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Fonte: https://www.freepik.com/ Módulo 1 Legislação para a pessoa idosa no Brasil e no mundo 1. Apresentação A Constituição Federal de 1988 garante que “o envelhecimento é um direito personalíssimo e sua proteção um direito social [...]” (BRASIL, 2004, p. 24). Neste sentido, o curso DAS POLÍTICAS ÀS AÇÕES: DIREITOS DA PESSOA IDOSA NO BRASIL é uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e tem como estratégia a ampliação do acesso a dados e informações relevantes sobre a população idosa. O curso está organizado em cinco módulos que abrangem desde conceitos iniciais, legislações nacionais e internacionais, perfil da população idosa no Brasil, diversidade, políticas públicas, tópicos sobre prevenção e promoção à saúde e rede de proteção à pessoa idosa. Tem como objetivo difundir dados e informações relevantes sobre o envelhecimento da população brasileira, oportunizar aos alunos conteúdos sobre as diferentes influências e condicionantes para o envelhecimento ativo e saudável e problematizar as políticas e as ações voltadas às necessidades da população idosa brasileira. Para tanto, seus temas são direcionados a profissionais, estudantes e demais interessados na temática. Para compreender o fenômeno do envelhecimento é necessário olhar além dos aspectos biológicos, é preciso perceber o conjunto de influências culturais e sociais que tornam esta etapa do ciclo vital tão diversa e ao mesmo tempo tão importante para a história de um país. Envelhecer não é sinônimo de perdas ou de adoecimento, mas um processo que reflete trajetórias de lutas e conquistas em todas as dimensões da vida. Este é um curso online e o ambiente virtual é uma estratégia para que um número cada vez maior tenha acesso a conteúdos de qualidade e que informem, de forma objetiva, com linguagem acessível, dados atuais e resultados de pesquisas de ponta. Espera-se que ao final do percurso pedagógico, o aluno tenha compreendido as principais características do processo de envelhecimento, tenha noções sobre cuidado, diversidade, rede de apoio e conheça a organização política e social do país no que se refere à promoção do envelhecimento ativo e saudável. 2. Justificativa e objetivos Olá, tudo bem? Neste módulo vamos conhecer as legislações nacionais e internacionais que abordam os direitos das pessoas idosas. O conteúdo do módulo abrange uma retomada histórica sobre os marcos importantes para a população idosa, os aspectos centrais do Estatuto do Idoso e a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos. Ao longo do estudo você também conhecerá o papel da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI) e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI). Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/22226 Ao final desse módulo você deverá ter alcançado os seguintes objetivos: Estudar as legislações e documentos nacionais e internacionais que promovem os direitos das pessoas idosas; Compreender a esfera de atuação da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Bons estudos! 3. Legislação nacional e internacional aplicada à pessoa idosa A trajetória de conquistas da população idosa tem importantes marcos legais, nacionais e internacionais, e dentre eles, destacamos para seu estudo, as Assembleias Mundiais, acontecimentos relevantes que lhe ajudarão a compreender as lutas e as reinvindicações da população idosa. ASSEMBLEIAS MUNDIAIS SOBRE O ENVELHECIMENTO A Primeira Assembleia Mundial sobre o envelhecimento aconteceu em Viena, capital da Áustria, no ano de 1982, e teve como principal objetivo oferecer, por meio de um plano de ação, diretrizes a todos os povos do planeta sobre os pontos fundamentais a serem observados na elaboração de políticas sociais que atendessem a população em seu processo de envelhecimento. Essa orientação de pensamentos e ações pode ser constatada no Brasil com os primeiros movimentos, em 1983, para a discussão e elaboração da Política Nacional da Pessoa Idosa, que se consolidou em meados da década de 1990. Passados 20 (vinte) anos, no ano de 2002, foi realizada a Segunda Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento na cidade de Madri, capital da Espanha, e teve como principal objetivo elaborar um Plano de Ação revisado e que refletisse as realidades atuais e também pensasse nos problemas futuros. Essas discussões internacionais tiveram importante impacto nas decisões nacionais, fortalecendo o compromisso do Estado Brasileiro na defesa dos direitos das pessoas idosas. Para ler na íntegra o texto da 1ª. Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, realizada em Viena (1982), acesse: https://www.unric.org/html/portuguese/ecosoc/ageing/idosos-final.pdf Fonte: elaboração pela autora – Michelle Clos (2018). Conheça aqui uma linha do tempo com os Marcos Legais relacionados à população idosa: Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/35917 O Estatuto do Idoso é uma Lei Federal, de nº. 10.741, de 1º de outubro de 2003, que regulamenta os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos que vivem no Brasil. Tal legislação tem por objetivo assegurar os direitos individuais e coletivos dessa população. 