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Grande depressão

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Grande depressão
	Antes da crise de 1929 estourar, os Estados Unidos já ocupavam o posto de maior economia do mundo. Antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, a economia americana já possuía índices que comprovavam essa supremacia, e os eventos da guerra só acentuaram a posição de potência econômica internacional dos Estados Unidos.
	Em virtude do rápido crescimento da economia americana após a guerra, a década de 1920 foi um período de grande euforia econômica, o qual ficou conhecido como Roaring Twenties (traduzido para o português como Loucos Anos Vinte). Esse momento da história americana ficou marcado principalmente pelo avanço do consumo de mercadorias, consolidando o American way of life, o estilo de vida americano.
	O avanço da economia americana tornou o país responsável pela produção de 42% de todas as mercadorias feitas no mundo.
	Toda essa prosperidade estava amparada em bases extremamente frágeis. O crédito desregulado e o crescimento da especulação financeira criaram uma bolha de falsa prosperidade que estava à beira do precipício. A sociedade tornou-se incapaz de perceber o que estava prestes a acontecer.
	Na década de 1920, a indústria dos Estados Unidos expandiu-se e a produtividade do trabalhador aumentou. Esse aumento na produção, no entanto, não foi acompanhado de aumentos salariais, pois os salários permaneceram estagnados. Assim, o mercado não tive condições de absorver a quantidade de mercadorias que eram produzidas (nem o mercado americano nem outros países conseguiam absorver essas mercadorias). Isso abalou a esperança de rápida prosperidade de muitos que tinham ações de empresas americanas.
	Milhares de pessoas resolveram vender as suas ações no dia 24 de outubro de 1929, no que ficou conhecido como Quinta-feira Negra. Nesse dia, mais de 12 milhões de ações foram colocadas à venda, o que deixou o mercado em pânico. Essa situação se estendeu por dias e na segunda, dia 28, mais 33 milhões de ações foram colocadas à venda. Imediatamente o valor das ações despencou, e bilhões de dólares desapareceram. A economia americana quebrou.
	Diante da quebra da bolsa e da queda dos valores das ações e da crise que se abateu sobre o mercado onde ninguém mais investia ou comprava os produtos encalhados em estoques, a industria não precisa mais da mão de obra antes empregada para dar conta da demanda. Altos índices de desempregados, pessoas que antes viviam o estilo capitalista Norte Americano não possuíam mais nem o que comer.
	Nesses dias os números de suicídios acompanharam a crise, crescendo entre aqueles que em um dia estavam ricos e no outro nada mais possuíam. Donos de bancos que emprestavam dinheiro e encararam a falência, empresários e operários que não possuíam mais seus empregos.
	O Brasil também sentiu os impactos da Crise de 1929. A área que sofreu mais com a recessão econômica foi a de produção do café – o principal produto de exportação do país. O Brasil era responsável por cerca de 70% do café comercializado no mundo, e o principal consumidor da nossa mercadoria eram os Estados Unidos (compravam cerca de 80% do nosso café).
	Com a recessão, o café estagnou-se no mercado brasileiro, e o preço do produto despencou. Os cafeicultores tiveram prejuízos gigantescos. No auge dessa crise, o país enfrentou transformações políticas profundas com o acontecimento da Revolução de 1930. O novo governo teve Getúlio Vargas como presidente provisório.
	A medida de Vargas na economia foi a de proteger o principal produto do país. Para isso, foi criado o Conselho Nacional do Café (CNC) em 1931. Para conter a queda no valor do café, o governo decidiu realizar a compra das sacas que estavam paradas para aumentar o valor do café no mercado internacional. As sacas que foram compradas pelo governo eram incendiadas. Essa prática estendeu-se durante treze anos, resultando na destruição de 78,2 milhões de sacas de café.
New deal
	Devido à crise de 1929 que os Estados Unidos da América enfrentavam foi criado o New Deal (novo acordo), com o intuito de o estado intervir na economia, onde este era liberal, ou seja, os norte americanos viviam o chamado liberalismo econômico onde o estado não intervém nas atividades econômicas. Este foi o maior fator para o fim do capitalismo liberal.
