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TRABALHO - HENRI WALLON (2)

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Instituto de Ciências Humanas
Curso de Pedagogia
“ANÁLISE DE TIRINHAS”
Andréa Cleonice da Silva							RA: N3164E-3
Ivanir Aparecida Costa da Silva					 RA: D6608I-5
Marcela Lilian Foroni Pacheco					 RA: D58366-2
Mayra Figueiredo Urbano							RA: D79121-4
Mirela Sant Anna								RA: N233BE-2
 Trabalho apresentado à disciplina de 
 Psicologia 4º semestre do curso de 
 Pedagogia da Universidade Paulista – 
 UNIP. Orientação: Profª. Caroline Eltik. 
RIBEIRÃO PRETO 
novembro de 192019
Sumário
Introdução -------------------------------------------------------------------------------------1
Desenvolvimento-----------------------------------------------------------------------------3
Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------5
Introdução
 O objetivo deste trabalho é analisar uma tirinha de uma história em quadrinhos, de acordo com os estudos de Henri Wallon, baseados em sua visão adotada em materialismo histórico dialético. Onde criou sua teoria do desenvolvimento, a partir das semelhanças e diferenças de uma criança normal e uma criança patológica através de observações. Seu projeto teórico era a elaboração de uma psicogênese da pessoa completa, que visa estudar o desenvolvimento infantil tendo a criança como ponto de partida, buscando compreender cada uma de suas manifestações no conjunto de suas possibilidades. 
Sua teoria entende a criança como um ser completo, sendo a afetividade fundamental para o desenvolvimento infantil. A afetividade, o movimento e inteligência constituem campos funcionais os quais se distribui a atividade da criança, e que, quase se indiferenciam no princípio do desenvolvimento para, aos poucos, se distinguirem. A teoria de Wallon proporcionou inúmeras contribuições para a educação. Suas ideias pedagógicas propuseram que a escola voltasse mais para o pensamento e as dimensões sociopolíticas, apoderando-se do papel de transformação da sociedade.
Ao estudar a criança, ele não coloca a inteligência como o principal componente do desenvolvimento, mas defende que a vida psíquica é formada por três dimensões – motora, afetiva e cognitiva -, que coexistem e atuam de forma integrada. Wallon defende que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente, que o afeta de alguma forma. Ele nasce com um equipamento orgânico, que lhe dá determinados recursos, mas é o meio que vai permitir que essas potencialidades se desenvolvam.
"O espaço não é primitivamente uma ordem entre as coisas, é antes uma qualidade das coisas em relação a nós próprios, e nessa relação é grande o papel da afetividade, da pertença, do aproximar ou do evitar, da proximidade ou do afastamento.” Henri Wallon no livro Do Ato ao Pensamento (1986, p.33.)
Wallon dividiu o desenvolvimento em cinco etapas e/ou estágios, que são: Impulsivo Emocional (0 a 1 ano, predominância afetiva e centrípeta), Sensório Motor e Projetivo (1 a 3 anos, predominância cognitiva e centrífuga), Personalismo (3 a 6 anos, predominância afetiva e centrípeta), Categorial (6 a 9 anos, predominância cognitiva e centrífuga) e Puberdade e Adolescência (mais de 11 ou 12 anos, predominância afetiva e centrípeta). Wallon não especificou um estágio final, pois para ele, o processo de aprendizagem sempre implica na passagem por um novo estágio. Ao longo do desenvolvimento há uma alternância entre afetividade e inteligência, sendo assim, quando se desenvolve a criança não se esquece do que aprendeu, e esses aprendizados ajudam nos próximos que irão ocorrer nos estágios que se seguirem.
Desenvolvimento
O Estágio da Puberdade e Adolescência se inicia a partir dos onze ou doze anos, nessa fase há um predomínio afetivo que faz parte da construção da pessoa. Começam a aparecer questionamentos sobre quem é, sobre suas relações com outras pessoas e seu papel no mundo. Wallon denominou a crise da puberdade, que separa a mudança de criança para adultos. 
