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transplante renal e hepático

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UNIP 
 
F052192 - CAMILA SANTANA COSTA 
D904442 - GIULLIA FERNANDA S ZANETTI 
N490AD0 - JAQUELINE AP CESAR DO CARMO 
N472090 - NATALY PEREIRA 
D9653D3 - PAMELA MENDES DA SILVA CAMILO 
D993ED8 - SARA DORNELAS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
TRANSPLANTE 
Renal e Hepático 
 
 
 
 
 
 
Limeira - SP 
2020 
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UNIP 
 
F052192 - CAMILA SANTANA COSTA 
D904442 - GIULLIA FERNANDA S ZANETTI 
N490AD0 - JAQUELINE AP CESAR DO CARMO 
N472090 - NATALY PEREIRA 
D9653D3 - PAMELA MENDES DA SILVA CAMILO 
D993ED8 - SARA DORNELAS DE OLIVEIRA 
 
 
TRANSPLANTE 
Renal e Hepático 
 
Relatório final, apresentado a Universidade UNIP, 
como parte das exigências para a obtenção do título de 
APS. 
Orientador: Prof. Maria do Carmo Silva Fochi 
 
 
 
 
Limeira - SP 
2020 
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RESUMO 
O transplante hepático e renal é um procedimento de rotina em muitos centros de 
transplante. O aumento no número de transplante coincidiu um estudo em 2002 
do escore MELD (Model for End-stage Liver Disease) para colocar fígados, 
priorizando pacientes com disfunção renal. 
PALAVRAS-CHAVE 
Transplante renal; Transplante hepático; Receptores 
ABSTRACT 
Liver and kidney transplantation is a routine procedure in many transplant centers. 
The increase in the number of transplants coincided with a study in 2002 of the 
MELD (Model for End-stage Liver Disease) score to place livers, prioritizing 
patients with renal dysfunction. 
 
