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pág. 1 DIREITO DO TRABALHO pág. 2 Olá, estudante! É com grande alegria que compartilhamos o Caderno – Direito do Trabalho. O Caderno Acadêmico é um material digital, na qual pretende proporcionar aos estudantes de Direito uma expe- riência inovadora durante os estudos, temos como pilares: • Planejamento de estudo individualizado para cada disciplina; • Um bom caderno, isto é, um caderno que possui os principais assuntos; • Estímulo de aprendizagem visual através de ilustrações dos assuntos; e • Aplicação do conhecimento através da resolução de questões. Todos os cadernos possuem um compilado de resumos dos principais temas cobrados em provas da ordem, este em especial, você irá encontrar: • Relação de Trabalho e Relação de Emprego • Contrato Individual do Trabalho • Alteração do Contrato de Trabalho • Interrupção e Suspensão do Contrato de Trabalho • Direito Coletivo do Trabalho • Jornada e Intervalos • Remuneração e Salário • Estabilidades e Garantias do Emprego • Aviso Prévio • Insalubridade e Periculosidade • Extinção do Contrato de Trabalho Além do conteúdo, contém checklist de planejamento de estudo e 50 questões com gabarito. Orientações Gerais O arquivo é de uso pessoal para o titular do e-mail cadastrado, proibido o repasse, sendo permitido tão somente a impressão do material para melhor aproveitamento nos estudos. Para sugestões, críticas ou elogios entre em contato pelo e-mail contatocadernoacademico@gmail.com, ou nos en- vie uma mensagem no Instagram @cadernoacademico. Esperemos que o material possa auxiliar nos seus estudos e atenda às suas necessidades de aprendizagem. No mais, estamos à disposição nas redes sociais para eventuais dúvidas sobre o caderno. Para ficar por dentro das novidades, dicas jurídicas diárias dos assuntos mais recorrentes no exame e os temas da atualidade, basta acompanhar nas redes sociais. Bons Estudos! Com carinho, Caderno Acadêmico! pág. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...............................................................................................06 1.1 - Fontes do Direito do Trabalho..........................................06 1.2 - Princípios do Direito do Trabalho...................................07 2. RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO ....................08 2.1 - O que é relação de trabalho?.............................................08 2.2 - O que é relação de emprego?............................................10 2.3 - Grupo econômico .............................................................11 2.4 - Terceirização ......................................................................12 2.5 - Teletrabalho .......................................................................13 2.6 - Empregados Domésticos .................................................15 3. CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO ........................................15 3.1 - Duração do Contrato de Trabalho .................................16 3.2 - Trabalho Intermitente ......................................................17 4. ALTERAÇÃO DO CONTRATO DO TRABALHO .................................18 5.INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO...20 5.1 - Interrupção ........................................................................20 5.2 - Suspensão do Trabalho .....................................................21 5.3 - Ferias ...................................................................................23 6.DIREITO COLETIVO DO TRABALHO.....................................................24 6.1 - Organização Sindical ........................................................25 6.2 - Convenções Coletivas de Trabalho .................................26 6.3 - Greve ...................................................................................27 6.4 - Representação dos Trabalhadores na Empresa ..............28 7.DURAÇÃO DO TRABALHO E INTERVALOS.........................................29 7.1 - Intervalo Intrajornada ......................................................31 7.2 - Horas Intinere ....................................................................32 7.3 - Controle de Horário ..........................................................32 8.INTERVALO INTERJORNADA...................................................................33 9.REMUNERAÇÃO X SALÁRIO....................................................................34 9.1 - Equiparação Salarial .........................................................38 10. ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO.....................................39 10.1 - Estabilidade acidentária .................................................40 10.2 - Estabilidade gestante ......................................................41 10.3 - Estabilidade sindical .......................................................42 10.4 - Estabilidade CIPA ...........................................................43 10.5 - Estabilidade do diretor de cooperativa ........................43 10.6 - Estabilidade da pessoa com deficiência (PCD) ..........44 10.7 - Estabilidade CCP ............................................................44 11. AVISO PRÉVIO............................................................................................44 12. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE..............................................46 12.1 - Adicional de Insalubridade ...........................................46 12.2 - Adicional de Periculosidade ..........................................47 pág. 4 13. EXTINÇÃO DO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO..........48 13.1 - Principais Aspectos ........................................................48 13.2 - Formalidades e Obrigações ...........................................51 13.3 - Prescrição ........................................................................51 13.4 - Decadência ......................................................................52 14. TABELA VERBA RESCISÓRIA................................................................53 15. PRINCIPAIS MUDANÇAS NA CLT........................................................54 16.EXERCÍCIOS...............................................................................................67 17.GABARITO..................................................................................................84 18.REFERÊNCIA..............................................................................................85 pág. 5 CHECK-LIST DE ESTUDO 1 - INTRODUÇÃO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 2 - RELAÇÃO DE TRABALHO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO E RELAÇÃO DE EMPREGO 3 - CONTRATO INDIVIDUAL LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO DO TRABALHO 4 - ALTERAÇÃO DO CONTRATO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO DE TRABALHO 5. INTERRUPÇÃO DO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO CONTRATO DE TRABALHO 6. DIREITO COLETIVO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO DO TRABALHO 7. DURAÇÃO DO TRABALHO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO E INTERVALOS 8. INTERVALO INTERJORNADA LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOSREVISÃO TRIBUTÁRIO 9. REMUNERAÇÃO X LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO SALÁRIO 10. ESTABILIDADE E LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO GARANTIA DE EMPREGO 11. AVISO PRÉVIO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO 12. INSALUBRIDADE E LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO PERICULOSIDADE 13. EXTINÇÃO DO CONTRATO LEITURA ARTIGOS EXERCÍCIOS REVISÃO INDIVIDUAL DE TRABALHO Orientação: O Check-list de Estudos tem o objetivo de auxiliar no processo dos estudos, é recomendado que siga as etapas descritas (primeira leitura do conteúdo, leitura dos artigos, resolução de questões e por fim, a revisão). A cada etapa concluída deverá marcar da forma de sua preferência, funciona também como um estimulo de metas. pág. 6 DIREITO DO TRABALHO I 1. INTRODUÇÃO O Direito do Trabalho tem como objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios que regulam as relações de trabalho entre empregados e empregadores e a relação de ambos com o Estado, para efeitos de proteção e tutela do trabalho. Por meio da Consolidação das Leis do Tra- balho ocorre a proteção para as partes envolvidas na relação. ● O Direito do Trabalho possui autonomia e princípios específicos. ● O Direito do Trabalho divide-se em: Relação Individual de Trabalho As normas trabalhistas regulam a relação in- dividual, ou seja, aquela que envolve o empregado e o seu empregador, mediante direitos e obrigações recíprocas. Relação Coletiva de Trabalho As normas trabalhistas regulam a relação que envolve toda uma categoria profissional, geralmente representada pelo seu sindicato, e a respectiva cate- goria patronal. 