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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA INSSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS - ELETROTÉCNICA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO NOS TERMINAIS DE ALIMEN- TAÇÃO DO CCM3, ALUNOS: ELIEL DA SILVA BRITO. RU: 778456 PROFESSOR: PROF. MSC. SAMUEL POLATO RIBAS PARAGOMINAS - PA 2020 2 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3 2 EMBASAMENTO TEÓRICO..............................................................................................3 3 CÁLCULOS DESENVOLVIDOS........................................................................................4 3.1 SEQUENCIA DE CALCULOS...........................................................................................6 4 CONCLUSÕES....................................................................................................................12 5 REFERÊNCIAS...................................................................................................................13 3 1 INTRODUÇÃO Sobrecorrente podem colocar em risco todo o sistema elétrico e os seres humano que na área trabalha, elas são resultado de curtos-circuitos e falhas que podem ocorrer nos sistemas elétricos, por mais bem projetado que sejam. Logo é importante prever estas falhas com análises dos sistemas elétricos para que seja possível projetar adequadamente as proteções, a fim de que essas intervenham corretamente e evitem perdas técnicas e, principalmente, humanas. No en- tanto não há um padrão para os métodos de cálculo das correntes de curto-circuito, os principais autores nacionais das literaturas sobre o assunto sugerem diferentes métodos, conhecer as par- ticularidades entre eles facilita e agiliza a escolha e boa aplicação 2 EMBASAMENTOS TEÓRICO Em algumas características do curto-circuito podem ser definidas pela a condição de cargas desequilibrada e curto-circuito com cargas equilibradas também, e essas conexões malfeitas e até mesmo pelo qualidade dos materiais, isso se torna mais frágil um sistema trifásico, com isso um arco pode surgir entre as fases fechando um curto-circuito entre fase. Assim comenta PAIVA (2015), que quando um curto-circuito ocorre em uma rede elétrica de distribuição, podem ser observados vários fenômenos ligados ao aumento súbito da corrente. As correntes de curto-circuito introduzem uma quantidade muito alta de energia no ponto de falta, onde podem ocorrer arcos voltaicos ou derretimento de fios e equipamentos. SANTOS (2009), dentre outros diversos tipos de fenômeno nocivos ao sistema elétricos abordados na seção anterior, este trabalho se concentra nos transitórios meios rápidos: os curto- circuito equilibrado e desequilibrados. O curto-circuito é dito equilibrado quando há uma completa simetria ou equilíbrio entre suas fases antes e após a ocorrência do defeito. Neste caso, as impedâncias, os módulos das tensões e das correntes de curto-circuito são iguais para as três fases. Isto permite a representa- ção monofásico do sistema. PAIVA (2015), diz que num sistema de projeto se quer da importância como se deveria, ...para o dimensionamento dos equipamentos de um sistema, na grande maioria dos casos é levada em consideração uma corrente de curto-circuito trifásica ligada