	O “novo acordo” foi um conjunto de medidas criado no governo de Franklin Delano Roosevelt (1933-1945), que foi inspirado nas idéias do economista John Keynes onde visava tomar medidas econômicas que garantissem o pleno emprego dos trabalhadores. Keynes defendia, também, uma redistribuição de lucros para que o poder aquisitivo dos consumidores aumentasse de acordo com o desenvolvimento dos meios de produção.
	O New Deal abrangia a agricultura, a indústria e a área social. Este programa não liquidou totalmente a crise econômica, mas manteve a estabilidade. A partir de 1935, a economia do pais voltou a se estabelecer, mas só se restabeleceu totalmente com a Segunda Guerra Mundial.
Welfare state
	O New Deal está na origem dos programas de criação de empregos e redução das desigualdades sociais (Social Security Act), que gerou o chamado Welfare State, ou Estado do Bem Estar Social, adotado em vários países europeus.
	Com o Social Security Act que definiu um segundo momento (1935-1936) criaram-se seguros contra desemprego, pensões por velhice, doenças e acidentes, auxílio financeiro às crianças e mães desvalidas e crianças aleijadas. Foram propostas ainda medidas para solucionar problemas rurais imediatos.
	Na verdade o pioneiro do conceito de Estado do Bem Estar Social foi Bismarck que para combater o socialismo, pouco depois de 1880 criou o seguro saúde, seguro contra acidentes industriais e pensões para a velhice. Depois da Primeira Guerra Mundial os ingleses criaram o seguro desemprego.
	O Welfare State teve seu auge entre 1945 e 1973 após a Segunda Guerra Mundial juntamente com a expansão da social democracia e da economia capitalista.
	Segundo o historiador inglês David Reynolds “ Durante a década de 30, mais de um terço da população chegou a receber ajuda do governo. Os fundos públicos para esses programas não existiam antes de 1929. Dez anos depois, tomavam mais de um quarto de todo o gasto do governo”. Programas criados na gestão Roosevelt, como o seguro-desemprego e a aposentadoria por idade, sobreviveram até o século XXI.
Totalitarismo
	O totalitarismo é um sistema político caracterizado pelo domínio absoluto de uma pessoa ou partido político sobre uma nação. Dentro do totalitarismo, a pessoa ou partido político no poder controla todos os aspectos da vida pública e da vida privada por meio de um governo abertamente autoritário.
	O totalitarismo também é marcado pela forte presença de um militarismo na sociedade e é acompanhado por ações do regime com o objetivo de promover sua ideologia por meio de um sistema de doutrinação da população. Os regimes totalitários utilizam-se do terror como arma política para conter e perseguir seus opositores políticos, e a propaganda política é usada de maneira consistente para que a população seja convencida das medidas extremas tomadas por esses regimes.
	O totalitarismo foi um sistema político que esteve no auge durante as décadas de 1920 e 1930. Seu surgimento aconteceu após a Primeira Guerra Mundial e é considerado pelos historiadores como um reflexo causado por toda a destruição causada por esse conflito. Assim, o autoritarismo começou a ganhar força como solução política para as crises que o mundo enfrentava no pós-guerra, conseguindo adeptos mundo afora.
	O termo “totalitarismo” surgiu durante a década de 1920 para referir-se ao fascismo italiano. Esse sistema político, inclusive, surgiu com o próprio fascismo italiano, regime que alcançou o poder na Itália em 1922, quando Mussolini tornou-se primeiro-ministro do país. Ao longo da década de 1920, a tendência política mundial pendia para o autoritarismo, e o totalitarismo ganhou considerável força após a ascensão do nazismo ao poder na Alemanha.
	O ápice do totalitarismo na Europa aconteceu quando os nazistas ascenderam ao poderna Alemanha em 1933. A partir daí, movimentos de apoio a ideais totalitários da extrema-direita espalharam-se pelo mundo e chegaram, inclusive, no Brasil – o integralismo. No espectro político da esquerda, o totalitarismo manifestava-se por meio do regime político de Josef Stalin.
