Buscar

Aborto - A FAVOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução.
A questão do aborto vem sendo debatida ao longos das eras, no entanto, é sempre atual polêmica, complexa e envolve aspectos da mais alta indagação, já que, a discussão engloba campos distintos, tais como: a ética, a moral, a medicina, o direito, a religião, os costumes e a filosofia.
O que é o aborto? 
Aborto é a interrupção da gestação antes do início do período perinatal, definido pela OMS a partir de 22 semanas completas (154 dias) de gestação, quando o peso ao nascer é normalmente de 500 g.
Etimologicamente a palavra aborto, isto é, o termo “ab-ortus”, traduz a idéia de privar do nascimento, vez que, “Ab” equivale à privação e “ortus” a nascimento. Entretanto, o termo aborto provém do latim “aboriri”, significando “separar do lugar adequado”, e conceitualmente é: “a interrupção da gravidez com ou sem a expulsão do feto, resultando na morte do nascituro” (De Paulo, 2002. p. 13).
O Aborto no mundo.
A história do aborto, segundo a Antropologia, remonta à Antiguidade. Há evidências que sugerem que, historicamente, dava-se fim à gestação, ou seja, provocava-se o aborto, utilizando diversos métodos, como ervas abortivas, o uso de objetos cortantes, a aplicação de pressão abdominal entre outras técnicas em geral.
O Aborto no Brasil.
No Brasil, a história do aborto não foi muito diferente da história mundial. Desde 1940é considerado um delito pelo Código Penal e passível de prisão, para as mulheres que se submetem e para quem o realiza. A excepcionalidade se dá somente em três casos: quando a gravidez é resultado de estupro (a mulher tem o direito de escolher interromper a gravidez ou mantê-la), para salvar a vida da mulher e, a partir de 2012, gravidez de feto anencéfalo (a mulher tem o direito de optar pelo prosseguimento da gestação ou por interrompê-la). Embora desde 1940 a lei permita o aborto para gravidez resultante de estupro, somente em 1989 foi aberto o primeiro serviço de atendimento às mulheres para o aborto legal, na cidade de São Paulo. Esse serviço permaneceu como único até 1994, ano em que foi aberto, também em São Paulo outro serviço de atendimento a mulheres vítimas de violência. A partir daí foram abertos novos serviços.
Principais motivações e dados estatísticos
41% dos brasileiros são contra qualquer tipo de aborto, diz Datafolha
Outros 34% concordam que as regras para o aborto deveriam continuar como estão. Para 46%, mulheres estupradas que engravidam devem receber ajuda financeira para ter o filho.
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta quinta-feira (10) aponta que 41% dos brasileiros são contrários a qualquer tipo de aborto e que a prática deveria ser totalmente proibida.
Atualmente, o aborto é permitido em apenas três casos no Brasil:
quando a gravidez é resultado de estupro;
quando há risco de vida para a mulher;
se o feto for anencéfalo.
Nas duas primeiras situações, a permissão do aborto é prevista em lei. No caso de feto anencéfalo, foi resultado de um entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em qualquer outra situação, o aborto é considerado um crime no Brasil.
O levantamento foi realizado pelo Datafolha entre os dias 18 e 19 de dezembro, e ouviu 2.077 pessoas com 16 anos ou mais em 130 cidades de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.
O aborto deveria:
Ser totalmente proibido: 41%
Continuar como hoje: 34%
Ser permitido em mais situações: 16%
Ser permitido em qualquer situação: 6%
Não sabe: 2%
Outras respostas: 1%
Procedimentos abortivos
Existem cerca de cinco métodos abortivos mais utilizados em todo o mundo, dependendo da idade gestacional. São eles:
a) dilatação e curetagem (6ª à 16ª semana): o feto é desmembrado com uma cureta � instrumento em forma de colher, com bordas cortantes � e, junto com a placenta despedaçada, é jogado em um recipiente;
b) sucção (6ª à 16ª semana): o bebê é sugado através de um tubo, por um aparelho cerca de 29 vezes mais potente que um aspirador de pó, sendo que, em regra, o crânio do bebê não passa pelo tubo, e é esmagado por uma pinça;
c) envenenamento salino (após a 16ª semana): causa a morte por envenenamento, desidratação e hemorragia no cérebro e outros órgãos, além de produzir queimaduras graves na pele do bebê;
d) histerotomia (24ª à 38ª semana): trata-se de uma espécie de operação cesariana, só que, ao invés de o objetivo ser trazer o bebê vivo, o mesmo é morto ou deixado à morte.
e) aborto químico: quando há a ingestão de medicamentos abortivos, como o Citotec.
Consequencias físicas.
Os cientistas médicos indicam as seguintes: laceração do colo uterino, o que provoca partos posteriores prematuros; perfuração do útero; esterilidade; perigo de lesão no intestino, trompas e bexiga; retirada do útero (histectomia) e/ou endométrio (mucosa); gravidez ectópica (fora do local apropriado); entrada da solução salina na corrente sanguínea da mãe; e morte materna, independentemente do método abortivo.
Segundo o Dr. Maurício Price, as consequencias nefastas do aborto estão sempre presentes, seja �legal�, seja �clandestino�.
Ainda, cabe ressaltar que: Em estudos de mulheres que sofreram complicações pós-aborto:
Mais de 90% disseram que não receberam informações suficientes para fazer uma escolha consciente.
