital, respiração deficiente e etc). 
 Dentes supranumerários. 
 Agenesias. 
OBS: aos 4 anos de idade, pode se ver em radiografias, 20 dentes decíduos e 28 dentes permanentes. 
Mantenedores de Espaço: 
 BANDA ALÇA  aparelho fixo, passivo, indicado para crianças que perderam precocemente um dos molares 
decíduos. Tem como função preservar o perímetro do arco e é constituído de uma banda e uma alça metálica. 
Genericamente é indicado para perdas unitárias de dentes posteriores. 
 
 
 
 
 ARCO LINGUAL DE NANCE  mantenedor fixo, indicado para situações em que há perda precoce de mais de um 
molar decíduo no arco inferior. É constituído de uma estrutura metálica que contorna a face lingual dos dentes 
inferiores e se une a duas bandas (1º molar permanente ou 2º molar decíduo) dispostas simetricaente, uma em cada 
hemi-arco. 
 
 
 
 
 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 BARRA TRANSPALATINA (PALATINA)  quando ativo, movimenta os molares no sentido vestíbulo-lingual (V-L); 
quando passiva, promove a ancoragem dos dentes posteriores, podendo, inclusive, substituir o botão de Nance. É 
constituída de duas bandas, adaptadas geralmente nos primeiros molares permanentes, e de uma estrutura 
metálica, que cruza o palato bilateralmente, sem tocá-lo, e que se une às bandas. 
 
 
 
 
 
 
 BOTÃO DE NANCE  aparelho restrito a maxila, constituído de duas bandas com arco no palato e acrílico. É indicado 
para perdas múltiplas (semelhante à barra palatina), porém sua higienização é prejudicada. 
 
 
 
 
 
 APARELHO REMOVÍVEL  tem como vantagem sobre os fixos, a estética, e permite a função durante a mastigação, 
porém necessita mais da colaboração do paciente. 
 
 
 
 
 
INTERCEPTAÇÃO 
 Ação que faz com que um processo com desvio, seja interrompido e corrigido. São situações em que há 
interceptação na ortodontia: 
 Más oclusões incipientes. 
 Discrepância de modelo (falta ou excesso de espaço). 
 Diastema (positiva para o excesso de espaço). 
 Apinhamento (negativa para a falta de espaço). 
 Hábitos bucais (sintomas: palidez, olhar caído, cansaço). 
CORREÇÃO 
 Correção das anomalias de posição, relação e harmonia dento-maxilo-facial. 
 Estende-se até o desenvolvimento, após esta fase, é necessária a correção associada à cirurgia, quando há disfunção 
óssea. 
 Mecânica ortodôntica: alinhamento. 
 Bionator: aparelho removível que fica totalmente solto na cavidade bucal. Usado, em fase de crescimento, para 
promover um reposicionamento anterior da mandíbula (correção do retrognatismo mandibular). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
Mecanismo de ação: paciente faz a mordida forçada, onde deveria estar, haverá montagem dos modelos no 
articulador, posicionamento do aparelho bionator; retorno para a boca; esticamento da região condilar e túber 
proporcionando a formação de osso e o reposicionamento dos arcos. 
 
