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1 UNIP F052192 - CAMILA SANTANA COSTA D904442 - GIULLIA FERNANDA S ZANETTI N490AD0 - JAQUELINE AP CESAR DO CARMO N472090 - NATALY PEREIRA D9653D3 - PAMELA MENDES DA SILVA CAMILO D993ED8 - SARA DORNELAS DE OLIVEIRA TRANSPLANTE Renal e Hepático Limeira - SP 2020 2 UNIP F052192 - CAMILA SANTANA COSTA D904442 - GIULLIA FERNANDA S ZANETTI N490AD0 - JAQUELINE AP CESAR DO CARMO N472090 - NATALY PEREIRA D9653D3 - PAMELA MENDES DA SILVA CAMILO D993ED8 - SARA DORNELAS DE OLIVEIRA TRANSPLANTE Renal e Hepático Relatório final, apresentado a Universidade UNIP, como parte das exigências para a obtenção do título de APS. Orientador: Prof. Maria do Carmo Silva Fochi Limeira - SP 2020 3 RESUMO O transplante hepático e renal é um procedimento de rotina em muitos centros de transplante. O aumento no número de transplante coincidiu um estudo em 2002 do escore MELD (Model for End-stage Liver Disease) para colocar fígados, priorizando pacientes com disfunção renal. PALAVRAS-CHAVE Transplante renal; Transplante hepático; Receptores ABSTRACT Liver and kidney transplantation is a routine procedure in many transplant centers. The increase in the number of transplants coincided with a study in 2002 of the MELD (Model for End-stage Liver Disease) score to place livers, prioritizing patients with renal dysfunction. KEY WORDS Kidney transplantation; Liver transplantation; Receivers 4 INTRODUÇÃO: O transplante e hepático e renal é um procedimento de rotina em muitos centros de transplantes, representando 1-8% dos candidatos a transplante hepático. Em relação à sobrevida do enxerto parece que o enxerto hepático exerce efeito protetor imunológico sobre o enxerto renal. Estudos indicam que há maior sobrevida em pacientes com disfunção renal diálise-dependente submetidos a transplante duplo quando comparados com aqueles que realizam apenas transplante hepático. Além disso, a disfunção renal antes e após o transplante hepático é o maior determinante de mortalidade As indicações mais frequentes para transplante de fígado no Brasil são cirrose induzida pelo vírus da hepatite C e cirrose induzida por álcool. Quanto à causa da insuficiência renal, as principais indicações para substituição do rim são nefropatia diabética e doença glomerular crônica. OBJETIVO Analisar através de pesquisa patologias que necessita de transplante hepático e renal Objetivos Específicos Conhecer as doenças Descrever o papel do enfermeiro MÉTODOS O estudo foi feito considerando a importância do diagnóstico e observações de sinais e sintomas a fim de se obter um tratamento melhor. O trabalho exposto foi elaborado colaborativamente, com base em literatura especializada, com o objetivo de atender as expectativas de reunir as informações úteis para a formação profissional do enfermeiro. Com base no tema norteador, foi feito a pesquisa em artigos científicos, livros da área da saúde, manuais de saúde e site da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com a finalidade de identificar os possíveis diagnósticos para estas doenças, bem como seus tratamentos e prevenções, organizando as orientações encontradas do início ao fim. 5 REVISÃO DE LITERATURA O TRANSPLANTE HEPÁTICO O fígado desempenha papel central no metabolismo, interferindo na função de quase todos os demais órgãos e sistemas do organismo. Assim, pacientes com doenças graves do fígado habitualmente apresentam diversas manifestações sistêmicas da insuficiência hepática1. Entre as doenças que acometem o fígado, a cirrose hepática é considerada o tipo mais comum, sendo caracterizada pela substituição difusa da estrutura hepática normal por nódulos de estrutura anormal circundados por fibrose. O transplante hepático é uma cirurgia que remove um fígado doente e o substitui por um sadio. O primeiro transplante desta natureza foi deito a mais de 50 anos. No mundo muitas pessoas já fizeram esse procedimento e agora vivem uma vida normal. É a única opção no caso dos indivíduos cujo fígado deixou de funcionar. DOADORES Quase todos os fígados doados vêm de pessoas com morte cerebral e cujo coração continua batendo. O tipo de sangue e o tamanho do coração do doador e do receptor precisam ser iguais. O tipo de tecido nem sempre precisa ser totalmente