1.1 FONTES DO DIREITO DO TRABALHO As fontes do direito do trabalho subdividem- -se em materiais e formais. Fonte material é os fatores reais (fatos sociais, econômicos, políticos e outros) que irão influenciar na criação de normas. As fontes formais são a exteriorização do di- reito,estas ainda se dividem em heterônomas (são ela- boradas por terceiros) e autônomas (normas criadas em sua regra). Fontes Formais Autônomas: • Convenção Coletiva de Trabalho • Acordo Coletivo de Trabalho pág. 7 • Costume • Regulamento de Empresa Fontes Formais Heterônomas • Constituição Federal • Leis e Decretos • Ato Administrativo • Sentença Normativa • Jurisprudência • Sentença Arbitral 1.2 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO Princípio da proteção: As diretrizes do direito do trabalho visam a proteção dos trabalhadores; Princípio da primazia da realidade: Os fatos prevalecem sobre os ajustes formais; Princípio da continuidade: Presume-se que os contratos são celebrados por prazo indeterminado, salvo exceções que já tenha no contrato o prazo deter- minado; → Súmula 212, TST Princípio da inalterabilidade contratual lesi- va: São vedadas as alterações contratuais que tragam prejuízos ao empregado; Exceção: - Alteração salarial mediante negociação salarial. Princípio da intangibilidade salarial: Visa garantir ao trabalhador o seu direito de perceber a contraprestação a que faz jus, sendo vedado a irredu- tibilidade nominal e descontos indevidos; Princípio da irrenunciabilidade de direitos: É vedado a renúncia os direitos trabalhistas por parte do trabalhador. Princípio da condição mais benéfica: O tra- balhador tem direito a cláusula mais favorável. Princípio da proteção ao hipossuficiente: Este princípio visa garantir a proteção para a parte hipossuficiente da relação de trabalho, neste caso,o trabalhador. Caixa de comentários pág. 8 2. RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO “Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego.” Relação de trabalho Relação de emprego Analisando a ilustração acima, pode-se com- preender que a relação de emprego é uma espécie do gênero relação de trabalho. - O vínculo empregatício reconhece todos os direitos trabalhistas, assim como obtém a proteção da CLT, na qual os demais trabalhadores não possuem. 2.1 - O que é relação de trabalho? Relação de trabalho: gênero/termo mais am- plo/comportando várias espécies. Ou seja, é uma expressão genérica, na qual en- volve relações jurídicas caracterizadas por prestação de serviço mediante contraprestação. Abrange, as relações empregatícias e não em- pregatícias. São exemplos de relação de trabalho: Trabalho Autônomo: O trabalhador autônomo exerce a profissão prestando serviços com profissionalidade e habitua- lidade sem subordinação, trabalhando por conta pró- pria, assumindo o risco da sua atividade desenvolvida. São exemplos de trabalhador autônomo: médi- co, advogado, engenheiro, arquiteto. pág. 9 Trabalho Eventual: O trabalhador eventual realiza serviços diver- sa da atividade fim da empresa com caráter esporádi- co, ou seja, temporário, de curta duração, na qual está presente a subordinação mas não há habitualidade, popularmente conhecido como “bico”. Trabalho Avulso: O trabalhador avulso é aquele que presta servi- ços de natureza urbana ou rural para diversas empre- sas através do intermédio do sindicato como agente de recrutamento ou órgão gestor de mão de obra, não tendo vínculo empregatício com nenhuma das empre- sas, porém possui subordinação. • Geralmente é facilmente confundido com o trabalho eventual, de fato tem suas se- melhanças, porém existe uma característi- ca específica: é intermetido pelo sindicato ou pelo OGMO (Órgão gestor de mão de obra). • O trabalhador avulso pode ser sindicaliza- do ou não. Trabalho Voluntário: Art. 1º, Lei 9.608/1998 - “Considera-se ser- viço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição priva- da de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.” Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza tra- balhista previdenciária ou afim. Neste caso, não é considerado emprego por não ser uma atividade onerosa. Trabalho Institucional: - Servidor Público Estatutário. Relação de trabalho mantido com a adminis- tração pública é regida por estatuto (Lei nº 8.112/90) e não pela CLT, ou seja, constitui vínculo estatutário e não celetista. pág. 10 2.2 - O que é relação de emprego? A relação de emprego é a principal espécie da relação de trabalho, sendo o vínculo que une o empre- gado ao empregador. Relação de emprego é = relação de trabalho + requi- sitos caracterizadores. Estão previstos os requisitos necessários nos arts. 2º e 3º da CLT, sendo esses requisitos legais ( a lei diz quais são) e cumulativos (todos devem estar pre- sentes). Art. 2º, CLT - Conceito de empregador É a empresa, individual ou coletiva, que, as- sumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação econômica, admite, as- salaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Art. 3º Conceito de empregado É toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a depen- dência deste e mediante salario. • Prevalece o entendimento que são 5 os re- quisitos para configurar o vínculo empregatício. a. Pessoa física ou natural - deve haver a pres- tação de serviço por pessoa física. b. Pessoalidade (infungibilidade) - o emprega- do deve prestaros serviços em favor do empregador pessoalmente. c. Não eventualidade ou habitualidade - o empregado deverá realizar suas atividades frequente- mente, deve ser habitual. d. Onerosidade / salário - empregado presta serviço e em contrapartida recebe a remuneração do empregador. e. Dependência ou Subordinação (jurídica) - o empregado se sujeita ao poder de direção do empre- gador. pág. 11 Em resumo: Deve ser uma pessoa física que preste serviço com pessoalidade, de maneira habitual recebendo salário e sendo subordinado ao empregador. • Prevalece o entendimento que a exclusivida- de não é requisito para o vínculo empregatício. ∆ Já caiu no exame! Súmula 386, TST - Tal súmula diz respeito à relação jurídica entre o Policial Militar e a Empresa Privada. Segundo o seu entendimento, sendo preenchi- do os requisitos do art. 3º da CLT, será legítimo o re- conhecimento da relação de emprego entre o policial militar e a empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Ex.: Policial militar que nos seus dias de folga presta serviços de segurança para um estabelecimento privado, casa noturna, por exemplo. No curso da prestação de serviço o policial ocorre judicialização do caso. Será possível o reconhecimento do vínculo, desde que presente os requisitos do art. 3º, CLT. ►Mesmo que o Estatuto do PM traga o cabi- mento de penalidade disciplinar para o policial. → Nesses casos prevalece o princípio da pri- mazia da realidade. 2.3 - GRUPO ECONÔMICO Art. 2º, §§ 2º e 3º, CLT Um grupo econômico é formado com a junção de 2 empresas ou mais. ∆ Já caiu no exame! Qual é a responsabilidade trabalhista? A responsabilidade trabalhista perante um gru- po econômico é SOLIDÁRIA. Cada empresa respon- derá pela integralidade da dívida trabalhista. ∆ Já caiu no exame! → Súmula 129, TST: Teoria do Empregador Único. pág. 12 → A prestação de serviços para mais de uma empresa do grupo econômico, durante a mesma jor- nada de trabalho, NÃO caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo, ajuste em contrário. * A mera identidade de sócios não é suficiente para caracterizar um grupo econômico. É necessário comprovar a atuação conjunta + comunhão de interesses + demonstração de interes- ses integrados entre as empresas. 2.4 - TERCEIRIZAÇÃO • Trata-se de intervenção de mão de obra, na qual o empregado possui vínculo de emprego com a empresa prestadora de serviço e trabalha para a toma- dora de serviço. • Lei 6.019/74 regulamenta o tema, cabendo destacar o art. 4-A que prever a possibilidade da ter- ceirização ocorrer em qualquer atividade do tomador, inclusive sua atividade fim. • Nos termos do art. 5-A, §5º a empresa toma- dora possui responsabilidade subsidiária na hipótese de inadimplência da prestadora. Sendo a tomadora a administração pública a responsabilidade subsidiária, somente irá ocorrer, se provada a sua culpa. Ex.: Negligência. Caixa de comentários TOMADORA DE SERVIÇO EMPREGADO (terceirizado) EMPREGADORA (terceirizada) CTS pág. 13 - O empregado é da prestadora de serviço mas trabalha para a tomadora de serviço. Não é necessário que o empregado trabalhe dentro da tomadora de serviço. - Não pode haver subordinação e pessoalidade entre a tomadora de serviço e o empregado, ou seja, a tomadora não poderá dar ordens para o empregado. - É possível terceirizar qualquer atividade, até mesmo atividade finalística da empresa. Sendo prejudicial ao empregado, visto que dois podem exercer a mesma atividade com remune- ração diversa. - O terceirizado não pode pedir equiparação de salários. 