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Práticas Sociais e Subjetividade(13)

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PRÁTICAS
SOCIAIS E
SUBJETIVIDADE
 Dorwin Cartwright fez à teoria de campo de Lewin na coletânea publicada
após da sua morte (Teoria do campo nas ciências sociais – LEWIN, 1952):
Todo comportamento é concebido como uma mudança, de alguma forma,
de um campo num determinado tempo. Ao tratar da Psicologia Individual o
campo dentro do qual o cientista tem que trabalhar é o espaço de vida do
indivíduo, respeitando a subjetividade daquele ser. O espaço de vida
consiste da pessoa e o ambiente psicológico que existe para ele. Ao lidar
com a Psicologia de Grupo, uma formulação similar é proposta. Nós
podemos falar do campo dentro do qual o grupo ou a instituição existe com
exatamente este mesmo sentido, o espaço de vida do grupo consiste do
grupo e o seu ambiente como existe para o grupo.
KURT LEWIN
Gestalt terapia - Figura fundo 
Teoria de campo e a ideia de grupos - Necessidades; Atitudes; Sentimentos e Expectativas.
Campos sociais - seriam ambientes e as forças sociais seriam a subjetividade de cada um ao modo de ver e
de perceber aquele local ou situação qual está vivenciando.
Teoria do campo seria: 1. A soma dos fatos ocorridos e coexistentes naquela situação; 2. Que os fatos são
dinâmicos, existe a influência dos outros e do todo.
Ambiente psicológico daquela pessoa que é como ela compreende seu ambiente externo e a relação entre
ele e suas necessidades. 
Devemos perceber que o comportamento é regulado pelo meio, mas não um meio geográfico (onde se está),
e sim um meio comportamental (onde se pensa que está). O meio comportamental é uma ligação, um meio
termo, entre o meio geográfico e o comportamento. 
Atualmente esta teoria também é aplicada no trabalho com grupos e na psicologia social. As principais
características de sua teoria são: o comportamento é uma função do campo que existe no momento em que
ocorre o comportamento; a análise começa com a situação como um todo, a partir do qual as partes
componentes são diferenciadas; a pessoa concreta em uma situação concreta , ou seja, a pessoa é sempre
vista dentro de um espaço maior que ela. 
SUBJETIVIDADE
Interações humanas como fundamento para a constituição e a transformação do mundo social e do sujeito.
Ser biopsicossocial 
Reconhecimento das contradições, das instabilidades e das descontinuidades existentes nas práticas
sociais, no decorrer do tempo. 
Fenômenos humanos da vida diária e produção de sentidos
Pesquisa de campo
Para a Psicologia Social, deve se ir a campo, pesquisas devem ser feitas nos lugares da vida
cotidiana, fora do laboratório ou da sala de entrevista.
O pesquisador ou pesquisadora vai ao campo para coletar dados que serão depois
analisados utilizando uma variedade de métodos tanto para a coleta quanto para a
análise.
Noção de campo fisicamente determinada Ian Hacking sobre “matriz”, Kurt Lewin sobre o
campo como totalidade de fatos psicológicos.
Ser “cidadão” ou ser “psicólogo” não se refere apenas a um título, mas ao acesso a uma rede
sociotécnica correspondente - Possibilidade, modos de ser. 
Pesquisa de campo
O foco da teoria de campo de Kurt Lewin permite estudar o comportamento com uma
perspectiva de totalidade, sem ficarmos em uma análise das partes separadas.
O comportamento, em sua opinião, não depende nem do passado nem do futuro, e sim
dos fatos e acontecimentos atuais e de como o sujeito os percebe.
Kurt Lewin estabeleceu duas condições básicas para sua teoria de campo. A primeira é que o
comportamento tem que ser deduzido de uma totalidade de fatos coexistentes (Fernández,
1993). A segunda diz que estes fatos coexistentes têm o caráter de um “campo dinâmico”, o
estado de cada uma das partes do campo depende de todas as outras.
Quando alguém nos golpeia, reagimos nos protegendo para desviar do ataque ou para evitar
outro.
PESQUISA DENTRO
DA ÁREA DA
PSICOLOGIA
SOCIAL? 
É perceber as intersecções entre as
estruturas sociais, os grupos sociais, a
cultura, a história e as relações que as
pessoas constroem e passam a ser
construídas por elas.
O QUE É UMA
PESQUISA DE
CAMPO?
É o tipo de estudo onde se observa, faz
a coleta de dados, analisa e interpreta
os resultados referentes ao seu objeto
de estudo, diretamente do seu ambiente
natural ou da realidade onde ele
ocorre.
ROBERT PARK
Escola de Chicago da década de 1930
Pesquisa de campo se referia à observação e à interação
com as pessoas “no seu habitat natural”.
KURT LEWIN (1952) Sobre o campo como a totalidade de fatos”.
PIERRE BORDIEU
O “campo” começou a ser visto não como lugar
específico, mas como a situação atual de um assunto;
não é o campo que tem o assunto, mas – seguindo
Bourdieu(ORTIZ, 1983) - é o assunto que tem um campo.