Fisiologia da Oclusão 
 Com o fim do reestabelecimento da oclusão e as funções bucais normais que conduzem ao equilíbrio das proporções 
e a estética facial. O melhor quadro estético é aquele que a fisiologia da oclusão está devidamente superposta. 
Ortodontia e Ortopedia facial 
 É o ramo da odontologa que tem por objetivo o estudo, a prevenção, a interceptação e a correção das anomalias de 
posição, relação e harmonia dento-maxilo-faciais, com o fim de restabelecer a oclusão e as funções bucais normais que 
conduzem ao equilíbrio das proporções e a éstetica facil. 
CLASSIFICAÇÃO DAS MÁS OCLUSÕES 
 Oclusão Normal: é baseada na relação cêntrica (RC) juntamente com a máxima intercuspidação habitual (MIH). Uma 
oclusão normal apresenta características anatômicas normais e uma oclusão estética. Segundo Andrews, para uma oclusão 
normal, existem uma relação de seis chaves de oclusão, nas quais foram baseadas: 
 120 modelos 
 Dentes sem tratamento ortodôntico. 
 Dentes bem alinhados e de boa aparência anatômica. 
 Oclusão não seria beneficiada do tratamento ortodôntico. 
Baseado nestes pontos, as chaves de oclusão são: 
1) RELAÇÃO MOLAR  vertende distal da cúspide disto-vestibular do 1º molar superior oclui com a vertente mesial da 
cúspide mésio vestibular do 1º molar inferior. 
2) ANGULAÇÃO MÉSIO-DISTAL DAS COROAS CLÍNICAS  formam a curva de Spee. Positivo: para mesial, Negativo: para 
distal. 
3) INCLINAÇÃO VESTÍBULO-LINGUAL DAS COROAS CLÍNICAS  formam a curva de Wilson. Positivo: vestibular 
(incisivos), próximo a 0°. Negativo: lingual (molares) posterior 25 a 30°. Os dentes decíduos não formam curva, pois 
são implantados verticalmente. 
4) PONTOS DE CONTATO  devem ser justapostos (justos) e não devem ter diastemas (linha média) ou espaçamento 
(fora da linha média). 
5) AUSÊNCIA DE ROTAÇÕES DENTAIS. 
6) CURVA DE SPEE  (1) plana e/ou suave. (2) profundidade normal está em torno de 2 mm. (3) vai do último dente em 
oclusão até a cúspide do canino. OBS: a curva de Spee reversa (mordida aberta resultaria numa extrusão dental, 
invertendo a curva). 
O que é classificar as más oclusões? 
 É separar os diversos tipos de más oclusões de forma a agrupá-las em classes que apresentam características 
comuns. 
Por que classificar as más oclusões? 
 Comunicação: rapidez na ientificação do aspecto clínico. 
 Comparação: casos clínicos com aspectos semelhantes. 
 Autocomunicação: ortodontista raciocina sobre fatores etiológicos e possíveis foras de tratamento. 
CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE, 1899 
 Baseado na avaliação ântero-posterior (relação sagital) da mandíbula x maxila, classificou a oclusão. 
 Acreditava-se que o 1º molar superior permanente tinha posição estável (conceito falso atualmente). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Cúspide mésio-vestibular do 1º molar superior relaciona com o sulco mésio vestibular do 1º molar inferior quando 
em oclusão (Chave de Molar). 
Vantagens: 
 É a mais utilizada. 
 Fácil e simples. 
 Com acréscimo de outros termos, que não foram propostos por Angle, se torna mais completa. Ex: Classe I com 
mordida aberta. 
Prevalência: 
 Más oclusões (88,53%) 
 Oclusão normal (11,47%) 
 Classe I (55%) 
 Classe II (42% - divisão 1 (7%) e divisão 2 (3%)). 
 Classe III (3%). 
Pontos de Referência: 
 Sulco mésio-vestibular do 1º molar inferior. 
 Cúspide mésio-vestibular do 1º molar superior. 
OBS: na ausência ou impossibilidade de se classificar com os 1º molares permanentes, os caninos serão as 
referências. 
CLASSE I  são englobados aqueles casos de má-oclusão em que a relação ântero-posterior dos 1° molares superiores e 
inferiores é normal. Isto significa que a mandíbula e o arco dentário à ela superposto, estão em correta relação mésio-distal 
com a maxila e demais ossos da face. A cúspide mésio-vestibular do 1° molar superior oclui com o sulco central do 1° molar 
inferior. A má-oclusão está geralmente confinada aos dentes anteriores. 
 Bilateral. 
 Oclusão justa (eixo cúspide x sulco apresentam encaixe). 
 Relação oclusal da cúspide M-V do 1° molar superior como sulco M-V do 
1° molar inferior. 
 Equilíbrio entre maxila-mandíbula. 
 Equilíbrio das funções musculares periorais. 
 Perfil facial harmonioso(selamento labial). 
 Apinhamentos. 
 Presença de espaços (pequeno número de dentes em relação à massa 
óssea). 
 Mordidas cruzadas. 
 Mordidas abertas. 
 Sobremordidas. 
 Biprotrusões (torna o perfil convexo). 
 Más posições dentárias individuais. 
OBS: para se obter espaços, há quatro formas: distalização, expansão, 
desgaste ou extração. 
CLASSE II  são aqueles casos em que a arcada inferior se encontra em relação distal com a arcada superior. A cúspide 
mésio-vestibular do primeiro molar inferior e a face distal da cúspide vestibular do segundo pré-molar inferior. Apresenta 
duas divisões: 
 DIVISÃO 1  relação molar em disto-oclusão. Os incisivos 
superiores apresentam uma inclinação vestibular. Há presença de 
uma sobressaliência acentuada (maxila e mandíbula em 
desarmonia, crescimento deficiente). Outra característica é a curva 
de Spee acentuada (incisivos ocluem na mucosa). A arcada dentária 
superior se mostra em V. O paciente apresenta o perfil facial 
convexo. Há um desequilíbrio muscular perioral proveniente da 
sobressaliência acentuada. 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 DIVISÃO 2 
 Melhor tratamento. 
 Vestibularização do incisivo lateral superior. 
 Verticalização ou lingualização do incisivo central superior. 
 Sobremordida acentuada. 
 Equilíbrio muscular perioral 
 Perfil facial tente a reto ou suavemente convexo. 
 
CLASSE III  são aqueles casos em que o primeiro molar inferior encontra-se em posição mesial na relação com o primeiro 
molar superior. A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide distal do primeiro 
molar inferior e a cúspide mésio-vestibular do 2° molar inferior. 
 Relação molar mésio-oclusão (1° molar inferior permanente). 
 Incisivo inferior com inclinação lingual. 
 Mordida cruzada anterior topo a topo. 
 Perfil facial côncavo. 
 Musculatura perioral pode estar desequilibrada. 
 Tratamento: cirurgia ortognática para prognatismo 
mandibular, e aparelho quando é maxila. 
 
 SUBDIVISÃO  quando apenas um lado apresenta CLASSE 
II ou CLASSE III, e no lado oposto a relação dos molares é 
de CLASSE I. Exemplos: 
1. Classe III subdivisão direita. 
2. Classe II divisão 1 subdivisão direita. 
3. Classe II divisão 2 subdivisão direita com mordida 
cruzada unilateral do lado direito. 
4. Classe I com mordida cruzada (dento alveolar). 
CLASSE IV 
 Classe II de um lado e Classe III de outro. 
 Geralmente ocorre devido a perda dental precoce. 
Críticas à classificação de Angle: 
 Radiografia cefalométrica comprovou que o primeiro molar superior permanente não era estável. 
 Considerava somente o sentido ântero-posterior das más oclusões, deixando de fora os planos vertical e transversal. 
 Baseado no posicionamento dentário não considerava a base esquelética. 
CLASSIFICAÇÃO DE LISHER, 1912 
1. Relação antero-posterior dos arcos. 
 
 Neutro-oclusão (Classe I de Angle). 
 Disto-oclusão (Classe II de Angle). 
 Mésio-oclusão (Classe III de Angle). 
 Normo-oclusão (Oclusão Normal). 
 
2. Alterações verticais 
 
 Sobremordida profunda. 
 Mordidas abertas / anterior (mesial a canino) e posterior (distal a canino). 
 Trespasse é normal. Em dentes permanentes o trespasse é de 3,0 mm, e em dentes decíduos será de 0 a 25% 
do comprimento da coroa. 
 