Facismo
	É um movimento político ultranacionalista e armamentista surgido na Itália no início do século 20. O fascismo prega um Estado forte e paramilitar, geralmente ligado a uma identidade étnica, com rejeição a outras culturas e vinculado à imagem de um líder. O termo "fascista" é usado, hoje, de forma pejorativa pelo mundo para designar movimentos de extrema direita que flertem com algumas das ideias promovidas pelo fascismo italiano ou pelo nazismo alemão no século passado.
	Um profundo sentimento de frustração dominou a Itália após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O país saiu decepcionado por não ter suas reivindicações atendidas no Tratado de Versalhes e a situação econômica era mais difícil que antes da guerra.
	Assim, a crise social ganhava aspectos revolucionários com o crescimento da esquerda e dos movimentos de direita.
	Em março de 1919, em Milão, o jornalista Benito Mussolini cria os "Fasci di Combatimento" e os "Squadri" (grupos de combate e esquadrão respectivamente). Estes tinham como objetivo combater por meios violentos os adversários políticos, em especial os comunistas.
	Em outubro de 1922, durante o congresso do partido fascista realizado em Nápoles, Mussolini anunciou a "Marcha sobre Roma", onde, cinquenta mil camisas negras - o uniforme fascista - dirigiram-se à capital italiana. Impotente, o rei Vitor-Emanuel III convidou o líder dos fascistas, Benito Mussolini, para formar o Ministério.
	Nas eleições fraudulentas de 1924, os fascistas obtiveram 65% dos votos e em 1925, Mussolini torna-se o Duce ("líder", em italiano). Mussolini começou a implantar seu programa: acabou com as liberdades individuais, fechou e censurou jornais, anulou o poder do Senado e da Câmara dos Deputados, criou uma polícia política, responsável pela repressão, etc.
	Aos poucos foi instalando o regime ditatorial. O governo manteve as aparências de monarquia parlamentarista, mas Mussolini detinha plenos poderes. Após garantir para si grande autoridade política e se cercar das elites dominantes, Mussolini buscou o desenvolvimento econômico do país. No entanto, esse período de crescimento foi duramente afetado pela crise de 1929.
	Mussolini já tomava ações no sentido de minar as instituições representativas. O poder legislativo foi completamente enfraquecido e o novo governo publicou a Carta de Lavoro, que declarava as intenções da nova facção instalada no poder. Explicitando os princípios fascistas, o documento defendia um Estado corporativo onde a liderança soberana de Mussolini resolveria os problemas da Itália. No ano de 1926, um atentado sofrido por Mussolini foi a brecha utilizada para a fortificação do Estado fascista.
	Os órgãos de imprensa foram fechados, os partidos políticos (exceto o fascista) foram colocados na ilegalidade, os camisas negras incorporaram-se às forças de repressão oficial e a pena de morte foi legalizada. O Estado fascista, contando com tantos poderes, aniquilou grande parte das vias de oposição política. Entre os anos de 1927 e 1934, milhares de civis foram mortos, presos ou deportados.
	O apelo aos jovens e à família instigou grande apoio popular ao regime do Duce (forma como os italianos referiam-se a Mussolini). Em 1929, os acordos firmados com a Igreja no Tratado de Latrão aproximaram a população católica italiana ao regime totalitário. Ao mesmo tempo, o crescimento demográfico e o incentivo às obras públicas começaram a reverter os sinais da profunda crise que tomava conta da Itália. O setor agrícola e industrial passou a ganhar considerável incremento, interrompendo o processo inflacionário da economia.
	Com a crise de 1929, a prosperidade econômica vivida nos primeiros anos do regime sofreu uma séria ameaça. Tentando contornar a recessão econômica, o governo de Benito Mussolini passou a entrar na corrida imperialista. No ano de 1935, os exércitos italianos realizaram a ocupação da Etiópia. A pressão das demais potências capitalistas resultaria nas tensões que desaguaram na deflagração da Segunda Guerra Mundial (1939–1945), momento em que Mussolini aproxima-se do regime nazista alemão.