igual. Alguns transplantes vêm de doadores vivos, que fornecem parte do fígado. Alguns transplantes vêm de pessoas com morte cerebral e cujo coração parou de bater. Contudo, o fígado desses doadores fica frequentemente danificado por não receber sangue. A ESPERA DO TRANSPLANTE Muitas pessoas morrem enquanto esperam por um fígado adequado, mas após o transplante, a percentagem de receptores de transplante hepático que sobrevivem é de Em 1 ano: 86 a 90% 6 Em 3 anos: 79% Em 5 anos: 73% A maioria dos receptores são pessoas cujo fígado foi destruído por cirrose (substituição do tecido hepático por tecido cicatricial), muitas vezes devido à infecção pelo vírus da hepatite C. Outros motivos para um transplante de fígado incluem colangite esclerosante primária (cicatrização dos canais biliares, causando a cirrose), doenças autoimunes do fígado e, em crianças, destruição parcial ou completa dos canais biliares (atresia biliar) e doenças metabólicas. Só se consegue obter um fígado inteiro de um doador morto, porém, um doador vivo pode doar parte do seu fígado. Um fígado doado pode ser armazenado até 18 horas. Os indivíduos cujo fígado foi destruído pelo alcoolismo podem receber um transplante quando deixam de beber. O transplante de fígado é feito também para alguns indivíduos que têm câncer de fígado que não esteja em estágio muito avançado. Apesar da hepatite C e das doenças autoimunes terem a tendência em recorrer no fígado transplantado, a sobrevivência ainda é boa. PROCEDIMENTO O fígado lesionado é removido através de uma incisão no abdômen e o fígado novo é ligado aos vasos de sangue e canais biliares do receptor. Geralmente, são necessárias transfusões de sangue. A cirurgia dura, normalmente, 4 horas e meia ou mais e a internação do paciente no hospital é de 7 a 12 dias. Medicamentos para inibir o sistema imunológico (imunossupressores), incluindo corticosteroides, são iniciados no dia do transplante. Estes medicamentos podem ajudar a reduzir o risco de o receptor rejeitar o fígado transplantado. Comparado ao transplante de outros órgãos, o transplante hepático requer as doses mais baixas de imunossupressores. 7 Após a cirurgia, o paciente ainda permanece entre 10 e 15 dias na UTI para fazer a recuperação e ser acompanhado de perto pelo cirurgião e sua equipe, que se certificará de que o transplante foi bem-sucedido. Porém, mesmo depois de voltar para casa, o paciente deverá tomar remédios imunossupressores por toda a vida, para que o corpo não interprete o novo órgão como uma ameaça. “Ser um paciente transplantado não quer dizer que sua saúde está enfraquecida. Com os devidos cuidados com a alimentação, exercícios físicos e os remédios necessários, o paciente tem uma ótima sobrevida e poderá voltar à sua rotina normal”, explica o especialista. É importante lembrar que o paciente que fez transplante hepático não poderá mais ingerir bebida alcoólica, para não ameaçar o novo órgão. COMPLICAÇÕES Algumas complicações do transplante hepático podem ocorrer em até dois meses. Por exemplo, o fígado pode funcionar mal, coágulos de sangue podem bloquear vasos de sangue indo ou vindo do fígado ou a bile pode vazar dos canais biliares. Complicações ocorrendo logo depois do transplante tipicamente causam febre, baixa pressão arterial e resultados anormais nos testes de avaliação da função hepática. Posteriormente, as complicações mais comuns são formação de cicatrizes e estreitamento dos canais biliares.Esse distúrbio pode causar icterícia, urina escura, fezes claras e coceira em todo o corpo. Às vezes, os canais estreitados podem ser reabertos, mas frequentemente, outro transplante é necessário. REJEIÇÃO A rejeição dos transplantes de fígado não é tão intensa como a de outros órgãos, como o rim e o coração. No entanto, devem ser administrados imunossupressores depois do transplante. Se o receptor apresentar um aumento de tamanho do fígado, náuseas, dor, febre, icterícia ou uma função hepática anormal (detectada através de exames de sangue), o médico pode realizar uma biópsia através de uma agulha. Os 8 resultados da biópsia ajudam o médico a determinar se o fígado está sendo rejeitado e se é necessário ajustar o tratamento imunossupressor A rejeição pode ser tratada com corticosteroides ou, se