Essa crise afeta as dimensões afetiva, cognitiva e motora, ocorrendo assim uma intensidade e volume de seus efeitos psíquicos, de acordo com a época e a cultura das classes sociais. Modificações fisiológicas nos organismos masculino e feminino são provocadas por transformações corporais junto de uma transformação psíquica, marcados pela necessidade de se apropriar de um corpo que se alterou rapidamente e que já não mais reconhecido. Segundo Wallon (1975):
[...] “tanto os rapazes como as moças têm necessidade de se examinar num espelho e observar as transformações do rosto. Sentem-se mudar e ficam desorientados. Sentem ainda mais essa mudança, essa desorientação perante eles mesmos, em relação a seu meio ambiente” [...]
É nessa fase que ocorre uma ambivalência de atitudes e sentimentos como: o desejo de oposição às leis e controles (conformismo), oposição e busca de orientação, renúncia e aventura, vaidade e timidez. Inquieta-se para encontrar o ser ideal, o complemento de sua própria pessoa, sendo imaginário ou real, mas é dotado de méritos ou de atrativos desejáveis. O pensamento do jovem distingue objetos e analisa suas estruturas, formula hipóteses e comprova em seu plano de ideias. O Limite entre o imaginário e o real torna-se mais frágil, possibilitando um maior conhecimento próprio, há uma preocupação metafísica e científica buscando a razão das coisas, questionando a igualdade de direitos, de sua origem e destino.
“com isso, voltam a preponderar às funções afetivas, pois elas contribuirão para a construção da pessoa, da identidade que é o jovem passará a ter. Concomitantemente, surge também a escolha de valores morais que ajudarão a estabelecer relações com a sociedade”. (Oliveira; Leal, 2015, p.203)
A necessidade de estabelecer uma relação com um grupo é bem forte, têm uma identificação maior quando encontra pessoas com os mesmos interesses. O Jovem precisa ser ouvido, respeitado, valorizado e ter uma atenção, para que desenvolva uma personalidade autônoma. Para que isso ocorra, devem-se estabelecer limites e sansões de forma clara, assim o jovem poderá participar ativamente de discussões. Muitas vezes o adolescente busca informações nas escolas, porém quando não acontece de certos temas serem abordados pela instituição, esse adolescente irá atrás dessas informações com os amigos, que por muitas vezes estará errada. Portanto a escola e os pais devem abrir um espaço para que todas as suas dúvidas e curiosidades sejam sanadas, para uma comunicação melhor.
Quando o desenvolvimento desse jovem é orientado por objetivos precisos no trabalho e nos estudos e suas escolhas têm fins definidos, representa que esse jovem está deixando para trás a adolescência e começa a ser atingido pela idade adulta e seus compromissos. É nesse momento que ele passa a planejar sua vida e ter consciência do que consegue atingir e o que não consegue.
A história analisada é um mangá chamando Naruto, em que, o personagem principal é um adolescente de 16 anos que recebe a notícia da morte, de forma trágica, de seu mestre e em como ele lida com essa perda tão significante. Com características do estágio puberdade e adolescência segundo Wallon que se apresentam ao decorrer da história, e como essa notícia o afeta a ponto de não aceitar a posição de uns e a aceitação da consolação de outros.
O personagem, desde o começo da história, questiona o porquê de tudo ter acontecido com seu mestre, por que nada foi feito paraimpedir a então tragédia ocorrida e do tal modo como aconteceu. Não aceita e se opõe quando dizem a ele que não iria adiantar e que deveria entender como a líder da vila se sente. Faz suposições de como seria se os papeis fossem invertidos afirmando que nunca acontecer à tragédia. Quando é chamada a sua atenção, não escuta e logo em seguida sai da sala.