Nós contamos histórias e nós nos tornamos as histórias
que nós contamos. Contam sobre valores, sobre heróis,
heroínas, sobre o passado e sobre o presente. Para que
possamos vir a ser as histórias que são contadas.
BONECA CONTADORA DE
HISTÓRIAS
Rose Brown dos Pueblos, Novo México
MAS QUEM SOMOS NÓS?
CONTADORES DE HISTÓRIAS?
Quem é você, o que quê você tem a ver com
isto?; O que quê você pensa?; Olha você tem
que falar o que pensa, você está implicado
também, isto é parte de sua vida, queira ou não.
o que é que nós estamos fazendo, como e
aonde? O que temos a ver com o campo-tema; O
que estamos fazendo ali? Qual é a nossa
contribuição, a nossa parte neste processo?
Construção de sentidos e
argumentação nos campo-
temas
“estou trabalhando com os múltiplos
sentidos da criança presente no Estatuto da
Criança e o Adolescente”, você está
propondo a relevância de um campo-tema e
também anunciando seu posicionamento
neste campo-tema.
A identificação do campo
Investigar é uma forma de relatar o mundo e
a pesquisa social é tanto um produto social
para relatar quanto um produtor de relatos;
uma maneira de contar – e produzir - o
mundo. A pesquisa nasce da curiosidade e
da experiência tomados como processos
sociais e intersubjetivos de fazer uma
experiência ou refletir sobre uma
experiência.
Curiosidade e ciência
O campo de “meninos e meninas de rua”, o
campo das “estereotipias raciais” ou dos
“portadores de deficiência” ou do
“desenvolvimento comunitário”, da “redução
da pobreza”, da “globalização” ou da
“exclusão digital”.
Campo-temas
NOSSA RESPONSABILIDADE?
Ajudar os saberes e conhecimentos
presentes para que outros possam conecta-
los com outras ideias e possibilidades
dentro do processo de coletivização. Ajudar
os saberes e conhecimentos presentes a
viajar para que outros possam conecta-los
com outras ideias e possibilidades dentro do
processo de coletivização.
Pode ser também a contribuição de trazer
outras vozes para o debate, de mostrar
outras posições e outros argumentos. A
contribuição que nós temos pra oferecer é
provavelmente diferente em casos diferentes
e dificilmente os seus limites e alcances
estarão claro para nós.
Tornar algo psicologicamente relevante não é um processo simples e muito menos sem problemas.
Trata-se de uma escolha ética que precisamos fazer entre possessão ou contribuição; propriedade ou
utilidade; de ser um agrupamentode interesses privados ou ser parte da coletividade social.
O CAMPO-TEMA, É
COMO UM COMPLEXO
DE REDES DE SENTIDOS
QUE SE
INTERCONECTAM, É UM
ESPAÇO CRIADO
Se o campo não é um lugar específico, delineado, separado
e distante, segue que estamos sempre potencialmente em
múltiplos campos.
O movimento do pesquisador ou pesquisadora, ou de
qualquer pessoa como parte do campo, que mostra não
somente as possibilidades, mas também as restrições de
acesso aos espaços chaves de argumentação e debate.
Campo-tema, não é um universo “distante”, “separado”,
“não relacionado”, “um universo empírico” ou um “lugar
para fazer observações” e sim de compreensão aos
fenômenos que alí surgem
O campo-tema, é como
um complexo de redes
de sentidos que se
interconectam, é um
espaço criado.
O argumento está
presente, parte de um
campo-tema de
conflitos sobre saberes
e de opções, mas
haverá muitas outras.
EXEMPLO DA ALDEIA DE PESCA
Entramos nesses
lugaresquando
entramos no debate
sobre o conflito de
saberes e sobre opções
de desenvolvimento e
não quando entramos na
aldeia; a aldeia é
somente uma parte da
territorialidade do
campo-tema.
Algumas conversas
acontecem em filas de
ônibus, no balcão da
padaria, nos corredores
das universidades;
outras são mediadas por
jornais, revistas, radio e
televisão e outras por
meio de achados, de
documentos de arquivo
e de artefatos, partes
das conversas do tempo
longo presentes nas
histórias das idéias.
Nada acontece num
vácuo; todas as
conversas, todos os
eventos, mediados ou
não, acontecem em
lugares, em espaços e
tempos, e alguns podem
ser mais centrais ao
campo-tema de que
outros, mais accessíveis
de que outros ou mais
conhecidos de que
outros.
O campo para a
Psicologia Social, para
repetir, começa quando
nós nos vinculamos à
temática...o resto é a
trajetória que segue esta
opção inicial; os
argumentos que a tornam
disciplinarmente válida e
os acontecimentos que
podem alterar a trajetória
e re-posicionar o campo-
tema. 
CAMPO TEMA 
Processos que podem ser
iniciados em qualquer
momento e por qualquer
parte, pessoa ou
acontecimento. Muitos de
nós tivemos a experiência
de iniciar uma
investigação no ponto A e
terminar no ponto J, com
uma questão diferente ou
um outro ângulo que foi
sugerido de alguma
maneira por aquilo que
aconteceu durante a
investigação.
Para a Psicologia Social,
o passado está sempre
no presente por de sua
contribuição constante
aos textos múltiplos do
polissêmico dia-a-dia.