estes não tiverem efeito, outros imunossupressores (como a globulina antitimócito). Pode ser transplantado outro fígado, se disponível, se o fármaco for ineficaz. TRANSPLANTE RENAL Os rins têm como função principal filtrar o sangue, retirando impurezas que são produzidas diariamente por nosso organismo. Essas impurezas são eliminadas do corpo por meio da urina que os rins produzem. Se os rins de uma pessoa param de funcionar, ela necessitará ser submetida ao tratamento de diálise ou ao transplante de rim. O transplante de rim oferece aos pacientes em diálise a chance de uma maior independência e melhor qualidade de vida. Pode ocasionar também, na maioria das pessoas (mas não em todas), a diminuição dos riscos de mortalidade, quando comparados aos da diálise. Transplante renal não é feito se a pessoa tiver certas doenças, como doença cardíaca grave ou câncer. Alguns distúrbios que previamente significavam que não seria possível fazer um transplante renal são considerados, atualmente, contraindicações relativas (significando que o transplante pode ser possível com precauções especiais) porque há medicamentos para controlar os distúrbios. Por exemplo, precauções especiais são adotadas quando as pessoas têm diabetes mal controlado (que pode resultar em insuficiência renal) ou em certas infecções virais (como hepatite C avançada) que podem piorar pelo uso de medicamentos necessários para prevenir a rejeição após o transplante. Estes medicamentos inibem o sistema imunológico, dificultando sua defesa do organismo contra infecções. Transplante renal é indicado quando a pessoa tem Insuficiência renal irreversível, avançada 9 Pessoas com 70 e, às vezes, 80 anos de idade podem se qualificar para transplante nas seguintes circunstâncias: São saudáveis em outros aspectos, funcionam independentemente e têm um bom suporte social. As pessoas com transplantes renais bem-sucedidos geralmente podem levar uma vida normal e ativa. É esperado que vivam por ainda bastante tempo. Um ano após o transplante, cerca de 95% dos receptores de rins estão vivos. Posteriormente, a cada ano, cerca de 3 a 5% dos rins de doadores vivos e cerca de 5 a 8% daqueles de doadores mortos param de funcionar. Por vezes, os rins transplantados funcionam por mais de 30 anos. O transplante pode melhorar substancialmente sua capacidade de funcionar e sua qualidade de vida além de simplesmente livrá-los da diálise. Pessoas que também tenham diabetes tipo 1 podem ser candidatas ao transplante simultâneo pâncreas-rim ou ao transplante do pâncreas após o transplante renal. DOADORES Mais da metade dos rins transplantados é proveniente de doadores antes saudáveis, agora mortos. Cerca de um terço destes rins estão danificados, mas são usados porque a demanda é muito grande. O restante dos rins transplantados advém de doadores vivos. Geralmente os doadores vivos são parentes (mães, pais, irmãos, tios, avós), mas qualquer pessoa pode se dispor a ser doadora, desde que não apresente nenhum problema de saúde. Se o doador não for um parente do receptor, há necessidade de autorização judicial para se fazer a doação, ocasião em que o juiz atestará o altruísmo da doação. No Brasil, compra e venda de órgãos é crime. A vantagem do transplante com doador vivo é, principalmente, o planejamento da cirurgia (com dia e hora marcados) e o fato de que esses rins funcionam 10 imediatamente após a cirurgia, trazendo o benefício da recuperação da função renal já durante a intervenção. Os doadores falecidos são aquelas pessoas que sofrem morte cerebral (o cérebro para de funcionar, mas o coração continua batendo e o sangue continua circulando). Esses doadores estão, em geral, nas unidades de terapia intensiva dos hospitais e sendo mantidos por aparelhos e técnicas especiais para que os demais órgãos continuem funcionando até sua doação. Há critérios bastante específicos para definir morte cerebral. É feita uma série de exames e dois médicos atestam que o cérebro do paciente deixou de funcionar. Além disso, a família precisa autorizar a doação, mesmo que a pessoa já tenha manifestado em vida vontade de doar seus órgãos. A ESPERA DO TRANSPLANTE Os pacientes que não possuem um doador vivo compatível necessitam de uma avaliação pré-transplante e podem entrar na