3. Alterações transversais. 
 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Mordidas cruzadas: 
 Anterior (sagital). 
 Posterior (unilateral / bilateral). 
 Funcionais. 
 Dento alveolares (apenas inclinação dental sem envolvimento ósseo). 
 Esqueléticas (ortognáticas). 
Mordida Cruzada Posterior 
 Geralmente está associada à hábitos deletérios. Ex: sucção digital, sucção de “chupetas”. 
 Dentadura mista ou decídua. 
Mordida Cruzada Anterior 
 Tendência a Classe III em dentes decíduos. 
Mordida Cruzada Funcional 
 Interferências dentárias (atresia maxilar). 
 Ajustes musculares (látero-oclusão). 
 Desvio da linha média em oclusão habitual. 
 Relação cêntrica ou boca aberta a linha média são coincidentes. 
 Mordida unilateral. 
OBS: prevalência de 80 a 97% das mordidas cruzadas unilaterais (associadas à DTM). 
Alterações: 
 Deslocamento do côndilo. 
 Lado cruzado (para dentro e acima na cavidade articular). 
 Lado descruzado (para baixo e fora da cavidade articular). 
 Resultado: assimetria facial. 
Mordida Cruzada Esquelética Dentro Alveolar 
 Pacientes jovens com dentições mistas apresentando inclinação dental, mantendo o alvéolo é classificado como 
dento-alveolar, já quando a base maxilar está comprometida e envolve o osso, é classificada como esquelética 
(desenvolvida por hábitos). 
Sobressalência (overjet) 
 Acentuada: mordida cruzada anterior. 
 Negativa: mordida cruzada invertida. 
 
4. Posicionamento dentário individual 
Indicam a posição ocupada pelo dente na arcada dentária. Quando o elemento dentário encontra-se posicionado de modo 
na não ocluir fisiologicamente, acrescenta-se o sufixo “versão”. Os tipos de “versões” existentes são: 
 Vestibuloversão. 
 Linguoversão. 
 Mesioversão. 
 Distoversão. 
 Supraversão (acima da linha de oclusão). 
 Infraversão (abaixo da linha média de oclusão). 
 Giroversão. 
 Axiversão (eixo invertido). 
 Transversão ou transposição (dentes trocados de posição). 
CRESCIMENTO CRÂNIOFACIAL 
CRESCIMENTO: aumento de tamanho. 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
MATURAÇÃO: mudanças de proporções. 
DESENVOLVIMENTO: complexidade progressiva. 
OSTEOGÊNESE: 
ENDOCONDRAL: processo de crescimento ósseo originado a partir de tecido cartilaginoso. 
 Mecanismo de ação: fatores genéticos ou ambientais que geram pressão na área. Ocorre hipertrofia de condrócitos 
na base do côndilo, aumentando o espaço intramedular, degenerando, onde ficou o espaço. O mesmo é invadido 
pelo tecido conjuntivo, tecido, sanguíneo e células mesenquimais mais diferenciadas que transformam em 
osteoblastos preenchendo a matriz óssea que se mineraliza formando osso. 
 Adaptação morfogenética, que propicie a formação constante de tecido ósseo em regiões que suportam níveis de 
compressão. 
Condrócitos (hipertrofiação)  cavidades separadas por tabiques  invasão de capilares  células mesenquimais 
indiferenciadas  osteoblastos  matriz óssea (mineralização)  formação óssea. 
 Locais de ocorrência da ossificação endocondral: 
 Côndilo mandibular. 
 Epífise de ossos longos. 
 Maior parte occipital. 
 Septo nasal. 
 Sincondroses (suturas com cartilagem – articulações da base do crânio). 
 Há dependência de ação do hormônio de crescimento. 
INTRAMEMBRANOSA: quando o processo tem origem na superfície óssea (periósteo). 
 Mecanismo de ação: nas superfícies ósseas, durante o desenvolvimento ósseo quando o mesmo é comprimido, há 
reabsorção. Quando este tecido sofre uma tensão, haverá uma formação óssea. Há regiões em que há reabsorção 
(periósteo) e outras há formação (endósteo). 
Células do tecido conjuntivo (diferenciação)  formação de osteoblastos  deposição óssea  mineralização desta matriz 
óssea  formação óssea. 
Em tecidos moles o crescimento se dá a partir do interstício. 
Em tecidos ósseos (processo aposicional nas superfícies, direto e acumulativo). 
REMODELAÇÃO ÓSSEA 
 Processo seletivo de aposição e reabsorção óssea que permite a alteração na forma, dimensões e proporções de 
cada região do osso. Ao nascer o neurocrânio do recém-nascido apresenta seu tamanho oito vezes maior que o viscerocrânio 
(face). Em adultos o neurocrânio tem o dobro do tamanho do viscerocrânio (face). 
RECOLOCAÇÃO ÓSSEA 
 Movimentos de crescimento real, onde é observado apenas um ponto. 
 Aposição    Reabsorção. 
 Área anterior do ramo: ocorre reabsorção. 
 Área posterior do ramo: ocorre formação. 
 Ambos sofrem uma aposição, ou seja, modificação de um ponto (todo ponto sempre sofrerá uma aposição). 
Movimentos de Crescimento 
 DESLIZAMENTO  crescimento real, resultante do processo de aposição e reabsorção (remodelação). Observado em 
uma região. DESLOCAMENTO PRIMÁRIO  resultante do deslocamento do próprio osso, observado regional. 
 
 Crescimento da maxila e mandibula ocorre para baixo e para frente. 
 Movimentação de crescimento da maxila ocorre por sí mesma. 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 
 Deslocamento secundário  movimento do osso (crescimento) pela formação de ossos secundários. 
 
 Movimento de crescimento pela formação da base do crânio. 
 Resultante de aposição de um outro osso. 
Centros de Crescimento 
 Côndilo e borda posterior do ramo. 
 
 Parede posterior ocorre formação e parede anterior ocorre uma reabsorção, para aumentar o corpo maxilar. 
 Maior crescimento: mulher (menarca), homem (antes dos 13 anos de idade). 
 
 Tuberosidade lingual mandibular. 
 