Não há dúvidas de que os
produtos materializados
de nossos debates e
argumentos doem e
matam, mas nós não
podemos culpar mais
ninguém por sua
presença.
Às vezes foram os
próprios
acontecimentos; às
vezes foram os
horizontes que abriram
e fecharam; às vezes
terminamos porque é um
bom momento, porque
não é possível avançar
muito mais ou porque os
caminhos estão
fechados.
A teoria actor-network (rede-ator) foi elaborada inicialmente a partir dos
trabalhos de Latour & Woolgar sobre o fazer da ciência, sobre a produção e
disseminação de conhecimento e os processos em que pedaços diferentes
do social, do técnico, do conceitual e do textual são juntados e
convertidos em produtos científicos. Posteriormente a noção central de
uma multiplicidade de pessoas, maquinas, animais, textos, em interação
foi aplicado a outras instituições e redes de sentidos como as
organizações, famílias e a economia, utilizando o argumento
construcionista de que afinal ciência nada mais é de que um outro
processo social. A discussão da simultaneidade de construção da
socialidade e materialidade se aproxima, em parte, à teoria de
estruturação de Giddens (1979).(Ver: LATOUR B. & WOOLGAR, S. 1979,
LATOUR, B. 1987 E LAW, J. & HASSARD J. 1999.)
CAMPO TEMA
O passado está no presente
pelas muitas falas e em
tempos diferentes. Essas
não são homogêneas, mas
heterogêneas; às vezes são
consensuais às vezes
conflitivas.
As idéias não existem no
vácuo, habitam situações
sociais. Vamos chamar isto
a matriz dentro na qual uma
idéia ou conceito é criado.
A noção de matriz chama a
atenção para o lugar como
sendo constitutivo de falas
e conversas, incluindo a
conversa em sua
materialidade. As pessoas
não são iguais e onde elas
falam, como elas falam e
quando elas falam são
partes mutuamente
constitutivas
Temos que conceber a vida
do grupo como o resultado
de constelações específicas
de forças dentro da
conjuntura (setting) mais
ampla.... o campo como um
todo, incluindo seus
componentes psicológicos
e não psicológicos (LEWIN,
1952 p .174)
PSICOLOGIA SOCIAL 
Opções metodológicas nos
estudos das representações
sociais: Abordagens
qualitativas e quantitativas.
Enquanto método da
Psicologia Social:
Objetividade, controle,
interpretação e explicação.
Enquanto método
 da Psicologia Social:
Objetividade, controle,
interpretação e explicação. 
Numa segunda parte, a atenção é
dada à utilização do material
textual (escrito ou proveniente de
fala) enquanto indicador empírico
das representações sociais.
Então se descute o material
textual e a análise do discurso.
A conclusão sobre a
pertinência das opções
metodológicas consideradas
atreladas ao nível de
conhecimento sobre a
temática estudada, à questão
da pesquisa e o modelo
teórico utilizado.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Observar e registrar
fenômenos da vida cotidiana e
compreender as implicações
na constituição das
subjetividades
contemporâneas.
Desenvolver uma percepção
acurada e
 uma escuta atenta à
diversidade das interações
humanas que permitam uma
 apreensão da dialética
existente entre a experiência
coletiva e a
 experiência individual.
Buscar referenciais teóricos
para a
 compreensão dos
fenômenos humanos
observados.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Elaborar texto que apresente a
 experiência vivida, o
fenômeno humano observado e
a compreensão adquirida,
 a partir de um referencial
teórico
Compreender o referencial
teórico
 como uma produção humana
histórica e culturalmente
determinada.
O cotidiano – reconhecimento
da
 densidade e da
complexidade dos
acontecimentos do dia a dia
na
 constituição dos sujeitos e
da vida coletiva.
Levantar informação
bibliográfica
 em indexadores,
periódicos, livros, manuais
técnicos e outras fontes
 especializadas através de
meios convencionais e
eletrônicos.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
• RAÇA, ETNIA E RELIGIÃO.
• GERAÇÃO E IDADE.
• GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL.
• DIFERENCIAÇÃO SOCIAL, CULTURAL E EXCLUSÃO
SOCIAL.
• SITUAÇÕES: TRABALHO, SAÚDE, EDUCAÇÃO, LAZER,
CULTURA.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Discurso da
modernidade
Os tempos modernos
encontraram os sólidos pré-
modernos em estado avançado
de desintegração; e um dos
motivos mais fortes por trás da
urgência em derretê-los
Modernidade só se percebe
como uma época histórica
quando, ignorando o modelo
das épocas exemplares do
passado, adquire consciência
da necessidade de extrair de
si mesma suas normas.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Os primeiros sólidos a
derreter e os primeiros
sagrados a profanar eram
as lealdades tradicionais,
os direitos costumeiros e as
obrigações que atavam pés
e mãos, impediam os
movimentos e restringiam
as iniciativas.
Para poder construir
seriamente uma nova ordem
(verdadeiramente sólida!) era
necessário primeiro livrar- se
do entulho com que a velha
ordem sobrecarregava os
construtores..
Estruturas políticas.
Estruturas sociais.
Estruturas econômicas.