Tirinhas :(01/02)
 Fonte: google Acesso em 03/011/19 às 21:23 
Enquanto sai andando pela vila e relembrando como era quando seu mestre ainda era vivo e como era feliz com sua companhia. Quando chega à noite, o personagem senta-se em um banco e começa a chorar, quando chega seu antigo professor, o qual tem uma relação além de aluno e professor como se o considerasse um pai, os dois conversam sobre o ocorrido e o jovem diz o quanto gostaria que seu mestre estivesse vivo para o ver concretizar seu maior objetivo de vida, fazendo com que o professor diga que não importa o que aconteceu, pois estando vivo ou morto, o mestre sempre estaria orgulhoso e sempre estaria olhando por ele como se fossem da mesma família, que nunca duvidou do crescimento do pupilo. O professor dá o conselho de que ele segue sendo o mesmo e não se abalar, o jovem personagem escuta tudo o que lhe foi dito, aceitando as recomendações de alguém que sempre teve uma afinidade, como prova de que foi ouvido e compreendido por sua dor, e sendo um estímulo para que possa seguir correndo atrás do que mais almeja, agradecendo logo em seguida. 
Conclusão
Considerando o que foi analisado, conclui-se que a teoria walloniana reconhece que o jovem procura satisfazer suas vontades e necessidades de conquista, não em sonhos e fantasia, mas em ações que podem ser reais. Trata-se, portanto, das escolhas de valores morais e relações que se obtém através de adultos, que adéquam ou não e pelo qual o meio está inserido.
No livro A evolução psicológica da criança, Wallon (2007) destaca a ligação indissolúvel entre o desenvolvimento psíquico e o desenvolvimento biológico do indivíduo, afirmando que não existe preponderância do desenvolvimento psíquico sobre o movimento biológico, mas ação recíproca. Há, portanto, uma incessante ação recíproca do ser vivo e de seu meio. E ao longo do desenvolvimento a afetividade vai alternando com o conjunto funcional cognitivo em um movimento dialético ora centrípeto e ora centrífugo, e que inclui ainda o conjunto motor, como base de sustentação e expressão. 
Assim, podemos compreender a afetividade, de forma abrangente, como um conjunto funcional que emerge do orgânico e adquire um status social na relação com o outro e que é uma dimensão fundante na formação da pessoa completa. Cognição em Wallon Assim como a afetividade, a cognição é um elemento fundamental na psicogênese da pessoa completa, sendo o seu desenvolvimento também relacionado às bases biológicas e suas constantes interações com o meio. De maneira que é importante visualizá-los em constante interação quando do surgimento da inteligência.
 Refletindo sobre as origens orgânicas da inteligência, Wallon (2008, p. 117) destaca: o que permite à inteligência é esta transferência do plano motor para o plano especulativo não pode evidentemente ser explicado, no desenvolvimento do indivíduo, pelo simples fato de suas experiências motoras combinarem-se entre si para melhor adaptar-se exigências múltiplas e instáveis do real. O que está em jogo são as aptidões da espécie, particularmente as que fazem do homem um ser essencialmente social. 
As características do estágio puberdade e adolescência estão bem definidas na história escolhida e analisada. O personagem representa todas as ações que teorizam esse estágio, sendo facilmente encontrada ao todo da obra. 
Referências
WALLON, Henri. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa, 1975. ___. Do acto ao pensamento. Lisboa: Moraes, 1979.
WALLON, H. __. A evolução da criança. S. Paulo. Marins Fontes, 2007
WALLON, H. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. Petrópolis: Vozes, 2008
http://www.estadaomg.com.br/2015/10/estagio-da-puberdade-e-da-adolescencia.html Acesso em 03/11/19 às 17:10
https://novaescola.org.br/conteudo/264/0-conceito-de-afetividade-de-henri-wallon Acesso em 01/11/19 às 19:42
https://www.google.com/url?sa=i&source=images&cd=&ved=2ahUKEwi9hsKzpM_lAhUDH7kGHUzgBxoQjRx6BAgBEAQ&url=https%3A%2F%2Fnaruto.fandom.com%2Fpt-Fwiki%2FCap%25C3%25ADtulo_405%3A_O_que_Ficou_para_Tr%25C3%25A1s&psig=AOvVaw2vVBVskFfwVkzBr9kndBAS&ust=1572913186613305. Acesso em 03/11/19 às 21:27
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602010000100003 Acesso em 01/11/19 às 19:30
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