 Regiões vitais para erupção dos dentes posteriores, onde há reabsorção do ramo anterior. 
 
 Tuberosidade maxilar 
 
 Erupção dos dentes pela formação de osso na tuberosidade maxilar 
. 
 Processo alveolar. 
 
 Só existe pela presença dos dentes. 
 Ao nascer: mandíbula praticamente apresenta só a área basal. 
 
 Suturas. 
 
 Adapta tensões que respondem as forças produzidas pelos tecidos moles que estão crescendo, afastando-se e 
depois unindo-se por aposição óssea. 
 
 Septo nasal. 
 
 O compleso naso-maxilar é feita pelo processo de sutura. 
 Septo é uma cartilagem que quando comprimido sofre deformação. 
 Crescimeno intersticial gerando uma pressão para baixo e para frente. Este crescimento pode gerar um trauma 
precoce. 
 
 Superfície. 
 
 Responde por crescimento intra-membranoso por remodelação. 
 Proporcionam aumentos regionais e remodelações concomitantes aos outros tipos de crescimento. 
BIOGÊNESE DOS DENTES DA OCLUSÃO 
 Os dentes iniciam sua formação no embrião na 6ª semana intra-uterina. 
Mecanismo: proliferação ectodérmica em lâmina dentária, no qual em cada uma se encontra um broto dentário (matriz do 
que será um dente). 
Germe dentário: 
 Órgão do esmalte. 
 Papila dentária. 
 Saco dentário (folículo). 
ODONTOGÊNESE: 
 Iniciação: os 3 tecidos começam a invadir o mesênquima. 
 Proliferação: após a invação, proliferam (se expandindo). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Histodiferenciação: diferenciação dos tecidos. 
 Aposição: aposição do tecido específico que foi gerado. 
ERUPÇÃO DENTÁRIA: 
 O que se deve avaliar quando há perda de dentes decíduos: saber o estágio de formação dental (informação que 
determina a terapêutica com o uso de mantenedores de espaço); radiografia (verifica o estágio de formação do 
dente permanente). 
Estágio de Nolla (1960) 
0. Ausência de cripta. 
1. Presença de cripta. 
2. Calcificação inicial. 
3. 1/3 da coroa formada. 
4. 2/3 da coroa formada. 
5. Coroa quase completa. 
6. Coroa completa  dente começa seu trajeto em direção à cavidade bucal. 
7. 1/3 da raiz formada. 
8. 2/3 da raiz formada  metade ou 2/3 – atinge a cavidade buca. 
9. Raiz quase completa. 
10. Ápice completa  quando o dente atinge seu antagonista. 
 
 Alta correlação: estágio radicular x época de irrupção. 
 Início: coroa clínica completa. 
 Nível da crista óssea = 2/3 da raíz formada. 
 Cavidade bucal = ¾ da raiz formada. 
Um dente começa a irromper depois da coroa formada, ultrapassa a crista depois de 2/3 de raiz formada e aparece na 
cavidade bucal depois de ¾ de raiz formada. 
Desenvolvimento da dentadura decídua 
 Sempre a dentadura inferior prescede a superior, sendo o incisivo central, o primeiro a surgir por volta dos 6 meses 
de idade. 
 Entre 6 a 24 meses: irrupção de todos os decíduos. 
 16 meses: estabelecimento da primeira dimensão vertical. 
(1°) ICI  (2°) LI  (3°) ICS  (4°) ILS  (5°) 1° MI  (6°) 2° MI  (7°) CI  (8°) CS  (9°) 2° MI  (10°) 2° MS. 
OBS: o 1° molar decíduo antecede o canino, pois nesta fase há necessidade de estabelecer a dimensão vertical e de se 
estabelecer a oclusão, pois determina a deglutição. 
Quando o paciente possui um desvio além do padrão de normalidade, pode-se desconfiar de alteração hormonal ou 
manifestação sindrômica. Ex.: síndrome de Down (irrupção tardia). 
Recém Nascido 
 Todo recém nascido apresenta a mandíbula medindo 2,5 mm aquém da maxila – um crescimento para frente. 
 Relação entre os roletes gengivais. 
 Não há contato dos rebordos anteriores, apenas contato na região dos molares. 
 Base da mandíbula retruída em relação ao crânio. 
 Inferiores se encontram posicionados 2,5 mm mais posteriores. Quando os dentes posteriores (1° molares decíduos) 
irrompem, é necessário corrigir essa retrusão (mais ou menos 1 ano e meio de vida). 
 Essa discrepância se corrige até irrupção dos 1º molares decíduos. 
 Não existe correlação na separação entre os roletes gengivais e o desenvolvimento de mordidas abertas. 
Características da Dentadura Decídua 
 Incisivos superiores e inferiores encontram-se verticalizados em relação ao plano oclusal e a face. 
 Dentes decíduos estão implantados verticalmente na base óssea, resultando na ausência das curvas de Spee 
(vestibular) e Wilson (mesial). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 O crescimento, entre 3,5 e 5,5 anos de idade, só ocorre dimensionalmente, ou seja, em altura da dentição é relativa 
aos germes em formação dentária. 
 Plano oclusal relativamente aproximado da ATM. 
BIOGÊNESE: 
A verticalização somada à proximidade do plano oclusal e ATM, provocarão atrição normal. Só não é normal quando há 
desgaste acentuado, hipercementose, mobilidade dentária, hipersensibilidade e aumento do espaço periodontal (bruxismo). 
Atrição 
 Desgaste normal logo que os dentes entram em oclusão. 
 Varia com a alimentação e hábitos. 
 Dentes decíduos se desgastam mais rapidamente que os permanentes e resulta em dentes anteriores com coroas 
clínicas mais curtas e um aplainamento oclusal nos posteriores. 
Presença de Diastemas 
 Tipo I: presença de diastemas normais 
 Tipo II: ausência de diastemas – maior incidência de apinhamento. 
O apinhamento depende do tamanho do rebordo dos dentes permanentes e não quando há presença ou não de diastemas. 
Espaço Primata 
Espaço existente tanto em maxila quanto em mandíbula e fazem parte do mecanismo compensatório de espaço para 
acomodação dos dentes permanentes nos arcos inferiores e superiores. 
 TIPO I  possui espaços generalizados tanto no arco inferior quanto no superior. 
 TIPO II  não possui espaços generalizados ou diastemas. 
 