lista de espera com doador falecido da Secretaria de Estado da Saúde. Caso isso aconteça, será colhida uma amostra de soro do paciente a cada 90 dias, que será encaminhada ao laboratório de imunogênica. Caso apareça um doador com a mesma tipagem sanguínea que a do paciente, seu soro servirá para a realização de exames com células do doador para verificar a compatibilidade. Desde 1º de janeiro de 2002 está em vigor lei federal que distribui órgãos de acordo com a compatibilidade de tecidos entre o doador falecido e todos os pacientes da lista. O receptor mais compatível e com maior tempo de espera recebe o órgão. O médico do paciente é informado e convoca o paciente para o transplante. O transplante renal com doador falecido tem resultado muito semelhante ao do doador vivo, a curto e longo prazos. Cerca de 40% desses rins não funcionam imediatamente após o transplante, mas entre 7 e 15 dias após a cirurgia. Nesse período, o paciente continua em diálise, aguardando pela recuperação do rim transplantado. PROCEDIMENTO 11 Os rins são removidos do doador, geralmente com o uso de instrumentos finos e uma pequena câmera de vídeo inseridos através de várias incisões minúsculas (cirurgia laparoscópica). Ocasionalmente, é necessária uma incisão maior (cirurgia a céu aberto). Após a remoção, o rim é resfriado e transportado rapidamente para uma unidade médica para ser transplantado para uma pessoa com um tipo de sangue e tecido compatível e que não produza anticorpos contra os tecidos do doador. O transplante de rim constitui uma intervenção cirúrgica de maior complexidade. Em geral, a pessoa que recebe o rim está em diálise durante os meses ou anos anteriores ao procedimento de transplante. O rim doado é colocado na pelve através de uma incisão e ligado aos vasos sanguíneos e à bexiga do receptor. Normalmente os rins que não funcionam são deixados no lugar. Ocasionalmente, eles são removidos porque ocorre uma infecção se desenvolve e não se resolve. CONSEQUÊNCIAS DO TRANSPLANTE A pessoa submetida a um transplante renal será capaz de voltar a ter uma dieta normal e a beber líquidos normalmente. Poderá exercer atividades normais, como trabalhar, estudar, viajar e praticar exercícios. Entretanto, cria-se uma rotina na vida devido à necessidade de medicações que precisam ser tomadas todos os dias, em horários bem rígidos, além de consultas médicas e exames frequentes. REJEIÇÃO O organismo humano tem um sistema muito complexo (sistema imunológico) que reage contra órgãos estranhos nele introduzidos. É um sistema protetor contra infecções e câncer, mas infelizmente pode reconhecer o rim transplantado como "estranho". O organismo reagirá contra o rim e tentará destruí-lo. A esse processoos médicos denominam rejeição aguda, acontece durante o terceiro ou quarto mês após o transplante renal. Ela pode ser acompanhada por febre, diminuição da produção de urina com ganho de peso, dor e inchaço do rim e pressão arterial elevada. Os exames de sangue apresentam a deterioração da função renal. 12 Sendo que estes sintomas também podem ser de infecções ou do uso de fármacos, o diagnóstico de rejeição precisa, por vezes, ser confirmado através de uma biópsia com agulha do rim. No entanto, o paciente recebe medicações para diminuir a chance dessa reação. Esses medicamentos, chamados de imunossupressores, serão tomados pelo paciente transplantado por toda a vida. Em torno de 10% dos pacientes apresentam algum grau de rejeição, a maioria durante a primeira e a segunda semana após o transplante. Há várias maneiras de tratar a rejeição, que na maior parte das vezes é curada. O rim rejeitado pode ser deixado no lugar, a menos que a febre, a dor e a presença de sangue na urina persistam. As probabilidades de êxito dos segundos transplantes são praticamente tão elevadas como as dos primeiros. Por isso é importante que o médico ajude o paciente a decidir se o risco de um transplante é menor que os benefícios que ele lhe trará. Os riscos de um procedimento sempre levam em consideração a qualidade da equipe médica e do hospital transplantador. O paciente que se submete ao transplante de rins necessita de cuidados médicos contínuos e estará exposto a determinados riscos: Apesar de ser uma cirurgia até certo ponto simples, o