4. Estatuto do Idoso O Estatuto do Idoso tem 118 (cento e dezoito) artigos nos quais são tratados os direitos fundamentais, as garantias prioritárias e a definição de crimes contra as pessoas idosas. Dentre os direitos fundamentais, estão os aspectos relativos ao transporte, à liberdade, à respeitabilidade e à vida. O documento especifica as funções das entidades de atendimento à população idosa, discorre sobre o direito à educação, cultura, esporte e lazer, à saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre outros aspectos centrais para a vida digna das pessoas idosas. Conheça o material produzido pela Prefeitura de São Paulo sobre “Políticas Públicas para a Pessoa Idosa: marcos legais e regulatórios”. Acesse: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/bibliote ca/publicacoes/volume2_Politicas_publicas.pdf Você sabe quais são os direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso? Vida De acordo com o artigo 8 (oito), o envelhecimento como direito personalíssimo é essencial para resguardar a dignidade das pessoas idosas e garantir igualdade. Saúde Os artigos 15 (quinze) a 19 (dezenove) enfatizam o atendimento da pessoa idosa por profissionais da saúde especialistas em geriatria e gerontologia, atendimento prioritário para aqueles acima de 80 (oitenta) anos sobre as pessoas idosas acima de 60 (sessenta) anos, (exceto em caso de emergência), e direito a um acompanhante em caso de internação hospitalar. Alimentação De acordo com o artigo 12 (doze), a obrigação alimentar é solidária, podendo a pessoa idosa optar entre os prestadores. Educação, cultura, esporte e lazer Do artigo 20 (vinte) ao 25 (vinte e cinco) há uma abrangência quanto às questões relativas à presença de conteúdos sobre o envelhecimento nos currículos escolares para diminuição do preconceito e valorização das pessoas idosas. Também falam do acesso à educação por esta população, com currículos e metodologias adequados e incentivo à inclusão digital. Além disso, é previsto desconto de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer. Neste conjunto de artigos, as instituições de educação superior são estimuladasà oferta de cursos e programas de extensão em atividades formais e não formais, além do apoio do poder público na criação das universidades abertas para as pessoas idosas. Trabalho Os artigos de 26 (vinte e seis) a 28 (vinte e oito) valorizam a pessoa idosa na inserção e disputa de vagas de trabalho, indicando como critério de desempate em concurso público a idade mais elevada. Por outro lado, também prevê a saída dos trabalhadores do mercado de trabalho e incentiva os programas de preparação para aposentadoria com antecedência mínima de 1 (um) ano da saída do trabalhador. Assistência Social De acordo com a Constituição Federal (BRASIL, 1988), nos termos da Lei nº. 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e do decreto nº. 6.214, de 26 de setembro de 2007, é assegurado às pessoas idosas, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuem meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, o benefício mensal de 1 (um) salário- mínimo. Transporte Dos artigos 39 (trinta e nove) ao 42 (quarenta e dois) o Estatuto do Idoso aborda os direitos relativos ao transporte, nos quais assegura aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, com exceção dos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. É também nesse capítulo que há a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para pessoas idosas com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos, desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para as pessoas idosas que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos. Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Essa é uma ordem hierárquica e assim deve ser respeitada! A inovação do Estatuto do Idoso está na promoção dos princípios da proteção integral e da prioridade absoluta às pessoas com mais de 60 (sessenta) anos, além de regular os direitos específicos para essa população. Entenda o que mudou com a aprovação do Estatuto do Idoso Antes do Estatuto do Idoso existia a Política do Idoso, que indicava diretrizes de atendimento às pessoas idosas, mas não tinha força de lei e algumas práticas comuns não eram consideradas crimes, como por exemplo, manter a posse do cartão de benefício da pessoa idosa sem procuração ou curatela. Assista ao vídeo Direitos da Pessoa Idosa e tenha um panorama sobre os direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso. As medidas de proteção são abordadas nos artigos 44 (quarenta e quatro) e 45 (quarenta e cinco), podem ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, mas levam em conta os fins sociais e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Essas medidas compreendem encaminhamento à família ou curador, orientação, apoio e acompanhamento temporários, requisição de tratamento de saúde, inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, abrigo em entidade ou abrigo temporário. Com a aprovação do Estatuto do Idoso, situações de negligência, discriminação, violência de diferentes tipos, inclusive a financeira, e atos de crueldade e opressão contra a pessoa idosa passaram a ser criminalizados e hoje tem punição prevista em lei. Confira os artigos e as penas previstas pelo Estatuto do Idoso: Artigo Pena Agravo Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade: § 1º Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo. Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. § 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente. Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado. detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa. Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado. detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa. § 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos. § 2º Se resulta a morte: Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. Art. 100. Constitui crime: I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade; II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho; III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa; IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público. reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso: detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade. reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento: detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso: detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente: reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal: reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. O que melhorou depois do Estatuto do Idoso? A população idosa, que cresce a cada ano, passou a ter mais visibilidade. A ampla divulgação do Estatuto do Idoso contribuiu para disseminar uma cultura de direitos das pessoas idosas, além de qualificar a assistência social e a percepção de outras gerações sobre o envelhecimento. Em 2017 as pessoas idosas acima de 80 (oitenta) anos passam a ter prioridade especial. Conheça o Plano de Ação para enfrentamento da violência contra pessoa idosa: http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_manual/11.pdfFonte: elaboração pela autora, 2018. Prioridade absoluta das pessoas idosas Fonte: Desenvolvido por Michelle Clos (2018), com base em OEA (2015). 5. Convenção interamericana sobre a proteção dos direitos humanos dos idosos O texto da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos é resultante do esforço conjunto dos Estados que compõem a Organização dos Estados Americanos (OEA) e tem por objetivo instituir um instrumento regional juridicamente vinculante que proteja os direitos humanos das pessoas idosas, promova o envelhecimento ativo e saudável, mas que não limite os direitos já conquistados pela população idosa no âmbito das suas nações. Vamos conhecer o que esse texto tem de tão importante? Ele é composto por 41 (quarenta e um) artigos, organizados em 7 (sete) capítulos, além de notas de rodapé a respeito do conteúdo e de limites quanto aos compromissos assumidos pelos Estados Partes. No Capítulo I (um) são apresentados os objetivos, o âmbito de aplicação e as definições dos termos utilizados ao longo de todo o texto por meio de um glossário. No capítulo II (dois) são descritos os princípios gerais que norteiam o documento, representados por meio de 15 (quinze) direitos e prerrogativas reconhecidos em favor da pessoa idosa. O capítulo III (três) indica os deveres gerais dos Estados Partes, e o que eles se comprometem a defender no que diz respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais das pessoas idosas. Nesse capítulo são destacadas as medidas voltadas para prevenção, punição e erradicação de práticas que se constituem em maus-tratos, abandono e isolamento ou que atentem contra a segurança e integridade da pessoa idosa. O Capítulo IV (quatro) apresenta os principais direitos das pessoas idosas a serem protegidos, mas cuja responsabilidade quanto à garantia e observância é atribuída aos Estados Partes. No Capítulo V (cinco), a Convenção determina a norma pela qual os Estados Partes se comprometem a divulgar e capacitar continuamente a sociedade sobre os termos do documento. Fonte: Desenvolvido por Michelle Clos (2018), com base em OEA (2015). Por fim, o capítulo VI (seis) estabelece um mecanismo de acompanhamento, constituído por uma Conferência de Estados Partes, por um Comitê de Peritos e um Sistema de Petições Individuais, que prevê a possibilidade de apresentação de petições que contenham denúncias ou queixas à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 6. Papel da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa – SNDPI e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa – CNDI As políticas de proteção das pessoas idosas estão vinculadas ao Ministério dos Direitos Humanos, e esse é o responsável pela articulação interministerial e intersetorial das Políticas de Promoção e Proteção aos Direitos Humanos no Brasil. O Ministério dos Direitos Humanos (MDH) é composto por 6 (seis) secretarias (Secretaria Nacional de Cidadania; Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; Secretaria Nacional de Política para as Mulheres; Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência), dentre elas a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), criada por meio do decreto nº. 9.122, de 9 de agosto de 2017, tem por finalidade assegurar diretos sociais da pessoa idosa e criar condições de promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. É tarefa dessa Secretaria o desenvolvimento de ações e a realização de diretrizes que promovam em todo o território nacional a valorização e a promoção da participação social da população idosa. 7. Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI) De acordo com o site do MDH, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI): ...