2.5 - TELETRABALHO Ler os artigos: Art. 6º, CLT Art. 62, III, CLT Art. 75-A - 75-E, CLT - Caracterização: Trata-se de uma espécie de trabalho à distância (todo teletrabalho é à distância, porém nem todo trabalho à distância é teletrabalho) • Principais regras: - Utilização de tecnologia (celular, computa- dor, e-mail, WhatsApp) - Prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador. ATENÇÃO! Deve ter a preponderância no trabalho fora das dependências do empregador, isso significa que o empregado poderia em um exemplo de trabalho da segunda-feira até sexta-feira, o seguinte: - Trabalhar os 5 dias fora (ok, pois é preponderante) - Trabalhar 4 dias fora e 1 dia dentro (ok, pois é preponderante) - Trabalhar 3 dias fora e 2 dias dentro (ok, pois é preponderante) Caixa de comentários pág. 14 Porém, não poderá: - Trabalhar 5 dias dentro das dependências do em- pregador (pois não é preponderante) - Trabalhar 4 dias dentro e 1 fora (pois não é pre- ponderante) - Trabalhar 3 dias dentro e 2 fora (pois não é pre- ponderante) Alteração de regime de trabalho ● Presencial para teletrabalho: O trabalhador presencial, apenas poderá passar para o regime de te- letrabalho se houver o mútuo consentimento/acordo entre o empregado e empregador. ► Deve haver registro em aditivo contratual Ao contrário: ● Teletrabalho para o presencial: O trabalha- dor pode ser retirado do regime de teletrabalho, por determinação unilateral do empregador. ► Deverá ser concedido ao empregado, um prazo de transição mínima de 15 dias. ► Deve haver registro em aditivo contratual. ∆ Já caiu no exame! → Obs.: Os equipamentos fornecidos pela empresa não são considerados como salário-utilidade ou salário in natura → Obs.: Os teletrabalhadores são emprega- dos excluídos do controle da jornada de trabalho. Não possuem os seguintes direitos: a. Horas extras b. Proteção do trabalho noturno c. Intervalos interjonadas d. Intervalos intrajornadas (horário de almo- ço) Caixa de comentários pág. 15 2.6 - EMPREGADOS DOMÉSTICOS Ler os artigos: - Art. 7º, § único, CF - LC 150/2015 (47 artigos) • Principais Regras: Art. 1º, caput (LC 150/15) Empregado domés- tico é aquele que presta serviços de forma contínua subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas. ∆ Já caiu no exame! - Exemplos: a. Babá b. Caseiro c. Cuidador de idoso d. Cozinheira e. Passadeira f. Motorista particular Etc. - Pessoa jurídica não poderá ser empregadora no âmbito doméstico. - Vínculo empregatício doméstico é caracteri- zado por mais de 2 dias por semana. - A idade mínima para trabalhar como domés- tico é de 18 anos. (Convenção 182, OIT). - Art.12, LC 150/15 : É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo. 3. CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO De acordo com o art. 442, da CLT, o contrato de trabalho é o ajuste expresso ou tácito, verbal ou escrito da prestação de serviço do empregado ao em- pregador. • Elementos do contrato de trabalho 1. Agente Capaz 2. Objeto lícito pág. 16 1. Agente Capaz Agente capaz (a partir de 16 anos), salvo os menores aprendizes, estes são a partir de 14 anos. ↓ Nos termos do art. 7, XXXIII, CF, é vedado o trabalho do menor de 16 anos, salvo aprendiz que é partir dos 14 anos. - O artigo citado veda o trabalho do menor de 18 anos, em ambiente insalubre, com periculosidade ou em horário noturno. - A CLT, permite o trabalho abaixo do limite mencionado (-14 anos), desde que seja trabalho ar- tístico mediante autorização do juiz da infância e ju- ventude. - Na hipótese de trabalho abaixo do limite da idade sem qualquer autorização será considerado proibido sendo garantido todos os direitos trabalhis- tas. 2. Objeto lícito A prestação de serviço deve ser lícita, ou seja, a atividade desenvolvida pelo empregado não pode caracterizar crime ou contravenção penal. - Na hipótese de trabalho ilícito, nenhum dire- to trabalhista será garantido. Sintetizando: Trabalho Proibido TrabalhoIlícito Gera todos os direitos trabalhistas. Não gera direitos traba- lhistas. 3.1 - DURAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO → Arts. 443, § 2o, “c”, 445, § único e 451e → Arts. 479 a 481, CLT > para rescisão → Súmula 188, TST Em regra geral e com base no princípio da continuidade, o contrato de trabalho é por tempo in- determinado, sendo o contrato por tempo determina- do uma modalidade excepcional prevista no art. 443, § 2, CLT as hipóteses. Caixa de comentários pág. 17 Poderá o contrato ser por tempo determinado quando: a) Quando o serviço prestado possuir natureza transitória, ex. Instalador; → Prazo de até 2 anos b) Quando a atividade da empresa é transitó- ria, ex. Loja de Chocolate que contrata durante a pás- coa. → Prazo de até 2 anos c) Contrato de Experiência → Prazo de até 90 dias (não confunda com 3 meses), podendo ser prorrogado uma única vez den- tro do prazo máximo. Ex.: • 30 + 30 dias; • 45 + 45 dias; • 60+30; • 30+60 dias; 3.2 - TRABALHO INTERMITENTE → Art. 443, § 3º, CLT → Art. 452-A, CLT Considera-se como intermitente o contrato de trabalho em que a prestação de serviços: - Tem subordinação - Não é contínua - Alternância de períodos de prestação de ser- viços e de inatividade. O art. 452-A, CLT destaca as seguintes pecu- liaridades sobre a matéria: a) O Contrato deve ser escrito; b) A convocação pelo empregador deve ocor- rer com 03 dias de antecedência; c) O trabalhador possui 01dia útil para res- ponder, sendo que o silêncio caracteriza a recusa (a recusa não é falta grave); d) O empregado somente será remunerado pelo período trabalhado; pág. 18 e) O período que aguarda a convocação não gera qualquer direito para o empregado; f) A lei não disciplina sobre uma convocação mínima; g) Os §§ 6º ao 9º deste artigo, regulamentam esta modalidade de trabalho; 4. ALTERAÇÃO DO CONTRATO DO TRABALHO • Conforme o art. 468, CLT, para ocorrer a al- teração do contrato devem ser observados dois requi- sitos: 1. Que o empregado não tenha nenhum prejuízo com a alteração. → Trata-se do princípio da inalterabilidade lesi- va. 2. Que ocorra o aceite do empregado (o trabalha- dor deve aceitar a alteração). ► "Jus Variandi" É a possibilidade concedida ao empregador para alterar unilateralmente, somente em casos ex- cepcionais, as condições de trabalho de seus empre- gados. Tal variação decorre do poder de direção do empregador. ↓ Trata-se do direito do empregador alterar o contrato de trabalho ainda que gere um prejuízo ao trabalhador, cabe citar como exemplos: • Reversão (art. 468, §§ 1º e 2º da CLT). • Alteração de turno ( Súmula 265, TST) • Mudança do dia do pagamento do salário (OJ 159 da SDI-1). • Alteração do regimento (Súmula 51, TST). • Transferência de localidade (arts. 469 e 470 da CLT). Caixa de comentários pág. 19 ∆ Já caiu no exame! a. Reversão - É a retirada do cargo de con- fiança e da respectiva gratificação - art. 468, §1º, CLT. O novo parágrafo (§2º) prever que é possível retirar a gratificação de função independentemente do período em que o empregado a recebia, portanto, fica- -se prejudicado o inciso I, da súmula 372, TST Obs.: não se pode confundir com o rebaixa- mento de cargo, o qual não é válida. b. Alteração de turno - Nos termos da súmu- la 265, TST é válida a alteração do turno da noite para o turno do dia, ainda que ocorra a perda do adicional noturno. c. Alteração da data de pagamento do sa- lário - Nos termos da OJ 159 SDI-1, TST é válida a alteração da data do pagamento do salário, desde que respeitado o limite de prazo de até o 5 º dia útil do mês seguinte ao da prestação de serviço. d. Poder regulamentar - É possível alterar o regimento interno da empresa. Nos termos da súmula 51, TST, na hipótese da alteração do regulamento da empresa, apenas será aplicado para os novos empregados. Os empregados antigos tem direito de permanecer com o regulamento anterior sendo facultada a opção pelo novo. Trata-se do princípio da condição mais benéfi- ca e do direito adquirido. e. Transferência de localidade - O art. 469, CLT regulamenta o tema e dispõe que a transferência é caracterizada quando ocorrer (necessariamente) a mudança de domicílio. Na hipótese de não mudar o domicílio do em- pregado, este terá direito apenas a diferença de vale- -transporte. - Para que a transferência seja considerada vá- lida deve-se observar dois requisitos: 1. Real necessidade de serviço 2. Aceite do empregado - salvo, quando existir previsão contratual autorizando a transferência; ou na hipótese de cargo de confiança. Caixa de comentários pág. 20 Obs.: exceção do aceite do empregado: - Quando estiver expresso no contrato de trabalho a possibilidade de transferência. - O cargo de confiança poderá ser transferi- do sem o seu aceite. - As despesas com a transferência são pagas pelo empregador, de acordo com o artigo 470, CLT. - Em casos de extinção do estabelecimento é lícita a transferência, caso não seja do agrado do em- pregado, este deverá pedir demissão. • Em casos de transferência provisória o em- pregado terá o direito de adicional em 25%, se for definitiva, não tem adicional. (Art. 469, §3º CLT) Obs.: sendo cargo de confiança e a transferên- cia for provisória também receberá adicional de trans- ferência. 5. INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRA- TO DE TRABALHO 5.1 - INTERRUPÇÃO • A interrupção do contrato de trabalho ocorre quando há cessação temporária da prestação de servi- ço pelo trabalhador (o empregado deixa de trabalhar por um período), sendo preservado as obrigações pa- tronais com o empregado. Destaque-se: - Trabalhador não presta serviços e não se mantém à disposição do empregador; - Mantém o direito ao FGTS; - Salários são pagos normalmente pelo empre- gador; - Tal período de interrupção é computado como tempo de serviço; pág. 21 • Ocorre nas hipóteses elencadas no art. 473 da CLT, cabendo destacar: - Férias - Feriado - Faltas justificadas (até 15 dias de ausência por acidente ou doença de qualquer natureza é consi- derado como interrupção do contrato) - Descanso semanal remunerado - Até 2 (dois) dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente ou descendente - Até 3 (três) dias consecutivos em virtude do casamento - 1 (uma) vez a cada 12 (doze) meses a fim de doação de sangue - Licença remunerada (não confundir com a estabilidade) ↓ Obs.: em regra o período será de 120 dias, po- dendo chegar até 180 dias, caso o empregador faça parte do programa empresa cidadã. → 120 dias no caso de adoção de menor de idade ou guarda judicial para fins de adoção. → 120 dias no caso de natimorto (morte do feto dentro do útero ou no parto). → 2 semanas no caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe), nos termos do art.395, CLT Obs.: em caso de adoção de criança por casal homoafetivo feminino, está em discussão no STF so- bre a possibilidade ou não de licença para a mãe não gestante. Obs.: em caso de falecimento da gestante, o companheiro ou outro responsável pelo recém-nasci- do irá ter o direito à licença. Atenção: por força constitucional a licença paternidade é de até 5 dias podendo ser ampliado por até 20 dias, se o empregador fizer parte do programa empresa cidadã. 5.2 - SUSPENSÃO DO TRABALHO ● Durante a suspensão, o empregado não recebe pelo tempo inativo e tal período não conta como tem- po de serviço. Acarretam a suspensão do contrato de trabalho a falta injustificada, o período de greve, etc. Caixa de comentários pág. 22 • Hipóteses: - Suspensão disciplinar (art. 474, da CLT), não poderá ter mais de uma penalidade pelo mesmo ato; - Faltas injustificadas ao serviço; - Afastamento do empregado em casos de pri- são (não recebe o salário, mantendo o vínculo, logo se condenado em sentença será dispensado por JustaCausa); - Eleição para cargo de direção sindical (su- mula 269, TST); - Encargo público não obrigatório; - Licença não remunerada, concedida pelo empregador, a pedido do empregado, para tratar de interesses particulares. - Suspensão para qualificação profissional, art. 476- A, CLT Entre outros (...) • Suspensão Especial ou Sui Generis: Em tal hipótese, não há trabalho e nem pa- gamento ao trabalhador, o direito do trabalho dispõe sobre estas duas hipóteses de suspensão atípicas de trabalho, mas incidem o cômputo do período e reco- lhimento do FGTS, de acordo com o artigo 4º, § 1º da CLT: I- Afastamento para o Serviço Militar Obriga- tório; II- Afastamento superior a 15 dias por Aci- dente ou Doença do Trabalho → do 16º dia em diante ocorre a suspensão. |→Está estabilidade do acidentado está previs- ta no art. 118, Lei nº 8213/91 e Súmula 378, TST → “ 12 meses contados da cessação do auxílio- -doença acidentário”. Caixa de comentários pág. 23 5.3 - FÉRIAS • Férias é um período de descanso anual con- cedido anualmente pelas empresas aos seus colabora- dores. - O artigo 7º, XVII, CF garante o direito de férias sempre com 1/3 Constitucional, sendo este um benefício obrigatório e automático; - Este direito também está previsto na lei da CLT, no artigo 129 “Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da re- muneração”. - As férias são divididas entre período aquisi- tivo e período concessivo: Período Aquisitivo = após 12 meses do con- trato vigente, o empregado adquire este direito de fé- rias; Período Concessivo = pelo artigo 134, da CLT, prevê que o empregado gozará de férias os 12 meses seguintes após o direito adquirido, é o empre- gador que escolhe o período em que o empregado irá gozar as férias, salvo a regra do art. 136, da CLT. Na hipótese de não ser respeitado o período concessivo, o empregador terá que conceder em dobro para o em- pegado, a título de indenização. - O novo parágrafo 1º do art. 134 da CLT, pre- vê excepcionalmente com a concordância do Empre- gado, É possível o fracionamento das férias em até 03 períodos desde que: • 1º Período = no mínimo 14 dias corridos • 2º Período = no mínimo 05 dias corridos • 3º Período = no mínimo 05 dias corridos - De acordo com o §3 do art. 134 da CLT, pre- ver que é proibido o início das férias no período de 2 (dois) dias que antecede feriado ou o dia de repouso semanal remunerado. Caixa de comentários pág. 24 • Abono de férias O artigo 143 estabelece as regras para o abo- no de férias: Art. 143 - É facultado ao empregado conver- ter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver di- reito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. § 1º - O abono de férias deverá ser requeri- do até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a con- versão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a conces- são do abono. 6. DIREITO COLETIVO DO TRABALHO O Direito Coletivo do Trabalho também é conhecido como Direito Sindical ou Corporativo, este campo cuida das relações coletivas de trabalho, em que os interesses tutelados são os de um grupo social/categoria profissional. - Nos termos do art. 44, I do Código Ci- vil,por serem associações,os sindicatos são pessoas jurídicas de direito privado, sendo esta a sua natu- reza jurídica. Desta forma, são criadas normas para que ocorra a atuação de organizações coletivas de em- pregados e empregadores na representação de inte- resses coletivos dos trabalhadores. Regulamentação básica sobre o assunto: • Arts. 511, CLT a 610, CLT - Organização Sindical • Arts. 611, CLT a 525, CLT - Convenções Co- letivas de Trabalho • Arts. 8º a 11, CF/88 • Lei nº 7.783/89 São exemplos de instituições do direito co- letivo do trabalho: a) organização sindical b) convenção coletiva c) direito de greve d) representação dos trabalhadores na em- presa. Caixa de comentários pág. 25 6.1 - ORGANIZAÇÃO SINDICAL • Liberdade Sindical Conforme o art.8º, caput,CF é livre a associa- ção profissional ou sindical, ou seja, os empregados ou empregadores poderão se associar, livremente, aos sindicatos. De acordo com o mesmo artigo, no seu inciso I, não será necessário ter autorização do Estado para fundar novo sindicato, ou seja, a liberdade sindical contempla também a liberdade de criação de sindica- tos, longe de interferências ou intervenções do Poder Público, porém resguarda a obrigação do registro no órgão competente. • Unicidade Sindical É válida a criação do sindicato deste que res- peitada a base territorial mínima, não podendo ser inferior à área de um município, ou seja, não pode ha- ver mais de um sindicato no mesmo município (base territorial). Obs.: O Brasil não adotou a pluralidade sin- dical. • Entidades Sindicais Sindicatos - O sindicato é uma espécie de as- sociação, sendo pessoa jurídica de direito privado, sujeito de direitos e deveres, instituídos para repre- sentar, judicial e extrajudicialmente, toda a categoria. - Sendo possível também atuar como substitu- to processual (art. 8º da CF). Federações – Fazem parte da estrutura sindi- cal, em grau superior organizadas nos Estados bra- sileiros, podendo ser constituídas desde que reúnam número não inferior a cinco sindicatos. Confederações – São entidades sindicais de âmbito nacional, sendo constituídas com no mí- nimo três federações. São formadas por ramos de atividades, como por exemplo, Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, etc... ORGANIZAÇÃO SINDICAL Confederações Federações Sindicatos Federações e confederações são entidades sindicais de grau superior - art. 533,CLT Caixa de comentários pág. 26 • Contribuição Sindical - As contri- buições sindicais servem para custear as despesas dos sindicatos com assistência ao associado. Existe três maneiras de contribuição: - Mensalidade (restrita aos filiados) - Contribuição sindical (restrita aos filiados ou daque- les que prévia e expressamente autorizarem o descon- to) →Obs.: A reforma trabalhista retirou a obrigato- riedade da contribuição sindical, passando a ser fa- cultativo a aqueles trabalhadores que expressem seu desejo de contribuir para sindicato da sua categoria. ADI nº 5794 - Contribuição confederativa (incide sobre os filiados) Obs.: Súmula Vinculante 40 e Súmula 666 do STF, inciso IV do art. 8º da CF. 6.2 - CONVENÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO Arts. 611, CLT Art. 611-A (os direitos que podem ser negociados) Art. 611-B (os direitos que não poder ser negocia- dos) Também conhecida como CCT, a Convenção Coletiva de Trabalho é acordo celebrado entre os co- laboradores e as contratantes da classe sindicalizada em questão. Esse acordo estabelece diversas condi- ções de trabalho, como por exemplo: ajustes e piso salarial, benefícios, normas e jornada de trabalho. As reuniões deve ocorrer uma vez ao ano, sen- do que não pode ultrapassar o período de dois anos entre elas. O artigo 613 da CLT, define o que deve constar obrigatoriamente em uma convenção cole- tiva. ∆ Já caiu no exame! • Os limites da negociação Os limites da negociação estão previstos nos arts. 611-A (os direitos que podem ser negociados) e 611-B (os direitos que