Relações sociais
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Como é considerada uma
família?
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Como iremos construir os
novos sólidos? 
Iluminismo, Revolução
Francesa. Derreteu os sólidos
em questão em prol da
sociedade.
Liberdade, igualdade e
fraternidade
Toda modernidade é liquida
e toda modernidade derrete
os sólidos.
Refazer de um modo
diferente.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
A tendência de procurar um
companheiro na internet
resulta a tendência para a
compra pela internet. Se
você procura um
relacionamento, o site de
namoro mostra um
catálogo. O modelo da
relação entre cliente e
mercadoria se tornou o
modelo da relação entre as
pessoas. BAUMAN
Liquidez do relacionamento
Relacionamento online
Operações de mercado servem
de modelo para as relações
entre as pessoas
Tempo na modernidade
líquida.
cultura imediatista, curto
prazo. Tudo na hora
Cultura do consumo e a
percepção do tempo .
Cada momento é único e
não se relaciona com os que
vieram antes e nem depois.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Caracteriza as liquidez das
relações.
Mundo offline? 
Risco e desconforto muito
grande.
Facilidade de DESCONECTAR.
BAUMAN - Mesmo as
relações afetivas entre as
pessoas parece ganhar um
caráter de consumo em
sociedade individualizada.
Pessoas descartáveis,
amizades descartadas. 
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Na VI tese,
 Marx (1845/1998, p. 101)
afirma que " essência
humana não é uma 
abstração inerente ao
indivíduosingular. Em
realidade, é o conjunto das
 relações sociais".
Natureza social, provém de
sua vida em sociedade, no
seio da cultura.
O ser do homem, a 
sua existência, não é dada
pela natureza, mas é
produzida pelos próprios
 homens"
A subjetividade coloca a
definição da psique num nível
histórico-cultura dividido em
subjetividade social e
subjetividade individual.
Subjetividade 
Uma 
propriedade do sujeito
ativo. 
Um fator que torna o sujeito
único, singular. 
Uma subjetividade
constituída com base na
realidade material, 
na relação entre os homens. 
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
O termo individualidade,
assim como subjetividade,
refere-se ao indivíduo. A
constituição desse indivíduo
ocorre por meio de
elementos da filo e da
ontogênese, da integração e
do desenvolvimento de
características herdadas
geneticamente e adquiridas
socialmente desde os
primeiros dias de vida.
A forma como indivíduo percebe
e representa a realidade
possibilita a construção e a
atribuição de significado às
suas apropriações e
objetivações, produzindo, a
partir das relações sociais,
sentidos de maneira única; é a
sua singularidade, que é
construída pela mediação do
particular entre o singular e o
universal.
A singularidade é o que
distingue um homem de
outros, é produto da história
das condições sociais e
materiais do homem, a forma
como ele se relaciona com a
natureza e com outros
homens. É por isso que o
homem só se individualiza,
por meio da subjetividade,
na relação com outros
homens. 
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
O termo individualidade,
assim como subjetividade,
refere-se ao indivíduo. A
constituição desse indivíduo
ocorre por meio de
elementos da filo e da
ontogênese, da integração e
do desenvolvimento de
características herdadas
geneticamente e adquiridas
socialmente desde os
primeiros dias de vida.
A forma como indivíduo percebe
e representa a realidade
possibilita a construção e a
atribuição de significado às
suas apropriações e
objetivações, produzindo, a
partir das relações sociais,
sentidos de maneira única; é a
sua singularidade, que é
construída pela mediação do
particular entre o singular e o
universal.
Características naturais
(herdadas biologicamente)
como constituição física,
modo de funcionamento do
sistema nervoso, emoções, a
dinâmica das necessidades
biológicas, pertencem ao
indivíduo e vão se
singularizando e
diferenciando-se de outros
ao longo de seu
desenvolvimento
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Identidade é metamorfose,
um processo de constituição
a partir das condições
sociais e de vida que o
indivíduo está inserido, os
papéis que o indivíduo
assume ao longo de sua vida
fazem parte de sua
construção, partindo de uma
identidade pressupostaa
vivida e a que será vivida
enquanto projeto de vida.
A personalidade é um processo
resultante de relações entre as
condições objetivas e
subjetivas do indivíduo, que,
inserido numa sociedade (e
essa é a condição
fundamental), singulariza-se e
diferencia-se ao ponto de ser
único.
Personalidade se dá por meio
da socialização e da
formação de uma
endocultura, através da
aquisição de hábitos,
atitudes e formas de
utilização de instrumentos. A
personalidade é um produto
da atividade social e suas
formas poderão ser
explicadas somente nestes
termos
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Sua produção histórica-
social.
Essência 
1. aquilo que é o mais básico, o
mais central, a mais importante
característica de um ser ou de
algo.
2. ideia central, argumento
principal; espírito."a e. de uma
religião"
Consciência 
1.sentimento ou conhecimento
que permite ao ser humano
vivenciar, experimentar ou
compreender aspectos ou a
totalidade de seu mundo
interior.
2.sentido ou percepção que o
ser humano possui do que é
moralmente certo ou errado
em atos e motivos
individuais."agiu conforme
sua c."
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
produção de verdades
?