KEY WORDS 
Kidney transplantation; Liver transplantation; Receivers 
 
4 
 
INTRODUÇÃO: 
O transplante e hepático e renal é um procedimento de rotina em muitos centros 
de transplantes, representando 1-8% dos candidatos a transplante hepático. 
Em relação à sobrevida do enxerto parece que o enxerto hepático exerce efeito 
protetor imunológico sobre o enxerto renal. Estudos indicam que há maior 
sobrevida em pacientes com disfunção renal diálise-dependente submetidos a 
transplante duplo quando comparados com aqueles que realizam apenas 
transplante hepático. Além disso, a disfunção renal antes e após o transplante 
hepático é o maior determinante de mortalidade 
As indicações mais frequentes para transplante de fígado no Brasil são cirrose 
induzida pelo vírus da hepatite C e cirrose induzida por álcool. Quanto à causa da 
insuficiência renal, as principais indicações para substituição do rim são nefropatia 
diabética e doença glomerular crônica. 
OBJETIVO 
Analisar através de pesquisa patologias que necessita de transplante hepático e 
renal 
Objetivos Específicos 
 Conhecer as doenças 
 Descrever o papel do enfermeiro 
MÉTODOS 
O estudo foi feito considerando a importância do diagnóstico e observações de 
sinais e sintomas a fim de se obter um tratamento melhor. O trabalho exposto foi 
elaborado colaborativamente, com base em literatura especializada, com o 
objetivo de atender as expectativas de reunir as informações úteis para a 
formação profissional do enfermeiro. Com base no tema norteador, foi feito a 
pesquisa em artigos científicos, livros da área da saúde, manuais de saúde e site 
da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com a finalidade de identificar os possíveis 
diagnósticos para estas doenças, bem como seus tratamentos e prevenções, 
organizando as orientações encontradas do início ao fim. 
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REVISÃO DE LITERATURA 
O TRANSPLANTE HEPÁTICO 
O fígado desempenha papel central no metabolismo, interferindo na função de 
quase todos os demais órgãos e sistemas do organismo. Assim, pacientes com 
doenças graves do fígado habitualmente apresentam diversas manifestações 
sistêmicas da insuficiência hepática1. Entre as doenças que acometem o fígado, 
a cirrose hepática é considerada o tipo mais comum, sendo caracterizada pela 
substituição difusa da estrutura hepática normal por nódulos de estrutura anormal 
circundados por fibrose. 
O transplante hepático é uma cirurgia que remove um fígado doente e o substitui 
por um sadio. O primeiro transplante desta natureza foi deito a mais de 50 anos. 
No mundo muitas pessoas já fizeram esse procedimento e agora vivem uma vida 
normal. É a única opção no caso dos indivíduos cujo fígado deixou de funcionar. 
DOADORES 
Quase todos os fígados doados vêm de pessoas com morte cerebral e cujo 
coração continua batendo. O tipo de sangue e o tamanho do coração do doador e 
do receptor precisam ser iguais. O tipo de tecido nem sempre precisa ser 
totalmente igual. 
Alguns transplantes vêm de doadores vivos, que fornecem parte do fígado. 
Alguns transplantes vêm de pessoas com morte cerebral e cujo coração parou de 
bater. Contudo, o fígado desses doadores fica frequentemente danificado por não 
receber sangue. 
A ESPERA DO TRANSPLANTE 
Muitas pessoas morrem enquanto esperam por um fígado adequado, mas após o 
transplante, a percentagem de receptores de transplante hepático que sobrevivem 
é de 
Em 1 ano: 86 a 90% 
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Em 3 anos: 79% 
Em 5 anos: 73% 
A maioria dos receptores são pessoas cujo fígado foi destruído por cirrose 
(substituição do tecido hepático por tecido cicatricial), muitas vezes devido à 
infecção pelo vírus da hepatite C. Outros motivos para um transplante de fígado 
incluem colangite esclerosante primária (cicatrização dos canais biliares, 
causando a cirrose), doenças autoimunes do fígado e, em crianças, destruição 
parcial ou completa dos canais biliares (atresia biliar) e doenças metabólicas. 
Só se consegue obter um fígado inteiro de um doador morto, porém, um doador 
vivo pode doar parte do seu fígado. Um fígado doado pode ser armazenado até 
18 horas. 
Os indivíduos cujo fígado foi destruído pelo alcoolismo podem receber um 
transplante quando deixam de beber. O transplante de fígado é feito também para 
alguns indivíduos que têm câncer de fígado que não esteja em estágio muito 
avançado. 
Apesar da hepatite C e das doenças autoimunes terem a tendência em recorrer 
no fígado transplantado, a sobrevivência ainda é boa. 
PROCEDIMENTO 
O fígado lesionado é removido através de uma incisão no abdômen e o fígado 
novo é ligado aos vasos de sangue e canais biliares do receptor. Geralmente, são 
necessárias transfusões de sangue. 
A cirurgia dura, normalmente, 4 horas e meia ou mais e a internação do paciente 
no hospital é de 7 a 12 dias. 
Medicamentos para inibir o sistema imunológico (imunossupressores), incluindo 
corticosteroides, são iniciados no dia do transplante. Estes medicamentos podem 
ajudar a reduzir o risco de o receptor rejeitar o fígado transplantado. Comparado 
ao transplante de outros órgãos, o transplante hepático requer as doses mais 
baixas de imunossupressores. 
7 
 
Após a cirurgia, o paciente ainda permanece entre 10 e 15 dias na UTI para fazer 
a recuperação e ser acompanhado de perto pelo cirurgião e sua equipe, que se 
certificará de que o transplante foi bem-sucedido. Porém, mesmo depois de voltar 
para casa, o paciente deverá tomar remédios imunossupressores por toda a vida, 
para que o corpo não interprete o novo órgão como uma ameaça. 
“Ser um paciente transplantado não quer dizer que sua saúde está enfraquecida. 
Com os devidos cuidados com a alimentação, exercícios físicos e os remédios 
necessários, o paciente tem uma ótima sobrevida e poderá voltar à sua rotina 
normal”, explica o especialista. É importante lembrar que o paciente que fez 
transplante hepático não poderá mais ingerir bebida alcoólica, para não ameaçar 
o novo órgão. 
COMPLICAÇÕES 
Algumas complicações do transplante hepático podem ocorrer em até dois 
meses. Por exemplo, o fígado pode funcionar mal, coágulos de sangue podem 
bloquear vasos de sangue indo ou vindo do fígado ou a bile pode vazar dos 
canais biliares. Complicações ocorrendo logo depois do transplante tipicamente 
causam febre, baixa pressão arterial e resultados anormais nos testes de 
avaliação da função hepática. 
Posteriormente, as complicações mais comuns são formação de cicatrizes e 
estreitamento dos canais biliares.Esse distúrbio pode causar icterícia, urina 
escura, fezes claras e coceira em todo o corpo. Às vezes, os canais estreitados 
podem ser reabertos, mas frequentemente, outro transplante é necessário. 
REJEIÇÃO 
A rejeição dos transplantes de fígado não é tão intensa como a de outros órgãos, 
como o rim e o coração. No entanto, devem ser administrados imunossupressores 
depois do transplante. 
Se o receptor apresentar um aumento de tamanho do fígado, náuseas, dor, febre, 
icterícia ou uma função hepática anormal (detectada através de exames de 
sangue), o médico pode realizar uma biópsia através de uma agulha. Os 
8 
 