é um órgão superior de natureza e deliberação colegiada, permanente, paritário e deliberativo, integrante da estrutura regimental do Ministério dos Direitos Humanos. Cabe a ele elaborar as diretrizes para a formulação e implementação da Política Nacional da Pessoa Idosa. Conheça as competências do Ministério dos Direitos Humanos pelo link: http://www.mdh.gov.br/acesso-a-informacao/CompetnciasdoMDH.pdf Saiba mais sobre a estrutura de funcionamento da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa por meio do site: http://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/organograma/OrganogramaSNDPI.pdf Fonte: Desenvolvido por Michelle Clos (2018) com base em MDH (2018). O CNDI foi criado por meio do decreto nº. 4.227, de 13 de maio de 2002, e alterado 2 (duas vezes), pelos decretos nº. 5.109, de 17 de junho de 2004 e nº. 9.494, de 6 de setembro de 2018. Desde então o CNDI vem discutindo e construindo avanços importantes na Política de Promoção dos Direitos das Pessoas Idosas por todo país. Por ser um órgão de controle social, é seu papel fiscalizar e indicar quais são as prioridades demandadas pela população idosa, e seu fórum de discussão é composto por representantes da sociedade civil e de órgãos públicos. Ao longo da sua trajetória o CNDI realizou 4 (quatro) Conferências Nacionais dos Direitos da Pessoa Idosa, nas quais foram aprovadas um conjunto de deliberações, divididas em eixos temáticos, que visaram garantir e ampliar os Direitos da Pessoa Idosa e construir a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (RENADI). Além do CNDI, existem os Conselhos Estaduais, Municipais e no Distrito Federal que atuam na defesa e promoção dos direitos das pessoas idosas. Para saber mais sobre as Conferências Nacionais dos Direitos das Pessoas Idosas, acesse: http://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/participacao-social/conselho- nacional-dos-direitos-da-pessoa-idosa-cndi/conferencias/conferencia 8. Guarde na memória! Neste módulo você aprendeu um pouco sobre a primeira e segunda Assembleia Mundial Sobre o Envelhecimento, e a sua importância para a definição das diretrizes que regem as politicas sociais destinadas à população em processo de envelhecimento. Além disso, você conheceu ainda o Estatuto do Idoso, um conjunto de 118 artigos que tratam sobre os direitos fundamentais, garantias e crimes contra a pessoa idosa. Por fim, ainda nesse módulo, você foi apresentado a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e ao Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Idosas, dois elementos essenciais na promoção e defesa dos direitos das pessoas idosas no Brasil. Você se sabe o que faz um Conselho? É um espaço de participação social e de deliberação sobre orçamentos, metas e políticas de interesse das pessoas idosas. Conheça como funcionam os Conselhos Municipais a partir da explicação da coordenadora do Conselho Municipal do Idoso de Florianópolis, Leny Baessa Nunes (2015). Ficou curioso sobre como um município organiza um Conselho Municipal ou um Fundo Municipal para Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas? Acesse a cartilha “Quer um conselho” e tire suas dúvidas! http://www.mdh.gov.br/biblioteca/pessoa-idosa/cartilha-quer-um-conselho-guia- pratico-para-a-criacao-de-conselhos-e-fundos-estaduais-e-municipais-de-defesa- dos-direitos-da-pessoa-idosa/view Encerramos este primeiro módulo. A seguir, você deverá realizar uma avaliação de aprendizagem!9. Referências Bibliográficas AGÊNCIA BRASIL. Em 15 anos, Estatuto do Idoso deu visibilidade ao envelhecimento. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-09/em-15-anos- estatuto-do-idoso-deu-visibilidade-ao-envelhecimento. Acesso em: 07 nov. 2018. BRASIL, Comissão de defesa dos direitos da pessoa idosa, projeto de decreto legislativo nº. 863, de 2017 – Aprova o texto da Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos, concluída no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA), celebrada em Washington, em 15 de junho de 2015. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1680250&filename =PRL+3+CIDOSO+%3D%3E+PDC+863/2017. Acesso em: 07 nov. 2018. BRASIL, Lei nº. 10.741, de 1º. de outubro de 2003 – Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741compilado.htm. Acesso em: 07 nov. 2018. BRASIL, Plano internacional para o envelhecimento. Disponível em: http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_manual/5.pDF. Acesso em: 07 nov. 2018. BRASIL, Texto da Convenção Interamericana sobre os direitos das pessoas idosas. Disponível em: http://www.mdh.gov.br/sdh/noticias/2017/outubro/texto-da-convencao- interamericana-sobre-os-direitos-das-pessoas-idosas-e-encaminhado-ao-congresso-nacional- para-ratificacao. Acesso em: 04 nov. 2018. BRASIL. DECRETO nº. 6.800, DE 18 DE MARÇO DE 2009.Dá nova redação ao art. 2o do Decreto nº. 1.948, de 3 de julho de 1996, que regulamenta a Lei nº. 8.842, de 4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6800.htm. Acesso em: 07 nov. 2018. OEA, Organização dos Estados Americanos. Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos. Washington, D.C., 2015. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/CAO_Idoso/Textos/Conven%C3%A7%C3%A3o%2 0Interamericana.pdf. Acesso em: 07 nov. 2018.
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