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Fisiopatologia 2 - DPOC Tivian Macedo Jonathan Fragoso Michele Diniz Jeniffer Gomes 1. Introdução 3 4 ❑ DPOC – Estado inflamatório do débito aéreo. 5 6 Etiologia Mas e a DPOC em não fumantes, é possível? 8 9 2. Fisiopatologia 11 12 A DPOC é caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas periféricas e do parênquima pulmonar, induzida por exposição à partícula e gases nocivos, especialmente à fumaça de cigarro. I- estreitamento das pequenas vias aéreas devido à fibrose; II- colapso das vias aéreas periféricas que se desenvolve em consequência da perda de elasticidade no parênquima pulmonar. 13 Vias Aéreas Centrais ❑ A traqueia, os brônquios e os bronquíolos com mais de 2-4 mm de diâmetro interno. ❑ Hipersecreção de muco. 14 Vias Aéreas Periféricas ❑ Pequenos brônquios e bronquíolos com um diâmetro interno inferior a 2 mm; ❑ Remodelação estrutural das vias aéreas; ❑ Formação de tecido cicatricial; ❑ Estreitamento do lúmen. 15 Parênquima Pulmonar ❑ A destruição do parênquima pulmonar nos doentes com DPOC ocorre geralmente sob a forma de enfisema centrolobular, que implica a dilatação e destruição dos bronquíolos respiratórios; ❑ Em casos mais leves a lesão afeta as regiões superiores, mas nos casos avançados pode lesionar o pulmão inteiro. 16 Inflamação ❑ Processo mediado pelo aumento da atividade da protease e pela diminuição da atividade antiprotease. ❑ A ativação de neutrófilos e de outras células inflamatórias libera proteases como parte do processo inflamatório; a atividade da protease supera a atividade da antiprotease, resultando em destruição tecidual e hipersecreção de muco. ❑ A ativação de neutrófilos e macrófagos também provoca acúmulo de radicais livres, ânions superóxidos e peróxido de hidrogênio. ❑ Mediadores: Leucotrienos B4, IL-8, TNF Bronquite crônica e Enfisema são DPOC? 18 ❑ A DPOC é o resultado da combinação destas duas condições (enfisema e bronquite crónica). ❑ A maioria das pessoas que tem DPOC, sofre de ambas as condições, sendo que a junção das mesmas resulta na limitação do débito aéreo, característico da DPOC. SIM OU NÃO? 19 Bronquite Crônica ❑ vias aéreas ficam mais espessas devido a inflamação e irritação; ❑ Os sintomas são: produção excessiva de muco, aumento do tónus broncomotor, diminuição da eliminação de muco (devido às lesões ciliares); ❑ Inflamação crónica das vias aéreas aumenta o risco de infeções brônquicas (virais ou bacterianas), sendo por isso importante que os doentes sejam vacinados contra a gripe e o pneumococcus. 20 Enfisema ❑ Ocorro quando os alvéolos são danificados por fumo ou outros agentes irritantes; ❑ Há uma destruição progressiva do tecido pulmonar (nos alvéolos) e o pulmão vai perdendo a elasticidade até ao ponto em que as vias aéreas adjacentes colapsam; ❑ O pulmão fica hiperinsuflado e empurra a aorta, podendo conduzir a problemas cardíacos; ❑ o enfisema pode surgir isoladamente ou como compilação de bronquite crónica. 21 Classificação Da DPOC Estadio 0: Risco de DPOC Caracterizado por tosse crónica e produção de expetoração, em indivíduos expostos à inalação de partículas ou gases nocivos. A função pulmonar, avaliada através da espirometria, é normal. (Gomes, 2005) Estadio I: DPOC Ligeira Caracteriza-se por limitação ligeira do débito aéreo e, em regra mas nem sempre, acompanhada de sintomas. Estadio II: DPOC Moderada Caracterizada por agravamento da limitação ventilatória e, geralmente, por progressão de sintomas, desenvolvendo-se dispneia em situação de esforço. Estadio III: DPOC Grave Ocorrência de limitação ventilatória mais grave. A repetição de exacerbações tem impacto negativo na qualidade de vida do doente e requer controlo apropriado, podendo colocar a vida em risco. Estadio IV: DPOC Muito Grave Caracteriza-se por limitação ventilatória muito grave, frequentemente associada a insuficiência respiratória crónica ou falência cardíaca. 22 23 Causas 1. Tabagismo; 2. Consumo de canábis; 3. Poluição do ar; 4. Genes; 5. Reatividade das vias aéreas; 6. Infecções Respiratórias; 7. Exposições ocupacionais; 8. Exposição passiva ao fumo de tabaco. 