resultados da biópsia ajudam o médico a determinar se o fígado está sendo 
rejeitado e se é necessário ajustar o tratamento imunossupressor 
A rejeição pode ser tratada com corticosteroides ou, se estes não tiverem efeito, 
outros imunossupressores (como a globulina antitimócito). Pode ser transplantado 
outro fígado, se disponível, se o fármaco for ineficaz. 
TRANSPLANTE RENAL 
Os rins têm como função principal filtrar o sangue, retirando impurezas que são 
produzidas diariamente por nosso organismo. Essas impurezas são eliminadas do 
corpo por meio da urina que os rins produzem. Se os rins de uma pessoa param 
de funcionar, ela necessitará ser submetida ao tratamento de diálise ou ao 
transplante de rim. 
O transplante de rim oferece aos pacientes em diálise a chance de uma maior 
independência e melhor qualidade de vida. Pode ocasionar também, na maioria 
das pessoas (mas não em todas), a diminuição dos riscos de mortalidade, quando 
comparados aos da diálise. 
Transplante renal não é feito se a pessoa tiver certas doenças, como doença 
cardíaca grave ou câncer. Alguns distúrbios que previamente significavam que 
não seria possível fazer um transplante renal são considerados, atualmente, 
contraindicações relativas (significando que o transplante pode ser possível com 
precauções especiais) porque há medicamentos para controlar os distúrbios. Por 
exemplo, precauções especiais são adotadas quando as pessoas têm diabetes 
mal controlado (que pode resultar em insuficiência renal) ou em certas infecções 
virais (como hepatite C avançada) que podem piorar pelo uso de medicamentos 
necessários para prevenir a rejeição após o transplante. Estes medicamentos 
inibem o sistema imunológico, dificultando sua defesa do organismo contra 
infecções. 
Transplante renal é indicado quando a pessoa tem 
Insuficiência renal irreversível, avançada 
9 
 
Pessoas com 70 e, às vezes, 80 anos de idade podem se qualificar para 
transplante nas seguintes circunstâncias: 
São saudáveis em outros aspectos, funcionam independentemente e têm um bom 
suporte social. 
As pessoas com transplantes renais bem-sucedidos geralmente podem levar uma 
vida normal e ativa. É esperado que vivam por ainda bastante tempo. 
Um ano após o transplante, cerca de 95% dos receptores de rins estão vivos. 
Posteriormente, a cada ano, cerca de 3 a 5% dos rins de doadores vivos e cerca 
de 5 a 8% daqueles de doadores mortos param de funcionar. Por vezes, os rins 
transplantados funcionam por mais de 30 anos. 
O transplante pode melhorar substancialmente sua capacidade de funcionar e sua 
qualidade de vida além de simplesmente livrá-los da diálise. 
Pessoas que também tenham diabetes tipo 1 podem ser candidatas ao 
transplante simultâneo pâncreas-rim ou ao transplante do pâncreas após o 
transplante renal. 
DOADORES 
Mais da metade dos rins transplantados é proveniente de doadores antes 
saudáveis, agora mortos. Cerca de um terço destes rins estão danificados, mas 
são usados porque a demanda é muito grande. O restante dos rins transplantados 
advém de doadores vivos. 
Geralmente os doadores vivos são parentes (mães, pais, irmãos, tios, avós), mas 
qualquer pessoa pode se dispor a ser doadora, desde que não apresente nenhum 
problema de saúde. 
Se o doador não for um parente do receptor, há necessidade de autorização 
judicial para se fazer a doação, ocasião em que o juiz atestará o altruísmo da 
doação. No Brasil, compra e venda de órgãos é crime. 
A vantagem do transplante com doador vivo é, principalmente, o planejamento da 
cirurgia (com dia e hora marcados) e o fato de que esses rins funcionam 
10 
 