não poder ser negociados), CLT. - §1º, 611-A: A Justiça do trabalho tem a sua atuação limitada nos acordos, podendo atuar nas hi- póteses de vícios do negócio jurídico (art. 8º, CLT) Caixa de comentários pág. 27 - §§ 2º e 4º, art. 611-A: Não é necessário ga- rantir contraprestação para que ocorra a negociação. - § 5 º, art. 611-A: É obrigatória apresença dos dois sindicatos nos casos de anulação de cláusulas. - §3º, art. 611-A: Proteção aos empregados du- rante a vigência da negociação. • Conflito entra normas coletivas (ACT x CCT) De acordo com o art. 620, CLT, havendo con- flito entre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), prevalecerá o acordo coletivo. • Vigência da norma coletiva De acordo com o art. 614, §3º, CLT, prever que a norma coletiva tem prazo de 2 anos e não integra o contrato de trabalho. Desta forma, fica prejudicada a súmula 277, TST. 6.3 - GREVE Consiste na suspensão total ou parcial cole- tiva do trabalho, de forma pacífica, com caráter temporário, como instrumento de reivindicação de cumprimento de direitos trabalhistas, geralmente por condições melhores de trabalho ou aumento salarial. O direito de greve é um direito relativo, previsto no art. 9º,CF, devendo ser exercido em si- tuações extremas, após frustada a negociação prévia, devendo ser comunicando aos empregadores ou en- tidades patronais a decisão com antecedência mínima de 48 horas. Obs.: nos casos de paralisação de serviços ou atividades consideradas essenciais, deverá ser garanti- do o atendimento mínimo. Obs.: a única categoria que não tem direito à greve é a dos militares. art. 143, §3º, IV, CF. • Garantia dos grevistas - Art. 6º e 7º, Lei nº 7.783/89 a) o emprego de meios pacíficos para per- suadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à gre- ve; b) a arrecadação de fundos e a livre divulga- ção do movimento; GREVE GREVE Suspensão COLETIVA, TEMPORÁRIA e PACÍFI- CA, TOTAL ou PARCIAL da prestação de serviços dos empregados. DIREITO FUNDAMENTAL garantido pelo art. 9ª da CF/88 e regulamentado pela lei nº 7.783/89. LOCKOUT Paralisação das atividades, POR INICIATIVA DO EM- PREGADOR, com o objeto de FRUSTAR NEGOCIA- ÇÕES ou DIFICULTAR atendimento às REIVINDI- CAÇÕES dos respectivos empregados PRÁTICA PROIBIDA pleo art.17 da lei nº 7.783/89. Caixa de comentários pág. 28 c) não poderá ser constrangido pela empresa a comparecer ao trabalho d) a empresa não pode rescindir o contrato de trabalho durante a greve não abusiva. ● Greve Abusiva É considerados abusos do direito de greve, quando houver o descumprimento das exigências legais, ou manutenção da greve após o acordo, ou decisão da Justiça do Trabalho. Art. 9º § 2º, CF "Os abusos cometidos sujei- tam os responsáveis às penas da lei." ● Lock-out ou lockout Lock Out é uma conduta praticada pelo em- pregador, na qual não permite que seus funcionários adentrem nos locais de trabalho para exercer suas funções, a intenção aqui é constranger o empregado, isso porque quando isso ocorre o empregador, em tese, ficaria desobrigado a pagar o salário dia aos fun- cionários, causando uma desestabilização. Art. 17, Lei nº 7.783/89 - Fica vedada a para- lisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos em- pregados (lockout). Parágrafo único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação. Além da expressa vedação prevista no referido artigo, a CLT em seu dispositivo 722 prever as pena- lidades para os empregadores que praticarem tal ato. 6.4 REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHA- DORES NA EMPRESA. Artigo 11, CF - “nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusi- va de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores”. A eleição de representantes dos trabalhadores dentro da empresa tem o objetivo de facilitar a comu- nicação entre os empregados e empregadores. Caixa de comentários pág. 29 7. DURAÇÃO DO TRABALHO E INTER- VALOS Art. 7º, IX, XIII,XIX e XVI, CF Arts. 57 a 75, CLT A duração do trabalho abrange o período tra- balhado, assim como o período em que, não está pre- sente o trabalho efetivo. Pode-se entender que a duração de trabalho é um gênero que abarca as seguintes espécies: 1. Jornada de trabalho - a quantidade de horas de trabalho efetivo laboradas em um dia de trabalho. 2. Horário de trabalho - período que abrange desde a hora de entrada até a hora de saída do empregado. 3. Intervalo - este ainda se subdivide em: intervalo interjornada (intervalo entre uma jorna- da e outra de trabalho) e intervalo intrajornada (con- cedido durante a mesma jornada de trabalho) Os limites da duração do trabalho estão fixa- dos no art. 7º, XIII, da CF: • 8 horas diárias • 44 horas semanais ↓ Obs.: Logo, a hora extra será calculada a par- tir do momento em que é ultrapassado os limites diá- rios ou semanais. Exemplo: - caso o empregado trabalhe no dia uma hora (ou mais) após efetuar 8h, será considerado como hora extra. - caso seja constatado que o empregado efe- tuou mais de 44 horas durante uma semana, o que foi ultrapassado será considerado hora extra. ∟ A CLT permite a realização de horas ex- tras, porém no limite de 2 horas. DURAÇÃO DO TRABALHO Duração do trabalho: lapso de tempo regulamentado na CLT => Trabalho; intervalo/repousos; disponibilidade (tempo de trabalho ≠ tempo no trabalho). Honorário de Trabalho: Lapso temporal entre o início e o fim do trabalho executado => fixação do trabalho = formalidade. Jornada de Trabalho: Fixação do efetivo trabalho = Serviço efetivo; quantidade de horas por dia. Caixa de comentários pág. 30 • A constituição estabelece que o empregado que trabalhar em jornada ampliada terá o direito a receber um adicional de no mínimo 50% sobre o va- lor da hora normal. ∆ Já caiu no exame! • Serviço Efetivo Art. 4º, CLT - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à dis- posição do empregador, aguardando ou executan- do ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Para este tema deve-se perguntar: o pagamen- to ao empregado, será pelas horas de efetivo trabalho ou deverá ser computada também o tempo em que se estava à disposição do empregador ? Como demonstra o art. 4º da CLT, que o ser- viço efetivo também abrange o tempo à disposição do empregador (aguardando ordens), salvo as exceções previstas no §2º do mesmo artigo, na qual se trata de um rol meramente exemplificativo. ↓ → O elemento chave para saber se tal ativida- de se enquadra nas exceções do §2º é a escolha pró- pria do empregado (se for uma imposição do empre- gador, será considerado tempo à disposição) → A reforma trouxe hipóteses não considera- das como tempo à disposição do empregador antes do início ou após o fim da jornada: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empre- sa. → Obs.: se essa troca de roupa for obrigatória, ou seja, imposta pela empresa, o respectivo período será considerado como tempo à disposição do empre- gador (ex.: EPI, equipamento de proteção individual). Caixa de comentários pág. 31 7.1 - INTERVALO INTRAJORNADA De acordo com o art. 71 da CLT, o intervalo intrajornada não compõe jornada de trabalho, poden- do o intervalo pode ser de até 2 horas. - Se o intervalo for concedido por tempo maior, o que extrapolar a segunda hora é tempo à disposição e integrará a jornada. -> 3 regras básicas: a) até 4h diárias: 0 minutos de intervalo Se o empregado trabalha até 4 horas diárias, não terá intervalo. b) + de 4h até 6h: 15 minutos de intervalo Se o empregado trabalha mais de 4 horas diá- rias não ultrapassando6 horas diárias, este poderá ter um intervalo de 15 minutos. c) + de 6h até 8h: mínimo de 1h até 2h de intervalo Se o empregado trabalha mais de 6 horas não ultrapassando 8 horas diárias, este poderá ter um in- tervalo entre 1h até 2h. ● Esses intervalos não são computados na jor- nada. ∆ Já caiu no exame! - É possível a redução do intervalo mínimo de 01h? Sim, mas apenas em duas hipóteses: a) se houver autorização do Ministério do Tra- balho - > Obs.: Tal ministério foi extinto e incorpora- do no Ministério da economia (governo Bolsonaro) - > Art. 71, §3o, CLT b) se houver autorização do sindicato -> Art. 611- A, III, CLT -> Princípio da prevalência do ne- gociado sobre o legislado, nesses casos deve haver o mínimo de 30 minutos para almoço. - Quais são as consequências do desrespeito ao intervalo? Art. 71,§4º, CLT - Após a reforma o empre- gador ficará obrigado a pagar como extra apenas o período desrespeitado, como natureza indenizatória. INTERVALO X INTRAJORNADA Pausas concedidas dentro da jornada para repouso ou alimentação. Mais de 6h de trabalho: Entre 1h à 2h de intervalo De 4h até 6h de trabalho; 15 min de intervalo A horas destes intervalos não serão computadas na jornada de trabalho. INTERJORNADA Pausas concedidas entre duas jornadas diárias de trabalho. Intervalo mínimo de 11 horas consecutivas. Contagem inicia quando o trabalhador encerra suas ativi- dades. Caixa de comentários pág. 32 7.2 - HORAS INTINERE • Art. 58, §2º, CLT Também conhecida como horas itinerantes ou tempo de trajeto, é o tempo de deslocamento do em- pregado trabalho-casa e casa-trabalho. → Após a reforma trabalhista o período de descolamento deixou de ser considerado como um tempo à disposição do empregador. Obs.: Acidente de trajeto! Após a revogação da MP 905/2019, o acidente de trajeto volta a ser considerado como acidente de trabalho. 