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
ASSOCIAÇÃO DE PRÁTICAS SOCIAIS COM
O CONCEITO DE
SUBJETIVIDADE?
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Ambivalência para Bauman
Deve-se esperar até o fim da história
para captar o assunto na sua precisa totalidade
Wilhelm Dilthey
O agudo desconforto que sentimos quando somos
incapazes de ler adequadamente a situação e optar
entre ações alternativas?
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Classificar significa separar, segregar. Significa
primeiro postular que o mundo consiste em entidades
discretas e distintas.
Classificar, em outras palavras, é dar ao mundo uma estrutura:
manipular suas probabilidades, tornar alguns eventos mais
prováveis que outros, comportar-se como se os eventos não
fossem casuais ou limitar ou eliminar sua casualidade.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Temos um profundo interesse em manter a ordem do mundo, Por
meio da nossa capacidade de aprender/memorizar. A ambivalência
confunde o cálculo dos eventos e a relevância dos padrões de ação
memorizados.
Classificar consiste nos atos de incluir e excluir.
Certas entidades podem ser incluídas numa classe — tornar-se
uma classe — apenas na medida em que outras entidades são
excluídas, deixadas de fora.
Ordem e caos são gêmeos modernos. Foram concebidos em meio à
ruptura e colapso do mundo ordenado de modo divino, que não
conhecia a necessidade nem o acaso, um mundo que apenas era,
sem pensar jamais em como ser. Tentamos captá-lo sobretudo
com o recurso a negações: dizemos a nós mesmos o que aquele
mundo não era, o que não continha, o que não sabia, o que não
percebia. Esse mundo dificilmente poderia se reconhecer nas
nossas descrições. Ele não compreenderia do que estamos
falando. Não teria sobrevivido a tal compreensão. O momento da
compreensão seria o sinal de sua morte iminente. E foi.
Historicamente, essa compreensão foi o último suspiro do mundo
agonizante e o primeiro grito da recém-nascida modernidade.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Podemos pensar a modernidade como um tempo em que se reflete
a ordem — a ordem do mundo, do habitat humano, do eu humano e
da conexão entre os três: um objeto de pensamento, de
preocupação, de uma prática ciente de si mesma.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Para fazer esse mundo falar a nós, devemos, por assim dizer,
tornar audíveis os seus silêncios: explicar o que aquele mundo não
percebia. Temos que cometer um ato de violência, forçar aquele
mundo a tomar posição sobre questões às quais estava desatento
e assim dispersar ou superar a desatenção que fazia dele aquele
mundo, um mundo tão diferente e tão incomunicável com o nosso.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
A intolerância é, portanto, a inclinação natural da prática
moderna. A construção da ordem coloca os limites à incorporação
e à admissão. Ela exige a negação dos direitos e das razões de
tudo que não pode ser assimilado — a deslegitimação do outro.
Na medida em que a ânsia de pôr termo à ambivalência comanda a
ação coletiva e individual, o que resultará é intolerância — mesmo
que se esconda, com vergonha, sob a máscara da tolerância (o que
muitas vezes significa: você é abominável, mas eu sou generoso e
o deixarei viver).
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
O Estado moderno nasceu como uma força missionária,
proselitista, de cruzada, empenhado em submeter as populações
dominadas a um exame completo de modo a transformá-las numa
sociedade ordeira, afinada com os preceitos da razão. A sociedade
racionalmente planejada era a causa finalis declarada do Estado
moderno. O Estado moderno era um Estado jardineiro.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Ele deslegitimou a condição presente (selvagem, inculta) da
população e desmantelou os mecanismos existentes de
reprodução e auto equilíbrio. 
Suprema e inquestionável autoridade da Razão, fornecia os
critérios para avaliar a realidade do dia presente. Esses
critérios dividiam a população em plantas úteis a serem
estimuladas e cuidadosamente cultivadas e ervas daninhas a
serem removidas ou arrancadas. 
1.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Satisfaziam as necessidades das plantas úteis (segundo o
projeto do jardineiro) enão proviam as daquelas consideradas
ervas daninhas. 
Consideravam as duas categorias como objetos de ação e
negavam a ambas os direitos de agentes com
autodeterminação.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
"que o conhecimento que diz respeito a todos os homens
transcenda o senso comum".
A teoria social procura questionar por que os seres humanos
habitam o mundo como eles fazem e como isso aconteceu,
olhando as relações de poder e as estruturas e normas sociais.
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Conceito de Modernidade - é um período de tempo que se
caracteriza pela realidade social, cultural e econômica vigente
no mundo.
O sujeito contemporâneo é influenciado pelas transformações
do mundo moderno e como se constitui através delas?
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Suscitar debates sobre a sociedade contemporânea como
geradora do mal-estar na civilização e sua contribuição em
situações, potencialmente, de risco nos contextos individual,
social, profissional e familiar, bem como debater os efeitos da
modernidade sobre o sujeito contemporâneo, como este é
afetado por situações que muitas vezes desconhece, mas que
são consequências do tempo no qual existe. Tempo agressivo e
impiedoso, que somente dá passagem para os que podem
consumir e os que se encontram em situações ditas "normais" e
"legais".