imediatamente após a cirurgia, trazendo o benefício da recuperação da função 
renal já durante a intervenção. 
Os doadores falecidos são aquelas pessoas que sofrem morte cerebral (o cérebro 
para de funcionar, mas o coração continua batendo e o sangue continua 
circulando). Esses doadores estão, em geral, nas unidades de terapia intensiva 
dos hospitais e sendo mantidos por aparelhos e técnicas especiais para que os 
demais órgãos continuem funcionando até sua doação. 
Há critérios bastante específicos para definir morte cerebral. É feita uma série de 
exames e dois médicos atestam que o cérebro do paciente deixou de funcionar. 
Além disso, a família precisa autorizar a doação, mesmo que a pessoa já tenha 
manifestado em vida vontade de doar seus órgãos. 
A ESPERA DO TRANSPLANTE 
Os pacientes que não possuem um doador vivo compatível necessitam de uma 
avaliação pré-transplante e podem entrar na lista de espera com doador falecido 
da Secretaria de Estado da Saúde. Caso isso aconteça, será colhida uma 
amostra de soro do paciente a cada 90 dias, que será encaminhada ao laboratório 
de imunogênica. Caso apareça um doador com a mesma tipagem sanguínea que 
a do paciente, seu soro servirá para a realização de exames com células do 
doador para verificar a compatibilidade. 
Desde 1º de janeiro de 2002 está em vigor lei federal que distribui órgãos de 
acordo com a compatibilidade de tecidos entre o doador falecido e todos os 
pacientes da lista. O receptor mais compatível e com maior tempo de espera 
recebe o órgão. O médico do paciente é informado e convoca o paciente para o 
transplante. 
O transplante renal com doador falecido tem resultado muito semelhante ao do 
doador vivo, a curto e longo prazos. Cerca de 40% desses rins não funcionam 
imediatamente após o transplante, mas entre 7 e 15 dias após a cirurgia. Nesse 
período, o paciente continua em diálise, aguardando pela recuperação do rim 
transplantado. 
PROCEDIMENTO 
11 
 
Os rins são removidos do doador, geralmente com o uso de instrumentos finos e 
uma pequena câmera de vídeo inseridos através de várias incisões minúsculas 
(cirurgia laparoscópica). Ocasionalmente, é necessária uma incisão maior 
(cirurgia a céu aberto). Após a remoção, o rim é resfriado e transportado 
rapidamente para uma unidade médica para ser transplantado para uma pessoa 
com um tipo de sangue e tecido compatível e que não produza anticorpos contra 
os tecidos do doador. 
O transplante de rim constitui uma intervenção cirúrgica de maior complexidade. 
Em geral, a pessoa que recebe o rim está em diálise durante os meses ou anos 
anteriores ao procedimento de transplante. O rim doado é colocado na pelve 
através de uma incisão e ligado aos vasos sanguíneos e à bexiga do receptor. 
Normalmente os rins que não funcionam são deixados no lugar. Ocasionalmente, 
eles são removidos porque ocorre uma infecção se desenvolve e não se resolve. 
 
CONSEQUÊNCIAS DO TRANSPLANTE 
A pessoa submetida a um transplante renal será capaz de voltar a ter uma dieta 
normal e a beber líquidos normalmente. Poderá exercer atividades normais, como 
trabalhar, estudar, viajar e praticar exercícios. 
Entretanto, cria-se uma rotina na vida devido à necessidade de medicações que 
precisam ser tomadas todos os dias, em horários bem rígidos, além de consultas 
médicas e exames frequentes. 
REJEIÇÃO 
O organismo humano tem um sistema muito complexo (sistema imunológico) que 
reage contra órgãos estranhos nele introduzidos. É um sistema protetor contra 
infecções e câncer, mas infelizmente pode reconhecer o rim transplantado como 
"estranho". O organismo reagirá contra o rim e tentará destruí-lo. A esse processoos médicos denominam rejeição aguda, acontece durante o terceiro ou quarto 
mês após o transplante renal. Ela pode ser acompanhada por febre, diminuição 
da produção de urina com ganho de peso, dor e inchaço do rim e pressão arterial 
elevada. Os exames de sangue apresentam a deterioração da função renal. 
12 
 