7.3 - CONTROLE DE HORÁRIO CLT, Art.74, § 2º – Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. - O registro pode ser manual, eletrônico ou mecânico. - Deve ser assinalado previamente o intervalo intrajornada (repouso). - Art.12, LC 150/2015 Para os domésticos, não importa o número de empregados, deve haver o controle de jornada, que pode ser manual, eletrônico ou mecânico, desde que idôneo. - Cartão de ponto “britânico” Súmula 338, TST: III – Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída unifor- mes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. ↓ Isso porque há uma presunção de que esta marcação não corresponde a realidade. Exemplo: Caixa de comentários pág. 33 Dia Entrada Início - Intervalo Fim - Intervalo Saída Segunda 09:00 12:00 13:00 18:00 Terça 09:00 12:00 13:00 18:00 Quarta 09:00 12:00 13:00 18:00 Quinta 09:00 12:00 13:00 18:00 Sexta 09:00 12:00 13:00 18:00 Sábado 09:00 12:00 13:00 18:00 Domingo Descanso Descanso Descanso Descanso 8. INTERVALO INTERJORNADA Art. 66, CLT - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas con- secutivas para descanso. • Regime ou sistema 12/36h -> Art. 59-A CLT (Lei 13.467/2017). Tal regime é compreendido naquele em que o empregado trabalha por 12 horas e tem 36 horas de des- canso, "dia sim, dia não". Exemplo: Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo Entrada 07 h Descanso 07 h Descanso 07 h Descanso 07 h Saída 19 h Descanso 19 h Descanso 19 h Descanso 19 h - Trata-se de um regime de trabalho lícito. - Não é necessário a anuência do sindicato, sendo este um acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. - Não há restrições, sendo possível para qualquer atividade (antes da reforma era possível apenas para os profissionais da saúde) Obs.: Após a reforma o período noturno foi equiparado ao diurno, o trabalho em domingos e feriados não gera mais o pagamento em dobro. - É possível a fixação do sistema de escala de 12x36 horas para o doméstico, desde que feito por acordo escrito individual. pág. 34 ● Por fim poderão ser compensados ou inde- nizados os intervalos intrajornadas e interjornadas. ∆ Já caiu no exame! • Turnos ininterruptos de revezamento Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIV – jornada de seis horas para o trabalho re- alizado em turnos ininterruptos de revezamento, sal- vo negociação coletiva; Jornada: 6 horas, salvo negociação coletiva Essa jornada de 6 horas poderá ser negociada coletivamente até o limite constitucional de 8 horas - O turno ininterrupto de revezamento se con- figura quando ocorre a alternância de jornadas nos di- versos turnos, desde que ocupe dia e noite de forma alternada (turnos ora diurnos, ora noturnos) - O TST entende que a negociação coletiva poderá aumentar a jornada em até 8 horas, sendo que a 7º e a 8º horas não serão pagas como horas extras e sim como sendo horas normais trabalhadas. > Súmula 423, TST. Súmula 423, TST: Estabelecida jornada su- perior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados sub- metidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como ex- tras. 9. REMUNERAÇÃO X SALÁRIO • Remuneração Art. 457,CLT - Compreendem-se na remu- neração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo em- pregador, como contraprestação do serviço, as gorje- tas que receber. Consiste no salário acrescido de valores pagos por terceiros, como por exemplo, a gorjeta. Caixa de comentários DIFERENÇA SALÁRIO Toda contraprestação ou vantagem paga em dinheiro ou utilidade concedida di- retamente pelo empregador ao empregado em decorrên- cia do contrato de trabalho. Soma do pagamento re- alizado diretamente pelo empregador ao feito indire- tamente, ou seja, por tercei- ros, também em decorrên- cia do contrato de trabalho celebrado entre emprega- dor e empregado. REMUNERAÇÃO pág. 35 ● Gorjeta §3 (inserido pela reforma trabalhista) : Consi- dera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o va- lor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos em- pregados. Neste sentido, a Súmula 354, TST, prever que a gorjeta não entra na base de cálculo do aviso prévio, horas extras, adicional noturno e do repouso semanal remunerado. Súmula 354, TST: As gorjetas, cobradas pelo em- pregador na nota de serviço ou oferecidas esponta- neamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. ● A remuneração abrange o salário + gorjetas ● Uma vez paga a gorjeta, não serve para base de cálculo das seguintes verbas: - Aviso prévio (no período do aviso prévio o empregado recebe salário e não remuneração) - Adicional noturno (valor do salário hora + 20%). - Adicional de hora extra (valor do salário hora + 50%). - Repouso Semanal Remunerado(Lei 605/1949, Art.7: O dia de descanso será pago com o valor do dia de salário trabalhado). • Salário Consiste no valor pago diretamente pelo em- pregador em razão do serviço realizado e do tempo a disposição. Caixa de comentários pág. 36 • Prestações não salariais: - Art. 457, § 2º, CLT As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxí- lio-alimentação, vedado seu pagamento emdinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de inci- dência de qualquer encargo trabalhista e previdenciá- rio. → Tal parágrafo, é uma novidade da reforma trabalhista, menciona as verbas que não tem natureza salarial, ou seja, não reflete em verbas, sendo assim, consideradas natureza indenizatória. - Tem natureza indenizatória, desde que cum- pridos os requisitos legais. Em caso de descumpri- mento, terão natureza salarial. - Não constituem base de cálculo para encar- gos trabalhistas e previdenciários. Exemplo: . Ajuda de custo; . Abono; → ainda que sejam pagas de forma habituais. . Prêmios; . Diárias. • Prestações salariais: 1 - Salário mínimo (CF, Art.7, IV) Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV – salário mínimo , fixado em lei, nacional- mente unificado, capaz de atender às suas necessida- des vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, hi- giene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sen- do vedada sua vinculação para qualquer fim. • Nacionalmente unificado e fixado por lei • Atualmente: R$ 1.045,00 (2020) • Objetivos do salário mínimo: mora- dia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Caixa de comentários pág. 37 2 - Salário profissional É o mínimo que pode ser pago aos in- tegrantes de uma categoria profissional, consoante o estabelecido por sentença ou convenção coletiva. O mesmo que piso salarial, que para algumas categorias de profissionais é fixada por lei. Fixado a partir da profissão do empre- gado Ex: engenheiros, a partir da lei 4950- A/66, tem salário mínimo profissional fixado no art.5 em 6x o maior salário mínimo comum vigente no país É um salário básico mínimo 3 - Salário in natura • Também conhecido como salário utilidade, é a possibilidade do pagamento salarial não apenas em dinheiro mas também por meio de utilidade ou bens de forma habitual. • O art. 458 da CLT, prevê que o empregador poderá pagar salário através de utilidades, entretanto se o benefício for concedido para o trabalho, não será considerado salário. Pode-se compreender como requisitos: - benefícios/utilidades não relacionadas ao trabalho. - fornecidos de forma habitual pelo emprega- dor. Art. 458, CLT - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitual- mente ao empregado. Em caso algum será permiti- do o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parce- las componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). Caixa de comentários pág. 38 Ademais, o § 2º do artigo citado apresenta uma lista de benefícios que não serão considerados salários. Neste sentido, as súmulas 241 e 367 do TST (preceitua que bebidas, carros → não se transformam em salário), bem como a OJ113 SDI-1 TST. - Aspectos do Salário • O primeiro aspecto de formalidade do salá- rio é quanto ao pagamento, mais especificamente so- bre o momento deste pagamento. Nos termos do arti- go 459, CLT, o salário deve ser pago até o 5º (quinto) dia útil do mês seguinte ao da prestação de serviço. • O salário não poderá ser reduzido de forma arbitrária, somente irá ocorrer mediante negociação coletiva. → art. 7º, VI, CF. • O salário não pode ser objeto de desconto, salvo nas hipóteses em que a lei autorizar (ex.: INSS) ou quando o empregado provocar danos dolosos (in- tenção de causar o dano), em casos de danos culpo- sos, deverá existir a autorização prévia do empregado para haver descontos (ex.: multas do empregado mo- torista). → art. 462,CLT e Súmula 342, TST. → OJ 251 SDI-1, TST. • Verbas Salariais O art. 457, §1º, CLT - prever que possui na- tureza salarial as comissões e as gratificações pagas pelo empregador. Obs.: O valor pago à título de Participação nos Lucros e Resultados, previsto no art. 7 º , XI, CF, ne- cessita de negociação coletiva e não possui natureza salarial → súmula 451,TST. 9.1 - EQUIPARAÇÃO SALARIAL Súmula 6º, TST De acordo com o artigo 7º, XXX da Constitui- ção Federal e também no artigo 461 da CLT, a equipa- ração salarial pode ser definida como um instituto le- gal que garante aos profissionais que exercem a mesma função, recebam o mesmo salário. A equiparação é feita através de um paradigma (empregado que serve como base de equiparação com outro profissional que está na mesma função que ele). Requisitos para obter a equiparação salarial: Caixa de comentários EQUIPARAÇÃO SALARIAL TRABALHADOR (Reclamante) R$ 2 mil TRABALHADOR (Paradigma) R$ 3 mil IDÊNTICA FUNÇÃO pág. 39 ● Mesmo empregador; ● Identidade de função; ● Serviço prestado no mesmo estabeleci- mento; ● Trabalhos de igual valor, produtividade e perfeição técnica; ● Não possuam diferença de tempo de ser- viço para o mesmo empregador maior do que quatro anos; ● Não possuam diferença de tempo na fun- ção superior a dois anos. Situações em que não há o direito de equipa- ração salarial: ● Planos de carreira e funções por normas da empresa; ● Trabalhador readaptado. • Salario Substituição A Sumula 159 do TST, regulamenta o tema, garantindo o mesmo salário ao substituído durante o período de substituição, ou seja, o empregado tem direito ao mesmo salário do substituído, salvo se a substituição for meramente eventual. • Na hipótese do cargo ficar vago não há di- reito ao mesmo salário do o que ocupava antes. 10. ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO Conceito: Estabilidade é uma medida de pro- teção ao empregado, na qual o empregador fica im- pedido de rescindir o contrato de trabalho, salvo por justa causa. Existem duas modalidades de estabilidade, sendo elas: definitiva ou provisória. Sendo o empregado estável, este não poderá ter o seu contrato de trabalho reincidido de forma uni- lateral, até que ocorra algum evento que possa autori- zar tal medida, como por exemplo: pedido de demis- são ou falta grave. Nos casos em que o empregado por demitido, sem justa causa, durante a estabilidade, terá o direito de requerer sua reintegração no emprego, em alguns casos em que não é possível a reintegração, esta obri- gação poderá ser convertida em indenização. Caixa de comentários pág. 40 A estabilidade pode ser classificada em: a) Constitucional - previstas na própria consti- tuição, como por exemplo: diretor sindical, membros da CIPA e gestantes. b) Legal - são estabilidades previstas na legis- lação ordinária (CLT). c) Contratual - são as estabilidades previstas no contrato de trabalho. Principais hipóteses de garantia de emprego: • Estabilidade acidentária • Estabilidade gestante • Estabilidade sindical • Estabilidade dos representantes dos empre- gados eleitos para cargo de direção em Comissão In- terna de Prevenção de Acidentes (CIPA) • Estabilidade do diretor de cooperativa criada pelos empregados • Estabilidade da pessoa com deficiência (PCD). • Estabilidade dos representantes dos empre- gados em Comissão de Conciliação Prévia (CCP) 10.1 - Estabilidade acidentária ∆ Já caiu no exame! - Art. 118 da Lei 8.213/1991 e Súmula 378 do TST. Nos casos em que o empregado sofre acidente de trabalho, terá direito à garantia de emprego pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses, contado da cessa- ção do auxílio-doença acidentário (B-91). Durante o seu período de estabilidade (12 me- ses, no mínimo), não caberá dispensa arbitráriaou sem justa causa. ESTABILIDADE - ACIDENTE DE TRABALHO Previsão legal: Art.118, Lei nº 8.213/91 Prazo: 12(doze) meses A garantia de emprego tem início com a cessa- ção do auxílio doença acidentário S. 378, TST Pressupostos da estabilidade: • Afastamento superior a 15 dias. • Percepção do auxílio doença acidentário. SALVO, constatada doença profissional após despedida Auxílio acidente ≠ Auxílio doença acidentário Caixa de comentários pág. 41 Súmula nº 378 do TST → se o acidente de trabalho acontecer no curso do contrato de trabalho por prazo determinado, resultará em estabilidade do emprega- do. Exemplo: Nos casos em que ocorre aciden- te de trabalho no curso do contrato de experiência, este trabalhador irá ter estabilidade, mesmo que tenha apenas um contrato de prazo determinado. Obs.: o mesmo ocorre em contratos de apren- dizagem. Obs.: mas se tratando de acidente no curso do estágio, este não terá estabilidade. 10.2 - Estabilidade gestante ∆ Já caiu no exame! - Art. 7°, I CF c/c 10, II, b, do ADCT c/c Súmula 244 do TST e art. 391-A da CLT. - LC 150/2015 (doméstica) A empregada mulher que estiver grávida tem garantia de emprego desde a confirmação da gravidez até 05 meses após o parto. Súmula n° 244 do TST I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de es- tabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao perío- do de estabilidade. III - A empregada gestante tem direito à estabili- dade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Tran- sitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. De acordo com a referida súmula: a) o desconhecimento do estado gestacional por parte do empregador não afasta o direito ao paga- mento da indenização decorrente da estabilidade. Trata-se da teoria objetiva. Caixa de comentários pág. 42 b) a confirmação da gravidez no curso do con- trato por prazo determinado resulta em estabilidade. Ex.: contrato de experiência ou aprendizagem. * Atualmente o TST entende que a confirma- ção da gravidez no curso do contrato de trabalho tem- porário não resulta em estabilidade. - Veja a decisão. A expressão “desde a confirmação” se enquadra no sentido de que exige a anterioridade da gravidez à dispensa, isto é, por mais que não seja conhecida, já é assegurada desde a sua existência, podendo ser comprovada posteriormente. Desta forma, a estabi- lidade deve ser assegurada mesmo que não seja do conhecimento do empregador. ∆ Já caiu no exame! • De acordo com o art. 391-A, CLT - A confir- mação da gravidez no curso do aviso prévio (traba- lhado ou indenizado) resulta em estabilidade, deven- do ser reintegrada ao trabalho. Obs.: Não pode confundir a estabilidade com a licença maternidade. 10.3 - Estabilidade sindical ∆ Já caiu no exame! - Art. 8º, VIII, da CF c/c art. 543, § 3º, da CLT, Súmula 369 do TST, Súmula 379 do TST, OJ 365 da SDI-1 e OJ 369 da SDI-1. Trata-se de garantia de emprego para o empre- gado que seja dirigente sindical (apenas os dirigentes têm garantia) desde o registro da candidatura, e se eleito até 1 ano após o final do mandato. Súmula 369, TST → Regras: a) existe limitação para a estabilidade, sendo considerados estáveis até 7 titulares e até 7 suplentes. b) se o dirigente sindical registrar a sua candidatura no curso do aviso prévio (trabalhado ou indenizado), não resul- ta em estabilidade. ESTABILIDADE - DIRIGENTE SINDICAL Estabilidade provisória Art. 8º, VIII da CF/88 e Art. 543, §3º da CLT Desde o registro da candidatura até 1 (um) ano após o término do mandato Súmula nº 369, TST Súmula nº 379, TST OJ: 365, SDI-I, TST OJ: 369, SDI-I, TST - Delegado sindical não tem estabilidade Caixa de comentários pág. 43 Súmula 379, TST → O dirigente sindical somente poderá ser dispensado se cometer grave a ser apurada no bojo de um inquérito judicial (ação). • Inquérito judicial para apuração de falta grave: Arts. 497, 853 a 855, CLT - O prazo é 30 dias contados da data da suspensão do empregado. → prazo decadencial (súmula 403, STF). 10.4 - Estabilidade dos representantes dos empre- gados eleitos para cargo de direção em Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) - Art. 7°, I, CF; art. 10, II, a, do ADCT c/c arts. 163 a 165 da CLT e Súmula 339 do TST. Trata-se de estabilidade para os representantes dos empregados membros da CIPA, na qual gozam de garantia de emprego desde o registro de sua candida- tura (o mesmo vale para suplentes), e se eleito, até um ano após o término do mandato. ∆ Já caiu no exame! O presidente da CIPA não tem estabilidade, pois este é indicado pelos empregados e não eleito por eles, porém, o vice-presidente da CIPA tem estabi- lidade, pois este sim é eleito por seus pares. Súmula 339, TST → De acordo com essa súmu- la, a estabilidade do membro da CIPA, não constitui garantia pessoal, ou seja, se por ventura a empresa encerrar as suas atividades, nesses casos cessará a es- tabilidade do empregado. 