Buscar

Trabalho temas da psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL
MANAUS
2020
ANA THELLY DA COSTA DA SILVA - F10ECF1
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL
Trabalho sobre Pesquisa Bibliográfica referente à disciplina de Temas em Psicologia Social, para obtenção de nota parcial do curso de graduação em Psicologia, da Universidade Paulista - UNIP.
Orientadora: Prof.º Adonai Chacon
MANAUS
2020
1. Introdução
O presente trabalho trata-se de dois levantamentos bibliográficos em fontes acadêmicas sobre práticas desenvolvidas por psicólogos sociais no que diz respeito à violência doméstica contra a mulher. Baseado na disciplina Temas em Psicologia Social, a partir da Teoria da Identidade de Antônio da Costa Ciampa.
O primeiro artigo refere-se ao estudo da relação identidade e violência de gênero, no campo escolar, identificando valores e processos de identidade nas circunstâncias e dinâmicas cotidianas dos atores envolvidos. O segundo artigo aborda sobre a análise da identidade de mulheres na relação de violência com seus parceiros, identificando valores e processos identitários nas circunstâncias e dinâmicas cotidianas dos atores envolvidos.
2. Objetivo
O objetivo deste trabalho é relatar os fatos das pesquisas bibliográficas, em fontes acadêmicas, das práticas dos psicólogos sociais no que tange à violência doméstica, mais especificamente contra a mulher. A partir de uma reflexão sobre a existência ou não de práticas voltadas aos estudos de gênero com enfoque na violência doméstica, nas escolas. E, sobre como qualquer tipo de violência (moral, psicológica, física e sexual) interfere na construção da identidade feminina e masculina. Dessa forma, este estudo objetiva fazer uma análise crítica sobre as pesquisas-ação desenvolvidas nos trabalhos citados.
3. Metodologia
Para essa pesquisa bibliográfica foram selecionados dois artigos acadêmicos, como critério de inclusão, adotou-se textos que versavam sobre a temática violência doméstica contra a mulher na perspectiva da identidade. Para a busca bibliográfica elegeram-se os seguintes descritores: violência; violência doméstica contra a mulher; empoderamento; gênero; identidade; pesquisa-ação.
O primeiro artigo escolhido: Gênero e Identidade: possibilidades e contribuições para uma cultura de não violência e equidade. Foi encontrado no banco de dados Scielo Brasil, aonde o mesmo traz um relato da experiência de um projeto de pesquisa realizado nas escolas públicas da cidade de Catalão-GO, através do Departamento de Psicologia da UFG-RC. A metodologia utilizada nesse artigo se deu numa pesquisa qualitativa que utilizou uma pesquisa documental para coleta de dados, extraídos de Diários de Campo feitos a partir dos grupos de discussões sobre conceitos importantes como: gênero, papéis e violência de gênero durante os anos de 2013 e 2014.
O segundo artigo selecionado: Violência contra a mulher: análise da identidade de mulheres que sofrem violência doméstica. Foi encontrado na Revista de Psicologia, através do banco de dados da Universidade Federal do Ceará. Como metodologia, utilizaram a pesquisa-ação na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Goiandira/GO, a qual teve como instrumentos de coleta de dados o Diário de Campo, a escuta Terapêutico-Educativa, balizada pela intervenção psicossocial.
4. Resultados e Discussão
Através dos relatos feitos no primeiro artigo, constata-se algumas dificuldades ao realizar um projeto de pesquisa-ação em um ambiente escolar. Apesar da nítida necessidade da inserção de promover discussões de gênero e violência doméstica, notou-se indiferença por parte das escolas e de alguns docentes quanto à execução do projeto na instituição. Entretanto, existem outros profissionais que estão dispostos em inserir dentro das escolas, os estudos de gênero, quebrando o silêncio diante da violência.
Vale ressaltar que é de fundamental importância compreender que a construção da violência no âmbito doméstico não tem relação com as diferenças biológicas entre homens e mulheres. Esses papéis sociais são, na realidade, reforçados por culturas patriarcais reproduzidas na família, desde a primeira infância. Uma vez desconstruídos os estereótipos de gênero, será possível alcançar uma reorganização familiar, bem como a construção, reconstrução e desconstrução das identidades não só das crianças, como também da família em geral.
De acordo com Berger e Luckmann (1966/200), o mundo da vida cotidiana se origina no pensamento e nas ações de homens e mulheres comuns e se apresenta como uma realidade interpretada subjetivamente e dotada de sentido para os mesmos de uma maneira que vai se tornando coerente. Assim, a violência doméstica contra a mulher constrói-se desde muito cedo a partir das relações de desigualdade vivenciadas na vida cotidiana, entre homens e mulheres, sendo naturalizada no processo de socialização dos indivíduos.
Com a inserção de pesquisadores nas instituições desenvolvendo reuniões, formando grupos de discussões com os alunos a fim de questionar: as características dos papéis de gênero na sociedade encontradas também nas escolas; como a socialização primária, dada na família, interferirá na educação da criança e refletirá na construção da identidade das mesmas e como o ambiente escolar trabalha os conceitos de violência, exclusão, discriminação direta e indiretamente. Foi possível trazer um novo olhar para dentro da escola, dando assim, espaço para fala de crianças que, assim como, o caso “Ana”, presente do artigo, que relata ter sofrido todos os tipos de violência, não conseguiria expressar suas vivências, o que acabaria dificultando uma transformação de suas próprias realidades, sem um projeto como esse na escola.