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Acreditou-se que esse homem, fruto de lutas históricas e
sociais, seria um novo ser, livre, emancipado das amarras
religiosas, econômicas, ideológicas, sociais, familiares, capaz
de se autogerir, tornando-se o condutor de sua história. 
 Não se eliminou a dominação do homem por outro homem,
tampouco se eliminou o caráter predatório na sociedade
capitalista. Também o comunismo, nesse sentido, não deu
conta de promover a emancipação humana, pois suas tentativas
falharam e apenas conduziram a Estados burocráticos e com
imensos abismos sociais. 
PRÁTICAS
SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
Que liberdade é essa que não livrou o sujeito moderno de
antigas amarras, anteriormente abominadas?
Vive-se, como ele denomina, uma espécie de modernidade
líquida, fluida, desapegada de promessas ideológicas,
compromissos sociais e políticos e com um consumismo
exacerbado. O que importa é consumir sem pensar nas
consequências das compulsões estimuladas pelo mundo
moderno. Essas compulsões levam cada vez mais à
individualidade e ao isolamento afetivo como formas de
proteção. 
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Estamos entregues a essa grande compulsão que se instala de
maneira globalizante, estamos cegos para olhar a nós mesmos
e ao outro, substituindo relações por vícios, trabalho
desenfreado e cacarecos pós-modernos, aumentando a
sensação de impaciência em relação ao outro. (CARVALHO
Campos, 2010, p. 4). 
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No pós-modernismo vive-se a era dos excessos, das
celebridades instantâneas e momentâneas, dos "quinze
minutos de fama" e de uma urgência implacável, causadora de
grandes sofrimentos psíquicos. Tudo ocorre com muito
imediatismo, a vida caminha a galopes fazendo com que o novo
pareça ter uma eternidade, se comparado ao novíssimo. 
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A máxima da sociedade moderna é promover o consumo, isso
afeta a formação psicossocial dos sujeitos, gerando novas
modalidades de sensibilidades, novas necessidades, novos
desejos, novas formas de sentir e perceber o mundo no qual
vivem. 
As noções de felicidade na esfera do moderno estão
intimamente relacionadas à satisfação imediata de suas,
fictícias, necessidades.
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Vivemos a era das transformações, da desconstrução de
valores consolidados, da transformação da cultura e do
fracasso de certas ideologias clássicas da sociedade, a era em
que certezas supostamente inabaláveis estão sendo
derrubadas. 
Para Bauman "a sociedade de consumo não é nada além de uma
sociedade do excesso e da fartura – e, portanto da redundância
e do lixo farto" (BAUMAN, 2007, p. 111). É o excesso que gera
o vazio existencial, aumenta as incertezas pela liberdade de
escolhas e não é nunca suficientemente excessivo. 
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Em se tratando de liberdade, Bauman dizia que "os homens e
as mulheres pós-modernos trocaram um quinhão de suas
possibilidades de segurança por um quinhão de felicidade".
Diverso do que pensava Freud (1997), que partiu de uma
análise da crise da civilização moderna, que, pela falta do
exercício da liberdade, porém com segurança, via-se tolhida da
felicidade individual. Bauman se serve de uma ideia contrária,
mas que cabe melhor nessa noção de uma modernidade líquida,
diversa da modernidade sólida à qual Freud se referia.
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Para Bauman, a sociedade de consumo tenta satisfazer os desejos
humanos; no entanto, essa promessa só se manterá sedutora
enquanto o desejo continuar irrealizado. Outra forma eficaz de
manter o consumo é a satisfação de toda necessidade e a
provocação de novas necessidades, desejos e vontades. Ou seja, o
que começa como necessidade deve ser a tal ponto estimulado até
que se transforme em compulsão ou vício.. (BAUMAN, 2007 p.
106). 
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Com efeito, a modernidade é globalizante e suas
consequências são desestabilizadoras. O modo de vida do
sujeito moderno, em tempos líquidos, não somente é afetado
por grandes transformações, como também permeia a formação
e a construção de identidades, de relações sociais e vínculos
afetivos.
As relações de intimidade pessoal também são afetadas. Os
sistemas abstratos associados à modernidade transformam a
natureza de relações afetivas.
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Os relacionamentos são laços baseados em confiança, nos
quais a confiança não é pré-constituída, mas trabalhada e o
trabalho torna-se um processo mútuo de autorrevelação. A
modernidade e os seus sistemas são capazes de alterar e/ou
abalar e/ou destruir relações sociais, afetivas, emocionais, sem
as quais os indivíduos se veem cerceados de sentir e perceber
o mundo com maior clareza e concretude. Essas
transformações modificam a maneira das pessoas sentirem ou
percebem com lucidez a realidade na qual estão inseridas,
tornando-as vulneráveis às mazelas e aos defeitos do projeto
moderno. 
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 Apesar de todas as transformações ocorridas nos últimos
séculos, o homem contemporâneo continua conectado a um
modelo tradicional e conservador, que determina padrões de
comportamento com relação aos modos de produção e
consumo. Moreno (1987) afirmava que o homem, por medo do
novo, aceita os comportamentos limitados e ditados pela
sociedade que desumaniza as relações interpessoais tornando-
as automatizadas e direcionadas.