transplante envolve o risco inerente a qualquer ato cirúrgico. Há necessidade de uso de medicações imunossupressoras e corticosteroides, Medicamentos para inibir o sistema imunológico, são iniciados no dia do transplante. Estes medicamentos podem ajudar a reduzir o risco de o receptor rejeitar o rim transplantado, mas que possuem determinados efeitos colaterais e podem trazer complicações. O rim transplantado pode não funcionar e o paciente necessitará retornar à diálise. Doenças Mais Comuns CIRROSE POR HEPATITE CRÔNICA POR VÍRUS B OU C 13 Cirrose é a deformação interna disseminada da estrutura do fígado que ocorre quando uma quantidade significante de tecido hepático normal sofre lesões continuas ou repetidamente formando tecido de cicatrização (fibrose), que em sua fase mais progressiva gera alterações importantes dificultando a passagem de sangue pelo fígado e com isso a hipertensão portal que resulta no aumento da resistência ao fluxo de sangue na veia porta hepática, além de diminuição do funcionamento hepático. As principais causas da cirrose são: ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, Hepatite C, Hepatite B, Esteatose hepática (depósito de gordura no fígado), Hemocromatose (doença por depósito de ferro). O vírus das hepatites B e C causam inflamação, geralmente são transmitidas com maior frequência pela exposição a fluidos corporais infectados, por vias perinatais ou congênitas, gerando danos que ao longo dos anos pode levar à cirrose. SINAS E SINTOMAS É muito comum que portadores de hepatites não apresentem nenhum sintoma, porém ao quadro de cirrose estão dentre os sinais e sintomas a icterícia (pele e mucosas amareladas), inchaço no abdômen, emagrecimento, fraqueza, perda de apetite, mau hálito intenso, nódulos amarelados pelo corpo (próximos da pálpebra), tosse e vômito com presença de sangue. Também é comum apresentar coceira, confusão mental, crescimento das mamas, fraqueza muscular, edemas, sensibilidade, urina escura. FATORES DE RISCO Estão ligados às Infecção pelos vírus da hepatite B ou C, predominante em pacientes do sexo masculino, de idade avançada, e etilistas. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da cirrose hepática é feito pelo clínico geral ou hepatologista por meio da anamnese, exame físico, avaliação dos sintomas, exames laboratoriais que avaliam a função do fígado, rins e a capacidade de coagulação, além de testes sorológicos para identificar infecções virais, exames de imagem como: ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, e também através de biópsias. http://igm.med.br/novidades/dicas-de-saude/alcool-quais-sao-os-riscos- http://igm.med.br/novidades/dicas-de-saude/alcool-quais-sao-os-riscos- http://igm.med.br/novidades/conheca-sua-doenca/hepatite-c-da-descoberta-aos-tratamentos-modernos http://igm.med.br/novidades/conheca-sua-doenca/esteatose-hepatica http://igm.med.br/novidades/conheca-sua-doenca/esteatose-hepatica https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-c-2/ 14 TRATAMENTO Não há um tratamento específico, o único e definitivo é o transplante, onde o fígado cirrótico é substituído (por um fígado inteiro, no caso de doador cadáver, ou de parte dele, no caso de transplante intervivos).O tratamento visa interromper a progressão dessa doença em consequência de diversas doenças desenvolvidas focando nas causas subjacentes, como a abstenção total de bebidas alcoólicas que é de extrema importância para o tratamento, tratamento sintomático das náuseas, vômitos e dores abdominais sendo necessário uso de analgésicos, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos, administração endovenosa de aminoácidos que pode reduzir a hiper bilirrubinemia e elevar a concentração de albumina diminuindo o índice de mortalidade, cuidados relativos à retenção de líquidos, à disfunção renal, às infecções e hemorragias gastrointestinais. HEPATITE FULMINANTE A hepatite fulminante, também conhecida como falência hepática fulminante ou hepatite aguda grave, corresponde à inflamação grave do fígado em pessoas que possuem o fígado normal ou doença hepática controlada em que o fígado deixa de ser funcional, podendo resultar em óbito em poucos dias. Os sintomas da hepatite fulminante são semelhantes aos das outras hepatites, no