Nazismo na Alemanha
	O Nazismo foi um fenômeno histórico gerado na Alemanha a partir de uma crise que pode ser remontada à época da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Apesar de esse país ter se tornado um dos mais importantes Estados industriais da Europa durante o reinado do imperador Guilherme II (1888-1918), tornou-se, depois de quatro anos de intensa conflagração, uma nação enfraquecida e politicamente instável. Isso, principalmente porque o Tratado de Paz de Versalhes - assinado em 1919 entre os países vencedores da batalha - impôs severas restrições à Alemanha derrotada. Esse acordo não só diminuiu o poderio bélico da Alemanha, como também acabou por acender um forte desejo de revanchismo por parte de sua elite militar e de seus grupos dominantes.
	Nesse período, instaurou-se no país a República de Weimar, uma república democrática, federativa e parlamentar. Porém, ao não conseguir criar bases sólidas para enfrentar a devastação da Alemanha, esse governo abriu espaço para a emergência de uma oposição nacionalista que ansiava por estabelecer a ordem no país. Com o crescimento do nacionalismo alemão, estava plantada a semente para a ascensão do Partido Nacional-Socialista no país.
	Em tal contexto turbulento, surge, em 1920, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães - Nazi (abreviado do alemão Nationalsozialist), que teria Adolf Hitler como líder. Seguindo pressupostos nacionalistas, autoritários e anti-semitas, esse partido sustentava os propósitos de abolir o Tratado de Versalhes; definir que só poderia ser cidadão aquele que tivesse sangue alemão; excluir os judeus da comunidade alemã; reservar os cargos públicos aos cidadãos; fortalecer a classe média; substituir o Direito romano por um Direito alemão; reformar a escola em um sentido nacionalista; criar um exército popular; limitar a liberdade de imprensa e a artística, dentre outras medidas. Esse partido tinha um programa político que, em meio ao agravamento da crise econômica pela qual passava a Alemanha - piorada ainda mais pela quebra da Bolsa de Nova Iorque (1929) -, representou um caminho direitista e autoritário para o país. Assim, os alemães acabariam rechaçando as propostas comunistas que disputavam o poder.
	Em 1923, Hitler já havia tentado tomar o poder através de um golpe de Estado, porém sem êxito. Embora ele tenha sido preso por oito meses, não desiste de seu intento e ganha notoriedade política na Alemanha. Em 1932, o líder nazista sai como candidato à Presidência da República, mas acaba sendo preterido por Hindenburg. Este governante, ao ser pressionado por grupos políticos e nomear Hitler como chanceler1 do Estado, abre caminho para a ascensão do nazismo. Com a morte de Hindenburg em 1934, além de uma série de acontecimentos que já tinham lhe favorecido antes - tais como o incêndio do Reichstag (prédio da cúpula do governo) em 1933, do qual os comunistas foram acusados -, Hitler acaba conseguindo plenos poderes para pôr fim à Constituição de Weimar e implantar a ditadura do Terceiro Reich.
Doutrina Nazista
	Resumidamente, pode-se dizer que a ideologia nazista tem como princípios centrais a ideia racista de superioridade da raça ariana, isto é, da existência de uma pura raça alemã; o totalitarismo.
	Adolf Hitler começou a escrever o livro “Mein Kampf” (Minha Luta), o chamado livro sagrado do Nazismo, na prisão militar de Landsberg. Nele, Hitler expôs as bases da doutrina nazista, descrevendo um conjunto de ideias fanáticas de falsamente científicas.
Dentre as muitas teses da doutrina Nazista podemos destacar algumas:
· A superioridade da Raça Ariana, defendida por Hitler quando dizia que o povo alemão era descendentede uma raça superior, que ele chama de Arianos, e que, por este motivo, tinha o direito de dominar as raças ditas “inferiores” por ele, tais quais os Judeus, os Eslavos, os Negros, etc.
