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População negra (1)

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POLÍTICA NACIONAL DE SAUDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA
Políticas Públicas de Saúde
Nomes:
Beatriz Ribeiro Fortaleza RA: 21111686
Beatriz Vilela de Jesus RA: 21362530
Francisco José da Silva Neto RA: 21354730
Larissa Spadasi Bastos RA: 21362530
Luana dos Santos Galindo RA: 20874490
Michelli Ferreira Marchini RA :21344946
População Negra
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pesquisou as cores mais declaradas pela população e definiu um sistema de classificação com cinco categorias: branca, preta, parda, amarela e indígena.
De acordo com o censo demográfico de 2015, 45,22% dos brasileiros se declaram como brancos, 45,06% como pardos, 8,86% como pretos, 0,47% como amarelos e 0,38% como indígenas, indicando, além da prevalência de afrodescendentes na composição étnica do país, um maior reconhecimento do perfil étnico-racial por parte da população brasileira. Em relação aos aspectos socioeconômicos, os dados do censo de 2018 revelam que, enquanto o percentual de analfabetos entre os brancos com 15 anos ou mais era de 3,9%, entre os negros esse valor atingiu 9,1%. Outro exemplo é que entre as classes de pessoas em ordem crescente de rendimento mensal domiciliar, os brancos eram 70,6% entre as com maiores rendimentos, enquanto os negros eram 75,2% entre os com menores rendimentos. A implementação efetiva de políticas específicas nesse âmbito, como a PNSIPN, emerge, então, como uma ferramenta importante na reestruturação da saúde através de uma política que adere à demanda e à realidade do país.
É preciso entender as condições às quais o negro está inserido na sociedade, qual a situação de moradia, o saneamento básico dele, a ocupação e as condições de vida. São vários os fatores que podem levar à adesão do tratamento e ao controle da doença.
Além dos problemas socioeconômicos, o Ministério da Saúde informa que a população negra é mais suscetível a doenças genéticas e hereditárias, caso da hipertensão, diabetes tipo 2, anemia falciforme e mioma. Outros aspectos devem ser analisados antes e depois do diagnóstico dessas doenças, que vão além da hereditariedade.
Anemia Falciforme
Doença hereditária, decorrente de uma mutação genética, causada por um gene recessivo, que pode ser encontrado em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra.
Diabetes mellitus (tipo II)
Esse tipo de diabetes se desenvolve na fase adulta e atinge com mais frequência os homens negros (9% a mais que os homens brancos) e as mulheres negras (em torno de 50% a mais do que as mulheres brancas)
Hipertensão arterial
A doença, que atinge 10% a 20% dos adultos, é a causa direta ou indireta de 12% a 14% de todos os óbitos no Brasil. Em geral, a hipertensão é mais alta entre os homens e tende ser mais complicada em negros, de ambos os sexos.
Anemia Hemolítica
Afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Apresenta frequência relativamente alta em negros americanos (13%) e populações do Mediterrâneo, como na Itália e no Oriente Médio (5% a 40%). A falta dessa enzima resulta na destruição dos glóbulos vermelhos, levando à anemia hemolítica e, por ser um distúrbio genético ligado ao cromossomo X, é mais frequente nos meninos.
Outros exemplos são a anemia falciforme, doença genética predominante entre negros, mas também há doenças cardiovasculares, hipertensão arterial aneurisma da aorta, câncer de próstata, diabetes, glaucoma e miomas, que também estão na lista de enfermidades que mais afetam a este público.
A saúde física da população negra
A luta para ter acesso à saúde começa cedo, com mulheres negras que se tornam mães. De acordo com o Ministério da Saúde, 60% das mortes maternas ocorrem entre mulheres negras e 34%, entre mulheres brancas. Já o segundo obstáculo é com os recém-nascidos: no Brasil, a maior taxa de mortalidade neonatal atinge crianças negras.
A falta de recursos também limita a busca por ajuda médica em hospitais e clínicas do Sistema Único de Saúde (SUS), o que faz com que a população negra seja a que mais utiliza e têm acesso ao SUS, sendo ela cerca de 70% dos brasileiros.
Existe ainda outro fator que atrapalha o direito à saúde da população negra, o chamado racismo institucional. Ele tem origem do preconceito, o que faz com que negros recebam um tratamento diferente em lugares comuns e públicos, nos quais o atendimento igualitário deveria ser regra.
Em serviços de saúde, o racismo institucional ocorre quando um indivíduo passa mal e o médico releva os sintomas ou nega medicamentos, por acreditar que pessoas negras são mais resistentes e tolerantes à dor e ao mal-estar.
A saúde mental da população negra
Tendo em vista todos os processos e desafios que a população negra precisa enfrentar diariamente, como vulnerabilidade social e ataques raciais, que afetam diretamente o emocional, a saúde mental se torna o segundo foco de atenção das políticas de saúde para esse grupo.