Sendo que estes sintomas também podem ser de infecções ou do uso de 
fármacos, o diagnóstico de rejeição precisa, por vezes, ser confirmado através de 
uma biópsia com agulha do rim. No entanto, o paciente recebe medicações para 
diminuir a chance dessa reação. Esses medicamentos, chamados de 
imunossupressores, serão tomados pelo paciente transplantado por toda a vida. 
Em torno de 10% dos pacientes apresentam algum grau de rejeição, a maioria 
durante a primeira e a segunda semana após o transplante. Há várias maneiras 
de tratar a rejeição, que na maior parte das vezes é curada. 
O rim rejeitado pode ser deixado no lugar, a menos que a febre, a dor e a 
presença de sangue na urina persistam. As probabilidades de êxito dos segundos 
transplantes são praticamente tão elevadas como as dos primeiros. Por isso é 
importante que o médico ajude o paciente a decidir se o risco de um transplante é 
menor que os benefícios que ele lhe trará. Os riscos de um procedimento sempre 
levam em consideração a qualidade da equipe médica e do hospital 
transplantador. 
O paciente que se submete ao transplante de rins necessita de cuidados médicos 
contínuos e estará exposto a determinados riscos: 
Apesar de ser uma cirurgia até certo ponto simples, o transplante envolve o risco 
inerente a qualquer ato cirúrgico. 
Há necessidade de uso de medicações imunossupressoras e corticosteroides, 
Medicamentos para inibir o sistema imunológico, são iniciados no dia do 
transplante. Estes medicamentos podem ajudar a reduzir o risco de o receptor 
rejeitar o rim transplantado, mas que possuem determinados efeitos colaterais e 
podem trazer complicações. 
O rim transplantado pode não funcionar e o paciente necessitará retornar à 
diálise. 
Doenças Mais Comuns 
CIRROSE POR HEPATITE CRÔNICA POR VÍRUS B OU C 
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Cirrose é a deformação interna disseminada da estrutura do fígado que ocorre 
quando uma quantidade significante de tecido hepático normal sofre lesões 
continuas ou repetidamente formando tecido de cicatrização (fibrose), que em sua 
fase mais progressiva gera alterações importantes dificultando a passagem de 
sangue pelo fígado e com isso a hipertensão portal que resulta no aumento da 
resistência ao fluxo de sangue na veia porta hepática, além de diminuição do 
funcionamento hepático. As principais causas da cirrose são: ingestão excessiva 
de bebidas alcoólicas, Hepatite C, Hepatite B, Esteatose hepática (depósito de 
gordura no fígado), Hemocromatose (doença por depósito de ferro). O vírus das 
hepatites B e C causam inflamação, geralmente são transmitidas com maior 
frequência pela exposição a fluidos corporais infectados, por vias perinatais ou 
congênitas, gerando danos que ao longo dos anos pode levar à cirrose. 
SINAS E SINTOMAS 
É muito comum que portadores de hepatites não apresentem nenhum sintoma, 
porém ao quadro de cirrose estão dentre os sinais e sintomas a icterícia (pele e 
mucosas amareladas), inchaço no abdômen, emagrecimento, fraqueza, perda de 
apetite, mau hálito intenso, nódulos amarelados pelo corpo (próximos da 
pálpebra), tosse e vômito com presença de sangue. Também é comum 
apresentar coceira, confusão mental, crescimento das mamas, fraqueza 
muscular, edemas, sensibilidade, urina escura. 
FATORES DE RISCO 
Estão ligados às Infecção pelos vírus da hepatite B ou C, predominante em 
pacientes do sexo masculino, de idade avançada, e etilistas. 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da cirrose hepática é feito pelo clínico geral ou hepatologista por 
meio da anamnese, exame físico, avaliação dos sintomas, exames laboratoriais 
que avaliam a função do fígado, rins e a capacidade de coagulação, além de 
testes sorológicos para identificar infecções virais, exames de imagem como: 
ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, e também 
através de biópsias. 
http://igm.med.br/novidades/dicas-de-saude/alcool-quais-sao-os-riscos-
http://igm.med.br/novidades/dicas-de-saude/alcool-quais-sao-os-riscos-
http://igm.med.br/novidades/conheca-sua-doenca/hepatite-c-da-descoberta-aos-tratamentos-modernos
http://igm.med.br/novidades/conheca-sua-doenca/esteatose-hepatica
http://igm.med.br/novidades/conheca-sua-doenca/esteatose-hepatica
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-c-2/
14 
 
TRATAMENTO 
Não há um tratamento específico, o único e definitivo é o transplante, onde o 
fígado cirrótico é substituído (por um fígado inteiro, no caso de doador cadáver, 
ou de parte dele, no caso de transplante intervivos).O tratamento visa interromper 
a progressão dessa doença em consequência de diversas doenças desenvolvidas 
focando nas causas subjacentes, como a abstenção total de bebidas alcoólicas 
que é de extrema importância para o tratamento, tratamento sintomático das 
náuseas, vômitos e dores abdominais sendo necessário uso de analgésicos, 
correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos, administração 
endovenosa de aminoácidos que pode reduzir a hiper bilirrubinemia e elevar a 
concentração de albumina diminuindo o índice de mortalidade, cuidados relativos 
à retenção de líquidos, à disfunção renal, às infecções e hemorragias 
gastrointestinais. 
HEPATITE FULMINANTE 
A hepatite fulminante, também conhecida como falência hepática fulminante ou 
hepatite aguda grave, corresponde à inflamação grave do fígado em pessoas que 
possuem o fígado normal ou doença hepática controlada em que o fígado deixa 
de ser funcional, podendo resultar em óbito em poucos dias. 
Os sintomas da hepatite fulminante são semelhantes aos das outras hepatites, no 
entanto os sintomas desse tipo de hepatite podem progredir rapidamente, 
havendo urina escura constantemente, pele e olhos amarelados, febre baixa e 
mal-estar geral. Esses sintomas evoluem de forma rápida devido ao 
comprometimento progressivo do fígado. 
É importante que o diagnóstico e tratamento da hepatite fulminante seja feito o 
mais rápido possível para que os sintomas possam ser controlados e não haja 
perda total de função do fígado, sendo necessário que a pessoa fique em 
internamento para que seja feito o tratamento. 
SINTOMAS DE HEPATITE FULMINANTE 
Os sintomas de hepatite fulminante aparecem e evoluem rapidamente devido ao 
constante comprometimento do fígado, podendo deixar a pessoa bastante 
15 
 