entanto os sintomas desse tipo de hepatite podem progredir rapidamente, havendo urina escura constantemente, pele e olhos amarelados, febre baixa e mal-estar geral. Esses sintomas evoluem de forma rápida devido ao comprometimento progressivo do fígado. É importante que o diagnóstico e tratamento da hepatite fulminante seja feito o mais rápido possível para que os sintomas possam ser controlados e não haja perda total de função do fígado, sendo necessário que a pessoa fique em internamento para que seja feito o tratamento. SINTOMAS DE HEPATITE FULMINANTE Os sintomas de hepatite fulminante aparecem e evoluem rapidamente devido ao constante comprometimento do fígado, podendo deixar a pessoa bastante 15 debilitada dentro de poucas horas. Os principais sinais e sintomas de hepatite fulminante são: Urina escura; Olhos e pele amarelados, situação chamada de icterícia; Mal-estar geral Febre baixa; náuseas e Vômitos; Dor no lado direito do abdômen; Inchaço abdominal; Insuficiência renal e Hemorragias. Quando a pessoa está muito comprometida se desenvolve a encefalopatia hepática, que ocorre quando a inflamação atinge o cérebro, causando alterações de comportamento, distúrbios do sono, desorientação, e até coma, sendo indicativo de estado avançado da doença. Para o diagnóstico da hepatite fulminante o médico deverá observar o paciente e solicitar exames laboratoriais e da biópsia do tecido hepático que permite detectar a gravidade das lesões e algumas vezes as causas da doença. Para avaliar a saúde do fígado o médico pode solicitar exames de sangue, ultrassonografia e até mesmo uma biópsia, pois são exames que fornecem informações importantes sobre as alterações nesse órgão. O fígado participa da digestão e metabolismo dos alimentos e, além disso, é por ele que passam os medicamentos ingeridos, por exemplo. Assim, quando há alguma disfunção no fígado, a pessoa pode ter mais dificuldade em digerir corretamente as gorduras,precisando seguir uma dieta especial, além de evitar usar medicamentos sem prescrição médica. PRINCIPAIS CAUSAS A hepatite fulminante normalmente acontece em pessoas que possuem o fígado normal, mas também pode acontecer em pessoas que possuem alterações no fígado controladas, como no caso da hepatite A e B, por exemplo. Assim, na maioria dos casos a hepatite fulminante é consequência de outras situações, sendo as principais: Doenças autoimunes como Síndrome de Reye e Doença de Wilson; Uso de medicamentos, na maioria das vezes como consequência da automedicação; 16 Consumo de chás para emagrecimento em excesso e sem orientação; Falta de oxigênio nos tecidos hepáticos; Excesso de gordura no fígado durante a gravidez. Quando alguma destas situações está presente, o fígado da pessoa pode ser gravemente afetado, deixando de ser capaz de filtrar o sangue para eliminar suas impurezas e de armazenar vitaminas e minerais, levando ao aparecimento de sinais e sintomas de hepatite fulminante. Quando o tratamento não é iniciado prontamente, o fígado deixa de converter a amônia em ureia e a doença progride afetando o cérebro, dando início a um quadro chamado encefalopatia hepática, que pode ser seguida de falha ou falência de outros órgãos como rins ou pulmão, e possível coma. COMO É O TRATAMENTO O tratamento para hepatite fulminante é feito em no hospital e consiste no uso de medicamentos para desintoxicar o fígado. É importante que a pessoa fique em jejum por um período e depois receba uma alimentação adequada, isenta de gorduras. Por vezes, a diálise para purificar o sangue é necessária. Contudo, isto nem sempre é suficiente para curar a hepatite fulminante, já que muitas vezes a inflamação hepática é extensa e não há chance de reversão. Assim, pode ser recomendada a realização de transplante de fígado para que possa ser possível alcançar a cura. No entanto, como a hepatite fulminante é consequência de outras alterações, é importante que a sua causa seja identificada e tratada, evitando novos danos ao fígado. DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA A doença hepática alcoólica é uma lesão causada no fígado devido à grande ingestão excessiva de álcool. 