· A tese do anti-semitismo, que dizia que os judeus ou semitas eram uma raça inferior à raça Ariana e que seriam capazes de corromper a pureza da raça alemã, sendo assim proibidos os casamentos entre judeus e alemães, e declarando total perseguição e extermínio dos judeus.
· Uma outra tese defendida por Hitler era a total submissão das pessoas ao Estado, o qual deveria ser soberano e incontestável, e era personificado na pessoa do Führer (=chefe) que, fatalmente, era o próprio Hitler.
· E uma outra tese também muito divulgada era a do expansionismo, que dizia que o povo alemão deveria conquistar seu espaço “vital”, e isso deveria ser feito através da expansão militar de seu território.
Ditadura Nazista
	Ao assumir o poder em janeiro de 1933, Adolf Hitler começou a montar um sistema ditatorial caracterizado pela repressão a quem não lhe fosse conveniente, pela perseguição aos judeus e pela expansão militar e territorial.
	Desenvolvendo uma propaganda agressiva e eficiente, administrada por Joseph Goebbels, o Partido Nazista se infiltrou em toda a sociedade alemã e controlou a imprensa, a rádio, o teatro, o cinema, a literatura e as artes. Conseguiu incutir na mentalidade do povo a visão de mundo nazista e a devocão incondicional ao Führer. A educação da infância e juventude, em especial, foi usada como uma ferramenta do Estado, para gravar no cérebro e no coração de crianças e adolescentes o orgulho de pertencer à raça ariana, bem como a obediência e a fidelidade ao "Führer”.
	Mas a vitória do nazismo não se deveu exclusivamente ao trabalho ideológico, Hitler também empregou a força para conquistar a Alemanha. Nesse ponto manifesta-se o caráter essencialmente militarista do nacional-socialismo que, desde o início, contou com a participação de organizações paramilitares próprias.
	A partir de 1929, sob o comando de Heinrich Himmler, a SS cresceu e chegou a contar com um exército próprio, a Waffen SS (SS Armada), independente do Exército alemão. Além disso, também absorveu a Gestapo, a polícia secreta nazista, em 1939, juntamente com a qual comandaria os campos de concentração e extermínio nos países ocupados.
	Com a morte do marechal Paul Hindenburg em 1934, Hitler acumulou também a função de presidente. Sua política militarista tomava forma e as Forças Armadas passaram a prestar-lhe juramento como der Führer (líder ou guia). Em 1935, foram declaradas extintas as restrições militares do Tratado de Versalhes, introduzindo-se o serviço militar obrigatório no país. Restabeleceu-se assim a soberania militar do Reich.
	Após um incêndio suspeito no Reichstag, o parlamento alemão, em 28 de fevereiro de 1933, o governo criou um decreto que suspendia os direitos civis constitucionais e declarou estado de emergência, durante o qual os decretos governamentais podiam ser executados sem aprovação parlamentar.
	Nos primeiros meses da chancelaria de Hitler, os nazistas instituíram uma política de "coordenação"—o alinhamento dos indivíduos e instituições com os objetivos nazistas. 	A cultura, a economia, a educação, e as leis passaram ao controle nazista. O regime nazista também tentou "coordenar" as igrejas alemãs e, apesar de não obter sucesso total ganhou apoio da maioria dos clérigos católicos e protestantes.
	A política educacional na Alemanha nazista, além de transmitir aos alunos o conhecimento teórico, também os treinava política e militarmente. Em 30 de abril de 1934, Bernhard Rust, foi nomeado Ministro da Ciência, Educação e Cultura do Reich, amigo de Hitler e fanático nazista, demitido anteriormente do cargo de mestre-escola provincial por debilidades mentais. As escolas alemãs foram rapidamente nazificadas, os professores eram defensores ou membros do partido nazista, muitos foram treinados para transmitir a ideologia nazista. A Lei do Funcionalismo Civil de 1937 dizia que os professores deviam defender as ideias nazistas e todos os professores juraram fidelidade a Adolf Hitler.