debilitada dentro de poucas horas. Os principais sinais e sintomas de hepatite 
fulminante são: 
Urina escura; Olhos e pele amarelados, situação chamada de icterícia; Mal-estar 
geral Febre baixa; náuseas e Vômitos; Dor no lado direito do abdômen; Inchaço 
abdominal; Insuficiência renal e Hemorragias. 
Quando a pessoa está muito comprometida se desenvolve a encefalopatia 
hepática, que ocorre quando a inflamação atinge o cérebro, causando alterações 
de comportamento, distúrbios do sono, desorientação, e até coma, sendo 
indicativo de estado avançado da doença. 
Para o diagnóstico da hepatite fulminante o médico deverá observar o paciente e 
solicitar exames laboratoriais e da biópsia do tecido hepático que permite detectar 
a gravidade das lesões e algumas vezes as causas da doença. 
Para avaliar a saúde do fígado o médico pode solicitar exames de sangue, 
ultrassonografia e até mesmo uma biópsia, pois são exames que fornecem 
informações importantes sobre as alterações nesse órgão. 
O fígado participa da digestão e metabolismo dos alimentos e, além disso, é por 
ele que passam os medicamentos ingeridos, por exemplo. Assim, quando há 
alguma disfunção no fígado, a pessoa pode ter mais dificuldade em digerir 
corretamente as gorduras,precisando seguir uma dieta especial, além de evitar 
usar medicamentos sem prescrição médica. 
PRINCIPAIS CAUSAS 
A hepatite fulminante normalmente acontece em pessoas que possuem o fígado 
normal, mas também pode acontecer em pessoas que possuem alterações no 
fígado controladas, como no caso da hepatite A e B, por exemplo. Assim, na 
maioria dos casos a hepatite fulminante é consequência de outras situações, 
sendo as principais: 
 Doenças autoimunes como Síndrome de Reye e Doença de Wilson; 
 Uso de medicamentos, na maioria das vezes como consequência da 
automedicação; 
16 
 
 Consumo de chás para emagrecimento em excesso e sem orientação; 
 Falta de oxigênio nos tecidos hepáticos; 
 Excesso de gordura no fígado durante a gravidez. 
Quando alguma destas situações está presente, o fígado da pessoa pode ser 
gravemente afetado, deixando de ser capaz de filtrar o sangue para eliminar suas 
impurezas e de armazenar vitaminas e minerais, levando ao aparecimento de 
sinais e sintomas de hepatite fulminante. 
Quando o tratamento não é iniciado prontamente, o fígado deixa de converter a 
amônia em ureia e a doença progride afetando o cérebro, dando início a um 
quadro chamado encefalopatia hepática, que pode ser seguida de falha ou 
falência de outros órgãos como rins ou pulmão, e possível coma. 
 
COMO É O TRATAMENTO 
O tratamento para hepatite fulminante é feito em no hospital e consiste no uso de 
medicamentos para desintoxicar o fígado. É importante que a pessoa fique em 
jejum por um período e depois receba uma alimentação adequada, isenta de 
gorduras. Por vezes, a diálise para purificar o sangue é necessária. 
Contudo, isto nem sempre é suficiente para curar a hepatite fulminante, já que 
muitas vezes a inflamação hepática é extensa e não há chance de reversão. 
Assim, pode ser recomendada a realização de transplante de fígado para que 
possa ser possível alcançar a cura. 
No entanto, como a hepatite fulminante é consequência de outras alterações, é 
importante que a sua causa seja identificada e tratada, evitando novos danos ao 
fígado. 
DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA 
A doença hepática alcoólica é uma lesão causada no fígado devido à grande 
ingestão excessiva de álcool. 
17 
 