17 Nem sempre todas as pessoas que ingerem bebida alcoólica em grande quantidade desenvolvem hepatite alcoólica, enquanto as pessoas que consomem menos também podem obter essa doença. As mulheres são mais sensíveis a essa doença do que os homens. O álcool pode provocar três tipos de lesões hepáticas: esteatose hepática (conhecida como "gordura no fígado" ou doença gordurosa do fígado, hepatite alcoólica e cirrose. Quando o álcool é metabolizado no fígado ele produz um alto teor de toxina, essa toxina pode causar inflamação no fígado que é conhecida como hepatite alcoólica, se essa inflamação se tornar crônica surge a fibrose, a fibrose extensa é denominada como cirrose. Os fatores de riscos são: Uso de álcool, Sexo feminino, sendo que a mulher tem maior risco para a doença, Uso (ou abuso) de medicamentos, Diabetes, Obesidade OS SINTOMAS SÃO: Perda de apetite, Náuseas, Dor abdominal, Perda de peso e Emese. Os sintomas de cirrose têm características de icterícia (tom amarelo) da pele e dos olhos e aumento da circunferência abdominal (devido o acúmulo de líquido). A maioria das pessoas que sofrem dessa doença é desnutrida, pois quando ingerem grande quantidade de bebida alcoólica sente-se saciado. OS SINTOMAS GRAVES Retenção de líquido na cavidade abdominal (assiste). Mudanças de comportamento devido aos danos cerebrais por conta da toxina. Vale ressaltar que algumas pessoas não apresentam sintomas mesmo estando em estágio avançado da doença, por isso é importante realizar exames periódicos TRATAMENTO Medicamentos corticosteroides, em casos graves o transplante pode ser a única opção. 18 Dieta diferenciada para reverter a deficiência nutricional. Entretanto a abstinência geralmente é o melhor remédio. TUMORES HEPÁTICOS PRIMÁRIOS Os tumores primários do fígado são os que se originam no fígado. O hematoma é o mais comum. Em um primeiro momento, o câncer hepático provoca somente sintomas vagos (como perda de peso, perda de apetite e fadiga). SINAS E SINTOMAS No estágio inicial do câncer de fígado primário, normalmente costuma ser assintomático. Quando as sinas aparecem as queixas mais comuns são: •Dor do lado direito que irradia para a região do ombro direito; • Icterícia (pele e olhos amarelados); • Falta de apetite; • Perda de peso; • Fraqueza; • Cansaço; • Fezes esbranquiçadas; • Náuseas e vômitos; • Palidez; • Febre FATORES DE RISCO O fator de risco de câncer de fígado mais comum é a infecção crônica por vírus de hepatite B ou C. Essas infecções levam a cirrose hepática e são responsáveis por tornar o câncer de fígado um dos maiores incidentes. DIAGNÓSTICO É difícil diagnosticar o câncer de fígado precoce, pois na maioria dos casos os sintomas surgem apenas quando a doença já está avançada. No exame físico, por exemplo, só é sentido quando está volumoso. Entre os exames usados para confirmar o diagnóstico estão a tomografia computadorizada, a ressonância nuclear magnética (RNM) e a laparoscopia, que permite a visualização direta do órgão e a biópsia TRATAMENTO As opções de tratamento incluem ablação, embolização ou ambos. Outras opções podem incluir terapia alvo, imunoterapia, quimioterapia (sistêmica ou por infusão 19 da artéria hepática) e/ou radioterapia. Em alguns casos, o tratamento reduz o tumor possibilitando a cirurgia (hepatectomia parcial ou transplante). INSUFICIÊNCIA RENAL IRREVERSÍVEL Insuficiência renal crônica (IRC) é uma condição na qual os rins perdem a capacidade de realizar suas funções básicas. Ocorre a perda da função renal de forma lenta, progressiva e irreversível. Esta perda de função provoca, o acúmulo das toxinas no sangue, entre outras alterações. SINTOMAS Os sintomas costumam aparecer de forma tardia, já que a instalação da IRC costuma ser de forma lenta. Na maioria dos casos, até as fases avançadas da doença, a IRC pode não apresentar nenhum sinal ou sintoma. A IRC em fase avançada pode causar anemia, aumento da pressão arterial e edemas dos membros inferiores. Quando os rins entram em fase terminal, os sintomas que podem surgir são náuseas e vômitos, cansaço ao fazer esforço, perda de apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte e edemas generalizados. DIAGNÓSTICO A insuficiência renal crônica só pode ser diagnosticada precocemente através de análises laboratoriais. É utilizado a dosagem sanguínea de ureia e da creatinina. Quando os rins começam a perder a função