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Metologia de ensino - formação do leitor - portfólio ciclo 2

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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS – LICENCIATURA
TUTORA: ADRIANA SERTORI SANDRIN 
ALUNA: JULIANA DE CARVALHO ROMEIRO
METODOLOGIA DO ENSINO: FORMAÇÃO DO LEITOR
PORTFÓLIO – CICLO 2
Na Unidade 2 (GAIA; GOULART, 2013, p. 68-70), você aprendeu que o ato de ler extrapola o texto, implicando não só “ler” as palavras do texto, mas, também, o contexto, o autor, as vivências e os conhecimentos prévios do leitor, enfim, uma série de saberes que envolvem esse evento comunicativo.
Ensinar a ler, na perspectiva discursiva, envolve a possibilidade de “transformar também os modos e conteúdos de pensar, sentir, querer e agir dos sujeitos e sua capacidade de exercer a razão crítica”. Nem uma repetição perifrástica, nem uma extração de preceitos de autoajuda ou de receitas para o exercício de uma profissão ou atividade cotidiana (MORTATTI, 2007, p. 9). “Assim trabalhar a leitura na escola, não significa ensinar a responder a perguntas de um questionário, ou preencher 'fichas de leitura', ou ensinar a fazer paráfrase/reescrita e resumo/colagem do conteúdo de um escrito”, conforme nos esclarece Mortatti (2007, p. 11, item 10):
[...] a opção por uma perspectiva interacionista de linguagem propicia compreender que ensinar e aprender a ler não se justifica apenas por finalidades pragmáticas e adaptativas. Essa perspectiva teórica propicia ousarmos pensar em transformar/ampliar as possibilidades de uso e funções sociais do ler (e escrever), porque nos propicia pensar na contribuição dessas atividades especificamente humanas para o processo de constituição do sujeito que se constituem também como leitores de textos como quem busca atribuir sentidos para a vida.
O que podemos concluir é que, nessa perspectiva, ensinar a ler exige mobilizar os alunos internamente a fim de desafiá-los na produção de um sentido para um texto, considerando informações e mediações do professor em relação aos diferentes aspectos que envolvem uma enunciação: o autor e seus objetivos e intenções, o contexto do autor e da obra, a relação com outros textos, à situação sociocomunicativa, os objetivos do leitor, os aspectos formais e temáticos do texto etc.
Para tanto, o professor deve estar atento às causas de uma compreensão expressa pelo aluno que pode lhe parecer estranha: o autor quis que seu texto abrisse um leque amplo de interpretações? O leitor tem pouco conhecimento sobre o assunto tratado? Há elementos linguísticos desconhecidos pelos alunos que impedem uma compreensão mais coerente? O aluno desconhece aspectos do autor que o ajudariam a desvelar sentidos possíveis para aquele texto?
Dessa forma, se entendemos a leitura como um ato de apropriação, invenção, produção de significados, não podemos limitar, mas, sim, ampliar possibilidades de leitura, pois, como nos diz Michel Certeau, “o leitor é um caçador que percorre terras alheias” (CERTEAU, apud CHARTIER, 1999, p. 77). Nesse caminhar pelo desconhecido, a melhor postura do professor é a dialógica, a fim de entender as opções dos alunos.
Levando em conta o excerto anterior e o que você aprendeu no decorrer da Unidade 2, faça um texto, de no mínimo uma lauda, explicando qual seria a melhor forma de ensinar a ler na perspectiva discursiva. Para tanto, selecione um texto (conto, música, poema) e proponha atividades de leitura dentro dessa perspectiva.
FORMANDO LEITORES CONSCIENTES
A leitura está sempre em construção, afinal não é um simples ato mecânico de decodificação de ideias prontas. Pensar a leitura à luz da perspectiva discursiva é pensar em um processo complexo de atribuição de sentidos ao texto. A leitura é o momento crítico da constituição do texto, é o momento privilegiado da interação, aquele em que os interlocutores se identificam como interlocutores e, ao se constituírem como tais, desencadeiam o processo de significação do texto. Deste modo, é na interação que os interlocutores instauram o espaço da discursividade, o que significa que a leitura é produzida. O leitor, tem papel importante, pois ocupa lugar ativo, a partir do qual atribui sentidos ao texto, criando laços, estabelecendo relações, ordenando, classificando, comparando, transformando. Toda leitura tem sua história, o que explica o fato de que leituras que são possíveis, para um mesmo texto, em certas épocas, não o foram em outras, e leituras que não são possíveis hoje o serão no futuro. E explica também o fato de que lemos diferentemente um mesmo texto, em épocas distintas e sob condições diferentes. Os sentidos têm sua história, também o leitor tem sua história de leituras, as leituras já feitas configuram, a compreensibilidade do texto de cada leitor específico.
A importância da escola, em especial o trabalho pedagógico desenvolvido pelo sujeito-professor na sala de aula, considerar a história de leitura dos educandos, o que contribuiria para que pudessem falar, pensar, interpretar e escrever a partir de seu interdiscurso. Considerar o interdiscurso do estudante permite ao sujeito-professor mobilizar zonas de sentido que afetam o estudante, sentidos com os quais se identifica, o que poderá incentivá-lo no processo de aprendizagem da leitura. Todo discurso se faz nessa tensão entre o mesmo e o diferente, ou seja, entre a paráfrase (estabilização de sentidos) e polissemia (multiplicidade de sentidos). E os sentidos sempre podem vir a ser outros. Isso porque a língua é sujeita à falha, ao equívoco, à ideologia; o sujeito, que se aproxima de um texto a partir de um lugar social, determinado ideologicamente, assume uma posição-sujeito, preso à sua história de leituras e a outros discursos que ressoam do interdiscurso e atravessam a sua leitura. As leituras produzidas pela posição-sujeito, portanto, sempre irão carregar sentidos de outras leituras e discursos, já realizados.