Nem sempre todas as pessoas que ingerem bebida alcoólica em grande 
quantidade desenvolvem hepatite alcoólica, enquanto as pessoas que consomem 
menos também podem obter essa doença. 
As mulheres são mais sensíveis a essa doença do que os homens. O álcool pode 
provocar três tipos de lesões hepáticas: esteatose hepática (conhecida como 
"gordura no fígado" ou doença gordurosa do fígado, hepatite alcoólica e cirrose. 
Quando o álcool é metabolizado no fígado ele produz um alto teor de toxina, essa 
toxina pode causar inflamação no fígado que é conhecida como hepatite 
alcoólica, se essa inflamação se tornar crônica surge a fibrose, a fibrose extensa 
é denominada como cirrose. 
Os fatores de riscos são: Uso de álcool, Sexo feminino, sendo que a mulher tem 
maior risco para a doença, Uso (ou abuso) de medicamentos, Diabetes, 
Obesidade 
OS SINTOMAS SÃO: Perda de apetite, Náuseas, Dor abdominal, Perda de peso 
e Emese. 
Os sintomas de cirrose têm características de icterícia (tom amarelo) da pele e 
dos olhos e aumento da circunferência abdominal (devido o acúmulo de líquido). 
A maioria das pessoas que sofrem dessa doença é desnutrida, pois quando 
ingerem grande quantidade de bebida alcoólica sente-se saciado. 
OS SINTOMAS GRAVES 
Retenção de líquido na cavidade abdominal (assiste). 
Mudanças de comportamento devido aos danos cerebrais por conta da toxina. 
Vale ressaltar que algumas pessoas não apresentam sintomas mesmo estando 
em estágio avançado da doença, por isso é importante realizar exames periódicos 
TRATAMENTO 
Medicamentos corticosteroides, em casos graves o transplante pode ser a única 
opção. 
18 
 