24 Ciclo Vicioso 25 3. Diagnóstico 27 ❑ Como alguns dos sintomas iniciais da DPOC são leves e facilmente confundidos com características naturais do envelhecimento, não é raro que as pessoas com a doença pulmonar obstrutiva crônica demorem a procurar um médico para diagnosticar o problema. É Fácil Identificar? ❑ De acordo com dados da Associação Brasileira de Portadores de DPOC, a DPOC não é identificada em cerca de 50% dos casos e é diagnosticada de forma errada em aproximadamente 23% dos casos. Dessa forma, deve ser considerado um diagnóstico da DPOC em qualquer doente com tosse, produção de expectoração ou dispneia, ou com histórico de exposição a fatores de risco que levem a doença. 28 29 30 Sintomas ❑ Falta de ar (dispneia) após grandes esforços; ❑ Tosse que pode ser seca ou com muco, chamada de “pigarro do fumante”; ❑ Chiado ao respirar (sibilo); ❑ Respiração ofegante; ❑ Aperto ou desconforto no peito; ❑ Dificuldade para dormir por conta da tosse recorrente; ❑ Cansaço recorrente. 31 Tipos De Diagnósticos ❑ Celular, patologico,metodos de imagem ou espirometria ❑ CELULAR = Quando é realizado e lavado o bronco violar, o recolhimento das células demonstra um perfil que pode ser confundido com asma. O perfil da DPOC é o predomínio neutrófilo sem eosinófilo e com poucos linfócitos e muitos macrófagos. O subtítulo celular linfocitário predominante é a célula CD8. 32 ❑ PATOLOGICO = É encontrado através de biopsia, fibrose e em geral periobronquiolar, destruição dos septos e dos dutos alveolares e uma fusão entre os alvéolos fazendo sacos alveolares cada vez maiores. 33 ❑ Também pode-se definiras alterações clinicas e de imagem atraves da tomografia computadorizada do torax ou a radiografia convencional do tórax. 34 Expirometria ❑ Os valores da espirometria variam de acordo com peso, idade, altura, sexo, biotipo da pessoa, por esse motivo os dados antropométricos devem ser sempre checados no momento do exame. ❑ A espirometria simples ou ocupacional é realizada sem uso de agentes broncodilatadores, já as provas de funções pulmonares levam a aplicação dos broncodilatadores. ❑ O laudo de diagnósticos clínicos devem sempre ser interpretados pelo médico, já os diagnósticos cinesiofuncinais pelo fisioterapeuta. A interpretação deve levar em consideração tantos os valores de cada parâmetro em percentual e as curvas fluxo-volume e volume-tempo, também é importante classificar a gravidade que pode ir de leve a gravíssima. 35 VEF1 e CVF 36 ❑ Volume Expiratório Forçado (VEF1): representa a quantidade de ar expirado no primeiro segundo, e por isso, quando está abaixo dos valores de normalidade pode indicar presença de distúrbios obstrutivos. ❑ Capacidade vital forçada (CVF): representa a quantidade total de ar que se consegue expirar, quando está abaixo dos valores de normalidade pode sugerir a presença de doenças pulmonares que dificultam a expansão do pulmão, com possíveis distúrbios restritivos. 37 4. Tratamento 39 ❑ Ela é duas fases, a estável e a exacerbada. ❑ Também é classificada como: leve, moderada, grave e muito grave. ❑ O tratamento é recomendado conforme a classe e gravidade da doença. Recomendação 40 ❑ Uns dos sintomas da DPOC é a dispneia; ❑ Estudos chegaram a conclusão que com o uso do GLICOPIRÔNIO+INDACATERAL ouve uma resposta de diminuição da dispneia; ❑ Os pacientes que usaram LABA+LAMA no tratamento da DPOC moderada e grave alcançaram um melhor resultado do tdi (indice transicional de dispneia); ❑ Também tem a indicação do ROFLUMILASTE para prevenção de exacerbação da DPOC , ele é um inibidor seletivo da fosfodiesterase 4 e age bloqueando a atividade dessa enzima aumenta os níveis intracelulares. Dispneia 41 Medidas Para O Tratamento ❑ As medidas para o tratamento envolve mudanças do comportamento,e a principal de todas elas é o para de fumar , e o inicio de uma atividade física; ❑ O objetivo é atingir com eficiência o controle da doença , já que ela não tem cura; ❑ Algumas outras medidas também pode ser tomadas como: * Reabilitação pulmonar; * Vacina para previnir infecção virais e pneumonica; * Oxegenoterapia; * Transplante pulmonar; * Ventilação invasiva ou não invasiva. 