Crescendo em uma sociedade que ridiculariza sua raça, a pessoa negra é levada a negar sua identidade racial e buscar de forma irracional se adaptar ao padrão imposto. No entanto, quando não atingem esse padrão geram-se crenças persistentes de inadequação, desvalor, desamor e impotência, que são associadas a depressão e diferentes transtornos de ansiedade.
A realidade de pressão é reforçada pela análise do Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social do Ministério da Saúde (DAGEP/MS). O levantamento constatou que, entre 2012 e 2016, o índice de suicídio entre a população negra foi 55,4% superior em comparação às demais raças (39%), engatilhados por diferentes de violência e racismo.
Existem atitudes a serem combatidas nos centros de saúde, cada uma delas devem ser denunciadas:
· Racismo direto
· Restrição de atendimento
· Agressão verbal e/ou física 
· Limitação de medicamento
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
Com vistas à promoção da equidade em saúde e orientado pelos princípios e diretrizes da integralidade, equidade, universalidade e participação social, em consonância com o Pacto pela Saúde e a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS (ParticipaSUS), o Ministério da Saúde instituiu, em 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), por meio da Portaria GM/MS nº 992, de 13 de maio de 2009.
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra tem o objetivo de incluir ações de cuidado, atenção, promoção à saúde e prevenção de doenças, atendimento de forma oportuna e humanizada, contribuindo para a melhoria das condições de saúde desta população e para redução das iniquidades de raça/cor, gênero, identidade de gênero, orientação sexual, geracionais e de classe. Tal medida possui um caráter compensatório em virtude das discriminações raciais existentes ao longo da história do Brasil. A população negra apresenta maior vulnerabilidade social e econômica, o que reflete uma menor expectativa de vida e maior susceptibilidade a agravos. 
As principais diretrizes são:
· Inclusão dos temas Racismo e Saúde da População Negra nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social na saúde.
· Fortalecimento da atenção à saúde integral da população negra em todas as fases do ciclo de vida.
· Implementação do processo de monitoramento e avaliação das ações pertinentes ao combate ao racismo e à redução das desigualdades étnico-raciais no campo da saúde.
· Desenvolvimento de processos de informação, comunicação e educação, que desconstruam estigmas e preconceitos, além de contribuir com a redução das vulnerabilidades.
Segundo uma pesquisa do IBGE em 14 de novembro de 2019, podemos ver que apesar do longo período de implantação desta política apenas 28% dos municípiosbrasileiros adotaram esta medida. Considerando os municípios que adotam a Política e também têm uma instância específica para coordenar e monitorar as ações de saúde voltadas à população negra, o índice cai para 3%. Um cenário que dificulta, e muito, a “redução das desigualdades” almejada pelo plano e que mostra que a celebração do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, ainda tem muito simbolismo e pouco efeito prático.
Algumas ações desenvolvidas para a luta a equidade são:
· Plano Juventude Viva – Prevê ações de prevenção para reduzir a vulnerabilidade de jovens negros a situações de violência física e simbólica. 
· Comitê Técnico de Saúde da População Negra – Instituído no âmbito do Ministério da Saúde, é um espaço consultivo de participação e controle social, com representantes da gestão, pesquisadores e movimentos negros.
· Curso de ensino a distância sobre saúde da população negra promovido pelo MS e Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), lançada em 27 de outubro de 2014). 
· Implementação da Política Estadual de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias e da Linha de Cuidado Integral às Pessoas com Doença Falciforme.
A relação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra com a enfermagem
Os enfermeiros são parte integrante relevante da saúde pública, pois são eles os responsáveis pelo acolhimento e cuidado direto desses(as) pacientes. Eles estarão dirigidos não só a parte clínica, mas também a psicossocial do paciente, que em suas conversas rotineiras irão auxiliá-lo a entender e estimular o tratamento.
Levando-se em consideração todos os aspectos que envolvem a saúde pública e a efetividade dos princípios do SUS para com a população negra, para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é preciso conscientizar os profissionais de saúde da rede pública sobre a existência do racismo institucional e a necessidade de combatê-lo já que encontram-se envolvidos com a organização dos serviços e possuem maior vínculo com os usuários.
A partir disso, pode ser possível oferecer fundamentos que promovam conhecimentos e modificações em suas ações e rotinas ou reforcem aquelas consideradas adequadas, com o intuito de proporcionar cuidado integral e equânime à população negra de forma justa e eficaz. Desta concepção entende-se que para a desconstrução do racismo institucional, o profissional deve apoiar-se em conhecimentos sólidos sobre o assunto, que foram determinadas pela Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, para que possa trabalhar as verdadeiras necessidades e cuidados dessa população.
Bibliografia:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015000601909
https://saude.rs.gov.br/saude-da-populacao-negra
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra_3d.pdf
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18319-cor-ou-raca.html
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/10091/0?indicador=82446
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902007000200014
https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/31131/html
http://biblioteca.cofen.gov.br/percepcoes-acoes-enfermeiros-racismo-institucional-saude-publica/
https://www.coren-df.gov.br/site/governo-lanca-campanha-contra-racismo-no-sus/
http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RPU/article/view/515/344

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