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 O homem aprendeu a aceitar as ideias preconcebidas e,
apesar de viver a era das transformações, da desconstrução de
valores, da transformação da cultura e do fracasso de certas
ideologias clássicas da sociedade, ainda assim, vive em
conformidade com elas. Moreno se renova ao constatarmos em
Fonseca (1980, p. 13), que no mundo moderno, cada vez menos
se dá chance ao indivíduo para responder livre e
adequadamente a novos estímulos. 
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Independentemente de seu poder aquisitivo, o sujeito
contemporâneo é levado a sentir desejo e necessidade de
possuir bens de consumo, de ter status, de usar roupas da
moda, ver um bom filme, comer boa comida, dormir bem, enfim,
necessita ter e ser tudo aquilo que é vendido pela mídia para se
sentir feliz – "Vem ser Feliz" como veicula um comercial, ou
"Aqui é lugar de gente Feliz" como veicula outro. E assim, em
um eterno desejo/necessidade quer tudo aquilo que vê em
outros sujeitos, mesmo que para isso, utilize-se de meios
transgressores.
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Na atual conjuntura, é fundamental entender como o ilícito e o
ilegal se enraízam no setor informal para comandar um exército
de empregados e sócios menores. O tráfico de drogas traz
questões como assaltos e roubos de automóveis,de cargas de
caminhão, de joias, de dólares, de quadros e sequestros. Esses
objetos entram na circulação de mercadorias, características
do mundo capitalista e, apesar de seguirem canais
clandestinos, vistos como em oposição ao sistema, servem ao
mesmo fim que é o da acumulação e da obtenção de lucros
desmesurados.
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Essa situação fica clara nas imagens apresentadas pela mídia,
nas quais aparecem meninos/garotos, subindo os morros e as
favelas, com armas de última geração, nas mãos,
representando um símbolo de poder. Esses garotos completam
sua imagem com um boné, importado, inspirado no movimento
negro da América do Norte, ouvem música black ou rap
americanos, cheiram cocaína trazida da Colômbia, roubam ou
compram, através do furto, um tênis Nike americano, último
tipo. Quando filmados ou fotografados mostram dólares e
armas importadas (ALBA ZALUAR, 1999). 
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Sujeitos infratores, imperfeitos, desviantes de um caminho tido
como único e correto, são marginais: vivem às margens de uma
sociedade que é implacável com seus indivíduos não
enquadrados em um perfil considerado exemplar. Infração, aqui
entendida como a fuga de um padrão próprio: o que infringe
padrões de beleza e peso, os que infringem leis e condutas, os
que se utilizam de drogas e outros bálsamos ilegais são todos
sujeitos marginais, que por não serem considerados perfeitos,
também não são pacificamente aceitos pelos grupos sociais.
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A imagem do jovem bom, por assim dizer, é a daquele que
estuda, usa e tem bens de consumo, não se droga, não é obeso
e/ou doente e não possui nenhum tipo de deficiência. Tudo o
que fugir desse estereótipo não merece ser modelo para a
formação e a construção de uma identidade.A vertiginosa
globalização da sociedade torna-se, também, um fator
adicional a esses conflitos de identidade.
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Estar em movimento é nunca estar satisfeito.
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Pois, o movimento, a transitoriedade fala sobre a inquietude, a
rapidez em que é devorada e descartada a mercadoria, a
volatilidade do produto e a necessidade de adquirir novos e
estar sempre na crista da onda. 
E o estar satisfeito, para a nossa sociedade consumista, é um
algo apavorante, já que a satisfação se refere à estagnação, o
fim do ato de consumir, coisa que a sociedade teme e abre mão
desse conceito. Ela, a satisfação, pode vir mascarada em uma
experiência momentânea, mas nunca duradoura.
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A transformação dos indivíduos em mercadorias, ou seja, na
busca desenfreada e sempre muito bem estimulada pela mídia,
pela moda, pelos grupos sociais, de sempre se estar à frente do
tempo, de ser notado, seguido, valorizado, e porque não
cultuado.
Qual impacto que tudo isso acarreta na vida dos indivíduos?
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“Numa sociedade de consumidores, tornar-se uma mercadoria
desejável e desejada é a matéria de que são feitos os sonhos e
os contos de fadas” (BAUMAN, 2008, p.22).
“Tempo pontilhista’, “comodificação dos consumidores” ou
“fetichismo da subjetividade”
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Bauman traz, no seu livro Vida para Consumo uma situação no
mínimo instigante, que é o conceito de tempo pontilhista. O
tempo pontilhista descarta a fluidez a partir do momento em
que ele é único. Nem presente, nem passado, apenas uma
exigência social e uma busca instantânea de sucesso e de
inclusão.
Nesse tempo pontilhista, a vida não passa de uma sucessão de
presentes, aqui, o vislumbre do futuro não existe, o que conta
são as experiências vividas no momento de agora, um tempo de
possibilidades, o viver eternamente no instante do presente.