10.5 - Estabilidade do diretor de cooperativa cria- da pelos empregados - Art. 55 da Lei 5.764/1971 c/c OJ 253 da SDI-1. É conferida estabilidade ao diretor de coope- rativa de empregados, na qual este goza das mesmas prerrogativas do dirigente sindical, logo, a garantia de emprego ocorre desde o registro de candidatura e se eleito, até um ano após o término do mandato. Obs.: tal garantia não se estende aos suplentes. (OJ 253 da SDI-1) ESTABILIDADE - EMPREGADO ELEITO DIRETOR DE COOPERATIVA Mesma estabilidade do dirigente sindical - Art. 55 da Lei 5.764/71. Somente os titulares NÃO abrangem os suplentes OJ - 253, SDI-I, TST Caixa de comentários ESTABILIDADE - REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS NA CIPA Garantia de emprego Art. 10, II, a, do ADCT/88 e Art. 165 da CLT Desde o registro da candidatura até 1 (um) ano após o término do mandato Súmula nº 339, TST Presidente CIPA = designado pelo empregador (art. 164, § 5º, CLT = NÃO tem estabilidade Cipeiro eleito pelos empregados tem estabilidade, mas pode ser dispensado por motivo: técnico, econômico, financeiro e disciplinar pág. 44 10.6 - Estabilidade da pessoa com deficiên- cia (PCD) - Art. 93, da lei n° 8213/91 É estabelecido uma cota em que toda empresa com mais de 100 funcionários deverão admitir pessoa com deficiência física. (Ação afirmativa) A cota obrigatória varia entre 2% a 5 %. Nesses casos, o empregador somente poderá dispensar o deficiente se antes contratar outro traba- lhador também com deficiência (PCD). Obs.: Há discussões à respeito se tal determi- nação trata-se de uma estabilidade. Obs.: Aos que entendem se tratar de uma es- tabilidade afirmam que não é uma garantia pessoal e sim uma garantia da cota. 10.7 - Estabilidade dos representantes dos empregados em Comissão de Conciliação Prévia (CCP). - Art. 625-B, § 1º, da CLT. De acordo com o art. 625-B, § 1º, da CLT, os representantes dos empregados terão garantia de em- prego desde a sua eleição até um ano após o fim do mandato, servindo para titulares e suplentes, salvo co- metimento de falta grave. • Conversão da Reintegração por Indeniza- ção Em regra, se o empregado for dispensado no curso de sua estabilidade, deverá ser reintegrado ao seu posto, o empregador ficará ainda obrigado à pagar ao empregado todos os direitos trabalhistas como se estivesse trabalhando normalmente. ( art. 495, CLT) Quando a reintegração não é possível, poderá o juiz, de ofício ou a pedido do empregado, converter em indenização. (art. 496, CLT) 11. AVISO PRÉVIO - Art. 7°, XXI,CF; arts. 487 a 491, CLT O aviso prévio é a comunicação antecipada que uma parte, seja empregado ou empregador, deve fazer para a outra parte do contrato de trabalho, avi- sando-lhe que tem a pretensão de romper o contrato. ESTABILIDADE - REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS DA CCP Garantia de emprego Art. 625 - B, §1º da CLT Até 1 (um) ano após o término do mandato Caixa de comentários pág. 45 • Prazo: Art. 7º XXI - aviso prévio proporcio- nal ao tempo de serviço, sendo no mínimo de (30) trinta dias, nos termos da lei. Nos termos da lei 12.506/2011: a) Prazo mínimo de 30 dias ao empregado que prestar serviços, na mesma empresa, por até 1 ano; b) Acréscimo de 3 dias por ano, respeitado o limite de até 60 dias. c) Até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de 90 dias. ∆ Já caiu no exame! Obs.: A banca FGV adota o entendimento de que o acréscimo de 3 dias incide a partir do primeiro ano completo. Exemplo: Tempo de serviço Dias de aviso prévio 6 meses 30 dias 1 ano 30 + 3 = 33 dias 5 anos 30 + (5x3) = 45 dias 10 anos 30 + (10x3) = 60 dias 20 anos 30 + (20x3) = 90 dias Obs.: Súmula 380, TST AVISO PRÉVIO. INÍCIO DA CONTAGEM. ART. 132 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 122 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Aplica-se a regra prevista no "caput" do art. 132 do Código Civil de 2002 à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. (ex-OJ nº 122 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998) ↓ Tratando-se da contagem do prazo do aviso prévio, aplica-se as regras do artigo 132 do Código Civil. Art. 132, CC - Salvo disposição legal ou convencio- nal em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. AVISO PRÉVIO Objetivo • Empregado É um prazo para que, em teoria, ele possa arrumar outro emprego. • Empregador É um prazo para que, em teoria, ele possa contratar/treinar outro funcioná- rio para a função vaga. Observação: Não é apenas um direito do trabalhador, também é um dever deste quando parte dele a iniciativa pelo fim do contrato de trabalho, para que o seu empregador possa se ajustar ao fim do pacto laboral. Aviso Prévio Constituição Federal - Artigo 7º - Inciso XXI - Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei. Aviso - Modalidade Trabalhado Não trabalhado Demissão sem Justa Causa Lei 12.506/2011 - Acréscimo de 3 dias por ano tra- balhado, após o primeiro ano de trabalho até atingir 90 dias (máximo). Cuidado os enunciados das provas com as palavras Mínimo e Máximo. Aviso: Mínimo 30 dias e o Má- ximo 90 dias. pág. 46 • Forma: O aviso prévio poderá ser trabalhado ou indenizado. Aviso Prévio Trabalhado: Aquele que pode ser cumprido de duas formas, com a redução de duas horas diárias ou faltar de sete dias na semana, por es- colha do empregado. (art. 488 da CLT) - O TST entende que é ilegal a substituição da redução diária da jornada pelo pagamento em horas extras. → Súmula 230, TST. - Nos casos em que o empregado pede demis- são não cabe redução de carga horária diária. Aviso Prévio Indenizado: É aquele em que o empregado não precisará trabalhar durante os dias de aviso, sendo pago os dias em espécie pelo emprega- dor. - Tanto no aviso trabalhando como indeniza- do, computa-se os dias como trabalho efetivo para anotação na CTPS e cálculos trabalhistas. Art. 487, §1°,CLT O período é computado no contrato individual de trabalho para todos os efeitos legais. a) data de baixa na CTPS: OJ 82, SDI-1. b) início da prescrição bienal: OJ 83 SDI-1 c) depósitos do FGTS: Súmula 305, TST d) em casos de confirmação de gravidez gera estabilidade. 12. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE - Art. 7°, XXII e XXIII, CF; arts. 189 e ss. CLT Por meio de normas, a legislação trabalhista protege, os trabalhadores que executam suas funções em atividades insalubres ou perigosas. 12.1 - Adicional de Insalubridade O trabalho insalubre é aquele que expõe o em- pregado, em caráter habitual e permanente, a agentes prejudiciais à saúde. Caixa de comentários INSALUBRIDADE Exposição do trabalhador a agentes nocivos a saúde. Percentuais Sobre Salário Mínimo • 10% - Grau Mínimo • 20% - Grau Médio. • 40% - Grau Máximo Artigo 7º - Inciso XXIII da CFRB pág. 47 • Hipóteses de Cabimento: - Contato com agentes nocivos à saúde ( agen- tes físicos, químicos ou biológicos) • Alíquotas: A partir das perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho,sendo comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido, podendo ser, conforme art. 192 da CLT: - 10% (grau mínimo) - 20% (grau médio) - 40% (grau máximo) • Base de cálculo: Salário mínimo. Obs.: mesmo com toda controvérsia gerada pela súmula vinculante nº 4 do STF ainda é o salário mínimo, salvo disposição em contrário. 12.2 - Adicional de Periculosidade O trabalho com periculosidade é aquele em que expõe o empregado a situações em que ele corre riscos diretos de morte. ∆ Já caiu no exame! • Hipóteses de Cabimento: - Contato com agentes inflamáveis, explosi- vos, energia elétrica, segurança pessoal ou patrimo- nial, motocicleta, substância radioativa. • Alíquotas: A alíquota para a periculosidade é fixa, sendo esta de 30%. • Base de cálculo: Salário básico. Obs.: O TST entende que não é possível acu- mulação dos dois adicionais, o empregado deverá op- tar por um deles. ∆ Já caiu no exame! Obs.: No momento do abastecimento da aero- nave, os tribulantes não tem direito ao adicional de periculosidade (súmula 447,TST). PERICULOSIDADE Atividade que cause ou ameace a integridade física do trabalhador. 30% do total da remuneração Atenção • Em regra, não pode receber a insalubri- dade e a periculosidade ao mesmo tempo (tem que escolher). Artigo 7º - Inciso XXIII da CF Caixa de comentários pág. 48 13. EXTINÇÃO DO CONTRATO INDI- VIDUAL DE TRABALHO 13.1 - Principais Aspectos Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbal- mente ou por escrito, por prazo determinado ou inde- terminado, ou para prestação de trabalho intermitente. § 1º - Considera-se como de prazo determina- do o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especifi- cados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Classificação da extinção do contrato de tra- balho: a) por iniciativa do empregador (dispensa com ou sem justa causa). Conforme o artigo 479 da CLT, no caso de dispensa ser imotivada, sem que o trabalhador tenha dado causa para o rompimento, é de direito o empre- gado receber verbas rescisórias a seguir: • Saldo de salários; • Férias integrais, se for o caso; • Férias proporcionais (ao tempo tra- balhado até a data da ruptura); • 13° proporcional (ao tempo trabalhado até a data da ruptura); • Indenização do art. 479 da CLT; • Multa compensatória do FGTS; • Saque do FGTS (conforme súmula nº 125 do Tribunal Superior do Trabalho) Caso a dispensa seja motivada por justa causa, tendo o empregado cometido alguma das hipóteses elencadas no art. 482 da CLT, este terá as suas verbas reduzidas. • Saldo de salário; • Férias vencidas mais 1/3 constitucional; RESCISÃO CONTRATUAL DE TRABALHO O término da relação contratual de trabalho pode ocorrer principalmente: POR INICIATIVA DO EMPREGADOR POR INICIATIVA DO EMPREGADO EXTINÇÃO DIRETA FALECIMENTO DO EMPREGADOR EXTINÇÃO INDIRETA EXTINÇÃO DA EMPRESA FALECIMENTO DO EMPREGADO POR INICIATIVA DO EMPREGADOR • SEM JUSTA CAUSA • CONTRATO DETERMINADO • COM JUSTA CAUSA POR INICIATIVA DO EMPREGADO • PEDIDO DE DEMISSÃO • CONTRATO DETERMINADO • DISPENSA INDIRETA • APOSENTADORIA Caixa de comentários pág. 49 b) por iniciativa do empregado (pedido de demissão, dispensa indireta e aposentadoria
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