Mais de 80% disseram que muito provavelmente não teriam abortado se não tivessem sido tão veementemente incentivadas por terceiros a abortar, inclusive pelos conselheiros do aborto.
Oitenta e três por cento disseram que levariam a termo se tivessem recebido apoio dos namorados, famílias ou outras pessoas importantes em suas vidas.
Consequencias psicológicas.
Psicólogos e psiquiatras apontam os seguintes distúrbios como mais recorrentes: flashbaks do momento do aborto; crises de histeria; sentimento de culpa; visões ou sonhos com a criança abortada; dificuldade em manter e desenvolver relacionamentos interpessoais; ansiedade e medo de outra gravidez; queda na estima pessoal pela destruição do próprio filho; depressão; e nove vezes mais propensão ao suicídio.
A VIDA COM BASE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
A vida é um bem tutelado a nível constitucional no Brasil, sendo esta imprescritível, inalienável, natural, irrenunciável, inviolável e universal. Desta feita, não pode este direito ser renunciado, como adverte a CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade 
TIPIFICAÇÃO PENAL DO ABORTO
No Brasil, o Código Criminal do império de 1830 não previa o crime de aborto praticado pela própria gestante, mas apenas criminalizava a conduta de terceiro que realizava o aborto com ou sem o consentimento da mulher. (BRASIL, 1830). Decorrido o tempo o Código Penal de 1890, por sua vez, passou a prever a figura do abortamento provocado pela própria gestante. Enfim, o Código Penal de 1940 tipificou as figuras do aborto provocado, nos termos dos artigos 124 e 125. O artigo 124 dispõe como crime “provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque”. (BRASIL, 1940). No mesmo sentido, porém um pouco mais abrangente, o artigo 125 disciplina: “provocar aborto, sem o consentimento da gestante”. (BRASIL, 1940).
Principais motivos para ser contra o aborto.
Ao contrário do que algumas linhas de pensamento apresentam, ser contra o aborto não se trata de restringir direitos, mas sim de garanti-los. 
1- O feto é um ser humano, então deve possuir os mesmos direitos que qualquer indivíduo, adulto ou não, nascido ou não.
2- Não há como traçar uma linha (que seja livre de contestações) na qual se possa determinar quando o feto passa a ser uma pessoa ou a possuir vida, então o melhor é partir do pressuposto que se trata de uma vida desde o momento da concepção.
3- Toda pessoa tem direito à vida, logo, o feto também deve possuir esse direito.
4- A mãe deve ter o direito de decidir sobre o que ocorre com o seu corpo, mas no feto temos outravida, e outro corpo que está em seu útero.
5- O feto sofre durante o aborto.
6- A constituição brasileira, ela assegura o direito à vida, o primeiro e mais importante direito. Sem o direito de viver outros direitos são fragilizados falar dos outros direitos, como o direito de expressão, ir e vir, de associação, de crença se torna algo frágil.
7- O hedonismo, um grande perigo dos dias atuais, se faz presente nesse tipo de debate. Que tal pensar na criança além de pensar em si mesmo
8-, uma vez que estamos negando a outros um direito de que nós mesmos gozamos sem que tenhamos pedido ou almejado a gozar. Seria um ato egoísta, uma vez que zelamos tanto por nossas vidas, mas desprezamos a vida alheia.
9- É inegável que a vida humana deve ser respeitada e não coisificada, como se o feto fosse um objeto que se destrói e depois se joga fora.
10- O problema da diferença entre mulheres pobres e ricas em relação ao acesso ao aborto é uma questão de desigualdade social e não é liberar o aborto que resolverá isso, nos Estados Unidos, onde o aborto é legalizado, cerca de 4 em cada 5 mulheres que o requerem são negras ou latinas, o aborto nesse caso serviria para fazer uma limpeza social. Pobres têm direito de viver, tanto quanto os ricos.
11- A mulher tem direito de fazer o que quiser com o próprio corpo. SIM! Ele não é apenas um mero prolongamento do corpo da mulher, ele é um ser próprio que está instalado no corpo da mulher. Ele é o sujeito ativo.
12- Muitos alegam que o feto é um “invasor não convidado” e por isso dizem que a mulher teria o direito de expulsá-lo do seu corpo, matando-o. Imaginemos que, fazendo a mesma correlação um bebê invada o carro de uma mulher, poderia ela expulsá-lo do carro se este já estivesse em movimento, matando-o por consequência?
13- Amor, sim, amor ao próximo, amor à vida do próximo, sentimento que não é exclusividade de nenhum grupo defensor de uma filosofia qualquer, pois é próprio do ser humano. Não devemos aceitar que seja feito com o feto o que não gostaríamos que fosse feito conosco.
14- “Mas as mulheres continuarão a fazer aborto, só que ilegal”. Nessa linha, talvez seja uma boa legalizarmos o estupro e todos os demais crimes. A criminalização não ser efetiva em combater o aborto não é um fenômeno exclusivo deste crime. No Brasil, a criminalização não é efetiva em combater estupros, assaltos, tráfico, demais assassinatos e crimes em geral.
15- Quanto mais falarmos de redução das desigualdades menos vamos ter que falar de aborto. Não há necessidade de aborto, mas sim de investimentos em educação, em saúde e em garantir que a informação sobre métodos anticoncepcionais cheguem a todas as pessoas, bem como o fornecimento dos mesmos.

Continue navegando