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AÇÃO DE INTERDIÇÃO C/C COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA EM TUTELA DE URGÊNCIA

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AO JUÍZO DA ** VARA COMUM ESTADUAL DA COMARCA DE ****
(10 linhas)
CLARICE ***, de nacionalidade ***, estado civil ***, profissão ***, portadora da cédula de identidade RG nº ***, inscrita no CPF sob nº ***, endereço eletrônico ***, residente e domiciliada na Rua ***, nº ***, Bairro ***, na Cidade de ***, CEP ***, por seu advogado(a) que esta subscreve ( procuração anexa), vem respeitosamente perante esse honrado Juízo propor AÇÃO DE INTERDIÇÃO C/C COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA EM TUTELA DE URGÊNCIA pelo procedimento xxxx, com fundamento no artigo 1768 do Código Civil c/c com o artigo 747 do Código de Processo Civil de MARIA DE FÁTIMA, de nacionalidade ***, viúva, profissão ***, portadora da cédula de identidade RG nº ***, inscrita no CPF sob nº ***, endereço eletrônico ***, residente e domiciliada na Rua ***, nº ***, Bairro ***, na Cidade de ***, CEP ***, pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos:
1 – DOS FATOS
A requerente é filha da parte requerida com 92 anos de idade, que possuí diversas limitações mentais, necessitando que sua filha lhe preste todo auxílio, inclusive todo auxílio material necessário. Maria de Fátimautiliza remédios que controlam sua depressão, mal de Alzheimer e outras patologias psíquicas, conforme relatórios médicos emitidos por Hospital Público Municipal (anexos), ao ponto de não ter mais condições de exercer pessoalmente os atos da vida civil, a pensão que recebe do INSS é essencial para auxílio em suas despesas com medicamentos, já que as demais são suportadas por sua filha. Recentemente, chegou do INSS uma correspondência comunicando que Maria de Fátima deveria comparecer ao posto da autarquia mais próximo de sua residência para recadastramento e retirada de novo cartão de benefício previdenciário, sob pena de ser suspenso o pagamento, diante disso, Clarice, deseja regularizar a administração dos bens de sua mãe e atender as exigência do INSS.
2 – DO DIREITO
Conforme dispõe o art. 1º do Código Civil, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil, porém, essa capacidade pode sofrer algumas restrições legais quanto ao seu exercício, objetivando a proteção dos portadores de alguma deficiência que possa comprometer o exercício dos atos da vida civil. Segundo a Estatuto da Pessoa com Deficiência em seu art. 2º dispõe:
“Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.’’
Fica evidenciado que a Sra. Maria de Fátima já não possui condições em exercer todos os atos da vida cível, tendo em vista que a mesma já possuí diversas limitações mentais, necessitando do auxílio de sua filha para atos comuns como tomar um banho, comer ou tomar remédios, além disso, possuí depressão, Alzheimer e outras patologias psíquicas conforme laudo médico anexo. Há dessa forma, a sua incapacidade real e efetiva, a qual deve ser declarada através do procedimento de interdição previsto nos artigos 747 a 770 do Código de Processo Civil, bem como nomeado curador, conforme artigo 1.767 do Código Civil.
Além disso, Clarice além de lhe prestar todo suporte psíquico e emocional, suporta todas as despesas necessárias para sua manutenção, sendo os valores que recebe do INSS fundamentais para cobrir as despesas com medicamentos que necessita Maria de Fátima.
Por está razão, entende-se que a Sra. Maria de Fátima faz jus a essa proteção, a qual será assegurada ante a sua interdição e a nomeação da parte autora como sua curadora, de modo que essa possa representa-la junto ao INSS para seu recadastramento e retirada de novo cartão benefício previdenciário, bem como assisti-la no exercício dos atos da vida civil, de acordo com os limites da curatela fixados na sentença de interdição. 
2.1 – DA TUTELA ANTECIPADA
Ante a proteção exigida pelo ordenamento jurídico brasileiro aos interesses do incapaz, como a interditanda MARIA DE FÁTIMA não possui mais o discernimento necessário para a prática dos atos da vida civil, torna-se imprudente a adequada gestão dos recursos fundamentais à sua manutenção. Por isso, é de extrema importância a concessão de medida liminar de antecipação de tutela, de acordo com o artigo 300 do CPC, de modo a nomear a parte autora como curadora provisória da interditanda, nos moldes do competente termo de compromisso. 
A antecipação da tutela jurisdicional, tem por objetivo adiantar o provimento jurisdicional com relação ao bem jurídico a que se visa tutelar. A referida antecipação pressupõe uma pretensão guarnecida nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação judicial, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. Requisitos estes exigidos no artigo 303, do CPC para autorização da antecipação. 
Dessa forma, faz-se necessária a concessão de medida liminar de antecipação de tutela, conforme o artigo 300 do CPC, de modo a nomear a parte autora como curadora provisória da interditanda. Tendo em vista que o processo judicial leva algum tempo, já que deve obedecer, necessariamente, a certos princípios constitucionais, como o contraditório e a ampla defesa, é necessário que se observe também o princípio da efetividade da prestação jurisdicional. Sendo que o fator tempo poderia tornar ineficaz a decisão jurisdicional final, motivo pelo qual justifica-se a concessão da antecipação de tutela referida.
3 – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A concessão dos benefícios da gratuidade da justiça;
b) A concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do artigo 300 do CPC, com a nomeação da parte autora como curadora provisória da interditanda;
c) Citação da interditanda para que, em dia designado por Vossa Excelência, seja efetuada sua entrevista, nos termos do artigo 752 do CPC;
d) Seja concedido prazo para impugnação por parte da interditanda, nos termos do artigo 752 do CPC;
e) A intervenção do Membro do Ministério Público, na condição de fiscal da ordem jurídica;
f) Seja julgado procedente o pedido.
Protesta provar por todos os meios de prova admitidos em direito, que ficam desde já requeridos.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para meros efeitos fiscais.
Nestes termos,
Pede Deferimento
LOCAL XX DATA
ADVOGADO
OAB XX
QUESTÕES DISCURSIVAS
RESPOSTAS:
a) Conforme prevê os artigos 1.694 do Código Civil, os cônjuges ou companheiros podem pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com sua condição social. Sendo assim, cabe o pedido de alimentos entre cônjuges, observando sempre o binômio necessidade/possibilidade, disposto no artigo 1.694, § 1º, do Código Civil. Neste caso, existe necessidade, do modo em que Sofia não trabalha há 30 anos e está doente, bem como há possibilidade, porque Ricardo era seu provedor, de modo que está caracterizada a dependência econômica.
 
b) Caberá o recurso de Agravo de Instrumento, já que se trata de decisão interlocutória, pois não põe fim à fase cognitiva do processo ou extingue a execução, como define o artigo 203,  § 2º, do Código de Processo Civil,  que dispõe sobre tutela provisória, como prevê o artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil.

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