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AÇÃO DE CURATELA COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA (3)

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CIDADE “Z” - XX
CLARISSE DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o n.º XXX.XXX.XXX-XX, portadora da cédula de identidade RG n.º XXXXX, endereço eletrônico: clarissetal@gmail.com, residente e domiciliado na Rua XX, n.º XX, Bairro “X”, Cidade “Z” - XX, CEP: XX.XXX-XXX, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por sua advogada que esta subscreve, com escritório situado na Avenida XX, n.º XX, Setor XX, Cidade “Z” - XX, CEP: XX.XXX-XXX, endereço eletrônico: advogada@adv.com, com fundamento no artigo 747 do Código de Processo Civil, propor a presente
AÇÃO DE CURATELA COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
em face de MARIA DE FÁTIMA, nacionalidade, viúva, aposentada, , inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o n.º XXX.XXX.XXX-XX, portadora da cédula de identidade RG n.º XXXXX, residente e domiciliado na Rua XX, n.º XX, Bairro “X”, Cidade “Z” - XX, CEP: XX.XXX-XXX, pelos motivos de fato e de direito que seguem:
	1. FATOS E FUNDAMENTOS
Maria de Fátima, ora requerida e genitora da autora, possui 92 (noventa e dois) anos de idade, e reside com a requerente, sendo que esta presta-lhe toda a assistência material necessária. 
A requerida, possui diversas limitações mentais, necessitando do auxílio da requerente para as atividades diárias, dentre elas, tomar banho, alimentar-se, e ainda, a autora necessita ministrar vários medicamentos que controlam as enfermidades que acometem a Senhora Maria, dentre elas, depressão, mal de Alzheimer e outras patologias psíquicas, conforme relatórios médicos emitidos pelo Hospital Público Municipal (anexo).
As condições patológicas que acometem a requerida e a colocam diante da situação de necessitar do auxílio de outra pessoa para exercer os atos da vida civil, uma vez que não consegue mais fazer pessoalmente.
Recentemente, chegou à sua residência, correspondência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) comunicando que a Senhora Maria de Fátima deveria comparecer ao posto da autarquia mais próximo para promover o recadastramento e retirada de novo cartão de benefício previdenciário, sob pena de ter seu pagamento suspenso, pagamento este que é essencial para o seu sustento, visto que este cobre suas despesas com medicamentos, ficando as demais despesas suportadas por sua filha Clarice, ora requerente.
Assim, diante dos fatos acima descritos, a autora, através da presente demanda deseja regularizar a administração dos bens de sua genitora e atender as exigências do INSS, com o propósito de evitar a supressão da pensão.
A legitimidade da requerente encontra-se assentada no artigo 747, inciso II, do Código de Processo Civil[footnoteRef:1], uma vez que o mesmo define que os parentes e tutores possuem legitimidade para proporem ação de interdição, devidamente comprovada a partir dos documentos em anexo. [1: Art. 747. A interdição pode ser promovida: (...) II - pelos parentes ou tutores (...).
] 
Quanto a curatela, importante salientar que, conforme preceitua o Código Civil, em seu artigo 1º, que toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. No entanto, tal capacidade pode sofrer algumas restrições quanto ao seu exercício, objetivando proteger os que são portadores de uma deficiência jurídica apreciável. Ainda, o mesmo diploma legal, estatui aqueles que são absolutamente incapazes e necessitam de representação, e aqueles que são relativamente incapazes, devendo serem assistidos.
Mesmo com a incapacidade cessando com o momento em que a pessoa atinge a maior idade, por outras razões, pode ser que mesmo que o indivíduo seja maior de idade, este não possui condições para praticar os atos da vida civil, não podendo reger a sua pessoa e administrar seus bens, estando sujeitos a curatela (artigo 1.767, inciso I, do Código Civil)
Desta forma, a incapacidade real e efetiva da pessoa deve ser declarada por meio de procedimento de interdição, conforme preleciona os artigos 747 e 759 do Código de Processo Civil, nomeando um curador.
Logo, vê-se que a requerida necessita ser interditada, uma vez que não consegue mais gerir seus atos da vida civil e carece de assistência total de sua filha, ora requerente, que assegurará a proteção a interditanda, representando-a, de acordo com os limites da curatela a serem estipulados na sentença de interdição.
	2. DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
Para a concessão da curatela provisória, a medida possui fundamento nos artigos 300, § 2º, e 749, parágrafo único do Código de Processo Civil, em que o magistrado, diante de justificada urgência poderá nomear curador provisório ao interditando para a prática de determinados atos.
Pois bem, a interditanda faz jus a pensão recebido do INSS, e este a enviou correspondência comunicando que aquela deveria comparecer ao posto da autarquia mais próximo para recadastramento e retirada de novo cartão de benefício previdenciário, sob pena de ter seu pagamento suspenso. 
Assim, haja vista o atual estado de saúde da requerida, que não mais lhe permite que se dirija pessoalmente até ao posto do INSS e faça o que lhe cabe, é que se requer a concessão da tutela provisória de urgência, uma vez evidenciados os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, pois a não percepção do benefício ocasionará danos irreparáveis a curatelada, e deste modo a autora possa resolver as demandas da vida civil da interditanda, mediante compromisso.
	3. DOS PEDIDOS
Por todo exposto, requer:
a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, conforme artigos 98 e 99 do CPC/2015;
b) a concessão, inaudita altera parte, o pedido da tutelar provisória de urgência, nos termos do artigo 300 do CPC, com a nomeação da autora como curadora da interditanda, mediante compromisso a ser prestado pela mesma, a fim de que possa representa-la nos atos da vida civil;
c) a concessão do benefício de prioridade de tramitação, nos termos dos atigos 1.048, inciso I do CPC c/c o artigo 71 da Lei 10.741/03, visto que a interditando é pessoa idosa, devendo ser determinada à Escrivania da Vara de Família, a devida identificação dos autos e a tomada das demais providências cabíveis, para assegurar ainda a agilidade nos atos e diligências relativos a este feito;
d) a citação da requerida, para comparecer à entrevista a ser designada por V. Ex., e após, caso queira, poderá oferecer resposta dentro do prazo legal de 15 (quinze) dias, sob pena de se sujeitar aos efeitos da revelia;
e) a intimação do Parquet para acompanhar o feito até o seu fim;
f) a total procedência dos pedidos formulados nesta exordial, confirmando a tutela de urgência para nomear em definitivo a requerente como curadora da interditanda, que deverá representa-la em todos os atos de sua vida civil, de acordo com os limites da curatela a serem impostos por sentença;
g) a produção de todos os meios de provas admitidas em direito, em especial, pelos documentos acostados à inicial, posterior juntada de documentos, depoimentos pessoais das partes e outras que se façam necessárias, bem como oitiva de testemunhas a serem arroladas em momento oportuno
Dar-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais)
Termos em que, pede deferimento.
Cidade “Z” - XX, 29 de maio de 2019. 
ADVOGADA
OAB/XX XX.XXX

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