diretamente. Apesar deste tipo de falta representar apenas 5% aproximadamente das ocorrências, ela é considerada para o dimensionamento porque geralmente produz o maior valor de corrente de curto-circuito possível em determinado ponto. Segunda a ALMEIDA (2012), fala que um sistema sobrecarregado podem colocar em risco todo o sistema elétrico e os seres vivos, elas são resultado de curtos-circuitos e falhas que podem 4 4 ocorrer nos sistemas elétricos, por mais bem projetado que sejam. Logo é importante prever estas falhas com análises dos sistemas elétricos para que seja possível projetar adequadamente as proteções, a fim de que essas intervenham corretamente e evitem perdas técnicas e, princi- palmente, humanas. No entanto não há um padrão para os métodos de cálculo das correntes de curto-circuito, os principais autores nacionais das literaturas sobre o assunto sugerem diferentes métodos, conhecer as particularidades entre eles facilita e agiliza a escolha e boa aplicação 3 CÁLCULOS DESENVOLVIDOS Considere uma indústria cujo layout é mostrando na Fig. 01 Fig. 01 – Layout da Industria. Fonte: Fonte: João Mamede Filho, pag. 371. O layout apresentado na Figura 1, pode ser representado de forma simplificada por um diagrama unifilar, conforme mostrado na Figura - 02 5 5 Fig. 02 – Diagrama unifilar simplificado. Fonte: João Mamede Filho, pag. 373 Na figura 02, tem-se: P – ponto de entrega de energia à indústria; ME – posto de medição da concessionária; 6 6 D – posto de proteção e comando, onde instalado o disjuntor geral de proteção e a chave secci- onadora, o transformador de corrente de proteção e, em alguns casos um transformador de pro- teção; TR – posto de transformação; QGF – Quadro Geral de Força, onde são instalados os principais equipamentos de proteção, manobra e medição indicativa em baixa tensão; CCM – Centro de Controle de Motores, onde estão instalados, geralmente, os elementos de proteção e manobra dos motores; M – máquinas industriais, caracterizadas, principalmente, pelos valores de placa dos motores que as acionam, ou outros componentes elétricos de trabalho, tais como resistências, reatores, etc. A Figura 02, pode ser representada por um diagrama de blocos, onde cada bloco representa a impedância de cada parte do esquema elétrico de ligação, desde a entrada de energia, até a carga. Considerando o layout da Figura 1, e o diagrama unifilar da Figura 2, calcular os valores de corrente de curto-circuito nos terminais de alimentação do CCM3, considerando as seguintes características Tensão nominal aplicada ao primário: 13,8 kV; Tensão nominal secundária: 380 V; Impedância de sequência positiva do sistema de suprimento: 0,0178 + j0,4581 pu (na base de 100 MVA); Impedância de sequência zero do sistema de suprimento: 0,0395 + j,0,4111 pu (na base de 100 MVA); Impedância percentual do transformador: 7% Comprimento do circuito TR-QGF: 15 m; Barramento do QGF: duas barras de cobre justapostas de 50 x 10 mm; Comprimento da barra do QGF: 5 m; Comprimento do circuito QGF-CCM3: 130 m; Resistência de contato do cabo com o solo (falha de isolação): 30 Ω Resistência de malha de terra: 12 Ω 3.1 Sequências de Cálculos a) Escolha dos valores de base; Pb=100.000KVA. 7 7 Vb=13.8 KVA b) Corrente de base; Ib = Pb = A √3XVb Ib = 100.000 = 4,183A √3X13800 1 c) Corrente