O texto discursivo requer o entendimento de que qualquer acontecimento enunciativo será sempre permeado pela tensão e pelo conflito. Requer entender também que a incompletude é a condição da linguagem: nem os sujeitos, nem os sentidos e, portanto, nem o discurso estão prontos, acabados, podendo ser tratados como “encerrados”. Se a escola e o professor desenvolverem práticas pedagógicas pautadas no entendimento da incompletude da linguagem, no equívoco da língua, nas inúmeras possibilidades de deslizamentos de sentidos, na consideração de que o sujeito é afetado pela sua história pessoal, pelo interdiscurso, pela posição que ocupa naquele contexto sócio histórico, cultural e ideológico, poderão contribuir para que os educandos desconstruam e reconstruam na leitura, o sentido produzido por determinado texto. A desconstrução e a reconstrução poderão explicitar o funcionamento ideológico daquele texto, as formações discursivas que ali circulam, as formações ideológicas às quais essas formações discursivas se remetem, as posições de sujeito inscritas nessas formações discursivas, os efeitos de memória. 
Queremos dizer com isso que a leitura na perspectiva discursiva exige um leitor ativo, crítico, capaz de muitos gestos interpretativos, um leitor atento, sempre disposto a saber que o sentido pode ser outro, mas não qualquer um. Ensinar a leitura discursiva pode ser um movimento importante por parte da escola, no sentido de romper com discursos e práticas que tão somente reproduzem sentidos estabilizados que em nada contribuem para o desenvolvimento pessoal e escolar do aluno, afinal se não há desenvolvimento o ensino está sendo falho de alguma forma, e o que buscamos é o ensino que consiga preencher todas as lacunas necessárias para a formação de um cidadão.
ATIVIDADE PROPOSTA
Leia a música seguinte:
Amarelo (part. Majur e Pabllo Vittar)
Emicida
[Belchior]
Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte
E tenho comigo pensado: Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer no ano passado
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passadoeu morri
Mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
[Emicida]
Eu sonho mais alto que drones
Combustível do meu tipo? A fome
Pra arregaçar como um ciclone (entendeu?)
Pra que amanhã não seja só um ontem com um novo nome
O abutre ronda, ansioso pela queda (sem sorte)
Findo mágoa, mano, sou mais que essa merda (bem mais)
Corpo, mente, alma, um, tipo Ayurveda
Estilo água, eu corro no meio das pedra
Na trama tudo, os drama turvo, eu sou um dramaturgo
Conclama a se afastar da lama enquanto inflama o mundo
Sem melodrama, busco grana, isso é hosana em curso
Capulanas, catanas, buscar nirvana é o recurso
É um mundo cão pra nóis, perder não é opção, certo?
De onde o vento faz a curva, brota o papo reto
Num deixo quieto, não tem como deixar quieto
A meta é deixar sem chão quem riu de nóis sem teto (vai!)
[Majur, Emicida e Belchior]
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro (eu preciso cuidar de mim)
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro (esse ano eu não morro)
Tenho sangrado demais (demais)
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro (Belchior tinha razão)
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
[Emicida]
Figurinha premiada, brilho no escuro
Desde a quebrada avulso
De gorro, alto do morro e os camarada tudo
De peça no forro e os piores impulsos
Só eu e Deus sabe o que é não ter nada, ser expulso
Ponho linhas no mundo, mas já quis pôr no pulso
Sem o torro, nossa vida não vale a de um cachorro, triste
Hoje Cedo não era um hit, era um pedido de socorro
Mano, rancor é igual tumor, envenena a raiz
Onde a platéia só deseja ser feliz (ser feliz)
Com uma presença aérea
Onde a última tendência é depressão com aparência de férias
(Vovó diz) odiar o diabo é mó boi (mó boi)
Difícil é viver no inferno (e vem à tona)
Que o mesmo império canalha que não te leva a sério
Interfere pra te levar à lona, revide!
[Majur, Emicida e Belchior]
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais (demais)
Tenho chorado pra cachorro (preciso cuidar de mim)
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
[Pabllo Vittar, Majur e Emicida]
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes
Que nem devia tá aqui
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós?
Alvos passeando por aí
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência
É roubar o pouco de bom que vivi
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóis sumir
Tenho sangrado demais (falei)
Tenho chorado pra cachorro (é o Sol que invade a cela)
Ano passado eu morri (ei!)
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais (demais)
Tenho chorado pra cachorro (mais importante que nunca)
Ano passado eu morri (mas aê)
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro (a rua é nóis!)
Ano passado eu morri (e aê)
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro (Laboratório Fantasma)
[Emicida]
Aí, maloqueiro, aí, maloqueira
Levanta essa cabeça
Enxuga essas lágrimas, certo? (Você memo)
Respira fundo e volta pro ringue (vai)
Cê vai sair dessa prisão
Cê vai atrás desse diploma
Com a fúria da beleza do Sol, entendeu?
Faz isso por nóis
Faz essa por nóis (vai)
Te vejo no pódio
[Majur e Pabllo Vittar]
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Questão:
1- Oque você pôde compreender lendo a música? Explique.
2- Leia a sua resposta para a sala e faremos uma comparação sobre a compreensão que cada aluno obteve ao fazer a leitura da música proposta.

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