A proposta do grupo formado com os alunos é, primeiramente, descobrir o que cada um sabe ou traz sobre categorias de gênero, e de qualquer forma isso implica no processo de subjetivação do que é ser homem ou mulher e em sua construção identitária. Para Ciampa, identidade é movimento, portanto, cada pessoa tem uma história pessoal, a qual deve recorrer para entender sua forma de ser, viver, pensar e entender sua busca pela metamorfose. A identidade é construída e reconstruída o tempo todo, nesse caso, percebe-se a importância de se formar uma identidade de não violência, é necessário criar um novo tipo de cultura para que jovens inseridos numa sociedade de modelo ainda patriarcal não carreguem para o futuro características opressoras quanto às questões de gênero.
Por meio da narrativa do segundo artigo, a pesquisa-ação teve grande importância no restabelecimento da saúde psíquica das mulheres participantes do projeto realizado na Delegacia de Polícia Civil no ano de 2010. Foram realizados encontros semanais com mulheres que fizeram Boletim de Ocorrência (B.O.) contra seus parceiros por motivo de violência doméstica, portanto, amparadas pela Lei Maria da Penha.
É notado que a violência tem profundas raízes culturais e sociais, devido ao grande número de ocorrências e frequência em que a violência contra a mulher tem sido denunciada, fora os inúmeros casos que ainda estão marcados pelo silêncio (Lima, Buclhele, & Clímaco, 2008). Percebendo assim, que em grande parte a violência é direcionada contra a mulher, independentemente de sua posição social ou do nível socioeconômico que ela possua.
Nota-se a relevância social de um projeto como esse, em que envolve: escuta terapêutica-educativa às mulheres em situação de violência doméstica no intuito de diminuir a ansiedade, permitindo uma reflexão sobre a situação vivenciada. Esse tipo de escuta diferenciada abarca o sujeito, sem julgamentos ou tentativas de encaixe dele em uma teoria (Pietroluongo & Resende, 2007).
Essa orientação psicossocial com as mulheres a fim de possibilitar a construção de uma nova identidade, para que assim consigam conduzir sua própria vida na tomada de decisões em busca de emancipação. Logo, esse empoderamento é realizado pela própria pessoa, as mudanças e ações que a faz se fortalecer e evoluir,que a faz seguir um novo caminho em busca de sua libertação (Valoura, n.d., s/p.).
A análise da identidade das mulheres que sofreram agressão de seus maridos e consentiram em participar desse processo envolvendo escutas terapêutico-educativas, possibilitou a percepção de que a identidade como metamorfose, lhes garantem condição para construção de novos papéis e novas personagens, ou seja, lhes permitem a integralidade da vida. Sabemos que muitas mulheres denunciam seus companheiros apenas para intimidá-lo, depois retiram a queixa e não levam adiante o processo que poderia resultar em uma punição. Com isso, na grande maioria dos casos, a denúncia resulta apenas em um pequeno constrangimento para o opressor que, após o julgamento, volta para casa com a vítima e continua com o comportamento abusivo.
Os principais fatores, visto na análise dos dois artigos, que levam as mulheres a permanecerem em uma relação abusiva, são: dependência emocional e econômica, a valorização da família, a preocupação com os filhos, o medo da perda e do desamparo diante da necessidade de enfrentar a vida sozinha, principalmente quando a mulher não conta com nenhum apoio familiar.
6. Conclusão
Os dados levantados nessas pesquisas não só comprovam a gravidade e complexidade do fenômeno, como também apontam para a diversidade de estratégias que as mulheres utilizam para lidar com a violência. Muitas dão o primeiro passo denunciando aos órgãos competentes, reconhecendo que precisa de ajuda. E, quando elas conseguem romper com a situação de violência e opressão em que vivem, acontecendo então, o empoderamento de modo que se muda o papel de mulher-vítima para mulher-liberta.
Há consenso, entre pesquisadores, de que o movimento pela busca de redução da violência de gênero não pode ser restrito apenas à população feminina-adulta, nem à aplicação de penalidades de restrição de liberdade aos homens-adultos. É necessário que se faça desde cedo trabalho preventivo com crianças e adolescentes, sendo então necessário que tal discussão seja levada às escolas. Apesar de identificada uma cultura de violência, geralmente, por parte dos homens na sociedade brasileira, reconhece-se a necessidade de situá-los além da posição de “agressores, localizando-os no contexto de uma socialização masculina baseada na ausência de diálogo, ausência de equidade e gênero e violência.
Foi notado que é necessário que aconteçam mais pesquisas-ação como as que foram mencionadas aqui neste trabalho, tendo em vista a escassez de projetos similares. Pode ser observado que as duas propostas são de promoção à saúde, assim como fizeram um levantamento importante de promover discussões e escutas terapêuticas-educativas sobre violência no âmbito familiar, desde à escola, enquanto sujeito em formação de identidade, quanto após a vivência da violência doméstica, no processo de reconstrução da identidade.
7. Referências Bibliográficas
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-71822017000100411&script=sci_arttext (Acesso dia 30/10/2020)
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/17889
(Acesso dia 27/10/2020)
Ciampa, A. (2012). Identidade. In S. Lane (Org.), Psicologia Social: o homem em movimento (pp. 58-74). São Paulo: Brasiliense.
Freire, P. (1994) A justificativa da pedagogia do oprimido. In FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 23ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, (pp. 16-25).
Fonseca, D. H; Ribeiro, C. G. & Leal, Noêmia Soares Barbosa. (2012, agosto) Violência doméstica contra a mulher: realidades e representações sociais. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte (Vol. 24, n. 2, pp. 307-314). Disponível em:<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S01031002007000400020&script=sci_arttext>

Continue navegando