	No plano econômico, Hitler dedicou-se à reabiliação do país, estimulando a agricultura e o crescimento da produção industrial, principalmente na área de armamentos.
	A política expansionista alemã, com base na tese do espaço vital, começou contra a Áustria, desrespeitando o Tratado de Versalhes, desencadeando mais tarde a Segunda Guerra Mundial.
Espanha: ditadura de Franco
	Na década de 1930, a Espanha passou por uma guerra civil muito intensa. Estima-se que aproximadamente um milhão de pessoas tenha morrido durante os conflitos da ocasião. Os combates no território espanhol chegaram ao fim no ano de 1939, marcando a vitória de um grupo nacionalista que colocou no poder o general Francisco Franco.
	Assim que se encerrou a guerra civil em território espanhol, teve início o maior conflito internacional do século XX, a Segunda Guerra Mundial. Francisco Franco, que recebeu apoio de Itália e da Alemanha durante a Guerra Civil Espanhola, tratou de retribuir a ajuda apoiando esses regimes fascistas que integravam um dos grupos durante a guerra.
	O Franquismo se manteve vivo e forte na Espanha mesmo com a derrota de outros países fascistas na Segunda Guerra Mundial, caso de Itália e Alemanha. O Franquismo chegou a ser condenado nos tribunais que julgaram as ditaduras após o término do conflito internacional, mas manteve-se de pé através do poderio de Francisco Franco. A partir daí, foram décadas de dominação do regime Franquista na Espanha.
	O governo personalista do Franquismo era apoiado ainda pela Igreja Católica e pelo Exército. Com isso, a ditadura comandava os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Estes poderes eram mantidos somente para dar um indício de que se praticava uma democracia na Espanha, o que era creditado por algumas pessoas.
	O Franquismo só chegou ao fim, como regime político, com a morte do ditador Francisco Franco em 1975, o que abriu espaço para a transição para uma democracia parlamentar. Em 2006, as Cortes Espanholas e o Parlamento Europeu condenaram o Franquismo com a justificava de que há provas suficientes para demonstrar que os direitos humanos foram violados durante o período de governo do ditador.
Portugal: ditadura de Salazar
	Antônio de Oliveira Salazar foi a figura central do Estado Novo, ou seja, do Salazarismo em Portugal. Salazar foi Ministro da Fazenda e em 1932 tornou-se primeiro Ministro de Portugal, função durante a qual sustentou o país em regime ditatorial por 41 anos. Nesse período, Salazar adotou subitamente medidas em relação à economia portuguesa, acrescendo os tributos e condensando os gastos do Governo, com isso, suprimiu o saldo negativo financeiro existente no Estado. Essas ações renderam a Salazar influência e poder, tanto que ele conseguiu retirar dos militares a força que possuíam até aquele instante.
	À frente do Governo, Salazar implantou uma nova Constituição. A nova constituição de 1933 consentiu o fim da Ditadura Militar e o começo da Ditadura Salazarista, essa atitude tinha como finalidade a mudança dos poderes políticos portugueses, e assim foi feito. Através da política salazarista observou-se quase de imediato a perda da liberdade de expressão, do direito à greve e à restrição da ação de alguns órgãos de poder, como a Assembleia Nacional. O poder do Presidente da República passou a ser figurativo. Nesse contexto, a autoridade estava concentrada nas mãos do Primeiro Ministro.
	O Salazarismo foi uma das mais longas ditaduras do século XX, inspiradas no modelo fascista. Durante este período Portugal viveu na censura, repressão e sob o poder autoritarista Salazarista. A ditadura chegou ao fim em 25 de Abril de 1974, derrubada pela Revolução dos Cravos, forte manifestação militar.
Brasil: integralismo e Estado Novo
	O integralismo é um movimento partidário, com posicionamento político de extrema-direita com inspiração fascista que surge sob idealização de Plínio Salgado, líder e organizadordo Partido que recebe o nome “Ação Integralista Brasileira”. Sob o lema de “Deus, Pátria e Família” Plínio Salgado lança o Manifesto da AIB em outubro de 1932.

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