Dieta diferenciada para reverter a deficiência nutricional. 
Entretanto a abstinência geralmente é o melhor remédio. 
TUMORES HEPÁTICOS PRIMÁRIOS 
Os tumores primários do fígado são os que se originam no fígado. O hematoma é 
o mais comum. Em um primeiro momento, o câncer hepático provoca somente 
sintomas vagos (como perda de peso, perda de apetite e fadiga). 
SINAS E SINTOMAS 
 No estágio inicial do câncer de fígado primário, normalmente costuma ser 
assintomático. Quando as sinas aparecem as queixas mais comuns são: 
•Dor do lado direito que irradia para a região do ombro direito; • Icterícia (pele e 
olhos amarelados); • Falta de apetite; • Perda de peso; • Fraqueza; • Cansaço; • 
Fezes esbranquiçadas; • Náuseas e vômitos; • Palidez; • Febre 
FATORES DE RISCO 
O fator de risco de câncer de fígado mais comum é a infecção crônica por vírus 
de hepatite B ou C. Essas infecções levam a cirrose hepática e são responsáveis 
por tornar o câncer de fígado um dos maiores incidentes. 
DIAGNÓSTICO 
 É difícil diagnosticar o câncer de fígado precoce, pois na maioria dos casos os 
sintomas surgem apenas quando a doença já está avançada. No exame físico, 
por exemplo, só é sentido quando está volumoso. Entre os exames usados para 
confirmar o diagnóstico estão a tomografia computadorizada, a ressonância 
nuclear magnética (RNM) e a laparoscopia, que permite a visualização direta do 
órgão e a biópsia 
TRATAMENTO 
As opções de tratamento incluem ablação, embolização ou ambos. Outras opções 
podem incluir terapia alvo, imunoterapia, quimioterapia (sistêmica ou por infusão 
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da artéria hepática) e/ou radioterapia. Em alguns casos, o tratamento reduz o 
tumor possibilitando a cirurgia (hepatectomia parcial ou transplante). 
INSUFICIÊNCIA RENAL IRREVERSÍVEL 
Insuficiência renal crônica (IRC) é uma condição na qual os rins perdem a 
capacidade de realizar suas funções básicas. Ocorre a perda da função renal de 
forma lenta, progressiva e irreversível. Esta perda de função provoca, o acúmulo 
das toxinas no sangue, entre outras alterações. 
SINTOMAS 
Os sintomas costumam aparecer de forma tardia, já que a instalação da IRC 
costuma ser de forma lenta. Na maioria dos casos, até as fases avançadas da 
doença, a IRC pode não apresentar nenhum sinal ou sintoma. 
A IRC em fase avançada pode causar anemia, aumento da pressão arterial e 
edemas dos membros inferiores. Quando os rins entram em fase terminal, os 
sintomas que podem surgir são náuseas e vômitos, cansaço ao fazer esforço, 
perda de apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte e edemas generalizados. 
DIAGNÓSTICO 
A insuficiência renal crônica só pode ser diagnosticada precocemente através de 
análises laboratoriais. É utilizado a dosagem sanguínea de ureia e da creatinina. 
Quando os rins começam a perder a função os valores de creatinina sobem. Com 
as análises laboratoriais pode se detectar complicações da IRC de forma precoce, 
como graus iniciais de anemia, alterações de eletrólitos, valores de ph no sangue, 
etc. 
A partir de exames de urina também se pode verificar se há presença de sangue 
ou perda de proteínas o que é muito comum em pacientes com doença renal. 
A ultrassonografia dos rins também é muito utilizada para verificar se há sinais de 
atrofiamento, mas vale ressaltar que só uma ultrassonografia com resultado 
normal não é suficiente para descartar a IRC. 
FATORES DE RISCO 
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Geralmente a IRC surge quando o rim sofre agressões contínuas e prolongadas, 
como em pacientes com diabetes e hipertensão arterial mal controlada. As 
doenças que podem levar a IRC são: Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, 
Doença Policística Renal, Glomerulonefrites, Infecções Urinárias de Repetição, 
Cálculos Renais de Repetição, Mieloma Múltiplo, Lúpus e Outras Doenças 
Autoimunes,Uso Abusivo de Anti-inflamatórios, Gota e Amiloide 
Pessoas com qualquer uma dessas doenças citadas é imprescindível que realize 
acompanhamento regular com o médico para verificar os níveis de creatinina. 
OS ESTÁDIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNICA 
Os estádios da pela taxa IRC são divididos de acordo a taxa de filtração 
glomerular, que pode ser estipulado pelo nível de creatinina no sangue. 
TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 
Não há cura para a insuficiência renal crônica, já que se trata de lesão irreversível 
no rim, também não há medicamento que faça os rins funcionarem bem. 
Em geral, o tratamento da IRC tem o objetivo impedir o avanço e de desacelerar a 
perca da função renal. 
É essencial que o paciente tenha um controle da hipertensão arterial, valores 
altos aceleram a perca de função renal. É muito importante também o controle da 
glicose e o controle também em pacientes com proteinúria, ou seja, perca de 
proteínas pela urina, ajudando assim a preservação dos rins. 
Os pacientes com IRC devem evitar drogas como anti-inflamatórios e alguns 
antibióticos. 
Mesmo não havendo uma cura é muito importante o tratamento e o 
acompanhamento com o nefrologista para se evitar complicações da IRC e 
aumentar a qualidade de vida do paciente. 
Nos estágios finais da doença, é indicado a hemodiálise, a diálise peritoneal ou o 
transplante renal. 
 
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
Quando o paciente é diagnosticado com a doença hepática isso traz um impacto 
em sua vida tanto na vida social e familiar, pois o mesmo vive na espera de um 
doador e enquanto isso não acontece a sua vida se resume em fazer exames e 
frequentar consultas, e aguardar a convocação para o procedimento. 
 Quando o paciente realiza o procedimento é encaminhado para terapia 
intensiva, nessa fase de pós-operatório, a equipe de enfermagem sob supervisão 
do enfermeiro tem uma atuação importante no cuidado desse paciente 
transplantado. 
 O cuidado de enfermagem inclui monitorização dos sinais vitais, balanço hídrico 
rigoroso, acompanhamento e coleta de exames laboratoriais, monitorização de 
sinais de sangramento, troca de curativos, vigilância do padrão respiratório e 
cuidados relativos à imunossupressão dentre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
O transplante renal é a melhor opção terapêutica para paciente com insuficiência 
renal crônica. São poucas as contraindicações para esse procedimento. O 
número crescente de pacientes em lista de espera por um rim, somado à 
escassez de órgãos, exige que os cirurgiões contornem quase todos os tipos de 
alterações anatômicas para utilizarem o maior número de rins doados. Sabemos 
que houve melhora significativa na sobrevida do enxerto e do paciente. A rejeição 
ainda continua sendo a maior causa de perda do enxerto e uso de medicamentos 
imunossupressores para evitá-la ou tratá-la também é causa de morbidade e de 
mortalidade em transplante renal. São importantes o diagnóstico precoce e o 
estabelecimento de conduta adequada no manuseio de todas as complicações 
pós-operatórias. Assim, no seguimento do paciente transplantado o urologista 
deve estar apto a reconhecer as complicações cirúrgicas, ajudando em sua 
diferenciação, para realizar a melhor conduta.

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