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CAP DE LIVRO THAIS

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MANEJO AO PACIENTE COM AMPUTAÇÕES MULTIPLAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Thaís Cristine Lopes Pinheiro1; Elyrose Sousa Brito Rocha2
1 Acadêmica de Enfermagem pela Universidade Estadual do Piauí, Teresina, Piauí;
2Doutora, Universidade Federal do Piauí, Teresina, Piauí.
Autor para correspondência: Thaís Cristine Lopes Pinheiro
E-mail: tloopespinheiro@gmail.com
Telefone: (86) 99948-2878 
PALAVRAS-CHAVES: Amputações, Enfermagem, Cuidados de Enfermagem.
RESUMO
INTRODUÇÃO: São várias as alterações que ocorrem na vida de uma pessoa submetida à amputação, interferindo na sua qualidade de vida (QV). As pessoas, quando acometidas por este fato, se deparam com uma situação que implica mudanças no seu modo de se locomover, trabalhar e de conviver socialmente. Cada vez mais se evidenciam as questões psicossociais como fatores importantes para a QV das pessoas amputadas. A presença, na pessoa, de uma limitação funcional estabelecida pela amputação de membros inferiores e ou superiores, consequentemente, interfere na autonomia e independência. Isto resulta em alterações na vida diária, no trabalho, na interação com a sociedade e na realização de atividades. OBJETIVOS: Descrever a experiência de discentes no cuidado a paciente com amputações múltiplas. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado por discentes do Curso de Enfermagem de uma Universidade pública, em hospital de referência do Estado do Piauí. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os questionamentos e aflições da família e do paciente foram rotineiramente observados, diante da forma de falar com os profissionais, pelas expressões de medo e apreensão. Essas circunstancias demandaram a atuação de equipe multiprofissional a fim de esclarecer dúvidas e orientar quanto aos cuidados e o prognóstico. As orientações perpassaram as condições físicas e alcançaram os cuidados com a saúde mental do paciente. Durante esse processo o vínculo foi se desenvolvendo, de modo a aumentar a confiança do paciente e dos familiares na equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A aceitação da condição em que o paciente se encontra e como se sente com relação as amputações devem ser foco da assistência de enfermagem, pois possibilitam a integração da família no cuidado. Ademais, essa experiência proporcionou aos discentes entender a conjuntura do quadro e desenvolver um cuidado humano pautado no saber científico, agregando valor a formação profissional. 
ABSTRACT
INTRODUCTION: There are several changes that occur in the life of a person undergoing amputation, interfering with their quality of life (QOL). People, when affected by this fact, are faced with a situation that implies changes in their way of getting around, working and socializing. Psychosocial issues are increasingly becoming important factors for the QoL of amputees. The presence, in the person, of a functional limitation established by the amputation of lower and upper limbs, consequently, interferes with autonomy and independence. This results in changes in daily life, at work, in interaction with society and in carrying out activities. OBJECTIVES: To describe the experience of students in caring for patients with multiple amputations. MATERIALS AND METHODS: Descriptive study, type of experience report, carried out by students of the Nursing Course at a public University, in a reference hospital in the State of Piauí. RESULTS AND DISCUSSION: The questions and afflictions of the family and the patient were routinely observed, given the way of talking to the professionals, due to the expressions of fear and apprehension. These circumstances demanded the performance of a multidisciplinary team in order to clarify doubts and provide guidance regarding care and prognosis. The guidelines went through the physical conditions and reached the patient's mental health care. During this process, the bond developed, in order to increase the trust of the patient and family in the team. FINAL CONSIDERATIONS: Acceptance of the condition the patient is in and how he / she feels about the amputations should be the focus of nursing care, as they enable the integration of the family in care. In addition, this experience provided students with an understanding of the situation in the framework and the development of human care based on scientific knowledge, adding value to professional training.
INTRODUÇÃO:
A amputação é o mais antigo de todos os procedimentos cirúrgicos e, durante muito tempo, representou a única possibilidade cirúrgica para o homem. O termo designa, em cirurgia, a retirada de um órgão, ou parte dele, situado numa extremidade, porém, quando usado isoladamente, é entendido como amputação de membros. Seu conceito atual é de cirurgia reconstitutiva e não de simples ablação e deve ser o primeiro passo para o retorno do paciente a um lugar normal e produtivo na sociedade. (LUCCIA, GOFFI, GUIMARÃES; 2001) 
São várias as alterações que ocorrem na vida de uma pessoa submetida à amputação, interferindo na sua qualidade de vida (QV). Principalmente, nas indicações clínicas, a amputação pode resultar no alívio da dor e no fim de hospitalizações frequentes. As pessoas, quando acometidas por este fato, se deparam com uma situação que implica mudanças no seu modo de se locomover, trabalhar e de conviver socialmente. Cada vez mais se evidenciam as questões psicossociais como fatores importantes para a QV das pessoas amputadas. A presença, na pessoa, de uma limitação funcional estabelecida pela amputação de membros inferiores e ou superiores, consequentemente, interfere na autonomia e independência. Isto resulta em alterações na vida diária, no trabalho, na interação com a sociedade e na realização de atividades. 
METODOLOGIA:
Este estudo trata-se de um relato de experiência, do tipo descritivo, vivenciado por acadêmicos do quarto período de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí - UESPI, no mês de maio de 2018, no turno da manhã, realizado em um hospital de referência no município de Teresina, estado do Piauí, Brasil.
Participaram do estudo, a docente, os discentes do curso de enfermagem que estavam presentes durante os atendimentos ao paciente. As atividades desenvolvidas foram discutidas com o docente antes, durante e após a realização dos atendimentos e ao fim da experiência foi redigido um estudo de caso.
