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Aborto e Implicações bioéticas

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Aborto
Aborto e implicações bioéticas
Em primeira mão, será exposto definições de aborto, como também relações importantes. Antes de qualquer colocação pessoal, é necessário o conhecimento sobre a temática em questão.
Aconteceu a utilização de vários artigos para entender as diferentes visões sobre o aborto. Tentaremos ao máximo expor cada ângulo de pensamento.
O que é aborto?
O abortamento é a interrupção da gravidez até a 20. ou 22. semana, com o produto da concepção com peso menor que 500g. O aborto é o produto da concepção expulso no abortamento.
Tipos de aborto:
Aborto espontâneo: é aquele que acontece sem a vontade da mulher.
Aborto Induzido SEGURO: é aquele induzido pelo uso de remédios abortivos ou por métodos cirúrgicos por profissionais habilitados.
Aborto induzido INSEGURO: Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), um abortamento inseguro é um procedimento para finalizar uma gravidez não desejada, realizado por indivíduos sem as habilidades necessárias e/ou em ambiente abaixo dos padrões médicos exigidos.
Situações de aborto
1. Interrupção eugênica da gestação (IEG): são os casos de aborto ocorridos em nome de práticas eugênicas, isto é, situações em que se interrompe a gestação por valores racistas, sexistas, étnicos, etc. 
2. Interrupção terapêutica da gestação (ITG): são os casos de aborto ocorridos em nome da saúde materna, isto é, situações em que se interrompe a gestação para salvar a vida da gestante. 
3. Interrupção seletiva da gestação (ISG): são os casos de aborto ocorridos em nome de anomalias fetais, isto é, situações em que se interrompe a gestação pela constatação de lesões fetais. 
4. Interrupção voluntária da gestação (IVG): são os casos de aborto ocorridos em nome da autonomia reprodutiva da gestante ou do casal, isto é, situações em que se interrompe a gestação porque a mulher ou o casal não mais deseja a gravidez, seja ela fruto de um estupro ou de uma relação consensual.
MÉTODOS DE ABORTO
Existem vários tipos de abortamento: físico, químico. O Ministério da saúde considera alguns métodos de aborto atualmente, que serão listados a seguir:
Abortamento farmacológico: É a utilização de fármacos para indução do abortamento ou abreviação do abortamento em curso. Toda mulher grávida que solicita interrupção da gestação e cumpre com as condições estabelecidas pela lei pode optar pela interrupção farmacológica da gravidez, tanto no primeiro, como no segundo semestre da gestação. No Brasil, tem-se disponível o misoprostol e a ocitocina.
MÉTODOS DE ABORTO
 ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA-UTERINA (AMIU): Procedimento que utiliza cânulas de Karman, com diâmetros variáveis, de 4 a 12mm, acopladas a seringa com vácuo, promovendo a retirada dos restos ovulares por meio da raspagem da cavidade uterina e por aspiração.
CURETAGEM UTERINA: Estando o colo uterino aberto, ou dilatado previamente pelos dilatadores de Denistonn ou velas de Hegar, introduz-se a cureta e promove-se raspagem da cavidade uterina, extraindo-se o material desprendido pelo instrumental. Por ter diâmetro variável e ser de material rígido (aço), pode provocar acidentes, tal como perfuração do útero.
Entre esses métodos que o Ministério da saúde indica, existem outros também como: sucção, envenenamento salino, histerotomia.
Aborto no mundo 
A Organização Mundial da Saúde estima que a cada ano são realizados 22 milhões de abortamentos inseguros, provocando a morte de cerca de 47 000 mulheres.
Em quase todos os países desenvolvidos (segundo a classificação do Fundo de População das Nações Unidas), os abortamentos seguros são oferecidos sem restrição legal, por exclusiva solicitação da mulher ou sobre uma ampla base social e econômica, sendo possível para a maior parte das mulheres dispor e ter acesso facilmente aos serviços em geral.
O acesso a um abortamento seguro nos países em desenvolvimento está limitado a uma quantidade restrita de condições.