os valores de creatinina sobem. Com as análises laboratoriais pode se detectar complicações da IRC de forma precoce, como graus iniciais de anemia, alterações de eletrólitos, valores de ph no sangue, etc. A partir de exames de urina também se pode verificar se há presença de sangue ou perda de proteínas o que é muito comum em pacientes com doença renal. A ultrassonografia dos rins também é muito utilizada para verificar se há sinais de atrofiamento, mas vale ressaltar que só uma ultrassonografia com resultado normal não é suficiente para descartar a IRC. FATORES DE RISCO 20 Geralmente a IRC surge quando o rim sofre agressões contínuas e prolongadas, como em pacientes com diabetes e hipertensão arterial mal controlada. As doenças que podem levar a IRC são: Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Doença Policística Renal, Glomerulonefrites, Infecções Urinárias de Repetição, Cálculos Renais de Repetição, Mieloma Múltiplo, Lúpus e Outras Doenças Autoimunes,Uso Abusivo de Anti-inflamatórios, Gota e Amiloide Pessoas com qualquer uma dessas doenças citadas é imprescindível que realize acompanhamento regular com o médico para verificar os níveis de creatinina. OS ESTÁDIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNICA Os estádios da pela taxa IRC são divididos de acordo a taxa de filtração glomerular, que pode ser estipulado pelo nível de creatinina no sangue. TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Não há cura para a insuficiência renal crônica, já que se trata de lesão irreversível no rim, também não há medicamento que faça os rins funcionarem bem. Em geral, o tratamento da IRC tem o objetivo impedir o avanço e de desacelerar a perca da função renal. É essencial que o paciente tenha um controle da hipertensão arterial, valores altos aceleram a perca de função renal. É muito importante também o controle da glicose e o controle também em pacientes com proteinúria, ou seja, perca de proteínas pela urina, ajudando assim a preservação dos rins. Os pacientes com IRC devem evitar drogas como anti-inflamatórios e alguns antibióticos. Mesmo não havendo uma cura é muito importante o tratamento e o acompanhamento com o nefrologista para se evitar complicações da IRC e aumentar a qualidade de vida do paciente. Nos estágios finais da doença, é indicado a hemodiálise, a diálise peritoneal ou o transplante renal. 21 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Quando o paciente é diagnosticado com a doença hepática isso traz um impacto em sua vida tanto na vida social e familiar, pois o mesmo vive na espera de um doador e enquanto isso não acontece a sua vida se resume em fazer exames e frequentar consultas, e aguardar a convocação para o procedimento. Quando o paciente realiza o procedimento é encaminhado para terapia intensiva, nessa fase de pós-operatório, a equipe de enfermagem sob supervisão do enfermeiro tem uma atuação importante no cuidado desse paciente transplantado. O cuidado de enfermagem inclui monitorização dos sinais vitais, balanço hídrico rigoroso, acompanhamento e coleta de exames laboratoriais, monitorização de sinais de sangramento, troca de curativos, vigilância do padrão respiratório e cuidados relativos à imunossupressão dentre outros. 22 CONCLUSÃO O transplante renal é a melhor opção terapêutica para paciente com insuficiência renal crônica. São poucas as contraindicações para esse procedimento. O número crescente de pacientes em lista de espera por um rim, somado à escassez de órgãos, exige que os cirurgiões contornem quase todos os tipos de alterações anatômicas para utilizarem o maior número de rins doados. Sabemos que houve melhora significativa na sobrevida do enxerto e do paciente. A rejeição ainda continua sendo a maior causa de perda do enxerto e uso de medicamentos imunossupressores para evitá-la ou tratá-la também é causa de morbidade e de mortalidade em transplante renal. São importantes o diagnóstico precoce e o estabelecimento de conduta adequada no manuseio de todas as complicações pós-operatórias. Assim, no seguimento do paciente transplantado o urologista deve estar apto a reconhecer as complicações cirúrgicas, ajudando em sua diferenciação, para realizar a melhor conduta.
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