de curto-circuito no ponto de entrega de energia – lado de média tensão; Ics = 1 Zups X Iba Ics = 1 (0,0178+J0,4581) 𝑋 4,183 = 9.390𝐴 * Corrente de curto-circuito fase –terra Icft = 3x4.183 0,0155+j0,4452+0,1423+j0,3184 Icft = 12.549 0,1578+j0,7636 = 16.094 𝐴 d) Potência de curto-circuito no ponto de entrega de energia; Pcc = √3 𝑋 𝑉𝑛𝑝 𝑋 𝐼𝑐𝑝 = √3 𝑋 13,8 𝑋 4.183 = 99.983 𝐾𝑉𝐴 e) impedância do transformador; Pnt = 1.000 KVA * Resistência Pcu = 11.000 (valor obtido da tabelam9.11) Rpt = 𝑃𝑐𝑢 10 𝑥 𝑃𝑛𝑡 = 11.000 10 𝑥 1.000 = 1,1% = 0,011pu (nas bases Pnt e Vnt) Rut = Rpt x 𝑃𝑏 𝑃𝑛𝑡 = 0,011 𝑥 100.000 1.000 = 1,10 = pu (nas bases Pnt) * Reatância Zut = Zpt x 𝑃𝑏 𝑃𝑛𝑡 = 0,055 𝑥 100.000 1.000 = 5,50 = pu (nas bases Pnt) Zpt= 5,5 % = Zut = 0,055 Pu (nas bases Pnte Vnt) Xut = √𝑍2𝑢𝑡 − 𝑅2𝑢𝑡 = √5,502 − 1,10² = 5,38𝑝𝑢 (𝑛𝑎𝑠 𝑏𝑎𝑠𝑒𝑠 𝑃𝑛𝑡) Zut = Rut + jXut = 1,10 + j5´,38 pu 8 8 f) Corrente de curto-circuito simétrica, valor eficaz, nos terminais secundários do transforma- dor; * Corrente de base Ib = 𝑃𝑏 √3 𝑋 𝑉𝑏 = 100.000 √3 𝑋 0,38 = 151.934 A * Corrente de curto-circuito trifásico Ics = 𝐼𝑏 𝑍𝑢𝑡𝑜𝑡 = 151.934 (0,0155+𝑗0,4452+𝑗5,38) Ics = 151.934 1,1155+𝑗5,8252 = 25.616𝐾𝐴 * Corrente de Curto-circuito fase e terra Icft = 3 x 151.934 2 𝑥 (0,0155+𝑗0,4452+1,10+𝑗5,38)+(0,0423+𝑗0,31284+1,10+𝑗5,38) Icft = 455.802 2,231+𝑗11,650+1,1423+5,68928 Icft = 455.802 3,3733+𝑗17.3428 = 25.798 𝐴 g) Impedância do circuito que liga o transformador ao QGF; Lc1 = 15 m Nc1 = 4 condutores/fase Sc = 300 mm² *resistência RuΩ = 0,0781 mΩ/m (valor da tab. 3.22) Ruc1 = Rc1Ω x 𝑃𝑏 𝑉²𝑏 = 0,0002928 𝑋 100.000 1.000 𝑥 0,38² = 0,20277 𝑝𝑢 * Reatância 1068 m Ω/m (valor da Tab. 3.22) Xc1Ω = 𝑋𝑢Ω 𝑋 𝐿𝑐1 1.000 𝑋 𝑁𝑐1 ⃗⃗͢ ⃗ = 𝑋𝑐1Ω = 0,1068 X 15 4 𝑥 1.000 = 0,0004005 Ω Xuc1 = Xc1 Ω = 𝑃𝑏 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 = 0,0004005 𝑋 100.000 1.000 𝑥 0,38² = 0,27735 𝑝𝑢 Zuc1 = Ruc1 + jXuc1 = 0,20277 + j0,27735 pu h) Impedância do barramento do QGF; Lb = 5m Nb1 = 2 barras/fase de 50 x 10 mm (Tab. 3.38) * Resistência 9 9 Rb Ω = 0,0438 mΩ/m (valor de Tab. 3.38) Rb1Ω = 0,0438 x5 2 𝑋 1.000 = 0,00010 Ω Rub1 = Rb1Ω X Pb 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 = 0,00010 𝑋 100.000 1.000 𝑋 0,38² = 0,06925 𝑝𝑢 * Reatância Xbx = 0,1707 m Ω/m (valor da Tab. 3.38) Xb1Ω = 0,1707 X 5 2 𝑋 1.000 = 0,00042 Ω Xub1 = X b1Ω X Pb 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 0,00042 𝑋 100.000 1.000 𝑋 0,38² = 0,2905 pu Zub1 = Rub1 + jXub1 = 0,06925 + j0,29085 pu i) Impedância do curto-circuito até o barramento do QGF; Rutot = 0,0155 + 1,10 + 0,20277 + 0,06925 + 1,38752 pu Xutot = j0,4452 + j5,38 + jo,29085 = 6,3934 pu Zutot = Rutot + jXutot = 1,38752 + j6,39340 pu j) Corrente de curto-circuito simétrica, valor eficaz, no barramento do QGF; * Corrente de base Ib = Pb √3 𝑋 𝑉𝑏 = 100.000 √3 𝑋 0,38 = 151.934 𝐴 * Corrente de curto-circuito fase e terra Icft = 3 X 151.934 2 𝑋 (1,38752+𝑗6,39340)+(0,0423+𝑗0,31284+1,10+𝑗5,38) = Icft = 455.802 3,91734+𝑗18.4796 = 24.128 𝐴 k) Impedância do circuito que liga o QGF ao CCM3; Lc2 = 130m Nc2 = 1 condutor/fase Sc = 0,120 mm² * Resistência RuΩ = 0,1868 mΩ/m (valor da Tab. 3.22) Rc2Ω = 0,1868 X 130 1.000 = 0,02428 Ω 10 10 Ruc2 = Rc2Ω = Pb 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 = 0,02428 = 1.00.000 1.000 𝑋 0,38² = 16,8144 pu * Reatância XuΩ = 0,1076 mΩ/m (valor