Inicialmente, foi realizado o atendimento do paciente como forma de obtenção de conhecimento relacionado a sua condição e patologia, com isso os discentes então despertaram um interesse em se aprofundar no histórico do paciente e na melhor forma de promover o seu cuidado.
Posteriormente foi realizado uma análise de como seria a melhor forma de manejar o paciente em meio a sua condição física respeitando a sua individualidade e levando em consideração aspectos físicos e psicológicos do mesmo, principalmente aqueles voltados a sua auto percepção Os dados foram produzidos mediante observação, os quais foram compilados em diário de campo. O processo de análise se deu por meio de análise temática.
O presente trabalho respeita os preceitos legais da Resolução n° 466/2012 do Código de Ética em Enfermagem e a Resolução n° 311/2007, pois por se tratar de um relato de experiência, não é necessário à certificação pelo Comitê de Ética em Seres Humanos (CEP). 
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os questionamentos e aflições da família e do paciente foram rotineiramente observados, diante da forma de falar com os profissionais, pelas expressões de medo e apreensão e pelos constantes questionamentos. Essas circunstâncias demandaram a atuação de equipe a fim de esclarecer dúvidas e orientar quanto aos cuidados e o prognóstico. As orientações perpassaram as condições físicas e alcançaram os cuidados com a saúde mental do paciente principalmente aqueles voltados a autonomia do mesmo. 
Segundo Hogstel & Gaul (1991), a autonomia, entendida como um princípio ético, é uma forma de liberdade pessoal baseada no respeito pelas pessoas, no qual os indivíduos têm o direito de determinar seu cursode vida enquanto este direito não infringir a autonomia dos outros. Salientam que, para ser autônomo, o indivíduo deve ser capaz de pensar racionalmente e se autogerenciar; caso contrário, sua capacidade para a tomada de decisões estará comprometida e, portanto, deverá ser realizada por outra pessoa. Contudo, não há um ponto claro tanto eticamente como legalmente sobre em que momento ou quais situações que levem a perda da autonomia e, portanto, a tomada de decisão poderia ser assumida por outra pessoa.
A pessoa submetida à amputação vive um processo de transição que comporta distintas e severas mudanças, no qual necessita de adequação. De modo geral, a melhor adaptação está relacionada ao processo de assistência recebido pela pessoa, pois a existência de uma equipe atuando de forma interdisciplinar pode tornar a recuperação e o processo de reabilitação mais satisfatório. Então, se a pessoa com amputação não recebe o devido direcionamento, isso acarreta em sequelas bastante expressivas para si e sociedade, uma vez que a reabilitação tem como objetivo imediato o de proporcionar à pessoa com amputação um estilo de vida tão funcional quanto possível. (FERREIRA et.al; 2017)
A perda de múltiplos membros resulta em alterações na vida diária, no trabalho, na interação social e no atendimento das necessidades pessoais. Consequentemente, muitas pessoas com amputação não reassumem um estilo de vida completamente normal e algum grau de dependência é esperado tanto pelo paciente quanto pelos profissionais de saúde envolvidos no tratamento, e é esse aspecto que tanto amedronta ao paciente e seus familiares devido a incerteza de como será sua vida na nova condição em que o mesmo se encontra.
A maioria dos indivíduos restritos a cadeira de rodas por causa de uma deficiência física, enfrentam muitas vezes, uma série de obstáculos físicos e interpessoais, na realização das atividades da vida diária. Esta perda de controle sobre suas ações pode levar à insegurança, que por sua vez, influencia negativamente na autoestima. (DIOGO; 1997) 
Durante o processo o vínculo com a equipe foi se desenvolvendo, de modo a aumentar a confiança do paciente e dos familiares, o que permitiu abordar com mais facilidade a questão do processo de reabilitação e das novas necessidades desse paciente, com isso trazendo à tona a ênfase que deve ser dada necessidade da exploração da capacidade remanescente do paciente e das suas habilidades, estimulando sua independência e autonomia, pois, mesmo debilitado, ele pode apresentar motivação se estimulado e na maioria das vezes responde ao tratamento.
CONCLUSÃO: 
A aceitação da condição em que o paciente se encontra e como se sente com relação as amputações devem ser foco da assistência de enfermagem, pois possibilitam a integração da família no cuidado. Ademais, essa experiência proporcionou aos discentes entender a conjuntura do quadro e desenvolver um cuidado humano pautado no saber científico, agregando valor a formação profissional e evidenciando a negligenciação do tema e a deficiência de pesquisas relacionadas ao manejo de pacientes com múltiplas amputações que não sejam causadas por Diabetes ou Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP).
REFERÊNCIAS:
1. FERREIRA, M. L. et al. Atuação do enfermeiro no referenciamento e contrarreferenciamento de pessoas com amputação: subtítulo do artigo. Cogitare Enfermagem: subtítulo da revista, Florianópolis-SC, v. 22, n. 3,p.01-09,ago./2017.Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/50601. Acesso em: 6 mai. 2020.
2. DIOGO, Maria José D'Elboux. A dinâmica dependência-autonomia em idosos submetidos à amputação de membros inferiores. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 5, n. 1, p. 59-64,  Jan.  1997 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11691997000100007&lng=en&nrm=iso>. access on  06  May  2020.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11691997000100007.
3. HOGSTEL, M. O.; GAUL, A. L. Safety or autonomy - and ethical issue for clinical gerontological nurses. J. Gerontol. Nurs., v. 17, n. 3, p. 6-11, 1991.
4. Luccia N, Goffi FS, Guimarães JS. Amputações de membros. In: Goffi FS, Tolosa EMC, Guimarães JS, Margarido NF, Lemos PCP. Técnica Cirúrgica: Bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas cirúrgicas. 4 ed. São Paulo (SP): Atheneu; 2001. p.180-99

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