 Superior: mesial a canino (função de estabelecer o espaço funcional para incisivos superiores – alinhamento). 
Discrepância entre incisivos decíduos e permanentes: 3,8 x 2,0 = 7,6. 
 Inferior: distal a canino (serve para relação molar final) 
Discrepância: 3 x 2 = 6 mm. 
OBS: o pré-molar permanente irrompe dos 2° molares decíduos. É relação terminal entre 2° molares decíduos favorecendo a 
mesialização do molar inferior. 
Dentadura Mista 
 Relação terminal entre os 2° molares decíduos 
2° Molar Decíduo Porcentagem (%) 1° Molar Permanente 
Plano 76 Topo 
Degrau Mesial 14 Neutro oclusal 
Degrau Distal 10 Classe II 
Entre 76% dos casos, a relação terminal entre os 2° molares decíduos é reta. No plano terminal reto, oclusão ocorre 
cúspide – cúspide (Classe II), distalizando-se. Para resolver esta relação, há 2 soluções: dente permanente do 1° 
molar superior sofrerá distalização. A outra opção é a mesialização do 2° molar inferior e por esse motivo, necessita-
se de espaço. 
Ajuste da Relação dos 1° Molares Permanentes 
 Fechamento dos espaços primatas inferiores. 
 Crescimento diferencial maxilo-mandibular. 
 Utilização do espaço disponível de Nance. 
 Combinação dos 3 fatores associados. 
Espaço Disponível de Nance 
 Decíduos: Canino + 1° Molar Decíduo + 2° Molar Decíduo (Maior). 
 Permanentes: Canino + 1° Pré-Molar + 2° Pré-Molar (espaço menor que o espaço dos dentes decíduos). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Nem todo dente permanente é maior que o seu predecessor decíduo. 
 Superior: 0,9 x 2 = 1,8 
 Inferior: 1,7 x 2 = 3,4 
CLASSIFICAÇÃO 
 1° períodotransitório: compreende a primeira troca de incisivos e 1° molares permanentes. 
 Período inter-transitório: irrupção dos incisivos e 1º molares permanentes, porém caninos e pré estão em fase de 
desenvolvimento. 
 2° Período transitório: troca dos remanescentes caninos e pré-molares. 
 
Irrupção e Alinhamento dos Incisivos Permanentes 
 Desenvolvimento dos permanentes se dá por lingual aos decíduos e posição final proveninente do equilíbrio entre 
lábio e língua. 
OBS: como se obtém o espaço para alinhamento dos incisivos? 
 Superiores: espaço primata, trajeto vestibularizado de irrupção e aumento do crescimento transversal (intercaninos). 
 Inferiores: crescimento transversal e trajeto de irrupção. 
ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS 
Crescimento Transversal 
 Maior aumento na época de irrupção dos incisivos permanentes: superior (3 a 5 mm) e inferior (1 a 3 mm). 
DENTES CRESCIMENTO TRANSVERSAL (mm) 
13 – 23 5 
16 – 26 4 
33 – 43 3 
36 – 46 2 
 
Comprimento do Arco 
SUPERIOR – Variável 
 Espaço disponível de Nance (fator de perda de crescimento) 
 Desgaste Interproximais (redução) – proveniente do desgaste natural, mastigação e etc, reduzindo o comprimento. 
 Componente anterior de forças (reduz) 
 Trajeto de irrupção (aumenta), por isso que no arco superior é variável, às vezes o trajeto supera os 3 fatores de 
perda. 
INFERIOR – Diminuição (mesial Molar) 
 Espaço disponível de Nance. 
 Desgaste interproximal. 
 Componente anterior de forças. 
 Espaço primata inferior. 
 Inclinação lingual dos incisivos inferiores – ocorre quando a tumba palatina regride, gerando um maior espaço para a 
acomodação da linha, portanto, ela atua sobre os incisivos inferiores, neutralizando-os. 
 Ganho: trajeto de irrupção. 
Perímetro: 
SUPERIOR – Variável 
 Espaço disponível de Nance (diminui). 
 Desgaste interproximal (diminui). 
 Componente de forças anteriores (diminui). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Trajeto de irrupção (aumenta). 
 Crescimento transversal (aumenta). 
INFERIOR 
 Espaço disponível de Nance (diminui) 
 Desgaste interproximal (diminui) 
 Componente de forças anteriores (diminui) 
 Espaço primata (diminui) 
 Inclinação lingual dos incisivos inferiores (diminui) 
 Trajeto de irrupção (aumenta) 
 Crescimento transversal (aumenta). 
FASE DO PATINHO FEIO 
1. Divergência dos longos eixos (caninos encontram-se na raiz do incisivo lateral, divergindo as coroas, posteriormente 
a coroa é pressionada alinhando a mesma). 
2. Aparecimento de diastemas. 
3. Duração de 3 a 4 anos. 
Estágio do Patinho Feio 
 Posição dos incisivos laterais contra superfícies distais dos incisivos centrais. 
 Posição dos caninos: incialmente tendem a agravar, porém ao final, há correção natural. 
Dentadura Permanente 
 Oclusão ideal (3%). 
 Oclusão aceitável (27%) 
 Má oclusão (70%). 
Apinhamento: 
CARACTERÍSTICAS PRIMÁRIAS  (1) hereditário. (2) discrepância entre tamanho do dente x arco dentário. (3) ocorre durante 
a troca dos incisivos. 
CARACTERÍSTICAS SECUNDÁRIAS  (1) acomete região posterior. (2) pode ser de origem hereditária e/ou ambiental. 
CARACTERÍSTICAS TERCIÁRIAS  (1) ocorre entre 16 – 18 anos. (2) apinhamento em adultos, acomete preferencialmente os 
incisivos inferiores. (3) tem sua origem no crescimento mandibular, principalmente, pela erupção dos 3°s molares. 
OBS: difiodontes (apresentam 2 dentições, sendo 1 decídua e 1 permanente) e dentaduras (apresentam 3 fases distintas de 
formação dos dentes: distal, mesial e palatina). 
ETIOLOGIA DAS MÁS OCLUSÕES 
Tem por objetivo determinar as causas de anomalias dentofaciais, com intuito de facilitar: 
 Prevenção. 
 Interceptação. 
 Correção, após instalada a má oclusão. 
 Prevenir recidivas. 
FATORES ETIOLÓGICOS 
Fatores Gerais: agem a distância, muitas vezes durante a formação do indivíduo no período embrionário. 
1. Hereditariedade: 
 