42 Antibióticos ❑ O uso de antibióticos profilático em pacientes estável previne a DPOC exacerbada; ❑ O uso prolongado de antibiótico reduz a carga bacteriana, mas tem que ter cuidado para não criar resistência; ❑ Estudos comprovam que com o uso de eritromicina durante 12 meses levou a redução da Exacerbação da DPOC. 43 ❑ LAMA (long acting antagonist) antagonista muscarínicos de longa duração; ❑ LABA beta2 agonista de longa duração; ❑ SAMA ( short acting muscarinic antagoist) antagonista muscarínico de curta duração. LAMA X LABA X SAMA 44 DPOC Estável (medicamentos) Anticolinérgicos ❑ Antagonista do receptor de acetilcolina muscarínicos de ação curta ou de curta duração(SAMA); ❑ Brometo de ipatrório , ele inibi os receptores M1, M2 e M3. Foi o primeiro inibidor muscarinico utilizado no tratamento de pacientes com doenças pulmonares obstrutivas no Brasil ( inalação ou aerosol); ❑ Antagonista dos receptores de acetilcolina muscarínicos de ação longa, ou de longa duração (LAMA); ❑ Brometo de glicopirrõnio é um composto com alta afinidade e lenta dissociação para os receptores muscarinicos M1 e M3. em pacientes com DPOC moderada a grave ele mostrou eficácia e segurança no brasil está disponivel em capsulas gelatinosas dura e em pó para inalação. 45 BETA 2 AGONISTA ❑ Farmacos que ativam receptores beta2 adrenergicos especificos na superficie das células musculares lisas, levando ao relaxamento bronquio com a redução da resistência ao fluxo aéreo. BETA2 AGONISTA DE AÇÂO CURTA (SABA) ❑ Os SABAs são escritos como medicação de resgate, por melhorarem de maneira temporaria a sensação de dispneia (respiração dificíl) não serve para uso diário regular. ❑ Os SABA está disponivel em duas formas no Brasil; * Brometo de fenoterol, solução oral * S lfato de salb tamol aerosol BETA2 AGONISTA DE AÇÃO LONGA (LABA) ❑ Os LABAs promovem dilatação brônquica e podem ser administrados uma ou duas vezes ao dia, para casos moderados ❑ *fumarato de formaterol, capsulas gelatinosas duras com pó para inalação . CORTICOIDES INALÁTORIOS ❑ Budesonida e fluticasona, são usados na DPOC apenas com associação com os LABA em t ã ã i l d C 46 INIBIDOR DA FOSFODIESTERASE 4 ❑ O Roflumilaste , é um inibidor de fosfodesterase 4, é administrado uma vez ao dia por via oral, o tratamento com ele tem eficácia na DPOC moderada e severa. ❑ Mas no Brasil ele não é recomendado pelo valor econômico . MACROLIDEOS ❑ Os macrolideos possuem efeitos antinflamatório e imunomulador que são uteis no tratamento da DPOC, reduzindo a frequência de exacerbações aguda. É recomendado o uso em casos graves ou muito graves , complementando com LAMA OU LABA. Terapia Combinada Terapia combinada LABA / CI ❑ fumurato de formaterol+budesonida - inalação 2 vezes ao dia, dose máxima diária é 2 inalação ao dia ❑ xinafoato de salmeterol+proprionato de fluticasona - para paciente adulto a dose máxima 1 inalaçaõ 2 vezes ao dia. Terapia tripla (LABA e LAMA e CI) ❑ Para pacientes com DPOC moderada , grave ou muito grave , que continuam com exacerbação frequente meses ou ao longo de 1 ano, pode indicar o uso da terapia tripla com combinação fixas preferencialmente com LAMA isolada associada ao LABA/ CI 47 48 49 Benefícios ❑ Redução da morbimortalidade; ❑ Melhora da qualidade de vida; ❑ Redução da utilização dos serviços de saúde; ❑ Os pacientes preenche um relatório antes de iniciar o tratamento. Oxigenoterapia ❑ A oxigenoterapia administra o oxigênio atravez da via inalatória. Nela consiste em dois tipos utilizados, a ventilação invasiva e a não invasiva. ❑ O objetivo da oxigenoterapia é : controlar a Hipoxia ( redução de oxigênio), aumentar a tolerância dos exercícios, diminuir a dispneia, diminuir a hospitalização. ❑ Ela não é só indicada para pacientes com DPOC, mas também quem teve apnéia obstr ti a parada respiratória infarto 50
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