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“Comodificação dos consumidores” - elevar a condição dos
consumidores à de mercadorias vendáveis. É nessa afirmação
que se dá o consumo de si próprio aquilo que a sociedade
espera que você, enquanto membro, faça. Na sociedade de
consumidores, primeiramente é preciso se tornar uma
mercadoria vendável para que você, enquanto aspirador a uma
vaga, possa exercer os direitos e cumprir com os deveres de um
consumidor.
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Consumismo versus consumo, o autor versa sobre dois modelos
da fase da modernidade: a fase sólido-moderna e a fase
líquido-moderna.
Sólido-moderna - Nessa fase, o que se buscava era uma
concentração de bens para que, num futuro próximo, houvesse
uma tranquilidade do proprietário, pois o grande valor a ser
assegurado nessa fase era a segurança e quanto mais bens
imóveis mais seguros os proprietários estariam.
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Líquido-moderna - caracteriza-se por ser uma sociedade em
que a instabilidade dos desejos, o instantâneo, o efêmero
ditam as regras. Estamos agora na fase dos consumidores, do
ambiente líquido-moderno, onde tal ambiente é contrário ao
planejamento, ao armazenamento em longo prazo, ou seja, aqui
não aplica mais o status de segurança, o que importa é a
satisfação dos desejos ou a tentativa de satisfazê-los no
agora, o que nos leva a pensar no uso imediato e na rápida
substituição das mercadorias.
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“Numa sociedade de consumidores, todo mundo precisa ser,
deve ser e tem que ser um consumidor por vocação (ou seja,
ver e tratar o consumo como vocação). Nessa sociedade, o
consumo visto e tratado como vocação é ao mesmo tempo um
direito e um dever humano universal que não conhece exceção”
(idem, p. 73).
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Consumir na sociedade de consumidores é investir em si
próprio, na sua capacidade de demonstrar que existe uma
demanda e que ela precisa ser sempre ampliada ou reciclada,
caso contrário, o “valor social” do indivíduo decai assim como
sua auto-estima.
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A capacidade de trabalho não pode ser comprada e nem
vendida separado dos seus portadores. De maneira distinta de
outras mercadorias, os compradores não podem levar sua
compra para casa. o que eles compraram não se torna sua
propriedade exclusiva e incondicional.
Mercadoria - força de trabalho é inseparável da pessoa, pois é
ligada a personalidade, as expectativas e aos sonhos das
pessoas. O empresário compra uma força de trabalho de
alguém por um determinado preço, o que se chama de? E o
Currículo? 
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Outro ponto importante no texto de Bauman é o conceito de
processo civilizador explicado por Norbert Elias em que fala do
nascimento do “eu moderno” (a consciência da sua verdade
interior juntamente com sua autoconfiança) pela internalização
das restrições externas e suas pressões, tais pressões seriam a
coerção e a doutrinação.
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Cultura consumista - “estar e permanecer à frente”, ou seja,
ser grupo de referência para estar sempre no sucesso.
“Marcas de pertença”, marcas estas que precisam ser
consumidas, pois são elas que geram o estilo de vida na
sociedade de consumidores líquido-moderna.
Permanecer no mesmo lugar é sinal de atraso e atraso é morte
social na sociedade consumista líquido-moderna.
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O que é importante na sociedade de consumo é que você faça a
sua escolha e ter que fazer uma escolha no meio de tantas
outras pode ser frustrante, já que é lei na sociedade de
consumo o excesso e a extravagância. Então, a vida dos
indivíduos tende a ser sucessivas tentativas de acertos e erros.
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Baixas colaterais do consumismo, o autor nos fala a respeito
das baixas colaterais. Mas, e o que seriam essas baixas?
Baixas é uma diminuição do contingente, aqui no caso, são
consumidores que não se enquadram ao modelo consumista da
sociedade pós-moderna, ou seja, uma “subclasse” que por
definição seria:
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“Subclasse evoca a imagem de um agregado de pessoas que
foram declaradas fora dos limites em relação a todas as classes
e à própria hierarquia de classes, com poucas chances eu
nenhumanecessidade de readmissão: são pessoas sem um
papel, que não dão contribuição útil às vidas dos demais, e em
princípio além da redenção. (idem, p.156).
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Essa subclasse em que homens e mulheres são reunidos e
vistos como inúteis, uma verdadeira escória na sociedade
consumista. Esta mesma sociedade que avalia e julga as
pessoas por serem mercadorias rentáveis. Ela, a subclasse, é
formada por pessoas sem valor de mercado, são seres humanos
não comodificados, melhor dizendo, são consumidores falhos,
consumidores decadentes que deixaram de cumprir seus
deveres dentro da sociedade consumista.
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De acordo com Bauman, os pobres são “não-consumidores”, e
não “desempregados”. São, como já citamos acima,
consumidores falhos, pois não são consumidores ativos, são
apenas um aborrecimento para a sociedade que,
decentemente, pode consumir com regularidade.
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As pessoas "são aliciadas, estimuladas ou forçadas a
promover uma mercadoria atraente e desejável. Para tanto,
fazem o máximo possível usam os melhores recursos que têm a
disposição para aumentar o valor do mercado dos produtos que
estão vendendo. E os produtos que são encorajadas a colocar
no mercado, promover a vender são elas mesmas.
A lógica da mercadoria se expande para a formação da
identidade e da personalidade.

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