 Misturas raciais aumentam a frequência das discrepâncias no tamanho dos maxilares e os transtornos oclusais são 
mais significantes. 
Tipos faciais são: 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 
 BRAQUIFACIAL (1) face quadrada, coroas curtas, 
arco amplo, raso e presença de sobremordida. 
 MESIOFACIAL (3) face mais equilibrada, 
proporcional, equilíbrio de altura e largura. 
 DOLICOFACIAL (2) face mais longa, arcos 
dentários estreitos e profundos, mordida aberta e padrão de 
musculatura mais frágil. 
 
2. Deformidades congênitas (ao nascimento): 
 
 Paralisia cerebral: isquemia e distúrbios nas seguintes funções: mastigação, deglutição, fonética, respiração e 
postura. 
 Fissuras lábiopalatais: falta de coalescência entre os segmentos que formam os lábios e palato (1° arco 
braquial) entre a 6° e 7° semana intrauterina, ocorre a fusão e formação dos botões dentários. 
 
A) Parte central do nariz e lábio 
B) Região infraorbitária e asa do nariz. 
C) Região infraorbitária ao lábio lateral. 
D) Região inferior da face. 
 
 Disostose cleidocraniana: 
 Hipoplasia de clavícula. 
 Retenção prolongada dos dentes decíduos. 
 Protrusão mandibular. 
 Dentes supranumerários. 
 Erupção tardia dos permanentes. 
 Rizólise não compatível com a rizogênese. 
 
 Displasia ectodérmica: 
 Conjunto de síndromes: quando 3 ou mais tecidos de origem ectodérmica estão alterados. 
Ex.: alterações dentofaciais, nariz em sela e lábios protrusos. 
 Pouca transpiração (hipertermia). 
 Alterações morfológicas (hipoidrótica: funcionamento deficiente das glândulas sudoríparas). 
 
3. Fatores Ambientais: 
 
 Pré-natais: 
 Posição intrauterina. 
 Fibromas uterinos. 
 Dieta e metabolismo materno. 
 Enfermidades. 
 Drogas. 
 
 Pós-natais: 
 Lesões traumáticas ao nascer. 
 Traumatismo. 
 Tecidos cicatriciais. 
 Anquilose condilar. 
 Fraturas de côndilo (micrognatismo maxilo-mandibular). 
 
4. Enfermidades Sistêmicas: 
 
 Poliemielites. 
 Distrofias musculares. 
 Endocrinopatias (hipófise, tireóide, paratireóide). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Nutrição: raquitismo (carência de vitamina D) ou escorbuto (carência de vitamina C). 
 Postura: crescimento anormal dos maxilares, Classe II. 
 Traumatismo (alterações musculares). 
 
5. Hábitos Bucais Deletérios: 
 
 Ornicofagia. 
 Sucção digital, lábios ou chupetas. 
 Respiração bucal. 
 Interposição atípica da língua. 
OBS: grade lingual fixa (aparelho recordativo para não haver sucção digital e não ocorrer a sobreposição da língua) 
Fatores Locais: 
Anomalias de Número 
 Supranumerários. 
 Extranumerários 
 Ausências dentais (agenesias) 
 Hipodontia (poucos dentes). 
 Oligodontia (vários dentes ausentes). 
 Anodontia (todos os dentes ausentes). 
Anomalias de Tamanho 
 Macrodontia: localizada, generalizada e relativa (dente normal para ossos alterados). 
 Microdontia: localizada, generalizada e relativa (dente menor para osso normal). 
Anomalias de Forma 
 Conóides 
 Germinação (separação de coroa). 
 Concrescência (unidos pela raiz). 
 Fusão (coroas unidas). 
 Cúspide extra (Tubérculo de Carabelli). 
Freios e Bridas 
 Inserções baixas dos freios labiais. 
 Freios: inserções em linha média. 
 Bridas: inserções laterais. 
 Verificar origem dos diastemas: mesiodens, hábitos, hereditariedade e agenesias de laterais. 
OBS: para se diagnosticar freios labiais com inserções patologicas, deve-se realizar uma radiografia para identificar se há ou 
não a presença de algum obstáculo. Traciona-se o lábio e verifica-se a inserção na região uma leve isquemia da papila. 
Tratamento: caso o freio atrapalhe as funções mastigatórias e fonéticas, pode-se realizar uma frenectomia, que consiste em 
seccionar o freio labial em sua inserção. Caso contrário devido a recidiva, fazer apenas após a dentadura permanente se 
formar (irrupção dos caninos), fechamento mecânico dos diastemas com terapêutica ortodôntica. 
6. Perda precoce de dentes decíduos 
 
 Migrações dentárias. 
 Diminuição do perímetro do arco. 
 Extrusão do antagonista. 
 Propicia ainstalação de hábitos. 
 Atraso da irrupção dos dentes permanentes. 
 Problemas psicológicos na criança. 
 