Aborto no mundo 
Aborto no mundo 
Aborto no brasil
É alto índice de gravidez não panejadas, estima-se que pelo menos 50% das gestações ocorrem de forma inesperada.
É Visível que falta de políticas públicas de conscientização, além do déficit na educação brasileira, como também na falta de incentivo ao desenvolvimento financeiro da mão de obra jovem no país.
Por ser uma ação, em geral, criminosa, muitas mulheres optam por realizá-lo clandestinamente, sendo uma das questões mais pertinentes à legislação vigente.
Legislação no brasil 
Em nosso país, o aborto induzido é considerado crime contra a vida humana previsto pelo Código Penal Brasileiro desde 1984.
Legislação no brasil 
Em 2012, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54 foi votada pelo STF, incluindo feto anencéfalo como hipótese de aborto.
Legislação no brasil 
Portanto, no Brasil, o aborto não é crime quando a gravidez representa risco de vida para a gestante, quando a gravidez é resultado de estupro e também quando o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro.
As gestantes que se enquadrarem em uma dessas três situações tem respaldo do governo para obter gratuitamente o aborto legal através do SUS (Sistema Único de Saúde).
No entanto, quando o aborto não se enquadra em uma das situações permitidas, acontece a busca por clínicas clandestinas. Tema do próximo quadro.
ABORTO E SAÚDE PÚBLICA
O aborto induzido de forma insegura, é responsável por danos graves na saúde Brasileira. 
A prática do aborto é mais acentuada entre mulheres de escolaridade muito baixa, haja vista que dentre as que realizaram o aborto 23% têm até o quarto ano do ensino fundamental e cerca de 12%, o ensino médio concluído.
É estimado que ocorram anualmente mais de um milhão de abortamentos induzidos – uma das principais causas de morte materna no país.
No país, são realizadas cerca de 240 mil internações por ano no SUS, para tratamento de mulheres com complicações decorrentes de abortamento, o que gera gastos anuais, em média, de 45 milhões de reais.
ABORTO E SAÚDE PÚBLICA
Aborto e SAÚDE PÚBLICA
Razão de mortalidade materna (RMM) específica por aborto. Brasil e macrorregiões, 2006 a 2015
aborto: Legalizar ou não?
ORIGEM DA VIDA
O início da polêmica: onde começa a vida?
Para a maioria das religiões a vida começa com a fecundação.
Cientistas defendem que a vida começa quando há a formação do sistema nervoso, uma vez que a morte cerebral marca o fim da vida.
Desenvolvimento fetal
Fecundação
8° Semana: Quando o feto passa a produzir ondas cerebrais
24° Semana: Quando os pulmões estão formados, e adquire condições de viver fora do útero.
22° Semana: Período que o aborto induzido em razão de estupro é permitido.
A favor pela legalização x Contra a legalização
A discussão sobre a temática em questão, é uma das mais difíceis da bioética. Nessa discussão, existe grupos bem definidos, o grupo pró-vida, que é contrário ao aborto, e o grupo pró-escolha, que defende a liberdade individual, favorável a legalização do aborto.
A favor pela legalização do aborto
Coloca a mulher como figura determinante no seu processo reprodutivo, retirando-o do âmbito puramente biológico.
Nesse sentido, afirmando que a aceitação do início de uma vida humana não deve ser um feito biológico radicado exclusivamente no zigoto.
Se unem em torno do valor autonomia.
A favor pela legalização do aborto
O que melhor represente a ideia de autonomia reprodutiva para os proponentes seja a analogia feita em 1971, por Thomson, no artigo A Defense of Abortion, entre a mulher que não deseja o prosseguimento da gestação e a mulher presa, involuntariamente, a um violinista famoso.	