da Tab. 3.22) XcΩ = 0,1076 x 130 1.000 = 0,01398 Ω Xuc2 = Xc2Ω X Pb 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 = 0,01398 𝑋 100.000 1.000 𝑋 0,38² = 9,6814 𝑝𝑢 Zuc2 = Ruc2 + jXuc2 = 16,8144 + j9,6814 pu l) Impedância total do circuito desde a fonte até o CCM3; Rutot: = 1,38752 + 16,8144 = 18,2019 pu Xutot = j6,39340 + j9,6814 = 16,748 pu Zutot = Rutot + jXutot = 18,2019 + j16,0748 pu m) Corrente de curto-circuito simétrica trifásica, valor eficaz; Ics = Ib 𝑍𝑢𝑡𝑜𝑡 = 151.934 (18,2019+𝑗16,0748) = 6.256 𝐴 n) Corrente de curto-circuito assimétrica trifásica, valor eficaz; Xutot 𝑅𝑢𝑡𝑜𝑡 = 16,0748 18,2019 = 0,88 Fa = 1,02 (valor da Tab. 5.1) Ico = Fa x Ics = 1,02 x 6,256 = 6.381 A o) Impulso da corrente de curto-circuito; Icb = √2 x Ica = √2 x 6.381 = 9.024 KA p) Corrente de curto-circuito bifásico, valor eficaz; Icb = √3 2 𝑋 𝐼𝑐𝑠 = √3 2 X 6.381 = 5.526 KVA q) Corrente de curto-circuito fase-terra máxima, valor eficaz; * Cálculo da impedância de sequência zero do circuito que liga o transformador ao QGF RΩo = 1,8781 mΩ/m (valor de Tab. 3.22) RcΩ0 = 1,8781 X 15 4 𝑋 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 =0,00704 Ω Ru0c1 = RcΩ0 x Pb 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 = 0,00704 x 100.000 1.000 𝑋 0,38² 11 11 Ru0c1 = 4,8752 pu XΩ0 = 2,4067 mΩ/m (Valor da Tab. 3.22) XcΩ0 = 2,4067 X 15 4 𝑋 1.000 = 0,00902 Ω Xu0c1 = XcΩ0 x Pb 1.000 𝑋 𝑉²𝑏 = 0,00902 x 100.000 1.000 𝑋 0,38² Xuoc1 = 6,2465 pu Zuoc = Ruoc1 + jXu0c1 = 4,8753 + j6,2465 pu r) Corrente de curto-circuito fase-terra mínima, valor eficaz RΩct = 40 Ω Ruct = 40 x 100.000 1.000 𝑋 0,38² = 27.700 pu RΩmt = 10 Ω Rumt = 10 x 100.000 1.000 𝑋 0,38² = 6.925 pu Icftmi = 3 X Ib 2 𝑋 𝑍𝑢𝑡𝑜𝑡+ ∑𝑖=𝑛𝑖=1 𝑍𝑢0𝑐+3 𝑋 (𝑅𝑢𝑐𝑡+𝑅𝑢𝑚𝑡+𝑅𝑢𝑎𝑡) Icftmi = 3 X 151.934 221,2433+𝑗269,7802+3 𝑋 (27.700+6.925) Icftmi = 455.802 104.096+𝑗269,7802 = 4,38 A 12 12 4 CONCLUSÕES A partir deste trabalho de corrente de curto-circuito nos terminais de alimentação do ccm3, as preocupações em adotar alguns métodos de proteção em um nível de corrente compa- tível com a de curto-circuito de cada ccm3 vem ser umas das prioridades dentro a segurança dos colaboradores e dos próprios ativos da empresa. Tem métodos mais barato mais não é aconselhado por medida de eficiências de prote- ção, por tanto, cabe os engenheiros responsáveis pelo sistema SEP aprimorar e definir a neces- sidade de implantar no sistema por completo. Por fim, teve um grande aprendizado e desenvolvimento dessas tarefas com essas situ- ações do trabalho realizado dentro de um sistema que possibilita uma corrente de curto-circuito muito alta até ultrapassando o limite de barramento. 13 13 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Joyce Carvalho de. Comparação entre métodos e análise de correntes de curto-circuito. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/117991 Acesso em 04 de Abril de 2020 PAIVA, Lucas. Limitação de Corrente de curto-circuito aplicada. Disponível em <http://www2.dee.cefetmg.br/wp-content/uploads/sites/18/2017/11/TCC_2015_1_LDPaiva. > Acesso em 04 de Abril de 2020. FILHO, João Mamede, Instalações Elétrica industriais. Disponível em: <https://docero.com.br/doc/nve8c0-> Acesso em 04 de Abril de 2020 . http://hdl.handle.net/11449/117991 https://docero.com.br/doc/nve8c0-
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