7. Retenção prolongada de decíduos: 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
Causas: 
 Falta de sincronia entre risólize e risogênese. 
 Anquilose de decíduo. 
 Ausência de permanente. 
Consequências: 
 Atraso da erupção dos dentes permanentes. 
 Erupção ectópica. 
 Modificações no perímetro do arco. 
 
8. Irrupção Tardia dos Permanentes: 
Causas: 
 Presença de supranumerários. 
 Raiz residual de decíduos. 
 Fibrose gengival. 
Consequências: 
 Dilaceração radicular. 
 Migrações dentárias. 
Tratamento: 
 Bulectomia 
 
9. Erupção Ectópica 
Causa: 
 Falta de espaço no arco dentário, por fatores genéticos ou fatores ambientais. 
Dentes mais acometidos: 
 Caninos superiores e 2° pré molar inferior, devido a cronologia de erupção, estes são os últimos dentes a 
irromperem. 
Tratamento: 
 Extração dos prés molares e tração dos caninos 
OBS: Transposição  troca dos dentes no arco (remover o dente transposto, porém, caso não queira a extração dentária, 
pode-se alterar a anatomia dos mesmos). 
10. Anquilose 
 
 Formação de ponte óssea ligando o cemento à lâmina dura alveolar (princípio de reabsorção). 
 Dentes acometidos: 
 Molares decíduos (apoptose dos cementoblastos). 
 Incisivos superiores (traumatismos dentoalveolares). 
 Caninos superiores (impacções devido à sua cronologia de erupção). 
 
11. Cárie Dental 
 Perda prematura de dentes. 
 Perda de pontos de contato interdentais. 
 Migrações dentárias: inclinação, giroversão e extrusão. 
 Diminuição do perímetro do arco. 
 
12. Fatores Iatrogênicos 
 Próteses inadequadas. 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Cirurgias mal realizadas. 
 Ortodontia mal conduzida. 
 Dentística (excesso ou falta de material restaurador) 
GRANDES CAUSAS: 
 Genética: fatores que ficam impossibilitados de serem alterados. 
 Ambientais: fatores externos oriundos de problemas na prevenção: cárie, hábitos nocivos, traumatismos e 
iatrogenias. 
 