"...Você acorda no meio da manhã e se vê, lado a lado, na cama com um violinista inconsciente. Um famoso violinista inconsciente. Ele descobriu que tinha uma doença renal fatal e a Sociedade dos Amantes da Música, após avaliar todos os recursos médicos disponíveis, descobriu que você era a única que tinha exatamente o tipo sanguíneo capaz de socorrê-lo. Eles tinham, então, lhe sequestrado e, nanoite anterior, o sistema circulatório do violinista fora ligado ao seu, de forma que seus rins poderiam ser usados para extrair as impurezas do sangue dele bem como as do seu sangue. Neste momento, o diretor do hospital lhe diz: "Entenda, nós nos sentimos mal pelo que a Sociedade dos Amantes da Música fizeram com você — nós jamais permitiríamos, se soubéssemos antes. Mas agora eles já o fizeram, e o violinista está ligado a você. Para desligá-lo, ele morrerá. Mas não se desespere, será apenas por nove meses. Depois disso, ele irá recuperar-se com alimentação própria e poderá ser desligado de você a salvo..."(16). 	
Contra a legalização do aborto
A primeira tese tem a crença de que o feto é pessoa humana desde a fecundação; como também, a defesa da potencialidade do feto em tornar-se pessoa humana.
O grupo sustenta o argumento de que o feto é pessoa deste a fecundação, logo possui direitos, direito a vida.
A teoria da potencialidade sugere que o feto humano representa a possibilidade de uma pessoa humana e, portanto, não pode ser eliminado.
Na Bioética, os oponentes do aborto não são apenas aqueles vinculados a crenças religiosas.
Contra a legalização do aborto
Tanto para os defensores da teoria da potencialidade quanto para os defensores da ideia de que o feto é já pessoa humana desde a fecundação, o aborto possui o significado moral e jurídico de um assassinato.
A resposta oposta para os argumentos dessa ideia diz que o status de pessoa não é mera concessão, mas sobretudo uma conquista através da interação social. Por outro lado, há escritores que argumentam que, caso o feto seja mesmo pessoa, a mãe e/ou o casal que deseja a interrupção da gestação é ainda mais pessoa do que o feto. Por isso, seus interesses da mãe ou do casal devem prevalecer sobre os supostos interesses do feto.
O CÓDIGO DE ÉTICA
NA ENFERMAGEM
CAPÍTULO I – DOS DIREITOS
Art. 22 Recusar- se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES
Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação, exceto nos casos permitidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá decidir de acordo com a sua consciência sobre sua participação, desde que seja garantida a continuidade da assistência.
Apesar de bastante difundido, o problema da moralidade do aborto é histórica e contextualmente localizado e qualquer tentativa de solucioná-lo tem que levar em consideração a diversidade moral e cultural das populações atingidas. 	
REFERÊNCIAS BIBLÍOGRÁFICAS
VIEIRA, Elisabeth Meloni. A questão do aborto no Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet, 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbgo/v32n3/a01v32n3.pdf>. 
OMS. Abortamento seguro: Orientação técnica e de políticas para sistemas de saúde, 2011. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/70914/9789248548437_por.pdf;jsessionid=0E511A6F0CF7CB9767DEDE282CFEB5B2?sequence=7
THE LANCET. Incidência de aborto entre 1990 e 2014: níveis e tendências globais, regionais e sub-regionais. Disponível em < https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30380-4>
CARDOSO, Bruno Baptista et tal. Aborto no Brasil: o que dizem os dados oficiais?. Disponível em: < doi: 10.1590/01002-311X00188718>
DINIZ, Débora et tal. Bioética e Aborto. Portal Médico, 2020. Disponível em: <http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/bioetica/indice.htm > 
BRASIL. Ministério da saúde. Atenção humanizada ao abortamento. Brasília – DF, 2005. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_abortamento.pdf>
Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54. Brasília Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=204863>
Araujo Júnior E, Santana EFM, Nardozza LMM, Moron AF. Avaliação do embrião/feto ao longo da gestação por meio da ultrassonografia tridimensional com o software HD live: ensaio iconográfico. Radiol Bras. 2015 Jan/Fev;48(1):52–55.
COFEN. RESOLUÇÃO COFEN Nº 0564, 2017. Disponível em: < http://www.cofen.gov.br>

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