HÁBITOS BUCAIS 
HÁBITOS DA INFÂNCIA: 
 Sucção digital ou de chupetas. 
 Respiração bucal. 
 Interposição e língua entre os dentes. 
 Ornicofagia. 
 HÁBITOS: 
 Disposição adquirida pela repetição frequente de um ato. 
 Os movimentos interiores ou tensões são revelados por meio de algum movimento muscular ou ação. 
CAVIDADE BUCAL: 
 Paladar tátil e posição da mandíbula. 
 Acuidade tátil: percepção do tamanho, textura e forma do objeto (lábio e porção anterior da língua). 
 A estabilidade do complexo maxilo-mandibular é determinada pelo equilíbrio das forças intrínsecas que o rodeiam. 
OBS: equivalência de forças contrárias da musculatura, forças iguais, porém, contrárias  Lábio  Dentes  Língua. 
HÁBITOS BUCAIS: 
 Equação ortodôntica: as causas atuam em épocas sobre os tecidos produzindo resultados (intensidade, frequência, 
duração (tempo) do hábito; e a época que houve atuação enquanto criança). 
 Respirador bucal. 
 Sucção digital ou chupeta. 
 Deglutição atípica (interposição labial ou lingual). 
 Outros hábitos (ornicofagia, postura, fonação e etc). 
RESPIRADOR BUCAL: 
Vias aéreas superiores   adaptação funcional   respirador bucal. 
Etiologia da Respiração Bucal: 
Qualquer fator que obstrua a passagem de ar pela cavidade nasal, seja parcial ou total; assim respirar pela boca é uma forma 
compensatória para a obstrução nasal. Existem alguns fatores que possibilitam a respiração bucal: 
 Hipertrofia dos cornetos: devido à alergia (provocam edemas locais), crises de rinites alérgicas. 
 Hipertrofia da adenóide. 
 Vegetações adenoideanas muito proeminentes. 
 Desvio de sépto. 
 Rinites alérgicas. 
OBS: reduzem a capacidade de entrada de ar na cavidade nasal. 
Funções da Mucosa Nasal: 
 Filtragem. 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Aquecimento. AR 
 Umidificação. 
Respiração Bucal: 
 Efeitos Imediatos: ressecamento e irritação da mucosa bucal e faringeana, consequente da passagem do ar impuro, 
frio e seco. 
 Efeitos Mediatos: quebra do equilíbrio muscular; prováveis alterações dento-esqueléticas durante o crescimento 
crâniofacial. 
 Genética + ambiente: determina o crescimento, fazendo com que o palato cresça para baixo e para frente 
(respirador nasal). Já os respiradores bucais, possuem o palato profundo, impedindo o crescimento das vias nasais 
para baixo e para os lados, assim o palato apresenta o aspecto mais profundo. 
 A língua em contato com o palato (boca fechada e respiração pelo nariz), no respirador bucal a língua não fica em 
contato com o palato. 
 Ao abrir a boca para respirar perde-se a força do lábio e língua, e língua e palato, gerando uma mordida cruzada 
posterior e um palato ogival (atrésico e profundo). 
Características Dentoesqueléticas do Respirador Bucal: 
 Face adenoidiana. 
 Palato profundo. 
 Palatro atrésico. 
 Mordida cruzada posterior. 
 Incisivo superior vestibularizado. 
 Lábio superior hipotônico e curto. 
 Lábio inferior hipertônico, interpondo 11 e 21. 
 Incisivos inferiores verticalizados. 
 Sobressalência acentuada. 
 Pode ocorrer casos de uma mordida aberta anterior e classe II. 
 Ângulo goniaco aberto. 
 Plano mandibular inclinado. 
 Terço ântero-inferior aumentado. 
 Selamento labial deficiente. 
 Gengivite. 
 Face longa e estreita (nariz). 
 Perfil convexo. 
 Palidez (falta de oxigenação). 
 Caixa toráxica estreita e saliente (peito de pombo). 
OBS: nem todos os respiradores bucais apresentam todas as características supracitadas, depende da intensidade, duração, 
frequência e predisposição que cada um tem. 
Relação Causa x Efeito: 
 Predisposição. 
 Graus de obstrução. 
 Postura lingual e mandibular. 
 Interação, herança genética e ambiente. 
Diagnóstico Diferencial na Respiração: 
NASAL: 
 Selamento labial. 
 Narinas se dilatam (ação do músculo elevador da asa do nariz). 
BUCAL: 
 Lábios entreabertos. 
 Narinas imutáveis (hipotrofia do músculo elevador da asa do nariz). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
Terapêutica do Respirador Bucal: 
 Avaliação médica. 
 Remoção do hábito. 
 Correção das alterações morfológicas. 
SUCÇÃO DIGITAL OU CHUPETA 
Impulso de sucção: importante para o desenvolvimento da face. 
Etiologia: 
 Alimentação deficiente. 
 Irrupção de molar decíduo. 
 Satisfação do instinto de sucção. 
 Tensão emocional: insegurança. 
 Aspectos psicológicos (necessidade de atenção). 
OBS: estímulo ambiental para desenvolvimento da face: amamentação. 
Impulso de sucção  alimentação  resíduo do esforço (frustração)  sucção digital e/ou chupeta  satisfação. 
Persistência do Hábito de Sucção Digital: 
 Incisivos superiores vestibularizados. 
 Incisivos inferiores verticalizados. 
 Retrusão mandibular (Classe II). 
 Mordida aberta difusa (interposição lingual). 
 Palato atrésico. 
 Mordida cruzada posterior. 
 Selamento labial deficiente. 
 Lábio superior hipotônico e inferior hipertônico. 
Persistência do Hábito de Sucção de Mamadeiras / Chupetas: 
MORDIDA ABERTA CIRCUNSCRITA: 
 Crescimento vertical inibido. 
 Interposição lingual. 
 Palato atrésico. 
MORDIDA CRUZADA POSTERIOR: 
 Retrusão lingual. 
 Ação muscular das bochechas. 
 Incisivos verticalizados ou vestibularizados. 
MANIFESTAÇÕES DAS MÁS OCLUSÕES 
 Predisposição. 
 Posição dedo/chupeta. 
 Contração muscular bucofacial. 
 Postura mandibular. 
 Padrão crâniofacial. 
 Força aplicada aos dentes e processo alveolar. 
 Frequência e duração do hábito. 
Cuidados: 
 Chupeta ortodôntica: estreita, curta, achatada e com bisel (chanfrado) na ponta (não impede o risco de alteração, 
porém, acontece com menos intensidade). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Mamadeira: retirar quando a criança estiver preparada (2 a 3 anos); furo para saida do leite deve ser o menor 
possível; uso de um bico ortodôntico. 
A interrupção brusca, pode causar: trauma e transferência, por isso deveser feito de maneira gradual e de modo a não 
afetar o desenvolvimento psicológico da criança. 
Protocolo Terapêutico: 
 Dependente de algumas variáveis: idade (5 anos), duração, frequência, intensidade, posição do dedo/chupeta. 
 Correção das alterações morfológicas. 
 Aparelho retardatário: evitar que o paciente volte a realizar a sucção digital. 
 Acompanhamento psicológico. 
OBS: trata-se primeiro a mordida cruzada, devido à atresia muscular, ao tratar, a mordida aberta, vai conseguindo 
chegar ao lugar devido. 
DEGLUTIÇÃO ATÍPICA: 
 Interposição lingual/labial. 
 Projeção forçada da língua ou do lábio inferior contra ou entre os dentes, alterando o equilíbrio fisiológico entre as 
estruturas bucofaciais. 
 Funções da lingua: deglutição, proteção das vias aéreas, posicionamento dos dentes. 
Fisiologia da Deglutição: 
Deglutição Infantil Normal: 
 Maxilares separados: lingua entre os rebordos gengivais. 
 Estabilidade mandibular via contração dos músculos faciais e interposição lingual. 
 Deglutição controlada pelo intercâmbio sensorial entre o lábio e língua. 
 Desaparece com a irrupção dos molares (16 meses). 
Deglutição Madura Normal: 
 Pouca atividade dos lábios e musculaturas faciais. 
 Contração dos elevadores de mandíbula (dentes em oclusão). 
Etiologia da interposição lingual: 
 Desequilíbrio do controle nervoso. 
 Amígdalas hipertrofiadas. 
 Macroglossia. 
 Anquiloglossia. 
 Freio lingual extenso. 
 Estado de nutrição (redução nos níveis de vitaminas D e E). 
 Hábitos alimentares. 
 Perda precoce ou diastemas anteriores. 
 Fatores simbióticos (mordida aberta). 
 Respiração bucal. 
 Hábitos de sucção. 
 Ornicofagia. 
Exame Clínico: 
INICIAL: 
 Espelho ou abaixador de língua, lábio inferior. 
 Exame de oclusão, deglutição, averiguando a normalidade. 
 Interposição, desoclusão/ contração do lábio inferior e mento. 
COMPLEMENTARES: 
 Macroglossia (sobre coroas/dentições). 
Eduvaldo C. S. Júnior 
 
 Freio lingual extenso (localizado entre os ductos sublinguais). 
 Amigdalas hipertrofiadas. 
 Perda precoce de elementos dentários ou diastemas anteriores. 
 Hábitos simbióticos (respiração bucal, sucção digital, ornicofagia). 
TERAPÊUTICA: 
 Ortodontia. 
 Ortopedia. Método Mecânico 
 Cirurgias corretivas (ortognática). 
 
 Otorrinolaringologia. 
 Fonoaudiologia. Método Educativo. 
 Outras áreas afins.

Outros materiais